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Figura 1 – A leitura é uma das principais fontes de conhecimento. Permite conhecer diversos assuntos e ter
contato com diferentes linguagens. Livros, revistas, jornais, pôsteres, fôlderes – qualquer tipo de mídia
impressa e não impressa – possibilitam o acesso a miríades de informações inimagináveis
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Vejamos: para desconstruir a afirmação “Acho que vai chover”, um cientista pode
apresentar o histórico de precipitações pluviais nos últimos dias, ou no mesmo período
em anos passados; caso os dados mostrem uma probabilidade grande de ocorrência
de chuva, ele poderá dizer: “Há X% de probabilidade de chover no dia de hoje”, ou “Há
Y% de probabilidade de não chover no dia de hoje”. É possível perceber, portanto, a
diferença entre afirmar que vai chover e prever chuva dentro de determinados
parâmetros de probabilidade: a primeira afirmação é usual no contexto do senso
comum; a segunda, no contexto do mundo científico.
Saber que determinada planta necessita de uma quantidade X
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de água e que, se não a receber de forma “natural”, deverá ser
irrigada pode ser um conhecimento verdadeiro e comprovável,
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mas nem por isso científico. Para que isso ocorra, é necessário ir
mais além: conhecer a natureza dos vegetais, sua composição,
seu ciclo de desenvolvimento e as particularidades que
distinguem uma espécie de outra.
Figura 2
OBSERVAÇÃO
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Senso comum ⦿
Exemplo de aplicação
tem qualquer participação nesse processo; para estes, o efeito estufa seria um
fenômeno natural, que independeria da ação humana. O segundo diz que o
aquecimento global, um fenômeno natural, tem sido potencializado e intensificado
pela ação humana; para estes, são fundamentais ações que limitem a atividade
predatória sobre a natureza e que assegurem a sustentabilidade da vida no nosso
planeta.
Caso não seja colocado a dialogar com o conhecimento científico, o senso comum
torna-se conservador. Se na ciência moderna o grande salto qualitativo do saber se dá
por meio da passagem do senso comum para o conhecimento científico, na ciência
pós-moderna o salto é outro: trata-se de transformar o conhecimento científico em
senso comum. “O conhecimento científico pós-moderno só se realiza enquanto tal na
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medida em que se converte em senso comum.” Em outras palavras, a ciência pós-
moderna, “ao sensocomunizar-se, não despreza o conhecimento que produz
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Interatividade 1
Avalie as assertivas acerca do apresentado até então:
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A I.
B I e II.
C I, II e III.
D II.
E II e III.
- -
Confirmar
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OBSERVAÇÃO
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alguém, por uma tradição ou por escritos também tidos como sagrados (MARTINS;
THEÓPHILO, 2009), e que portanto devem ser adorados e obedecidos. Conforme Demo
(1985, p. 20),
OBSERVAÇÃO
OBSERVAÇÃO
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Figura 3
LEMBRETE
que buscou compreender o mundo com base nas forças divinas e nas relações entre
essas forças. Como costumava fazer ao contar essas histórias aos seus netos, ele nos
traz uma interpretação da origem do mundo extremamente interessante a partir das
narrativas mitológicas gregas.
O que havia quando ainda não havia coisa alguma, quando não
havia nada? A essa pergunta os gregos responderam com histórias e
mitos.
Embora a Terra seja bem visível, tenha uma forma recortada, e tudo o
que dela nascer também terá limites e fronteiras distintas, nem por isso
ela deixa de ser, em suas profundezas, semelhante ao Abismo. Ela é a
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Terra negra. Os adjetivos que a definem nos relatos são similares aos
que se referem ao Abismo. A Terra negra se estende entre o baixo e o
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A Terra constitui a base dessa morada que é o cosmo, mas não tem
só essa função. Ela engendra e alimenta todas as coisas, salvo certas
entidades […] [saídas do Caos]. Gaia é a mãe universal. Florestas,
montanhas, grutas subterrâneas, ondas do mar, vasto céu, é sempre de
Gaia, a Mãe-Terra, que eles nascem. Portanto, primeiro houve o Caos,
imensa boca em forma de abismo escuro, sem limites, mas que num
segundo tempo abriu-se para um chão sólido: a Terra. Esta se lança para
o alto e desce às profundezas.
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Teogonia ⦿
Cosmogonia ⦿
Cosmologia ⦿
OBSERVAÇÃO
A república
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perguntas a dizer o que são? Não achas que ele ficaria embaraçado e
que as sombras que ele via antes lhe pareceriam mais verdadeiras do
que os objetos que lhe mostram agora? […]
É preciso que ele se habitue para que possa ver as coisas do alto.
Primeiro ele distinguirá mais facilmente as sombras, depois as imagens
dos homens e dos outros objetos refletidas na água, depois os próprios
objetos. Em segundo lugar, durante a noite, ele poderá contemplar as
constelações e o próprio céu, e voltar o olhar para a luz dos astros e da
lua mais facilmente que durante o dia para o sol e para a luz do sol. […]
Finalmente, ele poderá contemplar o sol, não o seu reflexo nas águas ou
em outra superfície lisa, mas o próprio sol, no lugar do sol, o sol tal
como é. […] Depois disso, poderá raciocinar a respeito do sol, concluir
que é ele que produz as estações e os anos, que governa tudo no
mundo visível, e que é, de algum modo a causa de tudo o que ele e seus
companheiros viam na caverna. […]
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Reflete ainda nisto: supõe que esse homem volte à caverna e retome
o seu antigo lugar. Dessa vez, não seria pelas trevas que ele teria os
olhos ofuscados, ao vir diretamente do sol? […] E se ele tivesse que
emitir de novo um juízo sobre as sombras e entrar em competição com
os prisioneiros que continuaram acorrentados, enquanto sua vista ainda
está confusa, seus olhos ainda não se recompuseram, enquanto lhe
deram um tempo curto demais para acostumar-se com a escuridão, ele
não ficaria ridículo? Os prisioneiros não diriam que, depois de ter ido até
o alto, voltou com a vista perdida, que não vale mesmo a pena subir até
lá? E se alguém tentasse retirar os seus laços, fazê-los subir, acreditas
que, se pudessem agarrá-lo e executá-lo, não o matariam? […]
O que o mito da caverna nos ensina? Platão mostra que as sombras podem nos
enganar, que a visão parcial ou deturpada da realidade pode nos levar a conclusões
equivocadas, que devemos sair da caverna para ver o mundo exposto à claridade e que
precisamos permitir que a luz nos mostre os objetos em todos os seus detalhes.
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Figura 4 – O mito da caverna nos ensina que o conhecimento científico se opõe ao senso comum, que se
coloca contra o senso comum, exigindo que a lógica se associe à obtenção de evidência empírica para que
determinados enunciados sejam feitos
Tratemos de refletir um pouco mais sobre isso. Imagine que, de repente, você
encontre um amigo que não via há anos. Como se não houvesse transcorrido tempo
algum, vocês retomam a conversa do ponto em que haviam parado, riem das mesmas
piadas de antes, comportam-se como se tivessem se visto no dia anterior. Tal situação
pode gerar estranheza, em especial se você se questionar a respeito do significado do
tempo:
Sobre o tempo
É provável que você jamais tivesse refletido antes sobre o significado do tempo. No
1 / 8 seja formulada. Se, há poucos minutos,
entanto, a situação favorece que a pergunta
você imaginava ter uma resposta pronta a essa questão, agora, após uma experiência
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Passamos por uma árvore e dizemos que ela é bela; no entanto, jamais paramos
para refletir a respeito do significado de beleza. Se algo é belo para uns, será belo para
todos? O que define a beleza? O que significa liberdade? Quais os atributos daquilo
que é justo? Beleza, liberdade, justiça: todos esses temas, a respeito dos quais, na vida
cotidiana, imaginamos ter o conhecimento necessário, podem se tornar objeto de
reflexão filosófica. É a essa reflexão, a que fazemos sobre fatos ou conceitos sobre os
quais temos a impressão de tudo saber, que damos o nome de atitude filosófica.
Nossos sentidos podem nos enganar, nossas opiniões podem ter se formado a
partir de erros de observação ou erros de apreensão de causalidade – no nosso
cotidiano, podemos afirmar que A causou B. É evidente que não há percepção
totalmente isenta, não há como, na nossa apreensão do mundo, isolarmos a influência
do que somos, do que pensamos, do que gostamos. Vemos o mundo a partir de lentes
que podem ampliar, reduzir ou deformar nossa visão da realidade.
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Figura 5 – Para pensar sobre o que é o pensamento, temos que utilizar palavras precisas, conceitos e ideias
claras
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LEMBRETE
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