Este documento discute vários tópicos relacionados ao conhecimento, incluindo a diferença entre conhecimento formal e informal, a natureza subjetiva versus objetiva do conhecimento, e como o conhecimento é influenciado por contextos sociais e históricos. O documento também reflete sobre como Kant mudou a compreensão do conhecimento ao sintetizar as visões racionalista e empirista.
Este documento discute vários tópicos relacionados ao conhecimento, incluindo a diferença entre conhecimento formal e informal, a natureza subjetiva versus objetiva do conhecimento, e como o conhecimento é influenciado por contextos sociais e históricos. O documento também reflete sobre como Kant mudou a compreensão do conhecimento ao sintetizar as visões racionalista e empirista.
Este documento discute vários tópicos relacionados ao conhecimento, incluindo a diferença entre conhecimento formal e informal, a natureza subjetiva versus objetiva do conhecimento, e como o conhecimento é influenciado por contextos sociais e históricos. O documento também reflete sobre como Kant mudou a compreensão do conhecimento ao sintetizar as visões racionalista e empirista.
ENGENHARIA DE MINAS METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA PPGEMIN
Prof. Dr. Mário Guimarães Júnior
Nome: Thiago Silva Araujo Faria
1. Comente a respeito do conhecimento formal e informal.
O conhecimento formal é aquele que adquirimos através de algo que tenha
essa especificação, ou função, de fornecer conhecimento, como, aulas, escolas, cursos online e outras ações específicas para o aprendizado, por exemplo. Já o conhecimento informal é aquele adquirido através de métodos não estruturados ou próprios para o fim de aprendizagem, como conversas com amigos, séries, filmes, tradições familiares, etc.
2. Comente criticamente sobre a frase famosa dita por “Protágoras”,
na antiguidade. “O homem é a medida de todas as coisas”.
Essa frase resume a ideia de que a verdade depende da experiência
pessoal. Isso se relaciona diretamente com a concepção sofista de verdade, que defende o relativismo e a subjetividade, ou seja, que cada indivíduo constrói a sua própria verdade, que o que é verdade para uma pessoa não é necessariamente verdade para outra pessoa. Há, de fato, muitas conclusões e verdades que são relativas. O conceito de beleza, por exemplo, é absolutamente relativo e subjetivo. Existem, no entanto, algumas verdades que são universais e independem da experiência do sujeito em relação à elas.
3. Na sua opinião, o conhecimento é sempre experimental e
corrigível? Comente! Particularmente, tendo a concordar com a concepção construtivista da ciência. Há campos do conhecimento, no entanto, em que não é possível observar-se isso, como no caso do conhecimento histórico. Conseguiria um historiador constatar por ele mesmo os fatos que estuda? A explicação histórica é dependente de diversos fatores. O historiador busca dar vida aos acontecimentos do passado através dos relatos das testemunhas, dos vestígios que atestam aspectos fragmentados do fato ou acontecimento ocorrido e assim se constrói o conhecimento histórico, não experimentalmente. Quanto a ser corrigível, o que hoje se tem como verdade amanhã pode não mais ser assim. O avanço tecnológico, o avanço nos estudos e o surgimento de eventuais novas descobertas podem levar a mudanças e quebras de paradigmas e com a correção de algum ponto de vista equivocado.
4. O que você acha da seguinte afirmação? “O conhecimento é
sempre posto a partir de um ponto de vista”.
Concordo com essa afirmação. O conhecimento advém de pontos de vista –
seja o seu ou o de outra pessoa. O conhecimento, formal ou informal, se cria a partir de pontos de vista, da observação, de explicações convincentes aos fenômenos. Uma vez partilhados os diferentes pontos de vista sobre determinado tema é possível ainda construir uma explicação que se aproxime ainda mais da verdade sobre o mesmo.
5. Você concorda que o conhecimento depende dos contextos
Concordo. Um indivíduo é, sem dúvidas, influenciado pelos contextos em
que se encontra inserido e também é limitado pelos mesmos. O avanço tecnológico (e o acesso à tecnologia), por exemplo, impacta na construção do conhecimento. Para Lukács (2010) “o homem jamais é capaz de agir com total conhecimento de todos os elementos de sua práxis, mas o limite entre verdadeiro e falso é fluido, social e historicamente condicionado, cheio de transições”. Não é razoável esperar que duas pessoas inseridas em contextos muito diferentes entre si e com diferentes níveis de acesso à informações e tecnologia construam o conhecimento da mesma forma.
6. O conhecimento é objetivo ou subjetivo? Depende ou não do
sujeito?
O conhecimento pode ser objetivo ou subjetivo. O conhecimento subjetivo
depende do ponto de vista pessoal, individual, não é fundado no objeto, mas condicionado somente por sentimentos e firmações arbitrárias do sujeito (por isso o nome subjetivo). O conhecimento objetivo é fundado na observação imparcial, é independente das preferências individuais. O conhecimento subjetivo depende totalmente do sujeito: está totalmente ligado a seu ponto de vista, a suas impressões e varia de pessoa para pessoa. Já o conhecimento objetivo depende exclusivamente do objeto que está sendo observado, de maneira imparcial, e independe do sujeito.
7. Como conhecemos, através dos sentidos ou da razão?
Obtém-se conhecimento tanto através dos sentidos quanto através da
razão. Aristóteles dizia que "nada está no intelecto sem antes ter passado pelos sentidos” e de fato, muitas vezes, nosso primeiro contato com alguma nova informação vai ser através dos sentidos. A razão, por sua vez, contribui para a construção do conhecimento porque através dela podemos abstrair, organizar informações, categorizá-las, compará-las e organizá-las.
8. O conhecimento pode ser concreto ou abstrato. Comente e cite
exemplos.
Conhecimento concreto: se forma a partir da percepção sensível, ou seja,
da representação de objetos reais, e é imediato, sensível e intuitivo. Exemplo: Você está na rua e observa um carro e sabe que se trata de um carro. Conhecimento abstrato: estabelece relações, que cria os conceitos e as noções gerais e abstratas, é mediato e racional. Exemplo: Você está na rua e observa que há vários carros de diferentes modelos, marcas, tamanhos, formatos, cores, que eles movem em diferentes velocidades, etc.
9. O conhecimento implica uma transformação do sujeito? E do
objeto? Explique!
A relação de conhecimento implica uma transformação tanto do sujeito
quanto do objeto. O sujeito se transforma mediante o novo saber, e o objeto também se transforma, pois o conhecimento pode lhe conferir sentido. Por exemplo: quando aplicamos o conhecimento científico ao objeto pode-se criar uma nova tecnologia.
10. Antes de Kant, como era o conhecimento? E depois? Você acha a
mudança importante para a época? Por quê? Você acha que este conhecimento permanece nos dias de hoje? Seria capaz de citar alguma (a)s teorias atuais que comprove sua resposta?
Antes de Kant os racionalistas diziam que o conhecimento era originado
exclusivamente na razão, construído antes mesmo de qualquer experiência, enquanto os empiristas defendiam que cada homem nasce como um quadro em branco (Tabula rasa) e o conhecimento parte das sensações e experimentações. Kant operou uma síntese entre o racionalismo e o empirismo. Depois dele já surgem linhas de pensamento que dizem que o conhecimento tem origem em juízos universais, mas também possui influência da sensibilidade. A contribuição kantiana na matemática, na lógica e nas ciências naturais é imensa. Também a noção kantiana de que há fenômenos que não são possíveis de se explicar pela ciência – como a existência ou não de um ser divino superior.