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CEFET-MG / CAMPUS ARAXÁ

ENGENHARIA DE MINAS
METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA
PPGEMIN

Prof. Dr. Mário Guimarães Júnior


Nome: Thiago Silva Araujo Faria

1. Comente a respeito do conhecimento formal e informal.

O conhecimento formal é aquele que adquirimos através de algo que tenha


essa especificação, ou função, de fornecer conhecimento, como, aulas,
escolas, cursos online e outras ações específicas para o aprendizado, por
exemplo.
Já o conhecimento informal é aquele adquirido através de métodos não
estruturados ou próprios para o fim de aprendizagem, como conversas com
amigos, séries, filmes, tradições familiares, etc.

2. Comente criticamente sobre a frase famosa dita por “Protágoras”,


na antiguidade. “O homem é a medida de todas as coisas”.

Essa frase resume a ideia de que a verdade depende da experiência


pessoal. Isso se relaciona diretamente com a concepção sofista de verdade,
que defende o relativismo e a subjetividade, ou seja, que cada indivíduo
constrói a sua própria verdade, que o que é verdade para uma pessoa não é
necessariamente verdade para outra pessoa.
Há, de fato, muitas conclusões e verdades que são relativas. O conceito de
beleza, por exemplo, é absolutamente relativo e subjetivo. Existem, no entanto,
algumas verdades que são universais e independem da experiência do sujeito
em relação à elas.

3. Na sua opinião, o conhecimento é sempre experimental e


corrigível? Comente!
Particularmente, tendo a concordar com a concepção construtivista da
ciência. Há campos do conhecimento, no entanto, em que não é possível
observar-se isso, como no caso do conhecimento histórico. Conseguiria um
historiador constatar por ele mesmo os fatos que estuda? A explicação
histórica é dependente de diversos fatores. O historiador busca dar vida aos
acontecimentos do passado através dos relatos das testemunhas, dos
vestígios que atestam aspectos fragmentados do fato ou acontecimento
ocorrido e assim se constrói o conhecimento histórico, não experimentalmente.
Quanto a ser corrigível, o que hoje se tem como verdade amanhã pode não
mais ser assim. O avanço tecnológico, o avanço nos estudos e o surgimento de
eventuais novas descobertas podem levar a mudanças e quebras de
paradigmas e com a correção de algum ponto de vista equivocado.

4. O que você acha da seguinte afirmação? “O conhecimento é


sempre posto a partir de um ponto de vista”.

Concordo com essa afirmação. O conhecimento advém de pontos de vista –


seja o seu ou o de outra pessoa. O conhecimento, formal ou informal, se cria a
partir de pontos de vista, da observação, de explicações convincentes aos
fenômenos. Uma vez partilhados os diferentes pontos de vista sobre
determinado tema é possível ainda construir uma explicação que se aproxime
ainda mais da verdade sobre o mesmo.

5. Você concorda que o conhecimento depende dos contextos


sociais, particulares, políticos, situados historicamente?

Concordo. Um indivíduo é, sem dúvidas, influenciado pelos contextos em


que se encontra inserido e também é limitado pelos mesmos. O avanço
tecnológico (e o acesso à tecnologia), por exemplo, impacta na construção do
conhecimento. Para Lukács (2010) “o homem jamais é capaz de agir com total
conhecimento de todos os elementos de sua práxis, mas o limite entre
verdadeiro e falso é fluido, social e historicamente condicionado, cheio de
transições”. Não é razoável esperar que duas pessoas inseridas em contextos
muito diferentes entre si e com diferentes níveis de acesso à informações e
tecnologia construam o conhecimento da mesma forma.

6. O conhecimento é objetivo ou subjetivo? Depende ou não do


sujeito?

O conhecimento pode ser objetivo ou subjetivo. O conhecimento subjetivo


depende do ponto de vista pessoal, individual, não é fundado no objeto, mas
condicionado somente por sentimentos e firmações arbitrárias do sujeito (por
isso o nome subjetivo). O conhecimento objetivo é fundado na observação
imparcial, é independente das preferências individuais.
O conhecimento subjetivo depende totalmente do sujeito: está totalmente
ligado a seu ponto de vista, a suas impressões e varia de pessoa para pessoa.
Já o conhecimento objetivo depende exclusivamente do objeto que está sendo
observado, de maneira imparcial, e independe do sujeito.

7. Como conhecemos, através dos sentidos ou da razão?

Obtém-se conhecimento tanto através dos sentidos quanto através da


razão. Aristóteles dizia que "nada está no intelecto sem antes ter passado
pelos sentidos” e de fato, muitas vezes, nosso primeiro contato com alguma
nova informação vai ser através dos sentidos. A razão, por sua vez, contribui
para a construção do conhecimento porque através dela podemos abstrair,
organizar informações, categorizá-las, compará-las e organizá-las.

8. O conhecimento pode ser concreto ou abstrato. Comente e cite


exemplos.

Conhecimento concreto: se forma a partir da percepção sensível, ou seja,


da representação de objetos reais, e é imediato, sensível e intuitivo. Exemplo:
Você está na rua e observa um carro e sabe que se trata de um carro.
Conhecimento abstrato: estabelece relações, que cria os conceitos e as
noções gerais e abstratas, é mediato e racional. Exemplo: Você está na rua e
observa que há vários carros de diferentes modelos, marcas, tamanhos,
formatos, cores, que eles movem em diferentes velocidades, etc.

9. O conhecimento implica uma transformação do sujeito? E do


objeto? Explique!

A relação de conhecimento implica uma transformação tanto do sujeito


quanto do objeto. O sujeito se transforma mediante o novo saber, e o objeto
também se transforma, pois o conhecimento pode lhe conferir sentido. Por
exemplo: quando aplicamos o conhecimento científico ao objeto pode-se criar
uma nova tecnologia.

10. Antes de Kant, como era o conhecimento? E depois? Você acha a


mudança importante para a época? Por quê? Você acha que este
conhecimento permanece nos dias de hoje? Seria capaz de citar
alguma (a)s teorias atuais que comprove sua resposta?

Antes de Kant os racionalistas diziam que o conhecimento era originado


exclusivamente na razão, construído antes mesmo de qualquer experiência,
enquanto os empiristas defendiam que cada homem nasce como um quadro
em branco (Tabula rasa) e o conhecimento parte das sensações e
experimentações. Kant operou uma síntese entre o racionalismo e o
empirismo. Depois dele já surgem linhas de pensamento que dizem que o
conhecimento tem origem em juízos universais, mas também possui influência
da sensibilidade. A contribuição kantiana na matemática, na lógica e nas
ciências naturais é imensa. Também a noção kantiana de que há fenômenos
que não são possíveis de se explicar pela ciência – como a existência ou não
de um ser divino superior.

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