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2) a) O ponto isoelétrico (PIE), é o valor de pH em que o valor das cargas positivas e negativas
na polpa estão em equilíbrio, ou seja, é igual a zero. Quando o sistema apresenta somatório de
cargas não neutro (sendo positivo ou negativo), determinado tipo de floculante será mais
adequado para o processo.
No artigo citado, os testes foram realizados acima do PIE, ou seja, havia predominância de carga
negativa no sistema. O reagente catiônico vai se ligar a essas cargas negativas – o que explica os
flocos serem maiores. O reagente aniônico tende a se ligar a cargas positivas, mas pode se ligar
a cargas negativas também, sobretudo em se tratando de finos.
b) Ligações de hidrogênio; interações eletrostáticas; ligações químicas e interações hidrofóbicas.
4) Coagulantes: cal; sulfato de alumínio, sulfato férrico, sulfato ferroso, silicatos e polifosfatos.
Floculantes: amido, celulose (carboximetilcelulose), poliacrilamida, polietilenimina e
Quebracho.
Na zona de clarificação a sedimentação também é livre. O produto dessa zona é clarificado, tem
baixo percentual de sólidos e é o que vai escoar como overflow nas calhas do sistema.
Na zona de compressão há maior densidade da polpa e/ou maior tendência para a formação de
agregados. Os sólidos são compactados ou espessados. O regime de sedimentação também é
por compressão. As estruturas formadas no regime de compressão são rígidas de tal forma que
cada camada de sólidos pode suportar mecanicamente as camadas superiores.
7) O índice de Blaine indica área superficial por massa. Maior índice de Blaine está relacionado
à maior presença de partículas menores (finos). Quanto maior o índice de Blaine, menor é a
permeabilidade e, portanto, mais difícil é o tratamento. A tabela abaixo, obtida no material
fornecido pela professora Michelly, demonstra a influência do índice de Blaine no resultado da
filtração.
É possível observarmos que a efetividade da filtração, indicada pela taxa unitária de filtração
(TUF), acontece no sentido inverso do aumento do índice de Blaine. Já o crescimento da
umidade acontece no mesmo sentido do índice de Blaine (quanto maior a área superficial, maior
a umidade). Em resumo: quanto maior o índice de Blaine, menos eficiente será a operação.
É possível observamos também na tabela a influência da forma da partícula. Comparando
minérios de diferentes formatos (magnetita lamelar e hematita cúbica), observamos que para
uma mesma faixa de índice de Blaine a partícula lamelar apresenta TUF muito maior que a
cúbica. Portanto, conclui-se que o formato da partícula também influencia no rendimento do
filtro.
8) Os reagentes auxiliares mais comumente utilizados na filtragem são os floculantes e
surfatantes, que atuam com o objetivo de diminuir a pressão do capilar (pressão mínima para
que haja drenagem do poro). Para que isso ocorra pode-se modificar a estrutura do poro e/ou
alterar as características de molhabilidade.
A estrutura dos poros pode ser modificada com a adição de floculantes, que atuam no sentido
de agregar as partículas mais finas, aumentando o diâmetro médio dos poros. Quando se
utilizam polímeros de peso molecular grande ocorre a adsorção do floculante e a formação de
pontes agrega as partículas, não requerendo uma carga oposta às partículas. Quando se utilizam
polímeros de peso molecular baixo a agregação se dá por neutralização das cargas opostas,
havendo a necessidade de que o polímero apresente carga oposta à das partículas.
A molhabilidade pode ser alterada com a utilização de surfatantes, que podem agir diminuindo
a tensão superficial na interface líquido/ar (diminuição nas forças que retêm a água nos capilares
da torta, favorecendo a formação de micelas) e/ou aumentando o ângulo de contato (quanto
maior o ângulo de contato, menor o trabalho para separar as duas fases) na interface
sólido/liquído (isso acontece porque o reagente atua no sentido de transformar a superfície do
mineral em hidrofóbica).
9) O teste de folha pode ser feito com alimentação por baixo, mergulhando-se a folha em um
recipiente contendo polpa sob agitação. De forma alternativa, com alimentação por cima, onde
a folha dispõe de um anteparo que atua como recipiente para a contenção da polpa.
Monta-se o sistema e aplica-se a ele um vácuo. A folha de ensaio (leaf) é totalmente imersa na
polpa a ser filtrada, que é mantida agitada, pelo tempo determinado do teste e sob a atuação
do vácuo para a formação da torta.
Após o tempo de formação, altera-se o vácuo atuante para o vácuo de secagem ao mesmo
tempo em que é retirada a folha de teste da polpa. A folha de teste é, então, elevada de forma
a permitir o fluxo completo de filtrado para o reservatório de coleta deste. Ao final do tempo de
secagem (previamente escolhido), o vácuo do sistema é desligado e a folha de teste é
desacoplada da montagem para a análise da torta. A torta é descarregada com o auxílio de ar
comprimido.
Monta-se o sistema e liga-se o mesmo à uma bomba de vácuo. Neste caso a polpa (mantida
agitada) é vertida aos poucos sobre o papel filtrante, montado em um funil. O tempo de
formação de torta é considerado como aquele em que a torta pode ser visualizada sem a
presença de líquido em sua superfície. E o de secagem, quando resta apenas um fino
gotejamento de filtrado no recipiente coletor.
10) O hidrociclone faz a separação ou classificação das partículas através da força centrífuga.
Para atuar como desaguador, a principal mudança na geometria do equipamento é o
estrangulamento do apex, ou redução de seu diâmetro. Essa redução provoca diminuição na
capacidade de vazão de água, concentrando uma maior porcentagem de sólidos no interior do
ciclone. Deve-se trabalhar com uma pressão de operação menor que a utilizada para a
classificação, para que se reduza a capacidade de arraste das partículas.