No Novo Testamento, o serviço cristão é identificado pelo termo “diaconia”. A
origem deste verbete está na língua grega. Aprendemos na última pastoral, que Cristo veio “para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mc 10.45 NAA). No texto grego, quando na Palavra de Deus afirma que Jesus veio para servir, encontramos o verbo diakoneō. Jesus exerceu, segundo esse texto, a diaconia como serviço ao próximo. E, conforme a pastoral do último domingo, essa é uma atribuição de todo cristão. Mas a Palavra de Deus fala a respeito de um ofício, de uma vocação específica direcionada a pessoas no meio da igreja: são os diáconos. Mas como surgiram os diáconos? O livro dos Atos dos Apóstolos, em seu capítulo 6, relata a instituição dos diáconos. Na igreja daqueles dias surgiu um problema: o número de convertidos estava aumentando e não havia quem desse atenção especial às necessidades das pessoas. Nesse contexto, os judeus de fala grega começaram a reclamar que os judeus de fala hebraica estavam sendo privilegiados e que as suas viúvas estavam sendo esquecidas na distribuição de mantimentos. Para atender às demandas dos necessitados e servir as mesas, Deus chamou “homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria” (Atos 6.3 NAA). Era a instituição do ofício do diácono. O resultado da diaconia no meio da Igreja era que “a Palavra de Deus crescia e, em Jerusalém, o número dos discípulos aumentava” (Atos 6.7 NAA). A instituição dos diáconos obedeceu foi fruto de uma estratégia da agenda oculta de Deus que ensejou em um crescimento exponencial de convertidos e a Palavra de Deus se espalhava rapidamente. Não se tratava de um trabalho exclusivo dos apóstolos. A palavra de Deus deixa claro que esse crescimento só foi possível com a ordenação dos diáconos. Porque tudo isso é importante? Porque confronta, muitas vezes, a visão que temos do ministério de diaconia da igreja! Os diáconos não são meros zeladores ou porteiros, cujo trabalho começa quando se abrem as portas da igreja e terminam quando estas se fecham. Os diáconos são ministros do serviço, verdadeiros despenseiros de misericórdia, servindo aos pobres, aos órfãos, às viúvas, aos idosos e aos enfermos nas suas necessidades. O trabalho dos diáconos começou em Atos 6 e permanece, sem cessar, dia após dia, até a igreja da atualidade. Portanto, se diaconia é serviço, ser diácono é ser servo. E há promessas gloriosas por parte de Deus para os que exercem a diaconia: os que servirem bem “alcançarão para si mesmos uma posição de honra e muita ousadia na fé em Cristo Jesus” (1 Timóteo 3.13 NAA). Nossa oração é que Deus sustente os diáconos no serviço para o qual os comissionou. Que sirvam bem e que alcancem uma posição de honra entre a santa Igreja de Jesus. E que demonstrem, por meio do ministério de misericórdia aos necessitados de todos os tipos, possuir intrepidez e muita ousadia na fé em Cristo Jesus.