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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS. CAMPUS A.C.

SIMÕES
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS, COMUNICAÇÃO E ARTE
PROGRAMA DE GRADUAÇÃO DE LICENCIATURA PLENA EM HISTÓRIA

Autor: Marcus Vinícius da Silva Santos, Graduado em


História-Licenciatura/UFAL (Elaborado em 21 de
setembro de 2021, atualizado em 05 de maio de 2024).

Plano de Aula

Escola Municipal Dr. Iramilton Leite.


Professor(a): Marcus Vinicius da Silva Santos
Disciplina: História
Data: 05/05/2024
Turma: 6º ano, Ensino Fundamental (anos finais)
Tema: Memória e cultura latino-americana no filme Viva – a vida é uma festa (2017)
Tempo da aula: 1h40min

Introdução:
Sustentando-se na concepção defendida por Marc Bloch e Lucien Febvre, de que diversos
objetos (textos, imagens, audiovisuais) podem ser utilizados como fonte para a História,
apresento a proposta de uma análise conjunta do filme Viva – a vida é uma festa, 2017, da
empresa Disnesp – PIXAR (EUA), que ao abordar a tradicional festividade mexicana “El dia
de los muertos”, retratada de forma estereotipada, mas também representativa, as práticas
mortuárias de comemoração a memória de entes falecidos; e como a preservação da memória
individual e coletiva, caracteriza uma prática cultural local de repercussões internacionais.

Objetivos:
Geral: compreender o filme como uma fonte para a história, já que esta produção permite o
entendimento sobre temporalidades e territorialidades próprias. Identificar características da
sociedade apresentada a partir da linguagem de objetos presentes na trama cinematográfica.
Incentivar a compreensão da importância da comemoração festiva para a comunidade
mexicana retratada. Levar a reflexão no que diz respeito a reprodução de estereótipos sobre
o povo latino-americano criado pela empresa estadunidense. Debater as ideias de memória,
de festividades, de tradições e de cultura mexicana a partir da narrativa fílmica.
Específicos:
• Compreender o filme como uma fonte para a história;
• Identificar a temporalidade, territorialidades e noções históricas a respeito do México;
• Identificar algumas características culturais e sociais da comunidade mexicana retratada
a partir das vestes e comportamentos dos personagens;
• Incentivar a compreensão da cultura latino-americana e as diferentes formas de lidar com
a morte;
• Compreender a formação de estereótipos a respeito das comunidades latino-americanas
retratadas por grandes empresas estadunidenses.
• Identificar aspectos de aproximação e distanciamentos entre as práticas mortuárias locais
e a retratada no filme;
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INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS, COMUNICAÇÃO E ARTE
PROGRAMA DE GRADUAÇÃO DE LICENCIATURA PLENA EM HISTÓRIA

• Incentivar a compreensão sobre a importância da memória para a comunidade mexicana


retratada na narrativa.

Conteúdos:
Fontes Históricas.

Metodologia:
Aula expositiva discursiva. O filme será assistido com a turma ao longo de duas aulas
seguidas. Após o término da animação, será aberto um momento para a colocação de falas
dos/as estudantes, para que exponham suas opiniões sobre o filme. Passado esse momento,
o/a docente deve levantar alguns questionamentos a respeito do filme: “quem o criou?”, “qual
o tema apresentado?”, “como os personagens eram caracterizados?”, “qual a nossa relação
com a morte?”, “como a trama a respeito da morte é apresentada?”, “qual a importância da
memória para a comunidade da animação?”. Passada esta etapa, os/as discentes devem
escrever em seus cadernos as respostas que deram de maneira oral. Para casa, devem
questionar seus familiares sobre o feriado brasileiro “Dia de Finados” (02/11) e compararem
com as semelhanças e diferenças entre os dois ritos mortuários. Por fim, as respostas serão
apresentadas e debatidas em aula.

Recursos:
Filme: Viva - A vida é uma festa. Datashow, notebook, caixa de som.

Avaliação:
Os discentes devem elaborar um texto narrativo-dissertativo de 10 a 15 linhas, expondo as
principais percepções a respeito do filme e da apresentação em aula. Assim como, escrever
em seus cadernos relatos de seus familiares sobre o “Dia de Finados”.

Referências:
ALBIQUERQUE Jr., Durval Muniz de. O morto vestido para um ato inaugural:
procedimentos e práticas do estudo de folclore e da cultura popular. São Paulo: Intermeios,
2016. 288 p.

BERMÚDEZ, Sari et al. La festividad indígena dedicada a los muertos en México.


Patrimonio, cultura y turismo (Caudernos 16) Cidade do México: Conaculta, 2016. 222 p.

FERRO, Marc. Cinema e História. Trad. de Flávia Nascimento. São Paulo: Paz e Terra,
1992. 144 p.

NAPOLITANO, Marcos. FONTES AUDIOVISUAIS: A História depois do papel, 2008, p.


235-291. In: PINSKY, Carla. Fontes históricas. São Paulo: Contexto, 2008. 304 p.

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