UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

CÂMPUS CENTRAL- SEDE: ANÁPOLIS -CET

CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL

RELATÓRIO ACADÊMICO DE AULA EXPERIMENTAL

ANÁPOLIS
 2023

LOYANNE CAROLINE PEIXOTO DA SILVA

COLOIDES

Relatório acadêmico apresentado à disciplina de

Físico-Química Experimental II, no Curso de química
industrial da Universidade Estadual de Goiás, como
exigência parcial de avaliação, sob orientação do
Professor Dr. Fernando Honorato Nascimento.

ANÁPOLIS
2023
1 INTRODUÇÃO
Uma das concepções mais importantes em eletroquímica são as reações de

oxidação-redução consiste em duas reações antagônicas: uma reação de oxidação e uma

reação de redução. A primeira reação consiste em um elemento perde elétrons para

formar elétrons. Ou seja, é uma reação de doação de elétrons como mostra o exemplo:

Cu →Cu2+ + 2e-. Consequentemente, cada elemento oxidado doa elétrons. Isso é regra! A
segunda reação é uma reação de redução. Como você pode ver no exemplo, este é um tipo de
reação que se com o recebimento de elétrons. Zn2+ + 2e- → Zn. Portanto, uma reação de

oxidação é uma reação que envolve uma oxidação que doa elétrons e uma redução que

recebe esses elétrons. (MELZER, 2014, p. 78)

A corrosão é um processo de oxirredução, ou seja, um material sofre oxidação (perde
elétrons), e o outro, redução (ganha elétrons). Para sofrer oxidação, o material deve
apresentar um potencial de redução menor que o material que entrou em contato com ele, ou
seja, a necessidade de ocorrer uma diferença de potencial de redução das duas espécies.
(DIAS, 2013)
Em termos muito amplos e geralmente aceitos, a corrosão pode ser definida como a
deterioração de um material, geralmente um metal, como resultado de ação química ou
eletroquímica no ambiente, com ou sem estresse mecânico. A deterioração, que ocorre devido
a interações físicas e químicas entre um material e o ambiente em que é utilizado, é uma
alteração indesejável e destrutiva aplicada a um material, como desgaste, alterações químicas
ou alterações estruturais que tornam o material inadequado para uso.Problemas de corrosão
são comuns e ocorrem na maioria das situações em diversas atividades, como a indústria
química. Petróleo, petroquímica, marinha, construção civil, transporte rodoviário, aéreo,
ferroviário e metroviário. (GENTIL , 1994)

2 OBJETIVOS
O objetivo deste experimento foi observar as condições de estabilidade de suspensões
coloidais de enxofre e verificar a influência de eletrólitos e polímeros na estabilidade de
suspensões coloidais.
3 MATERIAIS E REAGENTES
● Béquer de 250 mL; ● Tubos de ensaio
● Pipetas; ● Suporte para tubos de ensaios;
● Balança Analítica; ● Água destilada;
● Termómetro; ● Solução de amido 0,1% (recém
● Manta aquecedora; preparada);
● Condensador; ● Enxofre;
● Papel de filtro; ● Acetona;
● Funil simples; ● Solução de NaCl;

3 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
Pesou-se 1 g de enxofre, colocou-o no balão de um sistema de refluxo e adicionou-se
50 mL de acetona. O sistema foi aquecido até que a solução entrou em ebulição, mantendo a
temperatura por 10 minutos. Ferveu-se em um béquer 100 mL de água. Em uma capela com
exaustão eficiente, longe de chamas ou faísca, adicionou-se lentamente a solução de enxofre,
ainda fervendo, sobre a água em ebulição. A acetona se evapora e o enxofre, insolúvel em
água, formou-se uma suspensão coloidal. Filtrou-se a suspensão. Preparou-se 7 tubos de
ensaio, numerando de 1 a 7, e adicionou-se as seguintes soluções conforme o Quadro 1.
Quadro 1: Quantidade de suspensão coloidal, amido e solução de NaCl.
Nº do tubo Suspensão Coloidal Amido 0,1% (mL) NaCl 10% (mL)
(mL)
1 0 0
2 0 1
3 1 0
4 5 1 1
5 2 1
6 3 1
7 4 1
Fechou-se os tubos com rolhas e deixou-os em repouso por 24 horas. Observou-se as
modificações de turbidez de forma quase que instantânea e coloração das soluções em cada
tubo, comparando com a solução tubo nº 1. Anotou-se as observações. Guardou os tubos por
24 horas e repetiu-se as observações e anotações. Após 72 horas repetiu as observações e
anotações.
RESULTADOS

Durante o procedimento de transferência da solução contendo o enxofre e acetona em

água fervente, tal procedimento foi realizado dentro da capela e com extremo cuidado, devido
ao fato de o enxofre ser insolúvel e a acetona apresentar um ponto de ebulição baixo, e ao
adicionar água fervendo, a acetona entra em ebulição, e como foi adicionado de forma
errônea ocasionou-se em uma pequena explosão. Após a filtração transferiu-se 5 mL da
suspensão em cada um dos tubos de ensaio. Deixou-se por 24 horas em repouso e
observou-se as modificações de turbidez e coloração das soluções em cada tubo (Figura 1).

Figura 1: Resultados obtidos após 24 horas.

Fonte: Autoria própria

A partir dos resultados obtidos no experimento, cada tubo foi analisado e colocado em
ordem, sendo da direita para a esquerda de acordo com a estabilidade, no qual o número 1
seria o mais estável e o número 7 o menos estável (Quadro 2).

Quadro 2: Resultados experimentais observados.

Nº do tubo Observações
 1 Translúcido

2 Apresentou uma leve turbidez

3 Apresentou uma leve turbidez e foi possível observar um precipitado no

fundo do tubo.

4 Semelhante ao tubo 3 mais opaco.

5 Semelhante ao tubo 4

6 Semelhante ao tubo 4

7 Semelhante ao 4, porém muito mais opaco.

Fonte: Autoria própria

5 CONCLUSÕES
Com os resultados encontrados e analisados foi realizada a observação da estabilidade
dos colóides em determinadas condições, sendo possível analisar como a floculação e forças
repulsivas/atrativas interferem na estabilidade. Apesar de encontrar uma dificuldade com a
transparência dos tubos de ensaio, ainda foi possível fazer a um diferenciação das soluções,
as soluções 2, 4, 5, 7 apresentaram muita semelhança. O restante foi possível verificar a
quantidade de flocos.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
DERJAGUIN, B. V.; LANDAU, L. ACTA PHYSICOCHIM. URSS 1941, 14, 633-662;
Verwey, E. J.; Overbeek, J.-T. G. Theory of the Stability of Lyophobic Colloids; Elsevier:
Amsterdam, 1948.

BALTAR, C. A. M.,1997. Influência da interação polímero-surfatante na floculação de

uma sílica coloidal com poliacrilamida. Tese (Doutorado) –Universidade do Rio de Janeiro,
Rio de Janeiro, 198 p.
COLFEN H. ANTONIETTI M. Mesocrystals and Nonclassical Crystallization, 2008, John
Wiley & Sons Ltda.

GONSALVES, K. E.; HALBERSTADT, C. R.; LAURENCIN, C. T.; NAIR, L.S. Biomedical

Nanostructures, 2008, John Wiley & Sons,

MOTA, Fernando. Termodinâmica Aplicada I. 201-. 36 slides.

SIGNINI, R.; SILVA, F.; NASCIMENTO, F.; Manual de Aulas - Físico Química
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