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Alef Alfredo Coelho

António João Raibo

Michaela F. do Zé Paulo Brau

Unidades e Medidas

Universidade Rovuma
Nampula
2024
Alef Alfredo Coelho

António João Raibo

Michaela F. do Zé Paulo Brau

Unidades e Medidas

Trabalho de Investigação Científico de


carácter avaliativo, de Curso de Engenharia
Civil 1º ano, a ser apresentado ao Docente
da disciplina de Física I – Mecânica.

Docente: dr. Salomão Dombole

Universidade Rovuma
Nampula
2024
Índice
Introdução.......................................................................................................................................4
Objectivo Geral...............................................................................................................................4
Objectivo específicos......................................................................................................................4
Metodologia....................................................................................................................................4
Unidade e Medidas.........................................................................................................................5
O Sistema Internacional de Unidades.............................................................................................6
Redefinição do Sistema de Unidades de Medidas..........................................................................7
Mudança de Unidades.....................................................................................................................7
Comprimento..................................................................................................................................8
Tempo...........................................................................................................................................10
Massa............................................................................................................................................12
Conclusão......................................................................................................................................13
Bibliografia...................................................................................................................................14
Introdução

A necessidade de medir é antiga e remonta à origem das civilizações. Por muito tempo,
cada país, região e cidade tinha seu próprio sistema de medidas. Essas unidades eram
frequentemente arbitrárias e imprecisas, como as baseadas no corpo humano, como
palmo, pé, polegada, braça e côvado.
A medida faz parte da rotina diária do físico experimental. Lord Kelvin afirmava que
nosso conhecimento só é satisfatório quando podemos expressá-lo numericamente.
Embora essa afirmação possa parecer exagerada, ela reflete a filosofia que os físicos
devem seguir durante suas pesquisas. Representar propriedades físicas numericamente
requer não apenas o uso da matemática para estabelecer relações entre diferentes
grandezas, mas também a habilidade de manipular essas relações.

Ao longo do desenvolvimento do trabalho, abordaremos as unidades necessárias para


expressar os resultados de uma medida.

Objectivo Geral

 Falar sobre Unidades e Medidas

Objectivo específicos

 Falar sobre Sistema Internacional e Unidades;


 Falaremos da redifinição do sistema internacioanal
 Falar sobre Mudanças de Unidades;
 Falar sobre Comprimento
 Falar sobre Tempo;
 Falar sobre Massa;

Metodologia

De acordo com GIL (2007:162) define metodologia como sendo ―procedimento a ser
seguido na realização de uma pesquisa. E nesse contexto engloba todos os
procedimentos técnicos usados numa investigação científica.

O método usado, será de pesquisa, que consistira em uso de Manuais, Livros, Apostilas
de Física.
Unidade e Medidas

Medir é um processo que nos permite atribuir um número a uma propriedade física
como resultado de comparações entre quantidades semelhantes, sendo uma delas
padronizada e adotada como unidade. O físico, quando mede alguma coisa, deve ter o
cuidado de não perturbar de forma apreciável o sistema que esta sendo observado.
Para descrever uma grandeza física, primeiro definimos uma unidade, isto é, uma
medida da grandeza cujo, valor definido como exatamente 1,0. Em seguida, definimos
um padrão, ou seja, uma referencia com a qual devem ser comparados todos os outros
exemplos da grandeza. Assim por exemplo, a unidade de comprimento é o metro, e, o
padrão para o metro é definido como a distancia percorrida pela luz no vácuo durante
uma certa fração do segundo.

A unidade é um nome particular que atribuímos as medidas de uma grandeza. Os


padrões devem ser acessíveis e invariáveis.

Existem tantas grandezas físicas que não é fácil organiza-las. Felizmente, nem todas são
independentes. A velocidade, por exemplo, e a razão entre uma distancia e um tempo.
Assim, o que fazemos e escolher (e para isso existem conferencias internacionais; um
pequeno numero de grandezas físicas, como comprimento e tempo, e definir padrões
apenas para essas grandezas. Em seguida, definimos todas as outras grandezas físicas
em termos dessas grandezas fundamentais e seus padrões. A velocidade, por exemplo, e
definida em termos das grandezas fundamentais comprimento e tempo e dos respetivos
padrões.

As grandezas fundamentais devem ser acessíveis e invariáveis. Se definirmos o padrão


de comprimento como a distância entre o nosso nariz e a ponta do dedo indicador do
braço direito esticado, certamente teremos um padrão acessível, mas que, naturalmente,
variara de pessoa para pessoa. A necessidade de precisão na ciência e na engenharia nos
leva exactamente a direcção oposta, Nos preocupamos em primeiro lugar com a
invariabilidade e depois fazemos o possível para distribuir duplicatas dos padrões das
grandezas fundamentais a todos que tenham necessidade deles.
O Sistema Internacional de Unidades

Segundo: (Sandra Knotts e Peter J. Mohr) o Sistema Internacional de unidades – SI


foi criado em 1960 por uma resolução na 11ª reunião da Conférence Générale des Poids
et Mesures, a CGPM (Conferência Geral sobre Pesos e Medidas). O sistema era baseado
em seis unidades bases – metro, quilograma, segundo, ampere, kelvin e candela. Em
1971, após longas discussões entre físicos e químicos, a versão atual do SI foi finalizada
com a adição da unidade mol, ampliando o SI para o número total de sete unidades
básicas.

Unidades Fundamentais do SI
Como ilustra a figura abaixo
Redefinição do Sistema de Unidades de Medidas
Em uma decisão histórica feita na 26ª reunião da Conferência Geral de Pesos e Medidas
(CGPM) que aconteceu em novembro de 2018 em Versalhes na França, os 60 Estados
membros do BIPM decidiram unanimemente pela revisão do Sistema Internacional de
Unidades (SI), mudando a definição mundial do quilograma, o ampere, o kelvin e o
mol.
A nova revisão irá definir todas as unidades do SI em termos de constantes da natureza,
garantindo estabilidade futura para o SI e abrindo novos caminhos para a inovação e
tecnologia. As mudanças entram em vigor no Dia Mundial da Metrologia, no dia 20 de
maio de 2019.

A decisão feita na 26ª CGPM, partiu do princípio de criar de fato um Sistema


Internacional de Unidades baseado em constantes invariantes da natureza. Atualmente,
o quilograma é a última unidade base do SI a ser definida em termos de um objeto feito
pelo homem e não por uma constante da natureza.

O quilograma é atualmente definido como a massa de um pedaço de metal em um cofre


em Paris, conhecido em inglês como IPK – Protótipo Internacional do Quilograma. O
cuidado com esse padrão é extremo, pois o IPK era utilizado para rastrear as medições e
os padrões de massa do planeta. A principal desvantagem em utilizar um objeto como
definição de uma unidade básica recorre no fato de que não há garantia de estabilidade
no valor da massa.
Um estudo realizado, comparou as cópias oficias feitas do IPK espalhadas pelo mundo
nos institutos de metrologia nacionais e verificou que ao longo do tempo houve
alteração no valor das massas. O gráfico do BIPM mostra que algumas cópias ganharam
cerca de 50 µg ao longo de um século, e uma vez que as cópias estão variando, pode-se
dizer que o padrão do IPK também está, o que nos leva a um conflito físico e
matemático. A nova definição, que entrou em vigor em 20 de maio de 2019, baseia-se
em constantes naturais, como a constante de Planck e a velocidade da luz. Essa
mudança não apenas garante maior precisão e estabilidade, mas também abre caminho
para inovações futuras na ciência e tecnologia.
A Tabela 1-1
As três principais Unidades Fundamentais do SI

Grandeza Nome da Unidade Símbolo


Comprimento Metro m
Tempo Segundo s
Massa Quilograma kg

Para expressar os números muito grandes e muito pequenos que frequentemente


aparecem na física, usamos a chamada notação científica, que utiliza potências de 10.
Nesta notação.

3.560.000.000 m = 3,56 X IO9 m


e
0,000 000 492 s = 4,92 X 10-7 s.

Tabela 1-2
Prefixos das Unidades do Sl
Mudança de Unidades

Muitas vezes precisamos mudar as unidades nas quais uma grandeza física esta
expressa. Isto pode ser feito usando um método conhecido como conversão em cadeia.
Nesse método multiplicamos a medida original por um factor de conversão (uma
relação entre unidades que e igual a 1). Assim, por exemplo, como 1 min e 60 s
correspondem ao mesmo intervalo de tempo, podemos escrever:

1min 60s = 1.
60s
=1e 1min
Tal não e o mesmo que escrever 1/60 = 1 ou 60 = 1; o número e sua unidade formam
um todo.
Já que a multiplicação de qualquer grandeza por 1 não muda o valor dessa grandeza,
pode introduzir esses factores de conversão sempre que acharmos conveniente. Na
conversão em cadeia, usamos os factores de tal forma que as unidades indesejadas se
cancelam. Por exemplo,

2 min = (2 min)(1) = (2 min) 60 s )


( 1 min

= 120s
Exemplo: O submarino de pesquisa ALVIN esta mergulhando com uma velocidade de
36,5 braças por minuto.
a) Expresse esta velocidade em metros por segundo. Uma braça (fath) vale
extramente 6 pés (ft).

fath fath
1 min 6 ft 1m
36,5 = = (36,5 )( )( )( ) = 1,11 m/s
min min 60 s 1 fath 3, 28 ft

Se por acaso você introduzir o factor de conversão de tal forma que as unidades não se
cancelem, simplesmente inverta o factor e tente outra vez. Observe que as unidades
obedecem as mesmas regras que os números e as variáveis algébricas.

Podemos escrever este resultado na forma ainda mais incomum de 3,71 nul/a, onde
―nal" e a abreviação de nanoano-luz.
Se você resolver o item (a) usando todos as casas decimais da sua calculadora,
encontrara uma resposta como I,112804878 m/s, A precisão sugerida pelas nove casas
decimais da resposta e totalmente ilusória. Arredondamos (acertadamente) o resultado
para 1,11 m/s, um número que equivale em precisão ao dado original. O valor original
da velocidade, 36,5 fath/min, tem três dígitos, que são chamados de algarismos
significativos. Qualquer quarto algarismo que possa existir a direita do 5 não e
conhecido, dc modo que o resultado na conversão não c confiável além de três dígitos
ou três algarismos significativos. Os resultados dos cálculos devem sempre ser
arredondados para expressar este limite de confiabilidade.

Exemplo 2: Transforme 60 milhas/hora em pés/segundo.


Solução Para resolver este problema, você pode transformar milhas em pés e hora* em
segundos:
mi 3,28 ft/s
60 − 60𝑚i/ℎ = ( ) = 88 ft/s
h 2.24 mi/h
Observe que neste caso, como nos anteriores, o factor de conversão e equivalente a 1.

Comprimento

Em 1792, a recém-criada República de Franca estabeleceu um novo sistema de pesos e


medidas. Como pedra fundamental desse novo sistema, o metro foi definido como um
décimo - milionésimo da distância entre o Polo Norte e o Equador. Mais tarde, por
razões de ordem pratica, este padrão que usava a Terra como referência foi abandonado
e o metro passou a ser definido como a distância entre duas finas linhas gravadas perto
das extremidades de uma barra de platina-irídio, a barra do metro - padrão, que era
guardada na Bureau internacional de Pesos e Medidas, perto de Paris. Cópias fiéis da
barra foram enviadas a laboratórios de padronização em todo o mundo. Esses padrões
secundários foram usados para produzir outros padrões ainda mais acessíveis, de modo
que, em última analise, todos os dispositivos de medida eram derivados da barra do
metro padrão através de uma complicada sene de comparações. Em 1959, a jarda foi
legalmente definida . a tabela abaixo ilustra algumas relações entre as unidades.
Exemplo 3. Nas competições esportivas, a prova de corrida mais curta pode ser a de
100 metros (100 m) ou a de 100 jardas (100 yd).

a. Qual das duas e a mais longa?

Solução De acordo com a Ec|. 1-7. 100 yd equivalem a 91,44 m, de modo que s corrkia
de f 00 má mais kmgti do que ade 100 yd,
b. Qual e a diferença entre as duas distancias em metros?

Solução vamos representar a diferença por AL, onde â c a tetra grega delta maiúsculo.
Nesse caso,
AL = 100 m - 100 yd
= 100 m — 91,44 m = 8,56 m
c. Qual e a diferença entre as duas distancias em pés?

Solução podemos calcular a diferença em pés usando o mesmo método do Exemplo 1.

AL = (8,56 m) (3,28 ft/s) = 28,1 ft.


1m

Unidades de medidas derivadas do metro


Tempo

O tempo tem dois aspetos, Nas aplicações da vida diária e para alguns fins científicos.
Por outro lado, na maioria das aplicações científicas, queremos conhecer o tempo de
duração de um evento. Assim qualquer padrão de tempo deve poder responder a duas
perguntas:“Quando aconteceu‖ e ―Quanto tempo durou ”.

Qualquer fenómeno periódico pode ser usado como padrão de tempo. A rotação da
Terra, que determina a duração do dia, e provavelmente o mais antigo padrão de tempo
da humanidade. Um relógio de quartzo, no qual um anel de quartzo vibra
continuamente, pode ser calibrado em relação a rotação da Terra com o auxílio de
observações astronómicas e usado para medir intervalos de tempo no laboratório.
Entretanto, a calibração não pode ser executada com a exatidão exigida pela ciência e
tecnologia modernas.

Tabela de múltiplos da unidade do tempo

Um segundo e o tempo necessário para que haja 9.192.631.770 oscilações da luz (de um
determinado comprimento de onda) emitida por um átomo de cesio-133.
Em princípio, dois relógios de césio teriam que funcionar durante 6.000 anos para que
suas leituras diferissem em mais de 1 s. Mesmo essa precisão e pequena em comparação
com a dos relógios que estão sendo desenvolvidos atualmente; a precisão desses
relógios pode chegar a I parte em 10IK, isto e, I s em 1 X 10lti s (cerca de 3 X 1010 anos).
Fig-1. Sua linha de visão até a pane superior do sol gira de um ângulo aquando você se
levanta, elevando seus olhos de uma distância h em relação ao ponto A. (O ângulo 9 e a
distancia h foram exagerados para tornar o desenho mais claro.)

Superfície da Terra no ponto em que você se encontra (ponto A). A. Figura mostra
também que sua linha de visão até a parte superior do sol quando ele desaparece pela
segunda vez é tangente a superfície da Terra no ponto 8. Seja d a distancia entre o ponto
fie o ponto em que seus olhos se encontram quando você esta de pé s seja r o raio da
Terra (Fig- 1). De acordo com o Teorema de Pitágoras, temos:

d2 + r2 = (𝑟 + 𝐴) *= r2 + 2𝑟ℎ + k2
Ou
d2 = 2𝑟ℎ + k2
Como a altura h e muito menor do que o raio da Terra r, o termo /r pode ser desprezado
em comparação com o termo 2rh e podemos escrever a Equação acima na forma
simplificada.

d2 = 2𝑟ℎ
Massa
O padrão de massa do SI e um cilindro de platina-irídio conservado no Bureau
internacional de Pesos e Medidas, nas proximidades de Paris, ao qual foi atribuída, por
convenção internacional, uma massa de l quilograma. Copias fiéis desse cilindro foi
enviado a laboratórios de padronização situados em outros países e as massas de outros
corpos podem ser medidas por comparação com essas cópias . A tabela abaixo ilustra
algumas relações entre massas usados em outros países.

As massas dos átomos podem ser comparadas entre si mais precisamente do que podem
ser comparadas com o quilograma padrão. Por esse motivo, os cientistas adotaram um
segundo padrão de massa: o átomo de carbono-12, ao qual foi atribuída uma massa de
12 unidades de massa atómica (u). A relação entre os dois padrões e a seguinte:

1 u = 1,6605402 X 10-27 kg

Com uma incerteza de ± 10 nas duas ultimas casas decimais. Com o auxilio de um
espectrómetro de massa, os cientistas podem determinar, com razoável precisão, as
massas de outros átomos em relação a massa do carbono-12.0 que nos falta no momento
e um meio confiável de estender essa precisão a unidades de massas mais comuns,
como um quilograma. A figura abaixo ilustra forma de conversão da unidade.
Conclusão

Assim como a redefinição do segundo, nos permitiu navegar pelo GPS, espera-se que
com as novas definições do SI a ciência ganhe estímulo para o desenvolvimento de
novas tecnologias. Toda vez que a humanidade aumentou a precisão de suas medidas,
surgiram melhores tecnologias. Se a história da medição no passado é um indicador do
futuro, então a nova revisão do SI irá provavelmente ajudar a sociedade a resolver uma
grande quantidade de mistérios e problemas. Uma coisa é certa, para que a inovação
aconteça precisamos estar sempre realizando mudanças, sem esquecer de olhar para
nossas medições.
Em resumo, a revisão do SI representa um passo importante em direção a um sistema de
unidades mais confiável e universal, alinhado com os princípios fundamentais da física
e da natureza.
Bibliografia

Alonso & Finn ―Física um curso universitário - Mecânica‖ editora Edgard Blucher
Ltda, Edição estudantil, volume 1.
David Halliday & Robert Resnick ―Fundamentos da Física - Mecânica‖ 4a Edição,
10a Edição, volume 1.

GIL, António Carlos, Método e técnica de pesquisa social. Editora Atlas SA 5ª ed. São
Paulo, 2002.
Halliday ―Fundamentos de Física‖ editora LTG, O GEN, volume 1.
www.bipm.org (On the revision of the SI).
www.nature.com (New definitions of scientific units are on the horizon. Metrologists are poised to
change how scientists measure the Universe. Elizabeth Gibney , 27 October 2017).
www.nist.gov (A Turning Point for Humanity: Redefining the World’s Measurement System.
Created May 12, 2018, Updated December 06, 2018).
www.euramet.org (Progress towards redefining the International System of Units in 2018. 2017-
10-27).
www.npl.co.uk (Redefining the SI units).
An Introduction to the New SI. Sandra Knotts, Peter J. Mohr, William D. Phillips. THE PHYSICS
TEACHER.Vol.55, January2017DOI:10.1119/1.49

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