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Semestre

2023.1

GCET821 Física I

Docente: Balbino Pomponet


Mecânica
Poderíamos definir como a fase preliminar da
Mecânica aquela em que o ser humano se dá
conta da existência dos movimentos, tanto no
céu como na Terra. Esta primeira fase foi,
portanto, essencialmente de observações.
Procurava-se, nessa fase, tirar vantagens da
regularidade dos movimentos dos astros.
Dentro da chamada Filosofia Natural dos
Gregos incluía-se a preocupação com o
movimento como fenômeno evidente e relevante
do Universo.

Justifica-se assim que a Mecânica, ou seja, o


estudo dos movimentos, seja considerada a parte
mais antiga da Física e talvez a área da ciência
com que todos se sentem mais familiarizados,
dada a convivência que os humanos têm com
movimentos em seu cotidiano.
Aristóteles acreditava que as leis
do movimento não são universais.
Isto é, as leis que regem os
movimentos não valeriam em
quaisquer movimentos. Para os
corpos que se movimentam na
superfície terrestre valem os
princípios já enunciados dos
movimentos "naturais" e dos
movimentos "violentos". Para os
astros no firmamento a teoria seria
outra. Eles se moveriam pela sua
"divindade".
Para conhecer a realidade, surge, durante o
Renascimento, um novo método de
investigação, o empirismo, baseado na
observação e experimentação sistemática,
que é uma das bases das ciências naturais
modernas.
Conhecer algo a respeito da natureza não
se limita ao exercício da reflexão; ela se faz
a partir da realidade observada.
Galileu é considerado por muitos o
pai da ciência moderna porque foi o
primeiro a combinar observação
experimental com a descrição dos
fenômenos num contexto teórico,
com leis expressas em formulação
matemática. Pode-se dizer que
Galileu marcou a transição da
filosofia natural da Antiguidade ao
método científico atual.
O mérito diferenciado de Newton está
no fato de ter construído uma
formulação teórica de leis e definições
bem estruturada, que contemplava
todos os aspectos do movimento então
conhecidos, onde quer que ocorressem.
Ao introduzir o cálculo diferencial na
descrição de fenômenos físicos, foi
possível a descrição quantitativa dos
fenômenos e a previsão de outros com
grande precisão, causando um grande
impacto na cultura científica.
Ao longo dos anos, enquanto a teoria da
mecânica clássica acumulava sucessos, chegou-
se a pensar que ela descreveria com precisão
absoluta o movimento de todos os corpos. Isso
mudou, no entanto, a partir do início deste século
XX.
Com a evolução das técnicas de observação do
universo físico foi possível conhecer novos
fenômenos.
Ao lado disso, a procura de uma consistência nas bases
das duas teorias físicas até então bem estabelecidas, a
mecânica clássica que descreve os movimentos e a
eletrodinâmica clássica que trata dos fenômenos
associados às cargas, levou à necessidade de se
investigar algumas ideias bem aceitas na Física. Estes
dois tipos de movimento na Física, o avanço experimental
e a busca de uma consistência teórica, acabaram por levar
a uma revolução no entendimento do universo físico. Na
mecânica, esta revolução ocorreu através da teoria da
relatividade e da física quântica.
A primeira grande mudança veio nos
trabalhos de EINSTEIN (1879 - 1955)
na chamada Teoria da Relatividade.
Ela foi motivada na já citada
inconsistência teórica nas bases da
mecânica clássica e na eletrodinâmica,
e utilizou conhecimentos de Lorentz
sobre a necessidade de novas regras
de transformação do espaço e do
tempo.
Grandezas Físicas
e Medidas
A física se baseia na medição de grandezas
físicas.
Algumas grandezas físicas, como comprimento,
tempo e massa, foram escolhidas como grandezas
fundamentais e definidas a partir de um padrão; a
cada uma dessas grandezas foi associada uma
unidade de medida, como metro, segundo e
quilograma.
Grandezas Físicas

Apesar de existirem muitas grandezas físicas, são


estabelecidos padrões e definidas unidades para que tenhamos
um número mínimo de grandezas denominadas fundamentais.
Utilizando as grandezas fundamentais definem-se unidades
para todas as demais grandezas, as chamadas grandezas
derivadas.
A partir de uma das grandezas fundamentais, o
comprimento por exemplo, cuja unidade é o metro (m), pode-se
definir as unidades derivadas, como área (m2) e volume (m3).
Utilizando o metro e outra grandeza fundamental, a de tempo,
definem-se as unidades de velocidade (m/s) e aceleração (m/s2).
O Sistema Internacional de Unidades:
Em 1971, na 14a Conferência Geral de
Pesos e Medidas, foram selecionadas como
fundamentais sete grandezas para constituir
a base do Sistema Internacional de
Unidades (SI), popularmente conhecido
como sistema métrico.
Grandezas Fundamentais
e Derivadas
As grandezas fundamentais da física são:
Tempo; Comprimento; Massa; Quantidade de Substância;
Temperatura Termodinâmica; Corrente elétrica; Intensidade
luminosa. (De acordo com a Conferencia geral de Pesos e
Medidas http://www.bipm.fr)
Dentre as grandezas derivadas temos: área, volume,
velocidade, aceleração, força, trabalho, calor, energia,
pressão, potencia, etc.
Padrões de medida de
comprimento massa e tempo
Padrão de Comprimento: Em 1792 foi estabelecido o metro como o
comprimento padrão. Na época um metro foi definido como dez
milionésimos da distância entre o polo norte e o Equador terrestre. Depois,
por questões práticas, esse padrão terrestre foi abandonado e o metro passou a
ser definido como a distância entre duas linhas finas marcadas um uma barra
de platina, a “barra metro padrão”, guardada no International Bureau of
Weights and Measures, em Paris. Copias dessa barra foram distribuídas por
laboratórios de todo o mundo. Atualmente, desde 1983, o metro é definido
como a distância percorrida pela luz no vácuo na fração de 1/299.792.458 de
segundos.
Padrão de massa: Atualmente
consiste de um cilindro de platina com
3,9cm de diâmetro por 3,9 cm de altura,
guardado no International Bureau of
Weights and Measures, em Paris. Copias
desse cilindro foram distribuídas por
laboratórios de todo o mundo.
Outro padrão de massa é baseado na
massa atômica do carbono 12. Esse tipo
de carbono possui 12 unidades de massa
atômica:

1u = 1,66053886 x 10-27kg
Padrão de tempo: Qualquer
fenômeno que se repete pode ser
usado para definir o padrão de
tempo. Desde 1967 o segundo
padrão é definido com base em um
relógio atômico: o segundo fica
definido como o tempo de 9 192
631 770 períodos de vibração da The clock will neither gain nor
lose a second in 20 million years.
radiação do átomo de Césio
Sistemas de Unidades:

Toda grandeza física tem sua unidade. O


sistema de unidades mais usado é o famoso Sistema
Internacional de unidades (SI), também conhecido
como MKS (Pois utiliza metro, kilograma e
segundo). Esse sistema foi escolhido pela
Conferencia Geral de Pesos Medidas.
Há outros sistemas de unidades, por exemplo o
CGS, que utiliza centímetro, grama e segundo como
unidades das grandezas fundamentais
Algumas grandezas e suas unidades

Unidades SI Unidades CGS


Grandeza Nome Símbolo Nome Símbolo
Tempo segundo s segundo s
Comprimento metro m centímetro cm
Massa kilograma kg grama g
Área metro quadrado m2 centímetro quadrado cm2
Volume metro cúbico m3 centímetro cúbico cm3
Velocidade metro por segundo m/s centímetro por cm/s
segundo
Aceleração metro por segundo m/s2 centímetro por cm/s2
ao quadrado segundo aoquadrado
Força Newton N(kg m/s2) Dyna(g cm/s2) dyn
Energia Joule J(kg m2/s2) Erg (g cm2/s2) Erg
Cinemática

A Cinemática é a parte da Mecânica que estuda e descreve o


movimento dos corpos, sem se preocupar com suas causas
(forças).
A seguir apresentaremos algumas definições importantes para o
estudo da Cinemática
Cinemática

Na cinemática descreve-se o movimento de um corpo


especificando sua posição, velocidade e aceleração em função do
tempo.
Essa descrição pode ser feita em uma, duas ou três dimensões.
No caso unidimensional, a descrição do movimento é chamada
de Cinemática Escalar
Cinemática

No caso bidimensional ou tridimensional, a descrição do


movimento é chamada de Cinemática vetorial e utilizaremos os
vetores.
Para uma grandeza vetorial ficar totalmente caracterizada, é
necessário saber também a sua direção e o seu sentido.
Movimento e Repouso

•Observando os corpos a nossa volta, podemos ter intuitivamente


uma ideia do que são os estados de movimento e repouso.

•Esses dois conceitos (movimento e repouso) são relativos: ao


dormir você pode estar em repouso em relação às paredes de seu
quarto; entretanto, em relação ao sol, você é um viajante espacial

• Movimento em relação a
um referencial ou ponto de
referência.
Repouso, Movimento e Referencial

Quando estamos dentro de um veículo em movimento, a paisagem


circundante é fundamental para estabelecermos os conceitos de
movimento e repouso
Quando observamos o movimento do sol através da esfera celeste,
podemos concluir que há um movimento relativo entre a Terra e o
Sol.

Percebemos que o movimento é determinado a partir de um


referencial: a paisagem, por exemplo, pode ser usada como
referencial para determinar se um corpo está em movimento.
Ponto Material x Corpo Extenso

Em determinadas situações, ponto material pode representar


qualquer corpo, como um trem, um avião, um carro, uma bala de
canhão, um míssil etc.

O que significa Ponto Material em física?


Ponto Material x Corpo Extenso

Ponto: na resolução de problemas, estaremos desprezando as


dimensões do corpo em movimento, sempre que as distâncias
envolvidas forem muito grandes em relação às dimensões do
corpo.

Material: embora as dimensões do corpo sejam desprezadas, sua


massa será considerada.
Ponto Material x Corpo Extenso

Corpos Extensos são aqueles cujas dimensões não podem ser


desprezadas de acordo com a situação. Ex: um trem de 40m
atravessando uma ponte de 20m, rotação de um pião, etc.
O conceito de trajetória
Suponhamos que uma certa partícula esteja em movimento,
relativamente a um certo referencial, isto é, que num determinado
instante tal partícula P esteja numa posição r1, num outro instante
esteja numa outra posição r2, etc.

estudopratico.com.br

Chamamos trajetória descrita pela partícula P à curva formada


pelas posições por ela sucessivamente ocupadas.
A trajetória depende do referencial adotado?

Um vagão está se movendo, relativamente à Terra, com movimento


retilíneo e uniforme. Num determinado instante um parafuso
desprende-se do teto e cai. Um passageiro, no vagão, vê o parafuso
cair verticalmente, descrevendo uma reta, enquanto outra pessoa,
parada na estação, vê o parafuso cair descrevendo uma parábola.
Então, podemos concluir que a trajetória:

É a linha descrita ou percorrida por um corpo em


movimento;

Depende do referencial adotado.

O elemento “referencial” desempenha, portanto, um


papel importantíssimo no estudo do movimento.
Deslocamento X Distância percorrida
Deslocamento é uma grandeza que equivale ao comprimento do
segmento de reta, compreendidos entre os pontos inicial e final do
movimento.
Distância percorrida é a grandeza escalar que corresponde ao
comprimento do segmento que representa a trajetória descrita pelo
corpo neste movimento.
Conclusões:

Para estudar o movimento é necessário entender os


conceitos básicos da Cinemática.

Movimento e repouso são conceitos relativos e dependem


do referencial.

Um objeto cujo movimento está em estudo pode ser


considerado um ponto material ou um corpo extenso
dependendo da situação.
Conclusões:

A trajetória de um movimento depende do referencial


adotado.

Existe uma diferença entre os conceitos de Deslocamento e


de Distância percorrida mas em algumas situações eles
podem ser iguais.
Cinemática
Na cinemática descreve-se o movimento de um corpo
especificando sua posição, velocidade e aceleração em função
do tempo.
Essa descrição pode ser feita em uma, duas ou três
dimensões.
No caso unidimensional, a descrição do movimento é
chamada de Cinemática Escalar, pois não é necessária a
representação vetorial das grandezas. Visto que os movimentos
ocorrem em apenas uma direção, deve-se apenas convencionar
uma origem e um dos sentidos como positivo.

Posição escalar: x Deslocamento escalar: Δx


Velocidade escalar: v Aceleração escalar: a
Exemplo:
t0 v0 t v

x0 x
O

t0 : instante inicial x0 : posição inicial v0 : velocidade inicial


t : instante final x : posição final v : velocidade final

x x  x0
Velocidade Média ... vm  
t t  t0

v v  v0
Aceleração Média ... am  
t t  t0
Equações gerais (sempre válidas)
x x  x0
Velocidade Média ... vm  
t t  t0
v v  v0
Aceleração Média ... am  
t t  t0
Se o movimento ocorrer em reta e com a velocidade variando constantemente (MRUV)
v – v0
Aceleração: a 
t
Velocidade: v  v0  a.t
x  x0 (v v0 )
vm  x  x0  vmt x  x0  t
t 2

(v0  at v0 ) at 2
x  x0  t x  x0  v0t  Posição:
2 2
Se o movimento ocorrer com velocidade constante (MRU)

x – x0 x  x0  v.t
Velocidade: v  Posição:
t

Aceleração: a=0

Se o movimento ocorrer com a velocidade variando uniformemente


(MRUV)

v – v0
Velocidade: v  v0  a.t Aceleração: a 
t
at 2
Posição: x  x0  v0t  v  v  2ax
2 2
2 0
Torricelli
A unidade de velocidade no SI é o m/s.

Para transformar velocidades em km/h para m/s fazemos:

A unidade de aceleração no SI é o m/s2.

Exemplo: Queda livre


Um foguete para pesquisas meteorológicas
é lançado do solo verticalmente para cima com
velocidade inicial nula. Durante o período de
queima do combustível, que é de 30s, ele sobe
com aceleração resultante constante de 4m/s2.
Adote g = 10m/s2 e despreze a resistência do ar.
Responda: Depois de quanto tempo, a partir do
lançamento, o foguete volta ao solo?
Representações Gráficas do

Movimento
Gráfico da Velocidade (v x t) MU

v v
v>0
v=0

O t O t

O t

v<0
Gráfico da posição (x x t) MU

x v>0 x v=0
x0
x0
O t O t

x0 v<0

O t
Gráfico da aceleração (v x t) MUV

a a
a>0
a=0

O t O t

O t

a<0
Gráfico da velocidade (x x t) MUV

v a>0 v a=0
v0
v0
O t O t

v0 a<0

O t
Gráfico da posição (x x t) MUV (até aqui)

x a>0 x a=0
x0

x0
O t O t
Grandezas Escalares e Vetoriais
Cap 03 do Halliday
A grandeza escalar é aquela que fica perfeitamente
caracterizada quando conhecemos apenas sua intensidade
acompanhada pela correspondente unidade de medida. Como
exemplos de grandeza física escalar podemos citar a massa de
um corpo (por exemplo, 68kg), a temperatura (por exemplo
25ºC), o volume (50m3, por exemplo),

Para uma grandeza vetorial ficar totalmente caracterizada, é


necessário saber não apenas a sua intensidade ou módulo mas
também a sua direção e o seu sentido. Uma grandeza vetorial é
representada por um vetor:
(Vetor) ou (Módulo do vetor)

Posição, deslocamento, velocidade, aceleração, força, etc.


Um vetor é representado graficamente através de um
segmento orientado (uma flecha). A vantagem dessa
representação é que ela permite especificar a
direção (e esta é dada pela reta que contém a
flecha) e o sentido (especificado pela farpa da
flecha). Além disso, o seu módulo será especificado
pelo "tamanho" da flecha, a partir de alguma
convenção para a escala.
Soma de vetores

Sejam dois vetores. A soma desses vetores é um terceiro


vetor, o vetor resultante.
Para determinarmos o módulo, a direção e o sentido
desse vetor resultante, utilizamos a regra do
paralelogramo.
Primeiramente, desenhamos o paralelogramo definido a
partir dos vetores.
a) Módulo do vetor resultante:
É dado pelo comprimento da diagonal indicada na figura.
Portanto,
v2 = v12 + v22 + 2v1v2cos ,

b) Direção:
Aquela da reta que contém a diagonal.

c) Sentido:
A partir do vértice formado pelos dois vetores.
F32 = F12 + F22 + 2F1F2cos
Além da representação geométrica (ou gráfica)
utilizada anteriormente, podemos fazer uso de uma
outra representação, conhecida como representação
analítica do vetor.


v  v x iˆ  v y ˆj

v x  v . cos

v y  v .sen
Operações com vetores usando componentes

O uso das componentes de um vetor facilita


especialmente na adição e subtração de vetores. Por
exemplo, na soma de vetores o vetor resultante v é tal
que suas componentes são dadas pela soma das
componentes de v1 e v2.

No caso da subtração, o vetor diferença tem suas


componentes dadas pela subtração das componentes
dos vetores originais.
Representação Analítica de um vetor


v1  v1x iˆ  v1 y ˆj

v2  v2 x iˆ  v2 y ˆj
  
V  v1  v2  v1x iˆ  v1 y ˆj  v2 x iˆ  v2 y ˆj

V  (v1x  v2 x )iˆ  (v1 y  v2 y ) ˆj

v1  3iˆ  ˆj Soma ou subtração de vetores

v2  5iˆ  4 ˆj
  
V  v1  v2  3iˆ  ˆj  5iˆ  4 ˆj

V  (3  5)iˆ  (1  4) ˆj  2iˆ  3 ˆj
y

0 x
Multiplicação por um escalar (por um número)

Podemos multiplicar um vetor por um número. Dessa


operação resulta um novo vetor com as seguintes
características:

a) O módulo do novo vetor é o que resulta da


multiplicação do número pelo módulo do vetor.

b) A direção do novo vetor é a mesma.

c) O sentido do novo vetor é o mesmo se o número


for positivo e oposto se o número for negativo.
O módulo de um vetor pode também ser definido
como a raiz quadrada do produto escalar do vetor
consigo mesmo, isto é,

Essa expressão permite escrever o módulo do vetor


em termos das suas componentes. Obtemos,
Módulos
Obter o vetor resultante da soma:
A=3
A = Ax.i + Ay.j B=4
B = Bx.i + By.j
A+B = (Ax + Bx).i + (Ay + By).j


v  v x iˆ  v y ˆj

v x  v . cos

v y  v .sen
Os vetores representados tem módulos A = 6
unidades e B = 8 unidades. Sabendo que
cos60o = 0,5, determine o vetor soma S = A + B

Encontre os vetores A e B
na representação analítica
e determine o vetor soma
S = A + B usando essa
representação.

Quais as componentes Sx
e Sy?

Qual o ângulo entre S e a


direção horizontal?
03- Calcule o ângulo formando por dois
vetores de módulos 5 unidades e 6
unidades e cujo vetor resultante tem
módulo 61 unidades?
Resposta: 900
Cinemática Vetorial

No caso do estudo de movimentos em duas ou três dimensões,


é necessária a representação vetorial das grandezas. Nesses
casos deve-se adotar, como referencial, um sistema de
coordenadas com duas ou três direções.

 
Posição : r r  x iˆ  y ˆj
 
Deslocamento : r r  x iˆ  y ˆj

Velocidade : v v  vx iˆ  vy ˆj

Aceleração : a a  ax iˆ  a y ˆj
Movimento num plano (bidimensional)
y
t1 
r
t2 Trajetória
 
r1 r1  x1 iˆ  y1 ˆj
 
r2  x2 iˆ  y2 ˆj
j r2
  
O i x Δr  r2  r1
r1 : vetor posição inicial r2 : vetor posição final dr : vetor deslocamento

i , j : versores unitários que indicam direção

Observe que nesse caso o vetor deslocamento, e conseqüentemente o vetor


velocidade média, não nos dão detalhes sobre o movimento.
Quanto menor o intervalo de tempo teremos uma aproximação melhor da trajetória.
No caso de um movimento bidimensional (ou tri), no qual a
aceleração permaneça constante, as equações do movimento
unidimensional poder ser escritas na forma vetorial:

Velocidade:

    v x  v0 x  ax .t
v  v0  a.t  v  v0  at  
v y  v0 y  a y .t
v  vx iˆ  vy ˆj
Posição:
 axt 2
2  x  x0  v0 x t 
   at  2
r  r0  v0t   2
2 y  y  v t  y a t
 0 0y
2
    vx  v0 x  ax .t
v  v0  at  
v y  v0 y  ay .t

v  vx iˆ  vy ˆj v 0  v0 x iˆ  v0 y ˆj

a  ax iˆ  a y ˆj
  
v  v0  at
vx iˆ  vy ˆj  v0 x iˆ  v0 y ˆj 
 (ax iˆ  ay ˆj )t
 
Torricelli: v  v  2a  x
2 2
0

Exemplo de um movimento bidimensional: Lançamento de projéteis


v0  v0 x iˆ  v0 y ˆj

v0 x  v0 . cos

v0 y  v0 .sen
Movimento num plano (bidimensional)
y
t1 
r
t2 Trajetória
 
r1 r1  x1 iˆ  y1 ˆj
 
r2  x2 iˆ  y2 ˆj
j r2
  
O i x Δr  r2  r1
r1 : vetor posição inicial r2 : vetor posição final dr : vetor deslocamento

i , j : versores unitários que indicam direção

Observe que nesse caso o vetor deslocamento, e conseqüentemente o vetor


velocidade média, não nos dão detalhes sobre o movimento.
Quanto menor o intervalo de tempo teremos uma aproximação melhor da trajetória.
y
t1 
r
t2 Trajetória

r1

j r2
O i x
y Limite com o tempo
tendendo a zero v = dr / dt
dr
Trajetória
r1
r2
j

O i x
y
dr
Trajetória
r1
r2
j

O i x
 
 Δr dr
Para calcular a velocidade instantânea,
usamos o limite da velocidade média v  lim 
Δt 0 Δt dt
com o tempo tendendo a zero.


Como o vetor posição pode ser escrito r  x iˆ  y ˆj
em termos de suas componentes:

A velocidade instantânea poderá


também ser escrita em termos de suas
componentes:
dx
 d ˆ
v
dt
 ˆ
xiyj  i
dx ˆ dy ˆ
dt dt
j
vx 
dt
 dy
v  v x iˆ  v y ˆj vy 
dt
De forma análoga podemos encontrar o
v dv
vetor aceleração instantânea, para isso a  lim 
basta calcularmos o limite da aceleração t 0 t dt
média com o tempo tendendo a zero:

 d
a
dt
 
vx iˆ  v y ˆj 
dv
dt
x
iˆ 
dvy
dt
ˆj

a  axiˆ  a y ˆj

dvx dvy
ax  ay 
dt dt
Interpretação Geométrica da Derivada
O valor numérico da derivada de uma função y = f(x)
no ponto de coordenadas (x0 ; y0) é o coeficiente
angular da reta tangente à curva obtida pela função
dada neste ponto,
Algumas Regras de Cálculo de Derivadas
1. A derivada de uma soma é a soma das derivadas.

Seja a função H(x) = F(x) + G(x), a derivada de H(x) é


dada por:

dH ( x) d dF ( x) dG( x)
 [ F ( x)  G( x)]  
dx dx dx dx
2. A derivada de um produto.

Seja a função H(x) = F(x) . G(x), a derivada de H(x) é


dada por:

dH ( x) d
 [ F ( x)  G ( x)] 
dx dx
dF ( x) dG( x)
 G ( x)  F ( x)
dx dx
3. A derivada de uma constante é nula.

Seja a função H(x) = C, a derivada de H(x) é dada por:

dH ( x) dC
 0
dx dx
Derivadas de Funções Polinomiais

4. A derivada de uma Função Polinomial.

Seja a função H(x) = xn, a derivada de H(x) é dada por:

n
dH ( x) dx n 1
  nx
dx dx
Exemplos
H(x) = Ax3 + Bx2 - C

dH ( x) d
 ( Ax  Bx  C ) 
3 2

dx dx
d d d
 ( Ax )  ( Bx )  (C ) 
3 2

dx dx dx
3 2
dA 3 dx dB 2 dx
 x  A x  B0 
dx dx dx dx
 0  3x 2 A  0  2 xB 
 3 Ax  2 Bx
2
Vox=vo.cos(53)=600m/s Vy=voy+ay.t x=xo+vx.t y=yo+voy.t+a.t2/2
Voy=vo.sen(53)=800m/s Na altura max X=0+600.163,2 y=0+800.81,6-9,8.(81,6)2/2
ax=0 0=800-9,8.t X= 97.920m y=32.173m
ay=-9,8m/s2 Vx=vox t=800/9,8=81,6s
Na altura max
y=yo+voy.t+a.t2/2 Vx=600m/s
Vy=0
v  600 iˆ
y=0+800.10-9,8.(10)2/2
y=7.510m ax=0
ay=-9,8m/s2
a   9,8 ˆj
V=3i-16j θ
V=(32+162)1/2
V=16,3m/s
Tgθ=-16/3
θ=arctg(-5,33)=-79,40
FAB
FBA

Física I
Dinâmica: Leis de Newton

Docente: Balbino Pomponet


Dinâmica: Leis de Newton

O Conceito de Força

Geralmente utilizamos uma força com o objetivo de


empurrar, puxar ou levantar objetos. Essa idéia é correta,
porém incompleta. A idéia de puxar ou empurrar está
quase sempre associada a idéia de contato, o que exclui
uma característica fundamental da noção de força: a ação
à distância. A atração gravitacional entre o Sol e a Terra,
por exemplo, é exercida a milhões de quilômetros de
distância.
A palavra força não possui uma definição única, expressa em
palavras. A Física admite a existência de quatro tipos de
força na natureza, chamadas mais adequadamente de
interações: gravitacional, eletromagnética, e as forças
nucleares forte e fraca.
Como muitas outras grandezas em Física, a força é uma grandeza
vetorial, ou seja, possui módulo direção e sentido. Podemos
resumir, então a definição de força da seguinte forma:

Força é uma grandeza vetorial que caracteriza a ação de um


corpo sobre outro e que tem como efeito a deformação ou a
alteração da velocidade do corpo sobre o qual ela está sendo
aplicada.
O comportamento geral das forças, bem como sua relação
com o movimento de um objeto, foi descrito por Isaac
Newton, que escreveu o que hoje conhecemos como as leis
da Dinâmica.
A Primeira Lei de Newton

Vamos pensar em uma pergunta: “o que acontece com o


movimento de um corpo livre de qualquer força?” Essa
pergunta pode ser respondida em duas partes. A primeira
trata do efeito da inexistência de forças sobre o corpo em
repouso: se nenhuma força atua sobre o corpo em repouso, ele
continua em repouso. A segunda parte trata do efeito da
inexistência de forças sobre o corpo em movimento: se
nenhuma força atua sobre o corpo em movimento, ele
continua em movimento.
A Primeira Lei de Newton reúne as duas respostas anteriores em um
único enunciado:

“Todo corpo tende a manter seu estado de repouso ou


de movimento retilíneo e uniforme, a menos que forças
externas provoquem variação na sua velocidade”.

De acordo com a primeira Lei de Newton, podemos afirmar


que na ausência de forças, todo corpo tende a ficar como está:
parado se estiver parado, em movimento retilíneo uniforme,
se estiver em movimento (retilíneo uniforme). Por este motivo
essa lei também é chamada de Princípio da Inércia.
O que é Inércia?

Todos os corpos apresentam a tendência de se manter em


repouso ou em movimento retilíneo uniforme. Essa
propriedade dos corpos é chamada inércia. A palavra
inércia é derivada do latim inertia, que significa indolência
ou preguiça. Os corpos têm uma espécie de resistência às
modificações de sua velocidade.
Equilíbrio de uma Partícula

Dizemos que uma partícula se encontra em equilíbrio,


quando a resultante das forças atuando sobre ela for nula.
Se a resultante é nula, não ocorre alteração na velocidade
do objeto. Assim,se ele estiver em repouso, chamamos o
equilíbrio de estático; se ele estiver em movimento retilíneo
e uniforme, o equilíbrio será chamado de dinâmico.
1ª Lei e sistemas de referência:

Em alguns casos, dependendo do referencial, um corpo pode ser


acelerado sem que forças atuem sobre ele. Por exemplo: quando
um carro freia, as pessoas que estão nele tem a impressão de que
são lançadas para frente. Como isso ocorre mesmo não havendo
forças que os impulsionem para frente, concluímos que a 1ª lei de
Newton não foi válida.
Esse tipo de situação só ocorre quando o fenômeno é observado
de referenciais acelerados.

A 1ª lei permite estabelecer uma classe especial de referenciais se


ela for escrita como:
“Se a resultante das forças que atuam num corpo é nula, então é
possível encontrar um conjunto de sistemas de referência nos
quais esse corpo não possui aceleração.
A tendência de um corpo de ficar em repouso ou em MRU, é
chamada de “inércia’, e a 1ª lei é denominada frequentemente de
“lei da inércia”.
Os sistemas de referência aos quais a 1ª lei se aplica são
chamados de “referenciais inerciais”, e aqueles aos quais ela não
se aplica são chamados de “referenciais não inerciais”, que são os
referenciais acelerados
A Segunda Lei de Newton

De acordo com o princípio da inércia, um corpo só pode sair


de seu estado de repouso ou de movimento retilíneo com
velocidade constante, se sobre ele atuar uma força resultante
externa. Neste momento, poderíamos perguntar: “O que
acontece se existir uma força resultante externa agindo no
corpo?” Nesta situação, o corpo fica sujeito a uma aceleração,
ou seja, um corpo sujeito a uma força resultante externa
movimenta-se com velocidade variável.
A intensidade da força que teremos de aplicar para
mover um corpo dependerá da massa do corpo. Se, por
exemplo, o corpo for um carro, é evidente que a força
necessária será muito menor do que se tratasse de um
caminhão. Desta forma, quanto maior a massa do
corpo, maior deverá ser a intensidade da força
necessária para que ele alcance uma determinada
aceleração.
A aceleração de um corpo submetido a uma força
resultante externa é inversamente proporcional à sua
massa, e diretamente proporcional a intensidade da força.
Assim, para uma dada força resultante externa, quanto
maior a massa do corpo, tanto menor será a aceleração
adquirida.

A segunda lei de Newton é dada por:

 
FR  ma
Massa de um corpo

É muito comum encontrarmos a definição de massa de um corpo


da seguinte maneira: “A massa de um corpo representa a
quantidade de matéria que ele possu”. Em cursos elementares de
ciências, esta definição pode ser aceita como uma idéia inicial da
noção de massa, embora não possa ser considerada uma definição
precisa dessa grandeza. De fato, a definição apresentada não é
adequada, pois pretende definir um novo conceito - massa - por
meio de uma idéia vaga, que não tem significado físico preciso -
quantidade de matéria.
Observa-se que entre a força aplicada a um corpo e a aceleração,
que ele adquire, existe uma proporção direta. Desta forma, o
quociente F/a é constante para um certo objeto. Este quociente,
que é intrínseco a cada corpo, foi denominado de massa do corpo.
Desta forma, podemos afirmar:

A massa de um corpo é o quociente entre o módulo da força


que atua num corpo e o valor da aceleração a que ela produz
neste corpo.

Massa e Inércia:

Quanto maior é a massa de um corpo, maior será sua inércia


(dificuldade de ter sua velocidade alterada), isto é, a massa
representa a medida de inércia de um corpo.
 
FR  ma
A importância e abrangência da 2ª lei

Expressa uma relação simples entre causa (F) e efeito (a);

Tem caráter vetorial, ou seja, pode abranger todas as direções do


movimento;

FR é a soma de todas as forças de qualquer natureza que atuam


sobre o corpo.

Na verdade a 2ª lei foi enunciada originalmente por Isaac


Newton usando o conceito de Momentum (ou momento) p de
uma partícula.
 dp
FR 
dt
3ª LEI DE NEWTON ( LEI DA AÇÃO E REAÇÃO )

Inicialmente foi dito que a força é uma interação entre dois corpos,
o que nos leva a concluir que um corpo que exerce uma força
sobre outro também recebe a ação de uma força, ou seja,
há interação entre os dois corpos.

Quando um corpo A exerce uma força (FAB) sobre um corpo B, o


corpo B exerce uma força (FBA) igual e contrária sobre o corpo A.

FAB
FBA

FAB e FBA Possuem sentidos opostos, módulos iguais e


atuam em corpos diferentes
“Quando um corpo exerce um força sobre outro, o segundo também
exerce um força sobre o primeiro. Essas duas forças são sempre
iguais em intensidade e opostas em sentido”.

É comum rotular as duas forças como “ação” e “reação”,


devido à interação mútua entre os dois corpos.
Esses rótulos são arbitrários. (A ação não provoca a reação)
As duas forças ocorrem em razão da interação mútua.

Geralmente a 3ª Lei é escrita da seguinte forma:


“A cada ação existe um reação igual em intensidade e oposta
em sentido”.

As forças só aparecem aos pares

As forças de ação e de reação nunca atuam num mesmo corpo.


Obrigado e até a próxima
Alguns tipos de Forças

A Força é uma interação entre dois corpos, perceptível pelos seus


efeitos. Uma força pode causar vários efeitos diferentes em um
corpo, como por exemplo: imprimir movimento, cessar um
movimento, sustentar um corpo, deformar um corpo.

Uma atenção a mais deve ser dado ao estudo das forças, pois trata-se
de uma grandeza vetorial e como tal possui módulo, direção e
sentido.

A Unidade de medida de força no S.I. é o Newton ( N ). Para se ter


uma noção do seu valor, saiba que um Newton (1N) é a força
necessária para erguer uma pequena xícara de café (100 ml) e 100N
é a força necessária para levantar dois pacotes de açúcar de 5 kg
cada um.
Força Peso

A força Peso (P), ou força de atração gravitacional, é uma força


de campo, sendo sempre atrativa. Nós que estamos no planeta
terra, estamos sujeitos à atração gravitacional terrestre. A direção
dessa força é vertical, seu sentido é sempre de cima para baixo,
para o centro da Terra e o seu módulo é determinado por:
 
P  mg (2ª Lei)

A aceleração da gravidade nas proximidades da superfície da terra


é de aproximadamente 9,8 m/s2 (medida experimental).
Força Normal

A força Normal (N)é a força gerada pela compressão de um


apoio (superfície), por um corpo apoiado sobre ele. A Normal é a
reação do apoio. O apoio é comprimido pelo corpo para baixo e
reage com uma força igual para cima. A sua direção é
perpendicular ao apoio e o seu sentido é saindo do corpo, oposto
ao apoio. O seu módulo é igual à força de compressão do corpo.
Força de Tração

A Tração ou Tensão (T) é uma força transmitida por fios ou


cabos, quando os mesmos são submetidos à forças de
alongamento. Sua direção é a mesma do fio e o seu sentido é
oposto ao alongamento, saindo do corpo. O seu módulo pode
adquirir diferentes valores, de acordo com a situação
apresentada.
N

FR = m.a

P-Fe =m.a
Fe=P-m.a
P
Fe=65-6,63.(2,4)
Fe=49,1N
CO
  arctan( )
CA

F1  (20i  0 j) N
ax  a.sen  12.sen30  12.0,5  6,0
a y  a. cos  12. cos30  12.0,866  10,
a  (6,0.i  10,4. j )m / s 2
FR  m.a F1  (20i  0 j) N
FR  2.(6,0.i  10,4. j )
FR  (12,0.i  20,8. j ) N
FR  F1  F2
 12,0i  20,8 j  20.i  F2
 12,0i  20,8 j  20.i  F2
 32,0i  20,8 j  F2
F2  (32,0i  20,8 j ) N
F2  (32,0)  (20,8)  38,1659 N
2 2

 ?
32
  arctan( )
20,8
CA
cos 
H
CO
sen 
H
sen CO
tan   
cos CA
CO
  arctan( )
CA
C =0,94m
C=2.Pi.R
R=C/(2.Pi)
R=0,94/6,28
R=0,15m

cosA=R/H
cosA =0,15/0,90
A=cos-1(0,17)
A=80,2º

Ty=T.sen80,2º
Ty=P=0,04.9,8=0,39N
T T.sen80,2º = 0,39
T = 0,39/sen80,2º
T=0,39N
v = C/t Fc=m.ac
ac=Fc/m=0,39.0,17/0,04
t= C/v ac=1,66m/s2
ac = v2/R
t = 0,94/0,5 v2 =ac.R=1,66.0,15=0,25
v = 0,5m/s
t = 1,88s P
Atrito
Existem vários tipos de atrito: atrito de rolamento, atrito com o
ar, atrito de deslizamento de uma superfície seca, etc.

O Atrito ocorre, devido à interação entre os átomos de


superfícies em contato;
Exemplos: andar, correr, parar, escrever, fixar prego, costurar e
muitas outras atividades de nosso cotidiano, só são possíveis de
se realizarem devido ao atrito. É a força que se opõe ao
movimento de um objeto, devido ao atrito entre as superfícies
de contato entre eles
Para entender a origem das forças de atrito seco deve-se
considerar que, ao nível atômico, as superfícies tem pequenas
irregularidades e que o contato ocorre num número
relativamente pequeno de pontos, onde as irregularidades se
interpenetram e se deformam, exercendo forças mútuas cujas
intensidades dependem da intensidade da força que empurra as
superfícies uma contra a outra.
A intensidade dessa interação depende dos materiais que
estão em contato (essa dependência é expressa pela constate μ), e
da força de compressão que o objeto faz com a superfície de apoio.
Não é difícil entender que quanto mais o objeto pressionar essa
superfície, maior será a força de atrito. Essa força de compressão é
representada pela força normal.
Se em repouso estaremos lidando com o atrito estático μe,
se em movimento estaremos tratando com o atrito dinâmico μd.
Conseqüentemente estaremos abordar em nossos estudos as forças
de atrito estático fa e dinâmica fd . Veremos também que a força de
atrito estático será sempre maior ou igual à força de atrito
dinâmica. Assim:
μe > μd e fe > fd
Quando uma questão não fizer distinção entre μe e μd, supõe-se
que eles sejam iguais.
As quatro figuras ao lado representam uma
situação de mudança de força, mas que não
chegam a movimentar o bloco de peso W.

O diagrama de forças em (a) mostra a força


peso W e a normal N em reação ao peso.

O diagrama de forças na (b) mostra a


aplicação da força F na direção x e o
surgimento da força de atrito estático fe , onde
fe = F , além é claro das duas forças já
evidenciadas em (a).

Nas figuras (c) e (d) temos acréscimos da


força F porém essa não supera a força de
atrito, permanecendo portanto o bloco em
repouso.
A figura abaixo mostra que a força F colocou o bloco em
movimento, surgindo então uma aceleração a, evidenciando neste
caso que a força F > fe.

Para esta situação, a aplicação da 2ª. Lei de Newton fornece:


 
FR  ma  F  f a  ma
A figura abaixo relaciona a crescimento da força de atrito estático
fe , com o aumento de intensidade de outra força, sobre um objeto
em uma superfície com atrito. Fica claro que a força de atrito
atinge um valor máximo, para imediatamente após, diminuir,
dando origem à força de atrito dinâmico, evidenciando
experimentalmente que: fe < fd
Propriedades da força de atrito (leis empíricas)

Não depende da área de contato (dentro de amplos limites);

É proporcional à Força normal;

Obs. Se v = 0 então F = fe
A força de atrito estático fe varia de acordo com a força
solicitadora, e tem um valor máximo dado por fe = μe N
A força de atrito dinâmico fd é constante, e é dada por

fd = μ d N
O coeficiente de atrito μ, é adimensional, depende da forma do
objeto e da superfície de deslocamento. Neste estudo
analisaremos somente situações nas quais o atrito é independente
da velocidade.
Plano Inclinado
Dadas duas trajetórias:

Em qual delas é "mais fácil" carregar o bloco?


Obviamente, na trajetória inclinada, pois no primeiro caso,
teremos que exercer uma força que seja, no mínimo, igual ao
peso do corpo. Já no segundo caso, Devemos exercer uma
força que seja, no mínimo, igual a uma das componentes de
seu peso, neste caso, a componente horizontal, que terá
intensidade menor conforme o ângulo formado for menor.
Por isso, no nosso cotidiano, usamos muito o plano inclinado
para facilitar certas tarefas.
Ao analisarmos as forças que atuam sobre um corpo em um
plano inclinado, temos:

Em y:
FRy = N – Py = 0 Px = Psenθ

Em x: Py = Pcosθ
FRx = Px – Fat = ma
Em y: P1x = P1senθ1 P2x = P2senθ2
FRy1 = N1 – P1y = 0
P1y = P1cosθ1 P2y = P2cosθ2
Em x:
FRx1 = P1x –T1= ma
N1
T
P1x = P1senθ1
T
P1x = 3.9,8.sen30
N2
P1x = 14,7N
P1y = P1cosθ1
P1y =25,5N
Em y:
FRy1 = N1 – P1y = 0 Em y: P2x = 16,97N
N1 = P1y=25,5N FRy2 = N2 – P2y = 0 P2y = 9,8N
Em x: N2 = 9,8N
FRx1 = P1x –T1= m1a Em x:
14,7-T=3.a FRx2 = T2 –P2x= m2a
+ T-16,97=2.a T-16,97=2.a
14,7-16,97=5.a
-2,27=5.a a =-0,454m/s2 T=16,062N
Força Elástica

Imagine uma mola presa em uma das extremidades a um


suporte, e em estado de repouso (sem ação de nenhuma
força).
Quando aplicamos uma força F na outra extremidade, a
mola tende a deformar (esticar ou comprimir, dependendo
do sentido da força aplicada).
Ao estudar as deformações de molas e as forças aplicadas,
Robert Hooke (1635-1703), verificou que a deformação da
mola aumenta proporcionalmente à força. Daí estabeleceu-
se a seguinte lei, chamada Lei de Hooke:

F = -kx
F = -kx
F: intensidade da força aplicada (N);
k: constante elástica da mola (N/m);
x: deformação da mola (m).

A constante elástica da mola depende principalmente da natureza do


material de fabricação da mola e de suas dimensões. Sua unidade mais usual
é o N/m (newton por metro) mas também encontramos N/cm; kgf/m, etc.

Exemplo:
Um corpo de 10kg, em equilíbrio, está preso à extremidade de
uma mola vertical, cuja constante elástica é 150N/m.
Considerando g=9,8m/s², qual será a deformação da mola?
Fel – P=0, Fel = P=10.9,8=98N 98 = 150.x
x=98/150 = 65,3cm
Movimento Circular e Força centrípeta
Freqüência e Período

Frequência seria o número de vezes que um fenômeno se repete


em um determinado tempo, e período é o tempo que leva para o
fenômeno se repetir.
Em linguagem mais específica para o movimento circular,
definiremos:
Frequência (f): é o número de voltas que a partícula dá por
unidade de tempo f = n / t
Período (T): é o tempo que a partícula leva para dar uma volta
completa
Pelas próprias definições temos que a frequência é o inverso do
período e vice-versa, ou seja:
f = 1/T ou T = 1/f
Movimento Circular Uniforme

Um corpo está em Movimento Curvilíneo Uniforme, se


sua trajetória for descrita por um círculo com um "eixo de
rotação" a uma distância R, e sua velocidade for constante,
ou seja, a mesma em todos os pontos do percurso.
No cotidiano, observamos muitos exemplos de MCU,
como uma roda gigante, um carrossel ou as pás de um
ventilador girando.
Nesse caso o Período(T) e a Frequência(f), serão sempre
constantes.
v
a

a
MCU
v

Velocidade muda de direção mas em módulo é


constante

Aceleração sempre apontando para o centro


também tem módulo constante
Embora a velocidade linear seja constante, ela sofre
mudança de direção e sentido, logo existe uma aceleração,
mas como esta aceleração aponta para o centro da
trajetória circular, chamamos de Aceleração Centrípeta
(acp).
A Aceleração Centrípeta se relaciona com a velocidade
linear da seguinte forma:

2
v
acp 
R
Dinâmica do MCU

A aceleração nesse tipo de movimento é dada por ac = v2 / r.


Essa aceleração é denominada de “aceleração centrípeta”, pois
é sempre orientada para o centro da trajetória.
Podemos também escrever essa relação em termos do período
T, assim, como v = 2πr / T, então ac = 4π2r / T2.
Pela 2ª Lei de Newton, essa aceleração é produzida por uma
força, de igual direção e sentido, que denominamos de “força
centrípeta”
Fc = mac = mv2 / r.
O MCU pode ser causado por um conjunto de forças; nesse
caso a força resultante é orientada para o centro da trajetória,
possui módulo constante e é denominada força centrípeta.
Atenção: Não se deve considerar uma força centrífuga!
Razões:

O corpo não está em equilíbrio pois a velocidade varia;

Se houvesse um força centrífuga o movimento seria


retilíneo;

A força centrípeta não é mais uma das forças que atuam


no corpo em MCU, ela é a resultante das forças.
N1=0

N2=?

Fcp = N2 - P
Fcp = P
Fcp = m.v2/R m.v2/R = N2 - P
m.v2/R = P m.g.R/R = N2 - m.g
m.v2/R = m.g m.g= N2 - m.g
v2/R = g
V2 = g.R m.g + m.g = N2
N2 = 2.70.9,8 = 1372N
Exemplo: Carro realizando uma curva

Para manter o movimento circular uniforme de um veículo e


seu conteúdo, com massa total M, em pista horizontal, um
agente externo deverá exercer nele uma resultante centrípeta
(direção radial, sentido para o centro da curva)

O agente externo é o pavimento, e a força de atrito, via de regra, é


o mecanismo através do qual a força é aplicada no veículo. Num
modelo mais simples, para tal força tem-se, Fmáx.= µ .N, onde
Fmáx.é a intensidade da força máxima de atrito que pode ser
despertada entre pneus e pavimento
Sendo a força de atrito, a resultante centrípeta destinada a
produzir a aceleração centrípeta adequada ao movimento, sua
intensidade não poderá exceder a força máxima de atrito
disponível, assim :
Mv2/r ≤ µ .N
Para que o veículo descreva essa curva no plano horizontal,
essa relação deve ser obedecida. Para tanto, com um dado valor
de r, a velocidade escalar do veículo não poderá superar um
certo valor limite.
Exemplo: Carro realizando uma curva

v
Fat = Fc = mv2 / r

Fat

Se o carro estiver preso a um cabo:

Fat + T = Fc = mv2 / r
Fat
cabo
T
Curva inclinada:
A normal passa a ter uma componente no plano da curva.

Fat + Nx = Fc = mv2 / r

Nx = Nsenθ

Ny = Ncosθ
Exemplo:
Um carro percorre uma curva de raio 100m, com velocidade
20m/s. Sendo a massa do carro 800kg, qual é a intensidade
da força centrípeta?

Fc = mv2 / r
Fc = 800.202 / 100
Fc = 3200N
Trabalho e Energia

Física I Docente: Balbino Pomponet


TRABALHO DE UMA FORÇA
"Quando aplicamos uma força sobre um corpo, provocando um
deslocamento, estamos gastando energia. Em física podemos dizer
que estamos realizando um trabalho."
 
F F
 


d
O Conceito físico de trabalho envolve uma força (F) que é
exercida enquanto o ponto de aplicação move-se através de uma
determinada distância (d).

Uma forma de medir energia de um sistema é através da capacidade


de realização de trabalho.
Trabalho realizado por uma força constante

Definimos o trabalho realizado por uma força constante F, sobre uma


partícula, como o produto da projeção da força na direção do
deslocamento (F.cosα) pelo deslocamento (d):
 
F F
 
F cos 


d

 
  F  d  F.d. cos
Se a força é aplicada na mesma direção e sentido do deslocamento,
então α = 0 e cos α = 1, então:
  F.d
Nesse caso podemos ainda interpretar o trabalho realizado
como sendo a área sob o gráfico F x d:
F

F0

  F0 .d 0
O d0 d
No caso de várias forças atuando sobre uma partícula, o trabalho
devido a cada uma delas poderá ser calculado separadamente,
levando em conta um mesmo deslocamento. Para determinar o
trabalho total realizado sobre a partícula devemos somar os
trabalhos realizados por cada força.
 
τ i  Fi  d τ R  τ1  τ 2 τ 3  τ 4  τ 5

Outra forma para determinar o trabalho resultante é usando a


força resultante sobre a partícula. O trabalho resultante é
calculado como se só houvesse essa única força sobre o corpo.
F2 F1      
F3
FR  F1  F 2 F3  F4  F5
F4 d  
F5 τ R  FR  d
 
  F  d  F.d. cos
Se α = 90º, o trabalho será nulo. Isso implica que toda força que
é perpendicular ao deslocamento não realiza trabalho.

O trabalho é uma grandeza escalar mas pode ser positivo ou


negativo, dependendo do ângulo que forma com o deslocamento:
Se 0º < α < 90º Positivo (trabalho motor);
Se 90º < α < 180º Negativo (trabalho resistente);
F
F
d
d
trabalho motor
trabalho resistente
A unidade de trabalho é estabelecida como o trabalho realizado
por uma força unitária, aplicada no mesmo sentido do movimento,
ao deslocar um corpo uma unidade de comprimento. No SI essa
unidade é o Newton.metro (N.m), ou Joule (J). No CGS temos
Dyna.cm ou Erg. A relação entre essas duas unidades de trabalho
é: 1J = 107Erg. Ex:  
N   F  d  Px .d

Px  P.sen
d
20 20
Px sen  d 
20m
Py d sen
P
 20 
α   P.sen . 
 sen 
  20.P  20.m.g
Trabalho realizado por uma força variável

Nesse caso fazemos a análise do gráfico da componente da força


F(x) na direção do deslocamento, versus a posição x. O trabalho
total é igual à área delimitada pelo gráfico e o eixo x no
deslocamento que vai desde a posição inicial (a) até a posição final
(b).
F(x)

a b x
Trabalho realizado por uma força variável

No caso unidimensional, com uma força F(x) na direção do


deslocamento x:
F(x)
Podemos dividir o deslocamento
total em um grande número de
intervalos iguais. Durante cada
intervalo a área sob o gráfico é
aproximadamente igual ao
retângulo escolhido, ou seja:

a x b x   F.x
b
 a ,b   F.x
O trabalho total, de a até b, seria a
soma de todas as pequenas áreas:
a
Observa-se que essa aproximação será cada vez melhor quanto
menor for cada pequeno intervalo em x. Assim quando delta x
tender a zero teremos uma igualdade:

b b
 a ,b  lim
Δx 0
 F .x   F .dx
a a

Essa equação pode ser generalizada para duas ou três dimensões:

 
b
 a ,b   F  dr
a

Exemplo: Como deve ser calculado o trabalho realizado pela força


elástica?
b b 2
K .x
 a ,b   K .x.dx  K . x.dx 
a a
2

Como no caso tridimensional temos: F  Fxiˆ  Fy ˆj  Fz kˆ

dr  dxiˆ  dyˆj  dzkˆ

Então o trabalho total pode ser escrito da seguinte forma:

  b
  F  dr   Fx dx  Fy dy  Fz dz 
b
 a ,b
a a
b b b
 a ,b   Fx dx   Fy dy   Fz dz
a a a
Teorema Trabalho - Energia

Vimos que, para uma força constante atuando no mesmo sentido


do movimento, o trabalho realizado é dado por:

  F.d
Mas se F for a força resultante, pela 2ª lei de Newton, temos FR = ma,
e o trabalho fica:
 R  m.a.d
Como essa aceleração é constante (pois consideramos força constante,
podemos usar a equação de Torricelli:
2 2
v v
v  v  2.a.d  a.d  
2 2 f i
f i
2 2
mv2f mvi2
Logo, R  
2 2
Concluímos que o efeito do trabalho resultante foi uma mudança
na grandeza mv2 / 2 da partícula. Essa grandeza pe definida como
energia cinética (Ec) da partícula:
mv2
Ec 
2

O trabalho realizado pela força resultante pode ser reescrito da forma:

 R  Ecf  Eci  Ec


Essa é a expressão matemática do teorema Trabalho – Energia:
“O trabalho total realizado pelas forças que atuam na partícula é
igual à variação da energia cinética da partícula”
Se a força resultante for variável o teorema continua válido:
x
   F .dx
x0

dv dv dx
F  m.a  m.  m.
dt dx dt
dv
F  mv
dx

x vf 2 2
dv mv mv
   mv dx   mvdv    Ec f i

x0
dx vi
2 2
2 2
mvmv
A expressão    Ec
f i
É escalar;
2 2
Ela representa o trabalho total realizado por todas as forças
que atuam na partícula, ou seja, é o trabalho realizado pela
força resultante;

Se a velocidade não variar em módulo o trabalho é nulo!


Se a energia cinética diminui o trabalho será negativo;
As unidades de energia são as mesmas do trabalho.

N.m = kg.m2/s2?
(Kg.m2/s2) = Joule
Potência
Define-se potência como a taxa em que o trabalho é realizado.
A potência média é o quociente do trabalho realizado pelo
correspondente intervalo de tempo gasto:


P Potência média
t
A potência instantânea é o limite da potência média quando o
tempo tende a zero, ou seja:
d
P
dt
 
Como d  F  dr Então a potência pode ser escrita na forma:
   
F  dr  dr 
P F  F v
dt dt Unidades?
W = P.d = 0,25.10.0,12 = 3J
 R  Ecf  Eci
W = K x2/2 = 250. 0,122/2 = 18J
2
250 vi
Fe = K.x
282  0 
2
x2
 vi  vi  m / s
2

250
 R  Ecf  Eci
2
0,25.30
3  250 x / 2  
2

2
0,25.30  6 0,25.900  6
2
x 
2
  0,924
250 250
x  0,961m  96,1cm
Emi = Ema
Eci+Epgi = Eca+Epga
vi2/2+gh = vb2/2+gh/2
172/2+10.42 = vb2/2+10.21
354,5.2 = vb2
vb2 = 709
vb = 26,6m/s
Emi = Emf
Eci+Epgi = Epgf
vi2/2+gh = ghf
172/2+10.42 =10.hf
144,5+420=10hf
564,5/10=hf
hf=56,45m
Se uma máquina eleva um peso W através de uma altura
h pela aplicação de uma força F a qual é aplicada pelo
“usuário” e é movida uma distância d, na ausência de
atrito o trabalho realizado pela máquina W.h é igual ao
trabalho fornecido a ela pelo “usuário”: F.d, ou seja W.h
= F.d (1). Havendo atrito essa igualdade não será válida.
Eficiência ou rendimento (η) (letra grega,
pronuncia-se eta): É a relação entre o trabalho
realizado pela máquina e o trabalho fornecido a ela:
η = W.h /F.d (4).
Máquinas Simples
Uma máquina simples é qualquer dispositivo
mecânico simples pelo qual o módulo, direção ou
método de aplicação de uma força é mudado de modo
a obter-se alguma vantagem prática. Elas são
encontradas em muitas atividades em laboratórios,
escritórios, oficinas e fábricas, sempre para ajudar as
pessoas a realizarem determinadas tarefas. Exemplos
de máquinas simples são a alavanca, o plano
inclinado e a roldana.
Na medida que as máquinas
movem objetos através de
alguma distância pela
aplicação de uma força, elas
podem também ser definidas
como dispositivos que
ajudam as pessoas a realizar
Trabalho. Uma máquina,
todavia, não multiplica
Trabalho.
O Trabalho realizado por uma máquina nunca é maior
que o trabalho fornecido a ela. Pelo princípio da
conservação da energia, o trabalho fornecido a uma
máquina é igual ao trabalho realizado por ela mais o
trabalho dissipado pelo atrito.

ETotal = Constante TFornecido = TRealizado + TAtrito


Como as máquinas geralmente são usadas para
exercer uma grande força pela aplicação de uma
força menor, uma máquina pode ser vista como
tendo uma vantagem de força, ou vantagem
mecâncica.
Energia Potencial

Um corpo possui energia quando é capaz de realizar trabalho.


Suponha, então, um corpo situado a uma certa altura acima do
solo. Se este corpo for abandonado, chegando ao solo, é fácil
perceber que será capaz de realizar um certo trabalho: amassar um
objeto, perfurar o solo, etc. Pode-se pois concluir que aquele corpo
possuía energia devido a sua posição elevada.

A energia que um corpo possui, em virtude de estar situado a


uma certa altura acima da superfície da Terra, é denominada
energia potencial gravitacional.

Há outras situações, semelhantes a essa, nas quais um corpo


também possui energia em virtude da posição que ele ocupa.
Por exemplo, um corpo situado na extremidade de uma mola
comprimida (ou esticada) possui energia em virtude de sua
posição. Se um corpo comprimir uma mola e soltarmos esse
corpo, ele será empurrado pela mola e poderá realizar trabalho.
Neste caso, a energia que o corpo possui na ponta da mola
comprimida ou esticada é denominada energia potencial
elástica.

Uma mola esticada, em equilíbrio.


Forças Conservativas

Podemos definir força conservativa considerando o trabalho que


ela realiza sobre uma partícula.
Considere um bloco de massa m, que se desloca horizontalmente
com velocidade constante (v0), quando colide com uma mola de
constante k. Enquanto a mola estiver sendo comprimida, o trabalho
realizado pela força elástica sobre o bloco, será negativo. Depois,
com a mola retornando ao seu comprimento original, o trabalho
realizado pela força elástica sobre o bloco, será positivo. Nesse
caso, desprezando-se o atrito, o trabalho total realizado é nulo, uma
vez que o bloco retorna a desenvolver a mesma velocidade inicial,
ou seja, não há variação da energia cinética.
Se considerarmos uma força de atrito, atuando entre o bloco e
a superfície, o trabalho total realizado não seria nulo, pois a
força de atrito tem sentido oposto ao movimento, gerando um
trabalho negativo, tanto na chegada do bloco quanto na saída.

Definimos então uma força conservativa como aquela em que


o trabalho realizado é nulo em qualquer percurso fechado. Ex
força elástica, força gravitacional, elétrica, etc.

Essa definição implica que o trabalho realizado por tal força


independe da trajetória. Ex plano inclinado.

Aquelas forças que não se encaixam nessa definição, são


denominadas de forças dissipativas. Ex atrito.
Energia Potencial (EP)

No exemplo anterior vimos que a energia cinética do bloco


diminui durante a 1ª parte do movimento, anula-se e aumenta
na 2ª parte. Podemos dizer que a mola, de certa forma
armazenou essa energia e depois a liberou, transmitindo-a ao
bloco. Essa energia armazenada pelo “sistema massa-mola” é
denominada de Energia Potencial. De tal forma que, na
ausência de forças dissipativas, qualquer variação da energia
cinética do sistema é compensada por uma variação, igual e
Ec  E p
oposta, da energia potencial.

Logo, a energia potencial de um sistema representa uma forma


de energia que pode ser completamente recuperada e convertida
em energia cinética.
Devido a essa definição concluímos que EC + EP = constante.
Por essa razão que define-se a energia mecânica EM = EC + EP,
uma vez que representa uma espécie de energia total do sistema e
que não se altera durante um certo processo.
Podemos obter uma expressão para o cálculo da energia potencial
usando o teorema trabalho-energia.
b   b 

  Ec  a ,b   F  dr  Ec   F  dr
a a

 
b
E p  Ec E p    F  dr
a
Energia Potencial Gravitacional

Para uma massa m a uma altura h acima do solo, nosso referencial


usual de energia zero, podemos definir a energia potencial
gravitacional EPg como:

EPg = mgh
Onde g é a aceleração da gravidade. No SI, g vale 9,8m/s2
aproximadamente.

Energia Potencial Elástica EPe

Epe = kx2 / 2
Conservação da Energia
Um sistema mecânico no qual só atuam forças conservativas é dito
sistema conservativo, pois a sua energia mecânica se
conserva, isto é, mantém-se com o mesmo valor em qualquer
momento ou posição, podendo alternar-se nas suas formas cinética e

potencial (gravitacional ou elástica): EM = EC + EP


A energia está constantemente se transformando, mas não pode ser
criada nem destruída.

•Em uma usina hidrelétrica, a energia mecânica da queda d'água é


transformada em energia elétrica.

•Em uma locomotiva a vapor, a energia térmica é transformada em


energia mecânica para movimentar o trem.
Em uma usina nuclear, a energia proveniente da fissão dos núcleos
atômicos se transforma em energia elétrica.

Em um coletor solar, a energia das radiações provenientes do sol


se transforma em energia térmica para o aquecimento de água.

Um corpo cai sobre uma plataforma apoiada numa mola e volta a


subir. Ele pode atingir, na volta, altura maior do que aquela de que
foi abandonado? Por quê?
Quando se ergue um objeto a uma certa altura, como se realiza
menor trabalho: suspendendo-o diretamente por uma corda, na
vertical, ou transportando-o através de um plano inclinado (sem
atrito) até a altura desejada? Por quê?
Compare a energia necessária para elevar de 10m uma massa na
Terra e a energia necessária para elevar de 10m a mesma massa na
Lua. Explique a diferença.
Um corpo de massa m é empurrado contra uma mola cuja
constante elástica é 600 N/m, comprimindo-a 30 cm. Ele é
liberado e a mola o projeta ao longo de uma superfície sem
atrito que termina numa rampa inclinada conforme a figura.
Sabendo que a altura máxima atingida pelo corpo na rampa
é de 0,9 m e g = 10 m/s2, calcule m. (Despreze as forças
resistivas)
Epel = k.x2/2 = 600. 0,302/2=27J

Epg = m.g.h = m.10.0,9=9.m

Epel = EC = Epg = 27J; 9.m=27; m=3kg


K1 = m.v2/2 =m.62/2=18.m
K2 = m.vf2/2 Emi = K1 = 18.m
Epg = m.g.h = m.9,8.1,1=10,78.m
Emf = Epg =10,78.m
Emi - Emf = Wfat
18.m - 10,78.m = Fat.d
7,22. = 0,6. .9,8.d
d = 1,2m
Resolvendo exercícios de conservação de energia

Emi  Emb
2 2
mvi mvb
 mghi   mghb
2 2
2 2
1 vb
 9,8 x1,2   9,8 x0,6
2 2
vb  1  19,6(1,2  0,6)
Resolvendo exercícios de conservação de energia

Emi  Em f
2 2
mvi mv f
 mghi   mghf
2 2
2 2
27,8 v
 9,8 xhi  f  9,8 xh f
2 2
2

 9,8 xh f  hi  f


2
27,8 v
2 2
27,82  19,6 x19,5  v f
2

v f  772,84  382,2  19,76 m / s


2
Resolvendo exercícios de conservação de energia

Emi  Em f
v f  vi 2  2.a.S
2
2 2
vi v
 ghi  f  ghf
0  2,328 2  19,6 xh
2 2
2,328 2
 0  0  9,8 xh f
2 2,328 2
hf 
2,328 2
 0,276509  0,277 m
h
2 x9,8 19,6
Resolvendo exercícios de conservação de energia

Em1  Em2
2 2
mv mv2
 mgh1 
1
 mgh2
2 2
2 2
6 v2
 9,8 xh1   9,8 xh2
2 2
2
18  9,8 xh2  h1  
v2
2
36  19,6 x1,1  v2
2

v2  36  21,56  14,44
2

v2  3,8m / s
Resolvendo exercícios de conservação de energia

 fat  Ec
2
mv2
 Fat.d  0 
2
2
mv2
 .N .d 
2
2
mv2
 .m.g .d 
2
2
v2
 .g .d 
2
3,82
0,6.9,8.d 
2
3,82
d   1,23m
2.0,6.9,8
Sistemas de Partículas
Centro de Massa

Quando um corpo extenso roda, vibra ou realiza qualquer outro


tipo de movimento enquanto se desloca, há um ponto em especial
no corpo que se desloca da mesma maneira que se deslocaria uma
única partícula, sujeita ao mesmo sistema de forças externas.
Ainda que o sistema com o qual estamos lidando não seja um
corpo rígido, pode ser definido para ele um centro de massa.
Distribuição Discreta de Partículas

No caso de um sistema
constituído por duas
partículas, a distâncias x1
e x2, respectivamente de
uma origem, o centro de
massa é definido como o
ponto CM à distância
xCM da origem, dada por:

m1 x1  m2 x2
xCM 
m1  m2
Definindo M como a massa total do sistema, nesse caso: M =
m1 + m2, temos:
MxCM = m1x1 + m2x2
Se tivermos um sistema de n partículas ao longo de uma
linha reta, o centro de massa será dado por:
n

m1x1  m 2 x 2  m 3 x 3    m n x n m x i i
x CM   1
m1  m 2  m 3    m n n

m 1
i

n
MxCM   mi xi
n
Como
m
1
i  M, então:

1
Se tivermos 3 partícula distribuídas no plano (XY), o centro
de massa é localizado por suas coordenadas xCM e yCM :

m1x1  m 2 x 2  m3 x 3  mi x i
x CM  
m1  m 2  m3 M

m1 y1  m 2 y 2  m3 y3  mi yi
y CM  
m1  m 2  m3 M


rCM  xCM iˆ  yCM ˆj
Generalizando para um número qualquer n de partículas, distribuídas
no espaço, temos:


ri  x i ˆi  y i ˆj  z i kˆ Vetor posição de cada partícula


rCM  x CM ˆi  yCM ˆj  z CM kˆ Vetor posição do centro de massa

   mi xi    mi yi    mi zi  ˆ
rCM   iˆ  
  M   M 
 ˆj   k
 M     

rCM 
 ˆ  ˆ ˆ


mi xi i  yi j  zi k  mi ri

M M Exemplo 1
Exemplo 1:
Três partículas de massas m1 =1,2kg, m2 = 2,5kg e m3 = 3,4kg,
estão posicionadas nos vértices de um triângulo equilátero, de lado
a = 140cm.

Xm1=70cm

Xm2=0

Xm3=140cm

ym1=121,24cm

ym2=0

ym3=0

m1 x1  m2 x2  m3 x3
xCM   78,87cm; yCM  20,49cm
m1  m2  m3
Distribuição Contínua de Partículas

Para a situação onde não temos distribuição discreta de partículas


mas sim uma distribuição uniforme de massa. Por exemplo um
asteróide, um carro, um avião, etc.
Uma alternativa é dividir o objeto em elementos infinitesimais de
massa δm. À medida que δm tende a zero, a somatória usada para
o cálculo do centro de massa se torna uma integral em dm:

 1  1 
rCM  lim  ri mi   rdm
M m0 M
Ou, as coordenadas:

1 1 1
x CM   xdm; yCM   ydm z CM   zdm
M M M
Velocidade e aceleração do
Centro de massa

m1 x1  m2 x2
xCM 
m1  m2

m1v1  m2v2
vCM 
m1  m2
m1a1  m2 a2
aCM 
m1  m2
Colisões
Colisão é a interação entre dois ou mais corpos, com mútua troca de
quantidade de movimento e energia. O choque entre bolas de bilhar
é um exemplo, o movimento das bolas se altera após a colisão, elas
mudam a direção, o sentido e a intensidade de suas velocidades.
Outras colisões ocorrem sem que haja contato material, como é o
caso de um meteorito que desvia sua órbita ao passar pelas
proximidades de um planeta.

Em física procura-se saber o comportamento dos corpos após a


colisão. Para isto são usadas as leis de conservação de energia
cinética e momento linear, conforme o tipo de colisão.

As colisões podem ser unidimensionais, bidimensionais ou


tridimensionais, dependendo da situação e do número de partículas
envolvidas na colisão.
Pêndulo Balístico
Conservação do momento linear em colisões:

Na verdade a 2ª lei foi enunciada originalmente por Isaac

 
Newton usando o conceito de Momentum (ou momento) p de

p  mv
uma partícula.
 dp
FR 
dt
Quando a força resultante que atua sobre o sistema é
nula: 
dp 
0  p  cte Conservação
dt do momento
linear
Momento linear ou Quantidade de movimento

O momento linear de uma partícula de massa m e velocidade v é


dado pela expressão:
 
p  mv
O momento linear de um sistema de n partículas é dado pela
expressão:

   
P  m1v1  m2v2    mnvn
Em uma colisão qualquer entre duas partículas há conservação do
momento linear total:

 
Pf  Pi
   
m1v1 f  m2v2 f  m1v1i  m2v2i
No caso unidimensional

m1v1 f  m2v2 f  m1v1i  m2v2i


No caso bidimensional

m1v1xf  m2v2 xf  m1v1xi  m2v2 xi


m1v1 yf  m2v2 yf  m1v1 yi  m2v2 yi
Geralmente classifica-se três tipos de colisões:
Colisões Elásticas: A energia cinética total do sistema não muda
após a colisão. Conservação da energia cinética total (EC), e do
momento(P) total do sistema.

Colisões Inelásticas: A energia cinética total do sistema diminui


após a colisão. Ocorre transformação de energia cinética e apenas o
momento total (P) é conservado.

Colisões Perfeitamente Inelásticas: As partículas se movem juntas


após a colisão, conservando apenas o momento total do sistema.
Colisões Elásticas: A energia cinética total do sistema não muda
após a colisão. Conservação da energia cinética total (EC), e do
momento(P) total do sistema.

   
m1v1 f  m2v2 f  m1v1i  m2v2i

Ecf  Eci
mv m v
2
1 1f
2
2 2f  mv m v 2
1 1i
2
2 2i
Colisões Elásticas: A energia cinética total do sistema não muda
após a colisão. Conservação da energia cinética total (EC), e do
 
momento(P) total do sistema. 
m1v1 f  m2v2 f  m1v1i
  
m2v2 f  m1v1i  m1v1 f
m2v2 f  m1 v1i  v1 f 
  
mv2
2 2f  mv mv
2
1 1i
2
1 1f

mv2
2 2f 
 m1 v  v
2
1i
2
1f 
mv2
2 2f  m v
1 1i  v1f v
1i  v1f 
mv 2
2 2f

 
m1 v1i  v1 f v1i  v1 f 
m2v2 f 
m1 v1i  v1 f 

v2 f  v1i  v1 f 
m2v2 f  m1 v1i  v1 f 
  

m2 v1i  v1 f   m1 v1i  v1 f 
   
   
m2v1i  m2v1 f  m1v1i  m1v1 f
   
m2v1 f  m1v1 f  m1v1i  m2v1i
 
m2  m1 v1 f  m1  m2 v1i

v1 f 
m1  m2  
v1i
m2  m1 
Colisões Inelásticas: A energia cinética total do
sistema diminui após a colisão. Ocorre
transformação de energia cinética e apenas o
momento total (P) é conservado.

   
m1v1 f  m2v2 f  m1v1i  m2v2i
Colisão perfeitamente Inelástica
Para dois corpos A e B em colisão inelástica, há perda
de energia cinética, mas conservando-se a energia
mecânica. Após o choque, se os corpos deslocam-se em
conjunto com velocidades finais iguais o coeficiente de
restituição será e = 0 (perfeitamente inelástica).
Como é válida a conservação da quantidade de
movimento
  
m1  m2 v f  m1v1i  m2v2i
Pêndulo Balístico

Um fio de comprimento L preso ao teto, suporta um bloco de


massa M livre para movimentar-se. Uma bala de massa m é
disparada com velocidade v penetrando no bloco e provocando o
deslocamento do conjunto subindo a uma altura y = h em relação a
referência y = 0.

Considerando que o conjunto bala-bloco é isolado de forças


externas tem-se pela conservação da quantidade de movimento a
igualdade dos momentos lineares inicial Pi = mv + M.0 e final Pf =
(m + M)V
Pêndulo Balístico
Toda a energia cinética do bloco após o choque é transformada
em energia potencial, portanto não há conservação da energia
cinética, mas ocorre a conservação da energia mecânica.
Igualando as energias cinética e potencial tem-se

Energia cinética e
potencial após a
colisão

Conservação do
momento linear
total
A figura ao lado mostra um
pêndulo balístico. O
bloco suspenso tem massa M =
5,4kg. Uma bala
de massa m = 9,5g é disparada
para dentro do
bloco, parando rapidamente.
Então, bloco+bala
deslocam-se para cima, seu
centro de massa
elevando-se de uma distância
vertical h = 6,3cm,
antes que o pêndulo pare
novamente ao final de
seu curso. v = (1/0,0095)(5,4095)(19,6x0,063)1/2
v = 632,75m/s = 2.278km/h
Qual era a velocidade da bala imediatamente antes da colisão?
Colisões Elásticas em duas dimensões
A figura representa a colisão não frontal de dois corpos, que após se
chocarem se deslocam em diferentes orientações em relação ao eixo
formado pelo movimento do objeto de massa m1. O corpo de massa m2 ,
se encontrava em repouso antes da colisão.

A conservação do momento total nos


fornece duas equações:
Pxi = Pxf Pyi = Pyf
A conservação da energia cinética total
nos fornece uma equação:
Eci = Ecf

Temos três equações e quatro incógnitas (v1f v2f θ1 θ2)


Para solucionar um problema desse tipo, é necessário que seja dado o
valor de uma dessas incógnitas!
Exemplo (colisão elástica bidimensional)

Uma molécula de gás, com velocidade de 300m/s, colide


elasticamente com outra molécula de mesma massa inicialmente
em repouso. Sabendo que a primeira é espalhada numa direção que
forma uma ângulo de 30º com a horizontal, Determine v1f v2f e θ2
Pxi = Pxf
mvi1 = mv1fx+mv2fx
Pyi = Pyf
0 = -mv1fy+mv2fy
Eci = Ecf
Pxi = Pxf
vi1 = v1fx+v2fx v1fx + v2fx = 300
Pyi = Pyf v1fy = v2fy
Eci = Ecf
vi12 = vf12 + vf22 vf12 + vf22 = 90000

v1fx = v1f cos30 0 v1fy = v1f sen30 0

v2fx = v2f cosθ2 v2fy = v2f senθ2


v1fy = v2fy v1fx + v2fx = 300

v1f sen300 = v2f senθ2 v1f cos300 +v2f cosθ2=300


 3
v1f 1/2 = v2f senθ2 2v2 f sen2    v2 f cos2  300
 2 
v1f = 2v2f senθ2
3v2 f sen 2  v2 f cos 2  300
v1 f  2v2 f sen2 v2 f  3sen 2 
 cos 2  300
600 sen2 300
v2 f 
v1 f 
 3sen2  cos2   3sen 2  cos 2 
vf12 + vf22 = 90000
v1 f  v2 f  90000
2 2

2 2
 600 sen 2   300 
     90000

  3sen 2  cos 2   
   3sen 2  cos 2  

Rotações
Movimento de Rotação

Grandezas Angulares
As grandezas até agora utilizadas de deslocamento/espaço
(r, x, y), de velocidade (v) e de aceleração (a), eram úteis
quando o objetivo era descrever movimentos lineares, mas
na análise de movimentos de rotação, devemos introduzir
novas grandezas, que são chamadas grandezas angulares,
São elas:
Posição angular: φ (phi)
Deslocamento angular: Δφ (delta phi)
Velocidade angular: ω (ômega)
Aceleração angular: α (alpha)
Ângulo: φ (phi)

Geralmente a unidade usada para medidas de ângulo é o radiano,


Deslocamento angular (Δφ)

Assim como para o deslocamento linear, temos um


deslocamento angular se calcularmos a diferença entre a
posição angular final e a posição angular inicial:

Sendo:

Por convenção:
No sentido anti-horário o deslocamento angular é positivo.
No sentido horário o deslocamento angular é negativo.
Velocidade Angular (ω)

Análoga à velocidade linear, podemos definir a velocidade


angular média, como a razão entre o deslocamento angular
pelo intervalo de tempo do movimento:


m 
t
Sua unidade no Sistema Internacional é: rad/s
Sendo também outras unidades: rpm, rev/min, rev/s.

Também é possível definir a velocidade angular


instantânea como o limite da velocidade angular média
quando o intervalo de tempo tender a zero:
 d
  lim 
t 0 t dt
Aceleração Angular (α)

Seguindo a mesma analogia utilizada para a velocidade


angular, definimos aceleração angular média como:


m 
t
Sua unidade no Sistema Internacional é: rad/s2
Também é possível definir a aceleração angular instantânea
como o limite da aceleração angular média quando o intervalo de
tempo tender a zero:

 d
  lim 
t 0 t dt
Algumas relações importantes

Através da definição de radiano dada anteriormente temos que:

S  .R
v  .R
aT   .R
Movimento Circular

acp → velocidade varia


em direção;

at → velocidade varia em
módulo.
As equações que descrevem a cinemática de rotação
são análogas àquelas usadas no MRUV, ou seja:

  0  t

t 2
  0  0t 
2

    2
2 2
0

Válidas quando a aceleração angular é constante


Exemplo:
Um disco com raio r = 0,4m gira, partindo do repouso,
com aceleração angular α = 2rad/s².
(a) Qual será a sua velocidade angular depois de 10s?
20rad/s
(b) Qual será o ângulo descrito neste tempo? 100rad=
(c) Qual será o vetor aceleração resultante de um ponto na
extremidade do disco? ar2 = at2 + acp2

100rad=?graus?
2pi rad = 360graus
Cinemática de Rotação

Consideremos um corpo extenso e rígido girando em torno de um


eixo:
Seja P uma partícula do corpo rígido,
escolhida arbitrariamente. Dizemos que
P um corpo rígido move-se em rotação
pura se as partículas do corpo descrevem
r
trajetórias circulares em torno de um
θ eixo em comum (eixo de rotação).
O ângulo θ é a posição angular do ponto
P
Escolhemos arbitrariamente o sentido anti-horário como sentido
positivo de rotação.

P
S=rθ θ = S / r (radianos)
S
r
θ
P π rad = 180º 1rad = 180º / π

Posição angular: θ
Deslocamento angular:

Podemos descrever o movimento de rotação e um corpo rígido em


termos de uma “taxa de variação do ângulo θ” (velocidade angular)
A velocidade angular média (ω), é
definida da seguinte forma:
S
r   2  1
θ2
θ1 m  
t t2  t1

A velocidade angular instantânea fica da seguinte


forma:
 d
  lim 
t 0 t dt
A unidade que usaremos será o rad/s. outra unidade é rev/s
Pontos diferentes de um corpo rígido que gira, se movem
distâncias diferentes num certo intervalo de tempo. Porém, todos
os pontos giram um mesmo ângulo no mesmo intervalo, ou seja,
eles tem a mesma velocidade angular.

Para um movimento onde a velocidade angular varia, podemos


definir uma aceleração angular (α):

 d d  2
A unidade que usaremos
m    2
t dt dt
será o rad/s2.

Observe a semelhança com as grandezas lineares!


Nesse movimento, cuja velocidade angular varia, existirão
dois tipos de aceleração: uma na direção tangente à trajetória
(responsável pela variação da velocidade angular e também
da variação do módulo da velocidade linear), e outra na
direção do centro da trajetória (responsável pela variação da
direção e do sentido da velocidade)

ac A aceleração resultante dessas duas


at é dada por:

a2 = ac2 + at2
Relações entre as grandezas angulares e escalares

deslocamento θ=S/r

velocidade ω=v/r

α = at / r tangencial
aceleração
ac = v2 / r = ω2r centrípeta
Rotação com aceleração angular constante

Nesse caso, de forma análoga aquela usada para o movimento


linear, podemos deduzir as equações da cinemática de rotação:

d
 ω = ω0 + αt
dt
d
 θ = θ0 + ω0 t + αt2 / 2
dt

ω2 = ω02 + 2α( θ - θ0 )

Exercício: deduzir essas 3 equações.


W = 5.Pi rad/s v = c/t = 0,20/0,05s = 4m/s

θ = Pi/4 rad

t = θ/w = 0,05s ?
Torque

Para fazer um corpo girar é preciso um impulso inicial. Na figura


abaixo um disco é posto a girar por duas forças aplicadas à sua
periferia:

F2

F1
Observe que os pontos de aplicação das forças são importantes,
pois, as mesmas forças aplicadas de forma que a linha de ação
passa pelo centro do disco, não provocam rotação do disco:

F2 F1
ou

τ = F r senθ
Unidade? N.m (SI)
Um torque pode ser interpretado como uma torção, analogamente
à força, interpretada como um empurrão.
Assim como as forças causam mudanças na velocidade linear dos
objetos, os torques causam variações da velocidade angular dos
objetos.

τ = F r senθ

O torque, por definição, é positivo se tende a girar o corpo no


sentido anti- horário e é negativo caso contrário.
2ª Lei de Newton para Rotação

Vamos mostrar agora que a aceleração angular de um corpo é


proporcional à resultante dos torques que atuam no corpo.

Seja Fi a resultante das forças externas sobre a i-ésima partícula.


A aceleração tangencial dessa partícula é dada por:

Fit = mi ait = mi ri α
Onde usamos ait = ri α
Se multiplicarmos os dois membros dessa equação por ri obteremos:

ri Fit = mi ri2 α
Como ri Fit = τi

τi = mi ri2 α
Somando para todas as partículas do corpo obtemos:
n n

   m r 
i 1
i
i 1
i i
2
n n

   m r 
i 1
i
i 1
i i
2

O somatório do primeiro membro é a resultante dos torques


que atuam sobre o corpo. No caso de um corpo rígido, a
aceleração angular, que aparece no segundo membro, é a
mesma para todas as partículas, e pode ser evidenciada no
somatório. Sendo assim, o somatório que aparece no segundo
membro é o momento de inércia I do corpo. Se o corpo for
uma distribuição contínua de massa o somatório deve ser
substituído pela integral.
A segunda lei para a rotação fica da seguinte forma:
n
 res   i  I
i 1
Unidade?
Vimos, para o movimento linear, as seguintes expressões:
b  
Wa ,b   F  dr Trabalho de uma força qualquer
a
2 2
mv
mv
W   Ec
f i Teorema Trabalho - Energia
2 2
  
P  F  v Potência
t
Para o movimento de rotação usaremos as grandezas angulares:
b
Wa ,b     d Trabalho de uma força qualquer que gera
um torque
a

I
I
2 2
W   Ec
f i Teorema Trabalho - Energia
2 2
W
P    Potência
t
  I
T .R  0,5.M .R 2 .a / R
T .R  0,5.2,5.R.a
T  1,25.a
a=
FR  m.a
T=
P  T  1,2.a α=
12  T  1,2.a FR = ma
T  12  1,2.a
T1 T2
at 2
x  x0  v0t  α = a/R
2 α = 0,06/0,05 = 1,2rad/s2
0  0,75  a.52 / 2
a  0,75 / 12,5  0,06m / s 2
  F .r.sen
 1  T1.r
 2  T2 .r
 R  1  2  I .
FR1  T1  P1  m1.a  R   1   2   I .
T1.R  T2 .R  0,5.M .R 2 .a / R
FR 2  P2  T2  m2 .a T1  T2  0,03.M
T1  P1  P2  T2  (m1  m2 )a  0,3424  0,03.M
0,3424
T1  T2  (m1  m2 )a  P1  P2 M
0,03
 11,41kg

T1  T2  (0,46  0,5).0,06  4,6  5


T1  T2  (0,96).0,06  0,4  0,3424 N

T1  m1.a  P1  0,46.0,06  4,6  4,63 N


T2  P2  m2 .a  5  0,5.0,06  4,97 N
  I at 2
F  m.a
x  x0  v0t 
F1.R  F2 .R  0,5.M .R 2 .a / R 2 P1  T1  m1a
0  0,75  a.52 / 2 4,6  T1  0,46.0,06
F1  F2  0,5.M .a a  0,75 / 12,5  0,06m / s 2
T1  T2  0,5.M .0,06 T1  4,6  (0,46.0,06)  4,57 N
T1  T2  0,03.M F  m.a
4,97  4,57  0,03.M T2  P2  m2 a
M  0,4 / 0,03  13,33kg T2  5  0,5.0,06
T2  5  0,03  4,97 N

Massa?
 R   1   2  I .
P1.L1  P2 .L2  (m.L1  m.L2 ).
m.g.( L1  L2 )  m( L1  L2 ).
g.( L1  L2 )  ( L1  L2 ).
( L1  L2 )
  g.  10.0,6  6rad / s 2

( L1  L2 )
Equilíbrio dos Corpos Rígidos

Uma condição necessária para uma partícula em repouso


permanecer em repouso é que a resultante das forças sobre
a partícula seja nula. Da mesma forma, o centro de massa
de um corpo rígido permanece em repouso se a resultante
das forças que agem sobre o corpo for nula. Porém se o
centro de massa permanecer em repouso, é possível que o
corpo gire me torno de um eixo, logo, para que haja
equilíbrio é preciso também que a resultante dos torques
se anule.
Condições de equilíbrio para um corpo rígido

FR   F  0

 R    0

O torque resultante deve ser nulo em relação a qualquer eixo


de rotação. Esse fato nos permite escolher qualquer eixo de
rotação para o cálculo do torque resultante.
Centro de Gravidade

O centro de gravidade é um ponto específico do corpo rígido


onde se pode imaginar que o peso total do corpo esteja
concentrado, de tal forma que, se o corpo for apoiado nesse
ponto, ficará em equilíbrio estático.

Matematicamente se define a localização centro de gravidade


de modo que o torque gerado pelo peso total do corpo,
aplicado a esse ponto (CG), é igual à resultante dos torques
dos pesos de cada partícula que compõe o corpo, ou seja:

n
X cg P   xi pi
i 1
Se a aceleração da gravidade for constante sobre todo o corpo
(como quase sempre acontece), podemos fazer pi = mi g e P =
Mg, obtendo a expressão:

n
X cg M   xi mi
i 1

Essa é a mesma expressão usada para o cálculo do CM, ou


seja, CG e CM coincidem na maioria dos casos (sempre que
a aceleração da gravidade for constante sobre todo o corpo).
Rolamento
Considere um aro de raio R , rolando sem deslizar
em uma superfície plana horizontal. Quando essa
roda girar de um ângulo θ, o ponto de contato do
aro com a superfície horizontal se deslocou uma
distância S, tal que;

S=Rθ
O centro de massa do aro também deslocou-se da mesma
distância. Portanto, a velocidade de deslocamento do centro de
massa do aro tem a forma:
O rolamento pode ser descrito como uma
combinação de rotação e translação

Translação + Rotação = Rolamento


O rolamento pode ser entendido como uma rotação
pura se observarmos que a cada instante o corpo está
girando em torno de um eixo instantâneo, que passa
pelo ponto de contato entre esse corpo e a superfície
que o suporta. Esse eixo é perpendicular à direção do
movimento.
A velocidade do centro da roda é

vCM = w R

a velocidade do topo da roda é

vTopo = w (2R) = 2 vCM


velocidade na parte inferior
da roda é nula
A energia cinética
Um corpo que rola sem deslizar pode ser visto a cada instante
como girando em torno de um eixo instantâneo que passa pelo
ponto de contato desse corpo com a superfície que o suporta,
e esse eixo é perpendicular à direção do movimento do corpo.
Desse modo, a sua energia cinética tem a forma:
Se levarmos em conta o teorema dos eixos paralelos:

I = ICM + M R2

a energia terá a forma:

Energia cinética total de um rolamento (rotação + translação)


Qual é a energia cinética da esfera na base do plano inclinado?

Qual é a distância que a esfera percorre ao subir o plano?


Plano inclinado

Dinâmica do rolamento

Em y:
FRy = N – Py = 0 Torque
τR = Fat R= ICM α
Em x:
FRx = Px – Fat = MaCM gsenθ
aCM 
1  I CM / MR 2
Dinâmica do rolamento de um Ioiô

T – P = MaCM

Torque T
τR = T R= ICM α
R0

g
aCM  R
1  I CM / MR0
2
P
Momento Angular

A figura mostra uma partícula, de y p = mv


massa m, movendo-se com φ
velocidade v, na posição r
definida em relação à origem O.
r
O momento linear da partícula é
p = mv. O momento angular L L x
da partícula, em relação à origem
O, se define como o produto
vetorial de r e p: z
  
Lrp
y p = mv
φ

r
L x

Se r e p estiverem no plano xy, como mostra a


z
figura, então L está sobre o eixo z e é dado por
L = r x p = (rmv senφ)k.
Assim como o torque, o momento angular é
calculado em relação a um eixo de rotação.
Existe uma conexão entre o momento angular de uma
partícula e o torque associado à força resultante que
atua sobre ela.

Vamos considerar a variação do momento angular no


tempo:

Segunda lei de Newton


para a rotação em
função do momento
angular
A lei da conservação do Momento angular

Sempre que o torque resultante for nulo, o momento angular


será constante:

Se τ = 0 então L = Constante

dL
 0  L  const
dt
Momento angular de um corpo rígido

z
A figura mostra uma v
partícula que descreve ω
uma trajetória circular.
r
L
y

x
Se r e p estiverem no plano xy, como mostra a figura, então L
está sobre o eixo z e é dado por
Li = ri x pi = (rimivi)k.
O módulo do momento angular da i-ésima partícula de um
corpo rígido é dado por
Li = ri mi vi

Li = ri mi (riωi)

O módulo do momento angular total de um corpo rígido é


dado por
L=Σ Li = (Σri2mi )ω

L = Iω

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