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MECÂNICA
ARTICULAR I
TOM PURVIS
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Copyright © 2017, by Tom Purvis; RTS, LLC
Edited for the Science 1 manual, copyright © 1997, by Tom Purvis; RTS, LLC
Revised 1998, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009,
2010, 2011, 2012, 2013, 2014, 2015, 2016
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ii
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Mecânica do exercício:
MECÂNICA ARTICULAR
Parte 1
Conteúdo
iii
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Sobre este manual
Este manual foi criado exclusivamente para ser parte do curso RTS Mecânica do
Exercício. Ele não tem a intenção de ser uma ferramenta educacional para ser usada
separada do curso porque muitas das seções incluem conceitos equivocados
baseados na maneira tradicional ensinada pela indústria do exercício. A correção
destes conceitos faz parte das muitas discussões que acontecem durante as aulas.
iv
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Appendix: Describing Aspect, Position, and Motion
Movimento Articular
Movimento Translatorio = Linear
Jogo Articular
Movimento Rotatório
Eixo
Arc dentro do Plano
O plano é perpendicular ao eixo
A Direção do movimento em qualquer ponto - tangencial
Eixo do movimento X “eixo da força” x “eixo de potencial movimento”
Eixo e a posição gerada pela forma das superfícies de contato
Eixo instantaneo da rotação
Eixo do lado convexo
Ação Reversa = Inverção da ação articular
ADM Articular
Lado da Separação
Lado da Aproximação
ADM Influências
Movimento Articular
2
“Não são os ossos que movem, são as articulações!”
4
Mesmo que um membro se mova no espaço, o seu movimento é resultado de
6 movimento em uma ou mais articulações. Todo movimento humano, simples ou
complexo, é resultado da orquestração de forças em torno de uma articulação.
8 Independentemente de quantas articulações estão se movendo durante um exercício,
a função individual de cada articulação não pode ser ignorada. “Movimento
10 integrado é, por definição, composto por várias articulações individuais. Sendo
assim, é dependente da integridade de cada uma das que foram integradas!”
12
A articulação não é o ponto mais proeminente, quer dizer, o olécrano ou a patella não
14 são a articulação do ombro ou a articulação do joelho.
20
Tipos de Movimento Articular
22
Movimento translatório ou movimento linear é o movimento de um objeto em
24 linha reta. Ele acontece em pequena quantidade durante o movimento articular e está
presente em algumas articulações mais do que outras, dependendo da forma das
26 superfícies de contato (joelho, facetas da coluna). Movimento linear é mais visível
em uma articulação durante mobilizações passivas que exibem jogo articular.
28
Jogo Articular (Normal vs. Anormal)
30 Para que uma articulação se movimente normalmente é necessário que exista um
certo grau de “jogo articular passivo”. Jogo articular é a “folga ideal” do tecido
32 conjuntivo quando se encontra em uma posição loose-packed e com a musculatura
relaxada. Esta folga é necessária para permitir o movimento articular e representa
34 como não é tão preciso o que o tecido passivo oferece de “guia” para o trajeto do
movimento.
36
O jogo articular pode ser demonstrado somente através da translação passiva da
38 articulação em um plano específico, ou mais de um plano dependendo da articulação,
também pode ser demonstrado através da rotação e distração passiva. Estes
40 movimentos de jogo articular não podem ser demonstrados através do movimento
ativo, porém o movimento ativo normal é evidência de um jogo articular normal.
42 Se o tecido conjuntivo está frouxo ou rompido, a articulação irá exibir mais jogo
articular do que o necessário, quer dizer, excessive e estará passivamente instável. Se
44 ela estiver limitada por tecido cicatricial o movimento articular estará restrito e a
manipulação do jogo articular nos planos específicos será uma parte importante da
2 reabilitação.
4 Movimento linear ativo (no espaço) acontece como resultado de rotação em múltiplas
articulações. Por exemplo, no agachamento, o centro de massa se move linearmente, mas é o
6 resultado do movimento rotatório de muitas articulações. Outro exemplo é quando tentamos
alcançar algo com a mão. A mão se move linearmente, mas é resultado da rotação do cotovelo
8 e do ombro.
10
Movimento rotatório é o movimento de um objeto ou segmento ao redor de um eixo. A
12 maioria dos movimentos das articulações sinoviais é rotatório. Para o profissional do
exercício, o eixo do movimento é o aspecto mais importante para ser entendido.
14
É vital que você seja capaz de identificar o eixo de cada articulação durante o exercício, para
16 que seja possível criar e analisar um exercício, determinar a participação muscular e ainda
tornar capaz identificar a diferença entre força e resistência em um exercício. Para enfatizar
18 a importância do estudo sobre o eixo articular e suas influências, organizamos os fatores mais
importantes e classificamos como características específicas do eixo.
20
Axis Characteristics:
221. O eixo é o centro da rotação/movimento.
36
1 MABIE, Hamilton; REINHOLTZ, Charles. Mechanisms and Dynamics of Machinery. 4ª ed. 1986.
12
3. Devido às irregularidades e aos graus de
14 curvaturas que são inconsistentes nas superfícies
de contato articulares o ponto exato da posição
16 do eixo muda durante a amplitude de movimento.
Isto é chamado de eixo instantâneo da rotação
18 ou centro instantâneo da rotação. Um dos
exemplos mais evidente para observarmos este
20 fato é a articulação do joelho. Este acontecimento
gerou muitas interpretações equivocadas na
22 tentativa de descrever o movimento do joelho
como sendo uma sequência de rotações e
24 translações. Porque as superfícies de contato de
uma articulação não são perfeitamente achatadas
26 a translação pura nunca acontece e sempre existe um grau de rotação. Este tipo de
movimento se chama curvilíneo.
28
4. Então, será que existe um eixo articular quando não existe movimento articular?
30 Sim, existe um eixo mesmo quando não existe movimento articular e este seria o
ponto em que o movimento aconteceria caso os efeitos da força não fossem iguais
32 (empatados). Sempre imagine se uma força ou outra se tornasse maior, em que
direção o movimento aconteceria. Este então é o plano e o eixo será perpendicular a
34 ele. A este eixo chamamos de eixo da força ou eixo do movimento em potencial. O
termo “eixo da força” não é encontrado nos livros de Biomecânica e utilizamos
36 puramente para descrever uma perspectiva que será fundamental no entendimento
sobre a participação muscular nas isometrias! O termo correto é momento de flexão.
38 Um ponto muito importante para ressaltar sobre o eixo da força é que mesmo sem
movimento existe o momento e é necessário que seja consistente com o DOF da
40 articulação.
42 Centrification
As estruturas de cada articulação são muito diferentes, mas podemos entender que o
44 movimento articular é basicamente um osso escorregando sobre ou rodando em
torno de outro (convexo e côncavo) sem um eixo tangível colocado através deles. O
46 bom controle orquestrado de todos os lados da articulação (contrátil e não contrátil,
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Appendix: Describing Aspect, Position, and Motion
passivo e ativo) é essencial para uma função articular apropriada e manutenção das
2 relativas posições do eixo e para a estabilidade do eixo. Isto é chamado de
centrificação.
Haste Fixa
10
Para aplicação desta lei, é importante a compreensão de qual é o lado em que o eixo se
12 encontra. Sempre que o eixo se encontra no lado do segmento que se move, este fica contido
dentro do objeto (dentro do segmento ósseo) e parte deste objeto se estende além do eixo e,
14 como uma gangorra, a parte que está do outro lado do eixo se move em direção contrária.
Porém, quando a parte que se move é aquela que não contém o eixo, todo o objeto (segmento
16 ósseo) se move na mesma direção.
20 Discussão: As implicações
Este conceito é útil para desenvolvermos uma “visão interna”, especialmente quando
22 consideramos ADMP (amplitude de movimento passiva) em pacientes com
comprometimento neurológico, como AVC (acidente vascular cerebral), ou quando testamos
24 músculos em torno de uma articulação instável.
O que encoraja estes movimentos?
26 Diferenças de contribuição entre várias estruturas articulares?
Se de alguma maneira a integridade do movimento articular é dependente
predominantemente do controle ativo, então quais são as preocupações durante
movimentos passivos que são impostos?
28
24
Oportunidade Axial
26 Quando o termo “graus” é aplicado aos graus de liberdade das articulações, é melhor
entendermos como a oportunidade de movimento permitida pela estrutura articular relativa
28 ao espaço tridimensional. Em outras palavras, de quantas maneiras uma articulação pode
rodar em relação ao espaço tridimensional dentro do que está predeterminado pelas
30 superfícies de contato e o tecido conjuntivo?
46 Uma articulação de dobradiça verdadeira possui um eixo e, assim, por definição, se move
somente em um plano e possui apenas um grau de liberdade.
(movimento uni-dimensional).
2
O joelho é comumente descrito como uma articulação de dobradiça, com somente um grau
4 de liberdade, mas na verdade não é, porque a rotação longitudinal está disponível durante a
amplitude. O movimento do joelho acontece em torno de dois eixos, então possui dois graus
6 de liberdade.
8 Articulações esferoides (em soquete), como a glenoumeral e o quadril, possuem três graus de
liberdade (por exemplo, movimento tridimensional).
10
12 Oportunidade Linear
A oportunidade do movimento linear está baseado no sistema de coordenadas X Y Z,
14 e está baseado na oportunidade de uma articulação em transladar nestas dimensões.
26 “Movimento Tri-planar”?
Problemas com esta má-interpretação.
28 Definir espaço tridimensional como sendo 3 planos vs 3 eixos com infinitos planos.
Um movimento verdadeiramente multiplanar exige que o movimento aconteça em
30 mais do que um eixo mecânico então não é um movimento que acontece em mais de
um plano cardinal porém em torno de somente um eixo, e este cria um plano que não
32 tem nomenclatura definida.
Movimento Tri-planar em uma única articulação ou em múltiplas articulações.
34o se a articulação do joelho, por exemplo, se mover em um terceiro plano, nós
consideraremos isso uma lesão.
36o Mudar o plano de flexão do joelho em relação ao chão ou ao quadril não muda o único
plano de flexão do joelho!
38o Três articulações diferentes se movendo em três planos diferentes não é tri-planar. É
uni-planar nas três articulações.
40o Você não precisa ter movimento em um plano para treinar em um plano. Treinamento
tem mais a ver com a direção da resistência. (força não movimento!! )
42
• Estrutura
• Normal (arquitetura óssea relativamente normal)
• Anormal (osteofitos, massa de tecido)
• Preparação:
• Ajustes Agudos = “ajustes atuais”
• Adaptações Crônicas = homeostase
• Proteção:
• Relação inibição-Tensão
• Relação da Co-contração
• Adesão?
• Tensão do Antagonista
• Resposta Protetora à inibição do agonista?
• Gerencia Articular = “manter as partes juntas enquanto o agonista tenta separar”
• Desaceleração
• Insuficiência Passiva/Antagonista (2 jt)
• Patologia
• Neurológica (PC, EM, AVC)
• Ortopédica (tecido, função do tecido muscular vs neuro, estrutura)
• Sistêmica (Endócrina, Imune, resposta inflamatória generalizada?)
• Edema
• Adesão?
Estrutura Articular
O fator determinante do máximo potencial para o movimento humano
Cartilagem hialina
o Absorção de choque
o Baixa fricção
o Embebição – Força (compressão/soltura)
Fluido sinovial
o Movimento
Desgaste articular
o Condromalácia
o Artrite
Osteófitos
Estrutura Articular
2
“Não são os ossos que se movem, são as articulações!”
4
Mesmo que um membro se mova no espaço, o seu movimento é resultado de
6 movimento em uma ou mais articulações. Todo movimento humano, simples ou
complexo, é resultado da orquestração de forças em torno de uma articulação.
8 Independentemente de quantas articulações estão se movendo durante um
exercício, a função individual de cada articulação não pode ser ignorada. O sucesso
10 do movimento como um todo e a oportunidade de realizar qualquer movimento
depende primeiramente da integridade individual de cada articulação.
12
Peça para a maioria das pessoas apontarem para a articulação e elas provavelmente
14 apontarão para a parte mais proeminente da união entre os ossos. Eles apontam
para o olécrano no cotovelo ou para a patela no joelho, mas raramente apontam para
16 a frente do cotovelo ou para a parte de posterior do joelho.
Ela é o ponto de encontro de todas as forças que são transmitidas através de dois
2 ossos que criam a articulação.
Articulação sinovial foi criada para o movimento e se desenvolve (e é mantida) com
4 o movimento!
A influência da estrutura
6 O que determina de que forma uma dobradiça vai dobrar? Escolher dobrá-la
lateralmente não altera sua função, porém a torna disfuncional. Escolher dirigir um
8 carro esportivo em uma estrada off-road não o transforma em uma camionete,
assim como jogar basquete não faz você ficar mais alto.
10
Norkin e Levangie, em Joint Structure and Function, afirmam que “existe uma
12 ligação muito forte entre a estrutura e a função.
24 Mas ficou evidente que JS&F não considerou algo muito importante sobre a função
humana. A função vai além da estrutura por si só. Existem situações em que não
26 podemos fazer pleno uso daquilo que a estrutura tem para oferecer. Existem
processos que regem não só a estrutura, mas também a sua interdependência. Por
28 isso podemos dizer que:
Na verdade, função é determinada pela estrutura articular e por
16 Congruente
“juntar-se, concordar, equivaler” – Dicionário Online de Etmologia.
18 “Ter formas idênticas, de maneira que todas as partes sejam correspondents” –
Collins English Dictionary.
20 “Refere-se a figuras geométricas que têm o mesmo tamanho e forma” – The
American Heritage® Science Dictionary.
22
Observar e alterar o “alinhamento” é, na verdade, uma tentativa externa de
24 indiretamente avaliar e influenciar a integridade intra-articular. Este é um termo
que descreve os efeitos coletivos da congruência estrutural junto com os processos
26 dinâmicos interdependentes de estabilidade articular e gerenciamento articular
necessários para manter as relações ideais de superfícies de contato por meio
28 da amplitude de movimento disponível. O resultado apropriado da manutenção das
superfícies de contato é denominado como “centrificação”.
30
As tentativas mais comuns de avaliação do alinhamento são as do joelho e da pelve:
32 Joelho via relação da coxa com o pé
o Isso não reflete congruência do joelho ou falta dele!
34 o Isso só pode ser determinado olhando-se para o próprio joelho!
2 Existem alguns padrões que podem ser observados externamente, pelos quais
podemos comprar ou medir. Porém ao contrário da crença popular, não existe
4 simetria perfeita no corpo humano. Cada indivíduo apresenta suas próprias
idiossincrasias e soluções orquestradas. O que você está olhando pode já ser uma
6 solução para uma questão muito maior da qual você ainda não tem conhecimento.
Você não está aqui para consertar nada, a não ser que isso aconteça por meio de
8 uma melhoria razoável da contração muscular. Do contrário, não existem
“exercícios corretivos” como comumente se acredita (uma intervenção mágica em
10 coisas que são primariamente de natureza estrutural). Assim, devemos
simplesmente permitir muitas coisas que observamos, enquanto outras podem ser
12 influenciadas pela aplicação de força, intenção, conhecimento/escolha ou adaptação
a um estímulo apropriado aplicado nas propriedades contráteis.
14
Escolhas que vamos “permitir” versus tentativa de intervenção
através de tentativa e erro são decisões sérias que requerem
julgamento profissional sério e com conhecimento profundo sobre
estrutura e função, não a crença em um guru ou sistema!
8 Supostas causas?
“Encurtamento aqui e fraqueza ali” … Como você sabe?
10 Como é feita a avaliação?
Sem nenhum direcionamento ou tentativa de alteração, dessa forma, sem
12 conhecimento sobre a força ou amplitude.
Precisão de observação?
14 Precisão dos raios X?
36 Existem grandes problemas com nosso modelo e suposições sobre postura que
levam à negligência:
38 Somos ensinados que cada indivíduo deve ter curvaturas na coluna consideradas
ideais, padrão e ideal para todos. Porém pensar que todos os indivíduos devem ter
40 a mesma estrutura é um absurdo.
Se para alguns indivíduos alcançar tal posição ideal requer que ele alcance sua
42 máxima extensão, então vários outros planos de movimento se tornam limitados
(mecânica espinhal tipo III), incluindo rotação e a flexão lateral, onde ambos são
44 encorajados a serem realizados com o “alinhamento sagital apropriado”, aquele
apresentado nos livros.
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Mecânica Articular: Estrutura Articular
14
28
30 “Eu gostaria que tivéssemos raios X de todo mundo” … então você ainda não
entendeu!
32 E o que você acha que eles te diriam? Se você diz isso, então você ainda não entende
que quando dois relatórios radiográficos similares ou mesmo duas estruturas
34 humanas aparentemente iguais (que são provavelmente bem diferentes nos
detalhes não vistos) podem não render os mesmos achados subjetivos, nem as
36 mesmas oportunidades e disponibilidades de desafios e de possibilidades de serem
estimuladas.
38
Além disso, o que parece ser uma estrutura ou relação extrema ou atípica no raio X
40 não te diz o que o indivíduo pode fazer ou tolerar. Nossa intervenção sempre se
resume ao que o indivíduo tem, possui e tolera. Sem achismos desnecessários... ou
42 eticamente permitidos! Tudo é definido pelo cliente! Quem? Não é uma população!
Alinhamento? Simetria?
Corrigir, respeita ou ambos?
Se tivermos a intenção de alterar, é necessário ter bem claro qual é o objetivo. Você
quer consertar ou influenciar a oportunidade?
o Como?
Impor ou examinar/investigar?
Quais são as potenciais razões?
Somente um jeito = detectar e tentar alterar qualquer déficit contrátil.
Em outras palavras: influenciar a habilidade de gerar uma contração em
comprimentos específicos e/ou os diferentes níveis de capacidade de tensão
contrátil.
Abordagem tradicional que não utiliza progressão e melhora a habilidade da
compensação versus especificidade e depois permite ou ensina o corpo a usar todas
as partes juntas demonstradas em uma habilidade específica.
16 Cartilagem
Há muitos tipos de cartilagem. Em algumas articulações, cunhas de fibrocartilagem
18 com nomes como menisco e labrum aumentam a superfície para distribuir a força
e facilitar o movimento. Contudo, a cartilagem hialina é um pouco diferente e
20 conteúdo e propósito.
26
“A cartilagem articular patelar normal é oito vezes mais escorregadia que um cubo de
28 gelo quando move-se.” -Orthopedic Rehabilitation of the Knee. 2006, Ed Mulligan, MS,
PT, SCS, ATC
28 Por fim, as articulações sinoviais não são apenas projetadas para o movimento,
mas também requerem o movimento e forças para permanecerem saudáveis.
30
Cartilagem Hialina Forças (imbibição)
32 Articulação
Sinovial Membrana Sinovial Movimento
34
Grau I II III IV
Estado da hialina Amaciando Áspera “com porções Ausente
descoladas e
desgastadas”
Sintoma Leve efusão Crepitação Crepitação Dor
moderada aumentada Efusão
crônica
8
10
12
Grade IV
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Mecânica Articular: Estrutura Articular
Discussão:
2 O papel do “impacto” e seu efeito nas articulações.
Por que a cartilagem articular é o único tecido no corpo que virtualmente nunca é
4 considerado como tendo resposta positiva a forças/estresses que “ocorrem
normalmente”?
6 Qual o papel dos sapatos high-tech na criação de uma distribuição de forças não
adequada?
8 É o impacto ou como o distribuímos?
O que acontece com os pneus se a parte da frente não está propriamente alinhada?
10 O que acontece com os pneus que não são rodados ou quando nã fazemos o rodízio?
12 Osteófitos
Osteófitos são comumente chamados de esporão ósseo e normalmente ocorrem
14 perto ou dentro das articulações. São normalmente associados a:
1
BMJ. 2012; 345: e5339.
Published online 2012 Aug 29. doi: 10.1136/bmj.e5339
PMCID: PMC3430365
Prevalence of abnormalities in knees detected by MRI in adults without knee osteoarthritis:
population based observational study (Framingham Osteoarthritis Study)
Ali Guermazi, professor of radiology, Jingbo Niu, research assistant professor of medicine, Daichi
Hayashi, research assistant professor of radiology, Frank W Roemer, associate professor of
radiology, Martin Englund, associate professor, epidemiologist, Tuhina Neogi, associate professor of
medicine and epidemiology, Piran Aliabadi, professor of radiology, Christine E McLennan, project
manager, and David T Felson, professor of medicine and epidemiology
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Mecânica Articular: Estrutura Articular
36 Conclusão
A ressonância magnética mostra lesões na articulação tíbio-femoral na maioria dos
38 indivíduos acima de 50 anos de idade, em quem as radiografias de joelho não
apresentam nenhum traço de osteoartrose, independentemente de dor.
Integridade Intra-Articular:
“Estabilidade” x “Gerenciamento” Articular
Manutenção das relações das superfícies de contato
Centrificação
Estabilidade Passiva
Função e propriedades do tecido conjuntivo
o Colágeno e elastina
Ligamentos:
o Verifica/Evita
o Evita movimento
o Algum movimento
Guia sinérgico
Percentual de contribuição
Tensão passiva
Posição closed-pack e o exercício
Loose-packed
Jogo articular
10 Será que conseguir ter algum grau de controle sobre um equipamento instável
garante (ou sequer afeta positivamente) a integridade intra-articular? Uma afirmação
12 deste tipo seria somente uma suposição, pois não há evidências deste fato!
A compensação permite que alcancemos o equilíbrio sem que o controle segmental
14 seja perfeito, porém normalmente não apresenta uma boa exibição global do
resultado.
16o Um indivíduo com paraplegia, com ausência de controle ativo na articulação do
tornozelo, pode aprender a se equilibrar numa prancha.
18 Usar este tipo de equipamento poderia afetar negativamente se não for progredido
corretamente?
20o Existe evidência em testes manuais de força muscular pré e pós-utilização das
pranchas de equilíbrio de que a habilidade contrátil pode se tornar inibida quando o
22 desafio excede a tolerância do indivíduo.
24 Examine e considere:
Por definição, estabilidade e mobilidade são opostos.
26o Estável – Firme, improvável de mudar.
o Estabilidade – permanência, firmeza.
28o Estabilizar– evitar mudanças.
o Móvel – movendo ou movimento, caracterizado pela facilidade em mudar.
30o Dinâmico – sempre ativo ou mudando: normalmente se referindo a energia,
movimento ou força física.
32o “Estabilização dinâmica” é uma expressão usada por alguns para descrever quando
algo está parado enquanto outras coisas estão mudando. Porém, o termo
34 “estabilização ativa” é uma incoerência. Este conceito chega mais perto do assunto
deste capítulo e também indica a necessidade de entendimento sobre este contexto.
36
Nota: Entre os autores mais citados sobre exercícios de estabilização bruta/global,
38 está Paul Hodges et al. Ironicamente, quase todos os seus esforços e pesquisas são
sobre o estudo da contração muscular isolada durante estabilização segmentada e
40 não bruta.
manter uma posição bruta (uma prancha, uma espinha “neutra”, retração, etc., cada
2 uma delas é apenas uma série de posições/ângulos de segmentos analisados
grosseiramente.
4
Isso não é a mesma coisa que o problema a que se refere esta seção. É possível manter
6 um ângulo articular isometricamente enquanto há perda de integridade intra-
articular. Isto é, externamente o membro/articulação parece estático, mas
8 internamente (dentro da articulação) pode acontecer a translação entre as superfícies
de contato devido a um relaxamento articular (perda de integridade nos
10 estabilizadores passivos). Este entendimento é crucial para o profissional que usa
palavras como “estabilizador” para descrever uma influência muscular específica
12 sobre uma articulação. Um músculo pode manter uma posição estática articular
grosseiramente, mas será descrito como se estivesse desempenhando um papel
14 diferente na manutenção da integridade articular.
26
Passivo = tecidos não-contráteis = não-ajustáveis = orientação “grosseira”/genérica
28 durante a amplitude, criando uma proteção sólida no final da amplitude, assim como
imfluenciam os graus de liberdade disponíveis = exclusivamente responsável pela
30 estabilidade ou instabilidade no mundo ortopédico.
Ativo = tecidos contráteis = estrategicamente ajustáveis = “microgerenciamento”
32 das relações da superfície de contato; se ajusta conforme as posições
articulares mudam e as forças externas mudam em direção e magnitude.
34 Características-fundamentais para um estabilizador e gerenciador articular:
1. Tecidos moles atuando como controladores deve “cruzar” a articulação. Em outras
36 palavras, o tecido deve se anexar aos ossos das duas superfícies de contato.
2. A única força que qualquer tecido mole pode desenvolver é a tensão.
38a. Distinguir tensão passiva de tensão ativa!
3. A direção da influência será baseada na relação entre os locais específicos de fixação.
40
Estabilização passiva das relações da superfície de contato
42
Quando um profissional médico avalia a “estabilidade articular”, ele tradicionalmente
44 examina apenas a integridade das estruturas passivas (por exemplo, testes de
Lachman ou gaveta anterior para integridade do LCA, gaveta posterior para LCP, etc.).
12
Tecido conjuntivo
14 As estruturas compostas por tecido conjuntivo incluem ligamentos, tendões, bursas,
cartilagem, discos, meniscos, fáscias, etc., assim como os ossos. Estes tecidos não-
16 contráteis serão chamados em nossos estudos de tecidos passivos. Tecidos passivos
podem ser divididos em dois grupos: osso e tecidos moles não-contráteis.
18
Osso
20 Como mencionado, o formato das extremidades dos ossos cria as superfícies de
contato. O formato das superfícies de contato é a essência da estrutura articular e
22 determina:
A estabilização passiva oferecida por uma estrutura óssea e os tecidos associados
24 (ligamento ou músculo);
Área de superfície para distribuição de força;
26 Graus de liberdade;
Tolerância das articulações à forças como cisalhamento.
28
Existem partes do osso fora da superfície de contato que são barreiras normais para
30 o movimento articular em alguns planos e posições específicas – se chamam
protuberâncias ósseas.
32 Tecido mole não-contrátil
34 Composição
Das substâncias que formam o tecido conjuntivo, a proteína e a água são as mais
36 importantes.
38 Colágeno
O colágeno é a proteína mais abundante encontrada no corpo humano. Ele tem uma
40 força tensiva que se parece com a encontrada no aço (Articulações Estrututa e
Função; NORKIN; LEVANGIE, 1983, p. 75) e é responsável pela integridade funcional
42 do tecido conjuntivo.
2 Elastina
Elastina possui propriedades elásticas que permite-a deformar sob aplicações de
4 forças e depois retornam ao seu estado original ao ser removida a força. A quantidade
de elastina varia entre diferentes tecidos conjuntivos baseados na função que eles
6 possuem. De acordo com Norkin e Levangie, o tendão de Aquiles possui 4% de
elastina e o ligamento Nuchae possui 75% elastina.
8
Discussão: A elasticidade se apresenta em diferentes níveis. O que é uma “estria”?
10 Qual é a quantidade atual de deformação da elastina? O quanto é capaz de deformar
e ainda fazer um bom trabalho em manter as relações (específicas entre a
12 articulação)?
Cápsula articular
14 A cápsula articular é composta de duas camadas. A camada externa, feita de tecido
com fibras densas, circunda completamente as extremidades dos ossos. Ela é fixa ao
16 periósteo e reforçada por ligamentos e estruturas musculotendíneas que atravessam
a articulação. A camada externa possui um baixo nível de vascularização, mas é muito
18 inervada por receptores articulares. Estes receptores podem detectar a proporção e
a direção do movimento, compressão e tensão e vibração e dor.
20
A camada interna é altamente vascularizada, porém não muito inervada. Ela contém
22 células que sintetizam um componente do líquido sinovial. Esta camada também
produz colágeno e serve como ponto de entrada para nutrientes e como uma saída
24 para a sobra de materiais.
32 Ligamentos
Conectam osso com osso. O mais importante é que eles mantêm uma relação com as
34 superfícies de contato.
como “guias”.
2 Cada ligamento parece oferecer uma limitação ao movimento dentro de um plano
específico (isto é, descrito normalmente como “monitoramento” do movimento
4 dentro daquele plano). Porém, cada ligamento parece trabalhar de maneira sinérgica
com outro da mesma articulação para oferecer um certo nível de guia passivo
6 sinérgico dentro de outro plano de movimento. Devido à posição de suas inserções,
o LCM (ligamento colateral medial), o LCL (ligamento colateral lateral), o LCA
8 (ligamento cruzado anterior) e o LCP (ligamento cruzado posterior) interagem entre
si. O LCA e o LCP possuem um contato direto que atua como guia das superfícies de
10 contato durante a extensão do joelho com a rotação associada.
38
A analogia do guard rail
40 Existe um pensamento de que a maioria das lesões ligamentosas acontece porque os
músculos não fizeram seu trabalho direito como controladores da articulação e
42 permitiram uma amplitude articular excessiva e imprópria. Podemos usar aqui uma
analogia com o guard rail, quando dirigindo um carro numa curva. Na hipótese de não
44 ser possível ter controle suficiente para manter o carro na pista, ele encosta no guard
rail para se manter na estrada. Assim são os ligamentos quando os músculos
46 permitiram excesso de amplitude articular.
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Integridade intra-articular
4 Também deve ser observado que ligamentos contêm dispositivos sensoriais que são
vitais para detectar informações sobre o estado da articulação. Essas informações
6 serão utilizadas para orquestrar a participação dos tecidos contráteis no controle
articular.
8
Lembre-se: tecido passivo = tensão passiva
10 Já que esses tecidos não são contráteis, a tensão dentro deles precisa ser gerada por
uma força externa; esse tecido não consegue gerar tensão por si mesmo. Em outras
12 palavras, o tecido sozinho não é capaz de participar ativamente da geração de tensão.
Tanto para os ligamentos quanto para a cápsula articular, esta força é imposta pela
14 tentativa de afastar suas inserções ósseas durante a amplitude de movimento normal
ou excessiva.
16
Discussão: Por que todo tecido mole tem somente a função de desenvolver tensão.
18 Não existe cisalhamento do tecido mole ou dentro dele! O LCA não pode ser cisalhado,
mas o movimento articular ou a forças, podem fazer isso.
20
32
A posição não é um problema (sozinha)! É a posição adicionada à direção,
34 magnitude e ponto de aplicação da força que determina o grau de risco.
4
Discussão: A boa postura de alguém de 65 anos é a extensão completa da coluna, o
6 que resultou em redução na rotação versus a bailarina de 30 anos com uma extensão
“excessivamente normal”.
8
Não é a posição sozinha que é o problema ou que determina o grau de risco.
10 É a posição e o que você está tentando fazer lá (intenção),
junto com a direção, magnitude e ponto de aplicação da força.
12
14 Posição loose-packed
A posição loose-packed de uma articulação é qualquer outra posição que não a posição
16 close-packed, mesmo que algumas posições estejam mais frouxas que outras. Na
posição destravada (ou loose-packed) de uma articulação, as superfícies articulares
18 estão relativamente livres para se mover, os ligamentos e cápsulas estão
relativamente frouxos e os componentes ósseos podem ser movidos ativamente ou
20 passivamente dentro da amplitude de movimento anatômica.
36
18 Tenha em mente que a cocontração não está de nenhuma maneira insinuando que os
músculos estão criando o mesmo torque, pois, se isso acontecesse, resultaria na
20 ausência de movimento articular. Um grupo muscular pode estar desenvolvendo
tensão suficiente para agir concentricamente enquanto o outro pode estar
22 desenvolvendo tensão suficiente somente para o controle articular por meio da
influência excêntrica.
24
Microgerenciamento involuntário!
26 O microgerenciamento ativo das relações entre as superfícies de contato feita pela
musculatura esquelética é uma ação involuntária (o que significa que não podemos
28 conscientemente colocá-la em ação). Este microgerenciamento acontece por meio das
respostas orquestradas, reflexivas e protetoras geradas a partir do estado interno
30 (inflamação, lesão) e da resistência e intenção que foram impostas.
32
Bibliografia
Apêndice:
Força e Anatomia
Tensão
Compressão
Cisalhamento
Forma do objeto
Força Linear + formato = stresses curvos (em formato curvilíneo)
o Não é necessário treinar em movimento espiral para influienciar estes tecidos
o Distinguir entre movimento e força!
Osso
Tecido Mole
Somente Tensão
6 Existem muitas perspectivas pelas quais Podemos enxergar o corpo. O valor de cada
perspectiva depende do context em que está incerida e uma pode ser mais útil do que
8 outra dependendo da situação específica. Quando estiver analisando a função
circulatória a dinâmica dos fluídos é uma perspectiva extremamente importante.
10 Porém em outras situações a mecânica dos fluídos não tem a mesma relevância.
12 É importante lembrar que por mais que uma certa perspectiva seja mais importante
ou mais útil dependendo do contexto, uma única perspectiva não responde todas as
14 perguntas sobre todos os contextos.
34 Se existe uma perspectiva mais útil para analisarmos o corpo dentro do estudo do
exercício, está é a FORÇA e a ESTRUTURA.
36
Todo tecido do corpo é influenciado pela força através de duas maneiras que são
38 inter-relacionadas:
1. A força é o fator primário determinante no desenvolvimento do tecido.
402. Lidar (administrar) a força é o propósito direto ou indireto de praticamente todo
tecido (com a exceção do tecido nervoso e orgãos glandulares)
42
Quando analisamos tecidos anatomicos existem duas características para prestarmos
44 atenção:
44 Assim também uma força individual aplicada na cabeça do femur gera stress em toda
a curva do osso e é transmitido em 3D através da forma específica daquele osso.
Considere este fato quando estiver analisando as direções das fibras de tecidos que
2 parecem se estender em espirais através do corpo. Além disso, considere que
movimento em espiral não é necessário para “treinar” as fibras nas direções espirais.
4 É necessário parar de confundir movimento com força!
6 Ossos
“A Moldura Arquitetônica do Corpo:
8 Uma Resposta Fisiológica à Força.”
Joint Structure and Function, 2ed.
10
Ossos se formam em resposta a muitos fatores, incluindo tendências hereditárias,
nutrição, doenças, influências biológicas e hormonais, e estresse comun (força).
Crescimento ósseo em culturas de tecidos, fora de um organismo vivo, se adaptam a
forças artificiais presentes.
12
14
12 Existem também os efeitos a curto prazo, causados pela gravidade. Mesmo que o DNA
quase garanta que o formato de seus ossos foram designados por seus ancestrais, as
14 forças que experimentamos dia a dia, mês a mês, e certamente ano a ano, irão
influenciar a integridade/densidade individual da estrutura.
16
Discussão:
18 Ossos derivam da aplicação dae forças durante o processo de desenvolvimento em
diferentes estágios da vida.
20 O menino que ficou muitos anos sem ficar em pé por causa de uma doença, e uma vez
a doença curada os médicos imediatamente o levantaram da cadeira de rodas
22 fraturando ambas as pernas devido ao seu peso corporal. (Progressão????)
24 Adaptação Óssea
Segundo o Atlas de Anatomia de Thieme (pg.14)
26 “.......Aproximadamente 10% do esqueleto humano é remodelado a todo ano, isto
significa que o esqueleto é totalmente remodelado a cada 10 anos. Este processo é
28 uma adaptação funcional dos ossos aos padrões de stress que são expostos (e que
variam com o tempo).
30
32
Discussão:
21. Considerando o fato acima, o que as vezes começa como um mau habito postural pode
terminar como uma alteração na estrutura anatômica.
4 A precisão e implicações dos números acima:
a. Como foi que eles mediram os 10%?
6b. Se o padrão de stress dominante foi similar todos os anos, porque os mesmos 10%
não foram modelados?
8
A resposta fisiológica do osso à um aumento de sobrecarga é a hipertrofia. O reparo e
10 crescimento do osso após uma fratura foram descritos como sendo devido ao estresse
recebido. Ao contrário disso, ficar acamado por três semanas pode reduzir a
12 densidade óssea em até 33%.
32
Discussão:
34 NASA: Força compressiva sozinha não trouxe um resultado adequado. Coluna,
trocanter maior, calcâneo.
36 Exercícios “que utilizam o peso corporal” vs. A força compressiva no osso? O efeito
líquido da força no osso em um exercício de puxar?
38
Discussão:
2 “Treinamento da fáscia” e movimentos espirais vs. Padrões de stress espirais através
da transmissão enquanto considera as tolerâncias de cada articulação individual!
4
A fascia pode atuar como um grande local para inserção muscular. Neste caso ela
6 parece com um tendão “chato/plano” ou uma aponeurose com fibras posicionadas
em série (e paralelas) com as fibras dos músculos. Exemplo: a facia tóraco-lombar é o
8 tendão para o grande dorsal.
10 A banda iliotibial é um exemplo de como a fáscia pode atuar como tendão ou inserção
de musulaturas específicas. Não é a banda que as ilustrações normalmente
12 representam. Em torno de toda a coxa existe uma camada de fascia com direfentes
variedades de fibras em diferentes direções. Através do aspecto lateral existe uma
14 camada espessa posicioada longitudinalmente que interrompe a direção das outras
fibras. Estas fibras espessas posicionadas perfeitamente paralelas umas as outras são
16 obviamente uma resposta e responsável pela transmissão da força do glúteo máximo
e do tensor da fáscia lata (descrito por Kapanji como o deltóide do quadril).
18
Fascia é parte integral do Sistema músculo esquelético, e este conceito será discutido
20 na seção sobre A Regulação da Tensão Muscular em torno da articulação..
As fibras dos ligamentos podem ser paralelas, diagonais ou perpendiculares
22 dependendo da relação com os ossos em que estão inseridos.
24
Apêndice:
Descrevendo Aspecto, Posição e
Movimento
O Sistema Planar Falho
4 Posições anatômicas
As posições anatômicas não foram definidas porque foram identificadas como as
6 posições articulares estruturalmente ideais. Estas posições foram definidas há muito
tempo para serem simplesmente um ponto de referência para a descrição e orientação
8 anatômica. Estas posições são basicamante uma posição em decúbito dorsal ou em pé
com a palma da mão posicionada anteriormente usada para que tenhamos um ponto de
10 referência, ela foi criada para oferecer um zero ou um começo, porém existe uma
inconsistência na posição anatômica. Todas as articulações se encontram em neutro, ou
12 zero, com exceção da articulação radioulnar que na posição anatômica se encontra em
supinação. Esta inconcistência parece ter sido necessária para manter a relação de
14 orientação da mão e dos dedos e manterem a consistência dos movimentos destes com
os planos equivalentes no tronco. A coluna também pode ser entendida como uma
16 exceção, pois o neutro para um indivíduo não pode ser ditado por uma ilustração.
18 Termos ou referências anatômicas são relativas ao corpo que está sendo analisado e não
são relativas ao corpo e sua relação no espaço ou com o mundo a sua volta.
20
Aspectos e Relações
22 Anterior ou ventral refere-se a frente do corpo ou, para a relação entre duas partes, um
objeto mais posicionado para a frente do que o outro.
24 Exemplo: “uma visão anterior”, “um RX antero posterior, “O úmero é anterior ao tríceps”.
26 Posterior ou dorsal refere-se a trás do corpo, ou na relação entre duas partes, um objeto
mais posicionado para trás do corpo que o outro.
28 Exemplo: “uma visão posterior”, “o coração é posterior ao esterno”.
36 Medial indica mais perto da linha média (mas linha média pode ser do corpo ou da mão
ou do pé individualmente).
38 Exemplo: “O aspecto medial do braço se encontra no lado do aspecto lateral do tronco”,
“as fibras mais baixas do peitoral maior dispõe-se medialmente e inferior do úmero ao
40 esterno”, “a cabeça curta do bíceps é medial a cabeça longa.
36
O Corpo no Espaço
38
Pronação é deitar com a face para baixo, decúbito ventral.
40 Supinnação refere-se a deitar de costas, decúbito dorsal.
Decúbito lateral refere-se a deitar de lado.
42
Nota Importante:
44 Os nomes dos aspectos e faces do corpo mudam quando o corpo se move? Se você se
virar 180 graus agora a frente do seu corpo se chama aspecto “posterior”? Se você rodar
46 seu braço 90 graus e a porção anterior está para o lado enquanto a porção medial esta
de frente (anteriormente), estes aspectos mudam de nome? Ex. O aspecto anterior agora
48 se chama lateral e o medial agora se chama anterior? E a resposta para todos estes
exemplos é NÃO, obviamente. Porém lembre-se disso quando estiver analisando planos.
10
12 Planos anatômicos
O corpo pode ser dividido em incontáveis números de planos ou secções em quais o
14 corpo pode ser dividido. Somente três deles receberão um nome. Com este sistema,
basicamente indicamos Norte, Sul, Leste e
16 Oeste.
6 Movimento no plano frontal ocorre em torno de um eixo sagital (um eixo que atravessa
antero-posterioriormente).
8
Movimento no plano transverso ocorre em torno de um eixo “longitudinal” (também
10 chamado “eixo longo”, este é muito mais fácil de se enxergar, e talvez ajude se
enxergarmos um eixo que atravessa proximal-distalmente ou superior-inferiormente).
12
2 Because all limb or bone motion occurs via joint motion, most terms for motions and
positions will describe the motion or position of a joint, not a limb! There must be
4 some exceptions such as with describing “scapular” motion.
6 Joint motions and positions are interrelated and the next step is to identify the
relatively few motions and positions that have actually been named.
8 2. O Plano do Membro!
Uma área de conflito e controvérsia vem da aplicação inconsistente da descrição dos
10 planos em relação aos membros. Quando o braço é mantido na posição anatômica, a
flexão/extensão do cotovelo acontece no plano sagital como foi descrito. Se o braço
12 for girado 90° (rotação externa de ombro) muitos experts dirão que o cotovelo está
agora flexionando e estendendo no plano frontal. Entretanto, os livros determinam
14 que flexão e extensão são movimentos descritos somente no plano sagital e que
adução a abdução são movimentos descritos somente no plano frontal.
16
Quando o ombro está rodado externamente, nós não mudamos nossa descrição com
18 relação ao aspecto anterior, posterior, medial e lateral do braço. O aspecto medial não
se torna anterior só porque agora está virado para frente, assim como o aspecto
20 anterior do tronco se torna posterior somente porque fizemos uma volta de 180° no
espaço e agora olhamos para outra direção. O aspecto medial do braço deve continuar
22 relativo ao braço.
8
Outros Exemplos:
10 Segure um modelo anatômico do braço separado do tronco. Sagittal é o mesmo
independente de qual lado você vira, quando não está preso ao tronco.
12 Ninguém diz que esta realizando uma rotação interna no plano sagital se estiver
realizando uma rotação interna de ombro quando estiver ao mesmo tempo a 90 de
14 abdução do ombro. O movimento de rotação é sempre considerado no plano
tranverso sem nenhuma confusão!
16 Não alteramos o Sistema de coordenadas XYZ para “o corpo” se estivermos na posição
de supino, porque mudaríamos para uma extremidade que foi alterada no espaço.
18
“Movimentos Tri-planares” e o plano do membro
20 Desafios desta má-interpretação:
Definição do espaço 3 dimensional como 3 planos vs. 3 eixos com planos infinitos.
22 Movimento planar verdadeiro exige movimento em torno de mais de eixo e NÃO
somente atravessando amis de um plano cardinal em torno de somente um eixo que
24 cria um plano que não tem classificação!!
Movimento Tri-planar em uma articulação ou em múltiplas articulações?
26o É muito difícil conseguir fazer o joelho se mver em tres planos, e se isso acontecesse
seria considerado uma lesão.
28o Alterar o plano de flexão do joelho relative ao chão ou ao quadril não altera o seu
único plano de flexão em relação ao joelho!
30o Três articulações diferentes se movendo em três planos diferentes não é tri-planar. É
uni-planar em três diferentes articulações.
32o Não é necessário que haja movimento emu ma articulação para que estejamos
estimulando naquele plano. O estímulo, ou treino, está relacionado com a direção da
34 resistência (com a força e não com o movimento).
36 3. Ação Reversa
Ação reversa é um termo utilizado na cinesiologia tradicional para descrever uma
38 situação em que o segmento que está fixo e o segmento que se move são invertidos.
Por exemplo, a flexão do cotovelo normalmente é descrita como o segmento distal se
40 movendo em direção ao proximal, que está fixo. Na ação reversa, o segmento proximal
se move em direção ao distal, porém o movimento rotatório em torno do eixo do
42 cotovelo não muda.
44 “Se em um mecanismo o elo que originalmente está fixo passa a se mover e outro elo
se torna fixo, diz-se que este mecanismo foi invertido. Esta inversão não altera o
movimento relativo entre os elos, mas altera seus movimentos absolutos (em relação
2 ao solo).”1
4
Exemplo: Flexão do quadril pode acontecer com o fêmur se movendo dentro da pelve
6 ou na ação reversa da pelve se movendo em direção ao quadril. Nesta análise, estamos
somente abordando a articulação independentemente de musculatura ou exercícios.
8 No dia a dia, AVD´s e durante a locomoção muitas vezes ambos os ossos da mesma
articulação estão se movendo, como na Marcha, durante a corrida ou natação.
10
O conceito da ação reversa poderia seu usado para descrever movimento mais global,
12 ou bruto do corpo. Empurrar um objeto móvel em direção ao corpo ou puxar o corpo
em direção a um objeto fixo exige ação reversa das articulações envolvidas.
14
36
4. Evite associar o nome de músculos a um movimento articular específico!
38 Ao aprender movimentos, evite associar músculos com um movimento articular
específico. A correlação entre um movimento articular e a ação específica de um
40 músculo ou grupo muscular leva a uma má-interpretação comum sobre quais
músculos estão trabalhando em um exercício. Os nomes de movimentos e posições
42 indicam e descrevem movimentos articulares e posições no que se refere ao
esqueleto. A indicação de quais músculos vão participar em qual função depende da
44 direção da resistência específica que está sendo aplicada.
1 MABIE, Hamilton; REINHOLTZ, Charles. Mechanisms and Dynamics of Machinery. 4ª ed. 1986.
16 Descrições das posições das articulações são baseadas na posição estática em que a
articulação inicia ou encerra um movimento em relação ao corpo. Elas definem a
18 relação imediata entre as superfícies de contato articular. O nome de uma posição
articular específica não está necessariamente relacionada ao movimento
20 realizado para chegar àquela posição.
16
Movimentos e Posições no Plano Sagital
18
Flexão é normalmente descrita como sendo o movimento articular que se afasta da
20 posição anatômica; ocorre no plano sagital. Porém, esta descrição não é sustentável
quando considerada a hiperextensão. Muitos livros descrevem flexão como sendo um
22 aumento do ângulo articular no plano sagital, porém, quando observamos a
hiperextensão, esta demonstra um aumento no ângulo articular no plano sagital. Uma
24 flexão partindo de uma posição de hiperextensão vai resultar numa diminuição do
ângulo articular até alcançar o neutro. A flexão também é descrita como a
26 aproximação das superfícies anteriores de um membro, mas isso não é verdade na
flexão do joelho e na flexão de ombro.
28
Uma posição de flexão pode ser descrita como uma posição no plano sagital e de um
30 lado específico do neutro. Entretanto, 90° de flexão de ombro pode ser também 90°
de adução horizontal. Se a articulação para em qualquer ponto durante esse
32 movimento, é uma posição de flexão específica.
2 Muitos profissionais consideram tudo que é relacionado ao hiper como sendo “ruim”.
Isto ocorre porque foi nomeado um movimento normal com uma palavra que significa
4 anormal ou excessivo. Faz mais sentido reservar a palavra hiper para algo que excede
o limite individual. Isto fará com que o uso da palavra fique mais consistente com seu
6 significado.
8 Parar em qualquer ponto durante a extensão, além da posição anatômica, cria uma
posição de extensão.
10
Retornar à posição anatômica de qualquer posição de extensão/hiperextensão é um
12 movimento de flexão.
36 É crítico que você não aprenda supinação e pronação baseado na posição das mãos.
Tome cuidado para não confundir mudanças na articulação do ombro com mudanças
38 na articulação radioulnar. Mudanças na articulação do ombro vão causar mudanças
na posição da mão no espaço mesmo que não exista mudança na articulação
40 radioulnar.
22 Perspectivas Importantes
20 Quando o movimento ocorre em um plano que está entre dois dos três planos
cardinais, o movimento é muitas vezes descrito como “multiplanar”. Porém, isto não
22 está correto. Movimento acontece em torno de um eixo e consequentemente um
plano mesmo que não recaia exatamente sobre um destes três planos que já foram
24 nomeados/classificados.
26 Percebam que movimento multiplanar não deve ser confundido com movimento
uniplanar que acontece em um plano que não tem nome. Também não deve ser
28 confundido com diferentes articulações movendo-se em planos diferentes, porém
cada articulação se move individualmente em um único plano.
30
32
Padronização para Medir Posições e Quantidade de Movimento
Tanto a posição articular e as mudanças na posição articular (ADM em torno de um
eixo) são medidas em graus. A posição ou o ângulo da posição é o deslocamento
angular partindo do zero anatômico. O angulo articular não é uma medida entre dois
ossos.
Exemplos:
Posição: 10° de flexão de cotovelo (o cotovelo estaria à 10° do 0).
ADM: Se mover de 30° de flexão para 50° de flexão indicando não somente 20° graus
totais de movimento, mas também onde exatamente estes 20° graus acontecerão. O
fato de que foi de uma posição de menor flexão para uma posição de maior flexão
indica que foi então o movimento de flexão, ao invés de 50° a 30° que seria o
movimento de extensão dentro da mesma amplitude.
Graus negativos são usados para indicar a amplitude de movimento alem do zero
enquanto mantém uma perspectiva relativa com as posições opostas.
Exemplos:
Poderíamos dizer que um joelho travado esta em 5° de hiper-extensão, cinco graus de
extensão alem do zero, ou -5°. Podemos dizer que o joelho pode flexionar de 5° de
extensão além do zero à 130°, ou podemos dizer, a ADM de joelho é -5° até 130°,
indicando um amplitude disponível que vai além de qualquer posição de flexão. Estes
cinco graus de extensão são somente expressos como negativos quando considerado
como parte da amplitude de flexão.