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MECÂNICA
ARTICULAR II
TOM PURVIS
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Edited for the Science 1 manual, copyright © 1997, by Tom Purvis; RTS, LLC
Revised 1998, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009,
2010, 2011, 2012, 2013, 2014, 2015, 2016
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Conteúdo
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Sobre este Manual
Este manual foi criado exclusivamente para ser parte do curso RTS Mecânica do
Exercício. Ele não tem a intenção de ser uma ferramenta educacional para ser usada
separada do curso por que muitas das seções deste manual incluem conceitos
equivocados baseados na maneira tradicional que o exercício é ensinado pela
indústria do exercício, a correção destes conceitos fazem parte das muitas discussões
que acontecem durante as aulas.
Torque:
Força e Movimento Rotatório
Exemplos de Aplicação de Força Linear
Torque: F x BM
Braço do Momento
Menor distância entre a linha da força e o eixo
1) Linha da Força
2) Distância Perpendicular entre…
3) Eixo
Angulo da Força
Ângulo entre a linha da força o membro (“do lado da articulação”)
6 Este retângulo abaixo está estático, mantendo uma posição. Ele está em uma posição
fixa porque as forças que estão empurrando-o são iguais, equilibradas. Se as forças se
8 tronarem desiguais, a caixa irá se mover.
3 2 6
16 Discussão:
1. Considere a efetividade da força 1, 2, e 3 através da proporção de força empurrando
18 no trilho vs. Empurrando através (de lado) do trilho.
2. Visualize a efetividade da força 4, 5, e 6 como a proporção de força empurrando na
20 direção do trilho vs. Para fora do trilho.
•
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Torque
26 Por que isto é importante? Para uma coompreensão um pouco maior é necessário ler
novamente o capítulo sobre Angulo de Força e o capítulo sobre Braço do Momento,
28 porém o mais importante sobre este conceito é que este é o braço onde
verdadeiramente a força está sendo aplicada. Este conceito é consideravelmente
30 importante para o entendimento dos ossos como ”braços”.
32 Muitas vezes as máquinas são construídas sem que haja um objeto ou estrutura
acupando o espaço deste “braço verdadeiro”. Como você pode ver abaixo, a estrutura
34 de metal da máquina gera o braço verdadeiro porém não o contém fisicamente.
* Lembre que as palavras que escolhemos para descrever estes conceitos não são
2 usadas normalmente na nomenclatura e não são científicas. Elas são palavras que
encontramos durante anos na tentativa e erro do ensino destes conceitos para alunos
4 que não são engenheiros. Por isso elas estão sempre sendo apresentadas emtre
“aspas”.
6
Torque
8
Torque is sometimes called a “twisting force.” It would be more accurate to think of it
10 as a push or pull that causes (or prevents) motion around an axis (rotation). The
amount of force alone is not the only factor affecting its degree of influence on
12 motion around an axis. Its distance from the axis is equally as influential in the amount
or Torque developed. This distance is called the moment of torque and is measurable
14 as a moment arm.
26 O braço do momento é definido pela menor distância entre a linha da força e o eixo.
A distância mais curta de uma linha da força ao eixo é sempre perpendicular à linha de
28 força e atravessa o eixo.
Usando cada exemplo da ilustração acima podemo sidentificar duas forças distintas
2 aplicadas para criar dois braços diferentes. E em cada exemplo o momento de cada
força muda sempre que a posição articular é alterada.
4
Se a linha do força caisse dentro do eixo, o moomento é zero, e então, aquela força
6 gera zero torque e não tem efeito no movimento rotatório independente da força
aplicada. Poderíamos dizer que a força esta equilibrada dentro do eixo articular.
8
Discussão:
10 “distância mais curta” quando quando estiver procurando pelo mometo de uma única
força vs. “maior momento” quando estiver procurando por múltiplas forças aplicadas
12 em pontos diferentes.
Braço do momento (BM) e braço da alavanca (BA) não são a mesma coisa!
14 Tradicionalmente, entendemos que braço do momento e braço da alavanca são os
mesmos, porém, quando a exploração sai do livro e entra na vida real, verificamos que
16 esta não é a realidade.
MA
MA
LA LA
A B
O Ângulo da Força
O ângulo da força é o ângulo com o qual uma força é aplicada a um objeto.
2 O ângulo de aplicação de uma força (ou um ângulo da força) é o ângulo entre:
1. A linha da força;
42. A alavanca;
3. Dos dois ângulos que são gerados por uma linha tocando o segmento, o da força é aquele
6 que está do lado do eixo da articulação.
8 Nota: Não confunda ângulo da força com ângulo da articulação (posição da articulação).
Grau de Efetividade
10 Pela definição de Braço do Momento deveria ser óbvio que existe uma correlação
entre as mudanças no no angulo da força e as mudanças no momento.
12
Angulo de Força “Ótimo”
14 Um “ângulo de força ótimo” é conhecido com sendo um ângulo de 90°. O quanto mais
próximo de 90 o ângulo da força é, mais efetivo ele será em influenciar movimento.
16 Há 90° o braço do momento é o mais longo que pode alcançar para uma devida força
em um devido eixo.
18 Sendo assim, o próprio comprimento do “braço” é o máximo comprimento possível
pdo braço do momento. Agora, mesmo que eles conincidam neste ponto, não cometa
20 o erro de achar que são a mesma coisa.
2 Para melhor enxergar a efetividade de um Angulo de Força de 90° além do fato de que
ele cria um braço do momento máximo, pergunte-se.... quanto é similar a direção da
4 força que está sendo aplicada, com a direção do potencial movimento no braço em
cada ponto? Lembre, a direção de rotação em um “braço” em qulquer ponto é
6 tangencial ou 90° ao “braço” (ver movimento articular).
Explore a relação entre ângulo de força, braço do momento e braço da alavanca.
8 Exemplo, 90° & braço do mometo máximo = braço da alavanca.
Chamar este de “ótimo” é tendencioso porque um ângulo de força de 0˚ ou 180˚ pode
10 ser ótimo, porém para objetivos diferentes do que produzir movimento rotatório.
12
Explore as relação
14 Como comparamos as influências dos ângulos de força, braços de alavanca e
magnitude combinados?
16
10# 30#
10#
10#
The Key: Lever arm and force angle create Moment arm!!!!!!! Changing either the
18 lever or the force angle will change the MA!
Perspectiva: AF vs. BM
20 O Ângulo da Força e o braço da alavanca geram o Braço do Momento. Porém o ângulo
da força por si só não é capaz de indicar o torque exato e o Braço do Momento por si
22 sõ não é capaz de indicar os componentes da força que determinam as forças
articulares. Então cada um destes dados é capaz de nos indicar fatores diferentes
24 realcionados ao exercício, por isso é fundamental sabermos o que estamos
procurando.
26
Segue abaixo algumas dicas para a utilização do Angulo da Força ou do Braço do
28 Momento:
12
Este é um assunto acerca do qual muitas das “regras de exercício” são criadas (não
14 bloquear, etc.). É aconselhável não mencionar esses termos se você não pode
demonstrar exatamente o que são, por que ocorrem e quais tecidos são afetados. E
16 lembre-se que não há regras de exercício. Há apenas regras do corpo e força.
40
42
44
30 Cisalhamento
O componente que fica paralelo às superfícies de contato é referido como uma força
32 de cisalhamento na articulação. Se duas forças são paralelas, aplicadas em direções
opostas, e não estão em linha um com o outro, eles constituem uma carga de
34 cisalhamento ou stress de cisalhamento dentro do objeto no qual são aplicadas.
Sempre há cisalhamento associado com movimento articular normal, ou qualquer
36 contração muscular. Nota: Não confunda cisalhamento em uma estrutura com
cisalhamento em uma articulação.
38
Fricção
Explore:
Cisalhamento
Fricção
Translação Cisalhamento
Compressão
Cisalhamento e movimento rotatório
Gravidade
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Cisalhamento não é um movimento. O cisalhamento é uma direção de força
2 relativa, o que significa que ela é determinada pela relação de forças nas estruturas.
O cisalhamento sem oposição produzirá um movimento linear, isto é, translação. A
4 fricção é, por definição, a oposição ao cisalhamento. A cartilagem hialina em
articulações sinoviais tem um coeficiente de fricção muito baixo, assim, as
6 articulações humanas têm tanto tecidos ativos como passivos exercendo força em
vários ângulos e fornecendo vários graus de tensão para se opor ao cisalhamento
8 nas séries de posições articulares que compõem um intervalo de movimento.
A B C D
30
8 Então, se você está se movendo, há e deve haver cisalhamento! E mesmo se você não
está se movendo, mas há contração muscular, há cisalhamento! O cisalhamento é
10 requisitado para função articular normal. E, assim como todas as boas coisas, em
excesso não faz bem.
12
Se você está treinando um movimento (ou contraindo um músculo em qualquer
14 situação)... você está treinando com cisalhamento!
20 Mas a compressão em uma superfície de contato com forma específica não apenas
encoraja a rotação quando associada ao cisalhamento, mas a concavidade também
22 produz “cumes, inchaços e depressões” para ajudar com a manutenção da
integridade da articulação.
24
26
28 Compression
30
32
34
36
Gravity
38 Gravity
Fig 3 Fig 4
Fig 2
F FR FR
F
Fig 1
Fig 5
Axis FT
28 Axis
FT
30
14
Prática de componente:
IMPORTANTE:
Não confunda forças componentes com resultantes!
o Uma resultante é o efeito único de duas forças.
o Forças componentes são influência múltipla de uma única força.
Não confunda forças translatórias com movimento translatório! Elas não são
relacionadas em articulações rotatórias.
22 Em outras palavras, o conceito básico de alavancagem indica que um peso que está
apenas a um quarto da distância do eixo precisa ser quatro vezes maior para ser igual.
24 Por outro lado, um peso que está quatro vezes mais longe deve ter apenas um quarto
da quantidade para ser igual.
26
+30#
40#
5” 10#
10”
20”
28
30
12 Em uma segunda situação, se o cotovelo está flexionado a 90, a carga externa está,
em essência, aplicada no “cotovelo” em termos de distância do eixo. Isso necessitaria
14 de mais peso para produzir o mesmo torque (porque a localização da carga está na
metade da distância original, sabemos que o dobro da carga é necessário).
16
Usando o mesmo procedimento, +40# + -20# = +20#, podemos ver que o
18 cisalhamento foi reduzido ao oferecer a mesma carga relativa no deltoide, se for esse
o objetivo.
+20#
40#
5” 20#
10”
20
80#
+70#
10#
2.5”
20”
80#
60#
10
20#
2.5”
10#
55# 80#
(53.3)
25# (26.7)
2.5”
7.5”
10#
20”
80#
2.5”
70#
12
1
JOSPT, Junho de 1992.
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8. Não há nenhuma evidência de exercício de 20
2 resistência controlada ter causado danos de longo
ou curto prazo devido às forças de cisalhamento 16
24
Forças articulares e graus de liberdade
26 Em articulações com menos de três graus de liberdade, devemos ficar tão
preocupados, senão mais preocupados, sobre as forças articulares criadas pelas
28 forças excessivas fora do plano de movimento do que dentro do plano de
movimento. Elas são quase inteiramente ignoradas por todo mundo que fala sobre
30 cisalhamento aos quatro ventos!
Sistema de Alavancas
Uma exploração profunda sobre conceitos perpetuados
hisoricamente sobre alavancas
Sistema de Alavancas
o Nomenclatura Esforço vs. Resistência
o Torque
Porque a classificação das alavancas não é relevnate para o estudo de exercícios
Braços do Momento ≠ Braços de Alavanca
18 Além de conhecer que um sistema de alavancas é composto por um eixo, uma força
de resistência e uma força de potência, as coisas que mais importam em um sistema
20 de alavancas são os respectivos braços de momento.
22
Relações dos sistemas de alavancas
24 “Vantagem mecânica refere-se à eficiência da alavanca. Uma alavanca é eficiente
(tem maior vantagem mecânica) quando necessita somente de uma pequena força de
26 esforço para superar uma grande resistência.” (Articulações Estrutura e Função;
Norkin e Leavagie, 1ª ed.) Tenha em mente que maior vantagem mecânica não
28 significa automaticamente “mais torque” porque o outro lado pode ter
proporcionalmente maior força.
30
Em vez de nos referirmos à vantagem mecânica somente do ponto de vista da
32 potência, identificaremos qual lado, potência ou resistência tem vantagem ou
desvantagem mecânica em um ponto específico na amplitude baseado no seu
34 respectivo momento mecânico (o momento da potência e o momento da resistência,
respectivamente).
36
Pense dessa maneira: quem tem a distância do seu lado? O lado que tiver mais
38 distância não necessita de tanta força para realizar o trabalho.
40# ?
2” Eixo 10”
2” ?#
Eixo 50#
10”
2”
250#
Eixo ?#
4”
4 O braço da alavanca é a distância entre o eixo até o ponto de aplicação de uma força.
Existem dois braços da alavanca determinados pela relação entre as forças:
61. O braço da potência (BP) (Esforço) é a distância entre o eixo até o ponto de
aplicação da força do esforço ou potência.
82. O braço da resistência (BR) é a distância entre o eixo e o ponto de aplicação da força
de resistência.
10
Existem três classificações das alavancas baseadas em diferentes posicionamentos
12 das duas forças em relação ao eixo. (A classificação do sistema de alavancas em si não
é algo com relevância no estudo para análise e criação de exercícios, ela só nos ajuda
14 a identificar que existem diferentes relações entre as forças. Porém, é necessário
entender como estas forças influenciam o resultado na alavanca e, para isso,
16 precisamos entender de braço do momento.)
Triceps
External force
20
Discussão:
21. Alguns autores dizem que o exemplo acima esta incorreto porque devemos sempre
considerar o tornozelo como sendo o eixo, o que faria esta alavanca ser considerada
4 de primeira classe. Na verdade ambos os exemplos estão corretos. É uma questão de
context! Cada eixo ou articulação está no centro da sua própria alavanca.
62. Os melhores exemplos de alavanca de segunda classe são indicados como sendo
durante a contração excentrica quando o esforço e a resistência mudam de lugar.
8 Você considera está possibilidade razoável? Na verdade isto não é necessário para
encontrarmos exemplos, e também não é fácil chamarmos o esforço muscular de
10 resistência e a resistência de esforço.
Biceps
External Force
a grande quantidade de atividades disponíveis aos seres humanos, parece que forças
2 perfeitamente paralelas são raras, a não ser quando as forças são constritas ou
organizadas desta maneira, como são os exemplos clássicos das alavancas.
4
Então, se as forças não são paralelas, e
6 normalmente elas não são, é muito possível E
que um sistema de alavanca com um braço de
8 potência maior do que o braço da resistência
(segunda classe) possa gerar desvantagem
10 mecânica se o momento da força da potência R
for, na verdade, menor do que o momento da força de resistência.
12
Você pode dar um passo a mais e pensar em outros exemplos
14 de sistema de forças paralelas que não se encaixam no
sistema de classificação tradicional das alavancas? Tente
16 imaginar um braço da resistência maior que o braço da
potência, com forças paralelas, porém com vantagem
18 mecânica para a potência.
28 Braço do momento (BM) e braço da alavanca (BA) não são a mesma coisa!
Tradicionalmente, entendemos que braço do momento e braço da alavanca são os
30 mesmos, porém, quando a exploração sai do livro e entra na vida real, verificamos que
esta não é a realidade.
32
34
Os termos “braço da potência” e “braço da resistência” também podem dar margem a
36 controvérsias. Alguns livros os classificam como braço da alavanca e outros como
braço do momento. Porque o momento da força é o fator mais crítico para análise e
38 criação de exercícios, devemos utilizar a nomenclatura momento da potência e
momento da resitência.
2 Também devemos perceber que é necessário reavaliar as definições e uso dos termos
“esforço (potência)” e “resistência” quando analisamos exercícios. Tradicionalmente
4 o termo esforço foi usado para indicar a força causando movimento e resistência a
força se opondo ao movimento. Isso obviamente significa que o esforço (potência) e
6 a resistência vão trocar de lugar quando a direção do movimento mudar. Porém, para
analisarmos e criarmos exercícios, esta classificação não é ideal.
8
Durante exercícios de flexão de cotovelo com halter, os flexores do cotovelo seriam o
10 esforço (potência), mas o halter se tornaria o esforço (potência) quando estivesse na
extensão, fase excêntrica, os músculos flexores seriam a resistência. Esta
12 nomenclatura não é apropriada para ser utilizada nos exercícios por duas razões: 1)
Deveríamos manter a constância de chamar esforço (potência) o lado que estiver
14 associado com o músculo independentemente de direção, porque eles estão gerando
o esforço, a potência. Um outro motivo é porque já temos nomenclatura para
16 identificar a direção do movimento e a chamamos de concêntrica e excêntrica. 2) A
troca da nomenclatura baseada na direção do movimento não dá espaço para
18 identificar cenários estáticos, como na isometria. Isometria certamente exige esforço
contra a resistência e, mesmo com o sistema de nomenclatura não dando
20 oportunidade para este cenário, ainda assim existe um esforço muscular contra uma
resistência externa. Então é apropriado identificarmos esforço (potência) o lado da
22 força muscular e resistência o lado da força externa independentemente de direção.
Mecânica Articular
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