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RTS

ADVANCED TRAINING FOR


THE EXERCISE PROFESSIONAL

MECÂNICA
ARTICULAR II

TOM PURVIS

www.rtsbrazil.com.br
Copyright © 2017, by Tom Purvis; RTS, LLC

Edited for the Science 1 manual, copyright © 1997, by Tom Purvis; RTS, LLC
Revised 1998, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009,
2010, 2011, 2012, 2013, 2014, 2015, 2016

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Printed in the United States of America

RTS®, Resistance Training Specialist®, Continuum Training®, Custom Fit Exercise®,


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Performance Specialist™, IPS™, Internal Performance Consultant™, Institute for
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Investigation, Execution, Progression & Delivery; Who? Goal? Have? Own? Tolerate?™
and the “three overlapping rings” design are servicemarks of Thomas C. Purvis

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Tradução e Revisão Técnica


Mariane M. Franceschi Malucelli
Fisioterapeuta CREFITO 59595
CREF 005460-P

Resistance Training Specialist – Master


Membro do Corpo Docente RTS®
Direitos Autorais Exclusivos para a Língua Portuguesa
Copyright® 2003, N TX – 5 – 979 – 892
Revisado 2004, 2005, 2012, 2017

Mariane M. Franceschi Malucelli


by RTS Brazil ltda EPP

contato@rtsbrazil.com.br ; admin@rtsbrazil.com.br

Reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no


todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico,
gravação, fotocópia, ou outros), sem permissão expressa do autor.

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Mecânica do Exercício:
MECÂNICA ARTICULAR
Parte 2

Conteúdo

Seção 1 .................................... Torque: Força e Movimento Rotatório


Seção 2 ............................................................................. Forças Articulares
Seção 3 ....................................................... Apêndice: Sistema de Alavancas
Seção 4 .................................................................................................. Bibliografia

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Sobre este Manual

Este manual foi criado exclusivamente para ser parte do curso RTS Mecânica do
Exercício. Ele não tem a intenção de ser uma ferramenta educacional para ser usada
separada do curso por que muitas das seções deste manual incluem conceitos
equivocados baseados na maneira tradicional que o exercício é ensinado pela
indústria do exercício, a correção destes conceitos fazem parte das muitas discussões
que acontecem durante as aulas.

Sem a apresentação correspondente este manual não está completo, e mesmo


assim ele está sempre em trabalho de evolução.

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Torque

Torque:
Força e Movimento Rotatório
Exemplos de Aplicação de Força Linear

Alavanca: Aplicação de Força e o Eixo

Torque: F x BM

Braço do Momento
Menor distância entre a linha da força e o eixo
1) Linha da Força
2) Distância Perpendicular entre…
3) Eixo

Angulo da Força
 Ângulo entre a linha da força o membro (“do lado da articulação”)

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Torque

Torque: Força e o Movimento Rotatório


2
Explore a relação entre movimento linear, movimento rotatório e as forças que
4 cusam ambos.

6 Este retângulo abaixo está estático, mantendo uma posição. Ele está em uma posição
fixa porque as forças que estão empurrando-o são iguais, equilibradas. Se as forças se
8 tronarem desiguais, a caixa irá se mover.

Esse exemplo é representativo do movimento translatório ou linear.


10
Explore a influência de forças sendo aplicadas de diferentes direções em um grau de
12 Liberdade limitado (movimento linear guiado, restrito à um trajeto especifico)
5
2
1 4

3 2 6

Examine a efetividade relativa de cada força em alcançar o objetivo de empurrar o


14 trem em uma direção específica.

16 Discussão:
1. Considere a efetividade da força 1, 2, e 3 através da proporção de força empurrando
18 no trilho vs. Empurrando através (de lado) do trilho.
2. Visualize a efetividade da força 4, 5, e 6 como a proporção de força empurrando na
20 direção do trilho vs. Para fora do trilho.

22 Adote uma Perspectiva Rotational: Forças, Eixos, e Braço (alavancas)


Agora, imagine que um lado do retângulo ficasse preso e não mais igualmente livre para
24 se mover devido a uma restrição externa à ele ou uma restrição colocada através/dentro
dele.


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Torque

A restrição cria um eixo em torno do qual o retângulo se move livremente no espaço


2 (características anatômicas são responsáveis por criar as restrições em articulações
humanas, como os ligamento).
4
Isso cria um “braço” (como um braço da alavanca). Um “Braço” é a distância do eixo até
6 o ponto de aplicação de uma força (na verdade a distância entre o ponto de aplicação
de uma força até o eixo é o braço da alavanca, mas vamos omitir o nome alavanca agora
8 para que não venha a causar confusão com outros tipos de braços que vamos discutir
mais adiante).
10

12 “Braços escondidos” e “Braços Invisíveis” *


Nós normalmente aprendemos
14 sobre os “braços” como algo
tangível. Porém isso pode ser
16 enganoso quando Precisamos
encontrar o braço dentro de um
18 Sistema de alavanca. Engenheiros
enxergam “braços” como eles são
20 definidos…. A linha que atravessa
direto do eixo até o ponto de aplicação de uma força. A diferença entre esta descrição
22 e a maneira com que normalmente enxergamos um braço de alavanca é que os
engenheiros ignoram o formato aparente do objeto para conseguirem enxergar o
24 braço verdadeiros que está “escondido dentro”.

26 Por que isto é importante? Para uma coompreensão um pouco maior é necessário ler
novamente o capítulo sobre Angulo de Força e o capítulo sobre Braço do Momento,
28 porém o mais importante sobre este conceito é que este é o braço onde
verdadeiramente a força está sendo aplicada. Este conceito é consideravelmente
30 importante para o entendimento dos ossos como ”braços”.

32 Muitas vezes as máquinas são construídas sem que haja um objeto ou estrutura
acupando o espaço deste “braço verdadeiro”. Como você pode ver abaixo, a estrutura
34 de metal da máquina gera o braço verdadeiro porém não o contém fisicamente.

36 Estes “braços invisíveis” podem


ser encontrados na apliacção de
38 força no corpo, durante os
exercícios.
40
A coompreensão destes conceitos
42 de alavanca serão fundamentais
para o entendimento de conceitos
44 mais avançados. Não os
desvalorize ou não os substime ou super-estime seu entendimento.
46

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Torque

* Lembre que as palavras que escolhemos para descrever estes conceitos não são
2 usadas normalmente na nomenclatura e não são científicas. Elas são palavras que
encontramos durante anos na tentativa e erro do ensino destes conceitos para alunos
4 que não são engenheiros. Por isso elas estão sempre sendo apresentadas emtre
“aspas”.
6
Torque
8
Torque is sometimes called a “twisting force.” It would be more accurate to think of it
10 as a push or pull that causes (or prevents) motion around an axis (rotation). The
amount of force alone is not the only factor affecting its degree of influence on
12 motion around an axis. Its distance from the axis is equally as influential in the amount
or Torque developed. This distance is called the moment of torque and is measurable
14 as a moment arm.

16 Torque = Força x Braço do Momento (T = F x BM)


O torque é calculado multiplicando-se a força pelo comprimento do braço do momento.
18
O braço do momento (BM)
20 O braços do momento são específicos dos movimentos rotatórios e representam a
relação de cada força com seu eixo. Eles representam um nível de habilidade mecânica
22 ou, em outras palavras, o braço do momento representa o quanto de influência uma força
tem em um movimento em torno de um eixo. É, na verdade, a eficiência relativa da força
24 causando movimento rotatório em cada ponto do movimento.

26 O braço do momento é definido pela menor distância entre a linha da força e o eixo.
A distância mais curta de uma linha da força ao eixo é sempre perpendicular à linha de
28 força e atravessa o eixo.

30 Então se formos procurer o braço do momento, Precisamos procurer 3 fetores

321. A linha da força


2. O eixo
3. A linha que é perpendicular à linha da força e que intersecta o eixo.

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Torque

Usando cada exemplo da ilustração acima podemo sidentificar duas forças distintas
2 aplicadas para criar dois braços diferentes. E em cada exemplo o momento de cada
força muda sempre que a posição articular é alterada.
4
Se a linha do força caisse dentro do eixo, o moomento é zero, e então, aquela força
6 gera zero torque e não tem efeito no movimento rotatório independente da força
aplicada. Poderíamos dizer que a força esta equilibrada dentro do eixo articular.
8
Discussão:
10 “distância mais curta” quando quando estiver procurando pelo mometo de uma única
força vs. “maior momento” quando estiver procurando por múltiplas forças aplicadas
12 em pontos diferentes.

Braço do momento (BM) e braço da alavanca (BA) não são a mesma coisa!
14 Tradicionalmente, entendemos que braço do momento e braço da alavanca são os
mesmos, porém, quando a exploração sai do livro e entra na vida real, verificamos que
16 esta não é a realidade.

18 O problema parece residir na exploração limitada para além do exemplo tradicional


oferecido, “o equilibrado sistema de alavanca de primeira classe (gangorra)”. Em uma
20 gangorra equilibrada, o braço do momento (distância perpendicular da linha da força para
o eixo) coincide com o braço da alavanca (a distância entre o ponto de aplicação da força
22 para o eixo) porque o ângulo de força é de 90˚. Se a gangorra se apresentar
desequilibrada, torna-se evidente que ambos são muito diferentes.
24

MA
MA

LA LA

Identifique o braço do momento e o braço da alavanca nas ilustrações abaixo.

A B

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Torque

O Ângulo da Força
O ângulo da força é o ângulo com o qual uma força é aplicada a um objeto.
2 O ângulo de aplicação de uma força (ou um ângulo da força) é o ângulo entre:
1. A linha da força;
42. A alavanca;
3. Dos dois ângulos que são gerados por uma linha tocando o segmento, o da força é aquele
6 que está do lado do eixo da articulação.

8 Nota: Não confunda ângulo da força com ângulo da articulação (posição da articulação).

Grau de Efetividade
10 Pela definição de Braço do Momento deveria ser óbvio que existe uma correlação
entre as mudanças no no angulo da força e as mudanças no momento.
12
Angulo de Força “Ótimo”
14 Um “ângulo de força ótimo” é conhecido com sendo um ângulo de 90°. O quanto mais
próximo de 90 o ângulo da força é, mais efetivo ele será em influenciar movimento.
16 Há 90° o braço do momento é o mais longo que pode alcançar para uma devida força
em um devido eixo.
18 Sendo assim, o próprio comprimento do “braço” é o máximo comprimento possível
pdo braço do momento. Agora, mesmo que eles conincidam neste ponto, não cometa
20 o erro de achar que são a mesma coisa.

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Torque

2 Para melhor enxergar a efetividade de um Angulo de Força de 90° além do fato de que
ele cria um braço do momento máximo, pergunte-se.... quanto é similar a direção da
4 força que está sendo aplicada, com a direção do potencial movimento no braço em
cada ponto? Lembre, a direção de rotação em um “braço” em qulquer ponto é
6 tangencial ou 90° ao “braço” (ver movimento articular).
 Explore a relação entre ângulo de força, braço do momento e braço da alavanca.
8 Exemplo, 90° & braço do mometo máximo = braço da alavanca.
 Chamar este de “ótimo” é tendencioso porque um ângulo de força de 0˚ ou 180˚ pode
10 ser ótimo, porém para objetivos diferentes do que produzir movimento rotatório.

12
Explore as relação
14 Como comparamos as influências dos ângulos de força, braços de alavanca e
magnitude combinados?
16
10# 30#

10#
10#

The Key: Lever arm and force angle create Moment arm!!!!!!! Changing either the
18 lever or the force angle will change the MA!

Perspectiva: AF vs. BM
20 O Ângulo da Força e o braço da alavanca geram o Braço do Momento. Porém o ângulo
da força por si só não é capaz de indicar o torque exato e o Braço do Momento por si
22 sõ não é capaz de indicar os componentes da força que determinam as forças
articulares. Então cada um destes dados é capaz de nos indicar fatores diferentes
24 realcionados ao exercício, por isso é fundamental sabermos o que estamos
procurando.
26
Segue abaixo algumas dicas para a utilização do Angulo da Força ou do Braço do
28 Momento:

30 A identificação do Braço do Momento será crítico para o exame e comparação das


forças internas e externas aplicadas ao corpo. O braço do momento será aplicado não
32 somente á articulações específicas mas também na análise do centro de massa
relativo à base de suporte e à análise de várias máquinas.
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Torque

2 Por mais que o esforço (potência-músculo) e a resistência possuam um braço do


momento para a articulação, quando estivermos analisando exercícios que utilizam
4 cabos ou pesos livres, nós normalmente estaremos analisando somente o braço do
momento da resistência para cada articulação.
6
Os ângulos da força são normalmente mais fáceis de serem identificados quando
8 examinamos efetividade relativa de um músculo durante a amplitude. Para análise da
efetividade dos músculos, utilizar o ângulo da força é mais prudente porque para a
10 analise do comprimento do braço do momento é necessário a identificação exata da
posição do eixo articular e isso é muito difícil de se alcançar quando analisamos
12 braços do momento pequenos. Além disso, a identificação dos componentes do
ângulo da força é fundamental para a análise das forças articulares.
14
A utilização dos ângulos da força pode ser mais fácil quando vamos analisar as
16 máquinas com sistemas de elos (Linkagem systems) quando estamos somente
analisando as mudanças que acontecem durante a amplitude do movimento. É
18 necessário identificar se a força esta se aproximando de 90° ou se afastando de 90°
e em quais pontos da amplitude de movimento isto acontece. Mas tenha sempre em
20 mente que nem sempre o metal que enxergamos na máquina é realmente o “braço”
da alavanca.
22
Quando analisamos as máquinas, normalmente procuramos o braço do momento da
24 resistência e do esforço (potência) em torno de um eixo específico e comparamos suas
efetividades relativas, quer dizer, a vantagem mecânica em torno daquele eixo.
AF BM

Linha da força para o “braço” Linha da forçca para o eixo

Usado para determinar forças Usado para determianr o torque


articulares
Max = comprimento do braço da
90˚ = melhor alavanca

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Forças articulares
As forças entre as estruturas
 Compressão
o Necessário para imbibição
o Mecanicamente “estabilizador”
 Distração
 Cisalhamento
o Necessário para movimento articular
o O ombro é mais suscetível a forças de cisalhamento
o A chave é a distância entre a localização da carga e o lugar onde o músculo se
anexa.

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Nota: O propósito dessa seção e seus exemplos é adquirir entendimento e ideias
sobre conceitos de forças articulares e como elas podem ser estrategicamente
manipuladas. Os exemplos são muito simplificados, para melhor representar os
aspectos específicos.

Além disso, isso não é uma recomendação ou condenação de exercícios específicos ou


forças articulares. As recomendações reais para um indivíduo podem
intencionalmente incluir exercícios desenvolvidos para diminuir ou até mesmo
aumentar uma força articular específica como parte da progressão para aquele
indivíduo. No entanto, é aqui onde o profissional deixa a maioria dos aspirantes
comendo pó! As palavras somente não farão a diferença. Apenas o conhecimento que
vem com o tempo, aplicação e exposição de suas fraquezas o fará.

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Forças articulares
2
As forças articulares ainda não são representadas precisamente na mídia ou pelos
4 chamados experts em exercícios. Principalmente por causa de sua afinidade por
frases de efeito e falta de expertise nesta área, em oposição aos detalhes. Forças
6 articulares são raramente mencionadas, a não ser que sejam utilizadas como táticas
de susto para se impor algo infundado.
8
“Todo mundo quer parecer um expert,
10 mas ninguém quer fazer o dever de casa!”

12
Este é um assunto acerca do qual muitas das “regras de exercício” são criadas (não
14 bloquear, etc.). É aconselhável não mencionar esses termos se você não pode
demonstrar exatamente o que são, por que ocorrem e quais tecidos são afetados. E
16 lembre-se que não há regras de exercício. Há apenas regras do corpo e força.

18 Definição de forças articulares


Forças articulares são forças que ocorrem entre as estruturas. In articulares sinoviais,
20 elas são as forças que ocorrem entre as superfícies de contato.

22 Por que elas são importantes?


 O exercício nada mais é do que forças em articulações criadas pela resistência,
24 assim como pela resposta muscular.
o Na verdade, descobriremos que, em algumas situações, os músculos terão uma
26 influência muito maior e mais direta nas forças articulares do que a resistência.
 É seguro dizer que a maioria das pessoas fazendo um exercício têm no mínimo um
28 problema articular em vários graus.
 Para muitos indivíduos, podemos alterar a experiência do exercício ao aprender
30 como manipular as forças articulares.

32 Tipos de força articular


Qualquer força agindo sobre uma alavanca resultará em forças sendo aplicadas entre
34 duas superfícies de contato da articulação. Existem três forças articulares:
 Compressão;
36 Distração;
 Cisalhamento.
38
Compressão Distração Cisalhamento

40

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Os fatores que influenciam o tipo de força articular
2 As forças articulares são o resultado da relação entre:
1. As forças totais na alavanca
4a. Torque de resistência
b. Torque muscular
6c. A relação entre a localização de cada uma (pontos de aplicação)
d. Quaisquer mudanças devido a aceleração ou desaceleração
82. A orientação das superfícies de contato
a. Isto é, o plano da articulação
10
As forças articulares são o resultado da relação entre a direção atual e a
12 quantidade de força total e superfícies de contato. Uma relação que irá mudar
durante o intervalo.
14
Perspectivas sobre posições articulares e forças articulares
16 Existem posições seguras e inseguras? Foças articulares boas ou más? Não é tão
simples! Em primeiro lugar, devemos reconhecer que a posição aqui é determinada
18 pela relação da superfície de contato com as influências dos ligamentos associados.

20 Aqui estão algumas influências:


1. A articulação está íntegra, isto é, saudável?
222. A posição é viável para o indivíduo, isto é, prontamente disponível, relativamente
congruente?
243. Quais são as direções e quantidades de força aplicadas? No exercício, é a resistência.
4. Qual é a intenção relativa às forças e à amplitude? “Alongar” e permitir que o peso
26 force mais? Ou controlar a desaceleração e parar em uma posição controlada?

28 É fundamental perceber que esses termos e forças associadas não indicam


automaticamente algo prejudicial à articulação. Não tenha medo das forças
30 articulares! Elas ocorrem constantemente e são necessárias para a saúde de uma
articulação. Apenas sob certas situações, quando as forças não estão congruentes com
32 a estrutura e a função atual da articulação, é que elas se tornam excessivas. Mesmo
assim, a quantidade de carga e força criada pela aceleração e desaceleração
34 determinará seu potencial detrimento. Aprenda a respeitar as forças articulares…
assim como a manipulá-las.
36
Fatores que influenciam as forças articulares
381. Congruência da superfície de conato
2. Integridade da cartilagem hialina
403. Integridade dos ligamentos
4. Integridade neuromuscular
425. Orquestração dos “gerenciadores articulares”

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Compressão e distração na articulação
2 Se as forças na alavanca são perpendiculares às superfícies de contato e se direcionam
para fora da articulação, a força articular é chamada de distração. Se as forças na
4 alavanca são perpendiculares e estão na direção da articulação, a força articular é
chamada de compressão.
6
Panorama da compressão
8 A compressão é normalmente considerada um “estabilizador” devido às formas da
maioria das juntas e da carga.
10 Devido às forças translatórias serem a força componente predominante associadas
com a maioria dos músculos através da maioria dos intervalos da maioria dos
12 movimentos articulares, e o fato das forças translatórias muitas vezes não criarem
compressão articular, podemos seguramente dizer que a compressão é a força
14 predominante fornecida pelo músculo. Tenha em mente que haverá muitas
exceções.
16 A compressão é a chave para imbibição quando aplicada em quantidades
apropriadas e durante o tempo adequado.
18 A manipulação estratégica da compressão pode ser a chave para lidar com pacientes
com artrite.
20 As forças compressoras da articulação do joelho e patelofemoral podem ser o mais
importante para entender para o exercício.
22
Nota importante: Há uma tendência natural de automaticamente ver as forças
24 translatórias (através/ao longo do osso) direcionadas para a articulação como
compressora e forças translatórias que se direcionam para fora da articulação como
26 distrativas. Isso é ocasionalmente ilusório e incorreto. Dependendo da forma das
superfícies de contato e do ponto no intervalo, as forças translatórias podem criar
28 cisalhamento em articulações específicas.

30 Cisalhamento
O componente que fica paralelo às superfícies de contato é referido como uma força
32 de cisalhamento na articulação. Se duas forças são paralelas, aplicadas em direções
opostas, e não estão em linha um com o outro, eles constituem uma carga de
34 cisalhamento ou stress de cisalhamento dentro do objeto no qual são aplicadas.
Sempre há cisalhamento associado com movimento articular normal, ou qualquer
36 contração muscular. Nota: Não confunda cisalhamento em uma estrutura com
cisalhamento em uma articulação.
38
Fricção
Explore:
 Cisalhamento
 Fricção
 Translação Cisalhamento
Compressão
 Cisalhamento e movimento rotatório

Gravidade
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Cisalhamento não é um movimento. O cisalhamento é uma direção de força
2 relativa, o que significa que ela é determinada pela relação de forças nas estruturas.
O cisalhamento sem oposição produzirá um movimento linear, isto é, translação. A
4 fricção é, por definição, a oposição ao cisalhamento. A cartilagem hialina em
articulações sinoviais tem um coeficiente de fricção muito baixo, assim, as
6 articulações humanas têm tanto tecidos ativos como passivos exercendo força em
vários ângulos e fornecendo vários graus de tensão para se opor ao cisalhamento
8 nas séries de posições articulares que compõem um intervalo de movimento.

10 Como cisalhamento e compressão produzem rotação


Em “Movimento articular: eixo”, foi mencionado que os humanos obviamente não
12 possuem pinos de metal para criar eixos articulados. O movimento rotatório em
nossas articulações é 100% dependente da forma das superfícies de contato e da
14 combinação simultânea contínua de cisalhamento e compressão.

16 Se o movimento rotatório é hipoteticamente dissecado em diferentes estágios para


fins de visualizar o que está acontecendo simultaneamente para produzir rotação,
18 fica muito mais fácil de entender. Fazendo isso, podemos ver os efeitos de cada
força separadamente.
20
Na ilustração, o componente rotacional da força muscular está produzindo
22 cisalhamento e, em essência, tentando transladar a superfície de contato distal da
articulação para frente.
24
A compressão está, contudo, tentando fazer com que a superfície debaixo
26 permaneça contra a de cima. No lado côncavo deslizou para cima (transladou) e
então foi comprimida contra o lado convexo, o osso debaixo deveria ter rotacionado
28 para encaixar com a forma da superfície de contato de cima.

A B C D

30

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2 Obviamente, o movimento rotatório normal não inclui esse traslado exagerado. De
novo, é uma ilustração muito simples e exagerada para fins de visualização. Em
4 essência, estes são os efeitos combinados dos tecidos passivos e ativos, para
transformar o que seria translação em rotações ao manter a superfície debaixo
6 pressionando para cima contra a superfície com topo arredondado.

8 Então, se você está se movendo, há e deve haver cisalhamento! E mesmo se você não
está se movendo, mas há contração muscular, há cisalhamento! O cisalhamento é
10 requisitado para função articular normal. E, assim como todas as boas coisas, em
excesso não faz bem.
12
Se você está treinando um movimento (ou contraindo um músculo em qualquer
14 situação)... você está treinando com cisalhamento!

16 Perceba também na ilustração que a compressão é sempre perpendicular ao


cisalhamento e então não pode opor-se. Ele não pode evitar os efeitos do
18 cisalhamento em uma articulação, caso ela esteja em um plano horizontal.

20 Mas a compressão em uma superfície de contato com forma específica não apenas
encoraja a rotação quando associada ao cisalhamento, mas a concavidade também
22 produz “cumes, inchaços e depressões” para ajudar com a manutenção da
integridade da articulação.
24

26

28 Compression

30

32

34

36
Gravity
38 Gravity

40 Se o cisalhamento se torna ou não prejudicial, depende:


1. Da estrutura da articulação;
422. Da integridade dos ligamentos e músculos;
3. Da quantidade de força externa;
444. De onde está localizada (distância dos anexos musculares).

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2
A confusão da indústria do exercício
4 Os efeitos do cisalhamento são tipicamente relacionados ao stress nos ligamentos.
Ironicamente, os especialistas em condicionamento e exercício frequentemente
6 tratam o cisalhamento como um fator criador de tendinite. Se eles entendessem que
apenas a tensão pode ser colocada em um tendão, eles saberiam que não é possível
8 cisalhar um tendão a não ser cortando-o. Outro uso comum da palavra cisalhamento
é associada com a alteração da cobertura hialina de uma superfície de contato
10 (condromalácia). Neste caso, contudo, compressão é a questão principal. De todas as
articulações que podem ser afetadas pelo cisalhamento, o ombro deve estar no topo
12 da lista e o joelho intacto deve estar bem no final (isto é, exceto deficiência no LCA ou
LCP).
14
Componentes do ângulo de força (na alavanca)
16
Qualquer força única produzindo torque produz dois componentes com duas
18 influências ou efeitos bem diferentes sobre a alavanca. Há uma força rotatória e
uma força translatória (não confundir com movimento translatório). O torque é
20 relacionado à porção da força que é perpendicular ou que atravessa a alavanca, pois é
direcionada para a rotação. O componente translatório fica ao longo da alavanca.
22 Obviamente, por definição eles são sempre perpendiculares um ao outro.

24 O componente translatório é zero quando a força é inteiramente rotatória (figura


3). Isso ocorre quando o ângulo de força é exatamente 90 (braço de momento
26 máximo).

Fig 3 Fig 4

Fig 2
F FR FR
F
Fig 1
Fig 5
Axis FT
28 Axis

FT
30

32 O componente rotacional é zero quando a força é inteiramente translatória. Isso


ocorre quando não há braço de momento e o ângulo de força é verdadeiramente zero
34 (figura 4 versus figura 5).

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Forçar o ângulo e o comprimento do vetor original (magnitude relativa) determinar
2 o comprimento de cada componente. A direção de cara é definida acima. Para
identificar a magnitude relativa de cada um, observe o seguinte:
41. Eles devem ser puxados do mesmo ponto de aplicação que a força original do qual são
produzidos (por exemplo, todo de ponta a ponta);
62. A força de rotação sempre será perpendicular à alavanca e estendida não muito além
da força original.
83. A força de translação sempre passará através da alavanca e se estenderá na direção
correspondente com a força original e não mais além do que a força original.
104. Um ângulo de força menos que 90° produzirá uma força translatória na direção da
articulação e um ângulo de força maior de 90° produzirá uma força translatória para
12 fora da articulação.

14
Prática de componente:

IMPORTANTE:
 Não confunda forças componentes com resultantes!
o Uma resultante é o efeito único de duas forças.
o Forças componentes são influência múltipla de uma única força.
 Não confunda forças translatórias com movimento translatório! Elas não são
relacionadas em articulações rotatórias.

Calculando o cisalhamento (principalmente para o ombro e joelho com


16 deficiência no LCA e LCP)
A quantidade de cisalhamento é obtida pela soma de forças opostas que ficam
18 paralelas ao plano da articulação. Estas são, frequentemente, mas nem sempre, os
componentes rotacionais de forças internas e externas. Essas forças opositoras são
20 classificadas como positivas ou negativas de acordo com sua direção. Quando
adicionadas uma à outra, a direção do cisalhamento será baseada na que for maior, a
22 força positiva ou negativa (positivo e negativo são usados aqui puramente para
representar a relação e seus efeitos na matemática. Ele não devem ser considerados
24 bons ou maus!).
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2 Quanto mais longe a força externa é localizada da articulação, menor a carga terá que
ser devido às diferenças no braço da alavanca. Dessa forma, maior será a diferença
4 entre a força rotacional de resistência e a força rotacional dos músculos. Qualquer
outro fator que aumente mais a diferença entre essas forças (aceleração, carga, etc.)
6 aumentará as forças articulares. Lembre-se: isso depende do plano das superfícies
de contato!
8
A seguir, veremos um exemplo de como o cisalhamento pode ser calculado. Isso não
10 é mostrado para vermos os números exatos, ou para você reproduzi-lo. É mais para
entender a relação que a colocação da carga e a direção exercem no cisalhamento...
12 para entender o conceito ou tema, se preferir. Isso é puramente para fins de:
 melhor visualizar as forças em diferentes pontos no intervalo de movimento;
14 entender como manipulá-las.

16 Primeira revisão básica de sistemas de alavancas em equilíbrio (torques iguais


= isométrico)
18 Segurar um peso de 10# a 20 polegadas do eixo requereria 40# de força muscular
opositora aplicada a 5 polegadas. 10# x 20” = 200 polegadas-libras de torque e 40# x
20 5” = 200 polegadas-livras de torque.

22 Em outras palavras, o conceito básico de alavancagem indica que um peso que está
apenas a um quarto da distância do eixo precisa ser quatro vezes maior para ser igual.
24 Por outro lado, um peso que está quatro vezes mais longe deve ter apenas um quarto
da quantidade para ser igual.
26

+30#
40#

5” 10#

10”

20”
28

30

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Devido ao fato de as forças serem perpendiculares à alavanca, existe o cisalhamento
2 criado em todos os pontos da alavanca. Mas a força de cisalhamento que nos diz
respeito é aquela criada na articulação... entre as superfícies de contato. Neste caso,
4 estamos vendo a articulação do ombro.

6 Para calcular as forças totais na articulação, adicione as forças opositoras conhecidas,


indicando a direção com + ou - (obviamente, nosso diagrama é bem simplificado,
8 indicando apenas poucas das forças que poderiam ocorrer). Então, +40# + -10# =
+30# na articulação. E devido à força total ser direcionada paralelamente as
10 superfícies de contato, ela é, na verdade, uma força de cisalhamento.

12 Em uma segunda situação, se o cotovelo está flexionado a 90, a carga externa está,
em essência, aplicada no “cotovelo” em termos de distância do eixo. Isso necessitaria
14 de mais peso para produzir o mesmo torque (porque a localização da carga está na
metade da distância original, sabemos que o dobro da carga é necessário).
16
Usando o mesmo procedimento, +40# + -20# = +20#, podemos ver que o
18 cisalhamento foi reduzido ao oferecer a mesma carga relativa no deltoide, se for esse
o objetivo.

+20#
40#

5” 20#

10”
20

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2 Para deixar claro a relação entre a distância/localização da carga e as forças
articulares, vamos ver algo impossível virtualmente, mas um grande exemplo. Se a
4 carga foi realmente colocada no ponto de inserção do músculo, exatamente 40#
seria necessário. Isso faria a força de cisalhamento ser zero (+40# + -40#).
6
Nesse ponto você deve reconhecer as relações que criam essas situações. O músculo
8 está quase sempre mais perto da articulação que a carga. Assim, está em
desvantagem mecânica. Isso significa que o músculo quase sempre terá que produzir
10 mais força que a resistência para gerar um torque opositor igual ou maior. Então,
como você pode ver, é normal que a força muscular que seja a causa direta do
12 cisalhamento. O peso/localização é a causa indireta, pois é a isso que o músculo
responde. Quanto maior a diferença entre a quantidade real de carga e a força do
14 músculo opositor, maior a força articular.

16 Obviamente, existem forças compressoras dos músculos também. Na verdade, as


forças compressoras nos exemplos acima serão maiores que as forças de
18 cisalhamento devido a ângulo pequeno da linha de ação do músculo. O cisalhamento
será um problema nesses dois exemplos? A compressão no glenoide combinada com
20 a forma do glenoide (mais côncavo de cima para baixo) ajuda a evitar o cisalhamento
no ombro com funcionamento normal.
22

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2 Mudar as direções muda as influências estruturais
Se essas forças de cisalhamento fossem direcionadas através da articulação da frente
4 para trás, o glenoide mudaria na profundidade de sua concavidade nessa direção. E
os músculos do C.D.G. seriam alterados. O peitoral se anexa mais perto do eixo que o
6 deltoide (apesar de que, na realidade, o deltoide estaria envolvido em algum grau),
exagerando ainda mais as diferenças de alavancagem entre a força do músculo e
8 a carga. Agora, podemos ter um grau mais alto de risco.

80#
+70#

10#
2.5”

20”

80#
60#

10
20#
2.5”

10#

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Explore as realidades de exercícios específicos quando tentar examinar as forças
2 articulares. Por exemplo, em um supino com haltere o peso é comumente mantido
para que a linha de carga caia “dentro” do cotovelo. Isso diminui o momento do
4 ombro, permitindo que se use um peso maior. Claro que isso irá alterar mais pra
frente o cisalhamento no ombro, neste caso uma redução.
6

55# 80#
(53.3)

25# (26.7)
2.5”

7.5”

Uma mudança no perfil de resistência pode reduzir o cisalhamento


8 Apesar de todas as forças aplicadas em uma alavanca criarem cisalhamento na
própria alavanca, elas podem não sempre criar cisalhamento na articulação. Isso é
10 determinado apenas comparando-se ou relacionando a força total ao plano/forma
das superfícies de contato.

10#

20”

80#
2.5”
70#

12

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Novamente, o músculo (peitoral) fica a 2.5 polegadas do eixo e a carga está novamente
2 em 20’’. Dessa forma, 80# será requisitado pelo músculo (10# x 20’’ = 200 e 200,
dividido por 2.5 = 80; ou 2.5 é um oitavo dos 20, então precisamos 8 vezes a força da
4 carga). A força no eixo será +70#, mas dessa vez é uma força compressora na
articulação glenoumeral devido ao vetor estar perpendicular às superfícies de
6 contato (se a escápula está inalterada).

Fatos finais sobre cisalhamento


81. Sem cisalhamento normal, o movimento articular não existiria.
2. Na extensão de joelho, a resistência é direcionada para a parte posterior, mas o
10 cisalhamento está na anterior.
a. O cisalhamento é causado pelo quad, não pela resistência!
12b. O cisalhamento durante o exercício é raramente causado pela resistência.
c. A direção do cisalhamento é comumente devido à resposta do músculo à resistência.
143. Ironicamente, mesmo sem compressão da resistência, a compressão de joelho é
ainda muito maior que o cisalhamento!
16

NOTA: Este diagrama mostra


mais cisalhamento potencial
de um maior componente
rotacional conforme o joelho
se estende. Isso é muito
ilusório!
Apesar de as proporções
poderem mudar, o
cisalhamento total seria
dependente da tensão no
quad, o qual é dependente do
perfil de resistência em cada
ponto do ROM!

4. A maioria dos músculos produzem mais compressão que cisalhamento durante o


18 intervalo de movimento. Os músculos que não são anatomicamente emparelhados
com músculos predominantemente compressores, como, por exemplo, posterior de
20 coxa e gastrocnêmico; bíceps e braquiorradial.
5. O interesse original surgiu com as reconstruções pós-operatórias do LCA e foi
22 adotado pela indústria do exercício sem qualquer conhecimento ou perspectiva.
a. Agora sabe-se que melhores resultados para a reabilitação do LCA inclui extensão de
24 joelho controlada e estrategicamente implementada.
6. O agachamento a 90° tem o mesmo cisalhamento que a extensão de joelho a 0°.1
267. A flexão de perna terá, quilo por quilo, o mesmo cisalhamento e nunca ouviremos
sobre os perigos da flexão de perna para o LCP.
28

1
JOSPT, Junho de 1992.
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8. Não há nenhuma evidência de exercício de 20
2 resistência controlada ter causado danos de longo
ou curto prazo devido às forças de cisalhamento 16

Tibial displacement (mm)


4 no joelho, mesmo depois da reconstrução do LCA! Squat
12
Knee Ext
69. Chutar uma bola de futebol pode produzir muito 8
mais cisalhamento que uma desafiadora extensão
8 de perna. 4
a. E hipocritamente, as mesmas pessoas que
0
10 incorretamente criticam uma extensão de perna por 90° 60° 45° 30° 0°
seu cisalhamento reabilitarão reconstruções do LCA,
12 com o objetivo primário de retornar às atividades que produzem milhares de
rompimentos de LCS a cada ano.
14
10. O mecanismo mais comum de dano por ruptura do LCA não é relacionado ao
16 cisalhamento! É a “carga axial” em uma posição de Valgus com rotação externa do
joelho tíbia no fêmur (fêmur interno no joelho) com forças desaceleradoras
18 usualmente associadas com aterrissagem (a chamada atividade “funcional”).

2011. O mecanismo mais comum de ferimento relacionado ao cisalhamento é o trauma,


especialmente no ombro, como, por exemplo, cair em cima do braço estendido,
22 futebol, etc.

24
Forças articulares e graus de liberdade
26 Em articulações com menos de três graus de liberdade, devemos ficar tão
preocupados, senão mais preocupados, sobre as forças articulares criadas pelas
28 forças excessivas fora do plano de movimento do que dentro do plano de
movimento. Elas são quase inteiramente ignoradas por todo mundo que fala sobre
30 cisalhamento aos quatro ventos!

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Sistema de Alavancas

Sistema de Alavancas
Uma exploração profunda sobre conceitos perpetuados
hisoricamente sobre alavancas

 Sistema de Alavancas
o Nomenclatura Esforço vs. Resistência
o Torque
 Porque a classificação das alavancas não é relevnate para o estudo de exercícios
 Braços do Momento ≠ Braços de Alavanca

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Sistema de Alavancas

A Mecânica de Torques Opostos


2
Sistema de alavancas
4 Por definição, um sistema de alavancas existe quando duas ou mais forças agem no
mesmo objeto a alguma distância do eixo e com efeitos opostos. As duas forças são
6 identificadas pelos termos potência (ou esforço) e resistência.

8 Os termos “potência” e “resistência” podem ser uma fonte de confusão. Potência


normalmente é identificada como sendo a força que causa o movimento e logo
10 mudaria à medida que a direção mudasse com alterações nos torques opostos
respectivos. Para nossos propósitos, identificaremos as forças musculares como
12 “potência” porque, independentemente da direção do movimento, as forças
musculares requerem nosso esforço/potência. A necessidade de identificar para fins
14 do exercício que potência será sempre a força gerada pela musculatura é que quando
potência e resistência se encontrarem em equilíbrio, assim mesmo podermos
16 identificá-las.

18 Além de conhecer que um sistema de alavancas é composto por um eixo, uma força
de resistência e uma força de potência, as coisas que mais importam em um sistema
20 de alavancas são os respectivos braços de momento.

22
Relações dos sistemas de alavancas
24 “Vantagem mecânica refere-se à eficiência da alavanca. Uma alavanca é eficiente
(tem maior vantagem mecânica) quando necessita somente de uma pequena força de
26 esforço para superar uma grande resistência.” (Articulações Estrutura e Função;
Norkin e Leavagie, 1ª ed.) Tenha em mente que maior vantagem mecânica não
28 significa automaticamente “mais torque” porque o outro lado pode ter
proporcionalmente maior força.
30
Em vez de nos referirmos à vantagem mecânica somente do ponto de vista da
32 potência, identificaremos qual lado, potência ou resistência tem vantagem ou
desvantagem mecânica em um ponto específico na amplitude baseado no seu
34 respectivo momento mecânico (o momento da potência e o momento da resistência,
respectivamente).
36
Pense dessa maneira: quem tem a distância do seu lado? O lado que tiver mais
38 distância não necessita de tanta força para realizar o trabalho.

40 NOTA: Isso só funciona para comparar o esforço/potência e a resistência de um


único sistema de alavancas específico, em torno de um eixo somente. Não
42 funciona para comparar dois momentos de resistência derivados de dois sistemas de
alavancas diferentes, em torno de dois eixos diferentes etc.
44
Então, embora sistemas de alavancas tradicionais de primeira, segunda e terceira

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Sistema de Alavancas

classe sejam abordados em virtualmente todos os livros de mecânica/física


2 existentes, eles só têm relevância no que diz respeito às relações com o momento da
potência, o momento da resistência e a relação entre os dois.
4
Note que não dissemos que as forças devem ser opostas. As forças, na verdade, podem
6 acontecer na mesma direção. É a relação delas em torno do eixo que cria a
oposição.
8
Prática do Sistema de alavanca: Calcule a resposta para gerar o equilíbrio (sem
10 movimento)

40# ?

2” Eixo 10”

2” ?#

Eixo 50#
10”

2”
250#

Eixo ?#
4”

Nota: os exemplos acima mostram ângulos de força que produzem braços do


momento que coincidem com o braço da alavanca. Mais adiante vamos explorar o
quanto este fato é raro na vida real.

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Sistema de Alavancas

A Tradição e seus Equívocos:


2 Os componentes e a classificação tradicional do sistema de alavancas

4 O braço da alavanca é a distância entre o eixo até o ponto de aplicação de uma força.
Existem dois braços da alavanca determinados pela relação entre as forças:
61. O braço da potência (BP) (Esforço) é a distância entre o eixo até o ponto de
aplicação da força do esforço ou potência.
82. O braço da resistência (BR) é a distância entre o eixo e o ponto de aplicação da força
de resistência.
10
Existem três classificações das alavancas baseadas em diferentes posicionamentos
12 das duas forças em relação ao eixo. (A classificação do sistema de alavancas em si não
é algo com relevância no estudo para análise e criação de exercícios, ela só nos ajuda
14 a identificar que existem diferentes relações entre as forças. Porém, é necessário
entender como estas forças influenciam o resultado na alavanca e, para isso,
16 precisamos entender de braço do momento.)

18 Alavanca de primeira classe: O eixo está posicionado entre as duas forças


(exemplo: uma gangorra, extensão do tríceps).

a) Alavanca está equilibrada quando as duas forças são equivalentes e posicionadas na


mesma distância do eixo.
b) Quando existe diferença de distância entre a aplicação das forças em relação ao eixo,
a força que está na posição mais afastada do eixo possui vantagem mecânica. Isto quer
dizer que precisa gerar menos força para empatar com a outra e, consequentemente,
a força posicionada mais próxima do eixo precisa gerar mais força para equilibrar ou
vencer a alavanca.

Triceps

External force

20

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Sistema de Alavancas

2 Muitas vezes, encontramos dificuldade em identificar o braço da potência/esforço e


o braço da resistência em uma alavanca de segundo e terceiro grau apresentados
4 abaixo porque se confundem com o fato de ambos se encontrarem do mesmo lado do
eixo. Uma maneira fácil de encontrarmos o braço da potência e da resistência é
6 sempre retornar a definição do que é um braço de alavanca, localizá-los e identificar
qual está posicionado mais próximo e mais distante do eixo.
8
Alavanca de segunda classe: posiciona a resistência entre o eixo e a potência
10 (esforço). Porque o braço da potência, por definição, é mais longo do que o braço da
resistência, a alavanca de segunda classe é normalmente associada como sendo uma
12 que oferece vantagem mecância à potência, porém esta afirmação não é sempre
correta. Vantagem mecânica não pode ser avaliada com a identificação da alavanca, é
14 necessário identificar o comprimento do braço do momento de ambas as forças, e
vamos avaliar esta diferença no final deste capítulo.
COG

Key is whether or not you


are balancing or holding
on to something and the
16 effects on the line of
resistance.

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Sistema de Alavancas

Discussão:
21. Alguns autores dizem que o exemplo acima esta incorreto porque devemos sempre
considerar o tornozelo como sendo o eixo, o que faria esta alavanca ser considerada
4 de primeira classe. Na verdade ambos os exemplos estão corretos. É uma questão de
context! Cada eixo ou articulação está no centro da sua própria alavanca.
62. Os melhores exemplos de alavanca de segunda classe são indicados como sendo
durante a contração excentrica quando o esforço e a resistência mudam de lugar.
8 Você considera está possibilidade razoável? Na verdade isto não é necessário para
encontrarmos exemplos, e também não é fácil chamarmos o esforço muscular de
10 resistência e a resistência de esforço.

12 Alavanca de terceira classe posiciona a força da potência entre o eixo e a resistência


(exemplo: bíceps). Estes são os sistemas de alavanca mais comuns no corpo humano.
14 O braço da alavanca da potência será sempre mais curto (menor) do que o braço da
resistência. Sendo assim, este tipo de alavanca nos coloca sempre em desvantagem
16 mecância.

Biceps

External Force

A vantagem da desvantagem mecânica


18 Devido a proximidade das inserções musculares ao eixo, o sistema de alavancas no
corpo humano parece nos colocar sempre em desvantagem mecânica. Porém, se
20 analisarmos o sistema de alavanca do corpo humano pelo ponto de vista de eficiência
em deslocamento, verificamos que este oferece uma grande vantagem, mesmo
22 quando em quase todos os exemplos de alavanca o posicionamento do músculo é
muito próximo a articulação e a resistência distante da articulação, porque o músculo
24 que está sob a pele e quando se encurta 5 cm (move 5 cm), desloca-se muito mais do
que isso na extremidade da alavanca.
26
Existe valor no sistema de classificação das alavancas?
28 É importante entender que estas três classificações do sistema de alavancas só são
relevantes para o que é descrito como o “sistema de forças paralelas”. O livro
30 Articulação Estrutura e Função afirma que “um achado comum no corpo humano são
as forças que atuam no mesmo objeto e são paralelas entre si”. Quando examinamos
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Sistema de Alavancas

a grande quantidade de atividades disponíveis aos seres humanos, parece que forças
2 perfeitamente paralelas são raras, a não ser quando as forças são constritas ou
organizadas desta maneira, como são os exemplos clássicos das alavancas.
4
Então, se as forças não são paralelas, e
6 normalmente elas não são, é muito possível E
que um sistema de alavanca com um braço de
8 potência maior do que o braço da resistência
(segunda classe) possa gerar desvantagem
10 mecânica se o momento da força da potência R
for, na verdade, menor do que o momento da força de resistência.
12
Você pode dar um passo a mais e pensar em outros exemplos
14 de sistema de forças paralelas que não se encaixam no
sistema de classificação tradicional das alavancas? Tente
16 imaginar um braço da resistência maior que o braço da
potência, com forças paralelas, porém com vantagem
18 mecânica para a potência.

20 Na verdade, o sistema tradicional de alavancas só funciona se


as forças estiverem paralelas e os braços da alavanca
22 estiverem retos e, na vida real (como na construção de E R
equipamentos), eles normalmente não estão paralelos.
24
A Importância dos braços da alavanca está no quanto eles afetam o braço do
26 momento.

28 Braço do momento (BM) e braço da alavanca (BA) não são a mesma coisa!
Tradicionalmente, entendemos que braço do momento e braço da alavanca são os
30 mesmos, porém, quando a exploração sai do livro e entra na vida real, verificamos que
esta não é a realidade.
32

34
Os termos “braço da potência” e “braço da resistência” também podem dar margem a
36 controvérsias. Alguns livros os classificam como braço da alavanca e outros como
braço do momento. Porque o momento da força é o fator mais crítico para análise e
38 criação de exercícios, devemos utilizar a nomenclatura momento da potência e
momento da resitência.

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Sistema de Alavancas

2 Também devemos perceber que é necessário reavaliar as definições e uso dos termos
“esforço (potência)” e “resistência” quando analisamos exercícios. Tradicionalmente
4 o termo esforço foi usado para indicar a força causando movimento e resistência a
força se opondo ao movimento. Isso obviamente significa que o esforço (potência) e
6 a resistência vão trocar de lugar quando a direção do movimento mudar. Porém, para
analisarmos e criarmos exercícios, esta classificação não é ideal.
8
Durante exercícios de flexão de cotovelo com halter, os flexores do cotovelo seriam o
10 esforço (potência), mas o halter se tornaria o esforço (potência) quando estivesse na
extensão, fase excêntrica, os músculos flexores seriam a resistência. Esta
12 nomenclatura não é apropriada para ser utilizada nos exercícios por duas razões: 1)
Deveríamos manter a constância de chamar esforço (potência) o lado que estiver
14 associado com o músculo independentemente de direção, porque eles estão gerando
o esforço, a potência. Um outro motivo é porque já temos nomenclatura para
16 identificar a direção do movimento e a chamamos de concêntrica e excêntrica. 2) A
troca da nomenclatura baseada na direção do movimento não dá espaço para
18 identificar cenários estáticos, como na isometria. Isometria certamente exige esforço
contra a resistência e, mesmo com o sistema de nomenclatura não dando
20 oportunidade para este cenário, ainda assim existe um esforço muscular contra uma
resistência externa. Então é apropriado identificarmos esforço (potência) o lado da
22 força muscular e resistência o lado da força externa independentemente de direção.

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Bibliography

Mecânica Articular
Bibliografia

2 Baechle T, Earle R. (editors) NSCA. Essentials of Strength and Conditioning. 2ed.


Champaign, IL: Human Kinetics; 2000.
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6 of Strength and Conditioning Research 2006; 20(3): 716-722.
Earle R, Baechle T. (editors) NSCA. Essentials of Personal Training. Champaign, IL:
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Wilkins; 1995.
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Row; 1980.
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32 Wilk K, Andrews J. Current Concepts in the Treatment of Anterior Cruciate Ligament
Disruption. JOSPT 1992; June, 15(6): 279-293.

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