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Índice

Introdução..................................................................................................................................................2
1. Danças e jogos tradicionais educativos da zona sul de Moçambique............................................3
1.1. Danças tradicionais da Zona Sul de Moçambique...................................................................3
1.1.1. Xingombela (Zona Sul “Gaza”)................................................................................3

1.1.2. O Xigubo (Zona Sul “Maputo e Gaza”).......................................................................3

1.1.3. Zoré (Zona Sul “Inhambane”)....................................................................................3

1.1.4. Ngalanga (Zona Sul “Maputo”)..................................................................................4

1.1.5. Xingomana (Zona Sul “Gaza”)...................................................................................4

1.2. Tipos de jogos tradicionai educativos da zona sul......................................................................4


1.2.1. Definição de jogos tradicionais..................................................................................4

1.2.2. Origem..........................................................................................................................................5
1.2.3. Neca.............................................................................................................................................5
1.2.3.1. Material..................................................................................................................5

1.2.3.2. Desenrolar do jogo..................................................................................................5

1.2.4. Ntchuva.........................................................................................................................................6
1.2.4.1. Material..................................................................................................................6

1.2.5. Matacuzana..................................................................................................................................7
1.2.5.1. Material..................................................................................................................7

1.2.5.2. Desenrolar do jogo..................................................................................................7

1.2.6. Terra-Mar......................................................................................................................................7
1.2.6.1. Desenrolar do jogo..................................................................................................8

1.2.7. Cheia............................................................................................................................................8
1.2.7.1. Material..................................................................................................................8

1.2.7.2. Desenrolar do jogo..................................................................................................8

Conclusão..................................................................................................................................................9
Bibliobrafia...............................................................................................................................................10
Introdução
A cultura tem conhecimento dos hábitos à capacidade adquirida pelo homem e nesse contexto
afirma que a criança pode integrar a cultura se não for criado segundo as normas e valores. Este
trabalho que tem como tema: Danças e jogos tradicionais educativos da zona sul de
Moçambique, vai abordar os tipos de danças que são praticadas nestas regiões e jogos
tradicionais e ao mesmo tempo educativos, que ajudam a desenvolver o caracter e uma
personalidade definida numa sociedade carente de firmeza de caracter. Nos subtemas do
mesmo vai descrever-se os tipos de danças praticadas a origem delas e de que modo são
executadas, também vai detalhar-se a respeito dos jogos tradicionais educativos e mostrar como
eles são praticados e que material é necessário para tal. O presente trabalho encontra-se
subdividido em três partes a saber: A introdução, o desenvolvimento e a conclusão.

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1. Danças e jogos tradicionais educativos da zona sul de Moçambique

1.1. Danças tradicionais da Zona Sul de Moçambique

1.1.1. Xingombela (Zona Sul “Gaza”)


É uma dança tradicional originária de Moçambique na província de Gaza e arrastada até a
província de Maputo.Essa dança era praticada de noite, por jovens entre rapazes e meninas da
mesma idade ou aproximadas. Entre eles, tocavam batuques, apitos, xipalapala (chifres de
gazela) e vestiam-se de peles de animai, saias de palha, pulseiras de linhas de saco,
atravessavam entre as costas e a cintura um pedaço de pele.

1.1.2. O Xigubo (Zona Sul “Maputo e Gaza”)


Xigubo é uma dança tradicional moçambicana sobretudo da região sul, especialmente nas
regiões interiores de Gaza e Maputo, a dança tem poucos praticantes ao nível das cidades.
Representa a resistência colonialEsta dança, consiste no alinhamento de um determinado
número de homens (dançarinos) em uma ou duas filas, devidamente adornados com objectos de
fibras e peles nos braços e nas pernas, colares de sementes, entre outros signos, vestindo
saiotes confeccionados com peles de animais, as quais se fazem acompanhar de um
instrumento de defesa denominada xitlhango ou azagaia. Nas extremidades da fila feita pelos
dançarinos, geralmente, encontram-se duas bailarinas que se “confrontam”.

1.1.3. Zoré (Zona Sul “Inhambane”)


A dança Zoré é originária da região de Zavala, em Inhambane esta dança era feita devido as
guerras constantes que os chopes (tribo do sul de Moçambique) travavam contra
os Ngunis (tribo sul Africana). Esta dança era praticada para celebrar a Victoria dos guerreiros
nas batalhas que estes travavam. Hoje ela é praticada geralmente pelas mulheres, os homens
tocam instrumentos (Batuques, Timbila, latas, etc.). Para além da Zoré, nesta província podemos
encontrar o Timbila que já faz parte o património da UNESCO.A dança é caracterizada pela
presença de tambores ou batuques feitos de madeira oca revestido com pele de animal, por
utilizar as mãos e dois chocalhos para tocar batuques, utilizar apito para dar uma determinada
atenção, por combinar sons de batuques com as canções sintetizando a formação histórica,
identidade social e cultural do povo da localidade de Golo e por ser executada em pares ou
individual ou mesmo mais de dois: homens e mulheres, com alguns movimentos com o corpo
recto mantendo um ritmo vibrante com mais incidência para a cintura.

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1.1.4. Ngalanga (Zona Sul “Maputo”)
É uma dança típica da província de Maputo, é mais frequente nos Distritos de Magude e
Marracuene. É uma dança que data da época das guerras constantes que os chopes travaram
contra os Ngunis. Esta dança celebrava o regresso dos guerreiros, após uma batalha, da qual
tenham saído vitoriosos. A medida que estes se aproximavam da aldeia, iam tocando Mpundo
(grande chifre de impala), para anunciar o seu regresso e a sua vitória.

Tradicionalmente esta dança revelava um carácter acentuadamente social, constituindo um


factor de relevo, para a manutenção da unidade tribal e para afirmação da lealdade comum dos
seus membros ao respectivo chefe. Com a colonização portuguesa em Moçambique e a
consequente modificação da sociedade, a dança de Ngalanga passou a ter uma função
diferente, continuando porém, a ter um significado de guerra e combate. Nesta dança só
participam homens.

1.1.5. Xingomana (Zona Sul “Gaza”)


O Xingomana é uma dança originária da província de Gaza. Ela é o desenvolvimento da dança
Massessa, também das regiões de Gaza. Xingomana é conhecida como a dança da juventude
feminina, pois foi concebido tradicionalmente. É o divertimento para as raparigas. Era exibido no
Inverno, altura fresca e de grande abundância alimentar. Não era integrada em nenhuma
cerimónia e as regulares exibições que se faziam tinham como finalidades a alegria das jovens
que nas suas canções falavam da vida dos jovens, criticando certos erros por estes cometidos.

Nesta dança a indumentária é geralmente constituída por um: « Chiquitau», blusa com uma cor
adoptada pelo grupo, e o «sundo», espécie de uma saia feita por minalas. O nome Xingomana
foi dado a esta dança após a introdução de um instrumento de percussão chamado « ngoma»,
muito pequeno. Massessa, é dança mãe do Xingomana.

1.2. Tipos de jogos tradicionai educativos da zona sul.


1.2.1. Definição de jogos tradicionais
Os jogos tradicionais são uma peça fundamental da nossa identidade porque relatam a história e
cultura do nosso país. Existem vários tipos de jogos tradicionais, jogos tradicionais
infantis, jogos tradicionais para idosos e jogos tradicionais regionais.

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Os jogos tradicionais são aqueles típicos jogos de uma região ou país , que são feitos sem a
ajuda ou intervenção de brinquedos tecnológicos, só é necessário o uso de seu próprio corpo ou
recursos que podem ser facilmente obtidos a partir dele natureza (pedras, ramos, terra e flores).

1.2.2. Origem
Este tipo de jogos vária de região para região e possui um significado de natureza mágico-
religiosa. É normalmente praticado em épocas bem determinadas do ano ou em intervalos do
trabalho agrícola, contribuindo de modo saudável para a ocupação das horas livres. Os jogos
tradicionais são muitos antigos, praticados desde há séculos e são transmitidos oralmente de
geração para geração. No entanto, conforme os condicionalismos de cada região, as diferentes
gerações adaptam-nos à sua maneira de ser e de viver.
1.2.3. Neca
Neca é um jogo individual ou de pares, para raparigas entre os 8 e 12 anos. Não há número
limitado de participantes.

1.2.3.1. Material
Uma pedra pequena (lisa de preferência) e um desenho de 8 quadrados no chão. O jogo realiza-
se ao ar livre e tanto pode ser jogado na terra como num recinto de cimento.

1.2.3.2. Desenrolar do jogo


Cada jogador(a) deve cumprir duas fases distintas:

1ª Fase – A pedra é lançada para a casa 1 (se cair sobre uma das linhas que delimita a casa, a
jogador(a) perde a sua vez de jogar) e a jogador(a) salta, ao pé-coxinho, para a casa 2 e depois
para a casa 3. Coloca depois cada um dos pés nas casas 4 e 5. Pula ao pé-coxinho para a casa
6 e novamente coloca cada um dos pés nas casas 7 e 8. Aqui dá uma volta no ar de modo a
ficar virada para a neca e inicia então o percurso de regresso. Não pode em momento algum
pisar o risco nem pousar o pé no chão (ou os dois pés na mesma casa). Na volta, apanha a
pedra e salta para fora da neca. Recomeça o jogo, lançando agora a pedra para a casa 2, sendo
a progressão do jogo, a mesma que já foi descrita. No caso de perder, reinicia o jogo, quando
chegar a sua vez, na mesma casa onde estava quando perdeu.

2ª Fase – A jogador(a), irá agora percorrer todas as casas, da maneira já descrita na 1ª fase,
mas de olhos vendados. No caso de não conseguir fazer o percurso todo, a jogador(a) dará a

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vez à seguinte, recomeçando do princípio desta fase. O jogo termina quando um jogador(a)
conseguir realizar esta fase de uma só vez.

1.2.4. Ntchuva
O Ntchuva é um jogo de equipa, para adultos do sexo masculino. Formam-se 2 equipas com um
ou mais jogadores.

1.2.4.1. Material
Pedrinhas

O jogo pode ser realizado no chão, cavando-se 4 filas de pequenas covas. Cada fila pode ter 4,
8, 16 ou 32 covas. Também se pode jogar num tabuleiro construído em madeira ou cimento. As
equipas dispõem-se frente a frente, de cócoras. Em cada cova são colocadas duas pedrinhas.

1.2.4.2. Desenrolar do jogo


A cada equipa correspondem duas filas de covas. O objectivo do jogo é eliminar as pedras do
adversário.Para fazer uma jogada, o jogador escolhe uma cova de partida. Agarra nas pedras
dessa cova e coloca-as uma a uma nas covas seguintes, andando no sentido contrário ao dos
ponteiros do relógio. Sempre que a última pedra que largou fica numa cova que ainda tem
pedras, o jogador reinicia o processo, ou seja, retira as pedras dessa cova e coloca-as uma a
uma nas covas seguintes até que a última pedra seja largada numa cova vazia. Se essa cova se
situa na 1ª fila (a que fica mais próxima do jogador) a jogada termina e passa a vez ao
adversário. Se a cova em questão se situa na 2ª fila (mais perto do adversário) o jogador verifica
se a cova da frente (correspondente à 2ª fila do adversário) tem pedras, o que lhe dá o direito de
retirar as pedras dessa cova, da cova imediatamente atrás e duma terceira cova (escolhida pelo
jogador, segundo um critério de estratégia de jogo, ou seja, irá procurar reduzir as possibilidades
do adversário, numa próxima jogada, lhe retirar também pedras).

Em seguida é a vez do adversário, que jogará nos moldes já descritos, prosseguindo o jogo com
jogadas alternadas entre as duas equipas. Os jogadores são obrigados (enquanto for possível) a
iniciar a jogada por uma cova com mais de uma pedra, terminando sempre quando deixarem
apenas uma pedra numa cova.

Apenas quando deixarem de haver covas com mais de uma pedra, poderá o jogador iniciar a
partida a partir de uma cova com uma só pedra, andando neste caso apenas uma cova, a não

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ser que logo a seguir tenha uma pedra e assim ele já poderá continuar.O jogo termina quando
uma equipa eliminar as pedras do adversário.

1.2.5. Matacuzana
Matacuzana é um jogo individual, para crianças do sexo feminino, entre os 9 e os 13 anos.
Podem participar entre 2 a 4 jogadoras.

1.2.5.1. Material
Pedrinhas ou castanhas de caju.O jogo realiza-se ao ar livre, fazendo uma pequena cova no
chão, ou desenhando um círculo. As jogadoras sentam-se à volta da cova ou do círculo, cada
uma com uma pedra na mão, Mugungo ou Xicungo (Maputo). Na cova colocam-se várias
pedrinhas.

1.2.5.2. Desenrolar do jogo


O jogo consiste em várias fases de manuseamento das pedras, obedecendo as normas e
sequências previamente estipuladas.

I – Lançar o xicungo ao ar com uma mão, retirar as pedras da cova e voltar a apanhar o xicungo
sem deixá-lo cair. Em seguida lançar novamente o xicungo e colocar as pedras na cova
deixando apenas uma. Este processo repete-se até que todas as pedras fiquem de fora.

II – O mesmo procedimento, mas em vez de deixar uma pedra passa a colocar 2 a 2 de cada
vez, depois 3, 4 e 5 finalmente todas.

III – Realizar os mesmos procedimentos mas retirando as pedras da cova com as duas mãos.

IV – Ao lançar o xicungo, para além da colocação idêntica das pedras bate-se com a mão no
chão.

V – Sempre que se lança o xicungo, coloca-se uma pedra na cabeça antes de colocar as
restantes.

Cada vez que uma jogadora falha passa a vez a outra.O jogo termina quando uma jogadora
cumprir todas as fases.

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1.2.6. Terra-Mar
Terra-Mar é um jogo para crianças de ambos os sexos, entre os 6 e os 12 anos. Não há número
limitado de participantes.

Para este jogo não é necessário nenhum material, realiza-se ao ar livre e basta um traço
desenhado no chão. Os jogadores dispõem-se em fila ao longo deste traço, sem o pisar.

1.2.6.1. Desenrolar do jogo


No início do jogo, define-se que um dos lados do traço é o Mar e o outro é a Terra. É escolhido
um jogador para dar a voz de comando, que será MAR ou TERRA. A esta ordem, os jogadores
darão um salto para o lado correspondente. A voz de comando não obedece a qualquer
sequência, o que quer dizer que a ordem Mar, por exemplo, pode ser dada repetidamente. Por
outro lado, os jogadores podem ser enganados pelo “comandante” do jogo, quando este
executar um movimento para o lado contrário ao da ordem que deu.
Sempre que um jogador se enganar, saltando para o lado errado, ou ficando no mesmo lado, em
vez de saltar, sai do jogo. O jogo termina, quando ficar apenas em jogo um participante, que será
o vencedor.

1.2.7. Cheia
Cheia é um jogo de equipa, para crianças de ambos os sexos, entre os 9 e os 13 anos. Formam-
se 2 equipas de 6 jogadores.

1.2.7.1. Material
Uma bola pequena e uma garrafa.

O jogo realiza-se ao ar livre, num terreno de areia solta, delimitado por duas linhas de fundo
distanciadas 10 metros; no centro coloca-se um monte de areia com a garrafa. O jogador de uma
das equipas, coloca-se no meio, junto ao monte de areia e da garrafa; atrás de cada linha de
fundo colocam-se os jogadores adversários; as restantes aguardam a sua vez.

1.2.7.2. Desenrolar do jogo


O jogador da equipa “A” procura encher a garrafa com areia, enquanto 2 elementos da equipa
adversária passam a bola entre si. A partir do 3º passe, começam a tentar acertar no jogador
adversário, procurando esta esquivar-se ao mesmo tempo que continua a encher a garrafa com
areia. Cada vez que esta consegue enchê-la, sem que tenha sido tocada pela bola, vaza-a por

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completo ao mesmo tempo que conta até 100, o que perfaz um ponto, voltando depois a enchê-
la novamente.Se o jogador “Ao ser alvejada, conseguir agarrar a bola sem a deixar cair, lança-a
o mais longe possível de modo a ter mais tempo para encher a garrafa. Se pelo contrário ela é
alvejada sem conseguir agarrar a bola, sai do jogo sendo substituída por outra da mesma
equipa. O jogo prossegue até que todos os elementos da equipa tenham sido alvejados,
trocando-se então as posições das equipas.O jogo termina, quando todas as jogadoras tiverem
sido alvejadas, vencendo a equipa que somar mais pontos.

Conclusão
Chegando ao fim do presente trabalho concluimos que: Os jogos tradicionais estabelecem
contacto privilegiado com a cultura da comunidade, além de melhorar o desenvolvimento motor e
a criatividade dos participantes, pois não tem regras fixas e o local depende da ocasião, fazendo
com que a criança actue de forma reflexiva em relação a algum problema que possa ocorrer
durante a brincadeira.

Os jogos tradicionais são fundamentais na infância, pois estas são ligadas aos costumes
populares que ajudam a promover a socialização, o desenvolvimento da coordenação motora, o
equilíbrio, do respeito às regras e o cognitivo das crianças. A origem do jogo é indefinida, mas
sua importância na vida de uma criança é indiscutível, pois através dele se desenvolve a
personalidade, o simbolismo, a motivação e a criação de novas ideias, além do desenvolvimento
integral do individuo. Dentre os tipos de jogos, tradicionais, que por sua vez, favorecem o
contacto com a cultura que é transmitida por meio da oralidade e passada de geração a geração.

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Bibliobrafia
https://sopra-educacao.com/2020/12/25/jogos-tradicionais-de-mocambique/

https://sopra-educacao.com/2021/01/26/dancas-tradicionais-da-zona-sul-de-mocambique/.

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