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Política Nacional

de Atenção Básica

Profª Dra. Maria do Carmo


Rodrigues Araujo
Política Nacional de Atenção Básica

Segundo o Ministério da Saúde:

O SUS atende mais de 190 milhões de pessoas, das quais 80%


dependem exclusivamente dele.
Política Nacional de Atenção Básica

ATENÇÃO ATENÇÃO PRIMÁRIA


BÁSICA (AB) DE SAÚDE (APS)

TERMOS
SINÔNIMOS
Política Nacional de Atenção Básica

Como se estabeleceu a Política Nacional de Atenção Básica


(PNAB)?
soma de
atores
movimentos
sociais gestores
das três
profissionais esferas de
usuários
da saúde governo

Todos contribuem para a consolidação do Sistema


Único de Saúde (SUS).
Política Nacional de Atenção Básica

Uma boa ATENÇÃO BÁSICA é capaz de direcionar o


paciente para onde quer que ele precise, seja um
especialista ou um Centro de Referência.
Política Nacional de Atenção Básica

Qual a relevância da PNAB para o SUS?‍

A PNAB é um mecanismo de fortalecimento da Atenção


Primária em Saúde (APS), ou Atenção Básica (AB), e tem o
papel de manter em funcionamento ordenado o serviço de
acesso prioritário ao SUS.
Política Nacional de Atenção Básica

Segundo MS, é possível encontrar de 80% a 90% de


resolutividade para os problemas das pessoas ao longo da
vida.
Política Nacional de Atenção Básica

FUNÇÃO DA PNAB:

Organizar o modo como os pacientes chegam e


são encaminhados dentro do SUS, destacando a
Atenção Básica e a Estratégia da Saúde da Família
(ESF) como referencial.
Política Nacional de Atenção Básica

PORTARIA Nº 2.436, DE 21 DE SETEMBRO DE 2017

Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, no âmbito


do Sistema Único de Saúde (SUS).
Política Nacional de Atenção Básica

❑ Rever das Diretrizes que organizam a Atenção Básica em


todo território nacional no âmbito do SUS.

❑ Implementar e operacionalizar a Atenção Básica no SUS.

❑ Priorizar do cuidado integral à saúde, focado nas


necessidades dos usuários dos serviços de saúde.
Política Nacional de Atenção Básica

Objetivos da pnab:

✓ Ampliar do cuidado com resolutividade na Atenção


Básica, evitando a exposição das pessoas a consultas
e/ou procedimentos desnecessários.

✓ Organizar o acesso, (uso racional dos recursos em


saúde, impedir deslocamentos desnecessários e
melhorar a eficiência e equidade à gestão das listas
de espera.
Política Nacional de Atenção Básica

O que é a atenção básica nas redes de


atenção à saúde?
Política Nacional de Atenção Básica

A ATENÇÃO BÁSICA deve ser o principal contato dos


usuários e centro de comunicação com toda a Rede de
Atenção à Saúde.
Política Nacional de Atenção Básica
Política Nacional de Atenção Básica
Política Nacional de Atenção Básica
Política Nacional de Atenção Básica
❑ Características Básicas
Principal porta de entrada (preferencial) do SUS e centro
de comunicação da RAS, que deve organizar o fluxo dos
serviços nas redes de saúde, dos mais simples aos mais
complexos.
Política Nacional de Atenção Básica

A Atenção Básica deverá oferecer atendimento integral e


gratuito a todas as pessoas, de acordo com suas
necessidades e demandas do território, considerando os
determinantes e condicionantes de saúde.

É proibida qualquer discriminação e exclusão.


Política Nacional de Atenção Básica

Estratégia prioritária da Política Nacional de Atenção Básica

A PNAB tem a Saúde da Família como estratégia prioritária


para expansão e consolidação da Atenção Básica.
Política Nacional de Atenção Básica

A Atenção Básica possui um espaço privilegiado de gestão do


cuidado das pessoas e cumpre papel estratégico na rede de
atenção à saúde, servindo como base para o seu
ordenamento e para a efetivação da integralidade.
Política Nacional de Atenção Básica

Princípios e Diretrizes do SUS e da RAS a serem


operacionalizados na Atenção Básica (PNAB, art. 3º)

▪ UNIVERSALIDADE

▪ EQUIDADE

▪ INTEGRALIDADE
Política Nacional de Atenção Básica

DOS PRINCÍPIOS E DIRETRIZES GERAIS


da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB)

1. Ter território adstrito sobre o mesmo.

2. Possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde


de
qualidade e resolutivos.
Política Nacional de Atenção Básica

3. Desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as


equipes e a população adscrita.

População Adscrita: presente no território da UBS, de relações de vínculo


com as equipes, garantindo a continuidade das ações de saúde do cuidado,
com o objetivo de ser referência para o seu cuidado.
Política Nacional de Atenção Básica

4. Coordenar a integralidade das ações de saúde em seus vários


aspectos.
Política Nacional de Atenção Básica

5. Estimular a participação dos usuários como forma de ampliar sua


autonomia e capacidade na construção do cuidado à sua
saúde e das pessoas e coletividades do território.
Política Nacional de Atenção Básica
AMBIÊNCIA DA ATENÇÃO BÁSICA

deve proporcionar uma


espaço físico entendido
Ambiência como lugar social,
atenção acolhedora e
humana para as
profissional e de
pessoas, além de um
relações interpessoais.
ambiente saudável
para o trabalho dos
profissionais de saúde.
INFRAESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA ATENÇÃO
BÁSICA
Adequação da estrutura física, tecnológica e de recursos humanos das UBS
e USF para atender as necessidades da população de cada território.

Considerar a densidade demográfica, a composição, atuação e os tipos de


equipes, perfil da população e as ações e serviços de saúde a serem
realizados.

Seguimento das normas sanitárias e das normas de infraestrutura vigentes.

Unidades cadastradas no Sistema de Cadastro Nacional de


Estabelecimentos de saúde (SCNES) de acordo com as normas em vigor.
Política Nacional de Atenção Básica

ESTRUTURA FÍSICA DA UNIDADE BÁSICA DE


SAÚDE

▪ consultório médico e consultório de enfermagem (com


banheiro),

▪ sala de procedimentos,

▪ sala de vacinas,

▪ área para assistência farmacêutica,


Política Nacional de Atenção Básica

▪ sala de inalação coletiva,

▪ sala de observação,

▪ Sala de coleta de exames,

▪ sala de expurgo,

▪ sala de esterilização,
Política Nacional de Atenção Básica

▪ sala de atividades coletivas para os profissionais da


Atenção Básica,

▪ área de recepção com local para arquivos e registros,

▪ sala de acolhimento à demanda espontânea,

▪ sala de administração e gerência,


Política Nacional de Atenção Básica

▪ banheiro público e para funcionários, entre outros


ambientes conforme a necessidade,

▪ consultório odontológico com equipo odontológico


completo.
Política Nacional de Atenção Básica

Deverá estar afixado em local visível, próximo à entrada da


UBS e USF:

- Identificação e horário de atendimento;


- Mapa de abrangência, com a cobertura de cada equipe;
- Identificação do Gerente da Atenção Básica no território e
dos componentes de cada equipe da UBS;
- Relação de serviços disponíveis;
- Detalhamento das escalas de atendimento de cada
equipe.
Política Nacional de Atenção Básica

PORTARIA Nº 397, DE 16 DE MARÇO DE 2020

Dispões sobre o Programa Saúde na Hora, no âmbito da


Política Nacional de Atenção Básica.
Política Nacional de Atenção Básica

OS ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À


SAÚDE, NO ÂMBITO DO SUS:

I - Unidade Básica de Saúde (UBS): estabelecimento que não


possui equipe de Saúde da Família;
Política Nacional de Atenção Básica

II - Unidade de Saúde da Família (USF): estabelecimento com


pelo menos 1 (uma) equipe de Saúde da Família, que possui
funcionamento com carga horária mínima de 40 horas semanais,
no mínimo 5 (cinco) dias da semana e nos 12 meses do ano,
possibilitando acesso facilitado à população.
Política Nacional de Atenção Básica

As USF e UBS são consideradas


potenciais espaços de educação, formação de
recursos humanos, pesquisa, ensino em
serviço, inovação e avaliação tecnológica para
a RAS.
Política Nacional de Atenção Básica

A Portaria nº 397/20 instituído o Programa Saúde


na Hora no âmbito da Política Nacional de Atenção
Básica, com objetivo de implementar o horário
estendido de funcionamento das Unidades de Saúde
da Família (USF) e Unidades Básicas de Saúde (UBS),
no Sistema Único de Saúde (SUS).
Política Nacional de Atenção Básica

São objetivos do Programa Saúde na Hora:

I - ampliar o horário de funcionamento das USF e


UBS, possibilitando maior acesso dos usuários aos
serviços;

II - ampliar a cobertura da Estratégia Saúde da


Família;

III - ampliar o acesso às ações e serviços


considerados essenciais na Atenção Primária à Saúde
(APS);
Política Nacional de Atenção Básica

IV - ampliar o número de usuários nas ações e nos


serviços promovidos nas USF e UBS; e

V - reduzir o volume de atendimentos de usuários


com condições de saúde de baixo risco em unidades
de pronto atendimento e emergências hospitalares."
Política Nacional de Atenção Básica

Equipes cadastradas no SCNES participantes do


Saúde na Hora:

I - Equipes de Saúde da Família (eSF);

II - Equipes de Atenção Primária (eAP); e

III - Equipes de Saúde Bucal (eSB)."


Política Nacional de Atenção Básica

Ministério da Saúde

PORTARIA Nº 2.539, DE 26 DE SETEMBRO DE 2019

dispõe sobre o financiamento de equipe de Saúde Bucal -


eSB com carga horária diferenciada.
Política Nacional de Atenção Básica

Tipos de Equipes da Atenção Primária (eAP):

1 - Equipe de Saúde da Família (eSF)


2 - Equipe da Atenção Básica (eAB):
3 - Equipe de Saúde Bucal (eSB)
4 - Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção
Básica (Nasf-AB)
A Portaria n. 2.979 de 12 de novembro de 2019, substitui o
NASF pelo Programa Previne Brasil.
Ministério da Saúde (SAPS/MS)- Nota Técnica nº 3/2020:

Revogou os serviços do Núcleo Ampliado de Saúde da


Família e Atenção Básica (NASF-AB) e criou um novo modelo
de financiamento de custeio da Atenção Primária à Saúde
(APS), instituído pelo programa “Previne Brasil”.
O Programa Previne Brasil é o modelo de financiamento da
Atenção Primária à Saúde (APS) e foi instituído pela
Portaria nº 2.979, de 12 de novembro de 2019 e alterado
pela Portaria 2.254 de 3 de setembro de 2021.
De acordo com o documento, “a composição de equipes
multiprofissionais deixa de estar vinculada às tipologias de
equipes NASF-AB.”

“O gestor municipal passa a ter autonomia para compor suas


equipes multiprofissionais, definindo os profissionais, a carga
horária e os arranjos de equipe.”
O Programa Previne Brasil leva em conta três componentes
para fazer o repasse financeiro federal a municípios e ao
Distrito Federal:

• capitação ponderada (cadastro de pessoas),


• pagamento por desempenho (indicadores de saúde) e
• incentivo para ações estratégicas (credenciamentos/adesão
a programas e ações do Ministério da Saúde).
Financiamento de Custeio da APS

Capitação Pagamento por Incentivo para


Ponderada desempenho ações estratégicas

Repasse financeiro vinculado ao nº de


pessoas cadastradas por equipe, Vinculado aos resultado dos Destinado ao custeio
aplicando os pesos de vulnerabilidade indicadores alcançados pelas de ações, programas e
socioeconômica, perfil demográfico e equipes de Saúde da Família e de estratégias
classificação geográfica. Denominado Atenção Primária* específicos**
Valor Cheio da Capitação
Conjunto dos 7 indicadores para o pagamento
por desempenho:

1. Proporção de gestantes com pelo menos 6 (seis) consultas


pré-natal realizadas, sendo a 1ª até a 20ª semana de
gestação.

2. Proporção de gestantes com realização de exames para


sífilis e HIV.

3. Proporção de gestantes que passaram por atendimento


odontológico.
4. Cobertura de exame citopatológico.

5. Cobertura vacinal de poliomielite inativada e de


pentavalente.

6. Percentual de pessoas hipertensas com pressão arterial


aferida em cada semestre.

7. Percentual de diabéticos com solicitação de hemoglobina


glicada.
A proposta tem como princípio aumentar o acesso das
pessoas aos serviços da APS e o vínculo entre população e
equipe, com base em mecanismos que induzem à
responsabilização dos gestores e dos profissionais pelas
pessoas que assistem.

O Previne Brasil começou a ser implementado em 2020.


PORTARIA GM/MS Nº 1.035, DE 5 DE MAIO DE
2022

Define e homologa os códigos referentes ao Cadastro


Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) dos
serviços da Atenção Primária à Saúde (APS)
credenciados e cadastrados no Sistema de Cadastro
Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES)
para fins da transferência dos incentivos de custeio
federal, acompanhamento, monitoramento e
avaliação.
Política Nacional de Atenção Básica

Os médicos, enfermeiros e cirurgiões-dentistas que integram


as eSF ou eAP e as eSB deverão cumprir carga horária
individual mínima de 20 (vinte) horas semanais e poderão
participar de mais de uma eSF, eAP ou eSB.
Política Nacional de Atenção Básica

FUNCIONAMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA

✓ Carga horária mínima de 40 horas/semanais, no mínimo 5


(cinco) dias da semana e nos 12 meses do ano.
Política Nacional de Atenção Básica

✓ Horários alternativos de funcionamento podem ser pactuados


através das instâncias de participação social, desde que
atendam expressamente a necessidade da população,
observando, sempre que possível, a carga horária mínima
descrita acima.
Política Nacional de Atenção Básica

✓ População adscrita por eAP e eSF de 2.000 a 3.500 pessoas,


localizada dentro do seu território.
Política Nacional de Atenção Básica

✓ 4 (quatro) equipes por UBS (Atenção Básica ou Saúde da


Família), para que possam atingir seu potencial resolutivo.
Política Nacional de Atenção Básica

✓ Teto máximo de equipes de Atenção Básica (eAB) e de Saúde da


Família (eSF), com ou sem os profissionais de saúde bucal
(Município e o Distrito Federal): População/2.000.
Política Nacional de Atenção Básica

Cálculo para saber a quantidade de Equipes por


Território

Ex: Território do gestor tem a pop 14.000 hab


dividido por 2.000 igual a 7, que é a quantidade
máxima de equipes que o gestor tem que ter
cadastrada no seu território.
Política Nacional de Atenção Básica

✓ Nos municípios com menos de 2.000 habitantes, tem que ter


uma equipe de Saúde da Família (eSF) ou de Atenção Básica
(eAB) que seja responsável por toda população;
Política Nacional de Atenção Básica

A Atenção Básica (AB) deve


cumprir algumas funções para contribuir com o
funcionamento das Redes de Atenção à Saúde (RAS).

❖ Ser resolutiva - identificar riscos, necessidades e


demandas de saúde.

❖ Coordenar o cuidado - elaborar, acompanhar e gerir


projetos terapêuticos singulares.
Política Nacional de Atenção Básica

FINANCIAMENTO DAS AÇÕES DE ATENÇÃO BÁSICA

O financiamento tripartite conforme especificado no Plano


Nacional, Estadual e Municipal de gestão do SUS.
Política Nacional de Atenção Básica

Recursos que estão condicionados à implantação de


estratégias e programas da Atenção Básica, tais como os
recursos específicos para os municípios que implantarem:
Política Nacional de Atenção Básica

➢ as equipes de Saúde da Família (eSF),

➢ as equipes de Atenção Básica (eAB),

➢ as equipes de Saúde Bucal (eSB),

➢ as equipes de Agentes Comunitários de Saúde (eACS),


Política Nacional de Atenção Básica

➢ as equipes dos Consultórios na Rua (eCR),

➢ as equipes de Saúde da Família Fluviais (eSFF)

➢ As equipes de Saúde da Família Ribeirinhas (eSFR)

➢ equipes de Atenção Primária Prisional (eAPP)

➢ Programa Saúde na Escola e

➢ Programa Academia da Saúde;


Política Nacional de Atenção Básica

I. Equipe de Saúde da Família Ribeirinhas (ESFR): equipes que


desempenham a maior parte de suas funções em Unidades
Básicas de Saúde (UBS) construídas/localizadas nas
comunidades pertencentes a regiões à beira de rios e lagos
cujo acesso se dá por meio fluvial.
Política Nacional de Atenção Básica

II. Equipes de Saúde da Família Fluviais (ESFF): equipes que


desempenham suas funções em Unidades Básicas de Saúde
Fluviais (UBSF).
Política Nacional de Atenção Básica
Política Nacional de Atenção Básica
Política Nacional de Atenção Básica
Política Nacional de Atenção Básica

Programa Médicos pelo Brasil (PMpB)


Decreto 10.283, de 20 de março de 2020.
ADAPS - (Agência para o Desenvolvimento da Atenção
Primária)
Agência de natureza privada para gerir programa
Médicos pelo Brasil, que tem como uma de suas
atribuições firmar contratos com entidades privadas para
prestação de serviços de saúde na Atenção Primária.

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