Você está na página 1de 9

Cecília Meireles

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Cecília Meireles ou Cecília Benevides de Carvalho


Meireles (Rio de Janeiro, 7 de novembro de 1901 — Rio Cecília Meireles
de Janeiro, 9 de novembro de 1964) foi uma jornalista,
pintora, poeta, escritora e professora brasileira. É um nome
canônico do modernismo brasileiro, uma das grandes poetas
da língua portuguesa e é amplamente considerada a melhor
poeta do Brasil, pois que tenha combatido a palavra poetisa
por causa da discriminação de gênero que apenas depunha
outras artistas, como se houvesse caminhos distintos para
um poeta.[1]

Ela viajou pelas Américas na década de 1940, visitando os


Estados Unidos, México, Argentina, Uruguai e Chile. No
verão de 1940, ela deu palestras na Universidade do Texas
em Austin. Ela escreveu dois poemas sobre seu tempo na
capital do Texas e um longo (800 linhas) poema
socialmente consciente "EUA 1940", publicado
postumamente. Como jornalista, suas colunas (crônicas)
concentravam-se mais na educação, mas também em suas
viagens ao exterior no hemisfério ocidental, Portugal, outras Cecília Meireles, sem data. Arquivo
partes da Europa, Israel e Índia (onde recebeu um Nacional
doutorado honorário). Nome Cecília Benevides de
completo Carvalho Meirelles
Como poeta, seu estilo era principalmente neossimbolista e Nascimento 7 de novembro de 1901
seus temas incluíam tempo efêmero e vida contemplativa. Rio de Janeiro, DF
Embora não se preocupasse com a cor local, o vernáculo Morte 9 de novembro de
nativo ou os experimentos em sintaxe (popular), ela é 1964 (63 anos)
considerada um dos poetas mais importantes da segunda Rio de Janeiro,
fase do modernismo brasileiro, conhecida pelo Guanabara
vanguardismo nacionalista. Como professora, ela fez muito Nacionalidade brasileira
para promover reformas educacionais e defendeu a Cônjuge Fernando Correia Dias
construção de bibliotecas infantis. Entre 1935 e 1938, (1922 - 1935)
lecionou na universidade de curta duração do distrito federal Heitor Grillo (1940 - 1964)
do Rio de Janeiro. Filho(a)(s) Maria Elvira Meireles
Correia Dias (n. 1923)
Maria Mathilde Meireles
Biografia Correia Dias (n. 1924)
Maria Fernanda Meireles
Correia Dias (n. 1928)
Juventude Alma mater Instituto Superior de
Educação do Rio de
Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu no bairro Janeiro
Rio Comprido, na cidade do Rio de Janeiro. Seus pais eram Ocupação Professora ·
Carlos Alberto de Carvalho Meireles, funcionário do Banco Conferencista ·
do Brasil,[2] e Mathilde Benevides Meireles, professora da Professora universitária ·
Jornalista · Ensaísta ·
rede pública de ensino fundamental (na época, ensino Diretora de revista ·
primário). Antes de Cecília nascer, sua mãe havia perdido Folclorista · Pintora ·
seus outros filhos: Carlos, Vítor e Carmem.[3] Seu pai Escritora · Tradutora
Carlos morreu três meses antes do nascimento de Cecília. Período de 1919 — 1964
Aos três anos de idade, sua mãe morreu, e Cecília se mudou atividade
para as imediações das ruas Zamenhoff, Estrela e São Prémios Olavo Bilac - Acadêmia
Carlos, passando a morar com sua avó materna, Jacinta Brasileira de Letras
Garcia Benevides, uma portuguesa nascida na Ilha de São (1938)
Miguel, Açores,[2] na época viúva e única sobrevivente da
Jabuti (1963 - Prêmio
família.[4][5][6] Ela criou a menina com ajuda de Pedrina, a
babá da menina, que sempre lhe contava histórias à do livro de poesia
Solombra)
noite.[6][7]
Machado de Assis -
Cecília cursou o ensino fundamental na Escola Modelo
Academia Brasileira
Estácio de Sá,[5] onde, ao concluir o curso em 1910,
de Letras (1965 -
recebeu das mãos de Olavo Bilac, inspetor da escola, uma
Póstumo - Conjunto
Medalha de Ouro Olavo Bilac pelo esforço e excelente da obra)
desempenho "com distinção e louvor".[6][8] Nessa época, a
garota já demonstrava paixão por livros, chegando a
Género Poesia · Prosa · Conto ·
escrever seus primeiros versos. Também demonstrava literário Crônica · Teatro
interesse pela música, o que a levou estudar canto, violão e
Magnum opus Romanceiro da
violino[7] no Conservatório Nacional de Música,[2] pois Inconfidência (1953)
sonhava em escrever uma ópera sobre o Apóstolo São
Religião catolicismo
Paulo.[4] No entanto, posteriormente, acabou se dedicando
à literatura, tendo em vista que não conseguiria Assinatura
desempenhar com perfeição muitas atividades
simultaneamente.[4]

Cecília Meireles possuía olhos azuis-esverdeados, era


curiosa e sozinha, sobretudo porque sua avó não a deixava sair de casa para brincar, mesmo quando era
chamada por outras crianças.[7] Durante uma entrevista, Cecília disse que "em toda a vida, nunca me
esforcei por ganhar e nem me espantei por perder". A infância solitária rendeu à futura escritora dois pontos
que, para ela, foram positivos: "a solidão e o silêncio".[9][10]

1917-1935: Formação acadêmica e primeiro casamento

Em 1917, aos dezesseis anos de idade, formou-se na Escola Normal do Distrito Federal, no Rio de
Janeiro,[11] onde teve como professores o historiador Basílio de Magalhães, a escritora infantil Alexina
Magalhães Pinto e o poeta Osório Duque-Estrada.[6] Por consenso, foi escolhida como oradora do seu
grupo de formatura.[4] A partir de então, passou a lecionar. Em 24 de outubro de 1922, já tendo publicado o
seu livro de estreia, casou-se com o pintor, desenhista, ilustrador[3] e artista plástico[2] português Fernando
Correia Dias, que havia se mudado para o Brasil em abril de 1914, radicando-se no Rio de Janeiro[4] e
contribuindo para o desenvolvimento das artes gráficas no país.[3] A união dos dois gerou três filhas: Maria
Elvira, Maria Mathilde e Maria Fernanda. Além disso, a união com Correia Dias proporcionou à escritora
um contato com o movimento poético em Portugal, no início do século XX, do qual Fernando Pessoa fez
parte, e uma parceria na ilustração de sua obra.[2][4] Porém, o casamento com o ilustrador não foi fácil: o
casal passou por grandes dificuldades financeiras e o preconceito da época prejudicou o artista plástico e a
professora. Seguiu-se um período difícil de perseguição mais ou menos velada, em que durante quatro anos,
por ironia e desagravo de sua capacidade pedagógica, Cecília Meireles manteve uma página diária sobre
educação no Diário de Notícias.[2] Também se encontra colaboração da sua autoria na revista luso-
brasileira Atlântico.[12]

Carreira docente

Cecília iniciou sua carreira docente em 1918, quando foi nomeada professora adjunta[nb 1] do curso
primário, na Escola Pública Deodoro.[4][11] Em 29 de março de 1920, o Diretor Geral de Instrução Pública
recebeu autorização do então prefeito da cidade[nb 2] para formar turma de desenho da Escola Normal do
Distrito Federal. Ele escolheu Cecília, a pedido do arquiteto e engenheiro Fernando Nereo de Sampaio, que
era responsável pela Cátedra de Desenho da Escola e fazia parte da equipe de Anísio Teixeira na Diretoria
de Instrução Pública.[4] Preocupada com a qualidade do ensino e a escassez de livros didáticos, Cecília
escreveu livros para escolas primárias e publicou em 1924 o livro infantil Criança, Meu Amor, com prosas
para o ensino fundamental.[13] Ele foi adotado pela Diretoria Geral da Instrução Pública do Distrito Federal
e aprovado pelo Conselho Superior de Ensino do Estado de Minas Gerais e Pernambuco, entrando na lista
de leitura de livros paradidáticos. Entre os temas do livro estavam retratos, momentos do dia, animais de
estimação, tarefas, sentimentos e brincadeiras.[14]

1920-1930: concurso da Escola Normal e tese O Espírito Vitorioso

Cecília dedicou-se a estudar visando um concurso promovido pela Escola Normal para preencher o cargo
de professor catedrático. Em correspondências para o marido, Cecília confidenciou sua intenção de
participar. Em 1930, realizou a primeira etapa do concurso, defendendo a tese "O Espírito Vitorioso",[nb 3]
na qual defendia "a escola moderna" e destacava os princípios de liberdade, de inteligência, de estímulo à
observação e à experimentação. Nessa fase, dos oito candidatos, três foram reprovados e dois desistiram em
função das notas obtidas. Somente dois continuaram disputando: Cecília Meireles e Clóvis do Rego
Monteiro, tendo este nota superior à de Cecília. A última fase, realizada em 26 de agosto do mesmo ano, era
uma prova prática, na qual Cecília foi derrotada.[15]

1935-1964

Nesse período, Cecília publica diversas obras e traduções, realizando pesquisas históricas e visitando e
vivendo em pequenos intervalos em países como a Argentina, Bélgica, Holanda, EUA, Índia, Israel, e teve
obras traduzidas para diversos idiomas, incluindo alemão, espanhol, francês, húngaro, inglês e
italiano.[16][17]

De 1935 a 1938 ela foi professora de Literatura Luso-Brasileira e de Técnica e Crítica Literária na
Universidade do Distrito Federal (que era na época no Rio de Janeiro).[16]

Em 1940, ela deu um curso de literatura e cultura brasileira à Universidade do Texas em Austin (Estados
Unidos).[16] Ao longo da década, ela viaja pela América, passando pelo México e Chile e também visitando
em 1944 o Uruguai e a Argentina, e publica uma obra em Boston em 1945. Em 1951, viaja à França,
Bélgica, Holanda e Açores e se aposenta do cargo de diretora da Prefeitura do Distrito Federal.[16][17]

Em 1953, viaja à Índia a convite do primeiro-ministro Jawaharlal Nehru e participa de um congresso sobre
Gandhi em Goa. Em Nova Deli, recebe das mãos do presidente um título Doctor honoris causa por suas
traduções da obra de Rabindranath Tagore.[17]

Fez uma nova viagem à Europa em 1954. Em 1958, visita Israel.[17]


Em 1962, um câncer no estômago começa a se manifestar e ela vem a falecer em 9 de novembro de 1964
no Rio de Janeiro, aos 63 anos.[17]

Carreira literária
Com dezoito anos de idade, em 1919, Cecília publicou seu primeiro livro de poemas, Espectros, lançado
pela Editora Leite Ribeiro (hoje Freitas Bastos),[4] com dezessete sonetos, escritos no tempo em que
cursava a Escola Normal, e com prefácio assinado por Alfredo Gomes, que tinha sido seu professor de
Língua portuguesa e, à época, prestigioso gramático, que saudava "o coração já superiormente formado, a
inteligência clara e lúcida, a intuição notável com que sabia expor pensamentos próprios e singulares até em
assuntos pedagógicos" de sua aluna.[18] O livro continha poemas sobre temas históricos, lendários,
mitológicos e religiosos, tendo personagens como Cleópatra, Maria Antonieta, Judite, Sansão e Dalila,
retratados em sonetos, sob influência simbologista, na musicalidade e melancolia,[19] indo na contramão do
que estava sendo publicado na época.[20] Com diminuta tiragem, acredita-se que o livro tenha sido lançado
às custas da autora.[21] O livro ganhou uma crítica positiva de João Ribeiro, publicada no jornal O
Imparcial, em que ele previa um belo futuro para Cecília.[21] Para Darcy Damasceno, crítico do Jornal do
Comércio, o livro impedia a revelação da real face criativa e espiritual de Meireles devido ao rigor das
métricas e acentuação, em textos parnasianos.[22] Durante certa época, exemplares do livro desapareceram
de circulação, levantando a hipótese de que, de fato, nunca tivessem existido. Nem mesmo a família da
autora tinha notícias a respeito ou qualquer exemplar da obra.[6] Dele, o que se conhecia eram apenas
fragmentos.[3][19] Porém, em 2001, o livro foi reeditado e incorporado à Poesia Completa, coletânea
lançada pela Nova Fronteira.[4]

A partir daí, Cecília começou a se aproximar de escritores como Tasso da Silveira, Andrade Muricy e, entre
fevereiro e março de 1922, escreveu novos poemas para compor um novo livro.[6] Nessa época, aconteceu
a Semana de Arte Moderna, em São Paulo, liderada por Oswald de Andrade, com o qual Cecília teve pouco
contato. No ano seguinte, publicou Nunca Mais... E Poema dos Poemas, pela editora Leite Ribeiro,
contendo vinte e um poemas e seis sonetos[13] de caráter simbolista e com ilustrações de seu marido,
Correia Dias. Posteriormente, Cecília pediu que esse livro fosse removido de sua bibliografia.[6][9] Publicou
em 1924 Criança, Meu Amor, seu primeiro livro infantil, com crônicas em prosa poética[14] para o ensino
fundamental,[13] nas quais a escritora abordou realidades que as crianças gostam, como "o imaginário, o
bom conselho, o humor e a fantasia".[23] Os poemas escritos entre fevereiro e março de 1922 foram
publicados em Baladas para El-Rei, lançado em 1925, pela Editora Brasileira Lux, também com ilustrações
de Correia Dias,[4] seguindo a mesma linha dos últimos dois volumes já publicados, o que acabou fazendo
com que estudiosos caracterizem essa parte da vida de Cecília como um "simbolismo-tardio", movimento
literário encabeçado por Tasso da Silveira.[24]

Além de poeta, cronista, teatróloga e jornalista, Cecília também teve uma renomada carreira de tradutora
literária, pelo que recebeu mais de um prêmio e reconhecimentos internacionais. Ela conhecia inglês,
francês, italiano, alemão, russo, espanhol, hebraico e dialetos do grupo indo-iraniano, tendo aprendido o
sânscrito e hindi. Dentre as obras que verteu ao português, destacam-se as traduções de poemas de
Rabindranath Tagore, pelo que recebeu título de Doutora Honoris Causa pela Universidade de Delhi na
Índia, além de Charles Dickens, François Perroux, Alexandre Pushkin, Rainer Maria Rilke,[25] os livros
Orlando, de Virginia Woolf, a Bodas de Sangue, de García Lorca, e antologias de poesia hebraica e
chinesa, esta última constituída por poemas de Li Po e Du Fu.[16][26]

Homenagens
Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras, pelo livro Viagem (1938).
Prêmio de Tradução de Obras Teatrais (1962).
Prêmio Jabuti de Tradução de Obra Literária pelo livro
Poesia de Israel (1963).
Prêmio Jabuti de Poesia, pelo livro Solombra (1964).
Prémio Machado de Assis (1965).
Sócia honorária do Real Gabinete Português de Leitura.
Sócia honorária do Instituto Vasco da Gama (Goa).
Doutora "honoris causa" pela Universidade de Delhi
(Índia).
Oficial da Ordem do Mérito (Chile).
Homenagem na cédula de 100 do
Nos Açores, de onde eram oriundos os seus pais,[27] o nome de padrão Cruzeiro (1990–1993), ex-
Cecília Meireles foi dado à escola básica da freguesia de Fajã de moeda brasileira antes do Cruzeiro
Cima, concelho de Ponta Delgada, terra de sua avó materna, Jacinta Real.
Garcia Benevides.

Após sua morte, recebeu como homenagem a impressão de uma cédula de cem cruzados novos. Esta
cédula com a efígie de Cecília Meireles, lançada pelo Banco Central do Brasil, no Rio de Janeiro, em 1989,
seria mudada para cem cruzeiros, quando houve a troca da moeda pelo governo de Fernando Collor.[28][29]

Obras
Estas são algumas das obras publicadas por Cecília Meireles:[28]

Retrato Natural, 1949


Espectros, 1919
Problemas de Literatura
Criança, meu amor, 1923 Infantil, 1950
Nunca mais, 1923 Amor em Leonoreta,
Poema dos Poemas, 1952
1923 Doze Noturnos de
Baladas para El-Rei, Holanda e o Aeronauta,
1925 1952
O Espírito Vitorioso, Romanceiro da
1929 Inconfidência, 1953
Saudação à menina de Cecília Meireles em Lisboa. Desenho
Poemas Escritos na
Portugal, 1930 de seu primeiro marido, Fernando
Índia, 1953
Correia Dias
Batuque, samba e Batuque, 1953
Macumba, 1933 Pequeno Oratório de
A Festa das Letras, 1937 Santa Clara, 1955
Viagem, 1939 Pistoia, Cemitério Militar
Olhinhos de Gato,1940 Brasileiro, 1955
Vaga Música, 1942 Panorama Folclórico de
Poetas Novos de Açores, 1955
Portugal, 1944 Canções, 1956
Mar Absoluto, 1945 Giroflê, Giroflá, 1956
Rute e Alberto, 1945 Romance de Santa
Rui — Pequena História Cecília, 1957
de uma Grande Vida, A Bíblia na Literatura
1948 Brasileira, 1957
A Rosa, 1957 1969
Obra Poética,1958 Flor de Poemas, 1972
Metal Rosicler, 1960 Poesias Completas, 1973
Poemas de Israel, 1963 Elegias, 1974
Antologia Poética, 1963 Flores e Canções, 1979
Solombra, 1963 Poesia Completa, 1994
Ou Isto ou Aquilo, 1964 Obra em Prosa - 6 Volumes - Rio de
Escolha o Seu Sonho, 1964 Janeiro, 1998
Crônica Trovada da Cidade de San Canção da Tarde no Campo, 2001
Sebastian do Rio de Janeiro, 1965 Poesia Completa, edição do centenário,
O Menino Atrasado, 1966 2001, 2 vols. (Org.: Antonio Carlos
Secchin. Rio de Janeiro: Nova Fronteira)
Poésie (versão francesa), 1967
Crônicas de educação, 2001, 5 vols. (Org.:
Antologia Poética, 1968 Leodegário A. de Azevedo Filho. Rio de
Poemas Italianos, 1968 Janeiro: Nova Fronteira)
Poesias (Ou isto ou aquilo& inéditos), Episódio Humano, 2007

Uma obra bastante particular e pouco conhecida de Cecília Meireles é o infanto-juvenil Olhinhos de Gato.
Baseado na vida de Cecília, conta sua infância depois que perdeu sua mãe Matilde Benevides Meireles e
como foi criada por sua avó D. Jacinta Garcia Benevides (chamada Boquinha de Doce no livro)[carece de
fontes?]

Cecília é considerada uma das maiores poetas do Brasil. Raimundo Fagner gravou várias músicas tendo
seus poemas como base, como "Canteiros" e "Motivo".[carece de fontes?]

Outros textos
1947 - Estreia "Auto do Menino Atrasado", direção de Olga Obry e Martim Gonçalves.
música de Luís Cosme; marionetes, fantoches e sombras feitos pelos alunos do curso de
teatro de bonecos.
1956/1964 - Gravação de poemas por Margarida Lopes de Almeida, Jograis de São Paulo e
pela autora (Rio de Janeiro - Brasil)
1965 - Gravação de poemas pelo professor Cassiano Nunes (Nova York - EUA).
1972 - Lançamento do filme "Os inconfidentes", direção de Joaquim Pedro de Andrade,
argumento baseado em trechos de "O Romanceiro da Inconfidência".

Notas
1. Na década de 1920, o quadro de professores da rede pública de ensino era constituída por
professores catedráticos, adjuntos de 1ª classe, adjuntos de 2ª classe, adjuntos de 3ª
classe, professores elementares, professores e escolas noturnas e coadjuvantes de
ensino.[4]
2. O corpo docente da Escola Normal era nomeado através de um Conselho Municipal. Desde
1916, esse Conselho contratou temporariamente docentes para surprir eventuais falta de
professores concursados para a escola. No início da década de 1920, a matrícula dessa
escola ultrapassou os dois mil alunos, o que forçou o administrador a chamar uma
quantidade grande de pessoas para lecionar as turmas suplementares, conforme Decreto nº
1.059, de 1916.[4]
3. Os candidatos do concurso tinham de apresentar alguns exemplares impressos de sua tese.
Cecília defendeu a Escola Moderna, com ênfase na formação do professor. Em 2 de
setembro de 1930, ela apresentou uma síntese dessa tese na página de Educação no Diário
de Notícias, que já escrevia, sob o título de "A Significação da Literatura na Formação do
Professor: de 'O Espírito Victorioso', these (sic) Apresentada ao Concurso de Literatura da
Escola Normal".[4]

Referências
1. Morelato, Adrienne Savazoni Morelato (28 de março de 2019). «Por que poeta, e não
poetisa?» (https://www.jornaltornado.pt/por-que-poeta-e-nao-poetisa/). Jornal Tornado.
Consultado em 27 de julho de 2022
2. Coelho, Nelly Novaes (2002). "Cecília Meireles: vida e obra (http://www.letras.ufmg.br/cesp/t
extos/(2001)01-Cec%EDlia%20Meireles.pdf)" (PDF) . Universidade de São Paulo.
Acessado em 9 de maio de 2015.
3. Lamengo, Valéria (2011). «Revista Cult » Cecília Meireles: 110 anos» (http://revistacult.uol.c
om.br/home/2011/11/cecilia-meireles-110-anos/). Revista Cult. Consultado em 9 de maio de
2015
4. Lôbo, Yolanda (2010). Sidney Rocha, ed. Cecília Meireles (http://www.dominiopublico.gov.b
r/download/texto/me4694.pdf) (PDF). Col: Coleção Educadores. Recife: Fundação Joaquim
Nabuco/Editora Massangana. 158 páginas. ISBN 978-85-7019-476-3. Consultado em 9 de
maio de 2015
5. Leite, Carlos Willian. «A última entrevista de Cecília Meireles - Revista Bula» (http://www.rev
istabula.com/496-a-ultima-entrevista-de-cecilia-meireles/). Revista Manchete, edição nº 630,
em 16 de maio de 1964. Revista Bula. Consultado em 9 de maio de 2015
6. «Releituras de Cecília Meireles» (http://www2.assis.unesp.br/arquivocecilia/index3.html).
Universidade Estadual Paulista. Consultado em 9 de maio de 2015
7. «Quem foi Cecília Meireles? » EBC - Conteúdo público de educação, cidadania, infantil,
notícias e mais» (http://www.ebc.com.br/infantil/voce-sabia/2014/12/quem-foi-cecilia-meirele
s). Plenarinho. Empresa Brasil de Comunicação. 15 de dezembro de 2014. Consultado em 9
de maio de 2015
8. «Biografia: Cecília Meireles» (http://www.uirb.com.br/noticia/28/Biografia+Cecilia+Meireles#.
VU4p46n19lc). Itaú Cultural. Universidade Infantil Rivanda Berenice. Consultado em 9 de
maio de 2015
9. Dal Farra, Maria Lúcia. «Cecília Meireles: imagens femininas» (http://www.scielo.br/pdf/cpa/
n27/32147.pdf) (PDF). Cadernos pagu (27), julho-dezembro de 2006: pp.333-371.
Universidade Federal de Sergipe. Consultado em 9 de maio de 2005
10. «A última entrevista de Cecília Meireles» (https://www.revistabula.com/496-a-ultima-entrevist
a-de-cecilia-meireles/). Revista Bula. 11 de maio de 2016. Consultado em 14 de fevereiro de
2022
11. Da Silva, Almir Tavares. "Cecília Meireles: Inquietações, Decepções e Contribuições para a
Nova Escola (http://midia.unit.br/enfope/2013/GT7/CECILIA_MEIRELES_INQUIETACOES_
DECEPCOES_E_CONTRIBUICOES_PARA_UMA_ESCOLA_NOVA.pdf)" (PDF) .
Universidade Tiradentes. Acessado em 9 de maio de 2015.
12. Helena Roldão (12 de Outubro de 2012). «Ficha histórica:Atlântico: revista luso-brasileira
(1942-1950)» (http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/Atlantico.pdf) (pdf).
Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 25 de Novembro de 2019
13. Gouvêa, Leila V.B (2008). Pensamento e "Lirismo Puro" na Poesia de Cecília Meireles. Col:
Coleção Ensaios de Cultura. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo.
248 páginas. ISBN 85-314-1042-8
14. Goldstein, Norma Seltzer. "Cecília Meireles: Autora de Livros Voltados para Pequenos
Leitores (http://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/viewFile/62339/65143)" (PDF) .
Universidade de São Paulo. Acessado em 9 de maio de 2015.
15. Da Cunha, Marcus Vinicius; De Souza, Aline Vieira (2010). «Cecília Meireles e o Temário da
Escola Nova» (http://www.scielo.br/pdf/cp/v41n144/v41n144a11.pdf) (PDF). Universidade de
São Paulo. Consultado em 9 de maio de 2015
16. «Cecília Meireles :: DITRA - Dicionário de tradutores literários no Brasil ::» (https://dicionario
detradutores.ufsc.br/pt/CeciliaMeireles.htm). dicionariodetradutores.ufsc.br. Consultado em 5
de novembro de 2019
17. «Arquivo Cecília Meireles» (http://www2.assis.unesp.br/arquivocecilia/index3.html).
www2.assis.unesp.br. Consultado em 5 de novembro de 2019
18. «Espectros» (http://www.skoob.com.br/espectros-330704ed370555.html). Skoob.
Consultado em 9 de maio de 2015
19. «Cecília Meireles - Enciclopédia Itaú Cultural» (http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa
3245/cecilia-meireles). Itaú Cultural. Consultado em 9 de maio de 2015
20. «Cecília Meireles » Autores » Literatura » Educação» (http://educacao.globo.com/literatura/a
ssunto/autores/cecilia-meireles.html). Globo.com. Consultado em 9 de maio de 2015
21. Secchin, Antonio Carlos. «Agulha - Revista de Cultura» (http://www.jornaldepoesia.jor.br/ag3
7meireles.htm). Revista de Cultura. Jornal de Poesias. Consultado em 9 de maio de 2015
22. Tardelli, Caio Cardoso (25 de abril de 2014). «mallarmargens: O Parnasianismo Místico de
Cecília Meireles» (http://www.mallarmargens.com/2014/04/o-parnasianismo-mistico-de-cecili
a.html). ISSN: 2316-3887. Mallarmargens - Revisa de Poesia e Arte Contemporânea.
Consultado em 9 de maio de 2015
23. Faustino, Fernanda. «Global Editora lança Criança meu amor…, de Cecília Meireles -
Global Editora» (http://www.globaleditora.com.br/noticias/global-editora-lanca-crianca-meu-a
mor-de-cecilia-meireles/). Editora Global. Consultado em 9 de maio de 2015
24. «PUC Rio - O Teatro Poético de Cecília Meireles» (http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/9055/
9055_8.PDF) (PDF). Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Consultado em 9 de
maio de 2015
25. Rainer Maria Rilke, A Canção de Amor e de Morte do Porta-Estandarte Cristóvão Rilke,
tradução de Cecília Meireles, Ilustrações de Arpad Szenes, Rio de Janeiro, R. A., 1947.
26. «Cecilia Meireles - Poetry & Biography of the Famous poet - All Poetry» (https://allpoetry.co
m/Cecilia-Meireles). allpoetry.com. Consultado em 5 de novembro de 2019
27. MAIA GOUVEIA, 2001:187.
28. «Cecília Meireles» (http://www.releituras.com/cmeireles_bio.asp). Projeto Releitura.
Consultado em 14 de setembro de 2012
29. «Moedas Comemorativas» (http://www.bb.com.br/portalbb/page3,8703,8715,1,0,1,6.bb?codi
goMenu=4686&codigoNoticia=5549&codigoRet=4696&bread=7). Banco do Brasil.
Consultado em 14 de outubro de 2012

Bibliografia
GIARETTA CHAVES, Maria Deosdedite. Estudo do poema - o linguistico e o poetico na
poesia de Cecilia Meireles. Osasco: Edifieo, 2001.
MAIA GOUVEIA, Margarida. Cecília Meireles: um percurso de espiritualidade. in Atlântida,
vol. XLVI, 2001, p. 187-194.

Ligações externas
Poemas de Cecília Meireles (https://www.crroma.art.br/search/label/Cec%C3%ADlia%20Me
ireles)
Cecília Meireles: Imagens femininas - artigos sobre a vida e obra da autora
«A poesia no detalhe: o diminuto mundo sensível cantado por Cecília Meireles - artigo sobre
a poeta» (https://dx.doi.org/10.35572/rle.v21i1.2140)
«Orientalismo na poesia de Cecília Meireles - artigo sobre a poeta» (https://periodicos.ufcat.
edu.br/lep/article/view/34370/18106)
«Cecília Meireles e o temário da escola nova - artigo sobre ativismo de Cecília para o
avanço da educação» (https://doi.org/10.1590/S0100-15742011000300011)

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Cecília_Meireles&oldid=66997967"

Você também pode gostar