Obras Importantes para A Construção Da Literatura Brasileira 2

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INOCÊNCIA

(Visconde de Tauanay)

-Romantismo literário brasileiro do século XIX;

-Maior Grosso;

Uma experiência amorosa com um final trágico por um trisal. O farmacêutico


ambulante Cirino, que cuidou de Inocência com suas medicações e a curou, se apaixona
pela moça e ela por ele, todavia Inocência já estava prometida em casamento, pelo pai
Pereira, para Manecão, um homem criado no sertão bruto, de índole violenta.

Manecão acaba descobrindo o amor proibido do farmacêutico e da jovem, fica


extremamente furioso e lava sua honra matando Cirino. Mais tarde, a própria Inocência
morre de tristeza por ter que se casar com Manecão.

- Regionalismo romântico mais realista

O GAÚCHO

(José de Alencar)

Romance que inaugura os diamantes regionalistas de Alencar em 1870,


começam-nos a descobrir e explorar as paisagens do Brasil e os tipos de costumes e
cresças (o Sul, nesse cenário), e também é um romance histórico por se passar entre os
anos de 1832 e 1835 (às vésperas e durante a Guerra dos Farrapos).

O Gaúcho se equilibra por três eixos: o cenário histórico, regionalista


(folclorista) e o enredo ficcional (cenário de vingança e história de amor)

Pontos que merecem destaque:

- forte antropomorfismo (os cavalos como personagens de destaque crucial -


humanizando os animais, assim como Graciliano Ramos na cachorrinha baleia em
Vidas Secas);
- Manoel: forte personalidade do protagonista, mesclando história e aventura; assim
como Catita, a personagem principal feminina, evidenciando a criação de uma heroína
de um romance romântico fugindo dos padrões até ali vistos nesse cenário tradicional;

- O impasse do desfecho: os personagens nem ficam juntos e nem se separam.

A ESCRAVA ISAURA

(Bernardo Guimarães)

- O livro foi publicado em 1875, período em que a escravidão era questionada no Brasil,
pois a abolição só ocorreu em 1888 com a Lei Áurea;

- Denuncia a escravidão, a favor da abolição;

Resumo: A obra narra a história de Isaura, uma escrava branca que foi criada como
filha pela família que a possuía. Assim, ela é protegida pela matriarca, que prometeu
libertar a escrava após sua morte, porém não é isso que ocorre.

Isaura torna-se propriedade de Leôncio após a morte dos pais dele. Leôncio é sem
caráter e, mesmo casado com Malvina, deseja possuir Isaura, por quem alimenta uma
paixão.

Malvina tinha certa simpatia por Isaura, mas quando descobre as intenções do marido
passa a desprezá-la.

A beleza de Isaura instigava a paixão de vários personagens: Leôncio, Belchior


(jardineiro), o feitor da fazenda e o irmão de Malvina. Ambos se declaram para a
escrava. Miguel é pai de Isaura e consegue juntar uma alta quantia exigida por Leôncio
para libertar a filha, mas Leôncio descumpre o combinado. Assim, deixa Malvina
desolada retorna à casa dos pais, deixando o vilão livre para incomodar a escrava.

Com tudo isso, Miguel foge com a filha para o nordeste e se fixam com outros nomes
em Recife. Nesse lugar Isaura se apaixona por Álvaro e é correspondida, porém, ao irem
a um baile Isaura é denunciada por um estudante como escrava fugida e ela volta a ser
propriedade de Leôncio. Mesmo assim, Álvaro defende a moça.
Como saída Isaura é persuadida a se casar com Belchior, mas antes da cerimônia Álvaro
aparece e revela que com a falência de Leôncio havia adquirido as dívidas e as
propriedades do vilão, incluindo a escrava Isaura. Leôncio se suicida e a história tem
final feliz.

Análise: A Escrava Isaura é uma obra pertencente ao romantismo brasileiro, seguindo


todos os preceitos dessa escola literária. Isaura é a protagonista idealizada por sua
beleza e qualidades, junto com sua nobreza e caráter, defendendo ferrenhamente sua
honra, que reserva para o homem que amar: Álvaro. O amor é apresentado de acordo
com as concepções românticas. Assim, Álvaro e Isaura se apaixonam à primeira vista.
Mesmo apresentando uma escrava branca, a obra teve grande impacto sobre a sociedade
na época, no que tange à abolição da escravidão.

A MORENINHA

(Joaquim Manoel de Macedo 1820-1881)

Centrado no romance entre Augusto e Carolina, sendo um dos pilares da


literatura brasileira, inaugurando o romantismo no Brasil;

Uma das mais calorosas terminativas de construir a literatura brasileira,


retratando o cotidiano do século XIX;

A moreninha é considerado um romance regional, inovador... (paisagem


maravilhosa - Ilha de Paquetá)

Em uma viagem de feriado para uma ilha, Augusto conheceu a tia Ana de
Felipe e sua irmã mais jovem - Carolina;

- Realçou o preconceito, julgamento a pessoa sem conhecer...;

- Na ilha existia um certo mistério em toda trama;

- O livro conta com a presença de um vocabulário diferente do atual, necessitando de


pesquisas em certas palavras.
MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS

(Manuel Antônio de Almeida)

- Mais parecido com período do realismo e diferente com a temática de José de


Alencar;

- Romance de costumes (a cada capítulo uma aventura e um certo cenário cultural, bem
divertido)

- Contrasta com o romantismo por a falta de características românticas, sendo


direcionando para o povo (com uma linguagem popular);

- Facetas realistas: figura do Vidigal abusando de seu poder como chefe da polícia;

- Divertido, humorado... conta a história do anti herói Leonardo (filho de Leonardo


Pataca);

- Relata a vinda do Brasil do oficial de justiça da época (Leonardo pai) e Maria das
Hortaliças. Leonardo dá um pisão do pé da moça e Maria dá um beliscão no homem,
depois nasce Leonardo filho - muito traquino;

- A mulher traia o esposo e acaba fugindo com o amante, onde o menino vai ser criado
pelo padrinho barbeiro;

- A madrinha fofoqueira (comadre) e a dona Maria (madame da sociedade e amiga dos


dois. Um dos passa-tempos principais da rica é processar as pessoas);

- Luizinha era feia e Leonardo implicava com ela. Com o tempo a moça fica bonita e o
rapaz se interessa com ela, porém a moça já tem um outro pretendente;

- Vidigal: figura autoritária, chefe da polícia, transformando Leonardo em um soldado


de milícias.
SENHORA

(José de Alencar)

- Ano de publicação: 1875 (último publicado em vida de Alencar, morrendo dois anos
depois). 20 anos se passaram e publicam “encarnação”

- Uma história não linear, palatado, direta e fluída sobre a senhora: Aurélia, de 18 anos;

- Emancipação feminina das mulheres na segunda metade do século XIX (gerir seus
patrimônios, ter o trabalho valorizado e o direito à educação);

- Seixas: pretendente que Aurélia, a mulher mais rica e bela, escolheu. Um casamento
de aparências, pois Seixas pediu a mal da moça anteriormente e desistiu por ela ser
pobre e Aurélia, por vingança, oferece um dote de 100 contos de réis e não consuma seu
casamento, humilhando seu marido...

- Dividido em quatro partes: 1. O preço; 2. Quitação; 3. Posse; 4. Resgate.

- Crítica ao casamento arranjando, sendo tratado como um negócio.

O CABELEIRA

(Franklin Távora)

- Regionalismo: 1876 retratando uma história que se passa em Pernambuco em 1776;

- Verdades históricas mais forte do que a uma elaboração ficcional;

- José Gomes (O Cabeleira) uma figura histórica (por questões folclóricas, mitos...). Foi
criado por uma mãe bondosa e um pai cangaceiro (antes de Lampião) que queria que o
filho fosse para o cangaço. Onde o pai, Joaquim Gomes, acaba pegando o folgo e indo
embora, afastando o folgo da amiga Luzia (grande figura apassivadora);

- Um personagem no meio do romantismo (por conta do sentimento que o leva a tomar


várias atitudes, inclusive no fim do livro) e do naturalismo (comportamento instintivo -
em um constante conflito interno);
- Desde criança ganhava facas do pai para se defender dos amigos, matar animais.
Assim, aos 16 anos, ele se desentende com uma vizinha e a espanca até a morte
(naquele dia tinha matado dois soltados e assaltado alguns locais), sendo mal visto pela
comunidade e também temido;

- Criam uma gangue e começam a assaltar e matar pessoas. No assalto a vila de Boa
Vista, sendo mal fadado, foram encurralados pela polícia e acabam fugindo
rapidamente. Na fuga, esquecem metade do dinheiro em um barco na margem de um rio
e voltam para buscar. Ao voltar, matam dois meninos que corriam fugindo do barco (e
que acharam que estavam roubando), onde um dos “amigos” do bando pega o dinheiro e
foge.

- Ao fim, o autor faz uma grande critica a pena de morte.

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