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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DO ACRE
CURSO DE TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL

JHON CLISMAN GOMES DE SOUZA

APROVEITAMENTO DA ÁGUA DA CHUVA APLICADO EM UM


SISTEMA DE IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO PARA O
CULTIVO DE HORTALIÇAS NA AGRICULTURA FAMILIAR

XAPURI –
ACRE
JHON CLISMAN GOMES DE SOUZA

APROVEITAMENTO DA ÁGUA DA CHUVA APLICADO EM UM


SISTEMA DE IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO PARA O
CULTIVO DE HORTALIÇAS NA AGRICULTURA FAMILIAR

Trabalho de Conclusão de
Curso apresentado ao Curso
de Tecnologia em Gestão
Ambiental do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia
do Acre, como requisito
parcial para obtenção do grau
de Tecnólogo em Gestão
Ambiental.
Orientador:

XAPURI –
ACRE
“Feliz aquele que transfere o que
sabe e aprende o que ensina.”
Cora Coralina
RESUMO

O presente projeto tem como objetivo mostrar de uma forma prática a utilização
da água da chuva em um sistema de irrigação por gotejamento em casas de
vegetação para o cultivo de diversos hortifrutis, em especial o cultivo de
hortaliças para o pequeno e médio agricultor. Um passo a passo de
como economizar recursos usando a água da chuva e pouco capital
inicial na construção de casas de vegetação e cisternas, levando em
consideração o alto índice pluviométrico do Estado do Acre este projeto
apresenta uma forma alternativa de usar a água da chuva na agricultura
familiar.

Palavras-Chaves: Sistema de Irrigação; Água da chuva; Agricultura; Hortifrutis;


Hortaliças.
SUMÁRIO

1 TEMA........................................................................................................................ 6
2 DELIMITAÇÃO DO TEMA.................................................................................... 6
3 OBJETIVO GERAL ............................................................................................... 6
3.1 Objetivos específicos...................................................................................... 6
4 PROBLEMA DE PESQUISA ............................................................................... 6
5 HIPÓTESE............................................................................................................... 7
6 JUSTIFICATIVA..................................................................................................... 7
7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................... 9
7.1 Agricultura familiar e sua importância na economia da agricultura
familiar..........................................................................................................................
9
7.2 Concepções do Sistema de Irrigação com Aproveitamento da Água da
Chuva......................................................................................................................... 12
7.3 Vantagens da irrigação localizada por gotejamento ............................... 13
8 METODOLOGIA................................................................................................... 15
8.1 Orçamento...................................................................................................... 18
9 CRONOGRAMA................................................................................................... 19
10 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 20
1 TEMA

Aproveitamento da água da chuva em um sistema de irrigação


por gotejamento para o cultivo de hortaliças na Agriculta Familiar.

2 DELIMITAÇÃO DO TEMA

O tema abordado, “Aproveitamento da água da chuva em um sistema de


irrigação por gotejamento para o cultivo de hortaliças na Agricultura Familiar”
será desenvolvido com agricultores descapitalizados de recursos para investir
no cultivo de hortaliças, na cidade de Xapuri – Acre, usando a Irrigação
por gotejamento.

3 OBJETIVO GERAL

Possibilitar a inserção de agricultores descapitalizados aos


reconhecidos benefícios da agricultura irrigada por meio de aproveitamento da
água da chuva, propondo sistemas tecnicamente eficientes, ambientalmente
adequados e de baixo custo, contribuindo para melhorar a qualidade de vida.

3.1 Objetivos específicos

• Criar e manter casas de vegetação para o cultivo de hortaliças com


intuito de incentivar a prática da agricultura familiar irrigada por
sistema de gotejamento com baixo custo para pequenos agricultores;
• Criar cisternas para captar, armazenar e filtrar a água da chuva;
• Aproveitar a água da chuva aplicando-a em um sistema de irrigação
por meio de gotejamento;

4 PROBLEMA DE PESQUISA
Como aproveitar a água da chuva em um sistema de irrigação por
gotejamento de uma forma alternativa aplicando-a no cultivo das hortaliças na
agricultura familiar?

5 HIPÓTESE

O projeto será desenvolvido por meio da criação de cisternas para


capacitação da água das chuvas é possível desenvolver o sistema de irrigação
por gotejamento para realização do processo de cultivo das hortaliças, auxiliado
assim o agricultor nos aspectos econômicos e ambientais.

6 JUSTIFICATIVA

O desenvolvimento desse projeto será com o sistema de irrigação por


gotejamento, conforme veremos este é um conjunto de mecanismos que visa
distribuir água às plantas cultivadas em quantidade adequada para promover
um desenvolvimento vegetal adequado, com um mínimo de consumo de água.
O projeto será desenvolvido focado na concepção do aproveitamento
da agua da chuva no sistema de irrigação por gotejamento de fácil manuseio e
baixo custo por meio de cisternas capazes de armazenarem uma relevante
quantidade de agua, possibilitando assim a irrigação das hortaliças.
De acordo com a Classificação de Köppen, o clima acreano é do tipo
equatorial, quente e úmido. Com temperaturas médias anuais variando
entre
24,5ºC e 32ºC (máxima), permanecendo uniforme em todo o estado
e predominando em toda a região amazônica. Ocorrem duas estações distintas:
uma seca e uma chuvosa. A estação chuvosa, ocorre de novembro a abril,
sendo caracterizado por chuvas constantes e abundantes. A umidade
relativa do ar atinge 90%, índice bastante elevado se comparado ao de
outras regiões brasileiras. Já os índices pluviométricos variam de 1.600 mm a
2.750 mm/ano (Portal de Informações do Governo do Estado do Acre)
Segundo o portal Só geografia,

“Este tipo de clima apresenta temperaturas altas o ano todo. As


médias pluviométricas são altas, sendo as chuvas bem
distribuídas nos 12 meses, e a estação seca é curta. Aliando esses
fatores ao fenômeno
da evapotranspiração, garante-se a umidade constante na região. É o
clima predominante no complexo regional Amazônico” (SÓ
GEOGRAFIA, 2007-2015).

Levando em consideração esse grande índice pluviométrico do estado


do Acre, uma boa forma de aproveitar essa quantidade de água da chuva é,
usando uma forma alternativa na agricultura familiar. Todo o processo
iniciar-se na captação desse recurso por meio de cisternas para aplicar em um
sistema de irrigação.
A água é elemento essencial nas diversas formas de vida no Planeta, e
indispensável na irrigação, para o bom desenvolvimento das plantações.

A utilização de águas pluviais para fins não potáveis apresenta-se


como uma alternativa viável e uma solução inteligente para pequenas
propriedades rurais que dependem ou buscam a implementação do
sistema de irrigação na produção de hortaliças, a fim de aumentar a
produtividade, a qualidade da produção e automaticamente a
rentabilidade. (BERNARDO, 2002)

É um meio de contribuir para melhoria da agricultura familiar


e principalmente explorar recursos vegetais sem agredir o meio
ambiente, colaborando para a sustentabilidade.
Segundo Bernardo (2000), irrigação é uma técnica que se confunde com
a evolução dos povos. Grandes civilizações se desenvolveram em função do
sucesso da agricultura irrigada. Com o aumento da demanda de água e
utilização inadequada dos recursos hídricos pelas atividades humanas, é
crescente a busca por métodos mais eficientes, que reduzam os desperdícios e
mantenham a qualidade e a produtividade das culturas.
Segundo Faulin (2003) a produção de hortaliças possui um papel
importante para a atividade agrícola familiar, tanto comercial quanto para
a subsistência. Isto se deve as características da cultura, que necessita de uma
extensão muito pequena de terra em relação a outras produções agrícolas,
além de exigir pouco conhecimento técnico e baixo nível de investimento.
Porém, a falta de homogeneidade, alta perecibilidade desse tipo de cultura
impõe vários problemas a produtividade e comercialização.
É considerada água para agricultura irrigada o volume do recurso natural
que não é suprido naturalmente por meio de chuvas, sendo necessária a
aplicação artificial aos cultivos, de forma a aperfeiçoar o seu desenvolvimento
biológico. Toda água acrescida ao plantio pode ser denominada como água de
irrigação (MAROUELLI et al., 2012).
Marouelli et al. (2012) afirmam que de toda a área irrigada de hortaliças
no Brasil, aproximadamente noventa por cento são por aspersão. Apesar de ser
o método de irrigação mais comum, não significa que é o mais adequado para
todas as condições de produção de hortaliças. A escolha do método de
irrigação deve ser realizada pela viabilidade econômica e pela técnica para
cada situação. No Brasil estima-se que setenta e dois por cento de água
utilizada seja designada a atividade agrícola, e devido a esse grande
volume, vem-se discutindo questões de políticas alternativas para essa
atividade (AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS, 2012).
Desta forma, a irrigação por gotejamento tem ganhado espaço,
principalmente nos últimos 15 anos. Este sistema aplica água em apenas parte
da área, reduzindo, assim, a superfície do solo que fica molhada, exposta às
perdas por evaporação. Com isso,
[...] a eficiência de aplicação é bem maior e o consumo de água
menor. A irrigação localizada é usada, em geral, sob a forma de
sistema fixo, ou seja, o sistema é constituído de tantas linhas laterais
quantas forem necessárias para suprir toda a área, isto é, não há
movimentação das linhas laterais. Porém, somente determinado
número de linhas laterais deve funcionar por vez, a fim de minimizar a
capacidade do cabeçal de controle (BERNARDO, 2002).

7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

7.1 Agricultura familiar e sua importância na economia da


agricultura familiar

Grande parte das propriedades rurais brasileiras é representada pelo


pequeno e médio agricultor, geralmente a mão-de-obra é desenvolvida pelo
próprio núcleo familiar, dando ênfase na diversificação de cultivo. Diferencia-se
pela capacidade de produção, acesso à tecnologia, infraestrutura e nível de
organização.
Todavia, o setor agropecuário familiar é destacado principalmente pela
produção de alimentos voltados para o autoconsumo, focalizando-se mais nas
funções de carácter social, tendo em vista sua menor produtividade e a
incorporação tecnológica. A agricultura família é um fator redutor do êxodo rural
e fonte de recursos para famílias com menor renda, contribuindo para a
geração de riqueza, favorecendo não só economia do setor agropecuário,
mas como também do próprio país.
A grande variação de solo, culturas, clima, disponibilidade de energia e
condições socioeconômicas exige do mercado uma quantidade variável de
métodos e equipamentos para irrigação. Substancialmente, os
principais métodos de irrigação que podem ser empregados são relacionados
a seguir, cada método ainda é executado através uma diversidade de
equipamentos.
Almeja-se da introdução de um sistema de irrigação ou de
qualquer atividade agrícola a obtenção do máximo retorno econômico. Não
obstante, é necessário considerar os impactos causados nos aspectos sociais e
ambientais.
A instalação de um sistema de irrigação deve ser projetado para
apresentar um desempenho econômico satisfatório, analisando a relação custo-
benefício e as variáveis envolvidas em função da complexidade do sistema.
Na contemporaneidade, a irrigação por gotejamento no sistema produtivo
é indispensável para o crescimento do agronegócio. Alguns benefícios da
aplicação desse sistema são:
• Redução dos riscos de quebra de safra por seca: este pode ser
considerado como um fator atrativo para investimentos na área da
irrigação.
• Garantia da demanda às necessidades hídricas: A irrigação quando
utilizada de forma complementar a chuva favorece o desenvolvimento e
a produção das culturas, proporcionando melhor
aproveitamento, consequentemente aumentando a eficiência do uso da
água aplicada pela chuva. Caso falta água em momentos críticos do
ciclo vegetativo, certamente haverá interferência no resultado final da
produção.
• Aumento de produtividade: Este fator está diretamente ligada com
a presença constante da água nas raízes da planta. O processo de
irrigação fornece água proporcionando um solo com umidade
adequada para desenvolvimento das plantas, não permitindo a
ocorrência do estresse hídrico na cultura, ocasionado pela falta
de água. Deste modo, consequentemente se dá o aumento da
produtividade de forma
significativa. Mediante as condições favoráveis, é possível a obtenção de
índices de produtividade acima das médias.

Na figura 1 são apresentados exemplos de produtividade de algumas


culturas adaptadas com sistema de irrigação, comparadas com a produtividade
média, conforme dados do IBGE (2009), com respectivos percentuais do
aumento da produtividade.

Figura 1 - Gráfico comparativo com e sem o uso de irrigação.

Fonte: Testezlaf, (2011).

Conforme Testezlaf, (2011),

[...] algumas espécies de plantas controladas pela


irrigação apresentam melhoria de qualidade no produto final,
cientificamente comprovado. Esta condição favorece principalmente a
classe de frutas e hortaliças, cujas qualidades desejáveis para o
consumo, como tamanho e teor de açúcar, podem ser
controladas pela irrigação. (TESTEZLAF, 2011)

O uso da irrigação por gotejamento proporciona ao agricultor a


ampliação do número de safras, já que este não depende mais da épocas das
chuvas para
poder colher. Ele passa a cultivar em diferentes épocas ou estações e tendo a
possibilidade de colheitas na entressafra, e consequentemente o aumento da
lucratividade da produção pela remuneração extra, já terá condições de colocar
o produto no mercado no momento de baixa oferta.

7.2 Concepções do Sistema de Irrigação com Aproveitamento da


Água da Chuva

O propósito é desenvolver o projeto conceitual de um irrigador de


hortaliças abastecido com a água da chuva, voltado a atender a demanda da
agricultura familiar. A água será captada da cobertura da estufa e armazenada
num reservatório, será um equipamento rebocável, com baixo custo, seguro, de
simples operação.
A quantidade de água a ser coletada e armazenada deve atender
a demanda para a irrigação diária das hortaliças, que foram pré-definidas:
alface, cenoura, cebolinha, cebola e salsa. O principal objetivo é
proporcionar aos agricultores uma ferramenta que não comprometa o meio
ambiente e que acelere e garanta a produtividade dos alimentos, não estando
mais sujeitos a sofrer com as interferências climáticas, sendo elas como chuva
em excesso e/ou estiagens. Podemos citar ainda outra qualidade que é a
utilização do mesmo equipamento em mais de uma estufa.
Segundo Fernandes (2007), o consumo mundial de água cresceu mais
de seis vezes entre 2003 e 2009 – isso representa mais que o dobro da taxa e
crescimento da população, e continua a crescer com a elevação de consumo
dos setores agrícolas, industrial e residencial.
Conforme Brega (2008) projeta-se que em 2025 a escassez de
água causará perdas anuais globais de 350 milhões de toneladas da
produção de alimento. Consequentemente, a competição por água limitará
severamente sua disponibilidade para a irrigação, restringindo seriamente
a produção de alimentos no mundo.
Por conseguinte, surge uma necessidade cada vez maior em caráter de
urgência de encontrar um desenvolvimento sustentável a fim de saciar as
carências de água na agricultura e aumentar a produtividade, sem agredir o
meio ambiente, buscando reverter as perdas de recursos ambientais.
A concepção do projeto se baseia em desenvolver um irrigador de
gotejamento de pequeno porte, instalado dentro de uma estufa, abastecido com
a água da chuva.
Comumente, podem ser utilizados como superfície de captação,
telhados, pátios e outras áreas impermeáveis. O tamanho desta área está
diretamente relacionado ao potencial de água de chuva que pode ser
aproveitada. No caso deste projeto a captação da água será feita com o telhado
da estufa. A ilustração abaixo (figura 2) é esquema meramente
representativo de um sistema se captação da água de um determinado
telhado.

Figura 2 - Esquema representativo da captação da água da chuva

Fonte: Blog do menor preço, 2014.

7.3 Vantagens da irrigação localizada por gotejamento

A irrigação é uma técnica que se confunde com a evolução dos povos.


Grandes civilizações se desenvolveram em função do sucesso da agricultura
irrigada. Com o aumento da demanda de água e utilização inadequada
dos recursos hídricos pelas atividades humanas, é crescente a busca por
métodos mais eficientes, que reduzam os desperdícios e mantenham a
qualidade e a produtividade das culturas. Desta forma, a irrigação por
gotejamento tem ganhado espaço, principalmente nos últimos 15 anos. Este
sistema aplica água
em apenas parte da área, reduzindo, assim, a superfície do solo que
fica molhada, exposta às perdas por evaporação.
Com isso, a eficiência de aplicação é bem maior e o consumo de água
menor.

A irrigação localizada é usada, em geral, sob a forma de sistema fixo,


ou seja, o sistema é constituído de tantas linhas laterais quantas forem
necessárias para suprir toda a área, isto é, não há movimentação das
linhas laterais. Porém, somente determinado número de linhas laterais
deve funcionar por vez, a fim de minimizar a capacidade do cabeçal de
controle (BERNARDO, 2002).

As preponderantes vantagens da irrigação localizada por


gotejamento são: a maior eficiência no uso da água: permite melhor controle da
lâmina d’água aplicada e diminui as perdas por evaporação, por percolação e
por escoamento superficial, e é recomendado para locais onde a água é
escassa ou o seu custo de utilização é elevado e para regiões onde ocorrem
períodos prolongados de seca, maior produtividade: em geral obtém-se maior
produtividade com irrigação por gotejamento em culturas que respondem a
maiores níveis de umidade no solo; é empregado, ainda, para culturas de
alto valor econômico, pomares, cafezais e hortaliças, entre outras, maior
eficiência na adubação, maior eficiência no controle sanitário, não interfere
com as práticas culturais das culturas, adapta-se a diferentes tipos de solo e
topografia, pode ser usada com água salina ou em solos salinos, economia de
mão de obra, uma vez que há possibilidade de automatizar a irrigação e a
adubação (Fertirrigação).
O escopo da irrigação é proporcionar umidade adequada para
o desenvolvimento das hortaliças para aumentar a produtividade e superar o
efeito dos períodos secos. Quando adotada de forma correta proporciona
maior competitividade e maior lucratividade ao produtor, pois auxilia numa
produção mais sustentável e ainda com impacto direto na redução do
desperdício de água e de energia.
Figura 3 – Importância da Irrigação

Fonte: SEBRAE

8 METODOLOGIA

Inicialmente vamos nas pequenas propriedades de agricultores com


canteiros (casas de vegetação) para o cultivo de hortaliças – não havendo
casas de vegetação na propriedade mostraremos como se faz; nessa
casa de vegetação faremos a adaptação para o uso do sistema de
irrigação por gotejamento, como mostra a figura 04.

Figura 04. Casa de cultivo medindo 7m por 40m, com 4 canteiros dentro.

Foto: Jhon Clisman G. de Souza

A ideia inicial e adaptar canaletas para canalizar toda água da chuva da


cobertura da casa de vegetação para um reservatório que será uma cisterna,
vamos utilizar uma caixa d’água de 1.000 litros já que o cultivo a ser irrigado
não
é de grandes proporções. Usaremos canaletas para direcionar toda água
da cobertura para a cisterna, porém vamos instalar um filtro de água da chuva
na ponta desses canalizadores. Esses canalizadores podem ser feitos em casa
ou ser comprados em casas de produtos agrícolas.
Depois de adaptar as caneletas para que a água seja direcionada para a
cisterna vamos começar a fazer o sistema de irrigação por gotejamento para os
dois canteiros propostos inicialmente, porém nada impede de criarmos outras
casas de vegetação com outras dimensões e com mais canteiros dentro delas,
como foi dito vamos trabalhar aqui com uma casa de cultivo
relativamente pequena com apenas dois canteiros dentro.
O reservatório onde ficará a água será instado no mínimo três metros acima
do solo para que haja pressão quando o sistema for ligado e assim todos os
pontos do sistema por gotejamento seja contemplado.

Figura 05: Ilustração de como pode ficar o reservatório de água.

Foto: Jhon Clisman G. de Souza

O sistema de irrigação é bem simples e fácil de se fazer, consiste em


colocar um cano de 20 polegadas por baixa da cisterna onde a água irá descer
pois quando mais “grosso” o cano for, com mais pressão a água descerá.
Vamos colocar um registro nesse cano para assim controlar quando o sistema
deve ser ligado e desligado, um outro cano de 10 polegadas passará em
frente dos
canteiros para que dele seja colocada as mangueiras de sistema de irrigação
que já vem com os devidos furos e com os devidos espaçamentos entre eles
(25cm x 20cm).
Vamos colocar um outro registro nesse cano de 10 polegadas de onde irá
sair as mangueiras do sistema de irrigação para assim também controlar
quando se deve ligar e desliga como mostra a figura 06.

Figura 06. Cano de 10 polegadas com registro para controlar o sistema de irrigação.

Foto: Jhon Clisman G. de Souza

A irrigação Localizada por gotejamento é água aplicada, gota a


gota, próxima à região da raiz da planta, deixando o solo com boa
umidade, consumindo pouca água, conforme mostra a figura 07.
Figura 07 - Irrigação Localizada por Gotejamento

Fonte: SEBRAE

8.1 Orçamento
Materiais Unidade Valor Unitário Valor Total (R$)
(R$)
ADAP KRO SOLD CX.D 40X1. ¼ 1 R$ 16,90 R$13,90
ADES KRO PLAST PVC 75G 2 R$ 4,27 R$ 6,38
COMMEIA
CAP KRO SOLD 20MM 5 R$ 0,75 R$ 3,00
JOELHO SOLD 90º 20MM KRO 2 R$ 0,63 R$ 1,01
TUBO SOLDÁVEL 20MM 4 R$ 10,00 R$ 32,03
TUDO SOLDÁVEL 40MM 1 R$ 23,75 R$ 19,02
TUBO ESGOTO 4 R$ 46,90 R$ 150,23
BUCHA DE RED LONGA 40X20 1 R$ 2,23 R$ 1,79
TE SOLD 20MM 2 R$ 0,94 R$ 1,50
TE ESG 100X100MM 1 R$ 12,50 R$ 10,01
REGISTRO ESPERA SOLD 2 R$ 10,00 R$ 16,02
20MM
CX. D AGUA PVC 1000L 1 R$ 344,50 R$ 275,88
JOELHO ESG 90º 100MM 1 R$ 5,00 R$ 4,00
REGISTRO ESPERA SOLD 1 R$ 40,00 R$ 32,03
40MM
CAP ESG 100MM 2 R$ 5,00 R$ 8,01
PERNAMANCA 4M Duas R$ 150,00 R$ 300,00
DUZIAS
PRUMO 4M Uma R$ 216,00 R$ 216,00
DÚZIA
ESTACA 8 UND R$ 20,00 R$ 160,00
PEÇA DE 4M MEIA R$ 108,00 R$ 108,00
DÚZIA
MÃO DE OBRA R$ 600,00 R$ 600,00
TOTAL R$ 1.958,81

9 CRONOGRAMA

Atividades Meses
Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out

Pesquisa Bibliográfica X X
Averiguação da casa
X X
de vegetação
Construção da
X X
Cisterna
Manutenção da
X X X
Cisterna
Verificação dos
X X X X X
resultados com o uso
do sistema de irrigação
por gotejamento
Produção dos
resultados e trabalho X X
final

10 REFERÊNCIAS

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUA. Acesse o Relatório de Conjuntura dos


Recursos Hídricos no Brasil
2017 em:
http://arquivos.ana.gov.br/institucional/spr/conjuntura/webSite_relatorioConj
untura/projeto/index.html
BERNARDO, Salassier; SOARES, Antônio Alves; MANTOVANI, Everaldo
Chartuni. Manual de Irrigação. 8. ed. Atual e ampli. Viçosa: Editora UFV,
2008. 625p.

BERNARDO, S. Manual de irrigação. 6. ed. Viçosa, MG: UFV, 2002. Pag.665.

PORTAL DE INFORMAÇÕES DO GOVERNO DO ESTADO DO ACRE. Sobre

o
Acre – clima, relevo, vegetação. Disponível
em:
http://www.ac.gov.br/wps/portal/acre/Acre/busca_acre/!ut/p/c5/04_SB8K8xLLM9MSSz
Py8xBz9CP0os3hvE7OAMG93QwMLN38LA0jYGdnH_MQA28nA6B8JLK8ly9Q3tkwzM
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GLOBAL_CONTEXT=/wps/wcm/connect/Portal+Governo+Acre/Portal+do+Governo+d
o+Acre/Acre/Sobre+o+Acre/ Acesso: 24/09/15

BLOG MENOS PREÇO. Disponivel em:


http://www.blogdomenorpreco.com.br/planeje-seu-telhado-atraves-da-
captacao-das-aguas-das-chuvas>. Acesso em 17 set. 2017.
BREGA FILHO, D. & Mancuso, P. C. S. Conceito de reuso de água. In: Reuso
de água; Capítulo 2. Eds. P. C. Sanches Mancuso & H. Felício dos
Santos. Universidade de São Paulo – Faculdade de Saúde Pública,
Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES. São Paulo,
2008.

DORNELLES, F. Aproveitamento de água de chuva no meio urbano e seu


efeito na drenagem pluvial. 2012. 219 f. Tese (Doutorado em Engenharia) –
Programa de Pós- Graduação em Engenharia de Recursos Hídricos
e Saneamento Ambiental, Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Porto Alegre, 2012.

ECO DESENVOLVIMENTO. Aprenda a fazer uma horta orgânica dentro de


Casa. Disponível em: http://www.ecodesenvolvimento.org/voceecod/aprenda-a-fazer-
uma-horta-organica-dentro-de-casa. Acesso: 24/09/18.

FAULIN, Evandro Jacóia; AZEVEDO, Paulo Furquim de. Distribuição de


Hortaliças na Agricultura Familiar: uma análise das transações. V.33, n.11.
Informações Econômicas. São Paulo, 2003.

FERNANDEZ, J. C. & Garrido, R. J. Economia dos recursos hídricos.


Salvador: EDUFBA, 2007.

IRPAA. Apresentação Técnica de Diferentes Tipos de


Cisternas, Construídas em Comunidades Rurais do Semi-árido Brasileiro.
Disponível em: http://www.irpaa.org/publicacoes/relatorios/9-conferencia-de-
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Universidade Federal de Santa Maria. Santa Maria-RS,
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MAKISHIMA, Nozomu. Projeto Horta solidária, Cultivo de hortaliças.


Jaguariuna: EMBRAPA, 2005.
PORTAL VITAL. Horta em casa – Conheça as vantagens de ter uma hora
em casa. Disponível em: https://www.portalvital.com/sua-casa/jardinagem/horta-
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MAROUELLI, W. A.; SILVA, W. L. C.; SILVA, H. R. Irrigação por Aspersão em

Hortaliças: qualidade da água, aspectos do sistema e método prático de


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SÓ GEOGRAFIA. Clima Equatorial Úmido na Região Amazônica. Disponível


em: http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaFisica/Clima/?pg=2. Acesso
em: 13/10/18.

SILVA, A. de S.; PORTO, E. R.; LIMA, L. T. de; GOMES, P. C. F. Captação e


conservação de água de chuva para consumo humano: cisternas rurais;
dimensionamento; construção e manejo. Petrolina: EMBRAPA-CPATSA,
1984. 103 p. il. (EMBRAPA-CPATSA. Circular Técnica, 12).

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BUBBLER. Revista Engenharia Agrícola, Jaboticabal-SP, v. 25, n. 1, p.
264-
271, jan./abr. 2005.

TESTEZLAF, Roberto. Irrigação: Métodos, Sistemas e


Aplicações. Campinas, 2011. Faculdade de Engenharia Agrícola, Universidade
Estadual de Campinas.

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