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Condicionamento do GN - Compressão

Introdução

 Nos sistemas de produção e condicionamento do GN, os

compressores são empregados para efetuar a ligação

entre a produção e a aplicação do gás.

https://www.youtube.com/watch?v=ryvl1jgnxDs
Introdução

Compressão é acompanhada de Consequência


dois efeitos do aumento da
energia interna

Redução do volume Elevação da temperatura


específico
Compressão de gases
implica na realização
de trabalho. Por esta
É o inverso da massa razão os
específica compressores gastam
mais energia do que
as bombas
Sistema de compressão em multi-estágios
 Em uma instalação marítima de produção de petróleo, o gás natural
produzido na separação primária possui uma pressão média de 1000kPa.

Pressão para gas-lift Pressão para exportação


De 10000kPa a 20000kPa De 10000kPa a 20000kPa
depende da profundidade do posso e Depende da localização da instalação
da pressão do reservatório de produção
Sistema de compressão em multiestágio
Sistema de compressão em multiestágio
 O gás que sai da seção de separação primária está na
condição de vapor saturado.
 Vaso depurador de primeiro estágio
 Compressor de primeiro estágio
 Diagrama (PXT) - aquecimento de gás pela compressão
 Resfriador de gás
 Diagrama Pressão e temperatura (P x T) – resfriamento
do gás
 Vaso depurador – remoção de líquido
 Curvas de equilíbrio dos fluidos da entrada e da saída do
depurador
 Compressor de segundo estágio
 Resfriamento do gás de segundo estágio
 Diagrama Pressão e temperatura (P x T) – resfriamento
do segundo estágio
Desidratação do gás natural
Relembrando...

Água + HC GN

A medida que o Gás Natural vai sendo produzido ocorre condensação de


líquido, sendo este formado por água e também por hidrocarbonetos
(ambos componentes são essencialmente imiscíveis).

Na região de equilíbrio das fases líquida e gás, a quantidade de água na fase vapor
pode ser mensurado através da seguinte curva de equilibrio ...
Aplicação ...
 Toda vez que encontrar um equipamento (por exemplo , um vaso

depurador de gás) onde coexistam 2 fases (1 líquida e 1 gasosa), sendo a

fase líquida constituída de água, diremos que o gás está saturado.

 Na condição de gás saturado é válido a utilização do gráfico de saturação


O que é um hidrato?
 É uma solução sólida, visualmente similar ao gelo, de composição mal

definida entre moléculas de hidrocarbonetos e água livre.

HIDRATO = HIDROCARBONETO + ÁGUA LIVRE


Hidratos
 Em uma estrutura cristalina de hidrato, os hidrocarbonetos ficam encapsulados, isto é, presos no interior

da estrutura. Tal fato explica o favorecimento da formação de hidratos com moléculas de metano e etano

(moléculas de pequeno tamanho). Note que hidrocarbonetos de maior peso molecular como o butano,

pentano, etc., devido ao tamanho de suas cadeias tendem a atrapalhar a formação da estrutura cristalina,

dificultando a sua formação. Logo poderemos dizer que gases com alto peso molecular, isto é , com maior

teor de componentes pesados, tem menor tendência a formar hidratos, enquanto gases com elevados

teores de H2S e CO2 apresentam maior tendência, pois estes contaminantes são mais solúveis em água do

que a maioria dos hidrocarbonetos.


Como os hidratos são formados?
Alta Pressão

Água + HC

Baixa temperatura
gás natural quando submetido a alta pressão e baixa temperatura, tal como em gasodutos submarinos e
manifolds de gás lift, há tendência a formação de hidratos.
Formação de Hidratos

Portanto pontos de acúmulo de água, tais como curvas,


conexões e válvulas, são locais prováveis de ocorrência
de hidratos. A figura abaixo exemplifica a seqüência de
formação de cristais até a sua obstrução.

Com a redução da temperatura do ambiente, a medida que o duto de gás


alcança profundidades maiores, ocorre condensação da água presente na
fase vapor, acumulado-se então no duto. Tal fato só não ocorre para gás
desidratado, onde então o seu ponto de orvalho (dew point), está
especificado para as condições do escoamento. Nesse caso o ponto de
orvalho fica abaixo da temperatura do gás no fundo do mar (menor
temperatura a ser atingida num escoamento para terra).
CURVA DE FORMAÇÃO DE HIDRATO PARA O GÁS DE ALTA PRESSÃO
SIMULAÇÃO REALIZADA PELO PROGRAMA HYD - CENPES)
Previsão de Formação de Hidrato

 A previsão do ponto de formação de hidratos, poderá ser feita rapidamente, segundo

o Método de Katz. Segundo tal método, tem-se a apresentação de um gráfico, onde é

possível determinar os limites de variação de temperatura e pressão de um gás, para

que não ocorra formação de hidratos. A sua aplicação está restrita a gases naturais

contendo menos de 3% molar de N2 + CO2 + H2S e menos de 7% molar de

hidrocarbonetos mais pesados que o C3+.


CONDIÇÕES DE FORMAÇÃO DE HIDRATOS
Remoção de Hidratos

 Descompressão

 Aquecimento

 Injeção de inibidores de hidrato.


Descompressão e aquecimento
Descompressão

 A descompressão é bastante utilizada para decompor um hidrato formado e baseia-se no

abaixamento da pressão até atingir valores inferiores a pressão de formação do mesmo.

Apesar deste procedimento, sempre ficam pequenos cristais remanescentes no sistema,

pois esta decomposição se processa lentamente. Principalmente quando a descompressão

ocorre de forma acelerada, há grandes possibilidades da permanência destes cristais, pois

em tal procedimento ocorre intensa queda de temperatura, dificultando a desestruturação

destes sólidos. Este método é o mais viável de utilização em plataformas marítimas.


Aquecimento
 No processo de aquecimento, normalmente se utiliza gás quente próximo ao

local obstruído, ao mesmo tempo em que se reduz a pressão do sistema. Tal

método não é viável de utilização em plataformas marítimas.


Aquecimento

 O processo de aquecimento para fins de remoção de hidrato é mais comum de


ocorrência em sistemas definitivos de produção (plataformas fixas), que dispõe de árvore
de natal seca. Nesse sistema o local mais propenso a ocorrência de hidratos é a jusante
dos chokes de gás lift, pois a queda de pressão nos mesmos poderá atingir valores muito
alto, como por exemplo 30 Kgf/cm2, e daí a temperatura resultante poderá atingir valores
muito baixos (próximo a 0 °C). Nessa situação um artifício bastante utilizado pela
operação é a injeção de água quente na superfície do choke afetado, de forma que o
hidrato formado se desmanche. Tal operação não tem se mostrado eficiente, até porque
quando é utilizado, a ducha de hidrato já se encontra em estado avançado de
desenvolvimento, e daí o processo se torna lento e ineficiente.
...
 Após a utilização do método de descompressão, torna-se necessário o uso

de um “colchão de álcool anidro” antes de voltar a operação do sistema. Tal

“colchão” tem a finalidade de evitar que volte a ocorrer hidrato, quando o

gás for pressurizado.


Temperatura
 Quando o escoamento do gás natural ocorre em dutos de exportação, onde não há quedas

de pressão significativas, a menor temperatura que o gás atinge é aquela ditada pela

temperatura de fundo do mar.

 O cálculo do consumo de injeção de inibidor leva em consideração a maior temperatura do

gás após sofrer o último estágio de separação gás/líquido, e não considerando tal fato leva a

erros significativos na vazão de injeção de álcool.


Vazão

 Esta variável é fundamental para a verificação da formação de hidratos. No caso de dutos de exportação,
normalmente existem nas plataformas um sistema de medição (FR ou FQI) onde é possível a identificação da
queda de vazão de gás face ao tamponamento da linha. No caso de FR, o indicador de pressão diferencial
registra valores bem abaixo do normal e o indicador de pressão estática apresenta valores acima do normal.
No caso de separadores de produção é possível verificar o poço com problemas de hidrato à partir do
alinhamento da produção para o separador de teste. Se a produção for oriunda de um manifold submarino
onde vários poços estão produzindo através de uma linha, teremos como sintoma de formação de hidrato, a
queda na vazão (e decréscimo na temperatura de chegada) do óleo bruto. Outra forma de verificar a
formação de hidrato é observar o FR de gás lift teste ou total, uma vez que o poço com problema de hidrato
não consumirá mais gás e com isso ocorre uma diminuição da vazão de gás lift (teste ou total). Vejamos a
seguir os seguintes exemplos práticos de ocorrência de hidrato em manifold de Gás Lift .
Sistema de desidratação do gás natural

 Objetivo: Especificar o Teor de Umidade do Gás Tratado para Fins

de Escoamento para Terra, Gás Lift e Gás Combustível, evitando

a Formação de Hidratos nestes Sistemas, além da presença de

água livre( responsável pela formação de processos corrosivos).


GN +água Superfície
encontra-se saturado com
vapor d’água.
começa a ocorrer
formação de água livre
 Com o desenvolvimento de novos campos de produção situados à lâmina d

água profunda (maior do que 500 m), onde a temperatura do fundo do

mar atinge valores extremamente baixos (2 a 4o C) e pressões de

escoamento acima de 1500 psi, a preocupação com a formação de hidratos

passa a ser prioritária.


Absorção: Alguns Aspectos
Conceituais e Práticos

Soluto

Solvente
Absorção
 a força motriz para provocar a absorção é a diferença de concentrações

de soluto no gás e no líqüido. Vamos ser mais rigorosos nessa afirmação.

A diferença de concentrações que importa é a do gás "em contato" com

o líqüido, ou seja, o gás e o líqüido numa mesma seção da coluna, que são

exatamente as correntes passantes.


Absorção com glicol.
 Trata-se de um processo que envolve o contato íntimo entre duas fases,

geralmente uma gasosa e outra líquida.O objetivo é a remoção de

compostos indesejáveis presentes na corrente gasosa , atendendo as

especificações do processo
Propriedades do material higroscópico
 alta solubilidade com a água

 baixa volatilidade

 baixa viscosidade

 estabilidade química

 não inflamável , etc


Produtos químicos utilizados

 O glicol é um álcool (produto orgânico) que é comercializado nas seguintes formas :

 MEG (monoetilenoglicol);

 DEG (dietilenoglicol);

 TEG (trietilenoglicol), porém este último é o mais recomendado para absorção de

umidade no gás natural. Em seguida apresentaremos algumas características

importantes dos glicóis.


O poder higroscópio das soluções de glicol é diretamente afetado
pela concentração do TEG na solução TEG e água , sendo tanto
maior quanto for a participação de TEG na mistura.

Componentes PRESSÃO DE VISCOSIDADE PESO TEMPERATURA


VAPOR cp a 25 ºC MOLECULAR DE DEGRADAÇÃO.
(mmHg) ºC
PRODUTO a 25 ºC

MEG 0,12 16,5 62,1 164

DEG < 0,01 28,2 106,1 164

TEG < 0,01 37,3 150,2 206


Gás
Unidade de Desidratação
Comprimido
(turbocompressores)

Gás úmido
ponto de orvalho acima de 30o C
Desidratação

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