Gestao Ambiental Integrada E1700678357

CONHECIMENTOS
ESPECÍFICOS
Gestão Ambiental Integrada
Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
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CÓDIGO:
231030189853
SAMARA LIMA
Professora de cursinhos para concurso. Bacharela em Direito, especialista em

Gestão Pública, mestra em Políticas Públicas pela UFRN e doutoranda em Direito
Econômico pela UFPB. Professora e pesquisadora em tempo integral.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LUCAS EVANGELISTA GONCALVES - 73050938153, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Conhecimentos Específicos
Samara Lima
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1. Conceituação Essencial sobre Educação Ambiental. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2. Abordagens da Educação Ambiental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3. Política Nacional de Educação Ambiental (Lei Federal n. 9.795/1999). . . . . . . . . . 8
4. Programa Nacional de Educação Ambiental (PRONEA) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
5. Decreto n. 4.281/2002 - Regulamenta a Lei n. 9.795/1999, que Institui a
Política Nacional de Educação Ambiental.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
6. Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis . . . . . . . . . . . . . . 24
7. Carta da Terra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Exercícios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
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APRESENTAÇÃO
Olá, futuro (a) servidor (a) público, tudo bem com você? Como está a sua preparação
para o melhor momento dos concursos públicos da história do país? Espero que ótimo! Esta
é uma aula do seu curso de Direito Ambiental, ou seja, mais um passinho que te aproxima
da sua tão aguardada nomeação! Esta é a nossa meta!
Nesta aula, te apresento um apanhado bem detalhado sobre os elementos da Gestão
Ambiental Integrada. Ao final da aula, você encontra uma lista de questões de concursos,
da banca organizadora do certame ou de outra com o mesmo nível de exigência/padrão de
questões, para que a sua preparação seja teórica e prática!
Espero que você tenha um excelente rendimento na aula e que a sua aprovação esteja
cada vez mais próxima. Muito obrigada por seguir estudando comigo e com o Gran, pois
a sua aprovação é a nossa maior motivação! Para nos aproximarmos um pouco mais, me
contate em @samarataiana.
Um abraço e até a posse.
1. CONCEITUAÇÃO ESSENCIAL SOBRE EDUCAÇÃO

AMBIENTAL
De acordo com o artigo 1º da Política Nacional de Educação Ambiental (Lei Federal
n. 9.795/1999), a mesma compreende “os processos por meio dos quais o indivíduo e a
coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências
voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia
qualidade de vida e sua sustentabilidade.”
Por outro lado, o artigo 2º das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
Ambiental (Resolução n. 2/2012), estabelece que a referida é “uma dimensão da educação,
atividade intencional da prática social, que deve imprimir ao desenvolvimento individual
um caráter social em sua relação com a natureza e com os outros seres humanos, visando
potencializar essa atividade humana com a finalidade de torná-la plena de prática social e
de ética ambiental.”
Com base no exposto, é possível compreender que, em linhas gerais, a Educação Ambiental
é a ação educativa permanente através da qual a sociedade entra em um patamar de
consciência acerca de sua realidade global, conhecendo o tipo de relação que os indivíduos
estabelecem entre si e com a natureza, o meio ambiente e os recursos naturais, (re)
conhecendo os problemas derivados de suas ações danosas ao equilíbrio ecológico do
meio ambiente.
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Dessa maneira, a educação ambiental desenvolve, através de uma prática vinculada entre
a sociedade e o meio ambiente, os valores e atitudes que visam promover um comportamento
direcionado à transformação da realidade e das relações entre os indivíduos e o meio
ambiente, seja em seus aspectos naturais ou sociais, desenvolvendo na sociedade as
habilidades necessárias para garantir um meio ambiente mais sadio e equilibrado para as
gerações atuais e futuras.
Com base nisso, a educação ambiental é responsável pela construção de um processo
de reconhecimento de valores que promovem o conhecimento de certos conceitos, visando
o desenvolvimento das habilidades sociais e modificando as atitudes dos indivíduos em
suas relações com o meio ambiente, a fim de que eles sejam capazes de compreender e
apreciar a importância das relações entre os seres humanos, a flora, a fauna, o solo, o meio
ambiente e os recursos naturais.
Nesse sentido, a educação ambiental também se relaciona de maneira bastante direta
com a prática das tomadas de decisões e a promoção de um comportamento ético que seja
capaz de conduzir a sociedade para a melhora da sua própria qualidade de vida.
A partir dessa definição, é possível afirmar que a educação ambiental deve proporcionar
as condições necessárias para o desenvolvimento das capacidades de cada grupo social, para
que eles possam, em diferentes contextos socioambientais, intervir de modo qualificado e
consciente, seja na gestão do uso dos recursos ambientais, seja na concepção e na efetivação
de decisões que atingem diretamente a qualidade do ambiente, natural ou construído.
Nesse sentido, a educação ambiental é constantemente adotada como um instrumento
de promoção da participação e do controle social na gestão da coisa pública diretamente
relacionada ao meio ambiente e aos recursos naturais. Ela nasce enquanto um processo
educativo responsável pela condução de um saber ambiental materializado por meio dos
valores éticos e regras de convívio social e de mercado, que implica necessariamente a
distribuição de benefícios e prejuízos advindos da apropriação e do uso dos bens e serviços
oriundos da natureza.
O referido processo deve, portanto, ser direcionado para a promoção da cidadania ativa
de cada indivíduo, considerando o seu sentido de pertencimento perante o seu grupo social
e da corresponsabilidade compartilhada que, através da ação coletiva e organizada, tem o
objetivo de garantir a compreensão e a superação dos problemas estruturais e conjunturais
que fundamentam a problemática ambiental.
A educação ambiental deve ser desenvolvida com base em uma teoria crítica capaz
de esclarecer o aprendiz sobre as contradições que se encontram no cerne do modo de
produção capitalista, já que este é o principal responsável pelo fomento dos desequilíbrios
ambientais.
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Além disso, uma educação ambiental crítica deve deve incentivar a participação da
sociedade na forma de uma ação política voltada para uma cidadania ativa no que tange
a defesa do equilíbrio do meio ambiente. De tal maneira, a educação ambiental deve
se desenvolver de maneira aberta ao diálogo e ao embate, promovendo uma discussão
saudável e garantindo que toda a sociedade seja ouvida no processo coletivo de promoção
da qualidade ambiental.
Na busca pelo despertar da preocupação individual e coletiva para a questão ambiental,
a educação ambiental deve ainda garantir o acesso à informação por meio de uma linguagem
adequada, acessível, contribuindo para o desenvolvimento da popularização das informações
ambientais e fomentando uma consciência coletiva crítica, o que estimula o enfrentamento
consciente de problemas ambientais urgentes, como é o caso da equivocada naturalização
do problema do desmatamento.
Dessa maneira, a educação ambiental deve, enfim, se desenvolver em um contexto
de maior complexidade, buscando trabalhar e empreender não apenas um contexto de
mudança cultural, mas também (e principalmente) uma transformação no pensamento
social, capaz de reconhecer a crise ambiental enquanto uma questão ética e política que,
como tal, deve ser combatida, visando o bem estar coletivo e o direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, já definido em diversos diplomas e normativas nacionais e
internacionais, como é o caso da própria Constituição Federal de 1988.
2. ABORDAGENS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

O desenvolvimento de trabalhos na área da educação ambiental, assim como em
qualquer outro campo educativo que envolva a formação dos indivíduos, não pode, ou
pelo menos não deve, se desenvolver de forma isolada, tampouco organizada de maneira
descontextualizada.
A Constituição Federal de 1988, incorporou a Educação Ambiental em seu artigo 225,
incluindo a promoção da qualidade de vida como parte integrante da própria noção de
cidadania. Assim, os Parâmetros Curriculares Nacionais contemplam a questão ambiental
como um dos temas transversais do Ensino Fundamental, mas a sua efetivação cotidiana ainda
se mostra muito incipiente e, em muitos casos, se vê limitada a ações isoladas ou parciais,
quase sempre resumida aos estudos sobre a biologia, a ecologia ou alguma outra área afim.
Nos dias de hoje, a pauta da educação ambiental no espaço escolar fica, quase sempre,
restrita à celebração de eventos comemorativos, a exemplo do dia do meio ambiente, dia
da árvore, dia do Índio e congêneres, limitando o tema ao desenvolvimento de atividades
práticas extracurriculares, como as campanhas de reciclagem, plantio de árvores e afins,
e se distanciando muito da real necessidade do tema, que é educar o indivíduo para que
o mesmo desenvolva uma postura respeitosa e cuidadosa perante o meio ambiente e os
recursos naturais.
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O desenvolvimento de uma educação ambiental crítica precisa proporcionar aos indivíduos

uma junção de conhecimentos que possam gerar ações efetivas com relação à preservação
do meio ambiente, com o objetivo de formar cidadãos mais conscientes e críticos.
Nesta perspectiva, a educação ambiental se refere à construção de mudanças de
condutas dos indivíduos perante o meio ambiente, sendo compreendida segundo um
processo que envolve o meio natural, cultural, político e social, colocando o indivíduo não
como ser ameaçador do meio ambiente, mas como uma parte dele, e ameaçador, mas
como ser integrante do meio ambiente. De tal forma, esses cuidados devem contemplar
os valores da vida, a exemplo da saúde, trabalho, ciência e tecnologia, cultura e, não menos
importante, meio ambiente.
Dessa forma, é de indispensável necessidade de se compreender a educação ambiental
não somente como aquela estrutura referente ao meio ambiente considerado isoladamente
como a natureza, mas sim se deve desenvolver uma ótica mais ampliada, que contemple o
indivíduo e suas relações sociais perante o meio ambiente.
Dessa forma, para o desenvolvimento de um programa de educação ambiental possa
atingir os seus objetivos, é preciso que ocorra um envolvimento coletivo, capaz de contemplar
diversas estratégias de ensino que inclua, por exemplo discussão em sala de aula, mutirão de
compartilhamento de ideias, trabalho de grupos, debates, desenvolvimento de questionários,
reflexões, análises críticas, simulações de realidade, e, não por acaso, exploração do meio
ambiente local em uma perspectiva de observação participante.
A partir da Revolução Industrial, as relações da sociedade com o meio ambiente se
tornaram altamente predatórias, em virtude da exploração do capital privado, e, como
consequência, a década de 1960 deu início à tendência de preocupações institucionais e
coletivas com o meio ambiente.
Assim, após a Conferência a Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e
a Cultura (UNESCO, 1960), foram realizadas diversas discussões internacionais acerca da
educação ambiental, dentre elas se destaca o Seminário Internacional sobre Educação
Ambiental da Iugoslávia, no ano de 1975, ocasião na qual foi amplamente discutida a
necessidade de desenvolvimento de programas de educação ambiental nos países-partes
da Organização das Nações Unidas (ONU).
No mesmo caminho, a Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental em
Tbilisi, em 1977, foi considerado o primeiro grande evento internacional acerca da pauta
da educação ambiental, que destacou a conscientização, o respeito e a e a compreensão
da importância do equilíbrio ecológico como as bases da educação ambiental para todas
as faixas etárias.
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A Rio-92, denominada Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e

Desenvolvimento, se originou do documento de Tbilisi, a partir do qual desenvolveu a
compreensão da necessidade de inclusão da educação ambiental na Agenda 21, de maneira
recontextualizada e ampliada, contemplando novas abordagens e propostas inovadoras
capazes de atender às demandas sociais mais atuais.
Vale lembrar que a Agenda 21 é um programa de ações dividido em quarenta capítulos
que conciliam estratégias de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica,
dentre outras metodologias que visam a proteção do meio ambiente.
Mais do que um documento formal, a Agenda 21 representa um verdadeiro processo
de planejamento participativo que analisa a situação de um local específico, ao mesmo
passo que planeja o futuro coletivo de forma sustentável, sendo uma das bases principais
utilizadas para o desenvolvimento de uma educação ambiental realista.
O planejamento participativo que contempla as ações da Agenda 21 deve envolver todos
os atores sociais na discussão sobre os principais problemas ambientais contemporâneos,
colaborando com a formação de parcerias e compromissos para a solução do problema a
médio e longo prazos. Além disso, é uma estratégia que contempla a abordagem integrada
das dimensões econômica, social, ambiental e político-institucional de cada país, sendo
que, no Brasil, o principal documento dele resultante é a Política Nacional de Educação
Ambiental (Lei Federal n.. 9.795/1999), que será apresentada no próximo tópico.
3. POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL (LEI

FEDERAL N. 9.795/1999)
Entendem-se por Educação Ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a
voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à
sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
A Educação Ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional,
devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo
educativo, em caráter formal e não-formal. Como parte do processo educativo mais amplo,
todos têm direito à educação ambiental, incumbindo:
I – ao Poder Público, nos termos dos arts. 205 e 225 da Constituição Federal, definir
políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental, promover a educação ambiental
em todos os níveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservação, recuperação
e melhoria do meio ambiente;
II – às instituições educativas, promover a educação ambiental de maneira integrada
aos programas educacionais que desenvolvem;
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III – aos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama, promover
ações de educação ambiental integradas aos programas de conservação, recuperação e
melhoria do meio ambiente;
IV – aos meios de comunicação de massa, colaborar de maneira ativa e permanente na
disseminação de informações e práticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a
dimensão ambiental em sua programação;
V – às empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas, promover programas
destinados à capacitação dos trabalhadores, visando à melhoria e ao controle efetivo
sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões do processo produtivo no
meio ambiente;
VI – à sociedade como um todo, manter atenção permanente à formação de valores,
atitudes e habilidades que propiciem a atuação individual e coletiva voltada para a prevenção,
a identificação e a solução de problemas ambientais.
São princípios básicos da educação ambiental:
I – o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo;
II – a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência
entre o meio natural, o socioeconômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade;
III – o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e
transdisciplinaridade;
IV – a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais;
V – a garantia de continuidade e permanência do processo educativo;
VI – a permanente avaliação crítica do processo educativo;
VII – a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais;
VIII – o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural.
São objetivos fundamentais da educação ambiental:
I – o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas
múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais,
políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos;
II – a garantia de democratização das informações ambientais;
III – o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática
ambiental e social;
IV – o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na
preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental
como um valor inseparável do exercício da cidadania;
V – o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis micro e
macrorregionais, com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente equilibrada,
fundada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, democracia, justiça social,
responsabilidade e sustentabilidade;
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VI – o fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologia;

VII – o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade como
fundamentos para o futuro da humanidade.
A Política Nacional de Educação Ambiental envolve em sua esfera de ação, além dos órgãos
e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), instituições
educacionais públicas e privadas dos sistemas de ensino, os órgãos públicos da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e organizações não-governamentais com
atuação em educação ambiental.
As atividades vinculadas à Política Nacional de Educação Ambiental devem ser
desenvolvidas na educação em geral e na educação escolar, por meio das seguintes linhas
de atuação inter-relacionadas:
I – capacitação de recursos humanos;
II – desenvolvimento de estudos, pesquisas e experimentações;
III – produção e divulgação de material educativo;
IV – acompanhamento e avaliação.
Nas atividades vinculadas à Política Nacional de Educação Ambiental serão respeitados os
princípios e objetivos fixados. Assim, a capacitação de recursos humanos voltar-se-á para:
I – a incorporação da dimensão ambiental na formação, especialização e atualização
dos educadores de todos os níveis e modalidades de ensino;
II – a incorporação da dimensão ambiental na formação, especialização e atualização
dos profissionais de todas as áreas;
III – a preparação de profissionais orientados para as atividades de gestão ambiental;
IV – a formação, especialização e atualização de profissionais na área de meio ambiente;
V – o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito
à problemática ambiental.
As ações de estudos, pesquisas e experimentações voltar-se-ão para:
I – o desenvolvimento de instrumentos e metodologias, visando à incorporação da
dimensão ambiental, de forma interdisciplinar, nos diferentes níveis e modalidades de ensino;
II – a difusão de conhecimentos, tecnologias e informações sobre a questão ambiental;
III – o desenvolvimento de instrumentos e metodologias, visando à participação dos
interessados na formulação e execução de pesquisas relacionadas à problemática ambiental;
IV – a busca de alternativas curriculares e metodológicas de capacitação na área ambiental;
V – o apoio a iniciativas e experiências locais e regionais, incluindo a produção de material
educativo;
VI – a montagem de uma rede de banco de dados e imagens, para apoio às ações
enumeradas nos incisos I a V.
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Entende-se por educação ambiental na educação escolar a prática desenvolvida no

âmbito dos currículos das instituições de ensino públicas e privadas, englobando:
I – educação básica:
a) educação infantil;
b) ensino fundamental e
c) ensino médio;
II – educação superior;
III – educação especial;
IV – educação profissional;
V – educação de jovens e adultos.
A educação ambiental será desenvolvida como uma prática educativa integrada,
contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal. A educação
ambiental não deve ser implantada como disciplina específica no currículo de ensino.
Nos cursos de pós-graduação, extensão e nas áreas voltadas ao aspecto metodológico
da educação ambiental, quando se fizer necessário, é facultada a criação de disciplina
específica.
Nos cursos de formação e especialização técnico-profissional, em todos os níveis,
deve ser incorporado conteúdo que trate da ética ambiental das atividades profissionais
a serem desenvolvidas. A dimensão ambiental deve constar dos currículos de formação de
professores, em todos os níveis e em todas as disciplinas.
Os professores em atividade devem receber formação complementar em suas áreas
de atuação, com o propósito de atender adequadamente ao cumprimento dos princípios
e objetivos da Política Nacional de Educação Ambiental.
A autorização e supervisão do funcionamento de instituições de ensino e de seus cursos,
nas redes pública e privada, observarão o cumprimento da Política Nacional de Educação
Ambiental.
No mesmo caminho, entendem-se por Educação Ambiental Não-Formal as ações e
práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais
e à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente. O Poder
Público, em níveis federal, estadual e municipal, incentivará:
I – a difusão, por intermédio dos meios de comunicação de massa, em espaços nobres,
de programas e campanhas educativas, e de informações acerca de temas relacionados
ao meio ambiente;
II – a ampla participação da escola, da universidade e de organizações não-governamentais
na formulação e execução de programas e atividades vinculadas à educação ambiental
não-formal;
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III – a participação de empresas públicas e privadas no desenvolvimento de programas

de educação ambiental em parceria com a escola, a universidade e as organizações
não-governamentais;
IV – a sensibilização da sociedade para a importância das unidades de conservação;
V – a sensibilização ambiental das populações tradicionais ligadas às unidades de
conservação;
VI – a sensibilização ambiental dos agricultores;
VII – o ecoturismo.
Fica instituída a Campanha Junho Verde, a ser celebrada anualmente como parte das
atividades da educação ambiental não formal e conforme estabelecido pela Lei Federal n.
14.393/2002.
O objetivo da Campanha Junho Verde é desenvolver o entendimento da população
acerca da importância da conservação dos ecossistemas naturais e de todos os seres vivos
e do controle da poluição e da degradação dos recursos naturais, para as presentes e
futuras gerações.
A Campanha Junho Verde será promovida pelo poder público federal, estadual, distrital
e municipal em parceria com escolas, universidades, empresas públicas e privadas, igrejas,
comércio, entidades da sociedade civil, comunidades tradicionais e populações indígenas,
e incluirá ações direcionadas para:
I – divulgação de informações acerca do estado de conservação das florestas e biomas
brasileiros e dos meios de participação ativa da sociedade para a sua salvaguarda;
II – fomento à conservação e ao uso de espaços públicos urbanos por meio de atividades
culturais e de educação ambiental;
III – conservação da biodiversidade brasileira e plantio e uso de espécies vegetais nativas
em áreas urbanas e rurais;
IV – sensibilização acerca da redução de padrões de consumo, da reutilização de materiais,
da separação de resíduos sólidos na origem e da reciclagem;
V – divulgação da legislação ambiental brasileira e dos princípios ecológicos que a regem;
VI – debate sobre transição ecológica das cadeias produtivas, economia de baixo carbono
e carbono neutro;
VII – inovação ambiental por meio de projetos educacionais relacionados ao potencial
da biodiversidade do País;
VIII – preservação da cultura dos povos tradicionais e indígenas que habitam biomas
brasileiros, inseridos no contexto da proteção da biodiversidade do País;
IX – debate sobre as mudanças climáticas e seus impactos nas cidades e no meio rural,
com a participação dos Poderes Legislativos estaduais, distrital e municipais;
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X – estímulo à formação da consciência ecológica cidadã a respeito de temas ambientais

candentes, em uma perspectiva transdisciplinar e social transformadora, pautada pela
ética intergeracional;
XI – debate, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, sobre ecologia,
conservação ambiental e cadeias produtivas;
XII – fomento à conscientização ambiental em áreas turísticas, com estímulo ao turismo
sustentável;
XIII – divulgação e disponibilização de estudos científicos e de soluções tecnológicas
adequadas às políticas públicas de proteção do meio ambiente;
XIV – promoção de ações socioeducativas destinadas a diferentes públicos nas unidades
de conservação da natureza em que a visitação pública é permitida;
XV – debate, divulgação, sensibilização e práticas educativas atinentes às relações entre
a degradação ambiental e o surgimento de endemias, epidemias e pandemias, bem como
à necessidade de conservação adequada do meio ambiente para a prevenção delas; e
XVI – conscientização relativa a uso racional da água, escassez hídrica, acesso a água
potável e tecnologias disponíveis para melhoria da eficiência hídrica.
Na Campanha Junho Verde, será observado o conceito de Ecologia Integral, que inclui
dimensões humanas e sociais dos desafios ambientais.
A coordenação da Política Nacional de Educação Ambiental ficará a cargo de um órgão
gestor, na forma definida pela regulamentação desta Lei. São atribuições do órgão gestor:
I – definição de diretrizes para implementação em âmbito nacional;
II – articulação, coordenação e supervisão de planos, programas e projetos na área de
educação ambiental, em âmbito nacional;
III – participação na negociação de financiamentos a planos, programas e projetos na
área de educação ambiental.
Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, na esfera de sua competência e nas
áreas de sua jurisdição, definirão diretrizes, normas e critérios para a educação ambiental,
respeitados os princípios e objetivos da Política Nacional de Educação Ambiental.
A eleição de planos e programas, para fins de alocação de recursos públicos vinculados
à Política Nacional de Educação Ambiental, deve ser realizada levando-se em conta os
seguintes critérios:
I – conformidade com os princípios, objetivos e diretrizes da Política Nacional de Educação
Ambiental;
II – prioridade dos órgãos integrantes do SISNAMA e do Sistema Nacional de Educação;
III – economicidade, medida pela relação entre a magnitude dos recursos a alocar e o
retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto.
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Na eleição referida, devem ser contemplados, de forma equitativa, os planos, programas

e projetos das diferentes regiões do País. Os programas de assistência técnica e financeira
relativos a meio ambiente e educação, em níveis federal, estadual e municipal, devem alocar
recursos às ações de educação ambiental.
4. PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

(PRONEA)
O Programa Nacional de Educação Ambiental, cujo caráter prioritário e permanente
deve ser reconhecido por todos os governos, tem como eixo orientador a perspectiva
da sustentabilidade ambiental na construção de um país mais consciente em termos de
equilíbrio ambiental.
Suas ações destinam-se a assegurar, no âmbito educativo, a interação e a integração
equilibradas das múltiplas dimensões da sustentabilidade ambiental, seja ela ecológica,
social, ética, cultural, econômica, espacial e política, com o desenvolvimento do país,
buscando o envolvimento e a participação social na proteção, recuperação e melhoria
das condições ambientais e de qualidade de vida. Dessa forma, o programa contempla as
seguintes diretrizes:
1) Transversalidade e Interdisciplinaridade;
2) Descentralização Espacial e Institucional;
3) Sustentabilidade Socioambiental;
4) Democracia e Participação Social;
5) Aperfeiçoamento e Fortalecimento dos Sistemas de Ensino, Meio Ambiente e outros
que tenham interface com a educação ambiental.
O ProNEA propõe um constante exercício de transversalidade para internalizar a educação
ambiental no conjunto do governo, nas entidades privadas e no terceiro setor, e sociedade
como um todo. Ele estimula o diálogo interdisciplinar entre as políticas setoriais e a
participação nas decisões sobre investimentos, monitoramento e avaliação do impacto
das políticas ambientais.
Para que a atuação do poder público no campo da educação ambiental possa viabilizar
a articulação entre as iniciativas do âmbito educativo e as ações de proteção, recuperação
e melhoria socioambiental, gerando um efeito multiplicador, transformador e emancipador
para a sociedade, faz-se necessária a formulação e implementação de políticas transversais.
Assim, a educação ambiental deve se pautar por uma abordagem sistêmica, que integre
os múltiplos aspectos da problemática ambiental contemporânea. Essa abordagem deve
reconhecer o conjunto das interrelações e dinâmicas dos âmbitos naturais, culturais,
históricos, sociais, econômicos e políticos.
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Mais até que uma abordagem sistêmica, a educação ambiental exige uma abordagem
complexa, que contemple os diferentes níveis da realidade para construir diferentes
perspectivas decorrentes das diferentes culturas e trajetórias individuais e coletivas.
De tal maneira, a descentralização espacial e institucional também é diretriz do ProNEA,
e contempla o envolvimento democrático dos atores e instituições na construção e
implementação das políticas e programas de educação ambiental nos diferentes níveis e
instâncias de representatividade.
Considerando a educação ambiental como um dos instrumentos fundamentais da
gestão ambiental, o ProNEA desempenha ainda um importante papel na orientação de
agentes públicos e privados para a construção e a implementação de políticas públicas
que possibilitem solucionar questões estruturais, em busca de uma sustentabilidade
socioambiental permanente.
Assim, busca-se a oportunidade de expor as práticas e experiências exitosas, como a
integração entre professores e técnicos ambientais em programas de formação. A democracia
e a participação social fazem parte das estratégias e ações, bem como a universalização dos
direitos e da inclusão social, por intermédio da geração e disponibilização de informações
que garantam a participação social na discussão das políticas públicas comprometidas com
a qualidade ambiental e a justiça social.
A participação e o controle social desse âmbito devem ser voltados ao empoderamento
dos grupos sociais para que intervenham, de modo qualificado, nos processos decisórios
sobre o uso dos recursos ambientais. Neste sentido, é preciso que a educação ambiental
supere as assimetrias sociais já observadas historicamente, uma vez que a desigualdade e
a injustiça social continuam sendo características da nossa sociedade.
Assim, a prática da educação ambiental deve contemplar pontos que estejam para além
da mera disponibilização de informações ambientais. Deve-se buscar um ponto favorável
para contribuir com a socialização de conhecimentos, mediante o uso de tecnologias
voltadas, por exemplo, para a reciclagem e desenvolvimento de produtos biodegradáveis,
dentre outras estratégias ambientalmente adequadas.
Deve-se ainda buscar o aproveitamento adequado de espaços ociosos, sejam de
ambientes públicos ou privados, a exemplo de laboratórios de pesquisa. Assim, por meio
da regulamentação da Política Nacional de Educação Ambiental, o ProNEA também se
envolve na missão de aperfeiçoa e fortalecer os sistemas de ensino, de meio ambiente e
outros que compartilhem interfaces variadas com a educação ambiental e que auxiliem o
processo de execução das políticas referidas.
Para garantir o fortalecimento desses sistemas, é fundamental o apoio para a
implementação de políticas descentralizadas, nos estados e municípios, além da criação
de mecanismos de financiamento que envolvam ações continuadas entre o poder público
e a sociedade civil.
Samara Lima
Dessa forma, o processo de construção do ProNEA deve dialogar com propostas,

campanhas e programas governamentais e não-governamentais nacionais, estaduais
e municipais, agregando práticas multidisciplinares, ambientalistas e educacionais. Em
conjunto, devem ainda ser propostas ações educacionais voltadas ao ideal ambientalista, o
que permite a formação de agentes e educadores ambientais capazes de apoiar e fortalecer
grupos e ações voltadas à construção de sociedades sustentáveis.
Nesse sentido, o ProNEA trabalha com base nos seguintes princípios:
1) Abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais,
transfronteiriças e globais.
2) Respeito à liberdade e à equidade de gênero.
3) Reconhecimento da diversidade cultural, étnica, racial, genética, de espécies e de
ecossistemas.
4) Enfoque humanista, histórico, crítico, político, democrático, participativo, inclusivo,
dialógico, cooperativo e emancipatório.
5) Compromisso com a cidadania ambiental.
6) Vinculação entre as diferentes dimensões do conhecimento; entre os valores éticos
e estéticos; entre a educação, o trabalho, a cultura e as práticas sociais.
7) Democratização na produção e divulgação do conhecimento e fomento à interatividade
na informação.
8) Pluralismo de ideias e concepções pedagógicas.
9) Garantia de continuidade e permanência do processo educativo.
10) Permanente avaliação crítica e construtiva do processo educativo.
11) Coerência entre o pensar, o falar, o sentir e o fazer.
12) Transparência
E ainda com base nos seguintes objetivos:
1) Promover processos de educação ambiental voltados para valores humanistas,
conhecimentos, habilidades, atitudes ambientalmente corretas;
2) Participação cidadã na construção de sociedades sustentáveis.
3) Fomentar processos de formação continuada em educação ambiental, formal e não-
formal, dando condições para a atuação nos diversos setores da sociedade.
4) Contribuir com a organização de grupos – voluntários, profissionais, institucionais,
associações, cooperativas, comitês, entre outros – que atuem em programas de intervenção
em educação ambiental, apoiando e valorizando suas ações.
5) Fomentar a transversalidade por meio da internalização e difusão da dimensão
ambiental nos projetos, governamentais e não-governamentais, de desenvolvimento e
melhoria da qualidade de vida.
Samara Lima
6) Promover a incorporação da educação ambiental na formulação e execução de

atividades passíveis de licenciamento ambiental.
7) Promover a educação ambiental integrada aos programas de conservação, recuperação
e melhoria do meio ambiente, bem como àqueles voltados à prevenção de riscos e danos
ambientais e tecnológicos.
8) Promover campanhas de educação ambiental nos meios de comunicação de massa,
de forma a torná-los colaboradores ativos e permanentes na disseminação de informações
e práticas educativas sobre o meio ambiente.
9) Estimular as empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas a
desenvolverem programas destinados à capacitação de trabalhadores, visando à melhoria
e ao controle efetivo sobre o meio ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões
do processo produtivo no meio ambiente.
10) Difundir a legislação ambiental, por intermédio de programas, projetos e ações de
educação ambiental.
11) Criar espaços de debate das realidades locais para o desenvolvimento de mecanismos
de articulação social, fortalecendo as práticas comunitárias sustentáveis e garantindo a
participação da população nos processos decisórios sobre a gestão dos recursos ambientais.
12) Estimular e apoiar as instituições governamentais e não-governamentais a pautarem
suas ações com base na Agenda 21.
13) Estimular e apoiar pesquisas, nas diversas áreas científicas, que auxiliem o
desenvolvimento de processos produtivos e soluções tecnológicas apropriadas e brandas,
fomentando a integração entre educação ambiental, ciência e tecnologia.
14) Incentivar iniciativas que valorizem a relação entre cultura, memória e paisagem
- sob a perspectiva da biofilia –, assim como a interação entre os saberes tradicionais e
populares e os conhecimentos técnico-científicos.
15) Promover a inclusão digital para dinamizar o acesso a informações sobre a temática
ambiental, garantindo inclusive a acessibilidade de portadores de necessidades especiais.
16) Acompanhar os desdobramentos dos programas de educação ambiental, zelando
pela coerência entre os princípios da educação ambiental e a implementação das ações
pelas instituições públicas responsáveis.
17) Estimular a cultura de redes de educação ambiental, valorizando essa forma de
organização.
18) Garantir junto às unidades federativas a implantação de espaços de articulação da
19) Promover e apoiar a produção e a disseminação de materiais didático-pedagógicos
e instrucionais.
Samara Lima
20) Sistematizar e disponibilizar informações sobre experiências exitosas e apoiar novas

iniciativas.
21) Produzir e aplicar instrumentos de acompanhamento, monitoramento e avaliação
das ações do ProNEA, considerando a coerência com suas Diretrizes e Princípios.
O ProNEA se baseia na promoção do planejamento estratégico e participativo das
políticas públicas, programas e projetos em todo o país, em articulação com governos
estaduais e municipais, fóruns, comissões e demais segmentos da sociedade, promovido
pela descentralização das ações e informações, inclusive sobre fontes de financiamento.
Apoia as ações integradas entre os diferentes setores de órgãos e instituições, promovendo
a transversalidade das questões ambientais, bem como estimula e apoia a criação de
programas estaduais de educação ambiental, que sejam referência para elaboração de
outros planos e projetos de políticas públicas.
Fomenta a inclusão das questões ambientais nas agendas dos segmentos públicos e
privados dos estados e municípios, estimula o apoio à criação e fortalecimento de secretarias
estaduais e municipais de meio ambiente e de educação, bem como de conselhos democráticos
com participação de todos os segmentos da sociedade.
Há também o estímulo à inclusão da educação ambiental nos projetos públicos e privados
que causem impactos ambientais, conforme a Lei n. 6.938/81 e as Resoluções do CONAMA
001/96 e 237/97, além do apoio à criação da Escola Nacional de Gestão Ambiental Pública,
voltada para o fortalecimento do SISNAMA em todos os âmbitos. Assim, as estratégias e
linhas de ação do ProNEA são as seguintes:
I – Formulação e implementação de políticas públicas ambientais de âmbito local;
II – Incentivo à criação e a implementação de programas estaduais e municipais de
educação ambiental, em conformidade com as Diretrizes do ProNEA e com a Agenda 21;
III – Apoio à construção de arcabouço jurídico-institucional que sirva de base para a
formulação e implementação de políticas, programas e planos municipais de educação
ambiental;
IV – Apoio à promoção de parcerias dos órgãos públicos locais entre si e com a sociedade
civil, de forma a possibilitar a regionalização articulada da educação ambiental, com a
descentralização de projetos e ações e o respeito às diversidades locais;
V – Apoio à promoção de parcerias locais, envolvendo governo e sociedade civil, para
elaboração e administração de cursos de capacitação que contemplem as peculiaridades
regionais, trabalhando de forma transversal e interdisciplinar;
VI – Criação de interfaces entre educação ambiental e os diversos programas e políticas
de governo, nas diferentes áreas;
VII – Estímulo à promoção da articulação entre educação ambiental e ações de atenção
à saúde e assistência social;
Samara Lima
VIII – Estímulo à inserção da educação ambiental nas etapas de planejamento e execução

de ações relacionadas a: gestão dos recursos naturais nas bacias hidrográficas; defesa
dos biomas; preservação da biodiversidade; unidades de conservação e entorno; ética e
pluralidade cultural; trabalho e consumo; agricultura e assentamentos sustentáveis; ciência
e tecnologia; identidade e patrimônio; áreas fronteiriças e costeiras, entre outras vertentes
das políticas públicas;
IX – Estímulo e apoio à criação de grupos de trabalho multidisciplinares – envolvendo
especialmente arte-educadores, assistentes sociais e agentes de saúde – para desenvolver
oficinas de educação ambiental que enfatizem a relação entre saúde, ambiente e bem estar
social, a serem realizadas em escolas públicas e locais acessíveis à comunidade em geral;
X – Apoio à estruturação de programas de educação ambiental vinculados aos
procedimentos de Licenciamento Ambiental e de Licença de Operação;
XI – Estímulo e apoio à inserção da educação ambiental nas práticas de ecoturismo, visando
garantir a sustentabilidade social, ecológica e econômica das comunidades receptoras e
proporcionando uma interação adequada dos turistas com os ecossistemas locais.
XII – Articulação e mobilização social como instrumentos de educação ambiental: Apoio à
realização periódica de eventos sobre educação ambiental, a exemplo de fóruns, seminários,
festejos populares, congregando representantes de órgãos públicos, da sociedade civil,
técnicos e especialistas nacionais e internacionais, entre outros.
A formação continuada de educadores e educadoras ambientais deve se dar no
âmbito formal e não-formal, mediante a construção de planos de formação continuada
a serem implementados a partir de parcerias com associações, universidades, escolas,
empresas, entre outros.
Deve contar com o apoio à criação de redes de formação de educadores e educadoras,
com a participação de universidades, empresas, organizações de terceiro setor e escolas e a
produção de material técnico-pedagógico e instrucional de apoio aos processos formativos
Deve haver uma continuidade dos seminários anuais sobre o tema Universidade e
Meio Ambiente, oferta de suporte à qualificação de quadros profissionais das gerências,
agências e departamentos de educação ambiental, assim como à adequação tecnológica
dos mesmos, formação continuada de docentes e técnicos, desde a educação pré-escolar
ao ensino superior, utilizando-se metodologias presenciais e de educação a distância.
Nesse sentido, é necessário que haja a implementação de metodologias de educação
a distância mediante o uso de novas tecnologias de informação e comunicação, como
videoconferências, aulas virtuais, dentre outras, contando com a realização de parcerias
entre escolas públicas e universidades, facilitando o acesso dos professores da rede pública
de ensino básico aos cursos de pós-graduação lato sensu e stricto sensu em educação
ambiental.
Samara Lima
Devem ser disponibilizados cursos de especialização, mestrado e doutorado em educação

ambiental, com a criação de um programa de formação em educação ambiental voltado aos
profissionais da educação especial, abordando a importância da inclusão dos portadores
de necessidades especiais na capacitação dos educadores ambientais em geral, além
da elaboração, junto às secretarias municipais de educação e de meio ambiente ou com
o respectivo departamento, de um banco de dados com o cadastro de formadores de
educadores ambientais.
No mesmo sentido, a Comunicação para a Educação Ambiental deve contar com o
estímulo e apoio à veiculação de informações de caráter educativo sobre meio ambiente,
em linguagem acessível a todos, por intermédio dos meios de comunicação em geral,
desencadeando processos de sensibilização da sociedade para os problemas ambientais
por intermédio da articulação entre os meios de comunicação.
Deve haver o apoio à criação de canais de acesso às informações ambientais que possam
ser utilizadas na produção de programação, veiculação de notícias, em debates e outras
formas de comunicação social, além da criação e estruturação de veículos técnico-científicos
para divulgação na área de educação ambiental e a identificação e divulgação de experiências
exitosas em educação ambiental, inclusive aquelas desenvolvidas à luz do ProNEA.
A inclusão da educação ambiental nas instituições de ensino deve incentivar a inclusão
da dimensão ambiental nos projetos político-pedagógicos das instituições de ensino,
contemplando os seguintes elementos:
I – Estabelecimento de uma reestruturação da educação em direção à sustentabilidade,
por meio da construção de novos currículos, nos quatro níveis de ensino, que contemplem
os Programas Estaduais de Educação Ambiental;
II – Incentivo à gestão escolar dinâmica, aproveitando as experiências acumuladas e
promovendo a integração entre as diversas disciplinas;
III – Inclusão da educação ambiental em escolas diferenciadas, como indígenas, ribeirinhas,
de pescadores, de assentamentos e de extrativistas;
IV – Inclusão de disciplinas sobre meio ambiente na formação universitária, tornando
esse tema transversal ao ensino, à pesquisa e à extensão;
V – Estabelecimento da revisão da bibliografia e do material pedagógico em geral,
priorizando aqueles que abordem temas relativos à preservação ambiental;
VI – Inclusão de disciplinas que enfoquem o aspecto metodológico da educação ambiental
no currículo dos cursos de licenciatura;
VII – Promoção de eventos conjuntos entre as áreas de educação ambiental formal e
não-formal, visando à construção de metodologias e instrumentos voltados à abordagem
da dimensão ambiental;
VIII – Estímulo à construção da Agenda 21 escolar e comunitária;
Samara Lima
IX – Estímulo à efetiva implementação dos projetos em educação ambiental construídos

pela comunidade escolar, especialmente os provenientes da educação infantil e do ensino
fundamental;
X – Incentivo a estudos, pesquisas e experimentos em educação ambiental;
XI – Fomento à criação e ao fortalecimento de núcleos de pesquisa e experimentação
em educação ambiental;
XII – Incentivo às instituições de ensino superior a implementarem projetos de extensão
universitária com enfoque em meio ambiente e educação ambiental;
XIII – Coordenação e consolidação dos estudos e pesquisas relativos à educação ambiental,
por intermédio de uma rede de centros especializados;
XIV – Estímulo ao compromisso das instituições de ensino superior e dos núcleos de
pesquisa no sentido de retornar os resultados das pesquisas e estudos às comunidades
envolvidas;
XV – Apoio aos projetos de pesquisa voltados à construção de instrumentos, metodologias
e processos para a abordagem da dimensão ambiental, que possam inclusive ser incorporados
aos currículos integrados dos diferentes níveis e modalidades de ensino;
XVI – Estímulo e apoio à criação de linhas de pesquisa para educação ambiental junto a
órgãos de fomento, como CAPES, CNPq, fundações estaduais, entre outros;
XVII – Estímulo à abertura de editais para parcerias entre universidades e escolas em
projetos de pesquisa e intervenção que envolvam a temática ambiental.
Finalmente, o monitoramento e a avaliação de políticas, programas e projetos em
educação ambiental devem ser desenvolvido mediante a construção de indicadores:
I – Apoio à construção e à divulgação de indicadores que subsidiem a avaliação dos
resultados esperados no âmbito da Política e do Programa Nacional de Educação Ambiental;
II – Incentivo à realização de diagnósticos socioambientais nos estados. Estímulo à avaliação
e ao acompanhamento, pelas CIEAs e pelos organismos municipais, dos programas de educação
ambiental inseridos nos projetos para licenciamento ambiental dos empreendimentos;
III – Verificação se os programas de gestão ambiental priorizam, em suas propostas, as
causas dos problemas socioambientais e não apenas seus efeitos.
5. DECRETO N. 4.281/2002 - REGULAMENTA A LEI N.

9.795/1999, QUE INSTITUI A POLÍTICA NACIONAL DE
EDUCAÇÃO AMBIENTAL.
A Política Nacional de Educação Ambiental deve ser executada pelos órgãos e entidades
integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, pelas instituições educacionais
públicas e privadas dos sistemas de ensino, pelos órgãos públicos da União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, envolvendo entidades não governamentais, entidades de classe, meios
de comunicação e demais segmentos da sociedade.
Samara Lima
Nesse sentido, o Decreto n. 4.281/2002 cria o Órgão Gestor, nos termos do artigo 14 da
Lei Federal n. 9.795/1999, responsável pela coordenação da Política Nacional de Educação
Ambiental, que será dirigido pelos Ministros de Estado do Meio Ambiente e da Educação.
Aos dirigentes, caberá indicar seus respectivos representantes responsáveis pelas questões
de Educação Ambiental em cada Ministério. As Secretarias-Executivas dos Ministérios do
Meio Ambiente e da Educação proverão o suporte técnico e administrativo necessários ao
desempenho das atribuições do Órgão Gestor.
Cabe aos dirigentes a decisão, direção e coordenação das atividades do Órgão Gestor,
consultando, quando necessário, o Comitê Assessor. Nesse sentido, cabe ao Órgão Gestor
as seguintes competências:
I – avaliar e intermediar, se for o caso, programas e projetos da área de educação
ambiental, inclusive supervisionando a recepção e emprego dos recursos públicos e privados
aplicados em atividades dessa área;
II – observar as deliberações do Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA e do
Conselho Nacional de Educação - CNE;
III – apoiar o processo de implementação e avaliação da Política Nacional de Educação
Ambiental em todos os níveis, delegando competências quando necessário;
IV – sistematizar e divulgar as diretrizes nacionais definidas, garantindo o processo
participativo;
V – estimular e promover parcerias entre instituições públicas e privadas, com ou sem fins
lucrativos, objetivando o desenvolvimento de práticas educativas voltadas à sensibilização
da coletividade sobre questões ambientais;
VI – promover o levantamento de programas e projetos desenvolvidos na área de
Educação Ambiental e o intercâmbio de informações;
VII – indicar critérios e metodologias qualitativas e quantitativas para a avaliação de
programas e projetos de Educação Ambiental;
VIII – estimular o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando o
acompanhamento e avaliação de projetos de Educação Ambiental;
IX – levantar, sistematizar e divulgar as fontes de financiamento disponíveis no País e
no exterior para a realização de programas e projetos de educação ambiental;
X – definir critérios considerando, inclusive, indicadores de sustentabilidade, para o
apoio institucional e alocação de recursos a projetos da área não formal;
XI – assegurar que sejam contemplados como objetivos do acompanhamento e avaliação
das iniciativas em Educação Ambiental:
a) a orientação e consolidação de projetos;
b) o incentivo e multiplicação dos projetos bem sucedidos; e,
c) a compatibilização com os objetivos da Política Nacional de Educação Ambiental.
Samara Lima
Fica criado o Comitê Assessor, que tem por objetivo garantir o assessoramento do Órgão
Gestor, integrado por um representante dos seguintes órgãos, entidades ou setores:
I – setor educacional-ambiental, indicado pelas Comissões Estaduais Interinstitucionais
de Educação Ambiental;
II – setor produtivo patronal, indicado pelas Confederações Nacionais da Indústria, do
Comércio e da Agricultura, garantida a alternância;
III – setor produtivo laboral, indicado pelas Centrais Sindicais, garantida a alternância;
IV – Organizações Não-Governamentais que desenvolvam ações em Educação Ambiental,
indicado pela Associação Brasileira de Organizações não Governamentais - ABONG;
V – Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB;
VI – municípios, indicado pela Associação Nacional dos Municípios e Meio Ambiente - ANAMMA;
VII – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC;
VIII – Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, indicado pela Câmara Técnica de
Educação Ambiental, excluindo-se os já representados neste Comitê;
IX – Conselho Nacional de Educação - CNE;
X – União dos Dirigentes Municipais de Educação - UNDIME;
XI – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA;
XII – da Associação Brasileira de Imprensa - ABI; e
XIII – da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Estado de Meio Ambiente - ABEMA.
A participação dos representantes no Comitê Assessor não enseja qualquer tipo de
remuneração, sendo considerada serviço de relevante interesse público. O Órgão Gestor
poderá solicitar assessoria de órgãos, instituições e pessoas de notório saber, na área de
sua competência, em assuntos que necessitem de conhecimento específico.
Na inclusão da Educação Ambiental em todos os níveis e modalidades de ensino,
recomenda-se como referência os Parâmetros e as Diretrizes Curriculares Nacionais,
observando-se:
I – a integração da educação ambiental às disciplinas de modo transversal, contínuo e
permanente; e
II – a adequação dos programas já vigentes de formação continuada de educadores.
Para o cumprimento do estabelecido neste Decreto, deverão ser criados, mantidos e
implementados, sem prejuízo de outras ações, programas de educação ambiental integrados:
I – a todos os níveis e modalidades de ensino;
II – às atividades de conservação da biodiversidade, de zoneamento ambiental, de
licenciamento e revisão de atividades efetivas ou potencialmente poluidoras, de gerenciamento
de resíduos, de gerenciamento costeiro, de gestão de recursos hídricos, de ordenamento
de recursos pesqueiros, de manejo sustentável de recursos ambientais, de ecoturismo e
melhoria de qualidade ambiental;
Samara Lima
III – às políticas públicas, econômicas, sociais e culturais, de ciência e tecnologia de

comunicação, de transporte, de saneamento e de saúde;
IV – aos processos de capacitação de profissionais promovidos por empresas, entidades
de classe, instituições públicas e privadas;
V – a projetos financiados com recursos públicos; e
VI – ao cumprimento da Agenda 21.
Cabe ao Poder Público estabelecer mecanismos de incentivo à aplicação de recursos
privados em projetos de Educação Ambiental. O Órgão Gestor estimulará os Fundos de
Meio Ambiente e de Educação, nos níveis Federal, Estadual e Municipal a alocarem recursos
para o desenvolvimento de projetos de Educação Ambiental.
O Ministério do Meio Ambiente, o Ministério da Educação e seus órgãos vinculados, na
elaboração dos seus respectivos orçamentos, deverão consignar recursos para a realização das
atividades e para o cumprimento dos objetivos da Política Nacional de Educação Ambiental.
6. TRATADO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA SOCIEDADES

SUSTENTÁVEIS
O Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis prevê uma série de
princípios que devem nortear o processo educacional para a promoção de indivíduos
conscientes, cuidadosos e preocupados com o equilíbrio ambiental. Nesse sentido, prevê que:
A educação é um direito de todos e deve ter como base o pensamento crítico e inovador,
em qualquer tempo ou lugar, em seus modos formal, não-formal e informal, promovendo
a transformação e a construção da sociedade.
A educação ambiental é individual e coletiva. Tem o propósito de formar cidadãos com
consciência local e planetária, que respeitem a autodeterminação dos povos e a soberania
das nações. A educação ambiental não é neutra, mas sim ideológica. É um ato político.
Ela deve envolver uma perspectiva holística, enfocando a relação entre o ser humano, a
natureza e o universo de forma interdisciplinar.
A educação ambiental deve estimular a solidariedade, a igualdade e o respeito aos
direitos humanos, valendo-se de estratégias democráticas e da interação entre as culturas.
Deve também tratar as questões globais críticas, suas causas e inter-relações em uma
perspectiva sistêmica, em seu contexto social e histórico.
Aspectos primordiais relacionados ao desenvolvimento e ao meio ambiente, tais como
população, saúde, paz, direitos humanos, democracia, fome, degradação da flora e fauna,
devem ser abordados dessa maneira.
1) A educação ambiental deve facilitar a cooperação mútua e equitativa nos processos
de decisão, em todos os níveis e etapas;
Samara Lima
2) A educação ambiental deve recuperar, reconhecer, respeitar, refletir e utilizar a

história indígena e culturas locais, assim como promover a diversidade cultural, linguística
e ecológica. Isto implica uma visão do história dos povos nativos par modificar os enfoques
etnocêntricos, além de estimular a educação bilíngue.
A educação ambiental deve estimular e potencializar o poder da diversas populações,
promovendo oportunidades para as mudança democráticas de base que estimulem os
setores populares da sociedade. Isto implica que as comunidades devem retomar a condução
de seus próprios destinos.
A educação ambiental deve também valorizar as diferentes formas de conhecimento.
Este, portanto, deve ser encarado como um componente diversificado, acumulado e produzido
socialmente, não devendo ser patenteado ou monopolizado. A educação ambiental deve ser
planejada para capacitar as pessoas a trabalharem conflitos de maneira justa e humana.
A educação ambiental deve promover a cooperação e do diálogo entre indivíduos
e instituições, com a finalidade de criar novos modo de vida, baseados em atender às
necessidades básicas de todos, sem distinções étnicas, físicas, de gênero, idade, religião
ou classe.
A educação ambiental requer a democratização dos meios de comunicação de massa e
seu comprometimentos com os interesses de todos os setores da sociedade. A comunicação
é um direito inalienável e os meios de comunicação de massa devem ser transformados
em um canal privilegiado de educação, não somente disseminado informações em bases
igualitárias, mas também promovendo intercâmbio de experiências, métodos e valores.
A educação ambiental deve integrar conhecimentos, aptidões, valores, atitudes e ações.
Deve converter cada oportunidade em experiências educativas de sociedades sustentáveis.
A educação ambiental deve ajudar a desenvolver uma consciência ética sobre todas
as formas de vida com as quais compartilhamos este planeta, respeitar seus ciclos vitais
e impor limites à exploração dessas formas de vida pelos seres humanos. O Plano de
Ação prevê que as organizações que assinam este Tratados se propõem a implementar as
seguintes diretrizes:
1) Transformar as declarações deste Tratados e dos demais produzidos pela Conferência
da Sociedade Civil durante o processo da Rio-92 em documentos a serem utilizados na rede
formal de ensino e em programas educativos dos movimentos sociais e suas organizações;
2) Trabalhar a dimensão da educação ambiental para sociedades sustentáveis em
conjunto com os grupos que elaboram os demais tratados aprovados durante a Rio-92;
3) Realizar estudos comparativos entre os tratados da sociedade civil e os produzidos
pela Conferências das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento – UNCED,
utilizando as suas conclusões em ações educativas;
Samara Lima
4) Trabalha os princípios deste Tratado a partir as realidades locais, estabelecendo

as devidas conexões com a realidade planetária, objetivando a conscientização para a
transformação;
5) Incentivar a produção de conhecimentos, políticas, metodologias e práticas de
educação ambiental em todos os espaços de educação formal, informal e não-formal, para
todas as faixas etárias;
6) Promover e apoiar a capacitação de recursos humanos para preservar, conservar e
gerenciar o ambiente, como parte do exercício da cidadania local e planetária;
7) Estimular posturas individuais e coletivas, bem como políticas institucionais que
revisem permanentemente a coerência entre o que se diz e o que se faz, os valores de
nossas culturas, tradições história.
As organizações que assinam este Tratado se propõem a implementar as seguintes
diretrizes:
I – Fazer circular informações sobre o saber e a memória populares e sobre iniciativas
e tecnologias apropriadas ao uso dos recursos naturais;
II – Promover a corresponsabilidade dos gêneros feminino e masculino sobre a produção,
reprodução e manutenção da vida;
III – Estimular e apoiar a criação e o fortalecimento de associações de produtores e
consumidores e de redes de comercialização ecologicamente responsáveis;
IV – Sensibilizar as populações para que constituam Conselhos populares de Ação Ecológica
e Gestão do Ambiente visando investigar, informar, debater e decidir sobre problemas e
políticas ambientais;
V – Criar condições educativas, jurídicas, organizacionais e políticas para exigir que os
governos destinem parte significativa de seu orçamento à educação e meio ambiente;
VI – Promover relações de parceria e cooperação entre as ONGs e movimentos sociais
movimentos sociais e as agências da ONU (UNESCO, PNUMA, FAO, entre outras), em nível
nacional, regional e internacional, a fim de estabelecer em conjunto as prioridades de ação
para a educação e meio ambiente e desenvolvimento;
VII – Promover a criação e o fortalecimento de redes nacionais, regionais e mundiais
para realização de ações conjuntas entre organizações do Norte, Sul, Leste e Oeste com
perspectiva planetária (exemplos: dívida externa, direitos humanos, paz, aquecimento
global, população, produtos contaminados);
VIII – Garantir que os meios de comunicação se transformem em instrumentos educacionais
para preservação e conservação de recursos naturais, apresentando a pluralidade de versões
com fidedignidade e contextualizando as informações;
IX – Estimular transmissões de programas gerados por comunidades locais;
Samara Lima
X – Promover a compreensão das causas dos hábitos consumistas e agir para transformação
dos sistemas que os sustentam, assim como para a transformação de nossa próprias práticas;
XI – Buscar alternativas de produção autogestionária apropriadas econômicas e
ecologicamente, que contribuam para uma melhoria da qualidade de vida;
XII – Atuar para erradicar o racismo, o sexismo e outros preconceitos; e contribuir para
um processo de reconhecimento da diversidade cultural, dos direitos territoriais e da
autodeterminação dos povos;
XIII – Mobilizar instituições formais e não-formais de educação superior para o apoio
ao ensino, pesquisa e extensão em educação ambiental e a criação em cada universidade,
de centros interdisciplinares para o meio ambiente;
XIV – Fortalecer as organizações movimentos sociais como espaços privilegiados para
o exercício da cidadania e melhoria da qualidade de vida e do ambiente;
XV – Assegurar que os grupos de ecologista popularizem suas atividades e que as
comunidades incorporem em seu cotidiano a questão ecológica;
XVI – Estabelecer critérios para a aprovação de projetos de educação para sociedades
sustentáveis, discutindo prioridades sociais junto às agências financiadoras.
O Tratado ainda estabelece os Sistemas de Coordenação Monitoramento e Avaliação,
através dos quais todos os que assinam o acordo concordam e se comprometem a:
1) Difundir e promover em todos os países o Tratado de Educação Ambiental para
Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, através de campanhas individuais e
coletivas promovidas por ONGs, movimentos sociais e outros;
2) Estimular e criar organizações, grupos de ONGs e movimentos sociais para implantar,
implementar, acompanhar e avaliar os elementos deste Tratado;
3) Produzir materiais de divulgação deste Tratado e de seus desdobramentos em ações
educativas, sob a forma de textos, cartilhas, cursos, pesquisas, eventos culturais, programas
na mídia, feiras de criatividade popular, correio eletrônico e outros;
4) Estabelecer um grupo de coordenação internacional para dar continuidade às propostas
deste Tratado;
5) Estimular, criar e desenvolver redes de educadores ambientais;
6) Garantir a realização, nos próximos três anos, do 1º Encontro Planetário de Educação
Ambiental para Sociedades Sustentáveis;
7) Coordenar ações de apoio aos movimentos sociais em defesa da melhoria da qualidade
de vida, exercendo assim uma efetiva solidariedade internacional;
8) Estimular articulações de ONGs e movimentos sociais para rever suas estratégias e
seus programas relativos ao meio ambiente e educação.
Samara Lima
Este Tratado é dirigido para alguns grupos que devem se envolver no processo de
educação ambiental. São eles:
• Organizações dos movimentos sociais – ecologistas, mulheres, jovens, grupos étnicos,
artistas, agricultores, sindicalistas, associações de bairro e outros. ONGs comprometidas
com os movimentos sociais de caráter popular;
• Profissionais de educação interessados em implantar e implementar programas
voltados à questão ambiental tanto nas redes formais de ensino como em outros
espaços educacionais;
• Responsáveis pelos meios de comunicação capazes de aceitar o desafio de um trabalho
transparente e democrático, iniciando uma nova política de comunicação de massas;
• Cientistas e instituições científicas com postura ética e sensíveis ao trabalho conjunto
com as organizações dos movimentos sociais;
• Grupos religiosos interessados em atuar junto às organizações dos movimentos
sociais. Governos locais e nacionais capazes de atuar em sintonia/parceria com as
propostas deste Tratado;
• Empresários comprometidos em atuar dentro de uma lógica de recuperação
e conservação do meio ambiente e de melhoria da qualidade de vida humana.
Comunidades alternativas que experimentam novos estilos de vida condizentes com
os princípios e propostas deste Tratado.
Todas as organizações que assinam o presente Tratado se comprometem ainda a:

• Reservar uma parte significativa de seus recursos para o desenvolvimento de programas
educativos relacionados com a melhora do ambiente de vida;
• Reivindicar dos governos que destinem um percentual significativo do Produto Nacional
Bruto para a implantação de programas de educação ambiental em todos os setores
da administração pública, com a participação direta de ONGs e movimentos sociais;
• Propor políticas econômicas que estimulem empresas a desenvolverem e aplicarem
tecnologias apropriadas e a criarem programas de educação ambiental para o
treinamento de pessoal e para a comunidade em geral;
• Incentivar as agências financiadoras e alocarem recursos significativos a projetos
dedicados à educação ambiental, além de garantir sua presença em outros projetos
a serem aprovados, sempre que possível;
• Contribuir para a formação de um sistema bancário planetário das ONGs e movimentos
sociais, cooperativo e descentralizado, que se proponha a destinar uma parte de seus
recursos para programas de educação e seja ao mesmo tempo um exercício educativo
de utilização de recursos financeiros.
Samara Lima
7. CARTA DA TERRA
A Carta da Terra tem sua origem baseada no ideal de conscientização do planeta
enquanto o nosso lar compartilhado, e a necessidade de preservação do mesmo para que
as presentes e futuras gerações possam viver em um ambiente equilibrado.
Nesse sentido, uma das principais preocupações do documento é a situação global e os
padrões de poluição e consumo que causam os desequilíbrios ambientais. Da mesma forma,
o referido documento busca refletir sobre os desafios para o futuro e a responsabilidade
compartilhada para a garantia do meio ambiente ecologicamente equilibrado. Dessa forma,
se baseia nos seguintes princípios:
I – RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DA VIDA: Respeitar a Terra e a vida em toda
sua diversidade.
• Reconhecer que todos os seres são interligados e cada forma de vida tem valor,
independentemente de sua utilidade para os seres humanos.
• Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial intelectual,
artístico, ético e espiritual da humanidade.
• Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.
• Aceitar que, com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais vem o dever
de impedir o dano causado ao meio ambiente e de proteger os direitos das pessoas.
• Assumir que o aumento da liberdade, dos conhecimentos e do poder implica
responsabilidade na promoção do bem comum.
• Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e
pacíficas.
• Assegurar que as comunidades em todos níveis garantam os direitos humanos e as
liberdades fundamentais e proporcionem a cada um a oportunidade de realizar seu
pleno potencial.
• Promover a justiça econômica e social, propiciando a todos a consecução de uma
subsistência significativa e segura, que seja ecologicamente responsável.
• Garantir as dádivas e a beleza da Terra para as atuais e as futuras gerações.
• Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas necessidades
das gerações futuras.
• Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apoiem, a longo
prazo, a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra.
II – PROMOVER A INTEGRIDADE ECOLÓGICA: Proteger e restaurar a integridade dos
sistemas ecológicos da Terra, com especial preocupação pela diversidade biológica e pelos
processos naturais que sustentam a vida.
• Adotar planos e regulamentações de desenvolvimento sustentável em todos os níveis
que façam com que a conservação ambiental e a reabilitação sejam parte integral de
todas as iniciativas de desenvolvimento.
Samara Lima
• Estabelecer e proteger as reservas com uma natureza viável e da biosfera, incluindo

terras selvagens e áreas marinhas, para proteger os sistemas de sustento à vida da
Terra, manter a biodiversidade e preservar nossa herança natural.
• Promover a recuperação de espécies e ecossistemas ameaçadas.
• d. Controlar e erradicar organismos não-nativos ou modificados geneticamente que
causem danos às espécies nativas, ao meio ambiente, e prevenir a introdução desses
organismos daninhos.
• Manejar o uso de recursos renováveis como água, solo, produtos florestais e vida
marinha de formas que não excedam as taxas de regeneração e que protejam a
sanidade dos ecossistemas.
• Manejar a extração e o uso de recursos não-renováveis, como minerais e combustíveis
fósseis de forma que diminuam a exaustão e não causem dano ambiental grave.
• Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e, quando
o conhecimento for limitado, assumir uma postura de precaução.
• Orientar ações para evitar a possibilidade de sérios ou irreversíveis danos ambientais
mesmo quando a informação científica for incompleta ou não conclusiva.
• Impor o ônus da prova àqueles que afirmarem que a atividade proposta não causará
danos significativo e fazer com que os grupos sejam responsabilizados pelo dano
ambiental.
• Garantir que a decisão a ser tomada se oriente pelas consequências humanas globais,
cumulativas, de longo prazo, indiretas e de longo alcance.
• Impedir a poluição de qualquer parte do meio ambiente e não permitir o aumento
de substâncias radioativas, tóxicas ou outras substâncias perigosas.
• Evitar que atividades militares causem danos ao meio ambiente.
• Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades
regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário.
• Reduzir, reutilizar e reciclar materiais usados nos sistemas de produção e consumo
e garantir que os resíduos possam ser assimilados pelos sistemas ecológicos.
• Atuar com restrição e eficiência no uso de energia e recorrer cada vez mais aos
recursos energéticos renováveis, como a energia solar e do vento.
• Promover o desenvolvimento, a adoção e a transferência equitativa de tecnologias
ambientais saudáveis.
• Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de bens e serviços no preço de
venda e habilitar os consumidores a identificar produtos que satisfaçam as mais
altas normas sociais e ambientais.
• Garantir acesso universal a assistência de saúde que fomente a saúde reprodutiva e
a reprodução responsável.
Samara Lima
• Adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e subsistência material num
mundo finito.
• Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover a troca aberta e a ampla
aplicação do conhecimento adquirido.
• Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada à sustentabilidade,
com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento.
• Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais e a sabedoria espiritual em
todas as culturas que contribuam para a proteção ambiental e o bem-estar humano.
• Garantir que informações de vital importância para a saúde humana e para a proteção
ambiental, incluindo informação genética, estejam disponíveis ao domínio público.
III – PROMOVER A JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA: Erradicar a pobreza como um
imperativo ético, social e ambiental.
• Garantir o direito à água potável, ao ar puro, à segurança alimentar, aos solos não-
contaminados, ao abrigo e saneamento seguro, distribuindo os recursos nacionais e
internacionais requeridos.
• Prover cada ser humano de educação e recursos para assegurar uma subsistência
sustentável, e proporcionar seguro social e segurança coletiva a todos aqueles que
não são capazes de manter-se por conta própria.
• Reconhecer os ignorados, proteger os vulneráveis, servir àqueles que sofrem, e
permitir-lhes desenvolver suas capacidades e alcançar suas aspirações.
• Garantir que as atividades e instituições econômicas em todos os níveis promovam
o desenvolvimento humano de forma equitativa e sustentável.
• Promover a distribuição equitativa da riqueza dentro das e entre as nações.
• Incrementar os recursos intelectuais, financeiros, técnicos e sociais das nações em
desenvolvimento e isentá-las de dívidas internacionais onerosas.
• Garantir que todas as transações comerciais apoiem o uso de recursos sustentáveis,
a proteção ambiental e normas trabalhistas progressistas.
• Exigir que corporações multinacionais e organizações financeiras internacionais
atuem com transparência em benefício do bem comum e responsabilizá-las pelas
consequências de suas atividades.
• Afirmar a igualdade e a equidade de gênero como pré-requisitos para o desenvolvimento
sustentável e assegurar o acesso universal à educação, assistência de saúde e às
oportunidades econômicas.
• Assegurar os direitos humanos das mulheres e das meninas e acabar com toda
violência contra elas.
• Promover a participação ativa das mulheres em todos os aspectos da vida econômica,
política, civil, social e cultural como parceiras plenas e paritárias, tomadoras de
decisão, líderes e beneficiárias.
Samara Lima
• Fortalecer as famílias e garantir a segurança e a educação amorosa de todos os

membros da família.
• Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente natural
e social, capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar
espiritual, concedendo especial atenção aos direitos dos povos indígenas e minorias.
• Eliminar a discriminação em todas suas formas, como as baseadas em raça, cor,
gênero, orientação sexual, religião, idioma e origem nacional, étnica ou social.
• Afirmar o direito dos povos indígenas à sua espiritualidade, conhecimentos, terras
e recursos, assim como às suas práticas relacionadas a formas sustentáveis de vida.
• Honrar e apoiar os jovens das nossas comunidades, habilitando-os a cumprir seu
papel essencial na criação de sociedades sustentáveis.
• d. Proteger e restaurar lugares notáveis pelo significado cultural e espiritual.
IV – PROMOVER A DEMOCRACIA, A NÃO VIOLÊNCIA E A PAZ: Fortalecer as instituições
democráticas em todos os níveis e proporcionar-lhes transparência e prestação de contas
no exercício do governo, participação inclusiva na tomada de decisões, e acesso à justiça.
• Defender o direito de todas as pessoas no sentido de receber informação clara e
oportuna sobre assuntos ambientais e todos os planos de desenvolvimento e atividades
que poderiam afetá-las ou nos quais tenham interesse.
• Apoiar sociedades civis locais, regionais e globais e promover a participação significativa
de todos os indivíduos e organizações na tomada de decisões.
• Proteger os direitos à liberdade de opinião, de expressão, de assembleia pacífica, de
associação e de oposição.
• Instituir o acesso efetivo e eficiente a procedimentos administrativos e judiciais
independentes, incluindo retificação e compensação por danos ambientais e pela
ameaça de tais danos.
• Eliminar a corrupção em todas as instituições públicas e privadas.
• Fortalecer as comunidades locais, habilitando-as a cuidar dos seus próprios ambientes,
e atribuir responsabilidades ambientais aos níveis governamentais onde possam ser
cumpridas mais efetivamente.
• Integrar, na educação formal e na aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos,
valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável.
• Oferecer a todos, especialmente a crianças e jovens, oportunidades educativas que
lhes permitam contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável.
• Promover a contribuição das artes e humanidades, assim como das ciências, na
educação para sustentabilidade.
• Intensificar o papel dos meios de comunicação de massa no sentido de aumentar a
sensibilização para os desafios ecológicos e sociais.
Samara Lima
• Reconhecer a importância da educação moral e espiritual para uma subsistência

sustentável.
• Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.
• Impedir crueldades aos animais mantidos em sociedades humanas e protegê-los de
sofrimentos.
• Proteger animais selvagens de métodos de caça, armadilhas e pesca que causem
sofrimento extremo, prolongado ou evitável.
• Evitar ou eliminar ao máximo possível a captura ou destruição de espécies não visadas.
• Promover uma cultura de tolerância, não violência e paz.
• Estimular e apoiar o entendimento mútuo, a solidariedade e a cooperação entre
todas as pessoas, dentro das e entre as nações.
• Implementar estratégias amplas para prevenir conflitos violentos e usar a colaboração
na resolução de problemas para manejar e resolver conflitos ambientais e outras
disputas.
• Desmilitarizar os sistemas de segurança nacional até chegar ao nível de uma postura
não-provocativa da defesa e converter os recursos militares em propósitos pacíficos,
incluindo restauração ecológica.
• Eliminar armas nucleares, biológicas e tóxicas e outras armas de destruição em massa.
• Assegurar que o uso do espaço orbital e cósmico mantenha a proteção ambiental e
a paz.
• Reconhecer que a paz é a plenitude criada por relações corretas consigo mesmo, com
outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a Terra e com a totalidade maior
da qual somos parte.
Samara Lima
RESUMO
De acordo com o artigo 1º da Política Nacional de Educação Ambiental (Lei Federal
n. 9.795/1999), a mesma compreende “os processos por meio dos quais o indivíduo e a
voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia
qualidade de vida e sua sustentabilidade.”
A Constituição Federal de 1988, incorporou a Educação Ambiental em seu artigo 225,
incluindo a promoção da qualidade de vida como parte integrante da própria noção de
cidadania.
Assim, os Parâmetros Curriculares Nacionais contemplam a questão ambiental como
um dos temas transversais do Ensino Fundamental, mas a sua efetivação cotidiana ainda
se mostra muito incipiente e, em muitos casos, se vê limitada a ações isoladas ou parciais,
quase sempre resumida aos estudos sobre a biologia, a ecologia ou alguma outra área afim.
A Educação Ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional,
devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo
educativo, em caráter formal e não-formal.
O Programa Nacional de Educação Ambiental (PRONAE), cujo caráter prioritário e
permanente deve ser reconhecido por todos os governos, tem como eixo orientador a
perspectiva da sustentabilidade ambiental na construção de um país mais consciente em
termos de equilíbrio ambiental. Suas ações destinam-se a assegurar, no âmbito educativo, a
interação e a integração equilibradas das múltiplas dimensões da sustentabilidade ambiental.
Samara Lima
EXERCÍCIOS
001. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da pauta da

Educação Ambiental, analise a afirmativa a seguir e atribua valor C para Certa e E para Errada.
Tendo em vista a época em que foi promulgada a Política Nacional de Educação Ambiental,
na qual ainda não se tratava da pauta do Desenvolvimento Sustentável, consequentemente,
o referido documento não trata da Sustentabilidade.

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental contemplam o desenvolvimento
individual na perspectiva das interações sociais.

A Educação Ambiental deve ser direcionada visando o desenvolvimento da cidadania ativa de
cada indivíduo ou grupo social, formando cidadãos mais conscientes e socialmente ativos.

Em que pese o seu tratamento detalhado acerca do direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, a Constituição Federal de 1988 foi silente com relação à educação ambiental,
sendo esta apenas incorporada por meio de emenda constitucional.

Os estudos do campo da Educação Ambiental compreendem que a necessidade de um
tratamento mais cuidadoso para com o meio ambiente se deu a partir do evento da
Revolução Industrial.

A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) foi o
momento de início das discussões em torno da necessidade de ampliação do tratamento
da Educação Ambiental em contexto mais abrangente.
Samara Lima

A Agenda 21 para o Meio Ambiente é um programa de responsabilidade ambiental
compartilhada que contempla estratégias multidisciplinares de proteção ambiental, justiça
social e eficiência econômica.

O planejamento que envolve as ações da Agenda 21 prevê a formação de parcerias que
visam a solução dos problemas ambientais a médio e longo prazo.

No contexto brasileiro, o principal documento resultante das discussões da Agenda 21 é a
Política Nacional de Meio Ambiente.
010. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da Política

Nacional de Educação Ambiental (Lei Federal n.. 9.795/1999), analise a afirmativa a seguir
e atribua valor C para Certa e E para Errada.
A Educação Ambienta se refere aos processos de construção de valores sociais e competências
voltadas à preservação do bem de uso comum do povo.

A Educação Ambiental é um componente variável na educação nacional, e deve estar presente,
de forma articulada, nos ensinos fundamental e médio do processo educativo formal.

A gestão da educação ambiental no território brasileiro compete privativamente à iniciativa
privada e aos entes do terceiro setor.

Aos órgãos integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), compete a
promoção de ações de melhoria e recuperação da qualidade ambiental.
Samara Lima

É de incumbência dos meios de comunicação de grande circulação a inclusão de informações
e práticas educativas ambientais em sua programação.

Dentre as estratégias da educação ambiental no setor privado, destaca-se a promoção e
capacitação dos trabalhadores para garantir o controle efetivo sobre os processos produtivos
do ambiente de trabalho que impactam o meio ambiente.

É estratégia da Política Nacional de Educação Ambiental a concepção do meio ambiente
em sua totalidade, compreendendo o meio natural e o artificial.

A Política Nacional de Educação Ambiental se fundamenta no ideal de uma concepção
pedagogia interdisciplinar.

A Política Nacional de Educação Ambiental tem por um de seus princípios o desenvolvimento
de uma compreensão integrada do meio ambiente como um todo.

A Política Nacional de Educação Ambiental se fundamenta na garantia da publicização das
informações ambientais.
Samara Lima

A implementação da Política Nacional de Educação Ambiental deve se basear na defesa da
qualidade ambiental enquanto um valor intrínseco ao exercício da cidadania.

A principiologia que fundamenta a cooperação ambiental inclui os princípios da igualdade,
democracia, justiça social e responsabilidade compartilhada.

Para garantir o pleno alcance dos preceitos elencados na Política Nacional de Educação
Ambiental, é pautada a integração da ciência e da tecnologia.

A efetivação da Política Nacional de Educação Ambiental se baseia na autodeterminação
dos povos originários.

A Política Nacional de Educação Ambiental envolve, além dos órgãos e entidades integrantes
do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), as instituições educacionais públicas e
privadas dos sistemas de ensino.

As atividades da Política Nacional de Educação Ambiental devem contemplar apenas os
espaços de educação escolar.
Samara Lima

As linhas de atuação da Política Nacional de Educação Ambiental devem contemplar, dentre
outras vertentes, a capacitação de recursos humanos em matéria ambiental.

A capacitação de recursos humanos em matéria de educação ambiental deve se voltar para
a incorporação da dimensão do meio ambiente especificamente na especialização técnica
dos educadores apenas do ensino fundamental.

É incumbência das ações de estudos, pesquisas e experimentações em matéria de educação
ambiental o desenvolvimento de metodologias interdisciplinares.

A Educação Ambiental na Educação Escolar compreende a prática desenvolvida nos currículos
das instituições de ensino públicas e privadas, e engloba a educação básica, superior,
profissional e Educação de Jovens e Adultos (EJA).

A Educação Ambiental deve ser implantada como uma disciplina específica do currículo de
ensino forma.

A educação ambiental precisa ser desenvolvida como uma prática educativa integrada e
impermanente, já que não se trata de componente curricular obrigatório.
Samara Lima

A educação ambiental é obrigatória nos cursos de pós-graduação e extensão em áreas
voltadas ao meio ambiente.

Nos cursos de formação e especialização técnica, deve ser incorporado o conteúdo sobre
ética ambiental das atividades profissionais que serão desenvolvidas pelos formandos.

Nos cursos relacionados à temática ambiental, fica facultada a inclusão da dimensão
ambiental no currículo de formação dos professores, em todos os níveis e em todas as
disciplinas.

A Educação Ambiental Não-Formal compreende as ações educativas direcionadas à
sensibilização da coletividade sobre as questões relativas ao meio ambiente.

A Campanha Julho Verde deve ser promovida pela iniciativa privada, instituições comerciais e
congêneres, com o objetivo de conscientizar a população acerca da importância da utilização
racional dos recursos ambientais nos espaços compartilhados.
037. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno do Programa

Nacional de Educação Ambiental (PRONEA), analise a afirmativa a seguir e atribua valor C
para Certa e E para Errada.
O Programa Nacional de Educação Ambiental se destina a assegurar uma integração equilibrada
das múltiplas vertentes da sustentabilidade ambiental, incluindo a perspectiva econômica
.
Samara Lima

Dentre os objetivos do Programa Nacional de Educação Ambiental, destaca-se a
interdisciplinaridade dos currículos formativos.

De acordo com o Programa Nacional de Educação Ambiental (PRONEA), a educação ambiental
deve contemplar uma abordagem sistêmica que envolva as dinâmicas entre os campos
natural, cultural, histórico, social, econômico e político.

O Programa Nacional de Educação Ambiental (PRONEA) é um dos principais orientadores dos
agentes públicos e privados para a construção de políticas públicas voltadas à sustentabilidade
permanente.
041. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno do Tratado de

Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis, analise a afirmativa a seguir e atribua
valor C para Certa e E para Errada.
De acordo com o Tratado de Educação Ambiental para as Sociedades Sustentáveis, a educação
ambiental deve ser um componente gerido de maneira centralizada na perspectiva coletiva.

De acordo com o Tratado de Educação Ambiental para as Sociedades Sustentáveis, a
educação ambiental deve se basear na perspectiva dos Direitos Humanos.

ambiental deve utilizar a história indígena e as culturas locais em seus processos de apoio.
Samara Lima

educação ambiental deve se pautar na perspectiva de patenteamento do saber produzido.

educação ambiental deve se pautar em um processo de democratização dos meios de
comunicação de massa.

De acordo com o Tratado de Educação Ambiental para as Sociedades Sustentáveis, o Plano
de Educação Ambiental deve dialogar com os processos da Conferência Rio-92.

Educação Ambiental deve dialogar com a educação formal, informal e não-formal, em
todas as faixas etárias.

As organizações que assinam o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis
devem se comprometer com a criação de redes de pesquisas apenas nacionais para promover
as ações conjuntas de preservação ambiental.

O Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis estabelece a criação de
Sistemas de Coordenação de Monitoramento e Avaliação em educação ambiental, com a
incumbência de produzir os materiais informativos sobre o referido documento.
Samara Lima

O Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis estabelece o estímulo para
a criação de ONGs de educação ambiental.
Samara Lima
GABARITO
1. E 35. C
2. C 36. E
3. C 37. C
4. E 38. E
5. C 39. C
6. C 40. C
7. C 41. E
8. C 42. C
9. E 43. C
10. C 44. E
11. E 45. C
12. E 46. C
13. C 47. C
14. C 48. E
15. C 49. C
16. E 50. C
17. C
18. E
19. C
20. C
21. C
22. C
23. C
24. C
25. E
26. C
27. E
28. C
29. C
30. E
31. E
32. E
33. C
34. E
Samara Lima
GABARITO COMENTADO

Tendo em vista a época em que foi promulgada a Política Nacional de Educação Ambiental,
na qual ainda não se tratava da pauta do Desenvolvimento Sustentável, consequentemente,
o referido documento não trata da Sustentabilidade.
A questão está errada. De acordo com o artigo 1º da Política Nacional de Educação

Ambiental (Lei Federal n. 9.795/1999), a mesma compreende “os processos por meio dos
quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades,
atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum
do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.”
Errada.

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental contemplam o desenvolvimento
individual na perspectiva das interações sociais.
A questão está certa. O artigo 2º das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
Ambiental determina que a mesma deve ser compreendida segundo
uma dimensão da educação, atividade intencional da prática social, que deve imprimir ao
desenvolvimento individual um caráter social em sua relação com a natureza e com os outros
seres humanos, visando potencializar essa atividade humana com a finalidade de torná-la plena
de prática social e de ética ambiental.
Certa.

A Educação Ambiental deve ser direcionada visando o desenvolvimento da cidadania ativa de
cada indivíduo ou grupo social, formando cidadãos mais conscientes e socialmente ativos.
Samara Lima
A questão está certa. O processo da Educação Ambiental deve ser desenvolvido e direcionado
visando a promoção da cidadania ativa de cada indivíduo em seu contexto, considerando
o seu sentido de pertencimento perante o seu grupo social e da corresponsabilidade
compartilhada que, através da ação coletiva, possa garantir a compreensão e a superação
dos problemas estruturais e conjunturais do contexto ambiental.
Certa.

Em que pese o seu tratamento detalhado acerca do direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, a Constituição Federal de 1988 foi silente com relação à educação ambiental,
sendo esta apenas incorporada por meio de emenda constitucional.
A questão está errada. A Constituição Federal de 1988, incorporou a Educação Ambiental

em seu artigo 225, incluindo a promoção da qualidade de vida como parte integrante da
própria noção de cidadania.
Errada.

Os estudos do campo da Educação Ambiental compreendem que a necessidade de um
tratamento mais cuidadoso para com o meio ambiente se deu a partir do evento da
Revolução Industrial.
A questão está certa. A Educação Ambiental compreende que foi a partir da Revolução
Industrial o momento em que as relações da sociedade com o meio ambiente se tornaram
mais predatórias, em virtude da exploração do capital privado, e, como consequência, a
década de 1960 deu início à tendência de preocupações institucionais e coletivas com o
meio ambiente.
Certa.

A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) foi o
momento de início das discussões em torno da necessidade de ampliação do tratamento
da Educação Ambiental em contexto mais abrangente.
Samara Lima
A questão está certa. A Rio-92, denominada Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento, foi o momento a partir do qual se desenvolveu a compreensão
da necessidade de inclusão da educação ambiental na Agenda 21, de maneira ampliada,
contemplando novas abordagens e propostas atualizadas em consonância com os problemas
socioambientais da comunidade atual.
Certa.

A Agenda 21 para o Meio Ambiente é um programa de responsabilidade ambiental
compartilhada que contempla estratégias multidisciplinares de proteção ambiental, justiça
social e eficiência econômica.
A questão está certa. A Agenda 21 é um programa de ações dividido em quarenta capítulos

que conciliam estratégias de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica,
dentre outras metodologias que visam à proteção do meio ambiente.
Certa.

O planejamento que envolve as ações da Agenda 21 prevê a formação de parcerias que
visam a solução dos problemas ambientais a médio e longo prazo.
A questão está certa. O planejamento participativo que contempla as ações da Agenda 21

deve envolver todos os atores sociais na discussão sobre os principais problemas ambientais
contemporâneos, bem como colaborar com a formação de parcerias e compromissos para
a solução do problema a médio e longo prazo.
Certa.

No contexto brasileiro, o principal documento resultante das discussões da Agenda 21 é a
Política Nacional de Meio Ambiente.
Samara Lima
A questão está errada. O principal documento resultante do contexto referido é a Política

Nacional de Educação Ambiental (Lei Federal n.. 9.795/1999).
Errada.

A Educação Ambienta se refere aos processos de construção de valores sociais e competências
voltadas à preservação do bem de uso comum do povo.
A questão está certa. Entende-se por Educação Ambiental os processos por meio dos quais
o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes
e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do
povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Certa.

A Educação Ambiental é um componente variável na educação nacional, e deve estar presente,
de forma articulada, nos ensinos fundamental e médio do processo educativo formal.
A questão está errada. A Educação Ambiental é um componente essencial e permanente

da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e
modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.
Errada.

A gestão da educação ambiental no território brasileiro compete privativamente à iniciativa
privada e aos entes do terceiro setor.
Samara Lima
A questão está errada. Incumbe ao Poder Público definir políticas públicas que incorporem
a dimensão ambiental, promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e o
engajamento da sociedade na conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente.
Errada.

Aos órgãos integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), compete a
promoção de ações de melhoria e recuperação da qualidade ambiental.
A questão está certa. Aos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente
(SISNAMA), compete promover ações de educação ambiental integradas aos programas
de conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente.
Certa.

É de incumbência dos meios de comunicação de grande circulação a inclusão de informações
e práticas educativas ambientais em sua programação.
A questão está certa. Cabe aos meios de comunicação de massa colaborar de maneira ativa
e permanente na disseminação de informações e práticas educativas sobre meio ambiente
e incorporar a dimensão ambiental em sua programação.
Certa.

Dentre as estratégias da educação ambiental no setor privado, destaca-se a promoção e
capacitação dos trabalhadores para garantir o controle efetivo sobre os processos produtivos
do ambiente de trabalho que impactam o meio ambiente.
Samara Lima
A questão está certa. É de incumbência das empresas, entidades de classe, instituições

públicas e privadas a promoção de programas destinados à capacitação dos trabalhadores,
visando à melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre
as repercussões do processo produtivo no meio ambiente.
Certa.

É estratégia da Política Nacional de Educação Ambiental a concepção do meio ambiente
em sua totalidade, compreendendo o meio natural e o artificial.
A questão está errada. É um dos princípios da Política Nacional de Educação Ambiental a

concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre
o meio natural, o socioeconômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade.
Errada.

A Política Nacional de Educação Ambiental se fundamenta no ideal de uma concepção
pedagogia interdisciplinar.
A questão está certa. A Política Nacional de Educação Ambiental tem por um de seus
princípios norteadores o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, na perspectiva
da inter, multi e transdisciplinaridade.
Certa.

A Política Nacional de Educação Ambiental tem por um de seus princípios o desenvolvimento
de uma compreensão integrada do meio ambiente como um todo.
Samara Lima
A questão está errada. A Política Nacional de Educação Ambiental tem, dentre seus objetivos
fundamentais, o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em
suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais,
políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos.
Errada.

A Política Nacional de Educação Ambiental se fundamenta na garantia da publicização das
informações ambientais.
A questão está certa. Dentre os objetivos fundamentais da Política Nacional de Educação

Ambiental, se destaca a garantia de democratização das informações ambientais.
Certa.

A implementação da Política Nacional de Educação Ambiental deve se basear na defesa da
qualidade ambiental enquanto um valor intrínseco ao exercício da cidadania.
A questão está certa. A Política Nacional de Educação Ambiental tem, dentre seus fundamentos,
o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação
do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um
valor inseparável do exercício da cidadania.
Certa.

A principiologia que fundamenta a cooperação ambiental inclui os princípios da igualdade,
democracia, justiça social e responsabilidade compartilhada.
Samara Lima
A questão está certa. A Política Nacional de Educação Ambiental prevêo estímulo à cooperação
entre as diversas regiões do País, em níveis micro e macrorregionais, com vistas à construção
de uma sociedade ambientalmente equilibrada, fundada nos princípios da liberdade,
igualdade, solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade.
Certa.

Para garantir o pleno alcance dos preceitos elencados na Política Nacional de Educação
Ambiental, é pautada a integração da ciência e da tecnologia.
A questão está certa. Um dos objetivos da Política Nacional de Educação Ambiental é o

fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologia.
Certa.

A efetivação da Política Nacional de Educação Ambiental se baseia na autodeterminação
dos povos originários.
A questão está certa. A aplicação da Política Nacional de Educação Ambiental deve se

basear no fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade como
fundamentos para o futuro da humanidade.
Certa.

A Política Nacional de Educação Ambiental envolve, além dos órgãos e entidades integrantes
do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), as instituições educacionais públicas e
privadas dos sistemas de ensino.
Samara Lima
A questão está certa. A Política Nacional de Educação Ambiental envolve, além dos órgãos
e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), instituições
educacionais públicas e privadas dos sistemas de ensino, os órgãos públicos da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e organizações não-governamentais de
Certa.

As atividades da Política Nacional de Educação Ambiental devem contemplar apenas os
espaços de educação escolar.
A questão está errada. As atividades vinculadas à Política Nacional de Educação Ambiental

devem ser desenvolvidas na educação em geral e na educação escolar.
Errada.

As linhas de atuação da Política Nacional de Educação Ambiental devem contemplar, dentre
outras vertentes, a capacitação de recursos humanos em matéria ambiental.
A questão está certa. As linhas de atuação da Política Nacional de Educação Ambiental se

baseiam em: capacitação de recursos humanos; desenvolvimento de estudos, pesquisas
e experimentações; produção e divulgação de material educativo; acompanhamento e
avaliação.
Certa.

A capacitação de recursos humanos em matéria de educação ambiental deve se voltar para
a incorporação da dimensão do meio ambiente especificamente na especialização técnica
dos educadores apenas do ensino fundamental.
Samara Lima
A questão está errada. Nas atividades vinculadas à Política Nacional de Educação Ambiental
serão respeitados os princípios e objetivos fixados. Assim, a capacitação de recursos humanos
deve se voltar para a incorporação da dimensão ambiental na formação, especialização e
atualização dos educadores de todos os níveis e modalidades de ensino.
Errada.

É incumbência das ações de estudos, pesquisas e experimentações em matéria de educação
ambiental o desenvolvimento de metodologias interdisciplinares.
A questão está certa. As ações de estudos, pesquisas e experimentações em matéria de

educação ambiental devem se voltar para o desenvolvimento de instrumentos e metodologias,
visando à incorporação da dimensão ambiental, de forma interdisciplinar, nos diferentes
níveis e modalidades de ensino.
Certa.

A Educação Ambiental na Educação Escolar compreende a prática desenvolvida nos currículos
das instituições de ensino públicas e privadas, e engloba a educação básica, superior,
profissional e Educação de Jovens e Adultos (EJA).
A questão está certa. Entende-se por educação ambiental na educação escolar a prática
desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino públicas e privadas,
englobando: educação básica (infantil, ensino fundamental e médio), educação superior,
educação especial, educação profissional e educação de jovens e adultos.
Certa.

A Educação Ambiental deve ser implantada como uma disciplina específica do currículo de
ensino forma.
Samara Lima
A questão está errada. A educação ambiental não deve ser implantada como disciplina
específica no currículo de ensino.
Errada.

A educação ambiental precisa ser desenvolvida como uma prática educativa integrada e
impermanente, já que não se trata de componente curricular obrigatório.
A questão está errada. A educação ambiental deve ser desenvolvida como uma prática
educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino
formal.
Errada.

A educação ambiental é obrigatória nos cursos de pós-graduação e extensão em áreas
voltadas ao meio ambiente.
A questão está errada. Nos cursos de pós-graduação, extensão e nas áreas voltadas ao
aspecto metodológico da educação ambiental, quando se fizer necessário, é facultada a
criação de disciplina específica.
Errada.

Nos cursos de formação e especialização técnica, deve ser incorporado o conteúdo sobre
ética ambiental das atividades profissionais que serão desenvolvidas pelos formandos.
A questão está certa. Nos cursos de formação e especialização técnico-profissional, em

todos os níveis, deve ser incorporado conteúdo que trate da ética ambiental das atividades
profissionais a serem desenvolvidas.
Certa.
Samara Lima

Nos cursos relacionados à temática ambiental, fica facultada a inclusão da dimensão
ambiental no currículo de formação dos professores, em todos os níveis e em todas as
disciplinas.
A questão está errada. A dimensão ambiental deve constar dos currículos de formação de
professores, em todos os níveis e em todas as disciplinas que abordem a problemática do
meio ambiente.
Errada.

A Educação Ambiental Não-Formal compreende as ações educativas direcionadas à
sensibilização da coletividade sobre as questões relativas ao meio ambiente.
A questão está certa. Entendem-se por Educação Ambiental Não-Formal as ações e práticas
educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e à sua
organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente.
Certa.

A Campanha Julho Verde deve ser promovida pela iniciativa privada, instituições comerciais e
congêneres, com o objetivo de conscientizar a população acerca da importância da utilização
racional dos recursos ambientais nos espaços compartilhados.
A questão está errada. A Campanha Junho Verde deverá ser promovida pelo poder público
federal, estadual, distrital e municipal em parceria com as escolas, universidades, empresas
públicas e privadas, igrejas, comércio, entidades da sociedade civil, comunidades tradicionais
e populações indígenas.
Errada.
Samara Lima

O Programa Nacional de Educação Ambiental se destina a assegurar uma integração equilibrada
das múltiplas vertentes da sustentabilidade ambiental, incluindo a perspectiva econômica.
A questão está certa. As ações do Programa Nacional de Educação Ambiental destinam-

se a assegurar, no âmbito educativo, a interação e a integração equilibradas das múltiplas
dimensões da sustentabilidade ambiental, seja ela ecológica, social, ética, cultural, econômica,
espacial e política, com o desenvolvimento do país.
Certa.

Dentre os objetivos do Programa Nacional de Educação Ambiental, destaca-se a
interdisciplinaridade dos currículos formativos.
A questão está errada. A transversalidade e interdisciplinaridade dos currículos formativos

configura uma das diretrizes do Programa Nacional de Educação Ambiental.
Errada.

De acordo com o Programa Nacional de Educação Ambiental (PRONEA), a educação ambiental
deve contemplar uma abordagem sistêmica que envolva as dinâmicas entre os campos
natural, cultural, histórico, social, econômico e político.
A questão está certa. De acordo com a disposição contida no Programa Nacional de Educação
Ambiental (PRONEA), a educação ambiental deve se pautar por uma abordagem sistêmica, que
integre os múltiplos aspectos da problemática ambiental contemporânea. Essa abordagem
deve reconhecer o conjunto das interrelações e dinâmicas dos âmbitos naturais, culturais,
históricos, sociais, econômicos e políticos.
Certa.
Samara Lima

O Programa Nacional de Educação Ambiental (PRONEA) é um dos principais orientadores dos
agentes públicos e privados para a construção de políticas públicas voltadas à sustentabilidade
permanente.
A questão está certa. O Programa Nacional de Educação Ambiental (PRONEA) prevê a educação
ambiental como um dos instrumentos fundamentais da gestão ambiental, e desempenha
um importante papel na orientação de agentes públicos e privados para a construção e
a implementação de políticas públicas de sustentabilidade socioambiental permanente.
Certa.

ambiental deve ser um componente gerido de maneira centralizada na perspectiva coletiva.
A questão está errada. A educação ambiental é individual e coletiva. Tem o propósito de

formar cidadãos com consciência local e planetária, que respeitem a autodeterminação
dos povos e a soberania das nações.
Errada.

educação ambiental deve se basear na perspectiva dos Direitos Humanos.
A questão está certa. A educação ambiental deve estimular a solidariedade, a igualdade e

o respeito aos direitos humanos, valendo-se de estratégias democráticas e da interação
entre as culturas. Deve tratar as questões globais críticas, suas causas e inter-relações em
uma perspectiva sistêmica, em seu contexto social e histórico.
Certa.
Samara Lima

ambiental deve utilizar a história indígena e as culturas locais em seus processos de apoio.
A questão está certa. A educação ambiental deve recuperar, reconhecer, respeitar, refletir
e utilizar a história indígena e culturas locais, assim como promover a diversidade cultural,
linguística e ecológica. Isto implica uma visão do história dos povos nativos par modificar
os enfoques etnocêntricos, além de estimular a educação bilíngue.
Certa.

educação ambiental deve se pautar na perspectiva de patenteamento do saber produzido.
A questão está errada. A educação ambiental deve também valorizar as diferentes formas
de conhecimento. Este, portanto, deve ser encarado como um componente diversificado,
acumulado e produzido socialmente, não devendo ser patenteado ou monopolizado.
Errada.

educação ambiental deve se pautar em um processo de democratização dos meios de
comunicação de massa.
A questão está certa. A educação ambiental requer a democratização dos meios de

comunicação de massa e seu comprometimentos com os interesses de todos os setores
da sociedade.
Certa.
Samara Lima

De acordo com o Tratado de Educação Ambiental para as Sociedades Sustentáveis, o Plano
de Educação Ambiental deve dialogar com os processos da Conferência Rio-92.
A questão está certa. O Plano de Ação prevê que as organizações que assinam este Tratados
se propõem a trabalhar a dimensão da educação ambiental para sociedades sustentáveis
em conjunto com os grupos que elaboram os demais tratados aprovados durante a Rio-92.
Certa.

Educação Ambiental deve dialogar com a educação formal, informal e não-formal, em
todas as faixas etárias.
A questão está certa. A educação ambiental deve incentivar a produção de conhecimentos,

políticas, metodologias e práticas de educação ambiental em todos os espaços de educação
formal, informal e não-formal, para todas as faixas etárias.
Certa.

As organizações que assinam o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis
devem se comprometer com a criação de redes de pesquisas apenas nacionais para promover
as ações conjuntas de preservação ambiental.
A questão está errada. As organizações que assinam o Tratado de Educação Ambiental para
Sociedades Sustentáveis devem promover a criação e o fortalecimento de redes nacionais,
regionais e mundiais para realização de ações conjuntas entre organizações do Norte, Sul,
Leste e Oeste com perspectiva planetária (exemplos: dívida externa, direitos humanos,
paz, aquecimento global, população, produtos contaminados).
Errada.
Samara Lima

O Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis estabelece a criação de
Sistemas de Coordenação de Monitoramento e Avaliação em educação ambiental, com a
incumbência de produzir os materiais informativos sobre o referido documento.
A questão está certa. O Tratado ainda estabelece os Sistemas de Coordenação Monitoramento

e Avaliação, através dos quais todos os que assinam o acordo concordam e se comprometem
a produzir materiais de divulgação deste Tratado e de seus desdobramentos em ações
educativas, sob a forma de textos, cartilhas, cursos, pesquisas, eventos culturais, programas
na mídia, feiras de criatividade popular, correio eletrônico e outros.
Certa.

O Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis estabelece o estímulo para
a criação de ONGs de educação ambiental.
A questão está certa. Um dos preceitos do Tratado de Educação Ambiental para Sociedades
Sustentáveis visa estimular e criar organizações, grupos de ONGs e movimentos sociais para
implantar, implementar, acompanhar e avaliar os elementos do documento.
Certa.
Samara Lima
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição da República Federativa. 1988.
BRASIL. Lei Federal n. 9.795/1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política
Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Disponível em: <https://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm>. Brasília, 1999.
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CONHECIMENTOS

Professora de cursinhos para concurso. Bacharela em Direito, especialista em

1. CONCEITUAÇÃO ESSENCIAL SOBRE EDUCAÇÃO

2. ABORDAGENS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

O desenvolvimento de uma educação ambiental crítica precisa proporcionar aos indivíduos

A Rio-92, denominada Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e

3. POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL (LEI

VI – o fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologia;

Entende-se por educação ambiental na educação escolar a prática desenvolvida no

III – a participação de empresas públicas e privadas no desenvolvimento de programas

X – estímulo à formação da consciência ecológica cidadã a respeito de temas ambientais

Na eleição referida, devem ser contemplados, de forma equitativa, os planos, programas

4. PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Dessa forma, o processo de construção do ProNEA deve dialogar com propostas,

6) Promover a incorporação da educação ambiental na formulação e execução de

20) Sistematizar e disponibilizar informações sobre experiências exitosas e apoiar novas

VIII – Estímulo à inserção da educação ambiental nas etapas de planejamento e execução

Devem ser disponibilizados cursos de especialização, mestrado e doutorado em educação

IX – Estímulo à efetiva implementação dos projetos em educação ambiental construídos

5. DECRETO N. 4.281/2002 - REGULAMENTA A LEI N.

III – às políticas públicas, econômicas, sociais e culturais, de ciência e tecnologia de

6. TRATADO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA SOCIEDADES

2) A educação ambiental deve recuperar, reconhecer, respeitar, refletir e utilizar a

4) Trabalha os princípios deste Tratado a partir as realidades locais, estabelecendo

Todas as organizações que assinam o presente Tratado se comprometem ainda a:

• Estabelecer e proteger as reservas com uma natureza viável e da biosfera, incluindo

• Fortalecer as famílias e garantir a segurança e a educação amorosa de todos os

• Reconhecer a importância da educação moral e espiritual para uma subsistência

001. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da pauta da

002. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da pauta da

003. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da pauta da

004. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da pauta da

005. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da pauta da

006. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da pauta da

007. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da pauta da

008. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da pauta da

009. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da pauta da

010. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da Política

011. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da Política

012. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da Política

013. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da Política

014. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da Política

015. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da Política

016. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da Política

017. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da Política

018. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da Política

019. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da Política

020. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da Política

021. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da Política

022. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da Política

023. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da Política

024. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da Política

025. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da Política

026. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da Política

027. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da Política

028. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da Política

029. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da Política

030. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da Política

031. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da Política

032. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da Política

033. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da Política

034. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da Política

035. (INÉDITA/2023). Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno da Política