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Título: A promessa do Espírito

Texto: Atos 1:1-11

Introdução:

Embora o nome de Lucas não apareça explicitamente em Atos, há um consenso praticamente unânime
de que ele foi seu autor. Lucas era médico e historiador. A tradição liga-o à cidade de Antioquia da Síria,
a terceira maior do mundo naquela época. Provavelmente o único escritor gentio do Novo Testamento.
Lucas foi testemunha ocular dos ocorridos nas viagens missionárias de Paulo, uma vez que acompanhou
o apóstolo nessas peregrinações como seu companheiro e médico. Sabemos muito pouco acerca de
Lucas; só há três citações diretas a ele no NT (Cl 4:14; 2 Tm 4:11; Fm 24)

Tanto o Evangelho de Lucas como Atos, ou seja, tanto o primeiro como o segundo volume da obra
escrita por Lucas, foram endereçados à mesma pessoa, ou seja, Teófilo. Possivelmente, era um homem
rico, membro da nobreza romana ou alguém que ocupava alto posto no governo romano. Tudo nos faz
crer que era um homem piedoso, pois seu nome significa “aquele que ama a Deus” ou “amigo de Deus”.
Há uma linha de conjectura que diz que possivelmente Teófilo poderia ser um conjunto de pessoas e
não apenas um indivíduo.

O LIVRO DE ATOS É A DOBRADIÇA DO NOVO TESTAMENTO. ELE FECHA OS EVANGELHOS E ABRE AS


EPÍSTOLAS. SEM ATOS NÃO ENTENDERIAMOS AS CARTAS.

Esboço:

1. Sem obediência não há promessa concretizada (vs. 4-5)

A primeira ordem de Jesus foi “fiquem em Jerusalém”, isto é, obedeçam ao que eu mando e eu irei
cumprir a minha promessa. Os discípulos poderiam ficar temerosos e querer voltar para suas casas
e trabalhos, pois ficar em Jerusalém seria perigoso, ainda mais com a morte de seu líder e boa
parte deles serem da Galileia. Contudo, ficar ainda que não tinha perspectiva de melhora, era um
ato de fé.

Assim deve ser conosco, obedecer ainda que não sabemos que dará certo é um ato de fé. Para
vermos as promessas de Deus nas nossas vidas precisamos obedecer e crer sem ainda ver.

2. As nossas expectativas de Deus nem sempre corresponde à realidade (vs. 6-7)

A pergunta dos discípulos para Jesus não foi por acaso, pois todo judeu devoto esperava e almejava
a vinda do Messias. Na visão judaica, o messias/cristo era o escolhido de Deus para libertar o povo
de Israel da opressão do inimigo. O messias seria um líder político que rege com mão forte contra
as nações opressoras. Agora imagina todas essas expectativas dos discípulos sobre Jesus e por isso
fazem a pergunta: “Será este o tempo em que o Senhor irá restaurar o reino a Israel?” (vs. 6)

Que tipo de Messias/Deus nós cremos?

Como reagimos quando as nossas expectativas não são atendidas por Deus?

O maior inimigo que Jesus venceu foi o pecado e a conquista das nações foi através do seu amor!
3. Somos revestidos de poder para testemunhar (vs. 8)

O batismo do Espírito Santo que consiste em revestir os cristãos de poder, não é para manifestação
de dons espirituais, apesar de eles fazerem parte, contudo, o poder é para testemunhar, isto é,
pregar o evangelho de Cristo.

As últimas palavras de Jesus para os seus discípulos e para nós, está relacionado com a nossa
missão de glorificá-lo em todas as nações, levando as boas-novas sendo martures de Deus. A
palavra grega martures significa mártires. Literalmente Cristo está nos convocando para sermos
mártires do Reino de Deus, pregando o evangelho até aos confins da terra. Jesus nos chama para
uma vida completamente diferente do que a sociedade tem como expectativa.

Nunca houve um avanço missionário sem sofrimento. Se você vai servir a Deus, lembre-se disto:
dor, doenças, lutas no casamento, conflitos, oposições demoníacas, martírio. Não estranhe quando
isso acontecer, pois este é o preço. Quando sofremos e permanecemos firmes e gozosos em Cristo,
as pessoas ao nosso redor verão algo diferente e desejarão esse Deus que servimos.

Infelizmente, muitos se equivocam classificando o martírio como um dom, atribuindo que as


pessoas que morrem por Cristo receberam um poder sobrenatural para serem mártires. Esta
afirmação é um erro fugaz, uma escapatória de serem fiéis. Ao afirmarem que o martírio é um dom,
simplesmente estão abrindo a possibilidades de negar a Cristo em momentos de perseguição, tendo
como crença que, se não tenho este dom, logo, eu posso fugir da minha responsabilidade. Contudo,
a bíblia é clara e nítida que o martírio não é dom, e sim, fidelidade a Deus.

Sem o batismo do Espírito Santo não conseguimos avançar como igreja.

Ademais, Atos 1:8 deixa bem claro que a nossa missão de pregar o evangelho geograficamente é
em todos os lugares, isto é, não devemos terminar um lugar para começar o outro. Devemos pregar
simultaneamente perto e longe, aqui e ali.

4. Nossa missão vai até que Ele volte (vs. 9-11)

Os anjos que anunciaram a volta de Jesus são bem claros: “porque estamos olhando para o céu?”,
em outras palavras: “porque se preocupam com a volta se ainda não cumpriram a sua
responsabilidade na terra?”

Toda a nossa missão de pregar o evangelho consiste na confiança que Jesus voltará e nisso
podemos ter certeza. Continuamos a pregar, sofrer e persistir porque Ele vem nos buscar!

Conclusão:

Queridos irmãos e irmãs, que possamos nesse dia obedecermos a Deus mesmo que ainda não
entendemos para onde estamos indo, confiando que Ele sabe o que é melhor para nós na jornada da
missão pregando o evangelho em todos os lugares.

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