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Fornecedor Y:

Concluímos que a melhor relação custo/benefício é ofertada pelo


fornecedor “X”, pois, mesmo que o quilo da semente seja mais caro,
a qualidade das sementes é maior (VC=60%), necessitando de menos
sementes por hectare, e, consequentemente, há menos custos para
implantação da pastagem. Lembrando: quando a taxa de semeadura
(TS) for baixa, menor que 10 kg/ha , você deve fazer pré-misturas das
sementes com fosfato de rocha, calcário, superfosfato simples, esterco
seco etc., com o intuito de aumentar o volume. Assim, você conseguirá
regular os equipamentos de semeadura, conseguindo distribuir as
sementes de forma mais uniforme.

Agora, vamos falar um pouco sobre os corretivos e a adubação


no cultivo de forrageiras. A utilização de adubação em solos
acidificados pode deixar vários nutrientes indisponíveis, resultando
em uma menor eficiência de utilização dos nutrientes pelas plantas
forrageiras. Com isso, o primeiro passo é realizar práticas corretivas,
como a calagem e a gessagem. Já o segundo passo é o momento
em que fornecemos nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K) e enxofre
(S) na implantação e manutenção da pastagem. O terceiro passo é
composto pela adubação com micronutrientes. Você verá, a seguir,
o primeiro passo:
Calagem e Gessagem: são técnicas que se apresentam como
uma solução capaz de elevar a estabilidade da produção e a
manutenção de elevados índices de produtividade em culturas.
Esses corretivos podem fornecer Ca e Mg ao solo. Dessa forma,
conseguem promover o aumento da disponibilidade de P e também
reduzem a quantidade de Al e Mn. A deficiência de cálcio pode limitar
a produção da forrageira, podendo ter associação com a toxidez por
alumínio ou não.
Baixos teores de Ca prejudicam o desenvolvimento das raízes
das plantas, diminuindo, assim, a absorção de água e nutrientes. O
Ca é um nutriente essencial no armazenamento e na translocação
de carboidratos e proteínas, além de ser responsável pela formação

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e integridade das membranas celulares. Solos mais arenosos, com
poucos teores em matéria orgânica, erodidos e lixiviados, possuem
baixas quantidades de cálcio. Já o magnésio faz parte da estrutura da
molécula de clorofila, responsável pela cor verde nas plantas. As baixas
quantidades de Mg nas plantas forrageiras promovem a diminuição
nas quantidades de magnésio sérico nos animais e, com isso, podem
resultar em tetania.
Após a finalização desse primeiro passo (correção), você poderá
conhecer o segundo passo: a aplicação dos macronutrientes, que
são os nutrientes que as plantas exigem em maior quantidade, como:
Ca, S, Mg, P, K e N. Eles são divididos em macronutrientes primários,
que são: K, P e N; e secundários, que são: S, Mg e Ca.
Nitrogênio (N): a função básica que o N possui é o crescimento
das plantas. Também é responsável pelo desenvolvimento das raízes,
melhorando, assim, a absorção dos nutrientes no solo. O nitrogênio
compõe as proteínas. O valor nutritivo das forragens é dependente da
quantidade de N que é fornecida. Sua concentração nas gramíneas
oscila entre 10 a 20 g/kg, podendo atingir valores mais elevados em
função da adubação ou da parte específica da planta em que se fez
a análise. Assim que se estabelecer uma pastagem, ela deve receber
sua primeira adubação nitrogenada por volta dos 30 e 40 dias após
emergir os perfilhos, para que haja um melhor aproveitamento do
fertilizante. A forrageira deverá estar cobrindo cerca de 60% a 70%
da área. A recomendação para se aplicar o N é na época das águas,
e a forma de se aplicar para realizar a manutenção é a estratégia de
cobertura a lanço. Deficiência: Folhas amareladas, retardamento do
crescimento e diminuição das folhas.
Fósforo (P): O fósforo é essencial na formação do ATP (adenosina
trifosfato), que é a principal fonte de energia da planta e é consumida
no transporte de assimilados, podendo ser armazenada. Além disso,
participa da transferência de energia, auxilia na divisão celular, na
expansão celular etc. Na formação da pastagem, devemos nos
preocupar com algumas medidas para que possamos obter a melhor
utilização do P para a planta, assim como: o fósforo deve ser aplicado
nos arredores das sementes ou mudas; se possuir consórcio entre
gramíneas e leguminosas, a recomendação é que se aplique 2/3 do
fósforo para a leguminosa e 1/3 para a gramínea, pois o P é conhecido
como o nutriente mais limitante para as leguminosas. De modo geral,

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