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As características estruturais das plantas forrageiras podem influenciar

na dinâmica de fluxos de energia, como: calor sensível, radiação, etc.,


álém de fluxos de massa ( CO2 , H2O , N e minerais) entre a planta,
atmosfera e solo. Já as interações entre as plantas e o meio externo são
reguladas por fatores fisiológicos, como a fotossíntese e a respiração.
Um dos aspectos fisiológicos a ser considerado em manejo de
pastagens é o índice de área foliar (IAF), expresso pela razão de área
de folhas e quanto de solo (superfície em m² ) que elas são capazes
de cobrir. O IAF ótimo é caracterizado quando as folhas conseguem
interceptar por volta de 90% da energia radiante que incide sobre ela,
podendo ocorrer de 35 a 45 dias após o corte, dependendo da espécie
forrageira. Já o IAF remanescente é definido como o resíduo pós pastejo
ou corte e é de extrema importância para se adotar o manejo correto a
uma pastagem, visto que é necessário manejar os animais evitando-se
consumo excessivo do pasto. Quando a radiação incidente for de 95%, a
maioria das plantas forrageiras terá a máxima taxa média de crescimento,
quando também atingido o IAF crítico.

Pesquise mais

Antes de prosseguir, você pode conhecer mais sobre as principais espécies


forrageiras utilizadas em pastagens para o gado de corte. Acesse:
HERLING, Valdo R.; PEREIRA, Lilian E. Techio. Gramíneas forrageiras de clima
temperado e tropical. Disponível em: <http://media.wix.com/ugd/58f11a_
c6b376dad4e94c50b3a54f18cdea1a82.pdf>. Acesso em: 4 abr. 2017.
HERLING, Valdo R.; PEREIRA, Lilian E. Techio. Leguminosas forrageiras de
clima tropical e temperado. Disponível em: <http://media.wix.com/ugd/5
8f11a_8a746bd191fa448295a1559a708c123d.pdf>. Acesso em: 4 abr. 2017.

Assimile
A maior produção de forragem é atingida quando a interceptação
luminosa pelo dossel forrageiro é de 95%. Essa medida oferece a melhor
condição de manejo e de pastejo para cada cultivar, atingindo, assim, o
seu maior potencial de produção.

A escolha da forrageira a ser utilizada para estabelecimento é


uma decisão difícil, no entanto muito importante para o sucesso
da produção animal. Será que existe um capim que possui todas as
características necessárias para a criação de bovinos a pasto? Qual

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é o melhor capim de todos? Bom, o melhor capim é aquele que
reúne ótimas características para adaptação em diferentes tipos de
climas, solos, às metas que você queira atingir e ao sistema todo de
produção. Deve ser bastante produtivo, com boa distribuição ao longo
das sazonalidades climáticas, com um elevado teor de nutrientes
digestíveis, uma ótima persistência para aguentar elevadas taxas de
lotação, além de ser resistente a pragas e doenças, resultando em
uma boa cobertura de solo, conseguindo se propagar facilmente.
Também devemos levar em consideração a seletividade animal,
demonstrando a sua preferência por folhas em relação a colmos
e/ou caules e material morto. Como é impossível encontrarmos
uma forrageira com todas essas características, o recomendado
é plantarmos diversos capins na propriedade para que tenhamos
diversas plantas com diferentes características na área.
Para as condições climáticas no Brasil, existem diversas cultivares
com características tropicais e subtropicais, sendo originárias da África,
como veremos a seguir:
Gramíneas
Panicum maximum cv. Tanzânia: é uma gramínea com ciclo
vegetativo perene e hábito de crescimento cespitoso. Seu porte e folhas
são finos, podendo atingir até 2,0 m de altura. Essa cultivar não tolera
geadas nem solos encharcados, possuindo média resistência ao frio e à
seca. Apresenta boa qualidade de forragem, alta produtividade (se o solo
for adubado e bem manejado) e excelente capacidade de rebrota após
o corte.
Panicum maximum cv. Mombaça: essa é uma planta cespitosa
de porte alto, chegando a 2,0 m. Exige solos de média-alta fertilidade
para obter um rápido estabelecimento com qualidade, sendo boa para
cobertura total do solo. Possui média tolerância ao frio e à seca, além
de baixa tolerância a solos úmidos e ao sombreamento. Possui elevado
potencial de produção, em torno de 12% a 15% de todo seu rendimento
anual é pertencente ao período seco.
Pennisetum purpureum Schum (Capim elefante): o capim-elefante
apresenta hábito de crescimento cespitoso. Adapta-se bem em regiões
tropicais, com amplitude ótima entre 18oC e 30oC. É considerada uma
espécie exigente em fertilidade e não tolerante a solos com baixa
capacidade de dreno e pH baixo. Possui um elevado número de cultivares,
os quais podem ser agrupados em cinco grandes grupos, segundo as

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