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Origem e história da domesticação

Não é duvidoso ou controverso o fato de que a totalidade dos coelhos domésticos é formada por
descendentes do coelho selvagem europeu (Oryctolagus cuniculus). Basta compararmos e teremos
uma visão de que eles não são apreciavelmente diferentes. Os coelhos e lebres não têm diferenças
apreciáveis tanto nas suas formas, fisiologia ou hereditariedade. Todas essas diferenças apreciáveis
não incluem o caráter calmo do doméstico e o arisco do selvagem. O fato que se conhece é que, se
dermos liberdade aos coelhos-domésticos nos campos, eles logo vão ser transformados em animais
selvagens. Enquanto isso, se dermos prisão a certos filhotes de coelhos selvagens, eles vão se
tranquilizar e terão facilidade de domesticação. Porém, os coelhos têm possibilidade de conservação a
um fato muito propenso de retornar à vida selvagem. Não existe outro animal, exceto, talvez,
o cachorro, durante o fato do homem ter domesticado, que tanto se transformou como os coelhos. [4]
Do coelho selvagem europeu, originou-se a obtenção de muitas raças diferentemente coloridas e
pesadas. Dentre as raças de coelhos, os Gigantes de Flandres tiveram o alcance de um peso da
ordem de 9 kg. Essa medida de peso constitui a representação de 5 vezes superiores em relação ao
peso do coelho selvagem. Além disso, o coelho foi profundamente modificado na cor do manto,
na cor dos olhos e no comprimento do pelo e das orelhas. Já 2600 anos antes da era cristã, de acordo
com o que dizem os estudiosos da área, a referência dada por Confúcio, um chinês, era o fato de que
o coelho existia na China.[4]
A consideração da maior parte dos autores é de que o coelho se originou na Península Ibérica, mais
precisamente na Espanha. Apesar disso, o julgamento de outros autores é de que o seu berço é
a África. Outros ainda, o sul da Europa. A opinião dos que têm como consideração de que a África é o
berço do coelho, se refere à sua transferência para a Europa. Existem, aqueles que se espalham
nas regiões montanhosas da Arábia, Síria e Palestina, um animal que se parece muito com o coelho:
ele se chama "sphan". De maneira provável, isso tem levado os Fenícios a darem a denominação de
"sphania". O termo "sphania" tem o significado de costa dos coelhos. A costa dos coelhos, atualmente
Espanha, foi a região onde ocorreu o desembarque dos fenícios. A origem do nome Espanha vem do
fato de que muitos desses animais foram encontrados pelos fenícios. Os fenícios, propriamente ditos,
foram responsáveis pela confusão do coelho com aquele roedor do Oriente. Estrabão, o
grande geógrafo grego também chamou de "Cuniculosa" a Hispânia. A menção dada por Estrabão se
refere à rápida multiplicação dos os coelhos. Por causa disso, foram transformados em animais
perigosos para os seus habitantes.[5]
A afirmação dada por Plínio se refere à dispersão dos coelhos, de Tarragona para as ilhas do mar
Mediterrâneo e a grande reprodução deles na ilha Minorca. Por causa disso, houve o pedido feito
pelos seus moradores ao Imperador Romano Augusto do envio de seus legionários para o combate
desses pequenos animais perigosos. Das ilhas Baleares, de acordo com o que diz Ayala, a
disseminação dos coelhos ocorreu pelos países mediterrâneos e, daí, pela Europa Central e do Norte.
[5]

Na Inglaterra, de acordo com o que diz Brehn, os entusiastas da caça introduziram o coelho em 1309.
Os antigos egípcios, gregos, hindus e chineses já tiveram criação de coelhos de acordo com revelação
feita nos documentos escritos nos séculos XVIII e XIX. Na cultura da China o coelho é o símbolo
da fecundidade. Naquele país, os chineses sacrificaram em 1600 templos uma quantidade superior a
30 mil coelhos. Durante a primavera, o pedido feito pelos chineses aos deuses se referia à
fecundidade da terra da mesma forma que esses animais. Já, no outono, os chineses agradeceram
pela produção feita pela terra.[5]
Hoje em dia, os coelhos se espalham pela totalidade dos continentes. A sua grande capacidade de
reprodução, ou seja, o fato de serem prolíficos é a mais importante característica que têm. A grande
capacidade que têm de se reproduzirem tem reconhecimento a partir da mais alta antiguidade. A
qualidade que torna um dos animais domésticos de maior perigo de descontrolar animais (se tiver um
macho e uma fêmea). A cunicultura terá a possibilidade de alcance da imensidão de um número
imenso. Quando os coelhos machos chegam à idade adulta tornam-se briguentos. Isso dificulta o seu
controle. Os coelhos, como já mencionado, é originário da Europa.[5]
Como o homem levou os coelhos para a Austrália, não se deram de encontro com inimigos naturais e
sim clima de sol e variedade e abundância de alimentação. Na Austrália, ocorreu a rápida multiplicação
dos coelhos em grande quantidade. Foram transformados em animais terrivelmente epidêmicos. A
terrível praga dos coelhos foi um problema de calamidade pública até agora sem solução. Isso porque
os coelhos prejudicaram muito a agricultura australiana. Foram responsáveis pela devastação das
suas pastagens e plantações. Atualmente, calcula-se em 500 milhões o número de coelhos que
existem na Austrália.[6]
A situação chegou a tal ponto em que a praga biológica dos coelhos invadiu a totalidade da Austrália.
O homem construiu uma cerca de tela feita de arame de 2 metros de altura e com 2 240 km de
extensão. Os australianos dividiram o país em ambas as partes. Uma delas os coelhos dominam. A
totalidade dos métodos para combater e exterminar essa qualidade dos coelhos já tiveram várias
tentativas. Porém os resultados não satisfizeram. Por serem prolíficos, foram transformados em
animais perigosos na Austrália. O mesmo já está tendo início de ocorrência no sul da Argentina e
do Chile.

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