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INTRODUÇão

Caro leitor,

Você gostaria de conhecer algumas lições


atemporais sobre%
Fortuna"
Ganância; $
Felicidade?

Se você pensou “sim”, então esta edição do Diário


da Vida Rica é para você.

Afinal, essa é a promessa que estampa a capa do


livro A Psicologia Financeira, de Morgan Housel.

E, aqui, eu vou te contar as principais lições desse


livro que você pode aplicar na forma com que
você toma decisões financeiras.
lição #1

Controle é a melhor coisa


que o dinheiro compra
“Ter controle do próprio tempo é o maior
dividendo que o dinheiro pode pagar”
Morgan Housel

Vamos começar por um tema recorrente aqui no


Diário: o uso do dinheiro para comprar liberdade.

Dentre uma série enorme de estudos realizados


para entender se dinheiro traz ou não felicidade, o
denominador em comum é que o dinheiro, quando
usado para te gerar liberdade, te faz feliz.

Liberdade, aqui, significa o mesmo que controle.


Que é a capacidade de você fazerE

D O que quiserB
D Quando quiserB
D Com quem quiser.

E pelo tempo que quiser.

No livro, o autor cita um estudo feito por Karl


Pillemer, que entrevistou 1.000 idosos para
entender quais lições eles poderiam compartilhar
de suas vidas.

Neste estudo, o autor comenta que nenhum


entrevistado disse que:
1 Para ser feliz, é preciso trabalhar o máximo

que puder para ganhar dinheiro;

2 É preciso escolher sua carreira com base na

área que mais paga;

3 É importante ser tão rico quanto as pessoas

ao seu redor.

E mais: o que os idosos consultados mais

valorizavam, olhando para suas vidas, era ter boas

amizades, sentir fazer parte de algo maior e

passar bastante tempo com seus filhos.

“Seus filhos não querem o seu dinheiro (ou

o que ele compra), eles querem você. Mais

especificamente: querem que você esteja

com eles”

Karl Pillemer

Como aplicar essa lição na

sua vida?

Algumas experiências que tive, recentemente, me

provaram como é importante usar dinheiro para

comprar controle e liberdade.

E mais: mesmo sendo muito importante, é difícil

de fazer isso. Afinal, na busca pelo acúmulo de

riqueza não é raro você se ver envolvido em

longas jornadas de trabalho e abrindo mão da sua

liberdade em troca de acelerar o processo.


Foi isso que aconteceu comigo.

Quando eu percebi, tempos atrás, que eu não

estava usando meu dinheiro para ter mais

liberdade, eu senti um baque. Me senti hipócrita.

Afinal, eu defendo que dinheiro deve ser um meio

para comprar liberdade e tranquilidade e me via

como alguém “preso” na rotina e estressado.

Por isso, foi importante fazer uma série de ajustes

na minha rotina e na forma com que eu gerencio o

dinheiro. Todos eles otimizando para liberdade.

Os principais foram:

Limitar os investimentos a 25% da minha


1
renda: antes, eu tentava investir o máximo

possível. Com essa nova regra, eu passei a

me “forçar” a gastar dinheiro com aquilo que

eu mais valorizo;

Buscar realizar de 2x a 3x viagens por ano:


2
viajar é a expressão máxima do que é ter

liberdade. E, há um ano, eu decidi usar muito

mais dinheiro para viajar. De lá para cá, todo

dinheiro que gastei para conhecer novas

cidades, estados, países e culturas me fez

extremamente feliz e despertou em mim a

sensação de ter plena liberdade de fazer o

que quiser e quando quiser;


3 Evitar a obrigação de ter que trabalhar aos
fins de semana: por mais que eu trabalhe
alguns fins de semana em turnos específicos
(e juro: é por gostar, mesmo), a verdade é
que eu nunca gostei de ter compromissos
formais de trabalho em fins de semana.
Sejam palestras, eventos corporativos ou
“imersões” para bater alguma meta. Sempre
que me via muito envolvido com tarefas do
trabalho nos fins de semana, em vez de estar
usando meu tempo para passar bons
momentos com as pessoas importantes para
mim, me sentia mal. Tirar isso da minha
agenda me fez bem mais feliz e deixou os
fins de semana mais leves.

lição #2

A melhor decisão nem


sempre é a que a planilha te
mostra
“Você não é uma planilha. Você tem suas
emoções e dúvidas. Não tente ser friamente
racional”

Você não é uma planilha: bingo.

Para alguém com perfil analítico, como eu, essa


lição pode demorar a ser percebida.

Em outras palavras: não se atenha, sempre, ao


que a planilha mostra ser melhor num processo
de tomada de decisão.

Um exemplo clássico de decisão que não deve ser


baseada apenas na conta da planilha é sobre o
dilema entre comprar um imóvel ou viver de
aluguel.

Na maioria das contas, a opção de viver de


aluguel vai vencer. Financeiramente falando.
Entretanto, as contas desconsideram alguns
aspectos importantes que variam de pessoa para
pessoa. Aspectos como,

# A tranquilidade que alguns sentem de morar


num imóvel próprio
# A sensação boa que alguns sentem em ter a
liberdade de se mudar quando quiserem (se
morarem de aluguel)
# A incerteza em saber se (e quando) você terá
de se mudar, caso o proprietário do imóvel que
você aluga queira

Enfim: vários pontos, que podem pesar a favor da


compra e do aluguel, que variam de acordo com
cada pessoa.

Considere eles em suas decisões, não apenas o


que a planilha te mostrar.
Como aplicar essa lição na
sua vida?
Eu gosto de investir com base em regras claras.

É assim que decido quais ações comprar e


quando comprar e vender uma ação ou um FII.

Pensando em criar regras claras para guiar


minhas decisões financeiras, eis as que criei

. Limitar investimentos de longo prazo a


25% da minha renda: conforme eu expliquei
na primeira lição aqui; )
=. Comparar meus maiores gastos com meus
4 valores: a lógica aqui é ver se eu estou
gastando para maximizar aquilo que eu
realmente mais valorizo na vida. Se eu não
estou gastando em coisas alinhadas aos
meus valores, eu revejo a forma com que
estou usando o dinheiro. A fins de
curiosidade, meus valores são
 Família
 Crescimento
 Liberdade
 Tranquilidade.

lição #3

Cuidado com o jogo do


status
Um ponto que o livro bate muito na tecla é
sobre a diferença entre ter uma fortuna (be
wealthy) e ser rico (be rich).
Em português, essas palavras podem parecer

sinônimos mas, em inglês, há uma distinção9

 Riqueza é sobre a sua renda atual,

 Fortuna é sobre os ativos financeiros ainda

não convertidos em bens ou experiências.

Enquanto geralmente quem tem uma fortuna é

rico, nem sempre o rico tem fortuna.

Ou seja: a demonstração de riqueza

(ostentação, ter carros luxuosos, etc) muitas

vezes faz com que muitos deixem de acumular

uma fortuna.

E mais: demonstrar riqueza faz com que as

pessoas gastem muito com bens materiais (que

trazem menos felicidade do que experiências)

e, muitas vezes, é feito com o único intuito de

impressionar as pessoas (o que também é um

redutor de felicidade).

É uma combinação prejudicial: você deixa de

comprar ativos que formarão sua fortuna e

gasta o seu dinheiro de uma forma que não vai

te gerar mais liberdade e felicidade.

Como aplicar essa lição na


sua vida?

Aqui, eu concordo com alguns pontos do

autor… E discordo com outros.


Te explico:

Concordo com ele no sentido de que se


importar com a opinião dos outros é um erro
grave e que, muitas vezes, tira uma liberdade
importante: a de você ser quem você realmente
é em qualquer lugar.

Aliás, esse é um tema que venho lendo e


estudando bastante nos últimos meses,
justamente para que eu consiga me ver
totalmente livre de considerar demais a opinião
dos outros na forma com que eu levo a minha
vida.

Agora, eu discordo de como ele reforça as


críticas à busca de acúmulo de bens materiais.
Sim: eles geram bem menos felicidade do que o
dinheiro gasto com experiências.

Mas, há 6 meses morando num apartamento


bem maior do que o que eu morava antes, eu
não posso negar como o conforto de uma casa
legal contribui para a minha felicidade.

O meu carro, que comprei há 5 anos depois de


bater uma meta financeira, me faz feliz sempre
que eu entro nele e me lembro do porquê eu o
comprei…

Ou seja: em alguns aspectos, bens materiais me


fazem feliz. Acho que o que realmente importa
é você conseguir curtir o uso deles… E atrelar
eles a eventos e conquistas marcantes na sua
vida.
Dito isso, atualmente eu tenho como ordem de
prioridade os seguintes gastos

 Garantir que vou investir 15% da minha


renda, no mínimo
 Garantir que eu vou gastar em coisas
alinhadas aos meus valores
 Se sobrar dinheiro, investir até 25% da
minha renda
 Gastar o restante em bens materiais e que
tragam conforto.

lição #4

Revise seu plano, porque


você vai mudar

Outro fato interessante explorado no livro: a


maioria é péssima em prever seu próprio futuro.

Um exemplo é o fato de que apenas 27% das


pessoas com diploma universitário trabalham
com algo relacionado à graduação.

Por isso, fazer planos de longo prazo acaba


sendo mais difícil do que parece.

Afinal, seus objetivos e desejos tendem a


mudar com o passar do tempo.

Como aplicar essa lição na


sua vida?
Há 8 anos, eu criei meu primeiro plano

financeiro. Plano que, hoje, fica na parede do

meu escritório:

O que eu mais gosto desse texto é a sua

simplicidade: eu planejava acumular um

patrimônio de R$ 10.000.000 (aos valores de

2015, o que seria uns R$15 milhões hoje) e viver

de renda desse patrimônio.

De lá para cá, eu mudei. Bastante.

Nisso, eu evoluí o planejamento.

Criei alguns novos objetivos financeiros bem

específicos, como o de comprar uma cobertura.


Criei alguns objetivos não financeiros, mas que
o dinheiro me faria “comprar” tempo livre para
realizá-los, como conseguir praticar esportes
todos os dias…

Apaguei planos antigos. Incluí novos. Criei


objetivos impensáveis há 8 anos, como levar
toda a minha família para a Disney.

Enfim: meu plano atual de nada tem a ver com o


de 8 anos atrás.

O que permaneceram são os valores, que são o


que guiam cada um dos objetivos.

Traduzindo isso para a prática, o que eu faria se


fosse você é
 Criar planos: afinal, é muito melhor ter um
plano que será alterado do que não ter um
plano
 Revisar anualmente seu plano: Considerando
que você vai mudar. Aceite isso e, de mente
aberta, reveja todos seus objetivos
financeiros, buscando
$ Eliminar aqueles que não fazem mais
sentido
$ Incluir novas ideias e objetivos
$ Repriorizar os planos mantidos
 Deixar o plano visível: não guarde ele numa
gaveta ou numa pasta do seu computador.
Dê uma olhada nele, nem que seja a cada 2
meses. Mas mantenha vivo o desejo de
conquistar coisas novas e progredir na sua
jornada.
lição #5

Analise o pior cenário


possível

“Tão importante quanto o plano é ter um


plano para quando o plano não estiver
saindo de acordo com o plano”

Mais uma coisa sobre planos financeiros: eles


não sobrevivem ao encontro com o mundo real.

Por isso, o autor sugere que você coloque uma


margem de segurança neles. Margem de
segurança é, basicamente, um convite ao
conservadorismo em suas estimativas.

O problema: não é natural criarmos


estimativas conservadoras. E eu achei bem
interessante o exemplo que o autor usa para
sustentar esse argumento:

Ele conta que projetos de reforma e construção


de prédios e casas, na média, ficam entre 25%
a 50% acima do orçamento. Estourar
orçamento é comum, até nos EUA.

Só que o ponto é que quando alguém calcula os


custos e prazos dos seus próprios projetos, a
tendência é estimar que as reformas serão
concluídas no prazo e no orçamento.
Ou seja: mesmo sabendo que toda obra atrasa
e estoura orçamento, quando alguém vai fazer
seus próprios cálculos, ignora isso.

Eu que o diga…

Enfim: seja conservador.

Como aplicar essa lição na


sua vida?
Para tomar uma decisão grande, eu gosto de usar
uma ferramenta que chamo de análise do pior
cenário possível.

Como o nome indica, a ideia é você projetar (e


colocar no papel) o que tende a ser o pior cenário
possível derivado da sua decisão.

Um exemplo é de como eu fiz isso quando, 8 anos


atrás, estava na dúvida se saia do emprego que
estava (em que gostava do que fazia, admirava
meus colegas e era bem remunerado) para fundar
o Clube do Valor.

O que eu desenhei de pior cenário possível eraW

%= O Clube dá errado e eu perco meu pequeno


investimento inicial$
"= Em 3 anos, depois de tentar fazer o projeto dar
certo e fracassar, eu volto ao mercado de
trabalho com uma experiência ruim (e alguns
aprendizados);
A Eu consigo um emprego similar ao que eu
estava abrindo mão, nem que demorasse mais
1 ou 2 anos procurando uma boa
oportunidade.

Não parecia tão ruim, sobretudo se comparado


com a minha outra alternativa (não pedir
demissão), que teria como pior cenário

 Eu ficar estagnado na carreira e não crescer6


 Eu não aguentar a vontade de empreender e
decidir empreender no futuro, quando tiver
vários filhos para sustentar.

Enfim: colocando o desejo forte que eu tinha em


começar algo do zero, ficou bem fácil de decidir
depois desse exercício.

Por isso, é ele que eu te sugiro, aqui, para incluir o


fator “margem de segurança” nos seus planos
financeiros.

lição #6

Leve em consideração o
preço de investir bem

Não existe potencial de retorno maior sem risco


maior. Fuja de quem te falar o contrário disso.
Um exemplo: ações renderam mais que outros
investimentos no passado.

Ainda assim, quem colheu este resultado teve que


arcar com um custo em troca desse retorno maior.
Um preço a ser pago.

No mercado financeiro, esse preço se chama


risco. E o risco aparece sob a forma deB
 Volatilidade>
 Turbulências>
 Crises e períodos longos com a sua carteira
rendendo pouco, nada, ou até te dando
prejuízos grandes.

Só que o grande problema é que o custo do risco


é invisível, diferentemente de quase tudo na vida.

Em outras palavras: em quase tudo, estamos


acostumados a ver claramente o preço das
coisas.

Exemplo: um ingresso da Disney custa US$ 115.


l i ç ãpassagem
Uma o #6 para Orlando, US$ 1.000. Cada
diária, US$ 200. Nesta relação, tanto o benefício
recebido em troca do custo quanto o custo em si
estão claros.

Você pode avaliar o custo, comparar com o


benefício e tomar sua decisão se irá ou não fazer
essa viagem.
No mercado financeiro, não é assim que funciona.

O benefício é claro, mas o preço não.

Quer um exemplo?

Então te liga no caso das ações da empresa


Monster (a dos energéticos). Suas ações subiram
319.000% de 1995 a 2018. Bom demais, certo?

Mas encare o custo: em 95% do tempo, essas


ações foram negociadas abaixo da sua máxima
anterior.

Como aplicar essa lição na


sua vida?
Essa é simples: não pense primariamente em
retorno, e sim em risco.

Quer uma carteira com potencial de render 6% aa


acima da inflação já descontado o IR e outros
custos?

Então saiba: essa carteira vai despencar numa (ou


em várias) crises nas próximas décadas. E mais:
vai ter anos em que ela vai perder para a
caderneta de poupança.

Talvez ela passe 24, 36 ou até 60 meses


perdendo para a poupança.

Esse será o preço.


Você é capaz de pagar

Se sim, aceite a volatilidade, as turbulências e

o fato de que crises vão te prejudicar ao longo

da sua jornada

Se não for, então invista de forma mais

conservadora. Sabendo: você terá menos

incerteza na jornada, mas também terá um

retorno potencialmente menor.

lição #7

Normalize ter prejuízos na

sua jornada

“Você pode estar errado metade das vezes

e, ainda assim, ficar milionário”

Berrgruen era um colecionador de arte.

Muito provavelmente, 99% das obras que ele

comprou em vida não se mostraram como bons

investimentos.

Porém, ele comprou várias obras do Picasso. Foi

aquele 1% das suas obras adquiridas que

trouxeram seus resultados.

No mercado financeiro, as estatísticas não são tão

negativas assim, mas ainda assim são

surpreendentes:
O JP Morgan publicou um estudo em que
analisava os resultados do índice Russell 3000
Index (um índice de ações norte-americano
composto pelas 3.000 maiores empresas da
bolsa) e de empresas individuais desde 1980.

Olha que loucura: o índice se multiplicou por


mais de 73x desde 1980.

Ainda assim
. 40% das ações caíram pelo menos 70% e
jamais se recuperaram; F
. Todo o retorno do índice veio de 7% das
empresas que o compõem.

Ou seja: no mercado, assim como em outras áreas


da vida (eu já devo ter citado o princípio de Pareto
umas 5x nas edições passadas do Diário, rs),
algumas poucas coisas são responsáveis pela
maior parte dos resultados.

E vou além: o mesmo vale para o seu


comportamento.

Se você abrir o YouTube, relatórios de casas de


análise ou sites de notícias como o Infomoney, a
maioria dos conselhos que você vai ler são sobre
o dia de hoje.

Só que a provocação do autor é que o dia de hoje


provavelmente não importa.
O que importa, isso sim, é o que você faz durante
o pequeno número de dias - em que todos ao seu
redor estão enlouquecendo.

Em outras palavras: é provável que a forma com


que você se comportou durante o final de 2008 e
início de 2009 tenha mais impacto sobre seus
rendimentos do que tudo que você fez entre 2000
e 2008.

Trazendo para a nossa realidade brasileira: as


decisões tomadas em meio às crises, como as
que vivemos com os mercados de lado há 3 anos,
importam mais do que qualquer coisa.

Como aplicar essa lição na


sua vida?
Um erro comum que vejo vários investidores
cometerem é tentar recuperar o prejuízo que
tiveram com uma ação específica com a mesma
ação.

Ou seja: investidores que possuem em carteira


ações que sabem que jamais comprariam hoje.
Mas que as mantém em carteira na esperança
(emocional, não lógica) de que elas “voltem ao
patamar anterior”.

Muitas vezes, acreditando que o prejuízo que


estão tendo com elas é “virtual”. Afinal, muitos
creem que “enquanto eu não vender uma ação,
não tenho prejuízo”.
Bobagem.

A verdade - nua e crua - é que a maioria das


ações que cai 70% não retorna ao patamar
anterior.

E mais: muitas despencam e, tempos depois,


saem da bolsa.

Então, normalize ter prejuízos com ações


individuais.

Nosso cliente mais antigo já teve várias ações que


caíram de 30% a 50% em carteira, como
 BOBR4 (entre 2017 e 2019)
 FHER3 (ano passado)
 USIM5 (ainda em carteira).

E, mesmo tomando grandes prejuízos com essas


ações, eis o seu resultado acumulado:
Então, sempre que você cogitar a ideia de manter
em carteira uma ação que você não compraria
hoje, lembre-se disso: você não precisa - e talvez
nem conseguirá - recuperar o prejuízo dessa ação
com ela mesmo.

Normalize ter perdas na sua carteira.

lição #8

Priorize quem é Walk the


Talk
Em várias áreas da vida, existe uma lacuna entre o
que as pessoas sugerem que você faça e o que
elas realmente fazem.

Em um estudo chamado How Doctors Die (Como


os médicos morrem, em português), o autor
comprovou que, às vezes, alguns médicos com
doenças terminais escolhiam para si tratamentos
diferentes do que os recomendados para seus
pacientes.

Em resumo: quando tratavam um paciente, eles


iam até às últimas consequências para manter o
paciente vivo. Entretanto, quando eles se
tornavam os pacientes, tendiam a escolher
receber cuidados paliativos para si mesmo depois
de um determinado estágio da doença.
É claro: existir uma diferença entre o que um
profissional sugere que você faça e o que ele faz
para si mesmo não é necessariamente ruim.té
porque tanto a medicina quanto os investimentos
não são ciência exata. E às vezes simplesmente
não há uma única resposta correta.

Entretanto, em via de regra você estará numa


situação melhor quando escolher um profissional
walk the talk. Ou seja: alguém que faz
exatamente aquilo que prega.

Não à toa-
 Os melhores livros de investimentos são
escritos por gestores profissionais de
investimentos
 Os melhores livros de negócios são escritos
por empreendedores de sucesso.

Como aplicar essa lição na


sua vida?
Quando eu estou na posição de contar com a
ajuda de um profissional, para qualquer área de
minha vida, eu priorizo aqueles que fazem aquilo
que pregam.

Mais do que isso: como profissional do ramo de


investimentos, eu faço questão de ensinar apenas
estratégias que eu coloco meu dinheiro.

Claro: às vezes, há diferenças.


Muitos clientes de Wealth do Clube do Valor, por
exemplo, possuem uma carteira com 30% de peso
em renda variável e 70% em renda fixa.Eu, por
outro lado, possuo uma carteira 100% composta
por ativos de renda variável.

Ainda assim, o método para chegar na carteira


“ideal” é o mesmo. É'

 Conhecer bem os objetivos de cada pessoa2


 Conhecer bem o histórico como investidor2
 Conhecer bem a tolerância ao risco

E, a partir daí, dá para “prescrever” a melhor
carteira.

E mais: a forma de selecionar ativos, dentro de


cada classe de ativos, é idêntica para todos.

Ou seja: eu invisto, na parte de ações Brasil, num


fundo com as ações mais baratas da bolsa. No
mesmo fundo que os clientes de Wealth
Management investem e que os de Wealth Advisor
tem acesso.

Isso é alinhar interesses.

E buscar ser walk the talk.


lição #9

Aportes > Quão bem você


investe

“Acumular uma fortuna tem pouco a ver

com seus rendimentos ou com o retorno

deles, e muito a ver com o quanto você

economiza regularmente”

Verdade dura: o quanto você investe tem um peso

maior do que o quão bem você investe.

E isso é fácil de perceber.

Pense em alguém que investiu R$ 10.000 uma vez

só e obteve retornos de 20% ao ano.

O cara é um Warren Bufffett. Sua carteira rendeu

demais.

E, ao final de 20 anos, ele terá cerca de R$ 380.000.

Não dá nem para comparar, por exemplo, com

alguém que tem a capacidade de poupar R$ 5.000

por mês (que, somente com aportes, no sétimo ano

passa de R$ 380.000).

Dito isso, eis um ponto que eu discordo do livro:

O autor bate muito na tecla de você reduzir o

tamanho dos seus planos.


Lá pelas tantas, ele escreve o seguinte:

“Você pode guardar mais dinheiro gastando

menos e pode gastar menos desejando

menos”

Este é um dos vários trechos em que ele defende

uma vida mais frugal, planos menos ambiciosos e

controle rígido de gastos…

O que, para mim, são 3 fatores importantes para

quem está começando a poupar dinheiro, mas que

não devem ser a regra para toda sua jornada.

E não vou ser hipócrita: viver de forma frugal e

controlar muito os gastos foram duas coisas que eu

fiz no passado.

Eu gastava pouco com coisas que traziam conforto,

morava de aluguel num apartamento pequeno e

praticamente não viajava.

A meta era clara: conseguir ir poupando 15% - 25%

da renda enquanto eu trabalhava muito duro para

aumentar ela.

E é aqui em que eu tenho ideias diferentes das de

Housel:

Mesmo concordando com ele de que aportes são

mais importantes do que rentabilidade, o enfoque

que eu prefiro é o de você focar em aumentar a

renda.
E vivi isso na pele para te provar: é muito mais fácil
poupar 15% da renda ganhando R$ 20.000 do que
ganhando R$ 5.000.

Afinal, na média os custos que temos são fixos. Se


a renda ultrapassa bem essa barreira de custos
fixos, passa a sobrar bem mais…

Como aplicar essa lição na


sua vida?
Eu tenho meus vieses aqui, é claro.

Mas, conhecendo eles, o que eu te proponho é:

_H Cuide com quanto tempo você gasta para ter


o conhecimento necessário para se tornar
um grande investidor: investir bem importa,
mas se tornar um profissional mais valioso na
sua área (e ganhar mais) importa ainda mais
no jogo de acúmulo patrimonial1
0H Cuidado quando investir se torna um hobbie:
sim, investir pode ser um desafio intelectual
para você. Mas tome cuidado caso isso se
torne um hobbie, sobretudo se você ainda não
tem o conhecimento necessário sobre como
diversificar e proteger bem sua carteira. Aqui
no Clube do Valor analisamos centenas de
carteiras de investidores todos os meses e
não é incomum encontrarmos profissionais
autônomos, como médicos, que usam alguns
turnos por semana para analisar o mercado e
tomar decisões de investimentos. Fora o
custo de oportunidade (o quanto eles deixam
de ganhar trabalhando), há o risco de perder
dinheiro. Risco esse que, muitas vezes, se
concretiza através de más decisões.

Nunca se esqueça: o quanto você consegue


investir tem peso maior do que como você
investe.

E agora… Agora, você tem 9 boas ideias em


mãos.

Com elas, há a possibilidade de você analisar o


que faz sentido e o que não faz para você e
mudar a forma com que você toma algumas
decisões financeiras.

E se for do seu interesse contar com a nossa


ajuda para trilhar um caminho de tranquilidade
financeira, queremos te oferecer, como cortesia,
uma análise e diagnóstico gratuito da sua
carteira atual.

Para solicitar a ligação de um especialista do


Clube do Valor, basta apertar no botão abaixo e
preencher o formulário que abrirá:

Quero agendar uma análise de carteira


Importante ressaltar aqui: diferentemente dos
assessores, nós não somos remunerados pela
corretora, tampouco em cima de comissões.

Cobramos uma taxa transparente pelo nosso


serviço e, inclusive, devolvemos as comissões
que os assessores teriam para você, sob a forma
de cashback.

Assim, garantimos estar totalmente alinhados


contigo.

Por isso, vai ser um prazer conversarmos. Aperte


no botão acima e agende sua conversa.

Espero, de verdade, que esse material tenha


gerado clareza na sua jornada como investidor.

E espero, junto com todo o time de especialistas


do Clube do Valor, que possamos seguir nossa
conversa e te ajudar a tomar as melhores
decisões para preservar

e multiplicar o seu patrimônio.

Forte abraço,

Ramiro Gomes Ferreira.

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