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Autoconhecimento Emocional

Autoconhecimento
Emocional
Viva mais feliz com poucas emoções

George V. Szenészi

As Verdadeiras
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Autoconhecimento Emocional

George V. Szenészi

Autoconhecimento
Emocional
Viva mais feliz com poucas emoções

Edição do Autor
2020

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Autoconhecimento Emocional

Autoconhecimento emocional: Viva mais feliz com poucas emoções

Copyright © 1ª edição 2016 por George Vittorio Szenészi


© 2ª edição revista 2020.

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Sumário
Sua vida emocional precisa ser revista? 5
As emoções 6
Emoções: o que são e para que servem 8
Emoções básicas 11
Expressando emoções 12
Contendo a emoção 13
Substituições 16
Uma vida empobrecida 18
Olhando diferente 21
Dentro e fora da ilusão emocional 23
Felicidade com poucas emoções 23
Como finalizar as emoções substitutas: minha
experiência 25

O autor 28

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Sua vida emocional precisa ser revista?


Você já se perguntou por que você sente as
emoções que sente? E por que a vida tem tantas
emoções? Já passou pelo seu pensamento que talvez
você esteja usando e precisando delas muito mais do que
o necessário?

O que vou apresentar a você neste pequeno livro é


um modo de compreender a presença e os tipos de
emoções baseado nos estudos que realizei sobre a vida
emocional. Ao longo dos anos de trabalho na formação
de psicoterapeutas e no atendimento terapêutico para
neutralização e superação da história emocional
negativa de muitos clientes, ocorreram-me
entendimentos sobre os mitos que existem em relação
às emoções. Essas informações podem ser valiosas para
você e para as pessoas interessadas no próprio
desenvolvimento emocional.

Parto de ideias influenciadas pela neurociência e


pelo modelo psicoevolucionário das emoções. Minha
intenção é mostrar, de modo sucinto, uma parte de
minha visão sobre o aparecimento da maioria dos
estados emocionais em nossa cultura atual. Afasto-me
de visões e teorias tradicionais que fazem interpretação
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das emoções e que propõem o controle sobre a vida


emocional. Como consequência, você vai encontrar uma
proposta natural e fundamentada em descobertas
empíricas. Vou discorrer sobre alguns mitos que
povoam as crenças sobre emoções, como criamos a
maior parte dos estados emocionais que as pessoas na
realidade acabam vivendo e o papel que as emoções
desempenham em nossas vidas.

Ao final do texto você irá descobrir que existem


outras concepções sobre a vida emocional humana que
podem lhe ajudar. Vou mostrar que é provável que suas
emoções atuais, se encaradas com o modo tradicional,
sejam vistas como pouco úteis ou até inúteis em sua vida.
Mas que, se olhadas de outro modo, serão bem-vindas. E
que, como muitas outras pessoas, você pode estar
vivendo uma grande ilusão emocional.

Este e-book é extraído de meu livro anterior “As


Verdadeiras Σmoções: Porque transformar sua vida
emocional”, que se estende na análise dos temas deste e
vai além na discussão sobre as várias emoções.

As emoções
Quando você pensa sobre como você e as outras
pessoas levam a vida, vai notar que, na realidade e a cada
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instante, você está passando por uma experiência


emocional. São alegrias, prazeres, amores e afetos, e
também saudades, irritações e impaciências; às vezes
mágoas, surpresas e receios, ou nostalgias, desânimos e
melancolia; e mais as aceitações, consentimentos,
dúvidas, estranhezas e resistências. Se você olhar para
fora de você e observar as histórias e os dramas que se
passam nos filmes, nas novelas, nos romances e nas
histórias contadas pelos amigos, verá também como
eles, além de alegrias rápidas e prazeres ocasionais,
estão recheados de ansiedade, ressentimentos,
abandonos e solidões, orgulhos feridos, desconfianças e
ciúmes, traições e desejos de vingança. Vemos a vida
mergulhada em estados emocionais.

A maioria das pessoas vai dizer que viver essas


emoções é normal. Que, na realidade, é bem isso que as
pessoas sentem. Mas, aqui aparece o primeiro mito que
desejo apontar – o mito da naturalidade das emoções
atuais. Vou mostrar a você porque essa quantidade de
emoções que se vive e se busca viver não é nem natural
nem normal e que não precisamos delas.

Outro mito que está à nossa volta é o de que,


devido à quantidade de emoções que vivemos e povoam
nossas vidas, é importante que aprendamos a controlar
as emoções. Aprendemos a segurar as emoções mais
fortes e os livros de autoajuda nos dizem quais emoções
são boas e quais evitar. Para superar uma vida cheia de
momentos desagradáveis, você ouviu falar da
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importância de fortalecer e viver mais as suas alegrias e


seus prazeres. Possivelmente estarei certo pensando
que você já leu em algum lugar: “Viva intensamente!
Sinta suas emoções! Alimente suas emoções boas! ”.
Porem você já ouviu falar que essas afirmações também
podem não passar de mitos ou equívocos? Que não é
necessário nada disso e que as emoções estão na sua
vida com propósitos naturais bem específicos?

A maior parte das pessoas está vivendo uma espécie de


escravidão – a escravidão de suas próprias emoções e do
controle emocional que buscam ter. Foi assim que elas
aprenderam a lidar com sua vida emocional
desconfortável – controlando. Assim eu pergunto: a sua
vida, como ela é? O que você gosta e o que não gosta em
sua vida emocional? O que, se você pudesse, mudaria nas
suas emoções?

Emoções – o que são e para que servem


Segundo a psicologia evolucionária, as emoções
vieram de processos de adaptação desenvolvidos ao
longo do tempo, desde os animais mais primitivos até o
homem, para facilitar ao indivíduo lidar com
necessidades e tipos de eventos importantes que se
repetiam ao longo da vida.

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As emoções apresentam-se como coleções de


mudanças no estado do seu corpo. Não são experiências
puramente mentais, nem puramente psicológicas,
energéticas ou espirituais. Além de movimentos
corporais, envolvem expressões faciais, alterações
químicas de hormônios e de substâncias de informação
neurológica, alterações nos pensamentos e na percepção
e interpretação do que acontece em cada momento.
Essas alterações produzem mudanças nos estados
fisiológicos como temperatura, pressão sanguínea,
umidade da pele e tensões musculares e viscerais, entre
outras. Uma emoção é uma experiência de todo o seu
corpo, incluindo conexões com cada uma de suas outras
partes ou dimensões.
A palavra emoção vem do latim emovere, em
francês émotion, tendo a mesma raiz que a palavra
movimento. Emoção quer dizer um movimento para
fora (o prefixo e significa para fora). Você pode entender
assim que emoção significa mostrar por fora do seu
corpo o que está acontecendo dentro dele. É um
comportamento expressivo, é aparente. Mais adiante
você vai entender o porquê e a importância disso.
A vida emocional não é propriedade da espécie
humana. Desenvolvida pelos animais ao longo da
evolução, é parte do processo de se adaptarem ao meio
e lidarem com as circunstâncias, com os outros animais
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e com aquilo que a natureza estava trazendo. Todos os


mamíferos possuem sistemas emocionais neurológicos
semelhantes aos nossos, com os mesmos tipos de
reações emocionais primárias. Emoções são programas
biológicos para que o indivíduo reaja rapidamente
diante de eventos importantes para sua sobrevivência. O
que a evolução fez foi poupar você do processo de
descobrir, a cada momento, o que fazer com o que está
acontecendo à sua volta. As emoções são um presente
que a natureza oferece a você para ajudar a garantir sua
permanência entre nós.
Emoções têm então papéis importantes. Primeiro,
evoluíram em um tempo em que o meio ambiente
possuía uma dureza natural, um meio em que você
poderia ser caçador ou poderia ser uma presa. Nesse
meio você precisa reagir rapidamente em certas
circunstâncias. Ao longo do processo de seleção e
mudança genética, esses programas foram se
consolidando e deixando os animais com reações
automáticas. Essas reações são disparadas caso cada
evento, de alguma forma, esteja ameaçando ou apoiando
sua vida e a vida da espécie. E assim, automaticamente,
ativam reações testadas ao longo de milhões de anos.
Este é o papel mais importante das emoções.

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Emoções básicas
Existe um número de emoções que você não
precisou aprender, você nasceu sabendo e elas
apareceram durante seu primeiro ano de vida. São
chamadas emoções fundamentais, básicas ou naturais.
Certas emoções sinalizam que a experiência vivida
no momento é saudável e apoia a vida: a alegria, o afeto
e o prazer dos sentidos. O amor a um filho, com seu
carinho e cuidado, o prazer de um sabor ou o de ouvir
uma música e a alegria de uma dança, estão convidando-
o a vivenciar mais aquele momento. Estão dizendo: isso
é bom, fique, continue! As sensações deixam saber o que
a experiência requer e pedem para continuar com ela.
Outras das emoções fundamentais (conhecidas
equivocadamente como emoções negativas) são
ativadas quando você está diante da necessidade de
defender sua integridade: a raiva, a tristeza, o medo e a
aversão. Aparecem quando você, ou outro mamífero,
estão diante de uma ameaça, de algo que não dê suporte
à sua vida e à manutenção da espécie.
Essas emoções já vêm em seu programa genético
para lidar com as ocorrências mais importantes em seu
meio. Apareceram em sua vida como respostas naturais
biológicas, conforme vem sendo programado há milhões
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de gerações. São todas, portanto, positivas, cumprem


papeis fundamentais na vida. Não existe emoção
negativa.
A questão seguinte apareceu com a cultura: como
é que você vai lidar com essas reações naturais,
espontâneas, cruas, que possuem programas tão antigos
para respostas específicas?

Expressando as emoções
O primeiro processo para lidar com uma emoção
é o natural – expressá-la mostrando-a com os
movimentos de seu corpo, expressões faciais, gestos,
olhar, sons e seu tom de voz. Pense na alegria e lembre-
se das crianças brincando e dos adultos comemorando
um gol de seu time de futebol. É mostrada com gritos,
dentes visíveis em sorrisos, olhos bem abertos, vozes
altas, movimentos corporais desconexos. Expressar
cada emoção leva você a comportamentos típicos de
cada uma. Se você já viu pessoas com muito afeto, medo,
uma aversão ou uma surpresa momentânea, apenas
citando algumas, você reconhece como é expressar uma
emoção.
As emoções naturais têm um jeito próprio de ser –
elas são curtas em duração e são aparentes, sendo às
vezes intensas na expressão, dependendo da
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intensidade do estímulo. E duram o tempo do estímulo.


Seu medo diante de um animal vai permanecer enquanto
o animal estiver lhe ameaçando. Você sentirá uma
tristeza enquanto a falta do que você perdeu estiver
presente. Finalmente, você já viu um bebê alternando
riso e choro com muita rapidez. Emoções naturais
duram pouco. A expressão de uma emoção natural faz
com que ela desapareça logo.

Mas há um risco, um risco que você foi


descobrindo desde cedo. Expressar todas as emoções
pode ter consequências socialmente desfavoráveis.

Contendo a emoção
Aqui entra a segunda maneira de você lidar com
as emoções. À medida que você foi crescendo, em algum
momento papai, mamãe, professores outras pessoas
começaram a mostrar a você o que é certo e o que é
errado nas suas manifestações emocionais. Isso porque
a sociedade tem suas regras e a cultura tem seu jeito de
lidar com as emoções.

Cada emoção terá suas regras familiares e sociais


a serem seguidas. Umas serão punidas, outras criticadas,
umas poucas incentivadas e outras talvez nem apareçam
por que já são proibidas na vida familiar. Por exemplo, o
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prazer sensorial pode não aparecer no carinho ou nos


comentários sobre sexo, mas é mostrado na gula ou na
bebida. Com o tempo, você aprendeu que não pode
mostrar a maioria de suas emoções. Não pode chorar
livremente porque é fraqueza, não pode mostrar raiva e
indignação porque é descontrole, não pode ter medo
porque é covardia, não pode ser muito alegre porque é
pouco educado, não pode experimentar os prazeres na
vida porque a vida é sofrida, não pode mostrar a aversão
e o desgosto porque é falta de educação, não pode
mostrar surpresa porque é escandaloso.

A natureza humana, porém, encontra seus jeitos


para superar desafios. A saída foi segurar a maioria das
emoções, impedir que apareçam. Conter as emoções
naturais foi o processo que descobrimos para atender às
normas familiares, culturais e religiosas e, livres da
censura, sermos aceitos e amados pelos outros.

Sim, a emoção natural passou a ser censurada. Ela


pode ser vista como sinal de descontrole, falta de
educação, vergonhosa. No mínimo, é imprópria na maior
parte dos locais públicos. Com isso aprendemos a
adaptar a reação emocional às características das
pessoas e do meio em que estamos. Aprendemos a
segurar o início de uma emoção, diminuir a sua duração,
controlar sua intensidade, mudar seus comportamentos.

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A parte mais dura dessa adaptação emocional


ocorre provavelmente dentro da família, que chama isso
de educação. Olhando para essa educação das emoções,
eu a chamo de “domesticação”. Na verdade, você é
domesticado para atender aos princípios, normas e
regras da sua casa (domus=casa, em latim). Domesticar
é amansar um animal selvagem para que ele possa
conviver com os homens. Não é o que fazem com a nossa
“educação” emocional? Pense sobre isso: o quanto você
pensa que foi educado para as emoções ou que foi
“domesticado” em suas reações emocionais?

Existe ainda uma parte igualmente poderosa da


regulação emocional que vem dos meios e das mídias
sociais: a escola, o meio cultural e religioso, o meio
profissional, os espetáculos. Onde quer que você esteja,
pode estar sendo influenciado quanto à maneira de
manifestar suas reações.

É verdade também que existe uma adaptação


positiva de emoções como, por exemplo, a que ocorre no
respeito a valores de amigos diferentes dos seus, ou na
aceitação dos modos de convivência social em culturas
diferentes da própria, sem que isso implique em
manifestações de desconforto, aversão ou raiva. Mas a
regulação e o controle emocionais negativos são muito
mais intensos e danosos. Você vai ver porquê.

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Substituições
A emoção básica, controlada e adaptada em vez de
ser expressa na forma natural de rapidamente
intensificar-se e desaparecer, passou a ser vivida
espremida entre os castigos, entre os Não! os Não pode!,
os É feio! e O que os outros vão pensar?.

Há, no entanto, um “porém” natural – não


podemos ficar sem vida emocional. Você não consegue
suprimi-la. Ela é biológica. A experiência mostra que
emoções contidas podem posteriormente “explodir” e
poderão ser mais danosas para você e às vezes para os
outros. É preciso encontrar outra maneira de lidar com
elas. O que você aos poucos vai então descobrir, porque
todos descobrem isso natural e inconscientemente, é
que podemos viver as emoções, de forma mais segura,
fazendo substituições escondidas.

O segredo de conviver com as normas familiares e


sociais que se oponham à sua natureza, é a capacidade
que você tem de desenvolver uma boa porção de estados
emocionais que são pouco visíveis e, portanto, pouco
notados pelas outras pessoas, especialmente por papai e
mamãe! Esses estados permitem a você viver as
emoções em seu íntimo sem que ninguém ou quase

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ninguém as perceba: o ressentimento, a rejeição, o


receio, a cautela, a obsessão, a ansiedade, a vergonha, a
indiferença, a timidez, o ciúme, a mágoa, a intolerância,
o rancor, a culpa, a desconfiança, a saudade, a depressão.
São os sentimentos que recheiam a vida dos
personagens das estórias e dos personagens reais da
história de cada um – inclusive a sua.

Esses sentimentos acabam sendo a vida emocional


de hoje. São sentimentos substitutos que ocupam o lugar
das emoções naturais, daquelas preparadas e entregues
a nós para nos incentivar, avisar ou defender. E, em vez
de ficarem com esses papeis grandiosos, elas surgem, na
maioria das vezes, em questões banais, triviais,
pequenas: na palavra que se disse numa certa hora, na
discussão sobre a cor de uma roupa, na discordância
com alguém, nos minutos de atraso, por causa de um
telefonema não dado, devido ao olhar para outra pessoa,
por não ter sido lembrado, em uma preferência que não
se gostou, em um esquecimento. Nada parecido ou
relacionado com as questões essenciais, fundamentais
da vida de onde se originaram as emoções. A vida
emocional da maioria das pessoas está recheada de
coisas insignificantes.

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Uma vida empobrecida


O que acontece ao se viver as emoções com essas
novas formas é que elas têm consequências nocivas. E
não são poucas. A primeira é uma característica dos
sentimentos substitutos – sua duração. Você já notou
quanto tempo costuma permanecer uma mágoa na vida
de alguém? Talvez em você mesmo? E uma culpa ou
saudade? Não é necessário perguntar muito. A reação
emocional substituta fica com você, ela permanece na
sua vida. Quantas pessoas guardam saudades que
carregam para todos os lugares, culpas que são sempre
bem lembradas? Podem ser irritações que se repetem
infindavelmente com a mesma pessoa ou nas mesmas
situações, ou raivas com a forma de ressentimento ou
rancor. Manterão uma melancolia ou uma depressão que
suprimem a vida. Não permitirão alegrias e prazeres
usando a vergonha ou a timidez para manter uma vida
controlada. E o afeto e o amor são substituídos pela
frieza e pela indiferença.

Segundo, emoções mantidas na forma de


sentimentos substitutos diminuem sua energia. Estudos
mostram inequivocamente que você perde energia vital
e disposição com cada sentimento substituto que você
tenha guardado em sua memória.

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Em terceiro lugar, surge em você um grau de


dificuldade na adaptação à vida. Sua flexibilidade e sua
capacidade de superação dos conflitos que fazem parte
da vida diminuem. Os sentimentos substitutos nasceram
em momentos nos quais você abafou e não concluiu
vivências essenciais da vida. A partir deles, momentos
desses tipos durante a vida passaram a não se completar
devidamente, você trocando imediatamente uma
resposta natural por outra reação pouco eficiente. Sua
vida ficou paralisada mentalmente e emocionalmente
em diversos e antigos pensamentos, memórias e
comportamentos. Isso dificulta o aprender mais, o
compreender mais, a evolução pessoal. E você acaba
preso a padrões e modos de ser antigos, com
dificuldades para encontrar atitudes e condutas
alternativas que lhe gerassem mais liberdade,
autonomia e capacidade de superação pessoal. Em
termos evolucionários, você passa a fazer parte daqueles
indivíduos cujas características não devem ser
repassadas para descendentes.

A quarta e talvez mais facilmente notada das


consequências de guardar sentimentos são as doenças.
Desde descobertas antigas até os estudos científicos
recentes mostram que as enfermidades ou disfunções
orgânicas têm origem em conflitos não superados na
vida. Se o corpo está sofrendo, há um conflito não
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resolvido em sua raiz. Enfermidades são partes de


programas biológicos dos mecanismos de manutenção
da saúde, manifestações mostrando a presença de
desequilíbrios. Some a isso o fato de que estados
emocionais antigos ou reprimidos enfraquecem seu
sistema imunológico e suas defesas naturais, deixando
você sem proteções e mais suscetível a contaminações e
infecções. O sistema imunológico é a única defesa que
temos frente à invasão de elementos estranhos ao
organismo. Esse sistema se debilita quando sujeito a
atividades intensas, assim como ao pouco descanso e
sono. Atletas, após competições que exigem grandes
esforços, são frequentemente acometidos por infecções
e enfermidades de origem contagiosa. Afetam também
sua capacidade de defesa orgânica as ameaças ou
condições adversas constantes que geram estresse
emocional – insatisfações persistentes com aspectos da
vida como a segurança pessoal, a vida profissional,
familiar ou afetiva. Quantas vezes você ou um conhecido
seu já adoeceu durante fases depressivas ou
estressantes da vida? Enfraquecem ainda suas defesas
vários outros fatores: além da ingestão de substâncias
que agridam o estado de equilíbrio do organismo, estão
a baixa autoestima e o humor negativo, as condições
emocionais persistentes como tristeza, angústia e
ansiedade, mesmo as reprimidas, e as memórias de
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doenças. A maior parte desses fatores debilitantes são


frequentemente pouco percebidos, pois são geralmente
inconscientes. A maioria das pessoas não sabe que sua
imunologia esteja baixa, sem disposição para
emergências, deixando-as mais sensíveis às agressões
naturais que, em situações normais de equilíbrio
emocional e físico, seriam enfrentadas com
naturalidade.
Finalmente, o custo disso tende a ser alto. Você vai
investir muito mais em automanutenção: seu tempo,
envolvimento e custo com exames específicos e
periódicos, profissionais da saúde, medicações, dietas,
controles e exercícios especiais, sem falar nos
psicólogos, psicoterapeutas, profissionais das terapias
complementares e mais o que você faz e precisa fazer
para manter sua saúde física e mental em bom estado.
Sentimentos substitutos, com certeza, acarretam mais
manutenção pessoal.

Olhando diferente: os propósitos dos


sentimentos substitutos
Os sentimentos substitutos não devem ser
entendidos como grandes vilões em sua vida emocional.
É importante entender que eles não são negativos nem
ruins. São indicadores. Podem ser olhados apenas como
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sinais – e sinais amigos. Estão informando que sua vida


emocional está parada e incompleta em certos pontos.
Se você encontrar uma placa na rua dizendo que há um
buraco à sua frente, a placa não é ruim por mostrar um
buraco ruim. Assim, as emoções guardadas ou
sentimentos substitutos não são ruins. Suas
consequências sim. Elas indicam que você está freado
ou mesmo paralisado, com partes de seu filme da vida
emocional trancadas em determinados momentos.
Mostra que você ainda não evoluiu o quanto poderia.
Não é o sentimento que o prende e paralisa, é sua
história que faz isso. Ela precisa de uma atualização, de
um upgrade.

As emoções estão dizendo que você não está


usando toda sua autonomia para dirigir sua vida, seu
potencial para criar seu caminho, sua flexibilidade para
lidar com desafios e sua sensibilidade para desfrutar as
escolhas. E que você pode usar muito mais sua
perspicácia para descobrir, seu equilíbrio para avaliar,
seu talento para contribuir e sua alegria para festejar.
Agradeça os sinais!

O ponto de partida é: como você sabe que tem


paralisações em sua vida? A verificação é muito simples:
quanto mais emoções ou sentimentos você tiver em sua
memória, mais você tem paralisações internas no seu
processo de crescimento.
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Dentro e fora da ilusão emocional


No exercício de viver a vida como ela é, você não
precisará ir atrás de emoções, de emoções fortes ou
poderosas. Não precisará ir atrás do bem-estar, nem da
alegria nem da felicidade, pois esses estados são
consequências. Se você tem uma estrutura interna isenta
de sentimentos substitutos é sinal de que a vida está
fluindo, pois seus momentos passados foram
aproveitados para aprendizados e compreensões.

Não estou afirmando, entretanto, que a vida será


sempre fácil e feliz. Ela não é necessariamente assim
sempre, mas nós podemos fazê-la bem próxima disso. A
dor faz parte da vida, a dor é o sinal do encontro com o
desajuste – com a ameaça, a perda, o conflito. Foi assim
que evoluímos até o que somos hoje. Sem a dor não
haveria evolução. Mas não precisamos do sofrimento. O
sofrimento é a manutenção da dor – e isso você pode
aprender a não ter.

Felicidade com poucas emoções


A boa notícia: para se viver bem e ser feliz é
suficiente viver as atividades da vida. Exercite o corpo,
exercite a mente, exercite a alma e exercite o “coração”.
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Você já ouviu isso antes. E acrescente o mais importante:


dispense os sentimentos substitutos, transforme suas
memórias. Mas isso não é uma receita. Pois para
dispensar sentimentos, eles desaparecerão se ficar algo
no lugar para lhe dar mais suporte.

Aqui você está diante de um modo de viver as


emoções que a maioria das pessoas deixou de lado –
finalizar as emoções e sentimentos que disfarçam sua
necessidade de expressão. Finalizar significa fazer algo
para terminar o que ficou paralisado e estagnado na sua
vida, dar um prosseguimento hoje ao que aconteceu há
algum tempo. É aprender com a experiência passada e
retirar dela o que ela pode oferecer à sua vida de hoje.
Finalizar uma emoção ou sentimento é dar a eles a
chance de ir embora deixando que sua mente e seu corpo
realizem seu trabalho livremente, guardando os
resultados de lidar com o momento de uma forma
construtiva e apoiadora. Ao fazer isso, você vai substituir
o que está em sua mente e corpo por novos conteúdos –
pensamentos, crenças, atitudes, ideias, sentimentos e
ações – que gerarão mais autonomia, flexibilidade,
criatividade e prazer que estiveram confinados desde o
momento de cada memória.

Lembre-se: você não precisa de emoções para


viver – elas vivem em você. Apenas reencontre as suas
emoções naturais. As verdadeiras emoções, que fazem
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parte de sua vida e o mobilizam para lidar com o que é


essencial e fundamental em sua vida, são bem poucas e
você as conhece: o afeto, a alegria, o prazer, a raiva, a
tristeza, o medo. Você não precisa mais do que isso para
ser feliz.

E você não precisa cuidar de nenhuma delas. São


elas que cuidam de você.

Como finalizar as emoções substitutas -


minha experiência

Compartilho com você que na minha vida pessoal


e profissional utilizo três processos:

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Rápido e simples, o REI é uma técnica natural que


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de uso da técnica REI que torno disponíveis aos
profissionais da saúde mental, terapia e coaching: como
dissolver os bloqueios emocionais para alcançar
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ensino a profissionais e desenvolvo há mais de vinte
anos. É um processo breve para transformar o
comportamento e as reações emocionais de forma
rápida, profunda e indolor. A RET permite a finalização
dos conjuntos de emoções substitutas mudando em
curto espaço de tempo as reações emocionais. As
emoções substitutas desaparecem, trazendo maior
equilíbrio emocional, centramento e serenidade. As
emoções básicas irão se manifestar de forma natural,
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sem intensidade e com frequência muito baixa. É uma


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Autoconhecimento Emocional

O autor
George V. Szenészi é Mestre em Psicologia e atua há 40 anos
como professor de profissionais, terapeuta e facilitador de
mudanças pessoais na área emocional e na saúde mental. Sua
atuação envolve o desenvolvimento de modelos teóricos e de
ferramentas técnicas no campo das mudanças pessoais
aceleradas. Além da trajetória acadêmica, formou-se com
autores fundamentais para as abordagens de mudança
pessoal acelerada e terapia breve como Tad James, Wyatt
Woodsmall, Robert Dilts, Tim Hallbom, Suzy Smith, John
Overdurf & Julie Siverthorn, Ernest Rossi, Jeffrey Zeig,
Michael Hall e outros. Integra a primeira geração da
Programação Neurolinguística no Brasil, sendo reconhecido
como um dos poucos brasileiros desenvolvedores de
conhecimento nessa área. Participou da difusão brasileira de
outras novas abordagens como a Análise Transacional,
Hipnose Ericksoniana e Psicologia da Energia. Desenvolveu
as abordagens da Renovação Emocional Total ® e do Sistema
de Transformação Emocional®, o Relaxamento Emocional
Instantâneo, Void Techniques e o Ativador Imunológico.
Convidado por Tad James, fez parte da primeira equipe de
instrutores internacionais da Terapia da Linha do Tempo®,
abordagem essa que recebeu suas contribuições para a
ampliação do corpo teórico e instrumental. Autor de Está na
Hora: A Psicologia das Linhas do Tempo; Consultoria,
Mudança e Aprendizagem e As Verdadeiras Emoções: Porque
Transformar sua Vida Emocional.

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