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Apostila Do Curso de Pedreiro Do SENAI
Apostila Do Curso de Pedreiro Do SENAI
FICHA TÉCNICA
SENAI.PA
CDD 624.028
P.
1 Matemática Básica ..............................................................................................01
2 Segurança na Construção Civil ...........................................................................05
3 Andaimes ............................................................................................................11
4 Instrumentos de Medida ......................................................................................29
5 Medir com Nível de Bolha....................................................................................33
6 Medir com o Metro...............................................................................................35
7 Nivelar e Esquadrejar ..........................................................................................37
8 Esquadro pelo Processo 3.4.5 ............................................................................39
9 Nivelar com Mangueira........................................................................................43
10 Ferramentas ........................................................................................................47
11 Argamassa ..........................................................................................................51
12 Demarcação da Escavação para Alicerces .........................................................53
13 Executar Fundação Corrida e Elevação de Alvenaria .........................................55
14 Cortar Tijolo.........................................................................................................57
15 Parede de 1 Tijolo (Singelo) ................................................................................59
16 Assentamento de Tijolos .....................................................................................61
17 Assentamento de Parede de Tijolo de ½ vez......................................................63
18 Assentamento de Parede de Tijolo de 1 vez.......................................................65
19 Construção de Parede ½ vez com Pilar de Reforço de Tijolo de 1 vez...............67
20 Construção de Parede de Canto em Ângulo Reto de Tijolo de ½ vez ................69
21 Construção de Parede de Canto em Ângulo Reto de Tijolo de 1 vez .................71
22 Ligação de Paredes de Tijolo de ½ vez em Ângulo Reto....................................73
23 Ligação de Paredes de Tijolo de ½ vez em Cruz ................................................75
24 Chapisco .............................................................................................................77
25 Taliscar Parede ...................................................................................................79
26 Fazer Mestras......................................................................................................83
27 Reboco Grosso ou Emboco ................................................................................85
28 Reboco Fino ou Paulista .....................................................................................87
29 Executar Piso Cimentado ....................................................................................89
30 Noções Sobre o Concreto Armado e Ciclópico ...................................................91
31 Assentar Revestimentos Cerâmicos....................................................................93
1 - Matemática Básica
1.1 - Fundamentos
Os números são escritos com algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 0. Os números são dis-
tribuídos em números de um ou mais algarismos. Ex.: 4, 18, 237. Os valores do algaris-
mo dependem da posição onde estão colocados, dentro do número.
Observações
- Os inteiros deverão ficar sempre à esquerda da vírgula e a fração à direita.
- O valor do algarismo depende da posição onde está colocado dentro do número.
Observação
Sempre que se completa a fração decimal com zeros, não se altera o valor da mesma.
Ex.: 32,1 = 32,10
1
1.3 - Operações fundamentais
1.3.1 - Adição (+)
O símbolo de adição é + (lê-se “mais”). Observe os exemplos abaixo:
+ =
3 + 1 + 2 = 6, onde 3, 1 e 2 são parcelas e 6 é o total ou soma.
Observações
- A ordem das parcelas não altera a soma.
- zero adicionado à direita ou à esquerda de uma parcela não altera a soma.
1.3.2 - Subtração ( - )
O símbolo de subtração é – (lê-se “menos”). Observe os exemplos abaixo:
– =
20 – 5 = 15, onde 20 e 5 são parcelas chamadas minuendo e subtraendo e 15 é a
diferença, resto ou resultado.
858 –
137
721
Observação
Sempre que quisermos verificar ou provar a exatidão de uma subtração, teremos que
usar a operação contrária, isto é, adicionando o subtraendo com o resto. Se a subtração
estiver certa, o resultado será o minuendo.
35 – minuendo 17 +
17 subtraendo 18
18 resto 35 minuendo
2
Observações
- A ordem dos fatores não altera o produto.
- Quando um dos fatores for zero, o resultado é sempre zero.
1.3.4 - Divisão ( : )
O sinal que indica divisão é ÷ ou : (lê-se “dividido por”). Observe os exemplos abaixo:
Reparta, igualmente, 150 tijolos entre 3 pedreiros. A operação utilizada pode ser as-
sim representada: 150 tijolos : 3 pedreiros = 50 tijolos para cada pedreiro
150 : 3 = 50, onde 150 é o dividendo, 3 é o divisor e 50 é o quociente.
dividendo 150 3 divisor
dividresto 000 50 quociente
Observações
- A divisão é a operação inversa da multiplicação.
- A divisão de zero por qualquer número diferente de zero, é sempre zero.
- Não é possível dividir um número qualquer por zero.
Para calcular estas áreas, basta multiplicar a medida da base pela medida da altura.
Área = base x altura A = 5m x 2m = 10m²
A = 2m x 2m = 4m²
A unidade de medida utilizada para o cálculo de área na construção civil é expressa em
m² (metro quadrado).
1.4.2 - Volumes
Para calcular a quantidade de concreto existente em uma viga que mede de seção
(30x15cm) e 3,00m de comprimento e para calcular a capacidade de uma caixa d’água,
precisamos antes, calcular o volume dos recipientes.
Para calcular o volume de uma viga, devemos calcular a área de seção e multiplicar pelo
comprimento.
3
Observação
É importante que todas as medidas estejam expressas nas mesmas unidades.
As unidades de medida utilizadas para o cálculo de volumes na construção civil são ex-
pressas em m³, cm³ e, L (metro cúbico, centímetro cúbico, litro).
4
2 - Segurança na Construção Civil
5
2.3 - Ferramental
Inúmeras são as ferramentas utilizadas para os trabalhos nas diversas especialidades,
no ramo da construção civil. Toda ferramenta deve ser cuidadosamente inspecionada
antes de ser usada.
6
Medida de proteção para o trabalho em condições eventuais, quando o tempo de ex-
posição for geralmente curto.
2.4.1 - Classificação
2.4.1.1 - Proteção da Cabeça
Pode-se usar capacete de segurança para proteger a cabeça, principalmente, contra
quedas de objetos provenientes de níveis elevados.
Plástico
Fig.4
7
Fig.5 Fig.6
Fig.7 Fig.8
Fig.9 Fig.10
8
Fig.11 Fig.12
Fig.13 Fig.14
Fig.15 Fig.16
9
Fig.17 Fig.18
10
3 - Andaimes
3.1 - Introdução
A grande incidência de acidentes de trabalho na construção geralmente é creditado às
características extremamente dinâmicas do setor: grande reposição de mão-de-obra,
baixo nível de especialização, características própria da atividade em que um dia sempre
é diferente do anterior.
Um dos tipos de acidentes de trabalho que acomete estes trabalhadores surge no traba-
lho com andaimes e a DRT/RS constata que este tipo de agravo à saúde ocupacional
surge, principalmente, nas pequenas empresas e nos casos de trabalho informal.
Com efeito, a Norma Regulamentadora n.º 18, que disciplina as Condições e Meio Ambi-
ente de Trabalho na Indústria da Construção e, já tenha completado dois de existência,
não é aplicado entre todos os empregadores deste tipo de atividade.
Neste tópico foram colocadas as exigências do trabalho seguro com os vários tipos de
andaimes, os equipamentos de proteção individual que devem ser utilizados e as infor-
mações sobre responsabilidade civil e criminal a que incorrem os empregadores e síndi-
cos que colocam trabalhadores executando tarefas em andaimes em desacordo com a
legislação vigente.
3.2 - Definições
Andaime
Plataforma para trabalhos em alturas elevadas por estrutura provisória ou dispositivo de
sustentação.
Andaime em Balanço
É o andaime fixo, suportado por vigamento em balanço.
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Andaime Suspenso Mecânico
É o andaime cujo estrado de trabalho é sustentado por travessas suspensas por cabos
de aço e movimentado por meio de guinchos.
Andaime Fachadeiro
É o andaime metálico simplesmente apoiado, fixado à estrutura do prédio, na extensão
da fachada.
Anteparo
Designação genérica das peças (tabiques, biombos, guarda-corpos, pára-lamas, etc.)
que servem para proteger ou resguardar alguém ou alguma coisa.
Cabos de Ancoragem
São os cabos de aço destinados à fixação de equipamentos, torres e outros, à estrutura
do prédio.
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Andaime em Balanço
São os andaimes sem apoio além da prumada, ou seja, que se projetam para o exterior
da construção, prédio ou edificação. São suportados por vigas em balanço, as quais são
amarradas ou fixadas à laje do piso ou estroncadas contra a laje do teto do pavimento
onde se localizam.
Estaiamento
Utilização dos tirantes, sob determinado ângulo, para fixação dos montantes da torre dos
andaimes apoiados ou torre de elevadores de obras à edificação, com vistas a evitar o
tombamento da torre no sentido contrário à edificação e também para evitar movimento
da torre em qualquer sentido. É uma amarração da torre à estrutura da edificação, de
forma a mantê-la rígida e fixa durante a realização dos serviços.
Estrado
Estrutura plana, em geral de madeira, colocada sobre o andaime. É o piso do andaime,
sob o qual se realizam os trabalhos.
Estronca
Peça de esbarro ou escoramento destinada a impedir o deslocamento da estrutura de
trabalho.
Guarda-corpo-rodapé
É um conjunto de travessões, instalados de forma a evitar a queda de pessoas ou de
materiais. Se constitui de guarda-corpo, travessão intermediário e rodapé. Todo o vão
entre o rodapé e o guarda-corpo deve ser fechado com tela, firmemente fixada à estrutu-
ra e com malha e resistência necessária a evitar a queda de materiais, ferramentas ou
pequenos equipamentos.
Guarda-corpo: travessa rígida, em madeira ou metálica colocada a uma altura de
1,20m (um metro e vinte centímetros) do piso de trabalho, em locais onde haja risco
de queda de trabalhadores (periferias, aberturas no piso, vãos de escadas e andai-
mes), abrangendo todo o vão aberto ou o comprimento do andaime, inclusive nas
suas cabeceiras.
Travessão Intermediário: travessa rígida, em madeira ou metálica, colocada a uma
altura de 0,70m (setenta centímetros) do piso de trabalho, em locais onde haja risco
de queda de trabalhadores (periferias, aberturas no piso, vãos de escadas e andai-
mes), abrangendo todo o vão aberto ou o comprimento do andaime, inclusive nas
suas cabeceiras.
Rodapé: travessa rígida, em madeira ou metálica, colocada junto ao piso de trabalho,
com altura não inferior a 0,20m (vinte centímetros) em locais onde haja risco de que-
da de materiais, ferramentas ou pequenos equipamentos (periferias, aberturas no pi-
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so, vãos de escadas e andaimes), abrangendo todo o vão aberto ou o comprimento
do andaime, inclusive nas suas cabeceiras.
Tela de Proteção: tela de material resistente, que tem a finalidade de garantir o fe-
chamento seguro do vão entre o guarda-corpo e o rodapé.
Guincho
Equipamento mecânico utilizado no transporte ou suspensão vertical de cargas ou de
pessoas, mediante o enrolamento do cabo de tração no tambor, ou mediante sistema de
elevação motorizado, ou ainda, sistema de mordentes no cabo de aço quando da sua
passagem pela máquina.
Montante
Peça estrutural vertical de andaimes, torres e escadas.
Prancha
Peça de madeira com largura superior que 0,20m (vinte centímetros) e espessura entre
0,04m (quatro centímetros) e 0,07m (sete centímetros). É também a denominação da
plataforma móvel do elevador de materiais, onde são transportadas as cargas.
Pranchão
Peça de madeira com largura e espessura superiores às de uma prancha.
Tirante
Cabo de aço tracionado e fixado à estrutura da edificação ou ao solo.
Trava-queda
Dispositivo automático de travamento destinado à ligação do cinto de segurança ao cabo
de segurança.
Vigas de Sustentação
Vigas metálicas onde são presos os cabos de sustentação dos andaimes suspensos ou
em balanço.
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Endereço correto e qualificação do contratante, empregador ou condomínio (CEI,
CGC ou CPF);
Tipo de obra;
Datas previstas do início e conclusão da obra;
Número máximo previsto de trabalhadores na obra.
Andaimes suspensos são, na linguagem dos operários de obra, conhecidos como, jaú ou
balancim.
Os andaimes devem ser construídos ou montados sempre que for necessário executar
tarefas em locais elevados, onde não se alcance com segurança o local do serviço, com
estrutura montada a partir do piso, e cujo tempo de duração ou tipo de atividade, não exi-
ja uma estrutura permanente, ou ainda, que não justifique o uso de uma escada de abrir
ou escada de mão. Estas, têm uso restrito, somente são permitidas como meio de aces-
so provisório ou para realização de pequenos serviços (serviços de pequeno porte) e de
forma temporária.
Os materiais utilizados na construção dos andaimes devem ser de boa qualidade, não
sendo permitido o uso de peças de madeira com nós, rachaduras ou deterioradas (apa-
ras ou restos de madeiras). As peças metálicas também devem apresentar adequadas
condições de uso e manutenção.
Na ligações dos estrados (pisos) de andaimes, quando em madeira, não é permitido fixar
pregos sujeitos a sofrerem esforços de tração no sentido contrário da fixação do prego.
Os pregos e parafusos não devem ficar salientes em qualquer superfície do andaime.
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Como geralmente são alugados para determinada obra ou fase de obra, é importante
que seja exigido do locador, o atendimento de todos os itens de segurança e que, per-
manentemente, seja supervisionado o uso e a manutenção dos mesmos.
No caso de andaimes fixos, os estrados devem ser pregados nas travessas ou de outra
forma, fixados (estruturas retentoras) para que se evite o escorregamento ou movimen-
tação horizontal dos mesmos.
Os estrados não devem apresentar vãos ou intervalos por onde possam passar sobras
de materiais, pequenos equipamentos ou ferramentas. Sempre que na montagem ou
movimentação dos andaimes, existir rede de energia elétrica próxima, cuidados especi-
ais devem ser adotados.
Não se deve sobrecarregar os andaimes além do limite previsto, sendo necessário man-
ter a carga de trabalho distribuída no estrado, de maneira uniforme, sem causar obstru-
ção à circulação dos trabalhadores no andaime.
Nos andaimes não se deve permitir a utilização de escadas ou outros meios para se a-
tingir lugares mais altos, de forma a que o trabalhador fique posicionado acima do guar-
da-corpo, e portanto, sujeito à queda.
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O dimensionamento de qualquer andaime, sua estrutura de sustentação e fixação, deve
ser realizado por profissional legalmente habilitado (engenheiro), devendo ser construído
e dimensionado de modo a suportar, com segurança, as cargas de trabalho a que esta-
rão sujeitos. No local de realização dos serviços deve ser mantida a Anotação de Res-
ponsabilidade Técnica - ART - emitida por engenheiro, acompanhada da especificação
dos materiais e do sistema de fixação e sustentação dos andaimes.
O acesso aos andaimes deve ser feito de maneira segura: em se tratando de andaime
apoiado por meio de escadas ou travessas firmemente fixadas à estrutura do andaime.
Em caso de andaime suspenso o trabalhador não deverá acessar ao mesmo tempo sem
estar com o cinto de segurança tipo pára-quedista ligado ao cabo de segurança.
Quando apoiados diretamente no solo, deve-se usar placas (calços) capazes de resistir
com segurança aos esforços e com base de apoio suficiente para distribuir as cargas,
sem que o solo recalque.
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Os andaimes apoiados, quando instalados na periferia das edificações, devem ser fixa-
dos à estrutura das mesmas, por meio de amarração ou de estroncamento.
2
1
Trava
Fig.2 - Andaime apoiado Fig.3 - Rodízios para apoiados móveis
É proibido trabalhar em andaimes apoiados sob cavaletes quando possuam altura supe-
rior a 2,00m (dois metros) e largura inferior a 0,90m (noventa centímetros).
Sempre que os pisos de trabalho estiverem situados a mais de 1,50m (um metro e cin-
qüenta centímetros) devem ser providos de escadas ou rampas.
Os andaimes de madeira só podem ser usados em obras ou edificações com até 3 (três)
pavimentos, ou altura equivalente, podendo ter seu lado interno apoiado na própria edifi-
cação.
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As torres dos andaimes não podem exceder, em altura, 4 (quatro) vezes a menor dimen-
são da base de apoio, quando não estaiadas. No caso de apoio dos andaimes em de-
graus de escadas, os montantes devem ter comprimentos variáveis, 2 a 2, de acordo
com os degraus, de maneira que seu estrado fique sempre na horizontal.
Os acessos verticais devem ser feitos em escada incorporada à sua própria estrutura ou
por meio de torre de acesso. A movimentação vertical de componentes e acessórios pa-
ra a montagem ou desmontagem dos mesmos, deve ser feita por meio de cordas ou por
sistema próprio de içamento.
Os montantes dos mesmos devem ter seus encaixes travados com parafusos, contrapi-
nos, braçadeiras ou outro meio similar que garanta a estabilidade do andaime. Os pai-
néis destinados a suportar os pisos e/ou funcionar como travamento, após encaixados
nos montantes, devem ser contrapinados, de modo a assegurar a estabilidade e a rigidez
necessárias ao andaime.
O comprimento não deve ser superior a 40% (quarenta por cento) do comprimento da vi-
ga e a distância entre as vigas, não deve ultrapassar de 2m (dois metros). As vigas po-
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dem ser fixadas à laje do piso por meio de ganchos chumbados, braçadeiras com porcas
e arruelas ou cabos de aço com clipes.
Devem ser providos de guarda-corpo fixo nas laterais, podendo ser móveis no lado fron-
tal, de maneira a facilitar o manejo de peças compridas. Quando o guarda-corpo for mó-
vel, deve ser recolocado logo após ao término da operação que motivou sua retirada.
Cuidados especiais devem ser tomados com relação à montagem de andaimes próximos
às redes elétricas, que deverão, tanto quanto possível ser desligadas, ou ainda, serem
observados os distanciamentos mínimos determinados pela concessionária de energia
elétrica, ou a adoção de estruturas de proteção, ou de isolamento, da rede de energia.
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Em qualquer caso devem ser observadas as recomendações de segurança da conces-
sionária de energia elétrica. Não sendo possível a adoção das medidas preventivas de-
verá ser chamada a concessionária para que adote as providências necessárias à reali-
zação dos serviços de forma segura.
Em todo andaime suspenso mecânico deve existir uma placa fixada em seu guarda-
corpo, determinando a utilização de cinto de segurança, sempre que a altura de trabalho
for superior a 2m (dois metros) do piso ou solo, ligado a um cabo de segurança com sua
extremidade superior fixada em estrutura ou local independente da estrutura de fixação
do andaime.
Não é permitida a amarração do cabo para fixação do cinto de segurança, no próprio an-
daime. O cabo em que deve ser ligado o cinto de segurança deve ser protegido contra
desgaste por atrito na aresta de apoio. Deve passar por fora do andaime e ter a laçada,
em caso de uso de corda, localizada pouco acima do guarda-corpo.
Mosquetão
Deve ter todas as laçadas feitas durante a descida do andaime, de maneira que a mes-
ma não seja encurtada, o que poderia impedir o seu uso nos pavimentos inferiores. Deve
ter a parte que sobra abaixo do andaime, enrolada num gancho, fixado em olhal de mon-
tante externamente ao guarda-corpo, para que não se enrole em outra corda pendente,
cabo de aço ou caçamba suspensa. Os dispositivos de sustentação dos andaimes sus-
pensos mecânicos, bem como as fixações das cordas pendentes, devem ser inspecio-
nados diariamente, antes do início dos trabalhos por trabalhador habilitado e treinado pa-
ra tal.
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O cinto de segurança a ser utilizado deve obedecer às seguintes características, quanto
à colocação:
Ficar bem ajustado ao trabalhador;
O mosquetão deve passar pela outra argola do cinto, antes de ser fixado à corda
pendentes;
Deve girar de modo que o ponto de saída de sua corda fique no meio das costas do
trabalhador, para evitar lesões em caso de queda;
O mosquetão deve ser enganchado na laçada da corda e não se deve permitir o en-
gate do mesmo acima do nó da laçada, pois o mesmo pode se desfazer involuntari-
amente;
O engate do mosquetão na laçada deve ser feito antes do acesso ao andaime e, pa-
ra que isso seja possível, é necessário que a laçada esteja em condições de ser al-
cançada.
O desengate, por outro lado, só pode ser realizado após à saída do trabalhador.
A sustentação dos andaimes suspensos mecânicos deve ser feita por meio de vigas me-
tálicas de resistência equivalente a, no mínimo, 3 (três) vezes o maior valor de esforço
solicitante.
É proibida a fixação das vigas de sustentação dos andaimes por meio de sacos de areia,
latões com concreto ou outros dispositivos similares. As vigas devem ser fixadas na laje
por meio de braçadeiras ou por ganchos chumbados na própria laje: devem ser de aço
CA-24 ou 25 e ter diâmetro mínimo de 5/8’’ (cinco oitavos de polegada).
É proibido o uso de cordas de fibras naturais ou artificiais para sustentação dos andai-
mes suspensos mecânicos. Os cabos de aço de sustentação devem trabalhar na vertical
e o estrado na horizontal. O comprimento dos cabos deve ser tal que, na posição mais
baixa do estrado, restem, pelo menos, 6 (seis) voltas sobre cada tambor.
A roldana do cabo de sustentação deve rodar livremente e o respectivo sulco deve ser
mantido em bom estado de limpeza e conservação. Os quadros dos guinchos de eleva-
ção devem ser providos de dispositivos para fixação de Sistema de Guarda-corpo e Ro-
dapé, como já descrito.
22
Ser dotado de capa de proteção de catraca.
23
Balanço excessivo Viga inclinada Andaimes independentes
O cabo de aço deve ter resistência à tração de, no mínimo, 160kgf/mm2 (quilogramas-
força por milímetro quadrado). O estrado deve ser feito com tábuas de primeira qualida-
de com espessura mínima de 1’’ (uma polegada), largura de 0,30m (trinta centímetros) e
comprimento mínimo de 3,40m (três metros e quarenta centímetros) que corresponde ao
vão de 2m (dois metros) e 2 (dois) balanços de 0,70m (setenta centímetros).
Em andaimes com mais de 2 (dois) estribos (travessas), o comprimento das tábuas deve
ser tal, que estas se apoiem em, pelo menos, 3 (três) estribos e, nas emendas por su-
perposição, as tábuas devem ter, no mínimo, 0,20m (cinte centímetros) para cada lado
do estribo. As emendas devem ser feitas com pregos cujo comprimento atravesse as 2
(duas) tábuas. As pontas dos pregos devem ser rebatidas para evitar que os mesmos se
soltem com a movimentação dos andaimes. Quando a distância entre os estribos for su-
perior a 1,50m (um metro e meio), deve ser fixada, no centro do vão, uma guia, ou tábua
transversal, para unir as pranchas ou pranchões do estrado, aumentado assim sua rigi-
dez.
20 cm
Superposição
Topo
Fig.8 - Emendas de peças
Os estrados não devem ter balanços nas cabeceiras superiores a 0,70m (setenta centí-
metros), medidos a partir dos estribos extremos. Nas cabeceiras dos andaimes mecâni-
cos suspensos pesados, nos trechos em balanço, onde não há guinchos nem montan-
tes, ainda assim, é obrigatória a instalação de guarda-corpo. Em caso de ser feito em
madeira, atenção especial deverá ser dada a esta estrutura, de maneira a ter uma rigidez
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adequada e condizente com os esforços solicitados e para o fim a que se destina: preve-
nir a queda de trabalhadores.
B F A
C
L L 1,50m L 2,25m
J N
A) Viga “I” de sustentação
B) Parafuso de esbarro
G C) Grampo “U” ou braçadeira para laje
M D) Chapa de grampo “U”
E) Arruela
H F) Braçadeiras do cabo
G) Guincho interno e externo
H) Quadros dos guinchos
I) Estribo ou travessa (duas cantoneiras)
I J) Montante do guarda-corpo
K) Alavanca de extensão
L) Cabo de aço de sustentação
M) Fixador do montante (orelha)
Guincho Guincho N) Roldana guia do cabo
externo interno
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Os andaimes suspensos mecânicos leves devem ter 2 (dois) guinchos em cada armação
ou serem dotados de duas armações, cada uma suspensa por um cabo de aço, ou ain-
da, de uma armação, ou guincho, suspenso por um cabo de aço, estando este interliga-
do a um outro cabo de aço adicional por meio de sistema trava-quedas de segurança
(dispositivo de bloqueio mecânico/automático). Ou seja, em cada cabeceira do andaime
deverá haver no mínimo dois cabos de aço de sustentação.
Os guinchos de elevação dos andaimes suspensos mecânicos leves devem ser fixados
às extremidades das plataformas de trabalho, por meio de armações de aço, havendo
em cada armação 2 (dois) guinchos.
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Sistema de fixação do trabalhador por meio de cinto de segurança tipo pára-quedista
ligado a trava-quedas de segurança em cabo-guia independente e fixado em estrutu-
ra, também independente, da estrutura de fixação da cadeira suspensa.
A cadeira deve apresentar em sua estrutura, em caracteres indeléveis e bem visíveis,
a razão social do fabricante e o número do registro no CGC.
Não é permitida a improvisação das cadeiras suspensas.
O sistema de fixação da cadeira suspensa deve ser independente do cabo-guia do
trava-quedas.
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28
4 - Instrumentos de Medida
4.1 - Metro
O instrumento de medição mais usado pelo pedreiro é o metro (fig.1), ou como também é
chamado “metro articulado”. Articulado porque pode ser fechado a um comprimento de
30cm aproximadamente, e desta forma, facilmente transportável no bolso. A sua utilida-
de é medir comprimentos, larguras e demais dimensões na obra.
4.2 - Trena
Um instrumento útil de medição é a trena (fig.2). Esta serve para medir distâncias acima
de 2,00 m e facilita muito a divisão em diversas parcelas. A trena é uma fita de pano, re-
forçada com arame ou então uma fita de aço, alojada numa caixa circular de couro ou de
metal. O ser comprimento varia entre 5,00 e 30,00 m, e as divisões também são em cm e
mm.
4.3 - Escantilhão
O escantilhão é um instrumento feito para determinar as distâncias entre as diversas fia-
das de tijolos num canto de parede.
Fig.3 - Escantilhão
29
Em geral é feito pelo próprio pedreiro. Este marca, numa régua de madeira, a altura das
diversas fiadas, considerando sempre o centro da argamassa entre os tijolos. Assim po-
derá facilmente assentar os tijolos dos cantos. A régua deve ser de madeira dura, seca e
desempenada.
1.00
0.80
90º
0.60
Fig.6
30
4.5 - Prumo de Pedreiro
O prumo consta como instrumento de primeira necessidade. É usado para assentar os ti-
jolos do canto no prumo, e verificar se as paredes estão em plano vertical. Devido ao seu
peso mantêm-se sempre vertical, quando pendurado no fio.
Fig.7
Compõe-se de três peças, a saber: o taco, que é de madeira, o fio do prumo , que é de
cordão e o corpo do prumo, que é um cilindro de latão, cheio de chumbo.
Existem prumos de 1 e 2 kg de peso. Quanto mais pesado, tanto menos erros pode pro-
porcionar. (um vento forte pode deslocar o prumo).
31
variam entre 30 cm e 1,00 m. São construídos de madeira e também de metal, como por
exemplo o alumínio ou o ferro fundido. No corpo do nível são embutidos pequenos tubos
de vidro, ligeiramente curvados, que contém um líquido, em geral água ou álcool com co-
rante, e uma bolha de ar. Nos centros dos tubos estão marcados dois riscos. Colocando-
se o nível acima da superfície a ser verificada, esta está no nível quando a bolha de ar
se encontra exatamente entre os dois riscos do tubo.
Linha de nível
32
5 - Medir com Nível de Bolha
Fig.1
Fig.2
Apoie o nível sobre a peça no sentido longitudinal, observando para que lado se des-
loca a bolha da ampola do nível.
Fig.3
Observação
É necessário evitar choques no nível e protege-lo do tempo.
33
Nota
Caso as dimensões a nivelar sejam maiores que o comprimento do nível, utilizar nível
com o auxílio da régua desempenada.
Fig.4
34
6 - Medir com o Metro
Medir com o metro é uma operação manual executada pelos profissionais, com auxílio
do “metro”, nas construções em geral, para determinar a distância entre dois pontos, o
tamanho de um objeto, ou determinar, sobre um objeto, qualquer comprimento.
Fig.1
Observações
- Deve-se manter segura a parte do metro já aberta. Enquanto se gira a outra parte.
- A abertura das partes do metro deve começar pelo início da numeração.
2º passo: Coloque o extremo “zero” do metro no ponto determinado, e faça uma marca
na medida desejada.
Fig.2
35
Observação
Em determinados casos, é mais prático fazer coincidir a medida desejada com o extremo
do objeto e marcar no ponto “zero” do metro.
Fig.3
Precaução
Quando não se está utilizando o metro, deve-se mantê-lo fechado.
Coloque o metro de maneira que o extremo “zero” do mesmo coincida com um dos
pontos.
Fig.4
Observação
Os pontos cujo intervalo será medido, podem ser as marcas (traços) dos extremos de um
objeto.
Observação
Caso a distância que se esteja medindo seja maior que o metro simples ou duplo, ao fi-
nal deste, deve-se fazer marcas sempre em linha reta, e completar a medida.
36
7 - Nivelar e Esquadrejar
Prumo
Régua
Nível
Régua
Fig.1
60 cm
C
40 cm
50 cm
30 cm
55 cm
Fig.2
37
5º passo: Verifique o esquadro da sua desempenadeira, colocando-a sobre o esquadro
de madeira, como aparece na figura 3.
Fig.3
Fig.4
38
8 - Esquadro pelo Processo 3.4.5
“A” “B”
90°
Linha em esquadro
“C”
Fig.1
A B
40cm
Fig.2
39
4° passo: Meça e marque 50cm (5), partindo do ponto B, fazendo do metro um compas-
so cujo arco cruze com o arco do compasso anterior (40cm), obtendo o ponto
C (fig.3).
A B
50cm
C
Fig.3
5° passo: Faça um traço que passe pelos pontos A e B. Este traço estará em esquadro
com o alinhamento conhecido (fig.4).
90°
Linha em esquadro
C
Fig.4
40
Alinhamento
Ponto A
90°
Ponto C
Ponto B
Alinhamento
Fig.5
Observações
- A marcação deverá ser feita cravando-se um prego no ponto B.
- Zero na cinta métrica (trena) deverá estar fixo no ponto A.
4º passo: Prolongue a trena até situar a medida de 8 metros em frente ao ponto A, apro-
ximadamente.
5º passo: Continue prolongando a trena em direção ao ponto A até unir a marca dos 12
metros neste ponto.
6º passo: Estique a trena um prego na marca dos 8 metros, obtendo o ponto C (fig.5)
7º passo: Coloque uma linha que passe sobre os pontos A e C.
Observação
Esta linha estará em esquadro com o alinhamento conhecido, passando pelo ponto A.
41
42
9 - Nivelar com Mangueira
Nivelar com mangueira é uma operação que consiste em transportar pontos ou referên-
cias, com auxílio de uma mangueira de plástico transparente e cheia de água. É utilizada
na construção a fim de estabelecer pontos de nível distantes que, se determinamos pelo
nível de bolha, apresentariam imprecisões.
Fig.1 Fig.2
Encha de água a mangueira, colocando uma de suas pontas no bico de uma torneira
(fig.2).
Verifique se a superfície de água nos dois extremos da mangueira estão na mesma
altura.
Observações
- A mangueira deve ser de plástico transparente.
- É necessário que esteja limpa e sem dobras.
- Não devem existir vazamentos nem bolhas de ar dentro da mangueira.
- Deve-se deixar uma folga de 10cm a 15cm entre a superfície da água em repouso
dentro do tubo e os extremos deste.
43
10 a 15cm
Fig.3
Observações
- É necessário tampar os extremos da mangueira com os polegares.
- A partir deste passo, o operador necessita de um auxiliar para realizar a operação.
Determine um ponto inicial de referência numa parede ou numa estaca bem fixada
no terreno.
Observações
- Ponto inicial deverá facilitar o atendimento às condições do projeto.
- É necessário colocar este ponto a uma altura que facilite a execução do nivelamento,
isto é, cerca de um metro acima do piso de trabalho.
Fig.3 Fig.4
Observação
Para facilitar a identificação do traço, coloque um símbolo abaixo do mesmo (fig.4).
44
Coloque uma das pontas da manqueira sobre o ponto inicial, segura pelo ajudante,
mantendo fechado o orifício da manqueira.
Fig.5
Observações
- A superfície da água deve estar bem próxima da marca.
- Outro extremo da mangueira também permanecer fechado pelo polegar do operador.
Conduza a outra ponta para um segundo local onde marcará o ponto de nível como
no primeiro.
Observações
- Os locais dos pontos a serem marcados devem ser escolhidos previamente.
- Quando os locais dos pontos estão muito afastados, colocam-se locais intermediários
provisórios em função do comprimento da mangueira.
Coloque a outra ponta sobre o local que, a olho, julga estar nivelado com o primeiro
ponto de referência.
Observação
Continue a manter os dois orifícios da mangueira, fechados.
Destampe a ponta da mangueira e avise o auxiliar para fazer o mesmo no ponto ini-
cial.
4º passo: Execute o nivelamento.
Avise o ajudante para colocar o plano da superfície da água da mangueira, na mes-
ma altura do traço inicial.
45
Traço Superfície
inicial plana da
água
Fig.6
Observações
- O movimento é necessário para que a água não extravase do tubo e entre em repou-
so para indicar o nível.
- O 2º traço deve ser dado pelo operador quando o ajudante avisar que a superfície da
água, na outra extremidade da mangueira coincide com o primeiro traço.
- Deve-se fazer a marcação de modo que facilite encontrar o traço.
Fig.7
Observação
É necessário confirmar a precisão da operação, fechando os pontos nivelados, isto é,
conferido se o último ponto está de nível com o primeiro. Caso não estejam, será preciso
refazer o trabalho para eliminar o erro.
46
10 - Ferramentas
10.1 - Enxada
A enxada é uma ferramenta auxiliar na preparação das argamassas. Também serve na
escavação para alicerces. O tamanho preferido é de 12” ou 30cm de largura.
10.2 - Pá
A pá serve para misturar as argamassas e para a movimentação de terra. Existem na
forma retangular e de bico, em vários tamanhos.
10.4 - Balde
O balde é um equipamento necessário para transportar e guardar água e argamassa.
Muitas vezes é substituído por uma lata vazia de querosene. O seu volume em geral é
de 15 a 18 litros.
47
10.5 - Colher de Pedreiro
A colher é a ferramenta principal do pedreiro. Praticamente todos os trabalhos são exe-
cutados com a colher. É usada para assentar tijolos, misturar, chapear e alisar argamas-
sa.
Existem colheres de vários tamanhos e formas. As mais usadas são as de forma triangu-
lar e com os tamanhos de 10, 15 e 20cm, ou de 4”, 6” e 8”, como eram designadas anti-
gamente. Estas medidas se referem ao comprimento da paleta, excluindo-se o cabo. A
paleta é de aço, e deve ser completamente lisa, para facilitar a saída da argamassa. A
colher deve ser limpa, não podendo ter argamassa endurecida nas suas faces, ou ser
enferrujada.
10.6 - Linha
A linha serve para linhar as fiadas de tijolos, azulejos e cerâmicas. Também tem a sua u-
tilidade na determinação de alimentos. É um auxílio imprescindível do pedreiro. O tipo
mais indicado é o fio de algodão “Cordoné 00”. Também é usado o fio de nylon.
10.7 - Martelo
É uma ferramenta auxiliar para cortar tijolos, pregar e outros serviços semelhantes. O
martelo tem duas partes: o martelo, fabricado de aço, e o cabo, de madeira. Existem
martelos de diversos pesos. O mais indicado é o de 1,5 kg.
48
10.8 - Rejuntador
O rejuntador é uma ferramenta empregada para retirar a sobra da argamassa entre as
juntas na face das paredes. Com isto é conseguida uma melhor aderência da argamassa
do futuro revestimento de alvenaria. Serve também para proporcionar um acabamento
perfeito para paredes construídas com tijolos à vista. Existem rejuntadores de diversos
tamanhos e formas.
10.9 - Régua
A régua para o serviço de pedreiro é feita de madeira. Possui furos, que tem por finalida-
de evitar que a régua se empene. Deve ser completamente reta e lisa. A régua serve pa-
ra sarrafear a argamassa nos revestimentos e também para auxiliar no nivelamento. É
feita nos tamanhos de 1,0, 1,5 e 2,0 metros com uma largura de 0,1 metro.
10.10 - Desempenadeira
É uma ferramenta utilizada no desempenamento das argamassas. É construída de ma-
deira selecionada, bem reta a aplainada. A desempenadeira serve também para a colo-
cação do reboco.
10.11 - Brocha
A brocha é uma ferramenta auxiliar que serve para molhar o revestimento de parede e
pisos durante os trabalhos de desempenamento.
49
10.12 - Peneira
É uma ferramenta utilizada para selecionar a areia necessária para serviços como rebo-
co e assentamento de azulejos. É constituída com uma rede de malhas de aço com di-
versas aberturas. Estas vão de 0,3mm a 2,0mm. No mercado são adquiridos com ma-
lhas grossas, médias e finas.
10.13 - Diamante
É a ferramenta para cortar o azulejo. O diamante é igual ao usado pelo vidraceiro. A sua
função consiste em cortar a superfície vidrada do azulejo. Uma vez cortada, bate-se com
um martelinho no lugar cortado e o azulejo se parte facilmente. Ás vezes prefere-se cor-
tar com uma talhadeira especial, que possui no corte um pedaço de aço “Widia”.
Diamante
Fig.12 - Peneira Fig.13 - Diamante
10.14 - Torquês
A torquês é a ferramenta que se emprega para cortar ou apagar azulejos e ladrilhos.
Quando cortados inicialmente com o diamante ou a talhadeira, necessita-se corta as fa-
ces do corte. A torquês serve também para cortar curvas. É fabricada de aço. O seu cor-
te deve ser sempre afiado.
10.15 - Talhadeira
A talhadeira é uma ferramenta auxiliar para cortar azulejos ou ladrilhos. O pedreiro em-
prega-a também para abrir rasgos na parede. É fabricada de aço. A talhadeira é usada
batendo-se com um martelo na sua cabeça. Neste lugar se formam rebarbas que devem
ser tiradas de preferência com o esmeril, pois podem causar ferimentos nas mãos.
50
11 - Argamassa
Uso
A argamassa é empregada nos assentamentos de tijolos e para revestimentos de pare-
des, pisos e forros.
Tipos
Os principais tipos de argamassa são:
Argamassa de cimento.
Argamassa de cal e cimento, também chamada argamassa mista.
Argamassas especiais com por exemplo o Reboquit e o Quartzolit.
Traço
Com o nome “traço de argamassa” denomina-se a relação em volume ou em peso entre
o aglomerante e os aglomerados.
Interpretação do Traço
Argamassa de cimento, areia e barro: 1:3:1. A argamassa tem como aglomerante o ci-
mento:
O primeiro algarismo, que é 1, representa as partes do cimento.
O segundo algarismo, que é 3, representa as partes de areia.
O terceiro algarismo, que é 1, representa as partes de barro.
Conclusão
Na argamassa de cimento 1:4 deve-se misturar 1 parte de cimento com 4 partes de arei-
a.
51
52
12 - Demarcação da Escavação para Alicerces
2,00x60
1,50
15
80x2,10
Tanque
90
15
Cozinha
2,70 1,40x60
Banheiro 1,50
80x2,10 70x2,10
25 3,00 15 90 15 1,85 15
80x2,10
15
15
80x2,10
1,60
4,00
4,00
Dormitório Sala
90x2,10
25 3,00 15 2,80 25
25
25
1,40x1,10
2,00x1,10
1,00
1,00
4,00
Fig.1
53
Prego da face
Prego do eixo
Prego da face
1,00
Do piso
Fig.2
Nota
Não esqueça: O alicerce é mais largo do que a parede. A escavação será portanto mais
larga do que a parede ou o alicerce.
54
13 - Executar Fundação Corrida e Elevação de Alvenaria
Alvenaria de tijolo
cerâmico
Baldrame
Alicerce
Lastro em
concreto magro
55
56
14 - Cortar Tijolo
14.1 - Corte
O tijolo comum é cortado conforme o tamanho necessário para a amarração.
Face 1
Fig.1
Face 2
Fig.2
57
58
15 - Parede de 1 Tijolo (Singelo)
Todas as paredes construídas com tijolos e argamassa têm a função e separar, vedar e
isolar os ambientes, e sobretudo receber o peso de telhados ou lajes de cobertura. A
amarração é um dos meios mais importantes para proporcionar a necessária rigidez às
paredes.
Contra face
Face 1ª Fiada
Contra face
Face 2ª Fiada
Fig.1
A figura mostra claramente, através dos eixos de referência, como os tijolos devem ser
amarrados.
59
60
16 - Assentamento de Tijolos
Fig.1
Fig.2
Fig.3
61
62
17 - Assentamento de Parede de Tijolo de ½ vez
1ª Fiada
2ª Fiada
1/2 Tijolo
63
64
18 - Assentamento de Parede de Tijolo de 1 vez
1ª Fiada
2ª Fiada
65
66
19 - Construção de Parede de ½ vez com Pilar de Reforço de Tijolo de 1 vez
1ª Fiada
2ª Fiada
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68
20 - Construção de Parede de Canto em Ângulo Reto de Tijolo de ½ vez
1ª Fiada 2ª Fiada
1/2 Tijolo
1/2 Tijolo
69
70
21 - Construção de Parede de Canto em Ângulo Reto de Tijolo de 1 vez
1ª Fiada 2ª Fiada
1/2 Tijolo
1/2 Tijolo
1/2 Tijolo
1/2 Tijolo
71
72
22 - Ligação de Paredes de Tijolo de ½ vez em Ângulo Reto
1ª Fiada
2ª Fiada
1/2 Tijolo
3/4 Tijolo
73
74
23 - Ligação de Paredes de Tijolo de ½ vez em Cruz
1ª Fiada 2ª Fiada
1/2 Tijolo
75
76
24 - Chapisco
A cola deverá ser diluída na proporção de 1 litro de cola para 7 litros de água.
É necessário pegar a argamassa com a colher e dirigi-la para a parede, inclinando a fer-
ramenta de tal forma que não caia argamassa.
Observação
Não molhar as paredes antes de chapiscar, a não ser em casos especiais de intenso ca-
lor ou região seca. Não aplicar chapisco em paredes descobertas, quando estiver cho-
vendo.
77
78
25 - Taliscar Parede
1,2cm
A C B
15 cm
A C B
Este terá 1cm em média. As taliscas de cima que são as “A”, “B” e “C” serão assentadas
usando-se a linha, conforme indicam os desenhos.
A “Planta” mostra a parede vista de cima e a “Elevação” vista de frente. Assim sendo,
podemos ver perfeitamente a distância da linha na “Planta” e a posição das taliscas, de-
pois de assentadas. É de observar que a distância entre as taliscas não devem ultrapas-
sar 1,5m. Devemos assentá-las também com uma folga de tolerância, que é de 0,2cm.
Daí a exigência de se deixar a linha com 1,2cm distante da parede. As taliscas ficaram li-
vres da linha.
Taliscar parede é um processo executado pelo pedreiro nos trabalhos de emboço, reali-
zado para o revestimento de paredes, tetos, colunas etc. Consiste em colocar, seguindo
uma técnica, ponto (taliscas) de referência que estabeleçam o correto alinhamento e ver-
ticalmente (prumo) da superfície que será revestida (fig.3).
79
Superfícies planas
Observação
Deve-se fazer um exame rápido, para verificar se toda a parede está arrumada e plana.
Observações
- A linha deve ser bem esticada.
- Deve-se afastar a linha, de 1,5cm a 2cm do chapisco (significa que teremos de 1,5cm
a 2cm de espessura para a argamassa) (fig.4).
1,5 a 2cm
Fig.2
80
Observação
A quantidade de argamassa deve ser suficiente para que a talisca, depois de colocada,
fique tangenciada à linha.
Observações
- A aresta superior da talisca deve acompanhar a linha a 1mm de distância.
- A talisca deve ficar encostada no canto formando com a parede vizinha (fig.5).
Ponto intermediário
Fig.5
4º passo: Coloque a segunda talisca no canto superior oposto da mesma parede da pri-
meira talisca.
Observação
Deve-se repetir o 3º passo.
Observação
A distância entre duas taliscas consecutivas não deve ser superior a 1,50m.
81
Fig.6
Nota
Consideramos linha superior ou canto superior, a linha que fica a 1,8m acima do piso em
que o operário está pisando, a fim e que ele possa alcançá-la.
Observação
Deve-se colocar as taliscas intermediárias inferiores na mesma vertical ou nas mesmas
verticais das taliscas intermediárias superiores.
82
26 - Fazer Mestras
Mestras são guias do reboco que compreendem a ação de chapar a argamassa e regu-
larizar a mesma no espaço entre as linhas taliscas.
A argamassa deve formar uma camada entre as taliscas até atingir a face das mesmas.
15cm
30cm
Fig.1
83
84
27 - Reboco Grosso ou Emboco
Nota
O sarrafeamento feito antes do tempo, provoca trincas e deslocamento da argamassa da
parede.
4° passo: Os panos devem ser sarrafeados de baixo para cima apoiando a régua nas
mestras, imprimindo-lhe o movimento de vai-e-vem.
5° passo: Preencha os locais dos panos onde a argamassa ficou rebaixada (não atingiu
o plano da superfície das mestras), voltando a sarrafeá-la.
6° passo: O reboco do pano estará pronto quando a régua apoiada nas mestras, ajustar-
se a todos os pontos da superfície em qualquer posição que for colocada.
85
86
28 - Reboco Fino ou Paulista
Fig.1
Nota
Nos rebocos de teto, a régua trabalha da frente para trás do operador, em movimentos
de vai-e-vem.
87
88
29 - Executar Piso Cimentado
Mestra A
Mestra B
Mestra C
Régua
Fig.1
89
Fig.2 - Passe a colher amplamente sem deixar
marcas no cimentado
90
30 - Noções Sobre o Concreto Armado e Ciclópico
O seixo brita e areia são chamados de aglomerados. Sua função é diminuir a retração e
custos.
91
5° passo: Quando a concretagem for em laje, repetir o processo de vibração e ao térmi-
no do lançamento em etapas, fazer o sarrafeamento do mesmo usando régua
de alumínio.
6º passo: Evitar que as ferragens fiquem encostadas nas formas, utilizando pastilhas de
massa forte entre a ferragem e a forma.
92
31 - Assentar Revestimentos Cerâmicos
Fig.1
93
Fig.2
Nota
Largura mínima das juntas:
Cerâmica 10x10cm = 2mm
Cerâmica 10x20cm e 15x15cm = 2mm
Cerâmica 15x20cm e 20x20cm = 3mm
Cerâmica 30x20cm e 40x40cm = 3 a 4mm
94
Fig.3
11º passo: Tome o primeiro ponto de referência (1ª fiada a 0,8/1m) e faça no mínimo 2
pontos em cada parede do ambiente, utilizando mangueira de nível.
12º passo: Verifique o nível do contra-piso e da laje em cada ponto de referência marca-
do nas paredes admitindo-se na tolerância de até 2mm para o nível da laje.
13° passo: Risque uma linha horizontal em cada parede no nível da 1º fiada, utilizando-
se do ponto de referência.
14° passo: Ainda com base na paginação estudada, faça risco verticais nas paredes, a-
proximadamente a 1,50m. Estes riscos tem a finalidade de não deixar o azu-
lejo sair do prumo.
Nota
Para argamassas industriais, deverá ser feito teste de abertura.
95
Fig.4 Fig.5
Nota
A argamassa colante deverá ser constantemente misturada no caixote e o seu tempo de
uso após o preparo é de no máximo 2:30h. É recomendável proteger as paredes que es-
tão com argamassa espalhada evitando o contato direto com o sol ou correntes de ar,
devendo-se vendar as janelas com tábuas ou compensado.
19º passo: Assente os azulejos de baixo para cima, uma fiada de cada vez, obedecendo
a linha horizontal riscada na parede.
20º passo: Aplique o azulejo seco e limpo sobre a camada de argamassa acomodando-o
no espaço previsto (junta). Comprima manualmente cada azulejo e aplique
pequenas pancadas com martelo de borracha ou cabo de madeira, cuidando
para não danificar o esmalte do azulejo.
Fig.6
21º passo: Observe atentamente a largura das juntas tanto na vertical como na horizon-
tal.
22º passo: Verifique o alinhamento a cada duas fiadas, utilizando régua de alumínio. Ve-
rifique o prumo com base nas linhas verticais, já riscadas.
23º passo: Faça as demais fiadas, até completar toda a parede.
24º passo: Corte o azulejo, sempre que necessário, utilizando diamentado.
96
25º passo: Para cortes retangulares, utilizar a maquita com disco diamentado.
26º passo: Mantenha limpa a superfície dos azulejos e juntas, bem como o local de tra-
balho. Limpe as juntas com espátulas de madeira ou de plástica, e vassouri-
nha de piassava.
Fig.7 Fig.8
Fig.9
Nota
Quando a cerâmica for assentada em piso, evitar o acesso ao mesmo, por 24 horas.
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