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04 Apostila Versao Digital Atualidades 828.869.622 87 1593608596
04 Apostila Versao Digital Atualidades 828.869.622 87 1593608596
Atualidades
Conhecimentos de assuntos atuais e relevantes nas áreas da polit́ ica, economia, transporte,
sociedade, meio ambiente, educação, saúde, ciência, tecnologia, desenvolvimento sustentável,
segurança pública, energia, relações internacionais, suas inter-relações e vinculações
históricas .................................................................................................................................. 1
atualidades
Olá Concurseiro, tudo bem?
Sabemos que estudar para concurso público não é tarefa fácil, mas acreditamos na sua
dedicação e por isso elaboramos nossa apostila com todo cuidado e nos exatos termos do
edital, para que você não estude assuntos desnecessários e nem perca tempo buscando
conteúdos faltantes. Somando sua dedicação aos nossos cuidados, esperamos que você tenha
uma ótima experiência de estudo e que consiga a tão almejada aprovação.
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhar em e-mails separados,
pois facilita e agiliza o processo de envio para o tutor responsável, lembrando que teremos até
cinco dias úteis para respondê-lo (a).
Política
País ficou em 106º lugar no estudo da Transparência Internacional, e teve a mesma pontuação de
2018: 35 pontos.
O Brasil caiu uma posição no ranking mundial de percepção da corrupção em 2019 e repetiu sua pior
nota no estudo elaborado pela organização Transparência Internacional, divulgado na madrugada desta
quinta-feira (23/01).
O país teve o 5º recuo seguido e passou a ocupar 106ª posição no Índice de Percepção da Corrupção
(IPC), o que representa o pior resultado desde 2012. Quanto melhor a posição no ranking, menos o país
é considerado corrupto.
A nota brasileira foi a mesma do ranking de 2018: 35 pontos, a pior pontuação da série histórica, que
começou há 7 anos. A nota é a mesma de Albânia, Argélia, Costa do Marfim, Egito, Macedônia e
Mongólia.
Entre os países da América do Sul, o Brasil está atrás de Uruguai, Chile e Argentina, e à frente de
Bolívia, Paraguai e Venezuela.
Dinamarca, Nova Zelândia e Finlândia lideram as primeiras posições do ranking e são os países
considerados mais íntegros, com notas mais próximas de 100.
Com as notas mais próximas de zero, e considerados os países mais corruptos, estão: Síria, Sudão
do Sul e Somália.
O IPC pontua e classifica os países com base no quão corrupto o setor público é percebido por
executivos, investidores, acadêmicos e estudiosos da área da transparência.
O índice analisa aspectos como propina, desvio de recursos públicos, burocracia excessiva, nepotismo
e habilidade dos governos em conter a corrupção.
O Brasil vem caindo no ranking desde 2014. Em 2016, o Brasil ficou em 79º. Em 2017, o país estava
na 96ª colocação.
1
G1. Brasil repete nota e piora em ranking de corrupção em 2019. G1 Mundo. https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/01/23/brasil-repete-pior-nota-em-2019-
e-cai-em-ranking-de-corrupcao.ghtml. Acesso em 23 de janeiro de 2020.
Vice-presidente Hamilton Mourão vai coordenar o conselho. Presidente criou ainda uma Força
Nacional para atuar na proteção do meio ambiente da região.
O presidente Jair Bolsonaro anunciou a criação do Conselho da Amazônia e de uma Força Nacional
para atuar na proteção do meio ambiente da região. O vice-presidente Hamilton Mourão vai coordenar o
conselho.
O colegiado vai concentrar as ações de todos os ministérios voltadas para a proteção, defesa e
desenvolvimento sustentável da Amazônia.
A Força Nacional Ambiental vai atuar nos moldes da Força Nacional de Segurança Pública para
proteger a região, segundo o governo.
Em entrevista à jornalista Cristiana Lôbo, da GloboNews, o vice-presidente Hamilton Mourão falou que
o governo vai ser mais proativo na preservação da Amazônia.
"A Amazônia desperta o interesse e visões de todas as pessoas do resto do mundo, nós temos que
ter uma atitude, digamos assim, mais incisiva em relação ao que lá acontece", disse o vice-presidente.
O blog do jornalista João Borges no G1 destacou que "gestores de grandes fundos de investimentos
estrangeiros avisaram o governo brasileiro que não mais aplicariam dinheiro no país por causa da política
ambiental para a Amazônia."
O ministro do Meio Ambiente explicou que o conselho vai coordenar todas as estruturas que já atuam
no combate ao desmatamento e incorporar temas como a regularização fundiária. Ricardo Salles disse
que não há prazo para a implementação do conselho ou para a convocação da Força Nacional, nem qual
será o custo.
No ano passado, o presidente Jair Bolsonaro acabou por decreto com dois órgãos que tinham
atribuições semelhantes ao Conselho da Amazônia. Reuniam e integravam ministérios para ações
voltadas ao combate do desmatamento, mas com a participação da sociedade civil.
O diretor do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia disse que as medidas são bem-vindas desde
que sejam continuadas.
"Está criando um espaço de atenção para a Amazônia através de um conselho que a gente entende
que vai unificar um conjunto de ações públicas e de política públicas pra Amazônia, isso é importante. O
que a gente espera como técnicos, como pessoas que trabalham com Amazônia é que essas políticas
sejam efetivas e continuadas para que o problema seja resolvido de fato concretamente e pra isso a gente
precisa de atuação a longo prazo", disse André Guimarães.
Bolsonaro exonera secretário da Cultura, que fez discurso com frases semelhantes às de
ministro de Hitler3
Em vídeo para divulgar concurso, Roberto Alvim disse que a arte deve ser 'heroica' e 'imperativa', 'ou
não será nada', assim como Goebbels. Secretário disse que caso foi 'coincidência retórica'.
2
Jornal Nacional. Bolsonaro anuncia criação do Conselho da Amazônia. G1 Jornal Nacional. https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2020/01/21/bolsonaro-
anuncia-criacao-do-conselho-da-amazonia.ghtml. Acesso em 22 de janeiro de 2020.
3
Luiz Felipe Barbiéri. Bolsonaro exonera secretário da Cultura, que fez discurso com frases semelhantes às de ministro de Hitler. G1 Política.
https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/01/17/bolsonaro-exonera-secretario-da-cultura-que-fez-discurso-com-frases-semelhantes-as-de-ministro-de-hitler.ghtml.
Acesso em 17 de janeiro de 2020.
Fala do secretário
O discurso do secretário, divulgado em uma rede social na quinta (16/01), se referia ao lançamento de
um concurso de projetos de arte.
O vídeo de Alvim ganhou grande repercussão nas redes sociais e tanto o nome do secretário quanto
o de Goebbels foram parar entre os assuntos mais comentados do Twitter no Brasil.
A fala dele também gerou forte repercussão nos meios artístico e político. O presidente do Senado,
Davi Alcolumbre (DEM-AP), e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pediram a demissão
imediata do secretário.
Nesta manhã, Alvim afirmou em post no Facebook que a semelhança entre as frases foi "apenas uma
frase do meu discurso na qual havia uma coincidência retórica".
Além da fala semelhante à de Goebbels, o vídeo de Alvim apresenta, ao fundo, uma música do
compositor alemão Richard Wagner (1813-1883), extraída da ópera Lohengrin. O artista escreveu ensaios
nacionalistas e antissemitas, e foi tomado pelos nazistas como exemplo de superioridade musical e
intelecto.
Compare os discursos:
Roberto Alvim:
“A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional, será dotada de grande capacidade
de envolvimento emocional, e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às
aspirações urgentes do nosso povo – ou então não será nada”
Joseph Goebbels:
“A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de
sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não
será nada".
No discurso de Goebbels, feito para diretores de teatro, ele buscava dar uma orientação estética aos
artistas. Ele reconhecia que o expressionismo, escola artística que ganhou força na Alemanha no fim do
século XIX, tinha tido algumas ideias básicas “positivas”, mas se degradara no experimentalismo.
Justificativa do secretário
Em seu esclarecimento no Facebook sobre as declarações semelhantes às de Goebbels, Alvim
afirmou que "o trecho fala de uma arte heroica e profundamente vinculada às aspirações do povo
brasileiro". "Não há nada de errado com a frase", argumentou.
"Todo o discurso foi baseado num ideal nacionalista para a Arte brasileira, e houve uma coincidência
com UMA frase de um discurso de Goebbles... Não o citei e JAMAIS o faria. Foi, como eu disse, uma
coincidência retórica. Mas a frase em si é perfeita: heroísmo e aspirações do povo. É o que queremos ver
na Arte nacional", disse Alvim.
A 1ª Convenção Nacional do Aliança pelo Brasil foi realizada na manhã desta quinta-feira (21/11), em
Brasília. O lançamento oficial da nova legenda, que ainda se encontra em fase de criação, contou com a
presença do presidente Jair Bolsonaro, que já assinou a sua desfiliação do PSL.
Durante o evento, foram lidos os cinco princípios da nova sigla. Destacam-se o respeito a Deus, a
lealdade à pátria, à defesa da vida desde a concepção, o combate ao socialismo e a defesa do livre
comércio.
Confira os principais trechos do documento apresentado nesta quinta e reproduzidos abaixo:
1º- Respeito a Deus e a religião: em primeiro lugar a Aliança pelo Brasil reconhece o lugar de Deus
perante a vida. (...) Povo educado na base do cristianismo, em suas variadas expressões. Contra fatos,
não há argumentos, o primeiro ato em terras brasileiras foi uma missa. (...) lei natural como norteadores.
Combate à hostilidade e ao menosprezo a religião.
2º - Respeito à memória, identidade e cultura do povo brasileiro: o partido compreende que uma
aliança é um elo de lealdade e fidelidade por amor, por isso reconhece como seus predecessores todos
aqueles que amaram e lutaram pelo Brasil. (...) São, aliás, dos compatriotas do passado, do presente e
do futuro, unidos por um vínculo: moral e de lealdade à pátria. (...) Unidade de tradição, de língua e de
cultura. O partido se compromete em lutar pela cultura, pela restauração dos valores tradicionais do Brasil,
consolidados pelo pensamento de grandes mulheres e homens do passado. (...) Podem ser chamados
de fundadores do Brasil. Reconhecimento a tudo de bom que herdamos de outras nações, a exemplo das
tradições luso-hispânicas, do direito romano, da filosofia grega, da moral judaico-cristã e ainda aquilo que
pode aprender com os pivôs. Examinai-vos todas as coisas. A Aliança também se compromete com a
restauração da língua portuguesa e oposição a qualquer iniciativa que vise a sua desconfiguração. (...) O
partido se esforçará por divulgar as verdades sobre os males e os crimes das mais várias faces do
movimento revolucionário: o socialismo, o comunismo, o nazifascismo e o globalismo. Ideologias nefastas
que causaram mal ao Brasil e ainda causam. O partido busca estabelecer bases com países que
venceram o comunismo, como o leste europeu. (...)
3º - Defesa da vida, da legítima defesa, da família e da infância: o partido está convicto de que
nenhum progresso seria obtido sem a defesa da vida humana, desde a concepção. A vida é o primeiro
dos efeitos, sem vida, não há mais o que defender, pois a morte já terá encerrado a possibilidade de
qualquer outro direito. Todas as propostas do partido relacionadas à saúde deverão ter como norte a
defesa da vida humana, em todas as suas fases. (...) A Aliança pelo Brasil defende também o valor da
maternidade como um dos fundamentos da sociedade, para que todas as mulheres gestantes e mães
tenham condições dignas de vida, de gestação e criação de seus filhos. Outrossim, o partido se
compromete a lutar incansavelmente até que todos os brasileiros tenham o direito de possuir e portar
armas para sua defesa e a dos seus. (...) Defesa da família como núcleo fundamental da sociedade. (...)
Combaterá a pedofilia e o tráfico de crianças. (...) Combaterá ainda a erotização da infância e a ideologia
de gênero. (...) tirar o Brasil dos índice de analfabetismo.
4º- Garantia da ordem, da representação da política e da segurança: nunca um país poderá se
dizer próspero enquanto bandidos estiverem no poder, bandidos de armas ou de canetas. (...) Para
garantia da ordem se emprenharam para criar um ambiente de segurança jurídica no Brasil. Não será
possível o crescimento sem que a garantia da segurança de Deus, a previsibilidade das ações do poder
público, sem surpresas ou mudanças bruscas. (...) Clareza das normas que pesam sob o cidadão,
principalmente o empreendedor gerador de empregos e o pagador de impostos (...). Defesa territorial
brasileira, especialmente da Amazônia. Defesa das forças militares e policiais, e buscará meios de melhor
condições de trabalho, de remuneração, segurança física e financeira. (...) Atenção ao combate aos
crimes de corrupção, narcotráfico e terrorismo.
5ª- Defesa do livre mercado, da propriedade privada e do trabalho: a Aliança pelo Brasil repudia o
socialismo e o comunismo em todas as suas vertentes, interferências estatais sobre a economia através
de mecanismos burocráticos, tributários e regulatórios. (...) Defenderá o papel fundamental da empresa,
do livre mercado, da propriedade privada e da consequente responsabilidade dos meios de produção e
da criatividade humana nos setores da economia. (...) O partido defende que a propriedade privada é um
direito inalienável do homem, tanto quanto a liberdade de dispor dela.
4
GaúchaZH. Respeito a Deus, combate à ideologia de gênero e defesa da vida: os princípios do novo partido de Bolsonaro. Gaúcha ZH. Política.
https://gauchazh.clicrbs.com.br/politica/noticia/2019/11/respeito-a-deus-combate-a-ideologia-de-genero-e-defesa-da-vida-os-principios-do-novo-partido-de-
bolsonaro-ck38vs5bg03jo01ph13svdht2.html. Acesso em 26 de novembro de 2019.
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou nesta quinta-feira a possibilidade de iniciar a
execução da pena de prisão após condenação em segunda instância, na maior derrota que a corte impôs
à operação Lava Jato nos seus cinco anos e que pode levar à liberdade o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva.
Coube ao presidente do STF, Dias Toffoli, o voto de desempate, ao se posicionar a favor da execução
da pena somente após esgotados todos os recursos cabíveis, o chamado trânsito em julgado.
O voto de Toffoli definiu o julgamento com o placar de 6 votos a 5 e pode beneficiar cerca de 4,8 mil
pessoas, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Entre eles, Lula, o mais expressivo
condenado nos processos movidos pela Lava Jato, que cumpre pena de prisão desde abril do ano
passado após ter confirmada sua condenação pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) no
processo do tríplex do Guarujá (SP).
O julgamento, um dos mais aguardados do ano na corte, representa a maior derrota da Lava Jato
desde que foi iniciada há 5 anos. Os membros da força-tarefa da operação vinham se valendo da
mudança do entendimento do STF de 2016, que permitia a prisão em segunda instância, para garantir a
detenção de investigados na operação e acelerar delações premiadas de réus que buscavam evitar serem
encarcerados.
Conforme reportagem da Reuters do dia 17 de outubro, antes do julgamento, a corte tendia a alterar
sua posição na esteira de derrotas que a própria operação tem sofrido este ano no STF, após reportagens
feitas pelo site The Intercept Brasil que têm mostrado, desde junho, supostas articulações do ex-juiz e
atual ministro da Justiça, Sergio Moro, com procuradores da força-tarefa da Lava Jato. Os dois lados
negam irregularidades.
Essas revelações - nas quais ministros do STF chegaram a ser nominalmente citados - enfraqueceram
o apoio à Lava Jato, maior investigação de corrupção no país, no Supremo.
A análise do caso demandou cinco sessões para ser concluída e foi envolto de pressão pública - os
ministros contrários à mudança do entendimento atual chegaram a ser pressionados pessoalmente e em
redes sociais.
Durante as sessões, ministros esforçaram-se a argumentar que o julgamento era impessoal e que não
era para beneficiar Lula, vez por outra citado em intervenções.
A maioria do STF seguiu o voto do relator, ministro Marco Aurélio Mello, favorável à execução da pena
apenas ao fim de todos os recursos. Na prática, a corte entendeu que é compatível com a Constituição
de 1988 um artigo do Código de Processo Penal de 1941 que ninguém pode ser preso até antes da
condenação transitada em julgado.
Acompanharam Marco Aurélio os ministros Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Celso
de Mello e Toffoli. Foram contrários - e vencidos - Alexandre de Moraes, Edson Fachin (relator da Lava
Jato no STF), Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Cármen Lúcia.
Em seu voto decisivo, Toffoli disse que, para se executar a pena de prisão após condenação em
segunda instância, é preciso que o Congresso aprove uma legislação nesse sentido, o que não há
atualmente.
Ele fez um paralelo ao que ocorreu com a Lei da Ficha Limpa, que só passou a vigorar após a
aprovação de norma pelo Legislativo. Ela garantiu barrar candidaturas de condenados por órgão
colegiado de tribunal.
"Eu disse para parlamentares, eu recebi um grupo de 42 senadores na terça-feira na sede do CNJ
onde eu tinha sessão, liderados pelo senador Lasier do Rio Grande do Sul. Não vou adiantar a minha
posição, mas as senhores e senhoras sabem o que eu tenho cotidianamente dito em deferência ao
Parlamento", disse.
"Não vejo problema nenhum do Parlamento alterar esse dispositivo", completou.
Toffoli afirmou que, nos julgamentos anteriores sobre a execução da pena após o segundo grau desde
2009, o STF não analisou a questão em termos de se a legislação sobre o tema é compatível com a
Constituição ao contrário do que ocorre na apreciação atual.
"Não se pode falar que há impunidade nos tribunais superiores ou neste Supremo Tribunal Federal",
disse, referindo-se ao fato de o tribunal ter condenado e ordenado a prisão dos condenados no processo
do mensalão, julgado em 2012.
5
Estadão Conteúdo. Por 6 a 5, STF derruba prisão após segunda instância. Terra. https://www.terra.com.br/noticias/brasil/politica/por-6-a-5-stf-derruba-prisao-
apos-segunda-instancia,559b4530c2f29b1690bc4fb1cf7fd42cvnxghf9h.html. Acesso em 08 de novembro de 2019.
Órgão, criado após a extinção do Ministério da Cultura, ficava sob a pasta da Cidadania. Filho do pastor
RR Soares é um dos nomes avaliados para assumir o posto.
O presidente Jair Bolsonaro transferiu a Secretaria Especial de Cultura do Ministério da Cidadania para
o Ministério do Turismo, comandada Marcelo Álvaro Antônio. A mudança é feita por decreto publicado
nesta quinta-feira (07/11) no "Diário Oficial da União".
A Secretaria de Cultura foi criada para substituir o Ministério da Cultura (MinC), que foi extinto no início
da gestão do presidente.
Com a mudança, passam a ser de responsabilidade do Ministério do Turismo a política nacional de
cultura; a regulação dos direitos autorais; a proteção do patrimônio histórico, artístico e cultural; o apoio
ao Ministério da Agricultura para a preservação da identidade cultural de comunidades quilombolas; e o
desenvolvimento de políticas de acessibilidade cultural e do setor de museus.
O decreto também transfere para o Ministério do Turismo a Comissão Nacional de Incentivo à Cultura,
responsável por emitir pareceres sobre os pedidos de artistas que buscam financiamento por meio da Lei
de Incentivo à Cultura, conhecida como Lei Rouanet.
Também são transferidos para o Turismo o Conselho Nacional de Política Cultural, a Comissão do
Fundo Nacional de Cultura, outras seis secretarias não especificadas.
Bolsonaro sanciona dois projetos que ampliam proteção a vítimas de violência doméstica7
Novas leis preveem apreensão da arma do agressor em 48 horas e a garantia de matrícula no ensino
público para filhos de mulher agredida. Ambas alteram trechos da Lei Maria da Penha.
6
Vitor Sorano. Bolsonaro transfere Secretaria de Cultura para Ministério do Turismo. G1 Política. https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/11/07/bolsonaro-
transfere-secretaria-de-cultura-para-ministerio-do-turismo.ghtml. Acesso em 07 de novembro de 2019.
7
Mateus Rodrigues. Guilherme Mazui. Bolsonaro sanciona dois projetos que ampliam proteção a vítimas de violência doméstica. G1 Política.
https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/10/08/bolsonaro-sanciona-dois-projetos-que-ampliam-protecao-a-vitimas-de-violencia-domestica.ghtml. Acesso em 09 de
outubro de 2019.
Saiba como fica a lei do abuso de autoridade após Congresso ter rejeitado 18 vetos de
Bolsonaro8
Principais mudanças serão na lista dos crimes de abuso de autoridade. Alterações serão incluídas na
lei depois de promulgadas e publicadas.
O Congresso Nacional derrubou na noite desta terça-feira (24/09) 18 vetos do presidente Jair
Bolsonaro ao projeto de lei sobre abuso de autoridade, sancionada no início de setembro.
Com isso, os trechos vetados por Bolsonaro e recuperados pelos parlamentares serão incorporados à
legislação quando foram promulgados e publicados no "Diário Oficial da União".
As principais mudanças serão nos crimes e penas previstos para quem comete o abuso de autoridade.
O projeto
A proposta estabelece uma série de crimes relacionados à atuação de servidores e de integrantes dos
Três Poderes, que podem ser considerados como abuso de autoridade, além de determinar a forma como
vai ocorrer o processo penal, a responsabilização e os efeitos da condenação pelas infrações.
Autoridades envolvidas
O texto estabelece quais agentes públicos da União, estados, Distrito Federal e municípios, da
administração direta ou indireta, são capazes de cometer o crime de abuso de autoridade. Entre eles:
- servidores públicos e militares;
- integrantes do Poder Legislativo (deputados e senadores, por exemplo, no nível federal);
- integrantes do Poder Executivo (presidente da República; governadores, prefeitos);
- integrantes do Poder Judiciário (juízes de primeira instância, desembargadores de tribunais, ministros
de tribunais superiores);
8
Fernanda Vivas. Gustavo Garcia. Saiba como fica a lei do abuso de autoridade após Congresso ter rejeitado 18 vetos de Bolsonaro. G1 Política.
https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/09/24/saiba-como-fica-a-lei-do-abuso-de-autoridade-apos-congresso-ter-rejeitado-18-vetos-de-bolsonaro.ghtml. Acesso em
25 de setembro de 2019.
Crimes e penas
A proposta agora prevê as seguintes situações que podem ser enquadradas como crime. São as
seguintes:
- Decretar medida de privação da liberdade (prisão, por exemplo) de forma expressamente contrária
às situações previstas em lei. Pena de um a quatro anos de detenção;
- Decretar a condução coercitiva de testemunha ou investigado manifestamente descabida ou sem
prévia intimação de comparecimento ao juízo. Pena de um a quatro anos de detenção;
- Deixar injustificadamente de comunicar prisão em flagrante à autoridade judiciária no prazo legal.
Pena de seis meses a dois anos de detenção.
- Constranger o preso ou o detento, mediante violência, grave ameaça ou redução de sua capacidade
de resistência, a: exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele exibido à curiosidade pública; ou submeter-se a
situação vexatória ou a constrangimento não autorizado em lei. Pena de um a quatro anos de detenção.
- Constranger a depor, sob ameaça de prisão, pessoa que, em razão de função, ministério, ofício ou
profissão, deva guardar segredo ou resguardar sigilo. Pena de um quatro anos de detenção.
- Deixar de identificar-se ou identificar-se falsamente ao preso por ocasião de sua captura ou quando
deva fazê-lo durante sua detenção ou prisão. Pena de seis meses a dois anos de detenção.
- Submeter o preso a interrogatório policial durante o período de repouso noturno, salvo se capturado
em flagrante delito ou se ele, devidamente assistido, consentir em prestar declarações. Pena de seis
meses a dois anos de detenção.
- Impedir ou retardar, injustificadamente, o envio de pleito de preso à autoridade judiciária competente
para a apreciação da legalidade de sua prisão ou das circunstâncias de sua custódia. Pena de um a
quatro anos de detenção.
- Impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e reservada do preso com seu advogado. Pena de
seis meses a dois anos de detenção.
- Manter presos de ambos os sexos na mesma cela ou espaço de confinamento. Pena de um a quatro
anos de detenção.
- Invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente, ou à revelia da vontade do ocupante, imóvel
alheio ou suas dependências, ou nele permanecer nas mesmas condições, sem determinação judicial ou
fora das condições estabelecidas em lei. Pena de um a quatro anos de detenção.
- Inovar artificiosamente, no curso de diligência, de investigação ou de processo, o estado de lugar, de
coisa ou de pessoa, com o fim de eximir-se de responsabilidade ou de responsabilizar criminalmente
alguém ou agravar-lhe a responsabilidade. Pena de um a quatro anos de detenção.
- Constranger, sob violência ou grave ameaça, funcionário ou empregado de instituição hospitalar
pública ou privada a admitir para tratamento pessoa cujo óbito já tenha ocorrido, com o fim de alterar local
ou momento de crime, prejudicando sua apuração. Pena de um a quatro anos de detenção.
- Proceder à obtenção de prova, em procedimento de investigação ou fiscalização, por meio
manifestamente ilícito. Pena de um a quatro anos de detenção.
- Requisitar instauração ou instaurar procedimento investigatório de infração penal ou administrativa,
em desfavor de alguém, à falta de qualquer indício da prática de crime, de ilícito funcional ou de infração
administrativa. Pena de seis meses a dois anos de detenção.
- Divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se pretenda produzir, expondo
a intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a imagem do investigado ou acusado. Pena de um a
quatro anos de detenção.
- Prestar informação falsa sobre procedimento judicial, policial, fiscal ou administrativo com o fim de
prejudicar interesse de investigado. Pena de seis meses a dois anos de detenção.
- Dar início ou proceder à persecução penal, civil ou administrativa sem justa causa fundamentada ou
contra quem sabe inocente. Pena de um a quatro anos de detenção.
- Estender injustificadamente a investigação, procrastinando-a em prejuízo do investigado ou
fiscalizado. Pena de seis meses a dois anos de detenção.
- Negar ao interessado, seu defensor ou advogado acesso aos autos de investigação preliminar, ao
termo circunstanciado, ao inquérito ou a qualquer outro procedimento investigatório de infração penal,
civil ou administrativa, assim como impedir a obtenção de cópias, ressalvado o acesso a peças relativas
a diligências em curso, ou que indiquem a realização de diligências futuras, cujo sigilo seja imprescindível.
Pena de seis meses a dois anos de detenção.
- Exigir informação ou cumprimento de obrigação, inclusive o dever de fazer ou de não fazer, sem
expresso amparo legal. Pena de seis meses a dois anos de detenção.
Apostila gerada especialmente para: VOCÊ ALUNO UNOPAR
8
- Decretar, em processo judicial, a indisponibilidade de ativos financeiros em quantia que extrapole
exacerbadamente o valor estimado para a satisfação da dívida da parte e, ante a demonstração, pela
parte, da excessividade da medida, deixar de corrigi-la. Pena de um a quatro anos de detenção. Pena de
um a quatro anos de detenção.
- Demorar demasiada e injustificadamente no exame de processo de que tenha requerido vista em
órgão colegiado, com o intuito de procrastinar seu andamento ou retardar o julgamento. Pena de seis
meses a dois anos de detenção.
- Antecipar o responsável pelas investigações, por meio de comunicação, inclusive rede social,
atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação. Pena de seis meses a
dois anos de detenção.
Interceptações telefônicas
A lei determina que é crime "realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou
telemática, promover escuta ambiental ou quebrar segredo de Justiça, sem autorização judicial ou com
objetivos não autorizados em lei. Pena de dois a quatro anos de reclusão.
Efeitos da condenação
Uma vez condenada – e reincidente em crimes do mesmo tipo – a autoridade pode:
- ser obrigada a indenizar o dano pelo crime;
- ser inabilitada para o exercício de cargo, mandato, função pública por um período de um a cinco
anos;
- perder o cargo, mandato ou função pública.
Mudança ocorre dias após órgão declarar que Fernando Santa Cruz, opositor do regime militar, foi
morto pelo Estado. Presidente afirmou, sem apresentar provas, que militante foi assassinado por
organização de esquerda.
O presidente Jair Bolsonaro trocou quatro dos sete integrantes da Comissão sobre Mortos e
Desaparecidos Políticos. A mudança ocorreu uma semana após o colegiado declarar que a morte, durante
a ditadura militar, do pai do atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foi provocada pelo
Estado. Segundo Bolsonaro, ele foi morto pelo grupo de esquerda do qual fazia parte.
A alteração na comissão foi publicada no “Diário Oficial da União” desta quinta-feira (01/08), com a
assinatura do presidente e da ministra Damares Alves, da pasta da Mulher, da Família e dos Direitos
Humanos. Segundo Bolsonaro, a mudança ocorreu porque mudou o presidente da República.
9
Vitor Sorano e Felipe Néri. Bolsonaro e Damares trocam integrantes da Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. G1 Política.
https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/08/01/bolsonaro-e-damares-trocam-integrantes-da-comissao-sobre-mortos-e-desaparecidos-
politicos.ghtml?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=g1. Acesso em 01 de agosto de 2019.
No último dia 24, atestado de óbito emitido pela comissão apontou que a morte de Fernando Santa
Cruz, pai do atual presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, se deu de forma “não natural, violenta, causada
pelo Estado brasileiro”. Nesta segunda-feira (29/07), Bolsonaro afirmou que "um dia" contaria ao filho de
Santa Cruz como o pai dele desapareceu durante a ditadura militar (1964-1985).
Horas após a declaração, Bolsonaro afirmou, sem apresentar provas, que a morte não foi causada
pelos militares, mas pelo "grupo terrorista" — nas palavras de próprio presidente — Ação Popular do Rio
de Janeiro, do qual Santa Cruz pai fazia parte.
Além do atestado de óbito emitido pela Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, relatório da
Comissão Nacional da Verdade destaca que documentos da Marinha e da Aeronáutica apontam que
Fernando Santa Cruz foi preso e desapareceu enquanto estava sob custódia das Forças Armadas, em
1974.
Engenheiro e economista foi escolhido há um mês para substituir Joaquim Levy à frente do banco
público. Bolsonaro participou da cerimônia de posse, no Palácio do Planalto.
O novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), Gustavo Montezano,
tomou posse nesta terça-feira (16/07) em cerimônia no Palácio do Planalto com a presença do presidente
Jair Bolsonaro e ministros.
Engenheiro e economista, Montezano foi escolhido no mês passado para presidir o banco no lugar de
Joaquim Levy, que pediu demissão após Bolsonaro falar que ele estava com a "cabeça a prêmio".
Bolsonaro exigiu de Levy a saída do diretor de Mercado de Capitais do BNDES, Marcos Barbosa Pinto.
O diretor foi chefe de gabinete de Demian Fiocca na presidência do BNDES (2006-2007).
Fiocca era considerado, no governo federal, um homem de confiança de Guido Mantega, ministro da
Fazenda nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Após a declaração de Bolsonaro, o
próprio Barbosa Pinto pediu demissão – e depois Levy.
Perfil
Gustavo Montezano é graduado em engenharia pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e tem
mestrado em finanças pelo Ibmec.
O novo presidente do BNDES tem 17 anos de carreira no mercado financeiro e foi sócio do Banco
Pactual, onde atuou como diretor-executivo da área de commodities em Londres e como responsável
pela área de crédito, resseguros e "project finance".
Antes de assumir a presidência do BNDES, posto na equipe do ministro Paulo Guedes (Economia),
Montezano era o secretário especial adjunto de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da
Economia.
À frente do BNDES, Montezano terá entre suas prioridades privatizações, investimentos em
infraestrutura, saneamento e reestruturação financeira de estados e municípios.
Quando Montezano teve o nome anunciado, o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros,
declarou que o governo deseja que o BNDES devolva recursos para o Tesouro Nacional e que seja aberta
a “caixa-preta do passado” da instituição.
Desde a campanha eleitoral Bolsonaro critica empréstimos concedidos pelo BNDES a países como
Cuba e Venezuela.
10
Guilherme Mazui e Luiz Felipe Barbiéri. Gustavo Montezano toma posse como presidente do BNDES. G1 Política.
https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/07/16/gustavo-montezano-toma-posse-como-presidente-do-bndes.ghtml. Acesso em 16 de julho de 2019.
Aprovação ocorreu nesta quarta-feira (10/07); veja como podem ficar as novas regras para as
aposentadorias e pensões.
O texto-base da reforma da Previdência foi aprovado em primeiro turno no plenário da Câmara nesta
quarta-feira (10/07). Foram 379 votos favoráveis e 131 contrários.
O projeto terá que ser aprovado também em segundo turno e ainda poderá sofrer modificações.
Depois, se for aprovada, a reforma terá que ser apreciada também pelo Senado.
A proposta de emenda à Constituição (PEC) para mudar as regras de aposentadoria foi apresentada
pelo governo Bolsonaro no dia 20 de fevereiro.
A comissão especial da Câmara aprovou o texto com mudanças na semana passada, a partir do
parecer do relator Samuel Moreira (PSDB-SP). Foi esse o texto aprovado também no plenário, nesta
quarta. Agora, a próxima etapa é votar os destaques, propostas para alterar o texto-base.
A proposta aprovada no plenário reduz a previsão de economia para os cofres públicos com a reforma
para R$ 990 bilhões em 10 anos, segundo cálculos do secretário especial de Previdência e Trabalho,
Rogério Marinho. O projeto enviado pelo governo ao Legislativo previa, inicialmente, uma economia de
R$ 1,236 trilhão em 10 anos.
Entenda, ponto a ponto, o texto aprovado no plenário da Câmara:
A proposta cria uma idade mínima de aposentadoria. Ao final do tempo de transição, deixa de haver a
possibilidade de aposentadoria por tempo de contribuição. A idade mínima de aposentadoria será de anos
para mulheres e de 65 para homens.
O tempo mínimo de contribuição será de 20 anos para homens e de 15 anos para mulheres. Para os
servidores, o tempo de contribuição mínimo será de 25 anos.
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G1. Reforma da Previdência: entenda ponto a ponto a proposta aprovada em primeiro turno. https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/07/05/reforma-da-
previdencia-entenda-ponto-a-ponto-a-proposta-que-vai-ao-plenario-da-camara.ghtml. Acesso em 11 de julho de 2019.
Regras de transição
A proposta prevê 5 regras de transição para os trabalhadores da iniciativa privada que já estão no
mercado. Uma dessas regras vale também para servidores – além disso, esta categoria tem uma opção
específica. Para todas as modalidades vão vigorar por até 14 anos depois de aprovada a reforma. Pelo
texto, o segurado poderá sempre optar pela forma mais vantajosa.
Transição 3: pedágio de 50% – tempo de contribuição para quem está próximo de se aposentar
(para INSS)
Quem está a dois anos de cumprir o tempo mínimo de contribuição que vale hoje (35 anos para homens
e 30 anos para mulheres) ainda pode se aposentar sem a idade mínima, mas vai pagar um pedágio de
50% do tempo que falta. Por exemplo, quem estiver a um ano da aposentadoria deverá trabalhar mais
seis meses, totalizando um ano e meio. O valor do benefício será reduzido pelo fator previdenciário, um
cálculo que leva em conta a expectativa de sobrevida do segurado medida pelo IBGE, que vem
aumentando ano a ano.
Aposentadoria rural
Pelo texto, a idade mínima fica mantida em 55 anos para mulheres e 60 para homens. O tempo mínimo
de contribuição também fica em 15 anos para mulheres e para homens. A proposta atinge, além de
trabalhadores rurais, pessoas que exercem atividade economia familiar, incluindo garimpeiro e pescador
artesanal.
Para os servidores públicos, irão as alíquotas efetivas irão variar de 7,5% a mais de 16,79%.
Atualmente, o funcionário público federal paga 11% sobre todo o salário, caso tenha ingressado antes de
2013. Quem entrou depois de 2013 paga 11% até o teto do INSS.
Abono salarial
O pagamento do abono salarial fica restrito aos trabalhadores com renda até R$ 1.364,43. Hoje, é
pago para quem recebe até 2 salários mínimos.
Salário-família e auxílio-reclusão
O texto define que os beneficiários do salário-família e do auxílio-reclusão devem ter renda de até R$
1.364,43.
Aposentadoria de magistrados
A proposta do governo não tratava especificamente do assunto. Mas o texto aprovado pela comissão
especial propõe retirar da Constituição a possibilidade da aplicação da pena disciplinar de aposentadoria
compulsória.
Governo publicou 37 portarias no 'Diário Oficial da União' para liberação de recursos do orçamento em
emendas parlamentares, cuja aplicação é indicada por deputados e senadores.
Um dia antes do início da votação da reforma da Previdência no plenário da Câmara dos Deputados,
o governo liberou R$ 1,135 bilhão em emendas parlamentares vinculadas à área da saúde.
A previsão de recursos está em 37 portarias publicadas em edição extra do "Diário Oficial da União" de
segunda-feira (08/07).
Segundo as portarias, os recursos são para incremento temporário do limite financeiro da Assistência
de Média e Alta Complexidade e do piso da Atenção Básica.
Votação
A votação da reforma da Previdência é considerada prioritária pelo governo para sanar as contas
públicas, a proposta de reforma da Previdência que altera as regras de aposentadoria foi aprovada na
semana passada pela comissão especial.
A expectativa é a de que a votação seja iniciada nesta terça-feira (09/07) no plenário da Câmara. Por
se tratar de uma emenda à Constituição, são necessários dois turnos de votação com o apoio de ao
menos 308 dos 513 deputados, antes de seguir para o Senado.
Em rápida entrevista nesta terça, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a Câmara vai aprovar a
reforma da Previdência com "toda a certeza" em dois turnos antes do recesso parlamentar, marcado para
começar no dia 18 de julho.
"Segundo informações de vocês mesmos [da imprensa], o Rodrigo Maia é o nosso general dentro da
Câmara, agora, para aprovar com toda a certeza antes do recesso os dois turnos dessa nova
Previdência”" disse o presidente, após uma visita ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
Oposição
Uma reunião entre líderes partidários da Câmara na manhã desta terminou sem acordo sobre o passo
a passo da votação da reforma no plenário da Casa.
Parlamentares a favor da proposta queriam convencer a oposição a não apresentar o chamado "kit
obstrução" (requerimentos regimentais com o objetivo de atrasar os trabalhos).
Em troca, as sessões desta terça seriam destinadas apenas aos debates, deixando o início da votação
para quarta (09/07). Além disso, a oposição se comprometeria a apresentar somente dois requerimentos
de obstrução.
A oposição, porém, não acatou a sugestão e vai discutir uma estratégia em uma reunião a portas
fechadas.
Ao chegar à reunião, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a intenção é tentar
votar o texto principal ainda nesta terça, para deixar os destaques para quarta (10/07).
Voto evangélico
Segundo a colunista do G1 Andréia Sadi, em meio à articulação por votos pela reforma da Previdência,
parlamentares da bancada evangélica conseguiram uma sinalização nos últimos dias do governo de que
haverá mudanças na declaração de receitas e despesas de Igrejas à Receita Federal. Os evangélicos
somam 108 deputados e 10 senadores.
Igrejas são isentas de todos os tributos pela Constituição, assim como partidos e sindicatos, mas
precisam informar à Receita Federal receitas e despesas a cada três meses.
De acordo com o deputado federal Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), vice-líder da frente evangélica no
Congresso, a demanda que será atendida pelo governo não tem a ver com os votos para a reforma da
Previdência, apesar de ocorrer neste momento.
Mobilização foi convocada contra cortes na educação e a reforma da Previdência. Por volta de 9h, ao
menos 20 estados e o DF tinham sido afetados.
Cidades brasileiras registram protestos e paralisações em serviços públicos na manhã desta sexta-
feira (14/06). Trabalhadores cruzaram os braços contra os cortes do governo na educação e a reforma da
Previdência. Por volta de 9h, ao menos 20 estados e o DF tinham sido afetados.
No início da manhã, os efeitos da paralisação eram sentidos nas grandes cidades principalmente no
transporte público e com o fechamento de vias. Somente parte das linhas de ônibus, trem ou metrô
funcionavam em capitais como São Paulo, João Pessoa, Curitiba, Maceió e Salvador. No Rio, protestos
bloquearam vias da cidade.
Resumo
- No Rio, vias foram bloqueadas por manifestantes, e a PM chegou a usar bomba de efeito moral para
dispersar protesto, mas o transporte público não parou
- Em SP, somente algumas linhas do metrô paralisaram, e houve bloqueio de vias importantes por
protestos
- Em Salvador, ônibus foram atacados por pedras
- Escolas e universidades amanheceram fechadas em locais como Goiás, São Paulo, Sergipe Distrito
Federal, Minas Gerais e Pará
- Até 8h05, 43 cidades de 14 estados tinham registrado protesto
- Até 8h15, 31 cidades haviam registrado paralisação de serviços em 15 estados e no DF
Decisão ainda precisa passar pelo plenário e pela Câmara; votação deve ocorrer ainda nesta quarta-
feira (12/06).
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira a derrubada dos
decretos do presidente Jair Bolsonaro que flexibilizaram o porte de armas, com o argumento de que
Bolsonaro extrapolou suas funções ao editá-los. Na semana passada, a CCJ já havia demonstrado que
o resultado poderia ser desfavorável ao governo. Para ter validade, a decisão ainda precisa passar pelo
plenário, o que deve ocorrer ainda nesta quarta, e pela Câmara dos Deputados.
A CCJ analisou conjuntamente sete projetos de decretos legislativos (PDLs) que pedem a revogação
dos decretos. O relator, Marcos do Val (PPS-ES), foi contrário aos projetos e defendeu sua manutenção.
Seu relatório, no entanto, foi rejeitado por 15 votos a 9. No seu lugar, foi aprovado simbolicamente um
voto em separado apresentado por Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB).
Ainda nesta quarta-feira, a CCJ incluiu na pauta, de última hora, um projeto que tipifica o crime de
abuso de autoridade. A discussão sobre o tema acontece em meio à crise provocada pela divulgação da
suposta troca de mensagens entre o ministro Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol.
Prevendo a derrota na questão relativa às armas, Marcos do Val tentou sensibilizar os senadores com
uma história pessoal: ele relatou que sua irmã sofreu ameaças de morte recentemente e que, por isso,
está pedindo a flexibilização das regras.
— É a única maneira que ela está encontrando de garantir a vida dela. A segurança pública não tem
condição de estar em todos os lugares em todos os momentos. Minha irmã nunca tocou em arma na vida
dela. Depois dessa ameaçava, ela está se preparando. Não é o que ela queria, mas é a oportunidade que
ela está tendo, por esse decreto, de proteger a vida dela. Eu peço para vocês, por favor, não tirem esse
direito dela.
Diversos senadores ressaltaram que não estavam debatendo a flexibilização ou não do porte de armas,
mas sim a maneira pela qual ela foi feita, ou seja, por meio de decreto. Espiridião Amin (PP-SC), por
exemplo, votou pela derrubada do decreto, mas defendeu que o Legislativo debata essa questão em
breve.
— Voto por considerar que este decreto exorbita, reconhecendo que será muito apropriado que o
Legislativo trate desde assunto na forma constitucional e legal devida.
Mesmo na discussão do mérito, houve discordância sobre os efeitos do decreto. Para o senador Flávio
Bolsonaro (PSL-RJ), ele é necessário porque a política desarmamentista falhou em evitar homicídios.
12
G1. Cidades brasileiras têm transporte público parcialmente parado e protestos nesta sexta-feira. G1 Política.
https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/06/14/cidades-brasileiras-tem-paralisacoes-em-servicos-publicos-nesta-sexta-feira.ghtml. Acesso em 14 de junho de 2019.
13
Amanda Almeida. Daniel Gullino. Comissão do Senado aprova projeto que derruba decreto de armas de Bolsonaro. O Globo.
https://oglobo.globo.com/brasil/comissao-do-senado-aprova-projeto-que-derruba-decreto-de-armas-de-bolsonaro-23734402. Acesso em 13 de junho de 2019.
Bolsonaro determinou que Defesa faça as 'comemorações devidas' do golpe de 64, diz porta-
voz14
Golpe que deu início a ditadura militar no Brasil completará 55 anos no próximo dia 31. Segundo Otávio
Rêgo Barros, para Bolsonaro movimento militar de 1964 não foi golpe.
O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, afirmou nesta segunda-feira (25/03)
que o presidente Jair Bolsonaro determinou ao Ministério da Defesa que faça as "comemorações devidas"
pelos 55 anos do golpe que deu início a uma ditadura militar no país.
O golpe militar que depôs o então presidente João Goulart ocorreu em 31 de março de 1964. Após o
ato, iniciou-se uma ditadura que durou 21 anos. No período, não houve eleição direta para presidente. O
Congresso Nacional chegou a ser fechado, mandatos foram cassados e houve censura à imprensa.
Na semana passada, Rêgo Barros havia dito que não haveria nenhum tipo de comemoração
relacionada à data. Nesta segunda, porém, o porta-voz mudou o discurso.
"O nosso presidente já determinou ao Ministério da Defesa que faça as comemorações devidas com
relação a 31 de março de 1964, incluindo uma ordem do dia, patrocinada pelo Ministério da Defesa, que
já foi aprovada pelo nosso presidente", afirmou Rêgo Barros durante entrevista coletiva no Palácio do
Planalto.
Questionado por jornalistas sobre o que seriam as "comemorações devidas", Rêgo Barros respondeu:
"Aquilo que os comandantes acharem dentro das suas respectivas guarnições e dentro do contexto em
que devam ser feitas". Ele afirmou que não há previsão de nenhum tipo de ato no Palácio do Planalto no
próximo dia 31.
Desde o período em que foi deputado federal, Bolsonaro sempre defendeu que o Brasil não viveu uma
ditadura entre 1964 e 1985, mas, sim, um "regime com autoridade". De acordo com o porta-voz da
Presidência, o agora presidente da República não considera que houve um golpe militar em 1964.
"O presidente não considera 31 de março de 1964 um golpe militar. Ele considera que a sociedade,
reunida e percebendo o perigo que o país estava vivenciando naquele momento, juntou-se, civis e
militares, e nós conseguimos recuperar e recolocar o nosso país em um rumo que, salvo o melhor juízo,
se isso não tivesse ocorrido, hoje nós estaríamos tendo algum tipo de governo aqui que não seria bom
para ninguém", disse.
Ao votar a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff, Bolsonaro homenageou em
plenário o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, reconhecido pela Justiça de São Paulo como torturador
durante o regime militar. Para Bolsonaro, Ustra é um "herói brasileiro".
Segundo a Comissão da Verdade, 434 pessoas foram mortas pelo regime ou desapareceram durante
o período – somente 33 corpos foram localizados.
Diante disso, a comissão entregou em 2014 à então presidente Dilma Rousseff um documento no qual
responsabilizou 377 pessoas pelas mortes e pelos desaparecimentos durante a ditadura.
Reforma da Previdência
Na mesma entrevista, Rêgo Barros afirmou que Bolsonaro está “disposto” e “aberto” a realizar a
interlocução com deputados e senadores para aprovar a reforma da Previdência no Congresso Nacional.
“O presidente fará todos os esforços necessários para que a proposta da Previdência avance, sob a
batuta agora do Congresso Nacional, mas entendendo que ele é parte dessa solução”, disse.
Nos últimos dias, Bolsonaro e Maia travaram um duelo de declarações sobre a responsabilidade pela
articulação e aprovação da reforma. O porta-voz disse que o presidente pretende buscar a paz na relação
com os parlamentares.
14
Guilherme Mazui. Bolsonaro determinou que Defesa faça as 'comemorações devidas' do golpe de 64, diz porta-voz. G1 Política.
https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/03/25/bolsonaro-determinou-que-defesa-faca-as-comemoracoes-devidas-do-golpe-de-64-diz-porta-
voz.ghtml?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=g1. Acesso em27 de março de 2019
Embaixada em Israel
O porta-voz foi perguntando se Bolsonaro cogita anunciar durante viagem a Israel, a partir de sábado
(30/03), a transferência da embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém, uma das promessas que fez
após ter sido eleito.
Rêgo Barros afirmou que Bolsonaro defende mais tempo para avaliar a questão. “Nosso presidente
vem advogando que merece um estudo um pouco mais aprofundado, que ele o fará ao longo do tempo e
no tempo necessário”, disse.
Michel Temer e Moreira Franco são presos pela Lava Jato do RJ15
Mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da Justiça Federal do Rio de Janeiro. Procurada
pela G1, a defesa do ex-presidente não atendeu.
O ex-presidente Michel Temer foi preso em São Paulo na manhã desta quinta-feira (21/03) pela força-
tarefa da Lava Jato do Rio de Janeiro. Os agentes também prenderam o ex-ministro Moreira Franco no
Rio. A PF cumpre mandados contra mais seis pessoas, entre elas empresários.
Preso, Temer será levado para o Aeroporto de Guarulhos, onde vai embarcar em um voo e será levado
ao Rio de Janeiro em um avião da Polícia Federal. O ex-presidente deve fazer exame de corpo de delito
do IML em um local reservado e não deve ser levado à sede da PF de São Paulo, na Lapa.
Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio,
responsável pela Lava Jato no Rio de Janeiro. A prisão de Temer é preventiva.
Temer falou por telefone ao jornalista Kennedy Alencar, da CBN, no momento em que havia sido preso.
O ex-presidente afirmou que a prisão "é uma barbaridade".
Desde quarta-feira (20/03), a PF tentava rastrear e confirmar a localização de Temer, sem ter sucesso.
Por isso, a operação prevista para as primeiras horas da manhã desta quinta-feira atrasou.
O G1 ligou para a defesa de Temer, mas até a última atualização desta reportagem os advogados não
haviam atendido a ligação.
O G1 falou às 11h40 com o advogado Rafael Garcia, que defende o ex-ministro de Minas e Energia
Moreira Franco em um dos inquéritos contra ele no STF, mas ele disse que não estava autorizado a falar
e orientou a procurar o advogado Antônio Pitombo. A reportagem ligou para o escritório de Pitombo, mas
não conseguiu falar com ele.
O MDB, partido do ex-presidente, divulgou uma nota. "O MDB lamenta a postura açodada da Justiça
à revelia do andamento de um inquérito em que foi demonstrado que não há irregularidade por parte do
ex-presidente da República, Michel Temer e do ex-ministro Moreira Franco. O MDB espera que a Justiça
restabeleça as liberdades individuais, a presunção de inocência, o direito ao contraditório e o direito de
defesa", diz o texto.
15
A, Guimarães. Soares, P. R. Martins, M. A. Michel Temer e Moreira Franco são presos pela Lava Jato do RJ. https://g1.globo.com/rj/rio-de-
janeiro/noticia/2019/03/21/forca-tarefa-da-lava-jato-faz-operacao-para-prender-michel-temer-e-moreira-franco.ghtml. Acesso em 21 de março de 2019
Questões
02. (Câmara de Piracicaba/SP – Jornalista – VUNESP – 2019) Em derrota para a Lava Jato, a
decisão do Supremo Tribunal Federal nesta quinta-feira, 14.03.19, teve um placar apertado, por 6 votos
a 5, e marcada por duras críticas a membros do Ministério Público Federal, que são contrários ao
entendimento firmado pela maioria da Corte.
(Estadão – https://bit.ly/2TBHBhH – Acesso em 01.05.19. Adaptado)
05. (SAAE Linhares/ES – Oficial Administrativo – IDCAP) Com base na notícia abaixo e utilizando
seus conhecimentos sobre o assunto, analise o trecho e assinale a alternativa que completa corretamente
a lacuna:
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, anunciou (11/06/2019) que o ministro da Justiça, Sergio
Moro, vai comparecer à Comissão de Constituição e Justiça da Casa para falar sobre o vazamento de
mensagens trocadas entre ele e o coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, procurador
.
(Fonte adaptada: https://g1.globo.com/>acesso em 11 de junho de 2019)
Gabarito
Comentários
01. Resposta: B
O Ministério da Cidadania é um órgão do Poder Executivo Federal resultante da união do Ministério do
Desenvolvimento Social, Ministério do Esporte e o Ministério da Cultura. Ele foi criado em 1º de janeiro
de 2019 em uma das primeira medidas oficaiais do Governo Bolsonaro.
02. Resposta: A
“O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta 5ª feira (14.mar.2019), por 6 votos a 5, que processos
de crimes comuns, como corrupção e lavagem de dinheiro, ligados a crimes eleitorais, como caixa 2,
devem ser enviados para a Justiça Eleitoral”.
(https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/03/14/supremo-decide-que-casos-de-caixa-2-ligados-a-outros-crimes-devem-ser-enviados-a-justica-eleitoral.ghtml)
03. Resposta: A
Nas últimas semanas, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto
Araújo, já haviam anunciado no Twitter que o país deixaria o pacto. Araújo o classificou como um
"instrumento inadequado para lidar com o problema (migratório)", defendendo que "imigração não deve
ser tratada como questão global, mas sim de acordo com a realidade e a soberania de cada país".
(https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/01/08/em-comunicado-a-diplomatas-governo-bolsonaro-confirma-saida-de-pacto-de-migracao-da-onu.ghtml)
04. Resposta: D
A afirmação na alternativa D corresponde exatamente ao item IV do Art 44 a respeito do Fundo
Partidário (aplicação dos recursos). Ela segue como a questão apresentou: “na criação e manutenção de
instituto ou fundação de pesquisa e de doutrinação e educação política, sendo esta aplicação de, no
mínimo, vinte por cento do total recebido”16.
05. Resposta: E
Deltan Martinazzo Dallagnol é um jurista brasileiro. É procurador da República desde 2003 e ganhou
notoriedade por integrar e coordenar a força-tarefa da Operação Lava Jato, que investiga crimes de
corrupção na Petrobras e em outras estatais.
16
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9096compilado.htm
Tensão global
O avanço da epidemia do novo coronavírus pelo mundo tem provocado abalos nos mercados globais
e tem elevado as preocupações de investidores e governos sobre o impacto da propagação do vírus nas
cadeias globais de suprimentos, nos lucros das empresas e na desaceleração do crescimento da
economia global.
Embora o maior número de casos confirmados e os principais impactos ainda estejam concentrados
na China, o coronavírus já se espalhou por mais de 40 países de todos os continentes, provocando o
fechamento de fábricas, interrupção de produção, fechamento do comércio e a paralisação de atividades
também em países como Coréia do Sul, Japão e Itália.
Por conta de fluxos elevados de capitais para mercados de menor risco, o dólar segue se valorizando
frente a outras moedas, em especial moedas de países emergentes como o real.
No exterior, as principais bolsas europeias recuavam nesta sexta, caminhando para a pior semana
desde a crise de 2008. Na China, os índices acionários encerraram o pior mês desde maio do ano
passado, com os temores sobre o surto de coronavírus se tornar uma pandemia.
Informalidade cai, mas ainda atinge 40,7% da população ocupada, ou 38,3 milhões de brasileiros.
Outros 26,4 milhões seguem subutilizados.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (28/02) os primeiros
números do ano sobre o mercado de trabalho. A taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,2% no
trimestre encerrado em janeiro, atingindo 11,9 milhões de pessoas, segundo a Pesquisa Nacional Por
Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua).
Em relação trimestre encerrado em janeiro de 2019, quando a taxa foi de 12%, houve queda de 0,8
ponto percentual. Já em relação ao trimestre encerrado em outubro, o recuo foi de 0,4 ponto percentual.
Na comparação com o trimestre encerrado em dezembro, entretanto, quando a taxa foi de 11%, houve
alta de 0,2 ponto percentual – o primeiro avanço desde o trimestre encerrado em março do ano passado.
O IBGE, no entanto, só considera comparáveis os resultados de um mesmo trimestre e de 3 meses de
intervalo.
Tanto na comparação com o trimestre anterior, terminado em outubro, quanto com o mesmo trimestre
do ano passado, houve queda da população desocupada. Eram 12,625 milhões em janeiro e 12,367
milhões em outubro. Agora, o número de desempregados foi estimado em 11,913 milhões. No trimestre
encerrado em dezembro, o número de desempregados, no entanto, foi de 11,6 milhões.
O contingente de pessoas ocupadas (94,2 milhões) apresentou estabilidade em relação ao trimestre
anterior. Porém, comparado ao mesmo período de 1 ano atrás, houve crescimento, um adicional de 1,9
milhão de pessoas.
O país tem hoje 2 milhões a menos de desempregados do que tinha em abril de 2017, quando foi
registrado o maior nível de desocupação da história (13,6%). Entretanto, são 5,6 milhões de desocupados
a mais do que em janeiro de 2014, quando foi registrada a menor taxa de desocupação (6,4%).
Informalidade cai, mas ainda atinge 40,7% da população ocupada
A taxa de informalidade recuou de 41,2% no trimestre de agosto a outubro de 2019 para 40,7% no
trimestre encerrado em janeiro, representando um total de 38,3 milhões de trabalhadores informais.
Há 1 ano atrás, no entanto, a taxa era menor, de 40,6%.
“Esse recuo está associado à redução de aproximadamente 479 mil trabalhadores informais em
relação ao trimestre móvel anterior”, destacou a analista da PNAD Contiń ua, Adriana Beringuy.
No ano passado, a taxa média de desemprego no Brasil ficou em 11,9%, em um ano marcado pelo
avanço da informalidade, que atingiu o maior nível desde 2016 e foi recorde em 19 estados e no Distrito
Federal.
18
Darlan Alvarenga e Daniel Silveira. Desemprego fica em 11,2% em janeiro, e atinge 11,9 milhões, diz IBGE. G1 Economia.
https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/02/28/desemprego-fica-em-112percent-em-janeiro-e-atinge-119-milhoes-diz-ibge.ghtml. Acesso em 28 de fevereiro de
2020.
Brasileiros de baixa renda levariam nove gerações para chegar à renda média, aponta estudo19
Brasil ocupa 60ª posição em ranking de países com maior mobilidade social.
Brasileiros nascidos em famílias de baixa renda levariam, em média, nove gerações para atingir a
renda média do país, segundo um relatório divulgado esta semana pelo Fórum Econômico Mundial. O
dado ilustra a baixa mobilidade social do país, isto é, a baixa probabilidade de um indivíduo melhorar de
vida financeiramente em relação aos seus pais.
"Em termos absolutos, é a habilidade de uma criança de ter uma vida melhor que a dos seus pais",
explica o documento.
Na Dinamarca, país apontado como o de maior mobilidade social no ranking, a estimativa é de que
seriam necessárias duas gerações para que uma pessoa nascida na classe mais baixa alcance a renda
média.
"Olhando para todas as economias e níveis de renda médios, as crianças nascidas em famílias menos
ricas tipicamente enfrentam maiores barreiras ao sucesso que as nascidas em famílias com mais
recursos. Além disso, as desigualdades estão crescendo mesmo em países que tiveram crescimento
rápido", alerta o estudo.
19
G1. Brasileiros de baixa renda levariam nove gerações para chegar à renda média, aponta estudo. G1 Economia.
https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/01/22/brasileiros-de-baixa-renda-levariam-nove-geracoes-para-chegar-a-renda-media-aponta-estudo.ghtml. Acesso em
23 de janeiro de 2020.
Número de desempregados no mundo deve alcançar 190,5 milhões neste ano, diz OIT20
Desemprego no Brasil
Para o Brasil, a OIT estimou o país deve encerrar o ano com 12,9 milhões de desempregados. Se essa
previsão se confirmar, haverá uma pequena redução em relação ao observado em 2019. A organização
estima que o pais encerrou o ano passado com 13 milhões de desempregados.
Número de startups no Brasil aumentou 20 vezes nos últimos oito anos; 11 já são unicórnios21
Há dois anos, o país vê startups atingirem valor de mercado de US$ 1 bilhão, com cenário econômico
que estimula investimento no setor.
O Brasil tem 12.700 startups, segundo a Associação Brasileira de Startups (Abstartups) — crescimento
de 27% em relação a 2018, quando eram 10 mil empresas. E 20 vezes mais do que em 2011, ano de
fundação da Abstartups, que contabilizou 600 negócios à época.
Startups são empresas de base tecnológica que têm crescimento rápido e escalável — com aumento
de ganhos sem inflar os custos.
“As startups viraram o jogo, estão muito presentes no nosso dia a dia, nos smartphones, nas
ferramentas que a gente usa para se comunicar, na forma como a gente compra e contrata. O nosso
universo contextual está tendo participação efetiva das startups”, avalia o presidente da Abstartups,
Amure Pinho.
E as brasileiras estão cada vez mais na mira dos investidores, pelas soluções inovadoras e pelo cenário
econômico, de juros baixos que estimulam investimento de risco.
Amure destaca a redução na taxa básica de juros como um dos impulsionadores dos investimentos no
setor: “Tivemos uma entrada muito forte de capital externo no Brasil. Pode-se ver com a entrada do
SoftBank (conglomerado japonês de telecomunicações) investindo em vários unicórnios. Isso aconteceu,
em grande parte, porque a gente teve uma queda da taxa de juros e essa queda faz os investidores
saírem dos bancos e investimentos mais conservadores para investimentos um pouco mais arriscados, e
as startups acabam se beneficiando disso. O resultado que a gente tem é que, a cada ano, as startups
vão ganhando muito espaço na economia brasileira, redesenhando, de certa forma, parte da economia
através da inovação”.
Um dos investimentos mais recentes do SoftBank foi na VTEX, empresa brasileira que desenvolve
plataformas de e-commerce. “Você consegue construir uma empresa bilionária só no Brasil sem pensar
no mundo todo. O Brasil tem milhões de consumidores, oportunidades do agro a hardware. A Selic
batendo 4,5%. Bancos, investidores precisam diversificar. E a gente vem de uma safra com bons
empreendedores”, destaca Alfredo Soares, vice-presidente Institucional da VTEX.
A empresa desenvolve soluções de e-commerce para 40 mil pequenas e médias empresas, e 2 mil
grandes empresas pelo mundo. Está há 20 anos no mercado e encerrou 2019 com um aporte de R$ 580
milhões do SoftBank, e dos fundos brasileiros Gávea Investimentos e Constellation Asset Management.
“O Brasil é um grande centro de digital, é um grande centro de negócios na internet, desde softwares
a microsserviços e a hardware. Marketing digital também é algo que o Brasil exporta muito também. A
gente quer fazer o Brasil ser conhecido não só pelo futebol, pelo surf agora, e pelo samba, mas também
pela tecnologia de e-commerce. A gente quer transformar o Brasil num polo de e-commerce global, onde
empresas do mundo todo venham contratar empresas do ecossistema”.
Um dos diferenciais que o país exporta para o mundo é o tradicional parcelamento. “Enquanto para a
gente o parcelamento é algo normal, em vários países são startups que permitem os lojistas a parcelarem.
A gente tem muita expertise no Brasil”, diz Alfredo.
UNICÓRNIOS
2019 foi o segundo ano em que o país teve startups alcançando valor de mercado de US$ 1 bilhão.
Quando atingem esse patamar, são chamadas de “unicórnios”. Os primeiros cinco foram registrados em
2018. No ano seguinte, outras seis empresas atingiram o posto.
Um deles é a Gympass, uma plataforma que conecta academias e empresas que querem incentivar
os funcionários a terem uma vida mais saudável. Nasceu em São Paulo, em 2012.
21
Danuza Mattiazzi. Número de startups no Brasil aumentou 20 vezes nos últimos oito anos; 11 já são unicórnios. GloboNews.
https://g1.globo.com/globonews/noticia/2020/01/15/numero-de-startups-no-brasil-aumentou-20-vezes-nos-ultimos-oito-anos-11-ja-sao-unicornios.ghtml. Acesso em
16 de janeiro de 2020.
Além do novo valor do salário mínimo, entram em vigor regras que elevam as alíquotas do INSS e
estabelecem um teto para os juros do cheque especial.
O ano de 2020 começa com várias novidades para o bolso dos brasileiros. Além do novo valor do
salário mínimo, entram em vigor as regras que estabelecem um teto para os juros do cheque especial –
mas que também permitem que os bancos cobrem pelo limite mesmo se o cliente não usar.
Também começam a valer neste ano as novas regras para compras de brasileiros em lojas francas de
aeroportos e portos, conhecidas como free shops, além da alteração na regra para a conversão do câmbio
nos gastos no exterior com cartão de crédito.
Há ainda mudanças como as novas alíquotas de contribuição ao Instituto Nacional de Seguridade
Social (INSS), além do desconto do INSS sobre o seguro-desemprego e o início das contratações pelo
programa "Verde e Amarelo".
Salário Mínimo
O salário mínimo será de R$ 1.039 em 2020, conforme estabelecido em medida provisória assinada
pelo presidente Jair Bolsonaro.
O valor ficou um pouco abaixo do proposto pelo governo em abril no projeto da Lei de Diretrizes
Orçamentárias, de R$ 1.040, mas ficou acima do valor aprovado no orçamento de 2020 pelo Legislativo
– de R$ 1.031.
O novo salário mínimo não contempla ganho real, já que o valor foi apenas corrigido pela inflação
medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), segundo o Ministério da Economia.
22
G1. O que muda no seu bolso em 2020. G1 Economia. https://g1.globo.com/economia/educacao-financeira/noticia/2019/12/31/o-que-muda-no-seu-bolso-em-
2020.ghtml. Acesso em 02 de janeiro de 2019.
Texto destina R$ 2 bilhões para o fundo eleitoral; prevê R$ 1.031 para o salário mínimo; e estima em
até R$ 124 bilhões o déficit das contas públicas.
O Congresso Nacional aprovou nesta terça-feira (17/12) o Orçamento da União para 2020. Com a
aprovação, o texto segue para sanção do presidente Jair Bolsonaro.
Num primeiro momento da sessão, os parlamentares aprovaram o texto-base. Depois, passaram à
análise dos destaques. O texto-base foi aprovado logo após a Comissão Mista de Orçamento ter aprovado
a proposta.
Entre outros pontos, o Orçamento prevê R$ 2 bilhões para o fundo eleitoral no ano que vem; o salário
mínimo em R$ 1.031; e o déficit nas contas públicas podendo chegar a R$ 124 bilhões.
O Orçamento da União detalha todos os gastos a serem realizados pelo governo ao longo do ano.
Também apresenta a estimativa de quanto a União vai arrecadar. Nenhum gasto público pode ser
realizado sem previsão no Orçamento.
A execução do Orçamento terá o impacto de duas mudanças aprovadas pelo Congresso:
- a emenda constitucional que tornou as emendas parlamentares de bancada impositivas, ou seja, de
execução obrigatória. Em 2020, as emendas somarão 0,8% da receita corrente líquida (RCL);
- a emenda constitucional que permite a transferência direta dos recursos de emendas parlamentares
a estados e municípios independentemente de celebração de convênios, parcerias e outros instrumentos
formais.
Fundo eleitoral
O relator do Orçamento, deputado Domingos Neto (PSD-CE), que inicialmente havia proposto R$ 3,8
bilhões, decidiu manter a proposta do governo, prevendo R$ 2 bilhões para o fundo.
Este fundo, chamado Fundo Especial para o Financiamento de Campanhas (FEFC) foi criado em uma
reforma política, realizada em 2017.
Os parlamentares rejeitaram um destaque do partido Novo, que visava reduzir o valor do fundo para
R$ 700 milhões. Foram 242 votos pela derrubada do destaque, e 167 contrários.
23
Fernanda Vivas e Gustavo Garcia. Congresso aprova Orçamento de 2020; saiba o que está previsto. G1 Política.
https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/12/17/congresso-aprova-texto-base-orcamento-de-2020-saiba-o-que-esta-previsto.ghtml. Acesso em 18 de dezembro de
2019.
Salário mínimo
Conforme o texto-base, o valor estimado é de R$ 1.031. De acordo com o relator, o valor ainda
precisará ser estabelecido por uma nova legislação, já que a política nacional de valorização em vigor
desde 2015 não terá efeitos em 2020. O relator espera que o governo fixe o valor do mínimo por uma
medida provisória no começo de 2020.
'PEC emergencial'
O relator estimou economia de R$ 6 bilhões no Orçamento caso seja aprovada a chamada "PEC
Emergencial", que estabelece uma série de medidas para o controle do crescimento de despesas
obrigatórias (como redução da jornada de trabalho e de salários de servidores públicos) se houver
descumprimento à chamada regra de ouro.
Esse valor se refere à economia com gastos de pessoal. O relator fez uma alteração, ao longo desta
terça-feira, para deixar claro que, se a economia não se realizar, o valor das despesas com pessoal
poderá ser recomposto com o cancelamento de despesas.
Bolsa Família
O programa contará com R$ 29,5 bilhões no Orçamento.
Outros poderes
O projeto também determina os recursos previstos para outros Poderes da República – o Legislativo e
o Judiciário. Para Câmara, Senado e Supremo Tribunal Federal, o parecer manteve as propostas originais
de orçamento.
Câmara dos Deputados – R$ 6,2 bilhões.
Senado – R$ 4,5 bilhões.
Supremo Tribunal Federal – R$ 686,7 milhões
Apostila gerada especialmente para: VOCÊ ALUNO UNOPAR
34
Quem ganha e quem perde com a alta do dólar: o impacto do câmbio do turismo à indústria24
Para economistas ouvidos pela BBC News Brasil, efeitos mais imediatos no bolso do consumidor
tendem a ser no preço das viagens ao exterior, já que câmbio influencia tanto gastos em dólar quanto
preços de passagens e combustíveis.
Na noite de segunda-feira (25/11), uma declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, gerou
pessimismo no mercado financeiro. "É bom se acostumar com juros mais baixos por um bom tempo e
com o câmbio mais alto por um bom tempo", afirmou o ministro, em entrevista em Washington, capital
dos Estados Unidos.
A reação veio rápida: o real fechou o dia de ontem cotado R$ 4,239. No dia, chegou a bater R$ 4,27,
o maior valor nominal da história sobre o real.
Mas, na memória econômica do brasileiro, o sobe-e-desce da moeda tende a preocupar. A inflação vai
subir? Os juros vão aumentar? Como essa alta pode afetar os planos financeiros para o ano que vem?
Para economistas ouvidos pela BBC News Brasil, os efeitos mais imediatos no bolso do consumidor
tendem a ser no preço das viagens ao exterior — já que o câmbio influencia tanto nos gastos em dólar
quanto no preço das passagens, e no preço dos combustíveis. Mas, se a alta persistir e se transformar
em tendência permanente, os efeitos podem ser mais amplos, como, por exemplo, na inflação e nos
custos para as empresas.
Segundo os analistas, a alta recente do dólar reflete a preocupação de investidores e gestores de
recursos com as turbulências na América Latina, como os protestos no Chile e a incerteza política na
Bolívia.
"Os gestores trabalham por blocos. Para ele, real e peso argentino não têm grande diferença. [A
variação cambial] é um processo que vem acompanhado de algum nível de volatilidade e incertezas na
região", diz Rafael Cagnin, economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).
24
BBC. Quem ganha e quem perde com a alta do dólar: o impacto do câmbio do turismo à indústria. G1 Economia.
https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/11/27/quem-ganha-e-quem-perde-com-a-alta-do-dolar-o-impacto-do-cambio-do-turismo-a-industria.ghtml. Acesso em 27
de novembro de 2019.
Seriam afetados municípios com menos de 5 mil habitantes e arrecadação própria menor que 10% da
receita total. Ministro Paulo Guedes afirmou que a decisão é política.
As mudanças no pacto federativo propostas em uma das três PECs enviadas nesta terça-feira (05/11)
pelo governo ao Congresso preveem a incorporação a municípios vizinhos das cidades com menos de 5
mil habitantes e arrecadação própria menor que 10% da receita total.
De acordo com o Ministério da Economia, há, atualmente, 1.254 municípios que seriam incorporados
pelos vizinhos, de acordo com as mudanças propostas.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que esse foi um tema levado ao governo por
lideranças políticas, em conversas neste primeiro ano de mandato do presidente Jair Bolsonaro.
"Seguramente não foi um economista do nosso grupo que lançou isso lá. Normalmente, é sempre uma
liderança política que chega e fala: 'Está acontecendo um negócio aqui'. E são lideranças políticas
experientes, e eles têm lá os combates deles. Nós vamos assistir isso ai", declarou.
Questionado se esse tema não pode gerar confusão, já que em 2020 haverá eleições municipais,
Guedes afirmou que a discussão é política.
Segundo ele, quem deve decidir se os municípios devem ter 5 mil, 3 mil ou 10 mil habitantes não é o
ministro da Economia.
"Não tem nada mais oportuno do que deixar o Congresso decidir isso. A gente vai, estimula, e eles
têm total decisão de falar: tira isso ou deixa isso", afirmou.
Falando de forma genérica sobre a proposta de pacto federativo, o ministro da Economia afirmou que
o Estado brasileiro está sendo "redesenhado".
"O presidente [Bolsonaro] foi eleito para mudar, e o Congresso também. Estou bastante confiante
nesse trabalho", disse.
O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, avaliou que essas propostas terão um "longo
período de discussão" no Legislativo.
"O que será aprovado e o que será descartado será definido pelo Congresso Nacional. A forma correta
de se ter um bom debate político é apresentar para o Congresso Nacional", declarou.
Segundo o assessor especial do ministro, Rafaelo Abritta, a proposta prevê que, em 2023, verifique-
se quais municípios com menos de 5 mil habitantes arrecadam pelo menos 10% da sua receita total.
Nos casos dos municípios que não atingirem o "índice de sustentabilidade", não haverá eleição
municipal em 2024 e, já em 2025, serão incorporados por outros municípios.
Abritta destacou que os municípios com melhor situação financeira terão prioridade na incorporação
dos municípios e cada um poderá incorporar até três outros.
“No máximo, cada município poderá incorporar três municípios adjacentes. Deste modo, a proposta é
de que, no máximo, ocorra a fusão de quatro municip ́ ios”, afirmou Abritta.
O processo, no entanto, ainda terá de ser detalhado em lei.
Fabricação cabe à Casa da Moeda e, segundo o governo, outras empresas poderão ser habilitadas
pela Receita e disputar o serviço. MP foi assinada em ato de 300 dias do governo.
O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta terça-feira (05/06) uma medida provisória (MP) que põe fim
ao monopólio da Casa da Moeda na fabricação de dinheiro (papel moeda e moeda metálica) e
passaportes.
25
Alexandro Martello e Laís Lis. Pacto federativo: proposta prevê incorporar a municípios vizinhos cidades com até 5 mil habitantes. G1 Economia.
https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/11/05/pacto-federativo-proposta-preve-incorporar-a-municipios-vizinhos-cidades-com-ate-5-mil-habitantes.ghtml.
Acesso em 07 de novembro de 2019.
26
Mateus Rodrigues e Guilherme Mazui. Bolsonaro edita MP que põe fim ao monopólio na confecção de dinheiro e passaporte. G1.
https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/11/05/bolsonaro-edita-mp-que-poe-fim-ao-monopolio-na-confeccao-de-dinheiro-e-passaporte.ghtml. Acesso em 06 de
novembro de 2019.
O que prevê a MP
O texto com a íntegra da MP não havia sido divulgado pela Presidência até a publicação desta
reportagem.
O governo federal já informou, contudo, que a medida provisória permitirá a habilitação de empresas
pela Receita Federal para que outras companhias possam disputar a oferta do serviço de confecção de
dinheiro e passaporte.
Segundo um texto divulgado pelo Palácio do Planalto à imprensa, a Casa da Moeda e as empresas
privadas poderão disputar, com base no menor preço, a fabricação e a impressão de:
- papel moeda;
- moeda metálica;
- cadernetas de passaporte;
- selos postais federais;
- selos fiscais federais.
De acordo com o Planalto, "para evitar a interrupção dos serviços", a Casa da Moeda seguirá habilitada
provisoriamente até dezembro de 2021 para essas impressões. Neste período, entretanto, empresas do
setor já poderão ser habilitadas e concorrer com a estatal.
A MP prevê um segundo prazo para que os selos postais e os passaportes entrem em produção
compartilhada, após dezembro de 2023.
Controle de produção
O texto da MP, segundo a assessoria da Presidência, prevê que empresas privadas poderão prestar
serviços de "integração, instalação e manutenção preventiva e corretiva de equipamentos envolvidos na
produção de cigarros".
"Há um aumento de oferta daqueles que podem fornecer o produto e, obviamente, isso vai gerar uma
redução de custos. O objetivo é dar maior competitividade, reduzir o Estado brasileiro, permitir o
empreendedorismo", declarou Jorge Oliveira.
Privatização
Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, o projeto de privatização da Casa da Moeda
segue em análise no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), mas a "modelagem" ainda será
definida.
“Uma coisa é quebrar o monopólio, outra é estar no PPI. Ela segue no PPI, os estudos continuam”,
disse.
Cessão onerosa: o que é e o que está em jogo no megaleilão do pré-sal27
Governo prevê arrecadar até R$ 106,5 bilhões e irá dividir parte dos recursos com Petrobras, estados
e municípios. Entenda como será dividido os recursos e a importância do leilão em 8 pontos.
O megaleilão do excedente da cessão onerosa, marcado para esta quarta-feira (06/11), foi anunciado
pelo governo como o maior leilão de óleo e gás já feito no mundo em termos de potencial de exploração
de petróleo e de arrecadação.
A importância do leilão se deve não só aos bilhões de reais envolvidos e à quantidade gigantesca de
reservas de petróleo que estão sendo oferecidas, mas também ao alívio que esse dinheiro extra poderá
trazer para os cofres do governo federal, dos estados e dos municípios.
27
Darlan Alvarenga. Karina Trevizan. Luíza Melo. Cessão onerosa: o que é e o que está em jogo no megaleilão do pré-sal. G1 Economia.
https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/11/04/cessao-onerosa-o-que-e-e-o-que-esta-em-jogo-no-megaleilao-do-pre-sal.ghtml. Acesso em 04 de novembro de
2019.
Brasil cai em ranking do Banco Mundial que mede a facilidade para fazer negócios28
País passou da 109ª posição em 2018 para a 124º neste ano. Ministério da Economia avalia que
resultado não traduz as medidas implementadas pelo governo Bolsonaro.
Levantamento do Banco Mundial aponta que o Brasil caiu no ranking que mede a facilidade para fazer
negócios. O país passou da 109ª posição em 2018 para a 124º neste ano. O levantamento considera o
período entre os meses de maio dos dois anos.
O relatório anual "Doing Business" mede o impacto das leis e regulações e da burocracia no
funcionamento das empresas. Entre os itens avaliados estão o número de dias gastos na abertura de
empresas, no pagamento de impostos, na obtenção de alvarás de construção, na conexão com a rede
elétrica e no registro de uma propriedade, na obtenção de crédito e na execução de contratos e resolução
de insolvência.
O país melhorou em 3 dos 10 itens avaliados: abertura de empresas, registro de propriedades e
resolução de insolvências na Justiça.
O Banco Mundial destaca no estudo que as economias mais atrasadas nesse tipo de reforma são as
de países da América Latina e Caribe, e da África Subsaariana.
O primeiro lugar do Doing Business foi ocupado pela Nova Zelândia, seguida por Cingapura e Hong
Kong. O Brasil ficou bem atrás de países como China (31º colocado), Turquia (33º), Chile (59º) e México
(60º). Por outro lado, ficou à frente de vizinhos como Argentina (126º) e Venezuela (188º).
Avaliação
O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos
da Costa, afirmou que o resultado do ranking "Doing Business" é algo para se lamentar, mas que o
resultado não traduz as medidas implementadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro.
Costa afirmou que se o relatório fosse feito hoje o país já teria uma melhora significativa no ranking.
"Os formulários foram preenchidos de fevereiro a início de março e, portanto, não traduzem ainda as
medidas implementadas por esse governo", afirmou.
Segundo Costa, a equipe econômica trabalha para entrar na lista dos 50 melhores resultados já no
final do mandato do presidente Jair Bolsonaro.
"Isso não é algo impossível. É algo factível e pé no chão. A Índia avançou mais de 60 posições nos
últimos 3 anos. É algo factível, o que precisa é de determinação, foco e vontade política", disse.
Pedido de revisão
O indicador que sofreu a maior queda de 2019 para 2020 foi o de obtenção de eletricidades que caiu
58 posições. Segundo Costa, a maior redução ocorreu no custo para instalação do serviço de energia
elétrica, quando o Banco Mundial levou em consideração um caso padrão ocorrido em uma empresa de
São Paulo.
28
Laís Lis. Brasil cai em ranking do Banco Mundial que mede a facilidade para fazer negócios. G1 Economia.
https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/10/24/brasil-cai-em-ranking-do-banco-mundial-que-mede-a-facilidade-para-fazer-negocios.ghtml. Acesso em 24 de
outubro de 2019.
Pagamento de impostos
O Brasil manteve a mesma pontuação do ano passado e aparece na 184ª posição no ranking de
pagamento de impostos. O Brasil continua sendo o país onde as empresas gastam mais tempo para
calcular e pagar impostos: 1.501 horas por ano em média.
Segundo o estudo, atualmente, o total da taxa tributária – valor dos impostos e das contribuições
obrigatórias – representa no Brasil 64,7% dos lucros. O melhor desempenho do estudo ficou em 26,1%
em 33 economias entre elas, Canadá, Dinamarca e Singapura.
Alvarás de construção
Já no aspecto da obtenção de alvarás para construção o Brasil piorou. Um dos motivos é o fato de
outras economias terem avançado mais. Segundo o levantamento do Banco Mundial, um grupo de dez
países realizou 20% das reformas econômicas registradas no ano em todo o mundo.
2018
A posição do país piorou com relação ao levantamento divulgado em outubro do ano passado quando
o Brasil avançou 16 posições, passando da 125º para o 109º lugar.
Segundo os dados do ano passado, Brasil facilitou o ambiente de negócios ao criar sistemas on-line
para simplificar o registro de empresas e foi o país que obteve o maior avanço no ranking entre as
economias da América Latina e Caribe.
Reforma da Previdência: na versão final aprovada no Senado, quais mudanças podem ajudar a
economia?29
"O Parlamento brasileiro aprova a maior reforma da Previdência da história", disse o presidente do
Senado, Davi Alcolumbre, antes de anunciar o resultado da votação principal, em discurso que também
registrou a presença em Plenário do ministro da Economia, Paulo Guedes.
"O Parlamento mostra maturidade política, mostra responsabilidade. O Congresso Nacional cumpre
com as suas responsabilidades. O Parlamento brasileiro entrega a maior reforma da Previdência da
história deste país para o Brasil e para os 210 milhões de brasileiros. Obrigado a todos os senadores pela
paciência", disse, segundo a Agência Senado.
Projetada inicialmente para reduzir em R$ 1 trilhão em dez anos os gastos públicos com
aposentadorias e benefícios, nas previsões anunciadas em fevereiro por Guedes, a versão aprovada na
noite de ontem deve gerar uma economia mais modesta, próxima de R$ 800 bilhões para o mesmo
período. O crescimento desenfreado dos gastos públicos é apontado por muitos especialistas como o
maior risco atual para a saúde econômica do país, que também amarga um contingente de mais de 12
milhões de desempregados e o aumento da pobreza extrema.
Como o texto muda a Constituição, a reforma não precisará da sanção do presidente para entrar em
vigor. Passa a valer assim que, depois de aprovados os destaques, for promulgada pelo Congresso, com
a assinatura de Alcolumbre.
Para economistas ouvidos pela BBC News Brasil, a principal mudança positiva da reforma para a
economia é mesmo a criação de uma idade mínima para a aposentadoria — pelas novas regras, de 65
anos para homens e 62 anos para mulheres, tanto para a iniciativa privada quanto para servidores
públicos. Deixa de existir a aposentadoria por tempo de contribuição, vista por parte dos economistas
como a maior causadora de aposentadorias precoces no país, em torno dos 55 anos. Virá da criação de
uma idade mínima para todos a maior parte da economia gerada pela reforma.
"Dos R$ 800 bilhões de economia, cerca de R$ 630 bilhões vêm da criação dessa idade mínima", diz
o especialista em contas públicas José Márcio Camargo, professor do departamento de economia da
PUC-Rio e economista-chefe da Genial Investimentos.
Outro ponto importante, na visão dos economistas, é que a aprovação sinaliza um futuro menos caótico
para as contas públicas brasileiras, reforçando sinais positivos como a criação de vagas formais pelo
29
Ligia Guimarães. Reforma da Previdência: na versão final aprovada no Senado, quais mudanças podem ajudar a economia? BBC Brasil.
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-50148479. Acesso em 23 de outubro de 2019.
Menos desigualdade
Pela regra atual, podem aposentar-se os segurados do INSS que comprovarem um tempo mínimo de
contribuição, fixado em 35 anos para o homem e em 30 anos para a mulher, independentemente da idade.
"O Brasil não tem uma idade mínima para se aposentar, na média as pessoas se aposentam
precocemente, aos 55 anos de idade. O cara trabalha 35 anos, se aposenta com 55 anos e vive mais 30
anos como aposentado", diz Camargo, que explica que a idade mínima de aposentadoria não existe
apenas em poucos países, como Equador, Iraque, Síria, Argélia e Egito.
A criação de uma idade mínima é também a medida mais importante do texto para reduzir a
desigualdade social, defendem os economistas ouvidos pela BBC, já que, pela regra atual, quem se
aposentava mais cedo eram justamente os trabalhadores do setor formal e mais escolarizados, parte
menos vulnerável da sociedade.
"Quem se aposentava cedo? Quem tem nível superior, pouco risco de perder emprego e que ganha
mais — e que, se perder emprego, se recoloca mais rápido. É uma medida importante no aspecto da
justiça social", diz o economista Paulo Tafner, especialista em Previdência Social, doutor em ciência
política e pesquisador da Fipe/USP.
Outra mudança muito relevante dessa reforma, na avaliação de Tafner, é a que estabelece idade
mínima para a aposentadorias também dos servidores públicos, especialmente os que ingressaram antes
de 2003, e que atualmente têm regras mais privilegiadas e benefícios mais generosos para a
aposentadoria integral. Pelo texto aprovado nesta terça-feira, o benefício mínimo de aposentadoria para
servidores públicos será de 60% com 20 anos de contribuição, tanto para homens quanto para mulheres,
subindo 2 pontos percentuais para cada ano a mais de contribuição.
A regra, porém, valerá apenas para quem ingressou após 2003. Para aqueles que ingressaram até 31
de dezembro de 2003, a integralidade da aposentadoria (valor do último salário) será mantida para quem
se aposentar aos 65 anos (homens) ou 62 (mulheres).
Com uma tramitação marcada por disputas e discussões acaloradas sobre quem seriam os
privilegiados ou injustiçados pelas mudanças, as novas regras para aposentadorias foram alvo de críticas
até do próprio presidente Bolsonaro, que chegou a pedir aos parlamentares que os policiais tivessem
regras especiais para as aposentadorias, dizendo que foi um "erro" incluir a categoria, "aliada" do governo,
nas novas regras mais rígidas.
Enquanto isso, a reforma para os integrantes das Forças Armadas — enviada ao Parlamento em março
pelo governo de Jair Bolsonaro atrelada a uma reestruturação da carreira que aumenta a remuneração
— segue em discussão em uma comissão especial na Câmara, composta, em boa parte, por deputados
egressos de carreiras militares.
Críticos da proposta dizem que ela não reduz privilégios dos militares e reclamam do aumento de
salários em um momento de corte de gastos. A justificativa das Forças Armadas é que a categoria não
recebe reajuste há anos, tendo ficado muito atrás dos ganhos de outras carreiras federais, como juízes,
procuradores e auditores fiscais.
Se a proposta for aprovada, a remuneração bruta de um general do Exército, topo da carreira, poderá
subir 37%, de R$ 24.786,96 para R$ 33.947,24, a depender dos adicionais que conseguir incorporar, por
exemplo, como recompensa por cursos de qualificação.
Esperança em Maia
Embora o governo Bolsonaro venha enfrentando uma série de crises internas - como a ruptura com os
próprios aliados do PSL e o vaivém de declarações em torno da indicação do filho, Eduardo Bolsonaro,
para o cargo de embaixador nos EUA - a expectativa de Tafner é a de que tal agenda continue a avançar
em um movimento que ele considera inédito historicamente: com pouco apoio do Executivo e
protagonismo do Legislativo, sob a batuta de Rodrigo Maia.
"Eu tenho uma visão otimista. Eu acho que é como a música: apesar de você [do governo Bolsonaro],
o Congresso Nacional está tendo uma postura muito responsável de definir a agenda do país, o
Congresso está tomando a frente. E sempre foi um poder que não tinha nenhuma responsabilidade,
antigamente seria o contrário: o Executivo querendo aprovar a reforma e o Legislativo dizendo que não",
compara, acrescentando que o resultado da reforma poderia ter sido ainda mais satisfatório se o
presidente Bolsonaro tivesse abraçado a causa, a exemplo do que ocorreu no governo Temer, em
especial no trabalho de campanha pró-reforma do então ministro Henrique Meirelles.
"Eu acho que esse é um papel fundamental do Maia, ele tem uma agenda que ele quer levar adiante,
apesar do governo, a despeito do governo, independente do governo. A mesma coisa que vejo no Senado,
que também tem um agenda de modernização do Brasil", diz o economista.
Destaques rejeitados
Em votações no painel eletrônico, os senadores rejeitaram dois destaques apresentados por partidos
da oposição para modificar o texto da reforma, segundo informações da Agência Senado. Outros dois
não foram votados.
Por 57 votos a 20, o Plenário rejeitou o destaque apresentado pelo senador Weverton (PDT-MA) que
retiraria da reforma a revogação de regimes de transição que ainda existem frutos de reformas de
governos anteriores.
O que é deflação e por que a queda de preços pode não ser bom sinal30
A queda de preços pode representar desaceleração da economia; especialistas divergem sobre causas
do fenômeno e alertam para riscos a longo prazo
O mês de setembro registrou deflação de 0,04%, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta quarta-feira, (09/10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). O resultado foi o menor para o mês de setembro desde 1998, quando o IPCA foi de -
0,22%.
Embora represente uma queda momentânea nos preços, a deflação pode ser um sinal de alerta para
problemas estruturais da economia e também pode se tornar um fator para a desaceleração do consumo
já existente.
Entenda o que é deflação e por que o fenômeno é perigoso se continuar a se repetir por um prazo
mais longo:
Redução já era esperada pelo mercado financeiro e acontece em meio ao fraco desempenho da
economia brasileira. Nova taxa é a menor da série histórica do Banco Central.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (18/09), por
unanimidade, reduzir a Selic, taxa básica de juros da economia, de 6% ao ano para 5,5% ao ano.
O percentual, que já era esperado pelo mercado financeiro, é o menor desde o início do regime de
metas de inflação, em 1999. É também o menor da série histórica do Banco Central, que começou em
1986.
31
Elisa Clavery. Copom reduz taxa básica de juros de 6% para 5,5% ao ano. G1 Economia. https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/09/18/copom-reduz-
taxa-basica-de-juros-de-6percent-para-55percent-ao-ano.ghtml. Acesso em 19 de setembro de 2019.
Retomada gradual
Na nota explicativa para a redução, o Copom afirma que indicadores da atividade econômica
divulgados na última reunião, que aconteceu no dia 31 de julho, "sugerem retomada do processo de
recuperação da economia brasileira" e que "cenário do Copom supõe que essa retomada ocorrerá em
ritmo gradual".
O comitê afirma, porém, que em seu cenário básico para a inflação "permanecem fatores de risco em
ambas as direções". Entre os pontos elencados pelo comitê, estão o "nível de ociosidade elevado", que
poderia continuar produzindo "trajetória prospectiva abaixo do esperado".
Por outro lado, a nota fala em uma "eventual frustração" em relação às reformas e aos ajustes
necessários na economia brasileira, o que poderia "afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação
no horizonte relevante para a política monetária". Este risco, segundo o Copom, se intensifica em caso
de deterioração do cenário externo para economias emergentes.
"O Copom avalia que o processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira tem
avançado, mas enfatiza que perseverar nesse processo é essencial para a queda da taxa de juros
estrutural e para a recuperação sustentável da economia", diz a nota.
Para o comitê, os avanços na agenda de reforma "são fundamentais para consolidação do cenário
benigno para a inflação prospectiva".
Governo anuncia plano para privatizar nove empresas estatais; veja lista32
Anúncio foi feito no Palácio do Planalto após reunião do presidente Bolsonaro com o conselho do
Programa de Parcerias de Investimentos. Viabilidade do plano será analisada pelo BNDES.
O governo federal anunciou nesta quarta-feira (21/08) um plano para privatizar nove empresas
estatais.
O anúncio foi feito no Palácio do Planalto após uma reunião do presidente Jair Bolsonaro com o
conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
Segundo a secretária especial do PPI, Martha Seillier, e o secretário de Desestatização, Salim Mattar,
o plano do governo envolve as seguintes empresas:
- Telecomunicações Brasileiras S/A (Telebras);
- Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios);
- Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp);
- Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev);
- Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro);
- Empresa Gestora de Ativos (Emgea);
- Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec);
- Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp);
32
Gustavo Garcia. Mateus Rodrigues e Yvna Souza. Governo anuncia plano para privatizar nove empresas estatais; veja lista. G1 Economia.
https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/08/21/governo-anuncia-plano-para-privatizar-nove-empresas-estatais.ghtml. Acesso em 22 de agosto de 2019.
Durante a apresentação do plano, o governo falou em também incluir creches, presídios e parques no
programa de privatizações, mas não explicou quais seriam os projetos. O G1 procurou a assessoria do
PPI e aguardava resposta até a última atualização desta reportagem.
O governo prevê a concessão dos parques nacionais de Lençóis Maranhenses (MA) e Jericoacoara
(CE); e a renovação, em 2020, da concessão do Parque Nacional do Iguaçu (PR).
Próximos passos
A viabilidade do plano ainda depende de análise do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES).
Por decisão do Supremo Tribunal Federal, é proibida a privatização de estatais sem aprovação do
Congresso. Pela mesma decisão, o governo só pode vender as subsidiárias.
De acordo com o governo, esses estudos vão indicar se há condições de mercado para concretizar a
venda das estatais. As análises também poderão recomendar a manutenção da estatal ou a extinção da
empresa.
Segundo o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, a carteira atual do PPI conta com 18 ativos e está
estimada em R$ 1,3 trilhão. A estimativa do governo, acrescentou o ministro, é passar para R$ 2 trilhões
com o anúncio desta quarta-feira.
Entre os 18 ativos da carteira, estão a Eletrobras, a Trensurb, a CBTU e a Casa da Moeda.
Eletrobras
Mais cedo, nesta quarta-feira, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia(DEM-RJ), afirmou que a
Eletrobras deverá ser privatizada "o mais rápido possível". A privatização da estatal depende de aval do
Congresso.
Nesta terça-feira (20/08), a Câmara derrubou uma medida provisória (MP) que previa aporte de R$ 3,5
bilhões para a empresa.
A privatização da Eletrobras é um assunto que vem sendo debatido desde o governo Michel Temer.
Correios
Em entrevista nesta quarta, Bolsonaro antecipou que os Correios estariam na lista de privatizações.
"Começa com os Correios, eu não tenho de cabeça aqui. A privatização dos Correios passa também,
segundo decisão do Supremo, pela Câmara, pelo Congresso Nacional. Então, é um processo longo",
frisou o presidente.
Os Correios são vinculados ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e estão
presente em mais de 5 mil municípios.
Atualmente, a empresa é presidida por Floriano Peixoto. Em junho, ele substituiu Juarez Cunha,
contrário à privatização.
Questionado sobre o que acontecerá com os funcionários concursados dos Correios, o governo disse
que ainda não é possível dizer o que vai ocorrer, que serão feitos estudos para se encontrar o melhor
modelo.
EBC
De acordo com o ministro Onyx Lorenzoni, não houve definição na reunião desta quarta-feira sobre o
que será feito com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), responsável pela Agência Brasil e pela TV
Brasil.
Petrobras
Durante a coletiva, Onyx Lorenzoni disse que o governo ainda não tem uma definição sobre a
possibilidade de se privatizar a Petrobras.
“Nós ainda não temos uma definição do ministério, nem do governo nem da empresa no sentido de
colocá-la como um todo dentro do PPI”, afirmou o ministro da Casa Civil
Ações do BB
De acordo com o governo, um dos ativos que poderá ser vendido é um conjunto de ações do Banco
do Brasil que a União detém, o que pode gerar um faturamento de cerca de R$ 1 bilhão.
O Senado aprovou nesta quarta-feira (21/08) a medida provisória conhecida como MP da liberdade
econômica.
O texto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e seguirá para o presidente Jair Bolsonaro decidir
se sanciona, veta parcialmente ou veta a íntegra da proposta.
Durante a votação desta quarta-feira, os senadores decidiram retirar da MP o trecho aprovado pela
Câmara que permitia trabalho aos domingos e feriados. Segundo o presidente do Senado, Davi
Alcolumbre (DEM-AP), o tema será discutido posteriormente via projeto de lei.
A CLT prevê que o descanso "deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte", e a proposta
aprovada pela Câmara previa o descanso "preferencialmente aos domingos", abrindo espaço para a
concessão do benefício em outros dias da semana.
Quando o Senado muda um projeto enviado pela Câmara, a proposta é submetida a uma nova votação
pelos deputados.
No caso da MP da liberdade econômica, porém, os senadores consideraram o trecho sobre trabalho
aos domingos como "matéria estranha". Com isso, o projeto seguirá para sanção sem ter de voltar à
Câmara.
O texto altera o Código Civil, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a Lei de Introdução às
Normas do Direito Brasileiro e modifica as regras de direito civil, administrativo, empresarial e trabalhista,
entre outros.
Registro de ponto
A proposta determina que serão obrigatórios os registros de entrada e de saída no trabalho somente
em empresas com mais de 20 funcionários. Atualmente, a anotação é obrigatória para empresas com
mais de 10 trabalhadores.
Substituição do e-Social
O Sistema de Escrituração Digital de Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas, que unifica o
envio de dados sobre trabalhadores, será substituído por um sistema de informações digitais de
obrigações previdenciárias e trabalhistas.
'Abuso regulatório'
A proposta cria a figura do "abuso regulatório", infração cometida pela administração pública quando
editar norma que "afete ou possa afetar a exploração da atividade econômica". O texto estabelece as
situações que poderão ser enquadradas como "abuso regulatório" e determina que normas ou atos
administrativos estarão inválidos:
- criar reservas de mercado para favorecer um grupo econômico em prejuízo de concorrentes;
- redigir normas que impeçam a entrada de novos competidores nacionais ou estrangeiros no mercado;
- exigir especificação técnica desnecessária para o objetivo da atividade econômica;
33
Elisa Clavery. Senado aprova MP da liberdade econômica e retira trecho sobre trabalho aos domingos. G1.
https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/08/21/senado-aprova-mp-da-liberdade-economica-e-retira-regras-aprovadas-pela-camara-sobre-trabalhos-ao-
domingo.ghtml. Acesso em 22 de agosto de 2019.
Negócios jurídicos
O texto também muda o trecho do Código Civil que trata dos negócios jurídicos – acordos celebrados
entre partes, com um objetivo determinado, com consequências jurídicas. A proposta inclui um dispositivo
no Código Civil que prevê que as partes de um negócio poderão pactuar regras de interpretação das
regras oficializadas no acordo, mesmo que diferentes das previstas em lei.
Registros públicos
A MP prevê que registros públicos, realizados em cartório, podem ser escriturados, publicados e
conservados em meio eletrônico. Entre os registros que podem atender às novas regras estão o registro
civil de pessoas naturais; o de constituição de pessoas jurídicas; e o registro de imóveis.
Fundos de investimento
A proposta cria uma série de regras para os fundos de investimento, definidos como "comunhão de
recursos" destinados à aplicação em ativos financeiros e bens. A proposta estabelece as regras de
registro dos fundos na Comissão de Valores Imobiliários, as informações que deverão constar nos
regulamentos dos fundos e as regras para solicitar a insolvência.
Segundo estudo, Brasil vive o mais longo aumento contínuo da concentração de renda já registrado.
A desigualdade de renda no Brasil aumentou no 2º trimestre de 2019 pelo 17º trimestre consecutivo,
o que representa o ciclo mais longo já registrado no país, segundo pesquisa da FGV Social, a partir de
dados da PNAD Contínua do IBGE.
De acordo com o estudo "Escalada da Desigualdade", do economista Marcelo Neri, trata-se de um
recorde de duração nas séries históricas brasileiras: 4 anos e 3 meses.
"Nem mesmo em 1989 que constitui o pico do nosso piso histórico de desigualdade brasileira houve
um movimento de concentração de renda por tantos períodos consecutivos".
O chamado índice Gini, que mede a concentração de renda, passou de 0,6003 no 4º trimestre de 2014
para 0,6291 no 2º trimestre de 2019.
De 2014 a 2019, a renda do trabalho da metade mais pobre da população caiu 17,1%, segundo o
estudo. Já a renda dos 1% mais rico subiu 10,11% nesse período. Já a renda da fatia da população
considerada de classe média (posicionada entre os 40% intermediários) teve queda de 4,16%.
A pesquisa mostra que a queda da renda média atingiu com mais intensidade os jovens com idade
entre 20 e 24 anos (-17,16%), analfabetos (-15,16%), moradores das regiões Norte (-13,08%) e Nordeste
(-7,55%) e pessoas de cor preta (-8,35%).
Entre as principais causas apontadas para o aumento da desigualdade estão a desaceleração
econômica e, principalmente, o desemprego.
A pesquisa calcula que entre o final de 2014 até o fim de 2017, o número de brasileiros em situação
de pobreza (renda de até R$ 233 por mês por pessoa) passou de 8,38% para 11,8% da população,
atingindo 23,3 milhões, "um grupo maior do que a população chilena".
Na véspera, o IBGE divulgou que 3,347 milhões de desempregados procuram emprego há pelo menos
2 anos. No 2º trimestre, a taxa de desemprego média no país recuou para 12%, ante 12,7% no 1º
trimestre, atingindo 12,8 milhões de brasileiros.
6 perguntas sobre o pânico global que fez as bolsas de valores despencarem temendo uma
recessão35
Mercado de títulos atingiu um patamar incomum que muitas vezes antecede uma recessão ou pelo
menos uma desaceleração significativa no crescimento econômico.
O pânico tomou conta das bolsas de valores nesta quarta-feira (14/08) em meio a temores envolvendo
a guerra comercial entre China e Estados Unidos e a saúde da economia global.
Os três principais mercados de ações americanos fecharam em queda de 3%, e analistas apontam
sinais de que os EUA podem estar em recessão.
34
G1. Desigualdade de renda cresce há 17 trimestres consecutivos no país, aponta FGV. G1 Economia.
https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/08/16/desigualdade-de-renda-cresce-ha-17-trimestres-consecutivos-no-pais-aponta-fgv.ghtml. Acesso em 16 de agosto
de 2019.
35
BBC. 6 perguntas sobre o pânico global que fez as bolsas de valores despencarem temendo uma recessão. G1 Economia.
https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/08/14/6-perguntas-sobre-o-panico-global-que-fez-as-bolsas-de-valores-despencarem-temendo-uma-recessao.ghtml.
Acesso em 15 de agosto de 2019.
10% mais ricos recebem quase 50% da renda do trabalho no mundo, diz OIT36
No Brasil, essa fatia da população recebe cerca de 41% do total; desigualdade vinha caindo, mas
tendência foi interrompida pela crise. Dados são de 2017.
36
G1. 10% mais ricos recebem quase 50% da renda do trabalho no mundo, diz OIT. G1 Economia. https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/07/04/10percent-
mais-ricos-recebem-quase-50percent-da-renda-do-trabalho-no-mundo-diz-oit.ghtml. Acesso em 04 de julho de 2019.
A OIT destaca, ainda que a renda do trabalho corresponde a 51,4% de toda a renda gerada. Os outros
48,6% se referem à renda do capital – ou seja, remuneraram os proprietários do dinheiro. "É importante
ressaltar que a participação do capital aumentou nos últimos anos", aponta a entidade.
Entenda a regra que pode congelar os recursos do governo Bolsonaro nas próximas semanas37
Governo precisa de autorização do Congresso para emitir R$ 248,9 bilhões em dívidas e não
interromper Bolsa Família, Plano Safra e pagamento de aposentadorias.
Com as contas públicas desequilibradas, o governo Jair Bolsonaro pode ficar sem dinheiro já nas
próximas semanas para oferecer crédito barato aos produtores rurais e pagar despesas cruciais como
Bolsa Família e aposentadorias do INSS.
Para evitar esse problema, o Planalto precisa que o Congresso aprove em até duas semanas
autorização para emitir quase R$ 249 bilhões em dívida.
Se o Congresso não autorizar a União a fazer essa captação de recursos se endividando, o presidente
terá uma escolha difícil na ponta da caneta: cancelar as despesas e agravar a crise econômica do país
ou mantê-las e correr o risco de sofrer um processo de impeachment.
37
BBC. Entenda a regra que pode congelar os recursos do governo Bolsonaro nas próximas semanas. G1 Economia.
https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/06/04/entenda-a-regra-que-pode-congelar-os-recursos-do-governo-bolsonaro-nas-proximas-
semanas.ghtml?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=g1. Acesso em 05 de junho de 2019.
PIB do Brasil cai 0,2% no 1º trimestre e tem primeira retração desde 201638
Não houve revisão do resultado do 4º trimestre, afastando a chance de o país já ter entrado em uma
recessão técnica. Segundo IBGE, consumo das famílias impediu PIB ainda pior.
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu 0,2% no 1º trimestre, na comparação com o último
trimestre do ano passado. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (30/05) pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 1,714 trilhão.
Trata-se da primeira queda desde o 4º trimestre de 2016 (-0,6%).
Apesar de decepcionante, o resultado veio dentro do esperado pelo mercado, confirmando a leitura de
maior fraqueza da atividade econômica neste começo de ano e piora das expectativas.
Além de representar uma interrupção da trajetória de recuperação, que já vinha em ritmo lento, o PIB
negativo no 1º trimestre traz novamente o risco de volta da recessão (caracterizada, tecnicamente, por
dois trimestres seguidos de queda).
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da
economia.
Não houve revisão do resultado do 4º trimestre de 2018 (alta de 0,1% na comparação com os 3 meses
anteriores), afastando assim a chance de o país já ter entrado em uma recessão técnica como temia parte
dos analistas.
Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o PIB cresceu 0,5% entre janeiro e março,
pior resultado desde o 1º trimestre de 2017 (0,1%), representando uma desaceleração significativa em
relação aos meses anteriores (1,1% no 4º trimestre de 2018 e 1,3% no 3º trimestre de 2018).
Desse total, 3,3 milhões estão desocupados há dois anos ou mais. Taxa de desemprego entre jovens
de 18 a 24 anos sobe para 27,3%.
Dados divulgados nesta quinta-feira (16/05) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
mostram que 5,2 milhões de desempregados procuram emprego há mais de 1 ano. Esse universo
representa 38,9% dos desempregados no país.
Do total de pessoas na fila do desemprego, 3,3 milhões (24,8%) estão desocupados há dois anos ou
mais, uma alta de 9,8% na comparação com o 1º trimestre de 2018.
Ainda segundo o IBGE, 6 milhões de pessoas (45,4% do total) estão procurando emprego há mais de
1 mês e menos de 1 ano, e 2,1 milhões estão na fila do desemprego há menos de 1 mês.
39
Darlan Alvarenga. 5,2 milhões de desempregados procuram trabalho há mais de 1 ano, aponta IBGE. G1 Economia.
https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/05/16/52-milhoes-de-desempregados-procuram-trabalho-ha-mais-de-1-ano-aponta-ibge.ghtml. Acesso em 16 de maio
de 2019
Dados também mostram que os constrangimentos no mercado de trabalho por causa da maternidade
são motivo de queixa para mais da metade das mães. Uma pesquisa da Vagas.com aponta que 52% das
mães que trabalham dizem ter passado por esse tipo de situação durante a gravidez ou no retorno da
licença-maternidade.
Entre elas, cerca de 20% relaram terem sido demitidas - apesar de a lei trabalhista vetar demissão
sem justa causa durante a gravidez e até 5 meses depois do parto. Outras queixas levantadas pela
pesquisa são comentários desagradáveis (especialmente de chefes), subestimação, redução de carga
horária e salário e exclusão de projetos por conta da maternidade.
40
Karina Trevisan. Pesquisa mostra que 30% das mulheres deixam trabalho por causa dos filhos; homens são 7%. G1 Economia.
https://g1.globo.com/economia/concursos-e-emprego/noticia/2019/05/10/pesquisa-mostra-que-30percent-das-mulheres-deixam-trabalho-por-causa-dos-filhos-
homens-sao-7percent.ghtml. Acesso em 10 de maio de 2019.
Petrobras vai reajustar diesel com intervalo mínimo de 15 dias e anuncia cartão para
caminhoneiros41
Política de preços
A companhia pontuou que continuará a utilizar mecanismos de proteção financeira, como o hedge com
o emprego de derivativos, cujo objetivo é preservar a rentabilidade de suas operações de refino.
"Ficam mantidos os princípios que balizam a prática de preços competitivos, como preço de paridade
internacional (PPI), margens para remuneração dos riscos inerentes à operação e nível de participação
no mercado", disse a empresa, em comunicado.
41
Taís Laporta. Petrobras vai reajustar diesel com intervalo mínimo de 15 dias e anuncia cartão para caminhoneiros.
https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/03/26/petrobras-decide-que-preco-do-diesel-ficara-ate-15-dias-sem-reajuste.ghtml. Acesso em 27 de março de 2019
Programa de subsídio
O programa de subsídio ao diesel foi estabelecido em junho, após o governo fechar um acordo com
caminhoneiros para encerrar os protestos que paralisaram o país.
O preço de comercialização para a Petrobras e outros agentes que participam do programa, incluindo
alguns importadores, foi congelado naquele mês a R$ 2,0316 por litro.
Empresas como a Petrobras que aderiram ao plano precisavam praticar preços estipulados pelo
governo e eram ressarcidas em até 30 centavos por litro, dependendo do cenário de preços externos.
País aguarda uma resposta a seu pedido para tornar-se membro da organização; nesta terça, EUA
manifestaram apoio, mas exigem que país retire tratamento especial na OMC.
Há quase dois anos, o Brasil aguarda uma resposta sobre seu pedido para tornar-se membro da
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o chamado “clube dos ricos”. O
país é "parceiro-chave" da organização desde 2007.
A OCDE é uma organização que visa promover a cooperação e discussão de políticas públicas e
econômicas para guiar os países que dela fazem parte.
O pedido do Brasil foi feito pelo governo do então presidente Michel Temer. Mas nada foi decidido por
falta de acordo entre os países membros – tendo os Estados Unidos como um dos maiores empecilhos.
Além do Brasil, outros cinco países também aguardam uma decisão para entrar na OCDE: Argentina,
Peru, Croácia, Bulgária e Romênia. O Brasil foi o último a solicitar o ingresso.
Inicialmente, o governo americano relutou em permitir a entrada simultânea de vários postulantes e
queria que a Argentina tivesse preferência sobre o Brasil, alegando que a análise de vários pedidos
atrapalharia o funcionamento da organização.
42
G1. Entenda o que está em jogo na relação entre o Brasil e a OCDE. https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/03/19/entenda-o-que-esta-em-jogo-na-
relacao-entre-o-brasil-e-a-ocde.ghtml. Acesso em 20 de março de 2019.
Questões
02. (Metrô/SP – Agente de Segurança – FCC/2019) Em junho/2019, foi tomada uma decisão de
grande interesse para o governo, principalmente para o Ministério da Economia. Trata-se
(A) da liberação da venda de subsidiárias de estatais sem a necessidade de aval do Congresso,
facilitando as privatizações.
(B) do percentual de aumento do salário mínimo que deverá atingir 15% no ano de 2020, o que
garantirá reposição salarial.
(C) de nova sistemática de contagem da população desempregada para facilitar a criação de políticas
de geração de emprego.
(D) da disponibilização de recursos provenientes das exportações para ampliar programas
habitacionais.
(E) da criação de mecanismos legais que dificultem a saída de capitais estrangeiros do mercado
financeiro nacional.
Gabarito
Comentários
01. Resposta: D
Condição de vulnerabilidade socioeconômica, política e de baixa autoestima.
O fragmento do texto apresenta a pobreza como um fenômeno multifacetado. Basicamente essas são
as dimensões analisadas: despossessão psicológica, social e política.
(http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=1132:reportagens-materias&Itemid=39).
02. Resposta: A
Em processo definido em junho de 2019, a maioria dos ministros do STF concordou com a flexibilização
das regras para a comercialização de estatais.
Ficou claro que ainda é proibida a privatização de estatais sem a permissão do Congresso, porém
essa regra não se aplica às suas subsidiárias.
03. Resposta: D
O economista Roberto Campos Neto tomou posse como presidente do Banco Central (BC), em reunião
privada no Palácio do Planalto no dia 28 de fevereiro de 2019. Ele assume o lugar de Ilan Goldfajn, que
estava no comando da instituição desde junho de 2016.
04. Resposta: A
A OCDE é uma organização que visa promover a cooperação e discussão de políticas públicas e
econômicas para guiar os países que dela fazem parte.
O pedido do Brasil foi feito pelo governo do então presidente Michel Temer e inicialmente, o governo
americano relutou em permitir a entrada simultânea de vários postulantes e queria que a Argentina tivesse
preferência sobre o Brasil, alegando que a análise de vários pedidos atrapalharia o funcionamento da
organização.
05. Resposta: E
De acordo com texto noticiado na Folha de SP, “A projeção do mercado financeiro para o PIB de 2019
é de 0,87%, segundo o Boletim Focus do Banco Central. O governo prevê um crescimento ligeiramente
menor, de 0,85%.”.
Depois de vários adiamentos, a partir do dia 31 de janeiro, será obrigatório o uso das placas do
Mercosul em todos os estados brasileiros. O prazo, portanto, atende ao estipulado na Resolução n°
780/2019 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), de julho do ano passado. A determinação é de
que as unidades federativas do país devam utilizar o novo padrão de placas de identificação Veicular
(PIV).
Embora a adoção do sistema de placas do Mercosul tenha sido anunciada em 2014, e deveria ter
entrado em vigor em janeiro de 2016, a implantação do registro foi adiada seis vezes. Devido a disputas
judiciais, a implantação ficou para 2017. Depois foi adiada mais uma vez para que os órgãos estaduais
de trânsito pudessem se adaptar ao novo modelo e credenciar as fabricantes das placas.
Dos 26 estados do Brasil, já aderiram à nova PIV: Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Paraíba, Piauí,
Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Rondônia.
Código QR
Todas as placas contarão com um código de barras dinâmico do tipo Quick Response Code (QR Code),
com números de série e acesso às informações do banco de dados dos fabricantes e estampador da placa.
O objetivo disso é controlar a produção, logística, estampagem e instalação das placas nos respectivos
veículos, além de verificar a autenticidade.
Com autorização, publicada no 'Diário Oficial da União' desta quinta, motoristas poderão recolher
tributos e ter direito a contar tempo para aposentadoria, entre outros benefícios.
Os motoristas de aplicativo independentes, profissão que vem ganhando adeptos nos últimos anos,
receberam autorização do governo, por meio de resolução publicada no "Diário Oficial da União" desta
quinta-feira (08/08), para serem considerados microempreendedores individuais.
Esse programa foi criado há dez anos atrás para incentivar a formalização de pequenos negócios e de
trabalhadores autônomos como vendedores, doceiros, manicures, cabeleireiros, eletricistas, entre outros,
a um baixo custo.
Podem aderir ao programa os negócios que faturam até R$ 81 mil por ano (ou R$ 6,7 mil por mês) e
que têm no máximo um funcionário.
Atualmente, o custo mensal do registro é de R$ 49,90, que pode ser acrescido de R$ 1 se o ramo
exercido for comércio ou indústria (ICMS), ou de R$ 5, em ISS, se for do ramo de serviços - totalizando
R$ 54,90. Se o negócio envolver essas três atividades (comércio, indústria e serviços), o valor mensal é
de R$ 55,90.
Além de contribuir mensalmente, o microempreendedor também deve entregar anualmente a
Declaração Anual do Simples Nacional – Microempreendedor Individual (DASN SIMEI), manter o controle
mensal do faturamento, emitir notas fiscais para pessoas jurídicas, guardar as notas fiscais de compra e
venda e realizar os recolhimentos obrigatórios (se tiver um funcionário).
43
Luiz Felipe Kessler. Cuidado com a multa: novas placas do Mercosul vão passar a ser obrigatórias a partir do dia 31. https://seucreditodigital.com.br/novas-
placas-do-mercosul-vao-ser-obrigatorias/. Acesso em 22 de janeiro de 2020.
44
Alexandro Martello. Motorista de aplicativo poderá aderir a programa de microempreendedor individual. G1.
https://g1.globo.com/economia/pme/noticia/2019/08/08/motorista-de-aplicativo-ganha-autorizacao-para-ser-microempreendedor-individual.ghtml. Acesso em 08 de
agosto de 2019.
Anúncio foi feito pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, em entrevista coletiva no Palácio do
Planalto. Dinheiro deverá ser usado para compra de pneus e manutenção dos veículos.
O governo federal anunciou nesta terça-feira (16/04) uma linha de crédito de até R$ 30 mil, via Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para caminhoneiros autônomos. Também
anunciou o investimento de R$ 2 bilhões em rodoviais.
O anúncio foi feito no Palácio do Planalto pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
"O governo anuncia neste momento uma linha de crédito específica para caminhoneiros autônomos
de até R$ 30 mil para compra de pneus e manutenção dos veículos", afirmou Onyx.
De acordo com o ministro, serão liberados R$ 500 milhões na linha de crédito, que poderá ser
acessada pelos caminhoneiros primeiro nos bancos públicos, Banco do Brasil e Caixa, e depois nos
“demais bancos e cooperativas de crédito de todo o Brasil.”
Além disso, segundo Onyx, poderão tomar o empréstimo apenas caminhoneiros autônomos que
tenham até dois caminhões por CPF.
Rodovias
Onyx afirmou que, dos R$ 2 bilhões para as rodovias, cerca de R$ 900 milhões serão usados para
manutenção. Ele afirmou que as chuvas intensas do verão, aliadas ao transporte rodoviário,
prejudicaram estradas em todo o país.
"Historicamente, há muitos anos nós não tínhamos chuvas tão intensas e tão difusas no Brasil. Nós
já não tínhamos uma manutenção das rodovias brasileiras", afirmou Onyx.
45
Luiz Felipe Barbiéri. Elisa Clavery. Governo anuncia crédito de R$ 30 mil para caminhoneiros autônomos e investimento de R$ 2 bi em rodovias. G1 Política.
https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/04/16/governo-anuncia-linha-de-credito-via-bndes-de-ate-r-30-mil-para-caminhoneiros-
autonomos.ghtml?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=g1. Acesso em 17 de abril de 2019
Preço do diesel
Onyx foi questionado sobre a política do governo para o preço do diesel. Ele afirmou que o tema é
uma das reivindicações dos caminhoneiros e será tratado em reunião na tarde desta terça entre o
presidente Jair Bolsonaro, a equipe econômica e representantes da Petrobras.
Na semana passada, Bolsonaro determinou que a estatal suspendesse um reajuste previsto para o
diesel. A ação do presidente foi vista pelo mercado como interferência política na Petrobras.
"Vai haver uma reunião agora à tarde, que já está anunciada, entre o presidente, o Ministério da
Economia, outros ministérios e a Petrobras, que vão discutir esse tema. Agora, o governo sempre disse
que a Petrobras tem a autonomia e a liberdade para exercitar aquilo que é necessário do ponto de vista
de política de combustível", disse Onyx.
São Paulo já oferece também scooter e bicicletas elétricas nesse sistema. Aumento da circulação
desses veículos alternativos cria desafios de convivência: veja o que diz a lei.
O serviço de compartilhamento de bicicletas e patinetes está se espalhando por todo o Brasil. Um
levantamento do G1 aponta que 13 capitais, além de Brasília, já contam o serviço para bicicletas. Os
patinetes elétricos, mais recentes, já estão em ao menos 9 dessas cidades.
Maior centro de startups de mobilidade do país, São Paulo foi pioneira e agora oferece até scooters e
bicicletas elétricas nesse sistema, o que também deverá se expandir para outras localidades.
Mais concentrado em regiões planas das cidades e onde existem ciclovias, o aumento desses serviços
também tem gerado questões de convivência entre os que recorrem a esses veículos alternativos e os
motoristas, motociclistas e pedestres.
Não é incomum ver patinetes na rua, onde circulam carros e motos, e na calçada. Esses pequenos
veículos também dividem espaço com as bicicletas nas ciclovias. E, como parecem ser simples de usar,
atraem mesmo quem não tem experiência.
46
Rafael Miotto. 14 capitais contam com serviços de compartilhamento de bicicletas; patinetes chegam a 9. G1. https://g1.globo.com/carros/noticia/2019/03/24/14-
capitais-contam-com-servicos-de-compartilhamento-de-bicicletas-patinetes-chegam-a-9.ghtml. Acesso em 25 de março de 2019.
Bicicletas
Quando não houver ciclovia, ciclofaixa ou acostamento ou não for possível a utilização destes, as
bicicletas devem rodar "nos bordos da pista de rolamento", no mesmo sentido dos outros veículos em
vias urbanas e rurais.
Ou seja: pode andar na rua, junto à calçada, mas nada de bicicleta na contramão.
E na calçada, pode? O Código de Trânsito informa que a circulação de bicicletas será permitida "nos
passeios" com a autorização dos órgãos responsáveis. Então, depende de cada cidade.
Diferente do que acontece com bicicletas elétricas, a lei não obriga o uso de capacete nas comuns.
Mas eles são recomendáveis.
Punições para ciclistas estão previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), mas ainda não entraram
em vigor. A aplicação de multas para usuários de bicicletas e pedestres deveria começar em 2019, mas
o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) revogou a resolução que regulamentava as penalidades.
Bicicletas elétricas
Desde 2012, quando um ciclista foi multado no Rio, existem regras específicas para as bicicletas
elétricas. Até então, elas eram equiparadas aos ciclomotores (por exemplo, as motos "cinquentinhas").
Depois, acabaram se enquadrando na nova categoria, desde que tenham:
- potência nominal máxima de até 350 Watts;
- velocidade máxima de 25 km/h;
- sistema que garanta o funcionamento do motor somente quando o condutor pedalar;
- ausência de acelerador ou de qualquer outro dispositivo de variação manual de potência.
Bicicletas elétricas com acelerador continuam sendo consideradas ciclomotores e precisam seguir
todas a exigências para veículos motorizados, como emplacamento e ter habilitação.
Scooters
Os scooters elétricos devem seguir exatamente as mesmas regras de trânsito das motocicletas, ou
seja, podem rodar apenas nas vias de trânsito de veículos motorizados e estão proibidos de estar nas
ciclovias.
Eles devem estar emplacados e o usuário precisa ter carteira de habilitação na categoria A (para
motos) ou ACC (para ciclomotor ou 'cinquentinhas'), caso o scooter tenha potência máxima de 4kw. Sem
ela, não é possível se cadastrar no aplicativo.
Países de mesmo porte utilizam muito mais as ferrovias que o Brasil; compare47
O Brasil é, entre os países de dimensões semelhantes, o que menos utiliza o sistema ferroviário para
o transporte de cargas.
Dados da ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários) apontam que, de cada 100
quilos de carga transportados no país, só 15 trafegam em linhas de trem. Outros 65 quilos são levados
por rodovias e 20, por outros modais de transporte.
Os dados diferem de estudo apresentado em 2018 pela CNT (Confederação Nacional do Transporte),
que mostraram que as ferrovias transportam 20,7% das cargas no país, ante 61,1% do volume
transportado por meio de rodovias. A diferença, segundo a ANTF, é explicada pela metodologia.
Mas, independentemente do dado a ser utilizado, o índice é muito inferior aos percentuais registrados
em países como Rússia, Canadá, Austrália, EUA e China.
Na Rússia, 81% das cargas são transportadas em linhas férreas, muito à frente do índice canadense,
de 46%. Na sequência aparecem Austrália e EUA (ambos com 43%) e China (37%).
As rodovias só representam o principal meio de transporte no Brasil e na China – lá, com 50% do total.
EM ALTA
Apesar disso, de acordo com a ANTF, dados de 2017 mostram que a produção ferroviária atingiu 375
bilhões de toneladas por quilômetro no Brasil, alta de 170% em relação ao índice de 20 anos antes,
quando as ferrovias foram concedidas.
47
Marcelo Toledo. Países de mesmo porte utilizam muito mais as ferrovias que o Brasil. Folha de São Paulo.
https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2019/03/11/paises-de-mesmo-porte-utilizam-muito-mais-as-ferrovias-que-o-brasil-compare/. Acesso em 11 de março de
2019.
Questões
Gabarito
01.D
Comentários
01. Resposta: D
A Lei 10.233, de 5 de junho de 2001, ao promover uma reestruturação no setor federal de transporte,
estabeleceu, em seu artigo 22, inciso VII, que compete à ANTT (Agência Nacional de Transportes
Terrestres) regulamentar o transporte de cargas e produtos perigosos em rodovias e ferrovias.
O transporte rodoviário, por via pública, de produtos que sejam perigosos, por representarem risco
para a saúde de pessoas, para a segurança pública ou para o meio ambiente, é submetido às regras e
aos procedimentos estabelecidos pelo Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos,
Resolução ANTT nº. 3665/11 e alterações, complementado pelas Instruções aprovadas pela Resolução
ANTT nº. 420/04 e suas alterações48.
Fonte: http://www.antt.gov.br/index.php/content/view/4961/Produtos_Perigosos.html
Sociedade
Bilionários são mais ricos do que 60% da população mundial, diz ONG49
Estudo divulgado às vésperas do Fórum Econômico Mundial em Davos mostra que mulheres são as
mais afetadas pela desigualdade.
Em 2019, os 2.153 bilionários que havia no mundo tinham mais dinheiro do que o total somado de 60%
da população do planeta, denuncia a ONG Oxfam em um relatório que será publicado na segunda-feira
(20/01), e destaca a concentração da riqueza em detrimento, sobretudo das mulheres, primeiras vítimas
da desigualdade.
"Este enorme abismo é consequência de um sistema econômico falido e sexista, que valoriza mais a
riqueza de uma elite privilegiada, em sua maioria, homens", destaca a ONG.
O informe anual da Oxfam sobre as desigualdades mundiais é tradicionalmente publicado antes da
abertura do Fórum Econômico Mundial (WEF) de Davos, na Suíça, ponto de encontro da elite política e
econômica global.
48
https://www.qconcursos.com/questoes-de-
concursos/questoes/search?utf8=%E2%9C%93&todas=on&q=transportes&instituto=&organizadora=&prova=&ano_publicacao=&cargo=&escola ridade=&modalidad
e=&disciplina=&assunto=&esfera=&area=&nivel_dificuldade=&periodo_de=&periodo_ate=&possui_gabarito_comentado_texto _e_video=&possui_comentarios_gera
is=true&possui_comentarios=&possui_anotacoes=&sem_dos_meus_cadernos=&sem_anuladas=&sem_desatualizadas=&sem_anuladas_impressao =&sem_desatu
alizadas_impressao=&caderno_id=&migalha=&data_comentario_texto=&data=&minissimulado_id=&resolvidas=&resolvidas_certas=&resolvidas_erradas=&nao_res
olvidas=
49
France Presse. Bilionários são mais ricos do que 60% da população mundial, diz ONG. https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/01/19/bilionarios-sao-mais-
ricos-do-que-60-da-populacao-mundial-diz-ong.ghtml. Acesso em 20 de janeiro de 2020.
Índice que mede desigualdade subiu depois de permanecer estável por dois anos e foi o maior desde
2012. Rendimento do grupo de 1% mais ricos cresceu 8,4%, já o dos 5% mais pobres caiu 3,2%.
Num quadro de lenta retomada econômica e elevado desemprego, o Brasil colheu mais uma notícia
negativa no ano passado: a concentração de renda voltou a piorar e o índice que mede a desigualdade
foi o maior da série histórica, iniciada em 2012. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (16/10) e têm como base a Pesquisa Mensal por Amostra
de Domicílios (Pnad) Contínua.
Os números do IBGE mostram que o rendimento médio do grupo de 1% mais ricos do país cresceu
8,4% em 2018, enquanto o dos 5% mais pobres caiu 3,2%.
No ano passado, o índice de Gini, que mede a concentração e desigualdade de renda, subiu para
0,509, depois de ficar estável nos dois anos anteriores, quando foi de 0,501. O número é o maior da série
iniciada em 2012, e leva em conta o rendimento médio dos brasileiros para todos os trabalhos.
O índice de Gini varia de zero a 1. Quanto mais próximo de zero, mais perfeita é a distribuição de renda
de um país. Quanto mais perto de 1, mais desigual é uma economia. Ao longo dos últimos anos, o melhor
resultado para o índice de Gini foi observado em 2015, quando marcou 0,494.
“Essas variações no in
́ dice de Gini têm muito a ver com as flutuações na renda dos mais ricos”, afirmou
a analista do IBGE, Adriana Beringuy.
50
Luiz Guilherme Gerbelli. Concentração de renda volta a crescer no Brasil em 2018, diz IBGE. G1.
https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/10/16/concentracao-de-renda-volta-a-crescer-no-brasil-em-2018-diz-ibge.ghtml. Acesso em 16 de outubro de 2019.
A pesquisa divulgada pelo IBGE é mais uma a captar o aumento da concentração de renda no país
diante da deterioração do quadro econômico dos últimos anos. Em agosto, a Fundação Getúlio Vargas
divulgou um estudo que apontou que a desigualdade cresce há 17 trimestres seguidos.
1% mais rico ganha 33,8 vezes mais que os 50% mais pobres
A análise detalhada do rendimento de todos os trabalhos ajuda a explicar a piora da desigualdade no
ano passado. Segundo o IBGE, houve queda em 2018 nos ganhos das classes que formam os 30% mais
pobres, enquanto que nas classes de cima houve alta.
Entre os 1% mais ricos do país – ou seja, aqueles que ganham em média R$ 27.744 por mês –, o
rendimento médio avançou 8,4% na comparação com 2017. Na outra ponta, os brasileiros que fazem
parte da faixa dos 5% mais pobres – com rendimento médio de R$ 158 por mês – perderam 3,2% da
renda.
Com o resultado de 2018, a renda da elite econômica do país, segundo o IBGE, corresponde a 33,8
vezes o rendimento dos 50% que integram a população de menor rendimento (R$ 820). É a maior
distância já apurada pelo instituto. Em 2017, essa relação era de 31,2 vezes.
Em 2018, o rendimento médio mensal de todos os trabalhos foi de R$ 2.234, um ligeiro crescimento
em relação ao observado em 2017 (R$ 2.107).
“A proporção de pessoas com rendimento de trabalho caiu, e isso tem relação com a perda de
empregos. Já a proporção de aposentadorias vem aumentando, o que pode estar relacionado a mais
pessoas buscando o benefício e por componentes demográficos, tanto que é mais forte no Sul e Sudeste,
onde a população está mais envelhecida”, disse a gerente da PNAD Contin
́ ua, Maria Lucia Vieira.
População cresceu 0,79% em relação a 2018. Maior alta ocorreu em Roraima, de 5%. 1 em cada 3
brasileiros mora em 48 municípios com mais de 500 mil habitantes.
51
G1. Brasil atinge 210 milhões de habitantes, diz IBGE. G1. https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/08/28/brasil-atinge-210-milhoes-de-habitantes-diz-
ibge.ghtml. Acesso em 28 de agosto de 2019.
Principais destaques
A população brasileira total cresceu 0,79% entre 2018 e 2019. Entre 2017 e 2018, havia crescido
0,82%;
A população de Roraima cresceu 5,1%, a maior alta entre todos os estados. Continua sendo a unidade
federativa menos populosa do país;
- São Paulo é o estado mais populoso, com 45,91 milhões de pessoas, seguido por Minas Gerais
(21,16 milhões), Rio de Janeiro (17,26 milhões) e Bahia (14,87 milhões);
- Entre os municípios, São Paulo segue como o mais populoso, com 12,25 milhões de habitantes,
seguido pelo Rio de Janeiro (6,72 milhões), Brasília (3,0 milhões) e Salvador (2,9 milhões);
- Serra da Saudade (MG) é a cidade com a menor população, 781 habitantes, seguida de Borá (SP),
com 837 pessoas, e Araguainha (MT), com 935;
- Mais da metade da população (57,4% ou 120,7 milhões de habitantes) vive em 324 cidades com mais
de 100 mil habitantes;
- 48 cidades possuem mais de 500 mil habitantes e concentram 31,7% da população (66,5 milhões);
- Boa Vista foi a capital com maior taxa de crescimento no último ano (6,35%), e, Porto Alegre, a com
o menor de aumento populacional (0,32%);
- Dos 5.570 municípios do país, metade (49,6%) tiveram crescimento entre zero e 1% e apenas 4,8%
(266 cidades) apresentaram crescimento igual ou superior a 2%.
De 2014 a 2018, o Ministério Público do Trabalho (MPT) registrou mais de 21 mil denúncias de trabalho
infantil. Foram ajuizadas 968 ações e firmados 5.990 termos de ajustamento de conduta, um instrumento
administrativo para impedir condutas irregulares. Para reforçar a luta contra esse tipo de trabalho, o MPT
lança nesta quarta-feira (12/06) a campanha nacional Toda Criança é Nossa Criança. Diga Não ao
Trabalho Infantil.
A campanha, que conta com um filme de animação, questiona os adultos: “você acha difić il imaginar
o quanto é ruim para uma criança ficar vendendo coisas na rua? Comece imaginando que é o seu filho.”
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase 2,5 milhões de crianças e
adolescentes entre 5 e 17 anos estão trabalhando no Brasil. Dados do Observatório Digital do Trabalho
Escravo, desenvolvido pelo MPT em cooperação com a Organização Internacional do Trabalho (OIT),
mostram que entre 2003 e 2018, 938 crianças foram resgatadas de condições análogas à escravidão.
Para a coordenadora nacional da Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho da
Criança e do Adolescente (Coordinfância) do MPT, Patrícia Sanfelici, muitas vezes ao oferecer trabalho
para crianças e adolescentes, as pessoas acham que estão ajudando-os a sair da rua, a ter um futuro,
mas não é o que ocorre. “Na verdade, estão contribuindo para a perpetuação de um ciclo de miséria,
podendo até trazer prejuízos graves à formação fiś ica, intelectual e psicológica desse jovem ou criança”,
disse a coordenadora
O MPT reforça que só a partir dos 14 anos os jovens podem exercer atividades de formação
profissional, apenas em programas de aprendizagem, e com todas as proteções garantidas. A campanha
foi desenvolvida pelo MPT de São Paulo se estenderá às redes sociais do MPT em todo o país. O desenho
será divulgado as 9h no Parque do Ibirapuera, em São Paulo.
As crianças nascidas a partir de 2010 formam uma nova geração para quem o mundo analógico é um
passado distante e a tecnologia é uma extensão de sua forma de conhecer o mundo.
Se você pensa que ninguém seria capaz de superar os millennials e a geração Z em conhecimentos
sobre tecnologia, está equivocado. Chegou a hora de dar boas-vindas à geração alfa, a primeira que é
100% nativa digital.
Fazer recortes geracionais não é uma ciência exata. No entanto, segundo o instituto de pesquisa
americano Pew Research Center, analisar as gerações oferece "uma forma de entender como
acontecimentos globais, econômicos e sociais interagem entre si para definir a forma como vemos o
mundo".
E está claro como a próxima geração vê o mundo: através de uma tela.
52
Agência Brasil. MP recebe 4,3 mil denúncias de trabalho infantil por ano. https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2019/06/12/mp-recebe-4-3-mil--denuncias-
de-trabalho-infantil-por-ano.html. O Povo. Acesso em 12 de junho de 2019.
53
BBC. O que é a geração alfa, a 1ª a ser 100% digital. G1. https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2019/05/29/o-que-e-a-geracao-alfa-a-1a-a-ser-100-
digital.ghtml. Acesso em 30 de maio de 2019
Seis dos 11 ministros votam por criminalizar a homofobia, mas julgamento, que ocorre no dia seguinte
ao avanço no Senado de lei sobre mesmo tema, ainda não terminou
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) considera que a homofobia é crime,
equiparando as penas por ofensas a homossexuais e a transexuais às previstas na lei contra o racismo.
Uma das principais reivindicações de militantes LGBT no país, o tema chegou à Corte por meio de duas
ações, movidas pela Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transgêneros e
Intersexos (ABGLT) e o Partido Popular Socialista (PPS), em 2012 e 2013, respectivamente. O julgamento
foi iniciado em fevereiro e, embora seis dos onze ministros já tenham votado pela penalização do crime
com até três anos de prisão, a discussão foi suspensa antes de chegar ao fim, e deve ser retomada no
próximo dia 5 de junho.
Num país clivado pela polarização política e pela "guerra cultural" entre progressistas e bolsonaristas,
o debate no Supremo se transformou em mais um capítulo da disputa entre parte do Legislativo e a cúpula
do Judiciário. Expoentes da bancada conservadora no Congresso, empoderados com a chegada do
Governo ultradireitista de Bolsonaro ao Planalto, acusam a Corte de querer legislar em temas de
costumes, sem ter poder para tal, enquanto os magistrados argumentam que têm independência para
fazê-lo e que é dever do Judiciário proteger as minorias sociais. As ações em julgamento acabam tocando
diretamente no ponto: elas pedem a fixação de um prazo para que seja criada uma lei específica para os
crimes de homofobia. Ou seja: pedem que o STF inste o Parlamento a criar uma legislação e, até lá,
estabeleça uma tipificação provisória. Apesar da maioria formada sobre a criminalização da homofobia, o
STF ainda não deliberou sobre esse prazo.
A sessão desta quinta começou discutindo justamente se o Supremo deveria avançar no debate sobre
a homofobia ou esperar pelo Parlamento. O motivo é que o julgamento ocorreu justamente um dia depois
de avançar no Senado um projeto sobre o mesmo tema. Na quarta-feira, e tendo no horizonte a votação
na Corte, foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) o PL 672/2019, que prevê incluir na
Lei de Racismo a discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero. Minutos antes da
retomada da discussão no Supremo, o Senado enviou ao tribunal uma petição demonstrando que o tema
já estava sendo apreciado no Congresso.
O presidente da Corte, Antonio Dias Toffoli, decidiu então colocar a questão em votação: julgar ou
esperar os congressistas? "A preservação da integridade física e moral das pessoas não deve esperar",
defendeu o ministro Luís Roberto Barroso. "Quem é atacado e discriminado tem pressa", completou. Já
Toffoli, a favor da interrupção do julgamento, defendeu inclusive que a discussão sobre homofobia já havia
causado efeito na redução da violência contra esse grupo. “Ao que tudo indica, já houve diminuição nas
agressões e na violência”, afirmou, sem citar números. A tentativa de Toffoli de não acirrar ainda mais os
ânimos com os conservadores do Congresso falhou. Por 9 a 2, o julgamento foi retomado.
Durante a sessão, o decano do STF, Celso de Mello, decidiu responder diretamente aos parlamentares
conservadores que pedem seu impeachment justamente porque ele e outros três magistrados votaram
para criminalizar a homofobia. O pedido de destituição foi feito pela deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-
DF), uma das entusiastas da mobilização pró-Governo Bolsonaro marcada para o próximo domingo e que
tem como um alvo das críticas o próprio Supremo. Mello disse que o pedido de impeachment era
"manifestação de superlativa intolerância por parte dos denunciantes". “Sem juiź es independentes não
há cidadãos livres", afirmou.
O embate está longe de ter fim. Além da questão LGBT, há ainda o tema da política antidrogas. Na
semana passada, o Senado aprovou lei que endurece a política antidrogas, às vésperas de o Supremo
retomar julgamento sobre a descriminalização do uso e porte de maconha, que está parado desde
2015.Tanto a criminalização da homofobia como o tema da maconha devem voltar ao plenário em 5 de
junho.
54
Marina Rossi. Maioria do STF decide que homofobia é crime. El País. https://brasil.elpais.com/brasil/2019/05/23/politica/1558635166_112275.html. Acesso em
24 de maio de 2019.
De 2012 a 2018, número de declarados pretos aumentou em quase 5 milhões no país. População
branca segue encolhendo e pardos seguem sendo maioria.
Em 2018, o Brasil tinha 19,2 milhões de pessoas que se declararam pretas – 4,7 milhões a mais que
em 2012, o que corresponde a uma alta de 32,2% no período. É o que revela um levantamento divulgado
nesta quarta-feira (22/05) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
À exceção de 2014, quando o número de pretos se manteve estável em relação ao ano anterior,
anualmente tem aumentado o percentual da população declarada da raça preta. Trata-se, portanto, de
uma tendência.
“O motivo especif́ ico para o aumento dessa declaração, de fato, a gente não tem. O que a gente
percebe é que nos últimos anos houve reforço das polit́ icas afirmativas de cor ou raça”, apontou a analista
do IBGE, Adriana Beringuy.
A pesquisadora enfatizou que o levantamento, feito com base na Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contiń ua (PNAD), é realizado a partir da percepção de cor e raça do entrevistado. “Não é o
entrevistador que determina a cor, é o informante que declara”, disse.
Na contramão, diminui ano a ano a população declarada branca, que em 2018 somava 89,7 milhões
de brasileiros, contra 92,2 milhões em 2012. Os brancos foram maioria no país até 2014. Desde 2015, os
pardos passaram a representar a maior parte da população – saltou de 89,6 milhões em 2012 para 96,7
milhões em 2018.
55
Daniel Silveira. Em sete anos, aumenta em 32% a população que se declara preta no Brasil. G1. https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/05/22/em-sete-
anos-aumenta-em-32percent-a-populacao-que-se-declara-preta-no-brasil.ghtml. Acesso em 22 de maio de 2019.
Questionada se tal tendência – de aumento das populações preta e parda e queda da branca – deve
se manter por mais tempo, a pesquisadora disse não ser possível afirmar.
“A gente não sabe se todo esse crescimento é baseado nas políticas afirmativas de cor e raça. Se for,
vai depender da continuidade dessas políticas. Cria-se uma cultura nas pessoas que foram atingidas
pelas referidas políticas e estas repassam o posicionamento delas em relação à própria cor para as
demais pessoas, mesmo que estas não sejam beneficiadas diretamente”, ponderou.
Grupo se manifestou por duas horas na Avenida Paulista. No Parque do Ibirapuera, manifestantes
realizaram 'Caminhada do Silêncio'.
Manifestantes realizam dois atos na cidade de São Paulo contra a ditadura militar neste domingo
(31/03), dia em que o golpe que instaurou a ditadura militar no Brasil completa 55 anos.
O golpe de estado de 1964 precedeu um período de ditadura militar em que não houve eleição direta
para presidente no Brasil. O Congresso Nacional chegou a ser fechado, mandatos foram cassados e
houve censura à imprensa. De acordo com a Comissão da Verdade, 434 pessoas foram mortas pelo
regime ou desapareceram – somente 33 corpos foram localizados.
Nesta tarde, manifestantes protestaram por duas horas na Avenida Paulista, na região central da
capital. No Parque do Ibirapuera, na Zona Sul, a proposta foi uma "Caminhada do Silêncio". Outras
manifestações pró e contra a ditadura militar (1964-1985) ocorrem em várias cidades do Brasil.
Os protestos ocorrem dias após o presidente Jair Bolsonaro determinar ao Ministério da Defesa que
fizesse as “comemorações devidas” pelos 55 anos do golpe. Mais tarde, Bolsonaro esclareceu que a ideia
era "rememorar" a data, não comemorar o golpe.
Na Paulista, o grupo se concentrou em frente ao Masp das 14h30 às 16h30. Os manifestantes vestiram
camisetas vermelhas e ergueram bandeiras que pediam luta e liberdade. Um boneco em referência a
Carlos Alberto Brilhante Ustra, que comandou o DOI-CODI, foi incendiado no asfalto. Os manifestantes
dispersaram às 16h30.
De acordo com a deputada federal Carla Zambelli (PSL), seu assessor foi agredido quando passava
pela manifestação. Ela disse nas redes sociais que sua equipe vai "continuar comemorando o 31 de
março". A Polícia Militar (PM) registrou a ocorrência de uma agressão na altura da Rua Treze de Maio,
mas não confirmou se é o mesmo caso.
A manifestação no Ibirapuera, começou às 16 horas na Praça da Paz, saiu em passeata dentro do
parque às 18 horas, e terminou às 19h30 no portão 10, junto ao monumento em homenagem aos mortos
e desaparecidos na ditadura, obra projetada pelo arquiteto Ricardo Ohtake, que traz nomes de vítimas do
período.
O professor de espanhol Adilson Oliveira, de 57 anos, chegou cedo para acompanhar o ato. “Eu tinha
8 anos quando meu pai foi assassinato dentro de casa. Eu estava com minhas irmãs. Não deixar morrer
a memória é muito importante”, disse, carregando um desenho do pai.
Semana de manifestações
A orientação do presidente foi acatada pelo comandante do Exército, general Edson Leal Pujol, que
participou de uma solenidade no Comando Militar do Planalto, em Brasília, em que foi feita a leitura da
Ordem do Dia em referência a 31 de março de 1964.
O pedido de Bolsonaro, no entanto, gerou diversas manifestações contrárias ao longo da semana.
A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal divulgou uma nota na
qual afirmou que a comemoração do golpe militar de 1964 merece "repúdio social e político" e podia
configurar improbidade administrativa.
A Justiça Federal em Brasília chegou a proibir, seguindo um pedido da Defensoria Pública da União,
que o golpe fosse celebrado pelas Forças Armadas. No entanto, outra decisão, também da Justiça
Federal, liberou as comemorações.
Parentes de vítimas da ditadura militar e o instituto Vladimir Herzog também pediram que a Justiça
concedesse liminar (decisão provisória) para impedir comemorações. O pedido foi negado pelo ministro
do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.
A ONG Human Rigths Watch criticou a determinação em uma nota com o título "Bolsonaro comemora
ditadura brutal".
Já o ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou que não considera que tenha havido um
"golpe" no país em 1964. Segundo ele, o que houve na ocasião foi um "movimento necessário" para que
o país não se tornasse uma "ditadura".
Questões
01. (UFRR – Técnico de Tecnologia da Informação – UFRR – 2019) Por 8 votos a 3, o Supremo
Tribunal Federal (STF) aprovou, no dia 13 de junho de 2019, a Lei N° 7.716/89, que define os crimes
resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, e também deve ser aplicada a
56
G1 São Paulo. SP tem atos contra ditadura militar no dia em que golpe completa 55 anos. https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2019/03/31/sp-tem-atos-
contra-ditadura-militar-no-dia-em-que-golpe-completa-55-anos.ghtml. Acesso em 01 de abril de 2019
02. (CRECI/5ª Região – Suporte Administrativo – Quadrix – 2019) O Diário Oficial da União (DOU)
trouxe, no dia 28 de agosto de 2019, a mais nova estimativa da população brasileira feita pelo IBGE. De
acordo com os dados, o País já conta com mais de 210 milhões de habitantes. O número atualizado é de
210.147.125 de habitantes.
Internet: <https://exame.abril.com.br> (com adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial, assinale a alternativa correta.
(A) Os quatro municípios mais populosos do País – São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Salvador –
concentram mais de 10% da população nacional.
(B) Em agosto de 2018, o Brasil ainda não havia superado a marca de 200 milhões de habitantes.
(C) São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, nessa ordem, são os estados mais populosos do País.
(D) Na região Centro‐Oeste, Goiás e Distrito Federal são as unidades mais populosas, tendo superado,
respectivamente, as marcas de 10 e de 3 milhões de habitantes.
(E) A nova estimativa do IBGE serve apenas para políticas públicas destinadas à educação, à saúde
e a emprego.
03. (CRQ – 5ª Região (RS) – Auxiliar Administrativo – FUNDATEC) A Declaração Universal dos
Direitos Humanos (DUDH) foi aprovada em 10 de dezembro de 1948 na Assembleia-Geral da
Organização das Nações Unidas (ONU). O documento é a base de uma luta universal que visa a
igualdade e a dignidade de todas as pessoas e o combate à opressão e à discriminação. Os direitos
humanos são essenciais a todos os seres humanos e garantem as liberdades fundamentais que devem
ser aplicadas a cada cidadão do planeta. Dentre as alternativas abaixo, qual NÃO consta como um direito
proclamado no documento assinado pela maioria dos países do mundo?
(A) Direito à propriedade.
(B) Direito de tomar parte na direção dos negócios públicos do seu país; diretamente ou por intermédio
de representantes livremente escolhidos.
(C) Pagamento de salário igual por trabalho igual sem discriminação alguma.
(D) Direito de abandonar o país em que se encontra, incluindo o seu.
(E) Direito à legítima defesa.
04. (ESAF – Planejamento e Orçamento – ESAF) No Século XXI, o Trabalho Forçado, Trabalho
análogo ao Escravo e o Trabalho Infantil ainda são uma realidade no mundo e o Brasil não é uma exceção.
Existem inúmeras razões para a persistência do Trabalho Forçado e Trabalho análogo ao Escravo no
Brasil.
Não é uma das razões para persistência do Trabalho Forçado no Brasil.
(A) Sentimento de Impunidade para os promotores do Trabalho Forçado ou Trabalho análogo ao
Escravo, na maioria dos casos praticado em áreas distantes e/ ou desconhecidas dos trabalhadores
recrutados.
(B) São raros os casos de condenação criminal por Trabalho Forçado no Brasil. A lei tem dificuldade
em atingir o promotor do trabalho escravo, devido a existência de intermediários (“os gatos”) encarregados
da contratação.
(C) No Brasil, a lei penal é inadequada para a responsabilização dos infratores. Falta clareza ao
qualificar como crime de condição análoga à escravidão a submissão do empregado a uma jornada
exaustiva ou em situação degradante.
(D) A legislação penal brasileira está em descompasso com o conceito universal de trabalho escravo
em razão da não adesão pelo Brasil as Convenções Internacionais que tratam do tema.
(E) Dificuldade de fiscalizar um país com as dimensões territoriais do Brasil.
Gabarito
Comentários
01. Resposta: B
Chegou ao fim, nesta quinta-feira (13/06), o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a
criminalização da homofobia. Por 8 votos a 3, os ministros do STF decidiram que o preconceito contra
homossexuais e transsexuais deve ser considerado um crime equivalente a racismo.
O processo teve como base duas ações – uma do Partido Popular Socialista (PPS) e outra da
Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros (ABGLT) – que pediam que a discriminação
contra esses grupos fosse enquadrada na lei 7.716/89, a Lei Antirracismo. Ela proíbe qualquer
discriminação contra raça, cor, etnia, religião ou procedência social. A punição para quem descumprir a
norma é de um a três anos de prisão, e a pena é inafiançável.
(https://super.abril.com.br/sociedade/5-paises-onde-a-homofobia-ja-e-crime/)
02. Resposta: A
A cidade de São Paulo segue como a mais populosa do país, com 12,25 milhões de habitantes, seguido
pelo Rio de Janeiro (6,72 milhões), Brasília (3,0 milhões) e Salvador (2,9 milhões).
03. Resposta: E
De acordo com a Declaração Universal dos Diretos Humanos:
Artigo 13°
1. Toda a pessoa tem o direito de livremente circular e escolher a sua residência no interior de um
Estado.
2. Toda a pessoa tem o direito de abandonar o país em que se encontra, incluindo o seu, e o direito de
regressar ao seu país.
Artigo 17°
1.Toda a pessoa, individual ou coletiva, tem direito à propriedade.
2.Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua propriedade.
Artigo 21°
1.Toda a pessoa tem o direito de tomar parte na direção dos negócios, públicos do seu país, quer
diretamente, quer por intermédio de representantes livremente escolhidos.
Artigo 23°
1. Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições equitativas e
satisfatórias de trabalho e à proteção contra o desemprego.
2. Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho igual.
05. Resposta: B
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (23), por 9 votos a 2, que vai manter o julgamento de
dois processos sobre a criminalização da homofobia, mesmo com a aprovação pela Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) do Senado ter aprovado ontem um projeto de lei sobre o tema.
De autoria da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transexuais (ABLGT) e do PPS, os processos
pedem que a Corte reconheça a omissão do Congresso ao ter deixado de criminalizar a homofobia, e
estava, na pauta do plenário de hoje desde o mês passado.
Por volta das 16h30, o presidente da corte, Dias Toffoli, suspendeu a sessão para o intervalo.
(https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/05/23/supremo-decide-continuar-julgando-criminalizacao-da-homofobia-mesmo-apos-avanco-de-projeto-no-
senado.ghtml)
Olá candidato(a). No conteúdo a respeito de Meio Ambiente dentro dos tópicos de atualidades,
teremos uma ordem um pouco diferente. Antes dos textos noticiados no período estipulado, traremos
alguns conceitos e explicações que normalmente são cobrados independente de ser um conteúdo
veiculado através de meios de comunicação ou não. Envolvem definições de desenvolvimento
sustentável e créditos de carbono por exemplo. Caso tenha alguma dúvida, por favor entre em contato
conosco.
Gestão do Lixo
O lixo ainda é um dos principais desafios dos governos na área de gestão sustentável. No entanto, na
última década, o Brasil deu um salto importante no avanço para a gestão correta dos resíduos sólidos.
Para regulamentar a coleta e tratamento de resíduos urbanos, perigosos e industriais, além de
determinar o destino final correto do lixo, o Governo brasileiro criou a Política Nacional de Resíduos
Sólidos (Lei n° 12.305/10), aprovada em agosto de 2010.
Créditos de Carbono
No mercado de carbono, cada tonelada de carbono que deixa de ser emitida é transformada em
crédito, que pode ser negociado livremente entre países ou empresas.
O sistema funciona como um mercado, só que ao invés das ações de compra e venda serem
mensuradas em dinheiro, elas valem créditos de carbono.
Para isso é usado o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que prevê a redução certificada
das emissões de gases de efeito estufa. Uma vez conquistada essa certificação, quem promove a redução
dos gases poluentes tem direito a comercializar os créditos.
Por exemplo, um país que reduziu suas emissões e acumulou muitos créditos pode vender este
excedente para outro que esteja emitindo muitos poluentes e precise compensar suas emissões.
O Brasil ocupa a terceira posição mundial entre os países que participam desse mercado, com cerca
de 5% do total mundial e 268 projetos.
57
Fonte: http://www.rio20.gov.br/sobre_a_rio_mais_20/desenvolvimento-sustentavel.html
58
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental.
Aquecimento Global
É uma consequência das alterações climáticas ocorridas no planeta. Diversas pesquisas confirmam o
aumento da temperatura média global. Conforme cientistas do Painel Intergovernamental em Mudança
do Clima (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), o século XX foi o mais quente dos últimos
cinco, com aumento de temperatura média entre 0,3°C e 0,6°C. Esse aumento pode parecer
insignificante, mas é suficiente para modificar todo clima de uma região e afetar profundamente a
biodiversidade, desencadeando vários desastres ambientais.
As causas do aquecimento global são muito pesquisadas. Existe uma parcela da comunidade científica
que atribui esse fenômeno como um processo natural, afirmando que o planeta Terra está numa fase de
transição natural, um processo longo e dinâmico, saindo da era glacial para a interglacial, sendo o
aumento da temperatura consequência desse fenômeno.
No entanto, as principais atribuições para o aquecimento global são relacionadas às atividades
humanas, que intensificam o efeito de estufa através do aumento na queima de gases de combustíveis
fósseis, como petróleo, carvão mineral e gás natural. A queima dessas substâncias produz gases como
o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), que retêm o calor proveniente das
radiações solares, como se funcionassem como o vidro de uma estufa de plantas, esse processo causa
o aumento da temperatura. Outros fatores que contribuem de forma significativa para as alterações
climáticas são os desmatamentos e a constante impermeabilização do solo.
Atualmente os principais emissores dos gases do efeito de estufa são respectivamente: China, Estados
Unidos, Rússia, Índia, Brasil, Japão, Alemanha, Canadá, Reino Unido e Coreia do Sul. Em busca de
alternativas para minimizar o aquecimento global, 162 países assinaram o Protocolo de Kyoto em 1997.
Conforme o documento, as nações desenvolvidas comprometem-se a reduzir sua emissão de gases que
provocam o efeito de estufa, em pelo menos 5% em relação aos níveis de 1990. Essa meta teve que ser
cumprida entre os anos de 2008 e 2012. Porém, vários países não fizeram nenhum esforço para que a
meta fosse atingida, o principal é os Estados Unidos.
Lixo Eletrônico
Um estudo da Organização Internacional do Trabalho, OIT, destaca que 40 milhões de toneladas de
lixo eletrônico são produzidas todos os anos. O descarte envolve vários tipos de equipamentos, como
geladeiras, máquinas de lavar roupa, televisões, celulares e computadores. Países desenvolvidos enviam
80% do seu lixo eletrônico para ser reciclado em nações em desenvolvimento, como China, Índia, Gana
e Nigéria. Segundo a OIT, muitas vezes, as remessas são ilegais e acabam sendo recicladas por
trabalhadores informais.
Saúde - O estudo Impacto Global do Lixo Eletrônico, publicado em dezembro, destaca a importância
do manejo seguro do material, devido à exposição dos trabalhadores a substâncias tóxicas como chumbo,
mercúrio e cianeto. A OIT cita vários riscos para a saúde, como dificuldades para respirar, asfixia
pneumonia, problemas neurológicos, convulsões, coma e até a morte.
Orientações - Segundo agência, simplesmente banir as remessas de lixo eletrônico enviadas à países
em desenvolvimento não é solução, já que a reciclagem desse material promove emprego para milhares
de pessoas que vivem na pobreza. A OIT sugere integrar sistemas informais de reciclagem ao setor formal
e melhorar métodos e condições de trabalho. Outro passo indicado no estudo é a criação de leis e
associações ou cooperativas de reciclagem.
Textos Noticiados:
59
Texto adaptado de http://www.wwf.org.br/natureza_
brasileira/questoes_ambientais/desenvolvimento_sustentavel/
Medida assinada por Bolsonaro abre caminho para que terras públicas desmatadas até dezembro de
2018 passem para as mãos dos desmatadores; governo diz que objetivo é regularizar agricultores 'que
produzem e ocupam terras da União de forma mansa e pacífica'.
Menos de um mês após a divulgação do maior índice de desmatamento na Amazônia dos últimos dez
anos, o presidente Jair Bolsonaro assinou uma Medida Provisória que abre o caminho para que parte das
áreas públicas desmatadas ilegalmente até dezembro de 2018 passe para as mãos dos desmatadores.
Assinada em 10 de dezembro de 2019, a Medida Provisória 910 permite que terras públicas
desmatadas com até 2,5 mil hectares (o equivalente a 2,5 mil campos de futebol) se tornem propriedade
de quem as ocupou irregularmente, desde que se cumpram alguns requisitos.
Críticos apelidaram a medida de "MP da grilagem" e dizem que premia desmatadores, além de
estimular a destruição de novas áreas de floresta.
Já o governo, que chama a iniciativa de "MP da Regularização Fundiária", diz que ela busca
desburocratizar a concessão de títulos a agricultores "que produzem e ocupam terras da União de forma
mansa e pacífica".
Regularizações sucessivas
De toda a área desmatada na Amazônia entre agosto de 2018 e julho de 2019, 35% são terras públicas
não destinadas, segundo uma análise do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).
A prática de desmatar áreas públicas e fraudar documentos para simular a posse dos terrenos é
conhecida como grilagem. O objetivo principal dos grileiros é vender as terras, lucrando com a valorização
ocorrida após o desmatamento, uma vez que a área se torne apta para atividades agropecuárias. A
pecuária é a atividade preferencial.
A grilagem é apontada como uma das maiores causas do desmatamento na Amazônia. A prática
alimenta o mercado ilegal de terras na região, gerando uma corrida incessante por novas áreas de
floresta.
Essas áreas são visadas por desmatadores na expectativa de que venham a ser regularizadas
futuramente — o que de fato tem acontecido.
Em 2017, o então presidente Michel Temer assinou a Medida Provisória 759, que à época também foi
apelidada de "MP da grilagem" por críticos. A iniciativa flexibilizava os critérios para a concessão de áreas
públicas na Amazônia ocupadas até 2014. Tanto a MP 910, de Bolsonaro, quanto a MP 759, de Temer,
são vistas como atualizações e desdobramentos de uma iniciativa de 2009 do governo Luiz Inácio Lula
da Silva, a Medida Provisória 458, que deu origem ao Programa Terra Legal.
Na época, Lula também disse ter como objetivo regularizar posses de pequenos agricultores na
Amazônia. No entanto, o livro "Dono é quem desmata: conexões entre grilagem e desmatamento no
sudoeste paraense", dos pesquisadores Mauricio Torres, Juan Doblas e Daniela Alarcon, apontou outros
efeitos da iniciativa.
Segundo os autores, embora 90% do público-alvo do programa de fato ocupasse pequenas porções
de terra, essas áreas correspondiam a apenas 19% do território coberto pela iniciativa, enquanto 63%
das áreas ficariam nas mãos de 5,7% dos requerentes.
Dispensa de vistoria
Entre as condições definidas pela MP 910, de Bolsonaro, para que terras públicas sejam apropriadas
por indivíduos estão:
- o reivindicante não pode ter outros imóveis rurais;
60
João Fellet. Como a 'MP da grilagem' pode mudar o mapa de regiões da Amazônia. G1 Natureza. https://g1.globo.com/natureza/noticia/2020/01/13/como-a-
mp-da-grilagem-pode-mudar-o-mapa-de-regioes-da-amazonia.ghtml. Acesso em 14 de janeiro de 2020.
A MP define que, para áreas que cumpram os requisitos e tenham até 15 módulos fiscais, o título será
concedido sem a necessidade de vistoria.
Módulos fiscais são uma unidade de medida que varia por município. Nos municípios da Amazônia, os
módulos fiscais costumam ter entre 70 e 110 hectares.
Em partes da Amazônia, portanto, a MP permitirá a concessão de títulos de áreas com até 1.650
hectares (1.650 campos de futebol) sem vistoria. Antes da MP, a dispensa de vistoria valia para áreas
com até quatro módulos fiscais (no máximo 440 hectares).
Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil dizem que a dispensa da vistoria pode permitir que
grandes áreas desmatadas ilegalmente sejam apossadas por indivíduos.
Isso porque a MP só proíbe a regularização de áreas que tenham sido objeto de multas ou embargos
ambientais, e nem todas as violações ambientais são conhecidas e autuadas pelo poder público.
Dizem ainda que, sem vistoria, o governo não terá como checar se a área está realmente livre de
trabalho escravo e se o reclamante de fato vive e trabalha no local.
Já o governo afirma que fará "análise dos documentos, cruzamento de dados e checagem com
ferramentas" para confirmar se as informações são verídicas. A comprovação da ocupação da área, por
exemplo, poderá ser feita com imagens de satélite. Caso a análise aponte discrepâncias, haverá vistoria.
Comunidades tradicionais
Para Juliana Batista, advogada do Instituto Socioambiental, há ainda o risco de que indivíduos se
apossem de áreas reivindicadas por comunidades tradicionais nos casos em que as demandas dos
grupos não estejam registradas na Ouvidoria Agrária Nacional.
"A partir do momento em que o governo começa a regularizar terras sem considerar outras demandas,
isso vai gerar um conflito enorme", ela afirma à BBC News Brasil.
Já o governo afirma que áreas "tradicionalmente ocupadas" por indígenas, quilombolas ou outras
comunidades tradicionais não serão passíveis de concessão — embora não diga o que ocorrerá nos
casos de áreas reclamadas pelos grupos mas ainda não demarcadas nem em processo de demarcação.
Centenas de comunidades tradicionais brasileiras ainda aguardam o início do processo de regularização
de suas terras. É o caso dos quilombolas: cerca de 2,6 mil comunidades já foram reconhecidas como
quilombolas, mas apenas 1,7 mil tiveram seus processos de titulação de terra
iniciados ou concluídos.
Perda de patrimônio
Outra crítica à MP diz respeito à perda de patrimônio público com as concessões dos títulos.
Para se apossar de áreas públicas desmatadas até 5 de maio de 2014, os reclamantes devem pagar
entre 10% a 50% da tabela de preços do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
Já quem desmatou entre maio de 2014 e dezembro de 2018 deve pagar 100% do valor de tabela do
Incra — que, ainda assim, é menos da metade do valor de mercado, diz a advogada Brenda Brito, da
ONG Imazon.
Em junho de 2019, Brito publicou um artigo na revista científica "Environmental Research Letters" no
qual mediu possíveis efeitos da lei 13.465, de 2017, que também versou sobre a ocupação de terras
públicas e se baseou na MP 759, de Michel Temer.
Brito calculou quanto dinheiro o governo deixaria de arrecadar se os descontos fossem aplicados à
venda de todas as áreas públicas não destinadas que poderão ser privatizadas — áreas que, segundo a
Câmara Técnica de Destinação e Regularização de Terras Públicas Federais na Amazônia Legal, somam
19,6 milhões de hectares, o equivalente ao Estado do Paraná.
Segundo o estudo, a perda em receitas potenciais seria de até R$ 120,3 bilhões — 43 vezes o
orçamento aprovado para o Ministério do Meio Ambiente em 2019.
Brito diz que, como a MP de Bolsonaro manteve os percentuais de desconto, o cálculo segue válido.
O clima seco, o vento e as altas temperaturas elevam os riscos de focos de incêndio na Austrália, que
podem começar com faíscas de diversas atividades humanas. Na Amazônia, as chamas são provocadas
pelo homem para limpar áreas desmatadas e ocupar terras públicas.
Os incêndios na Austrália já atingiram mais de 6,3 milhões de hectares, matando ao menos 25 pessoas
e 480 milhões de animais. No Brasil, os incêndios na Amazônia chamaram a atenção em 2019, com ápice
em agosto. Mas, de acordo com especialistas, os focos registrados na Austrália são diferentes daqueles
que ocorreram na floresta amazônica.
Na Austrália, a vegetação, que é seca, fica mais suscetível às altas temperaturas da região – que
chegam a atingir marcas superiores a 40 ºC. O tempo seco, com pouca chuva, e os fortes ventos ajudam
a espalhar as chamas, que podem começar com qualquer faísca produzida por atividades humanas ou
naturais. Como a vegetação é adaptada a este tipo de ocorrência, ela se recupera após o incêndio. O
problema, neste ano, é a extensão da devastação.
Já na Amazônia, que é floresta úmida, os incêndios com maiores proporções não têm origem natural
– eles são provocados pela ação do homem e estão ligados ao desmatamento, que busca limpar a área
derrubada para tomar posse de terras públicas. Especialistas afirmam que a devastação da Amazônia
causa impacto até no derretimento do gelo nos Andes e no regime de chuvas do Brasil. A floresta leva
anos para se recompor, e a perda de biodiversidade é maior.
61
Elida Oliveira. Incêndios na Austrália e na Amazônia: entenda as diferenças na devastação. G1 Natureza.
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2020/01/07/incendios-na-australia-e-na-amazonia-entenda-as-diferencas-na-devastacao.ghtml. Acesso em 08 de janeiro de
2020.
Amazônia
O auge dos incêndios na floresta Amazônica foi em agosto de 2019, quando houve o mais alto número
de ocorrências dos últimos nove anos. Foram 30.901 focos ativos na parte da floresta que cobre o Brasil,
contra 10.421 no mesmo mês de 2018, de acordo com dados do Programa Queimadas do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ligado ao Ministério da Ciência.
O instituto não divulga a dimensão de hectares atingidos.
"A Amazônia é um ecossistema que não depende do fogo", afirma Ane Alencar, do Ipam. "Os caules
e cascas das árvores são finos e não resistem às chamas. Quando você tem fogo na Amazônia, essas
árvores são muito impactadas", diz.
A intensificação da destruição da floresta e a repercussão negativa do caso levaram o governo a enviar
as Forças Armadas para a região. Em outubro, o Inpe registrou o menor número de focos de incêndio da
série histórica, com o início da temporada de chuvas em algumas regiões.
Carlos Nobre, pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade Federal de São Paulo,
afirmou em setembro do ano passado que "há indícios de que o processo de savanização começou" em
mais da metade da floresta. Isso significa que a Amazônia pode deixar de ser úmida e passar a ser mais
parecida com o Cerrado.
Ele também afirma que a estação seca está ficando mais longa em 60% da Amazônia e que há uma
tendência maior na mortalidade de árvores que precisam de mais umidade. Ele lembrou que dois hectares
da Amazônia contêm mais espécies do que em toda a Europa, e que somente uma árvore amazônica
tem mais espécies de formigas do que vários países europeus.
Em setembro, o G1 ouviu especialistas para saber os impactos dos incêndios na Amazônia. Segundo
eles, os prejuízos ambientais são mais graves do que os verificados em países com outros biomas. Os
principais motivos são:
- Maior perda de biodiversidade: a floresta amazônica é o maior bioma do mundo e abriga a diversidade
mais rica do planeta, segundo o ICMBio.
- Maior emissão de carbono por hectare: por queimar mais biomassa, há maior emissão de gases que
contribuem para o efeito estufa.
- Maior dificuldade de recuperação da cobertura vegetal: o bioma amazônico é úmido e as espécies
são pouco ou nada resistentes ao fogo.
- Maior risco de afetar ciclos de chuva: a umidade produzida pela floresta produz chuvas no Brasil,
Paraguai e Argentina.
Austrália
Esse fenômeno natural das queimadas ocorre todos os anos na Austrália – entre o final da primavera,
no mês de novembro, e início do verão, no mês de dezembro. Porém, em 2019, os incêndios começaram
antes do previsto, e foram mais violentos.
Um dos motivos é a temperatura, que ultrapassa os 44ºC. Ao menos 1,2 mil casas foram destruídas
em todo o país.
Em fim 'frustrante' da COP 25, países prometem apresentar metas mais ambiciosas sobre
emissões em 202062
Encontro, que deveria ter sido encerrado na sexta-feira (13/12), avançou pelo fim de semana com
negociações travadas. Uma das decisões mais esperadas, a regulamentação do mercado de carbono
ficou para o ano que vem. Brasil protagonizou impasse e ministro Ricardo Salles disse que 'a COP 25
não deu em nada'.
A conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 25, terminou neste domingo
(15/12), em Madri, com os quase 200 países participantes concordando em apresentar "compromissos
mais ambiciosos" para reduzir as emissões de gases poluentes.
Mas os detalhes sobre como isso será feito serão acertados somente na próxima cúpula, realizada em
Glasgow, na Escócia, em novembro de 2020.
Uma das decisões mais esperadas, a regulamentação do mercado de carbono também ficou para o
ano que vem.
Impasses nas negociações fizeram com que o encontro, que deveria terminar na sexta-feira (13/12),
se estendesse para o fim de semana. Esta foi a COP mais longa da história.
Alguns pontos de destaque sobre o evento, que tinha como objetivo estruturar decisões já tomadas
em 2015, no Acordo de Paris:
Depois de quase dois dias de atraso, os representantes conseguiram fechar um texto no qual se
comprometem a evitar que a temperatura média do planeta suba 1,5° C neste século – em relação aos
níveis pré-industriais. Delegações prometem ampliar a mobilização global e adotar metas mais rígidas.
Porém, mesmo com o lema "Hora de Agir", a promessa dos países é apresentar só em 2020 as
propostas concretas para evitar as mudanças climáticas no planeta. O acordo foi definido por alguns
participantes como "minimalista". O secretário-geral da ONU, António Guterres, se disse "decepcionado
com os resultados".
A adoção de metas mais ambiciosas teve a oposição de países como Brasil, Estados Unidos, Índia e
China. A União Europeia pressionou no sentido contrário e, nestes dias, se comprometeu a neutralizar as
emissões de carbono.
O conhecimento científico será "o eixo principal" que deve orientar as decisões climáticas dos países
para aumentar sua ambição, que deve ser constantemente atualizada de acordo com os avanços da
ciência.
62
G1. Em fim 'frustrante' da COP 25, países prometem apresentar metas mais ambiciosas sobre emissões em 2020. G1 Natureza.
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/12/15/em-fim-frustrante-da-cop-25-paises-prometem-apresentar-metas-mais-ambiciosas-sobre-emissoes-em-
2020.ghtml. Acesso em 16 de dezembro de 2019.
Frustração
Segundo fontes da agência Reuters, os maiores poluidores do mundo não demonstraram interesse em
ampliar seus esforços e travaram as negociações. Estados Unidos, China, Índia, Arábia Saudita, Japão,
Brasil e Austrália são apontados com alguns dos países dificultaram a inclusão de metas mais ambiciosas.
No Twitter, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que "a COP 25 não deu em nada".
"Países ricos não querem abrir seus mercados de créditos de carbono. Exigem medidas e apontam o
dedo para o resto do mundo, sem cerimônia, mas na hora de colocar a mão no bolso, eles não querem",
afirma Salles, cuja atuação na COP 25 se concentrou em pedir recursos dos países ricos para
preservação no Brasil.
"O Brasil e outros países que poderiam fornecer créditos de carbono em razão de suas boas práticas
ambientais saíram perdendo." – Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente
Cientistas dizem que a falta de metas mais ambiciosas pode levar a um aumento catastrófico das
temperaturas globais, muito acima do limite de 2º C almejado no Acordo de Paris.
Para o secretário-executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl, o resultado da conferência foi uma
"frustração". Segundo ele, as principais decisões ficaram para o próximo ano.
"É uma conferência em que o tema era a ambição, os níveis atuais (de ação) não conseguiram entregar
os objetivos do Acordo de Paris. Essa COP, que era a COP da ambição, deixou toda a chamada para
ação e toda a ambição para o próximo ano", explicou Rittl em entrevista à GloboNews.
Mais cedo, a ativista Greta Thunberg lamentava o caminho das negociações em Madri e disse que a
ciência não pode ser ignorada.
"Parece que #cop25 em Madri está desmoronando agora. A ciência é clara, mas a ciência está sendo
ignorada. Aconteça o que acontecer, nunca desistiremos. Nós apenas começamos", escreveu Greta no
Twitter.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse estar "decepcionado com os resultados" da COP
25. Entretanto, ele afirma que "não podemos nos render" na luta contra a crise climática.
"A comunidade internacional perdeu uma oportunidade importante de mostrar uma maior ambição em
mitigação, adaptação e finanças para enfrentar a crise climática", declarou Gutérres.
Mercado de carbono
Dois temas que causaram os maiores impasses são a estruturação de um mercado de créditos de
carbono (contido no artigo 6 do Acordo de Paris) e uma nova regulamentação do Fundo de Adaptação,
ou outro instrumento parecido que permita enviar ajuda financeira aos países mais vulneráveis.
Os quase 200 países que participam da COP 25 não chegaram a um acordo para a regulação dos
mercados de carbono, um dos principais pontos do Acordo de Paris, assinado há quatro anos.
Apesar de a negociação ter promovido avanços no sistema que deve controlar o comércio dos direitos
de emissão em todo o mundo, não houve consenso sobre a regulação deste mercado, ponto visto como
chave para parte das delegações.
Os impasses que já existiam antes da cúpula persistem. Alguns países querem evitar uma possível
dupla contabilidade que ocorreria após a regulação e outros querem manter, durante a transição para a
adoção do Acordo de Paris, os direitos de emissões previstos no Protocolo de Kyoto – segundo a agência
EFE.
O texto chamado "Chile-Madri. Hora de agir" afirma que em 2020 os países terão de apresentar
compromissos mais ambiciosos para reduzir as emissões para lidar com a emergência climática e não
incluíram seção de mercados de carbono (contido no artigo 6 do Acordo de Paris), que deverá ser
discutida na próxima cúpula.
Apostila gerada especialmente para: VOCÊ ALUNO UNOPAR
94
Segundo ambientalistas, o mercado de carbono pode ser essencial para metas climáticas ainda mais
ambiciosas. Em Madri, foram discutidos pelo menos dois sistemas diferentes de comercialização de
carbono.
Um dos que estavam em discussão permitiria aos países que excederem suas metas climáticas vender
os excessos para as nações que enfrentam dificuldades em atingir seus próprios objetivos.
Por exemplo, se um país que estabeleceu como objetivo reduzir as emissões de CO 2 a um total
equivalente a 100 toneladas conseguir fazer reduções reais de 110 toneladas, poderá vender as dez
excedentes a outro que não conseguiu atingir suas próprias metas.
Mercados de carbono serão foco das discussões na COP 25, dizem especialistas63
Mecanismos para reduzir emissões de CO2 podem ajudar os países a estabelecer metas mais
ambiciosas a fim de deter o aumento do aquecimento global. Mas, segundo críticos, eles também podem
minar o Acordo de Paris.
Numa área rural do Camboja, as cascas do arroz são usadas para gerar eletricidade para as
comunidades locais, normalmente dependentes dos altamente poluidores geradores a diesel. O projeto é
financiado por indivíduos e empresas do outro lado do mundo que compram os assim chamados créditos
de carbono, cada um equivalente a uma tonelada de CO2, para compensar as emissões de em seus
países de origem.
Essa é apenas uma das maneiras como o CO2 é comercializado em todo o mundo, e um dos modelos
de mercado de carbono que será discutido pelos negociadores na Conferência da Organização das
Nações Unidas (ONU) sobre as Mudanças Climáticas (COP 25), em Madri. O objetivo é chegar a um
quadro regulatório para um sistema de mercado de carbono, uma questão complexa prevista no Artigo 6º
do Acordo de Paris sobre o Clima.
Para Ann-Kathrin Schneider, diretora de políticas internacionais da ONG ambientalista Federação
Alemã para o Meio Ambiente e Conservação da Natureza (Bund, na sigla em inglês), o Artigo 6º impõe
um "grande risco ao Acordo de Paris". Ela acredita que o mercado de carbono poderia potencialmente
desviar o foco dos países do objetivo de reduzir as emissões. "Não diria que esta é uma questão técnica.
É um tema bastante político."
Quase 200 países ratificaram o histórico acordo sobre o clima que visa limitar o aquecimento global a
2ºC acima dos níveis pré-industriais até o final do século 21, sendo o nível ideal 1,5ºC.
Entretanto, as metas atuais de redução estabelecidas por cada país – chamadas de Contribuições
Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês) – fazem com que ambos objetivos sejam
considerados irreais. Com base nos números atuais, especialistas projetam um aumento da temperatura
global de ao menos 3ºC.
Segundo seus defensores, contudo, o mercado de carbono pode ser essencial para metas climáticas
ainda mais ambiciosas. Em Madri, serão discutidos dois sistemas diferentes de comercialização de
63
Deutsche Welle. Mercados de carbono serão foco das discussões na COP 25, dizem especialistas. G1 Natureza.
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/12/02/mercados-de-carbono-serao-foco-das-discussoes-na-cop-25-dizem-especialistas.ghtml. Acesso em 13 de
dezembro de 2019.
Mudança de uso do solo é responsável por 44% das emissões de gases do efeito estufa no
Brasil, aponta relatório64
No ranking mundial, Brasil está em 6º lugar entre os países mais poluentes, se excluído o bloco da
União Europeia. Os líderes são China e Estados Unidos.
O Brasil é o 6º país que mais emite gases do efeito estufa no mundo. As emissões aumentaram 0,3%
em 2018 após dois anos de quedas sucessivas. O índice foi puxado pela mudança de uso do solo,
responsável por 44% das emissões do Brasil.
Os dados são da 7ª edição do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG),
divulgados nesta terça-feira (05/11) pelo Observatório do Clima, uma rede de organizações com mais de
40 membros.
Isso significa que 44% das emissões de gases poluentes do país no ano passado estão ligadas ao
desmatamento (mudança de floresta para área degradada), degradação de solo, entre outros.
Segundo Tasso Azevedo, coordenador-geral do Mapbiomas, o desmatamento na Amazônia em 2018
subiu 8,5%.
O aumento foi puxado pelo Pará. "O desmatamento explodiu, principalmente nas regiões da rodovia
BR-163 e na Terra do Meio”, afirmou Anne Alencar, diretora de Ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental
da Amazônia (Ipam).
No comparativo nacional, entretanto, embora tenha havido aumento do desmatamento na Amazônia,
houve redução de 10,9% na taxa de desmatamento no Cerrado.
Já as atividades da agropecuária estão em segundo lugar no ranking de emissões do Brasil,
responsável por 25% da produção dos gases poluentes, ligadas à fermentação, solos agrícolas, manejo
de dejetos de animais, cultivo de arroz e queima de resíduos agrícolas.
Ranking mundial
Em relação aos países do mundo, o Brasil é a 6ª nação que mais emite gases do efeito estufa (2,9%),
se excluído os 28 países que compõem o bloco da União Europeia. Os dados mais recentes são do ano
de 2014.
O ranking é liderado pela China, responsável por 23% das emissões globais; seguida por Estados
Unidos (12,9%); Índia (6,5%); Indonésia (5,1%); e Rússia (4,2%)
Os dados são apresentados em toneladas de carbono equivalente (CO2e) e são calculados a partir
dos fatores de conversão presentes no relatório 5 do IPCC (IPCC- GWP AR5).
Marinha: mais de 600 toneladas de resíduos foram retiradas de praias nordestinas afetadas por
óleo65
De acordo com o comandante de Operações Navais, Leonardo Puntel, tem que se levar em conta que
o material é recolhido junto com areia.
64
Elida Oliveira. Mudança de uso do solo é responsável por 44% das emissões de gases do efeito estufa no Brasil, aponta relatório. G1 Natureza.
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/11/05/mudanca-de-uso-do-solo-e-responsavel-por-44percent-das-emissoes-de-gases-do-efeito-estufa-no-brasil-aponta-
relatorio.ghtml. Acesso em 06 de novembro de 2019.
65
Marina Meireles. Marinha: mais de 600 toneladas de resíduos foram retiradas de praias nordestinas afetadas por óleo. G1.
https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2019/10/20/marinha-525-toneladas-de-residuos-foram-retiradas-de-praias-nordestinas-afetadas-por-oleo.ghtml. Acesso
em 21 de outubro de 2019.
Divergências
Durante a entrevista coletiva, Bertotti solicitou ações coordenadas e equipamentos de contenção ao
governo federal. "Destaco a necessidade de materiais para que a gente possa fazer a coleta. Não temos
previsão do fim disso", afirmou. Ao final da entrevista, o almirante Puntel afirmou que todas as solicitações
serão atendidas pelo governo federal.
Bertotti também cobrou equipamentos como barreiras de contenção ao governo federal, mencionando
que espera aumento do apoio após a liminar concedida neste domingo pela Justiça Federal, determinando
a execução efetiva do Plano Nacional de Contingência à União e ao Ibama em Pernambuco.
"Fizemos a conta e precisamos de três quilômetros de barreiras de contenção para cobrir todas as
entradas de estuário do litoral Sul. A gente sente ainda a necessidade de muitos equipamentos que não
estão chegando a tempo para a gente fazer ações mais efetivas", afirmou
O diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Olivaldi Azevedo, afirmou, no entanto, que as barreiras não
têm demonstrado eficácia para combater o problema.
"Na maioria das vezes, dos locais, elas não têm efeito técnico positivo nenhum. É importante que se
entenda que a gente quer buscar uma tecnologia diferente, que resolva esse problema. O que resolve o
problema é monitorar como a gente está monitorando", disse.
Óleo em Pernambuco
Entre a quinta (17/10) e o domingo (20/10), Pernambuco recolheu 71 toneladas de óleo das praias do
estado. Na quinta, a substância chegou a São José da Coroa Grande.
20 maiores poluidores respondem por um terço de toda a emissão de CO2 no mundo, segundo
estudo; Petrobras está na lista66
Produtoras de petróleo, gás natural e carvão foram responsáveis por 480,16 bilhões de toneladas de
poluentes liberados na atmosfera desde 1965.
Um estudo do instituto de pesquisas Climate Accountability Institute, com sede nos Estados Unidos,
diz que um grupo de 20 empresas é responsável por mais de um terço das emissões de gases causadores
do efeito estufa em todo o mundo desde 1965. A estatal brasileira Petrobras aparece na lista, na 20ª
posição.
Segundo a análise, publicada inicialmente pelo jornal britânico The Guardian nesta quarta-feira (09/10),
as 20 empresas produtoras de petróleo, gás natural e carvão foram responsáveis por 480,16 bilhões de
toneladas de dióxido de carbono e metano liberados na atmosfera nesse período.
O montante representa 35% das emissões totais de combustíveis fósseis e cimento, que foram de 1,35
trilhão de toneladas.
O cálculo feito é baseado na produção anual de petróleo, gás natural e carvão relatada por cada
empresa, e leva em conta as emissões desde a extração até o uso final do combustível.
A lista tem 12 empresas estatais e oito privadas (confira a relação completa abaixo), e é encabeçada
pela estatal saudita Saudi Aramco, responsável pela emissão de 59,26 bilhões de toneladas de dióxido
de carbono equivalente, o equivalente a 4,38% do total mundial no período analisado.
Em seguida aparecem a americana Chevron, com 3,20% do total, e a russa Gazprom, com 3,19%. A
Petrobras responde por 8,68 bilhões de toneladas de carbono equivalente, o que representa 0,64% do
total.
"Nós escolhemos 1965 como ponto inicial (da análise) porque pesquisas recentes revelaram que em
meados dos anos 1960 o impacto climático dos combustíveis fósseis era conhecido por líderes industriais
e políticos", diz o autor do estudo, Richard Heede.
Responsabilidade
O estudo atualiza uma análise anterior de Heede sobre o papel das principais empresas de
combustíveis fósseis nas mudanças climáticas. O pesquisador diz que essas empresas têm
responsabilidade "moral, financeira e legal" pela crise climática e responsabilidade de ajudar a combater
o problema.
"Apesar de consumidores globais, de indivíduos a empresas, serem os emissores finais de dióxido de
carbono, nós nos concentramos nas empresas de combustíveis fósseis que, em nossa opinião,
produziram e venderam esses combustíveis a bilhões de consumidores com o conhecimento de que seu
uso conforme previsto vai piorar a crise climática", diz o autor do estudo, Richard Heede.
O pesquisador diz que as empresas que "valorizam sua licença social para operar" devem respeitar a
ciência climática, gerenciar os riscos corporativos de acordo com isso e "se comprometer em reduzir a
produção futura de combustíveis fósseis e suas emissões" em alinhamento com o Acordo de Paris.
Esse acordo tem o objetivo de limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C acima dos níveis pré-
industriais.
Heede também diz que as empresas deveriam direcionar seus investimentos para combustíveis
renováveis e de baixo carbono. "As empresas liderando essa transição irão prosperar, e as que ficarem
para trás irão perecer", afirma.
66
Alessandra Corrêa. 20 maiores poluidores respondem por um terço de toda a emissão de CO2 no mundo, segundo estudo; Petrobras está na lista. G1 Natureza.
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/10/10/20-maiores-poluidores-respondem-por-um-terco-de-toda-a-emissao-de-co2-no-mundo-segundo-estudo- petrobras-
esta-na-lista.ghtml. Acesso em 10 de outubro de 2019.
Há atos marcados contra o aquecimento global em 150 países, de acordo com os organizadores. Mais
de 5 mil protestos são esperados, em uma sequência que deve terminar com uma manifestação em Nova
York, Estados Unidos.
A greve global pelo clima, marcada para esta sexta (20/09) em 150 países, deve atrair milhares de
manifestantes que exigem medidas concretas para frear as emissões de gás carbônico e combater o
aquecimento global.
As manifestações ocorrem um dia antes de começar a Cúpula pelo Clima, da Organização das Nações
Unidas, que deverá ocorrer de 21 a 23 de setembro, em Nova York.
A Greve pelo Clima tem origem no "Fridays For Future" (Sextas-feiras pelo Futuro, em inglês), que
ganhou repercussão com a adolescente sueca de 16 anos Greta Thunberg. Desde 2018, Greta falta às
aulas nas sextas-feiras para protestar pelo clima. A iniciativa rendeu a indicação ao Prêmio Nobel da Paz
e fez com que diversas outras greves se espalhassem pelo mundo. No Brasil, ao menos duas
mobilizações tiveram repercussão nacional, uma em março e outra em maio.
Estão programados mais de 5 mil eventos em todo o mundo em 150 países, em uma sequência que
deve terminar com uma manifestação em Nova York, com a presença de mais de um milhão de
estudantes, informou a agência France Presse (AFP).
O líder espiritual dos budistas tibetanos, Dalai Lama, publicou uma mensagem na sua conta oficial do
Twitter apoiando as manifestações. "Esta é provavelmente a geração mais jovem que tem sérias
preocupações com a crise climática e seus efeitos no meio ambiente. Eles estão sendo muito realistas
sobre o futuro. Eles veem que precisamos ouvir os cientistas. Nós devemos encorajá-los.", afirmou.
Os primeiros eventos da greve aconteceram nas ilhas Vanuatu, Salomão e Kiribati, territórios
ameaçados pela elevação do nível do mar devido ao aquecimento climático.
Na Austrália, crianças e jovens da região do Pacífico se reuniram nas ruas para se manifestar. De
acordo com a rede CNN, os organizadores disseram ter atraído mais de 300 mil pessoas em mais de 100
cidades. Melbourne teve o maior protesto, com 100 mil pessoas, segundo os organizadores citados pela
CNN. Em Sidney foram 80 mil e em Brisbane, 30 mil. Não há informações sobre números divulgados
pelas autoridades destes locais.
Na Alemanha, a manifestação atraiu cerca de 80 mil pessoas, segundo os organizadores.
Manifestantes subiram sobre blocos de gelo embaixo de uma forca improvisada para alertar sobre os
riscos do aquecimento global. O protesto ocorreu em frente ao portão de Brandemburgo, em Berlim.
De acordo com a AFP, nesta sexta os partidos da coalizão do governo da Angela Merkel chegaram a
um acordo sobre a estratégia climática, que inclui medidas para diminuir as emissões de gás carbônico e
uma verificação anual das taxas. A AFP informa que estão previstos investimentos de pelo menos 100
67
G1. Manifestantes protestam em greve global pelo clima nesta sexta. G1 Natureza. https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/09/20/manifestantes-protestam-
em-greve-global-pelo-clima-nesta-sexta.ghtml. Acesso em 20 de setembro de 2019.
Decreto foi editado nesta quarta-feira e publicado no 'Diário Oficial da União'. Medida foi anunciada em
meio à crise ambiental envolvendo as queimadas na Amazônia.
O governo federal decidiu proibir as queimadas em todo o país durante o período da seca.
Um decreto sobre a proibição foi editado nesta quarta-feira (28/08) e publicado na edição desta quinta-
feira (29/08) do “Diário Oficial da União”.
O decreto suspende a permissão do emprego do fogo por um período de 60 dias com o objetivo de
proteção ao meio ambiente.
O Código Florestal permite as queimadas somente em casos específicos e desde que autorizadas por
órgão ambiental. No caso dos povos indígenas, a prática é permitida na agricultura de subsistência.
De acordo com o texto, a suspensão não será aplicada em casos de controle fitossanitário autorizado
por órgão ambiental, em práticas de prevenção e combate a incêndios e na agricultura de subsistência
de indígenas.
A medida foi anunciada em meio à crise ambiental e diplomática provocada pela escalada do número
de queimadas e do desmatamento na Amazônia.
Na semana passada o presidente Jair Bolsonaro editou decreto autorizando o uso das Forças Armadas
no apoio aos estados da Amazônia Legal no combate ao fogo.
68
Feliz Ortiz. Governo decide proibir queimadas em todo o Brasil no período da seca. G1 Política. https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/08/28/governo-
decide-proibir-queimadas-em-todo-o-brasil-no-periodo-da-seca.ghtml. Acesso em 29 de agosto de 2019.
69
Carolina Dantas. Queimadas aumentam 82% em relação ao mesmo período de 2018. G1 Natureza.
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/08/19/queimadas-aumentam-82percent-em-relacao-ao-mesmo-periodo-de-2018.ghtml. Acesso em 21 de agosto de 2019.
70
Patrícia Figueiredo. Fim do Fundo Amazônia pode afetar fiscalização do Ibama contra o desmatamento. G1 Natureza.
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/08/16/fim-do-fundo-amazonia-pode-afetar-fiscalizacao-do-ibama-contra-o-desmatamento.ghtml. Acesso em 16 de agosto
de 2019.
Área da Amazônia com alerta de desmatamento sobe 278% em julho, comparada ao mesmo mês
de 201871
Em julho de 2018, houve alerta em 596,6 km² na Amazônia. Em julho de 2019, este número foi de
2.254,9 km², de acordo com dados do Deter, do Inpe. Jair Bolsonaro disse nesta terça (06/08) que o novo
diretor do Inpe vai apresentar os dados para a presidência antes de divulgá-los.
As áreas com alerta de desmatamento na Amazônia Legal, que inclui 9 estados, tiveram um aumento
de 278% em julho, em comparação ao mesmo mês de 2018. Os dados são do Deter, do Instituto de
Pesquisas Espaciais (Inpe), vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia.
Em junho, Jair Bolsonaro questionou a veracidade dos dados e foi rebatido pelo então diretor do Inpe,
que acabou exonerado. Nesta terça (06/08), ele afirmou em Brasília que receberá com antecedência
dados "alarmantes" de desmatamento, antes que sejam divulgados. Os números estão públicos e
disponíveis na plataforma Terra Brasilis desde 2017.
71
G1. Área da Amazônia com alerta de desmatamento sobe 278% em julho, comparada ao mesmo mês de 2018. G1 Natureza.
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/08/07/area-com-alertas-de-desmatamento-na-amazonia-sobem-278percent-em-julho-comparado-ao-mesmo-mes-de-
2018.ghtml. Acesso em 07 de agosto de 2019.
Em julho de 2018, houve alerta em 596,6 km² na Amazônia. Em julho de 2019, este número foi de
2.254,9 km² – quase quatro vezes mais. No mês anterior, a área com alerta de desmatamento foi de 931,6
km².
Os dados de julho de 2019 são os mais altos desde 2015, se considerados todos os meses de
monitoramento disponíveis para análise.
Antes, o recorde de área com alerta havia sido em agosto de 2016, com 1.025 km².
De acordo com um levantamento feito pelo Observatório do Clima no mesmo sistema, o desmatamento
na Amazônia cresceu 49,5% na série histórica 2018/2019, se comparado ao mesmo período de
2017/2018. Foram 6.833 km² com alerta de desmatamento, contra 4.532 km² no período anterior.
O coordenador técnico do Observatório do Clima e coordenador geral do MapBiomas, Tasso Azevedo,
publicou uma imagem nesta terça (06/08) que mostra a degradação ambiental.
Número de agrotóxicos que Anvisa considera "extremamente tóxicos" cai de 34% para 2%72
Novo marco regulatório é "forma de enganar a sociedade", segundo pesquisador; mudança também
impacta rótulo dos produtos.
A nova classificação de agrotóxicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada
esta semana no Diário Oficial da União, provocou uma redução drástica do número de produtos
considerados "extremamente tóxicos" no Brasil. Nos últimos estudos divulgados antes da mudança no
método de sistematização, 800 agrotóxicos, em média, pertenciam a essa categoria, em um universo de
cerca de 2300 – aproximadamente 34,7%. A nova tabela, divulgada pela Agência nesta quinta (01/08),
classifica apenas 43 como "extremamente tóxicos", o que equivale a 2,2% dos 1924 produtos analisados.
A sistematização dos produtos, até então regulada por uma legislação de 1989 que previa a existência
de quatro categorias segundo o nível de perigo oferecido pelos venenos, passou a ter cinco divisões, com
novos critérios.
As novas normas também permitem que produtos antes considerados “altamente tóxicos”, que
provocam irritação severa na pele, passem para a categoria de toxicidade moderada, enquanto os “pouco
tóxicos” – com risco de irritação leve na pele e nos olhos, por exemplo – fiquem liberados de classificação.
Com isso, eles não apresentarão advertências no rótulo para o consumidor.
Especialista no tema, o engenheiro agrônomo Leonardo Melgarejo, membro da Campanha
Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida, criticou as novas regras em entrevista ao Brasil de Fato.
Ele considera que a metodologia que a Anvisa passa a adotar impõe riscos à saúde humana.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, em média, 193 mil mortes registradas ao ano no
planeta podem ter relação com o uso de agrotóxicos e outros produtos químicos.
72
Brasil de Fato. Número de agrotóxicos que Anvisa considera "extremamente tóxicos" cai de 34% para 2%. Redação Brasil de Fato.
https://www.brasildefato.com.br/2019/08/02/numero-de-agrotoxicos-que-anvisa-considera-extremamente-toxicos-cai-de-34-para-2/. Acesso em 02 de agosto de
2019.
Destruição em áreas protegidas da bacia – que abriga 26 povos indígenas e serve como corredor
ecológico para espécies amazônicas – cresceu 44,7% em maio e junho em comparação com mesmo
período de 2018; para zoólogo, preservação da região é crucial para que a ciência entenda como florestas
brasileiras se tornaram tão biodiversas.
O desmatamento em unidades de conservação na bacia do rio Xingu, nos estados do Pará e Mato
Grosso, cresceu 44,7% em maio e junho de 2019 em comparação com o mesmo período do ano anterior,
reforçando a tendência de alta no desflorestamento da Amazônia e ampliando as pressões sobre um dos
principais corredores ecológicos do bioma.
Os dados são do Sirad X, boletim publicado a cada dois meses pela Rede Xingu+, que agrega 24
organizações ambientalistas e indígenas. Além de compilar imagens de satélite, o sistema usa radares
que permitem detectar o desmatamento mesmo em períodos chuvosos do ano.
O boletim diz que, entre janeiro e junho deste ano, a região perdeu 68.973 hectares de floresta – área
equivalente à cidade de Salvador. A bacia do Xingu abriga 26 povos indígenas e centenas de
comunidades ribeirinhas, que dependem do bom funcionamento dos ecossistemas locais para sobreviver.
A região tem tamanho comparável ao do Rio Grande do Sul.
Como mais da metade da bacia é composta por áreas protegidas, ela também serve como uma espécie
de escudo da Amazônia em sua porção oriental, dificultando o avanço do agronegócio pela floresta. E ela
é uma das últimas áreas do bioma amazônico em contato com o Cerrado, o que lhe confere papel central
em estudos sobre biodiversidade.
Quando se compara o desmatamento de maio e junho no Xingu com o do bimestre anterior, o aumento
foi de 81% para toda a bacia e de 405% para unidades de conservação.
Sobrecarga da Terra 2019: Planeta atinge esgotamento de recursos naturais mais cedo em toda a
série histórica74
Índice é medido desde 1970. A partir desta segunda (29/07), humanidade entrará 'no vermelho' no uso
de recursos naturais, ou seja, usará mais do que a Terra consegue repor.
O Planeta Terra atinge nesta segunda-feira (29/07) o ponto máximo de uso de recursos naturais que
poderiam ser renovados sem ônus ao meio ambiente. Em 2019, a humanidade atingiu a data limite três
dias antes que em 2018 – e mais cedo do que em toda a série histórica, medida desde 1970.
Isso significa que, a partir de agora, todos os recursos usados para a sobrevivência (água, mineração,
extração de petróleo, consumo de animais, plantio de alimentos com esgotamento do solo, entre outros
pontos) entrarão em uma espécie de "crédito negativo" para a humanidade.
Para manter o mesmo padrão de consumo atual, seria necessário 1,75 planeta Terra.
7474
G1. Sobrecarga da Terra 2019: Planeta atinge esgotamento de recursos naturais mais cedo em toda a série histórica. G1 Natureza.
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/07/29/sobrecarga-da-terra-2019-planeta-atinge-esgotamento-de-recursos-naturais-mais-cedo-em-toda-a-serie-
historica.ghtml. Acesso em 29 de julho de 2019.
Pesquisa estima que 17% dos animais marinhos podem desaparecer até 210075
Segundo o consórcio FishMIP, se as emissões de gases estufa seguirem o ritmo atual, diferentes
espécies de peixes, invertebrados e mamíferos serão extintas.
Cerca de 17% dos animais marinhos (peixes, invertebrados, mamíferos) poderão desaparecer até
2100, se as emissões de CO2 seguirem o ritmo atual - adverte uma avaliação internacional inédita
publicada na terça-feira (11/06) na revista americana PNAS.
A perda, que já começou, considera apenas os efeitos do clima, sem incluir outros fatores como a
pesca predatória e a poluição, e teria grande impacto na biodiversidade e na segurança alimentar.
Agrupados no consórcio "FishMIP" (Fisheries and Marine Ecosystem Model Intercomparison Project),
35 pesquisadores de quatro continentes fizeram uma avaliação global dos efeitos do aquecimento global
nos recursos pesqueiros.
Se as emissões de gases causadores do efeito estufa mantiverem sua trajetória atual, a biomassa
global de animais será reduzida em 17% até 2100, em relação à média dos anos 1990-99, apontam os
cientistas.
Se o mundo conseguir manter o aquecimento abaixo de 2°C, a queda pode ser limitar a 5%, acrescenta
o estudo.
"Seja qual for a hipótese das emissões, a biomassa global dos animais marinhos vai cair, devido ao
aumento da temperatura e ao retrocesso da produção primária", diz a pesquisa.
Para cada grau de aquecimento acumulado, o oceano perderá cerca de 5% adicional de biomassa
animal.
75
France Presse. Pesquisa estima que 17% dos animais marinhos podem desaparecer até 2100. G1 Natureza.
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/06/13/pesquisa-estima-que-17percent-dos-animais-marinhos-podem-desaparecer-ate-2100.ghtml. Acesso em 13 de
junho de 2019.
Desde 1900, a média de espécies nativas na maioria dos principais habitats terrestres caiu em pelo
menos 20%. Mais de 40% das espécies de anfíbios, quase 33% dos corais e mais de um terço de todos
os mamíferos marinhos estão ameaçados. Pelo menos 680 espécies de vertebrados foram levadas à
extinção desde o século 16.
“Ecossistemas, espécies, populações selvagens, variedades locais e raças de plantas e animais
domesticados estão diminuindo, deteriorando-se ou desaparecendo. A rede essencial e interconectada
da vida na Terra está ficando menor e cada vez mais desgastada ”, disse o Prof. Settele.
“Esta perda é um resultado direto da atividade humana e constitui uma ameaça direta ao bem-estar
humano em todas as regiões do mundo ”, disse o Prof. Settele, um dos participantes o estudo.
O relatório diz ainda que desde 1980 as emissões de gás carbônico dobraram, levando a um aumento
das temperaturas do mundo em pelo menos 0,7 ºC.
Ainda de acordo com os cientistas, a perda de biodiversidade não é apenas uma questão ambiental,
mas também uma questão de desenvolvimento, econômica, de segurança, social e moral.
Segundo o relatório, as atuais tendências negativas impedirão em 80% o progresso das metas dos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, relacionadas a pobreza, fome, saúde, água, cidades, clima,
oceanos e terra.
Três quartos do ambiente terrestre e cerca de 66% do ambiente marinho foram significativamente
alterados por ações humanas. Em média, essas tendências foram menos severas ou evitadas em áreas
mantidas ou gerenciadas por povos indígenas e comunidades locais.
Além disso, um terço das áreas terrestres e 75% do uso de água limpa é para plantação e criação de
animais para alimentação. O valor da produção agrícola aumentou cerca de 300% desde 1970, a
derrubada de madeira aumentou 45% e aproximadamente 60 bilhões de toneladas de recursos
renováveis e não renováveis são extraídos globalmente a cada ano.
Ainda dá tempo
Apesar das notícias não serem boas, o relatório aponta caminhos para uma mudança. Governos
devem trabalhar em conjunto para a implementação de leis e produção mais sustentável.
76
G1. Um milhão de espécies de plantas e animais estão ameaçadas de extinção, aponta ONU. G1 Natureza.
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/05/06/um-milhao-de-especies-de-plantas-e-animais-estao-ameacadas-de-extincao-segundo-relatorio-da-onu.ghtml.
Acesso em 06 de maio de 2019
Iniciativa busca reflexão sobre o impacto do gasto energético sobre as mudanças climáticas.
A Torre Eiffel parisiense, a Acrópole de Atenas, o Kremlin em Moscou e a Ópera de Sydney apagaram
suas luzes durante uma hora neste sábado, na chamada Hora do Planeta, para aumentar a
conscientização sobre as mudanças climáticas e seu impacto na biodiversidade. Para a 13ª edição da
Hora do Planeta, organizada pela ONG WWF, milhões de pessoas em 180 países vão apagar suas luzes
para refletir o impacto do gasto energético sobre as mudanças climáticas e seu papel fundamental na
natureza. "Somos a primeira geração a ter consciência que estamos destruindo o mundo. E podemos ser
os últimos capazes de fazer algo a respeito", diz a chamada da WWF. "Nós temos as soluções, só
precisamos que nossas vozes sejam ouvidas".
O presidente da WWF-Austrália, Dermot O'Gorman, disse à AFP que "a Hora do Planeta continua a
ser o maior movimento de base no mundo para que as pessoas adotem medidas contra as mudanças
climáticas". "Trata-se de incitar os indivíduos a realizar ações pessoais e, desta forma, se unir a centenas
de milhões de pessoas em todo o mundo para demonstrar que não precisamos apenas de ações urgentes
em relação às mudanças climáticas, mas também devemos proteger nosso planeta", acrescentou.
Dezenas de empresas em todo o mundo se comprometeram a aderir a essa iniciativa de desligar as
luzes por uma hora. Inúmeros monumentos e edifícios emblemáticos vão permanecer às escuras entre
20h30 e 21h30min, como a Torre de Xangai, o Porto Victoria de Hong Kong, a Torre Burj Khalifa de Dubai,
as pirâmides do Egito, a basílica de São Pedro de Roma, o Big Ben de Londres, o Corcovado do Rio de
Janeiro e a sede da ONU em Nova Iorque.
No ano passado, quase 7 mil cidades em 187 países apagaram as luzes de seus edifícios
emblemáticos, segundo WWF. Este ano, o apelo ocorre após a divulgação de relatórios globais com
advertências urgentes sobre o estado do habitat natural e das espécies na Terra. De acordo com o último
relatório "Planeta Vivo" publicado pela WWF em 2018, entre 1970 e 2014, o número de espécimes de
vertebrados - peixes, aves, mamíferos, anfíbios e répteis -, caiu 60% em todo o mundo.
Um declínio que atingiu 89% nos trópicos, na América do Sul e Central. Enquanto esta ação, realizada
em várias cidades ao redor do mundo, é um gesto simbólico, a Hora do Planeta liderou campanhas bem-
sucedidas na última década para proibir, por exemplo, os plásticos nas Ilhas Galápagos e plantar 17
milhões de árvores no Cazaquistão.
Relatório da ONU aponta que poluição do ar mata entre 6 e 7 milhões de pessoas por ano. Falta de
acesso à água potável é responsável por 1,4 milhão de mortes nesse mesmo período.
Um quarto das mortes prematuras e das doenças que proliferam atualmente no mundo estão
relacionadas à poluição e a outros danos ao meio ambiente provocados pelo homem. O alerta é feito pela
ONU em um relatório sobre o estado do planeta, divulgado nesta quarta-feira (13/03) em Nairóbi, capital
do Quênia.
O relatório, chamado de GEO (Global Environement Outlook), é resultado do trabalho de 250 cientistas
de 70 países, durante seis anos. O documento utiliza uma base de dados gigantesca para calcular o
impacto da poluição sobre centenas de doenças, além de listar uma série de emergências sanitárias no
mundo.
Segundo o GEO, a poluição atmosférica, os produtos químicos que contaminam a água potável e a
destruição acelerada dos ecossistemas vitais para bilhões de pessoas estão provocando uma espécie de
epidemia mundial.
As condições ambientais "medíocres" são responsáveis por cerca de 25% das mortes prematuras e
doenças no planeta. A poluição do ar mata entre 6 e 7 milhões de pessoas por ano. Já a falta de acesso
77
AFP. Mundo apaga suas luzes pela Hora do Planeta. Correio do Povo. https://www.correiodopovo.com.br/not%C3%ADcias/mundo/mundo-apaga-suas-luzes-
pela-hora-do-planeta-1.329913. Acesso em 01 de abril de 2019
78
RFI. Poluição é responsável por 1 a cada 4 mortes prematuras no mundo. G1 Natureza. https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/03/13/poluicao-e-
responsavel-por-1-a-cada-4-mortes-prematuras-no-mundo.ghtml. Acesso em 13 de março de 2019.
01. (Prefeitura de Aracaú/CE – Auxiliar Administrativo – CETREDE – 2019) Este termo surgiu a
partir de estudos das Organizações das nações unidas sobre as mudanças climáticas, também conhecida
como Comissão de Brundtland e foi firmado na Agenda 21, na Conferência “Rio 92”. Sendo descrito como
conceito sistêmico que se traduz num modelo de desenvolvimento global que incorpora os aspectos de
um sistema de consumo em massa no qual a preocupação com a natureza, via de extração da matéria-
prima é máxima, com isso sendo capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a
capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. Esse é o conceito de:
(A) Créditos de Carbono.
(B) Desenvolvimento sustentável.
(C) Selos verdes.
(D) Certificação Ambiental.
(E) Capitalismo verde.
Gabarito
01.B / 02.B / 03.D / 04.B / 05.E
Comentários
01. Resposta: B
A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as
necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras
gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.
02. Resposta: B
Ficou estabelecido que até o final do ano de 2024 um relatório deve ser entregue em que são
apresentadas as medidas tomadas (aprovada nessa reunião) por todas as nações para a redução das
emissões dos gases do efeito estufa.
04. Resposta: B
O manejo florestal sustentável, é um modelo que permite a exploração racional com técnicas de mínimo
impacto ambiental sobre os elementos da natureza. Uma floresta manejada continuará oferecendo suas
riquezas para as gerações futuras, pois a madeira e seus outros produtos são recursos renováveis.
05. Resposta: E
A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as
necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras
gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. Essa definição surgiu na
Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e
propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.
(http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/desenvolvimento_sustentavel/
Educação
MPF pede suspensão dos calendários do Sisu, Fies e Prouni e revisão de todas as notas do
Enem79
Ministério Público Federal entrou nesta sexta-feira (24/01) com pedido de suspensão dos programas
de acesso ao ensino superior. Erro em notas afetou quase 6 mil estudantes.
O Ministério Público Federal (MPF) pediu nesta sexta-feira (24/01) à Justiça Federal que suspenda as
inscrições do primeiro semestre de 2020 dos três programas de acesso ao ensino superior – Sistema de
Seleção Unificada (Sisu), Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e Programa Universidade para Todos
(Prouni).
O MPF informa ter solicitado que a suspensão seja aplicada até que seja feita uma auditoria no
resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019, sugerida por especialistas em avaliação
educacional.
O comunicado diz que "é solicitado que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep) realize nova conferência dos gabaritos de todos os candidatos que compareceram
ao Enem 2019, de forma a garantir a idoneidade, a correção do resultado do exame e a correspondência
entre o gabarito utilizado e a prova realizada pelo candidato".
Na segunda-feira (20), o presidente do Inep, Alexandre Lopes, disse que o erro nas notas do Enem
2019 já havia sido corrigido e que o problema afetou 5.974 estudantes. Eles representam 0,15% dos 3,9
milhões de inscritos que fizeram as provas em 3 e 10 de novembro. Uma falha já admitida pela gráfica
Valid fez com que essas provas fossem associadas a gabaritos trocados.
A ação do MPF – coordenada pela Procuradoria Regional dos Diretos do Cidadão (PRDC) em Minas
Gerais – pede ainda que seja apresentada resposta formal a todos os pedidos de revisão feitos pelos
estudantes, com eventual correção da nota final.
Além disso, o MPF prevê ainda multa diária no valor de R$ 10 milhões caso as medidas não sejam
cumpridas.
Questionamento judicial
Nesta quarta-feira (22/01), o MPF já tinha recomendado ao Ministério da Educação (MEC) que
as inscrições do Sisu 2020 fossem suspensas e que o cronograma da seleção unificada fosse modificado.
Questionado pelo G1 sobre as recomendações o Ministério afirmou que "já prestou esclarecimentos
ao Ministério Público Federal".
Além dessa recomendação, o MEC chegou a ser acionado diretamente na Justiça. De acordo com
levantamento feito pela Procuradoria-Geral Federal (PGF), órgão da Advocacia-Geral da União (AGU),
79
G1. MPF pede suspensão dos calendários do Sisu, Fies e Prouni e revisão de todas as notas do Enem. G1 Educação.
https://g1.globo.com/educacao/noticia/2020/01/24/mpf-pede-suspensao-dos-calendarios-do-sisu-fies-e-prouni.ghtml. Acesso em 27 de janeiro de 2020.
MEC estuda descartar 2,9 milhões de livros didáticos nunca usados, diz jornal80
Material nunca foi entregue aos alunos das escolas públicas e custou cerca de R$ 20 milhões. Edições
compradas em gestões anteriores estariam desatualizadas para uso.
O Ministério da Educação (MEC) pretende descartar 2,9 milhões de livros que nunca foram entregues
aos alunos de escolas públicas. As informações foram publicadas pelo jornal “O Estado de São Paulo”
neste sábado (11/01).
Comprado em gestões anteriores do MEC, o material tem edições que teriam vencido, entre 2005 e
2019, e estariam desatualizadas para o uso. O custo de todos esses livros seria de cerca de R$ 20
milhões.
O processo para se desfazer do material começou no fim do ano passado. Na época, o Fundo Nacional
de Desenvolvimento da Educação (FNDE) alertou para a necessidade de reduzir o estoque de livros, que
está armazenado em um depósito alugado dos Correios, em Cajamar, em São Paulo.
O FNDE não respondeu diretamente sobre o descarte. O órgão informou que publicará na semana que
vem uma norma sobre a chamada "reserva técnica" do Programa Nacional do Livro e do Material Didático
(PNLD).
80
G1. MEC estuda descartar 2,9 milhões de livros didáticos nunca usados, diz jornal. G1 Educação. https://g1.globo.com/educacao/noticia/2020/01/11/mec-
estuda-descartar-29-milhoes-de-livros-didaticos-ainda-nao-utilizados-diz-jornal.ghtml. Acesso em 13 de janeiro de 2020.
Desigualdade entre alunos ricos e pobres no Brasil está entre as maiores do mundo, diz estudo81
Levantamento do Mapa da Aprendizagem, do Portal Iede, com dados do Pisa 2018 mostra que Brasil
tem a quinta maior desigualdade em matemática e a terceira maior em leitura e em ciências.
O Brasil é um dos países com maior desigualdade de aprendizagem entre os estudantes considerados
ricos e pobres, segundo os critérios da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE). Dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês) mostram
que, em todas as provas, o grupo de brasileiros entre os 33% dos alunos de todo o mundo com nível
socieconômico (NSE) mais alto teve nota média mais de 100 pontos acima dos 33% de alunos com nível
socioeconômico mais baixo.
Considerando todos os 80 países participantes do Pisa 2018, a desigualdade brasileira é a quinta maior
em matemática, e a terceira maior em leitura e em ciências.
A análise dos dados foi feita pelo Mapa da Aprendizagem, mantido pelo Instituto Interdisciplinaridade
e Evidências no Debate Educacional (Portal Iede), pela Fundação Lemann e pelo Itaú BBA, e obtida com
exclusividade pelo G1.
O Pisa é realizado a cada três anos. Os resultados da edição mais recente, que teve a participação de
80 países, foram divulgados em 3 de dezembro. Entre 2015 e 2018, o Brasil caiu no ranking mundial de
educação.
Metodologia
O nível socioeconômico (NSE) é determinado segundo diversos critérios de renda e escolaridade da
família dos estudantes. As comparações de desempenho do estudo foram feitas em três etapas:
Primeiramente, o Iede considerou o universo de participantes da prova em todo o mundo – cerca de
600 mil estudantes de 15 anos;
Depois, esse universo foi dividido em três partes iguais, de acordo com o NSE de cada aluno. A
comparação considera o terço com NSE mais alto e o terço com o NSE mais baixos, cada um com cerca
de 200 mil estudantes. Países mais pobres, como o Brasil, ficaram com representação maior entre o grupo
dos mais pobres, e menor entre o grupo de mais ricos;
O próximo passo da análise foi separar esses dois grupos de estudantes por país. Então, eles foram
avaliados de acordo com uma série de características, como o índice de repetência e a nota média nas
provas de leitura, matemática e ciências.
Em todas elas, os estudantes da elite brasileira tiveram média de mais de 100 pontos acima dos
brasileiros classificados como o terço mais pobre entre os participantes do Pisa. Esse resultado colocou
o Brasil no "top 5" da desigualdade mundial nas três disciplinas.
O estudo avaliou ainda a desigualdade de cada região brasileira – algumas delas tiveram disparidade
maior do que os países mais desiguais. Veja abaixo a comparação em cada uma das três provas:
Matemática
Em matemática, os estudantes com nível socioeconômico baixo apresentaram média de 360,8 pontos,
enquanto os de alta renda tiveram média de 461,8. A diferença foi de 101 pontos entre elas.
O Brasil é o quinto pais do ranking com maior diferença entre alunos dos extremos dos níveis sociais.
Neste quesito, o país com mais desigualdade é Israel, com 112 pontos de diferença, seguido por Bélgica
(104 pontos), Hungria (102) e Eslováquia (102).
Quando avaliadas as regiões do Brasil, o Nordeste é a que apresenta a maior desigualdade, com 107
pontos de diferença, seguida pela região Centro-Oeste (104); Sul (103,9); Sudeste (91,6) e Norte (81,7).
Mas Ernesto Martins Faria, diretor-fundador do Portal Iede, explica que uma desigualdade menor nem
sempre é um bom sinal. Nos casos da Região Norte e de alguns países com a menor desigualdade, essa
equidade é o resultado do baixo desempenho tanto dos estudantes pobres quanto dos mais ricos (veja
no gráfico abaixo). Ela não garante, segundo Faria, que todos os alunos, independentemente de sua
renda familiar, tenham o aprendizado adequado na escola.
Do outro lado da lista, os países ou regiões com menor desigualdade foram Macau (China),
Cazaquistão, Kosovo, Albânia e Hong Kong (China).
81
Ana Carolina Moreno e Marcelo Valadares. Desigualdade entre alunos ricos e pobres no Brasil está entre as maiores do mundo, diz estudo. G1 Educação.
https://g1.globo.com/educacao/noticia/2019/12/19/desigualdade-entre-alunos-ricos-e-pobres-no-brasil-esta-entre-as-maiores-do-mundo-diz-estudo.ghtml. Acesso
em 19 de dezembro de 2019.
Ciências
Na disciplina de ciências, o Brasil é novamente o terceiro país mais desigual, ficando atrás apenas de
Israel e Bélgica. Assim como em leitura, os alunos com altos índices socioeconômicos também tiveram
em média 102,6 pontos a mais que os com NSE baixo. Em Israel, essa diferença foi de 107,6 pontos e
na Bélgica, de 105,6.
Nas regiões brasileiras, o Centro-Oeste foi o mais desigual, com 110,5 pontos de diferença, seguido
por Nordeste (108), Sul (107,5), Sudeste (92,3) e Norte (78,2).
Por outro lado, os países ou regiões com menor diferença entre as notas médias foram Macau (China),
Cazaquistão, Kosovo, Montenegro e Hong Kong (China):
Repetência
O estudo do Mapa da Aprendizagem também comparou o índice de repetência, que avalia quantos
alunos nunca repetiram no ensino fundamental. O Brasil, neste quesito, ficou em 11º lugar na
desigualdade: 91% dos alunos com família de alta renda nunca repetiram de ano, contra 75% dos alunos
de baixa renda. A diferença entre os dois grupos foi de 16 pontos percentuais (p.p.).
O Marrocos foi o país com a maior diferença neste quesito, com 34,5 pontos percentuais separando
os alunos ricos e pobres.
Os demais países com desigualdade maior que o Brasil foram Espanha (31.2 p.p.), Bélgica (30,8 p.p.),
Luxemburgo (27,5 p.p.), Uruguai (25 p.p.), Argentina (23 p.p.), Portugal (21 p.p.), Líbano (20,6 p.p.),
França (18,8 p.p.) e Macau (18,6 p.p.).
País teve novamente um dos 10 piores desempenhos do mundo em matemática no Pisa 2018, a
avaliação mundial de educação.
O Brasil não conseguiu registrar avanços significativos no desempenho dos estudantes em leitura, em
matemática e em ciências no mais importante ranking mundial de educação. O resultado do Programa
Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês) divulgado nesta terça-feira (03/12)
aponta ligeiro aumento da nota média, mas os estudantes brasileiros seguem entre os últimos 10
colocados na prova de matemática.
O exame, cujas provas foram aplicadas no ano passado, é realizado pela Organização para
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os resultados negativos para a educação brasileira
foram verificados mesmo com a expansão da lista dos países participantes, que passaram de 70 para 80.
Em leitura, o Brasil conseguiu manter sua posição de 2015, mas ainda está atrás de mais de 50 países
e regiões econômicas. Já em ciência, o país caiu algumas posições, para uma colocação abaixo de pelo
menos 65 participantes.
O que é o Pisa?
O Pisa é uma avaliação mundial feita em dezenas de países, com provas de leitura, matemática e
ciência, além de educação financeira e um questionário com estudantes, professores, diretores e escolas
e pais;
Ela é realizada a cada três anos – a mais recente foi aplicada em 2018 com uma amostra de 600 mil
estudantes de 15 anos de 80 países diferentes. Juntos, eles representam cerca de 32 milhões de pessoas
nessa idade;
A cada ano, uma das três disciplinas principais é o foco da avaliação – em 2018, o foco foi na leitura;
O Brasil participou de todas as edições do Pisa desde sua criação, em 2000, mas continua muito abaixo
da pontuação de países desenvolvidos e da média de países da OCDE, considerada uma referência na
qualidade de educação.
Tendência de estagnação
Os resultados seguem muito abaixo da média dos países da OCDE, que foi de 487 em leitura, 489 em
matemática e 489 em ciências. Esses valores são usados como referência de educação de qualidade
pelo Brasil e demais países.
A OCDE concluiu que o Brasil mantém uma tendência de estagnação ao analisar os resultados de sete
edições do Pisa em leitura, seis em matemática e cinco em ciências. Embora as notas médias tenham
variado alguns pontos para cima e para baixo, no decorrer da última década essa variação não foi
considerada estatisticamente relevante para ser considerada uma evolução de patamar.
82
Ana Carolina Moreno e Elida Oliveira. Brasil cai em ranking mundial de educação em matemática e ciências; e fica estagnado em leitura. G1 Educação.
https://g1.globo.com/educacao/noticia/2019/12/03/brasil-cai-em-ranking-mundial-de-educacao-em-matematica-e-ciencias-e-fica-estagnado-em-leitura.ghtml. Acesso
em 03 de dezembro de 2019.
Professores dizem que tema é 'inesperado', mas não necessariamente difícil. Eles dizem que
estudante pode abordar tanto a produção quanto o acesso da população.
O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2019) é "Democratização do acesso
ao cinema no Brasil".
Segundo professores ouvidos pelo G1, o tema não estava entre as principais apostas e discussões
nos cursinhos ou redes sociais durante o ano, e a área de cultura há anos não aparecia no Enem. Mas a
surpresa não chega a fazer do Enem 2019 uma prova difícil para os candidatos.
Já os cineastas ouvidos pelo G1 afirmaram que a democratização do acesso ao cinema no Brasil ainda
está longe da realidade. Eles citaram argumentos que poderiam ser usados pelos candidatos, como
diversidade de temas nas telas, variedade de produtores na execução dos projetos e até o valor do
ingresso, que em geral é caro no país.
Nas redes sociais, alguns internautas elogiaram o tema, enquanto outros ficaram felizes de não
estarem entre os candidatos neste ano. Muitos perceberam que, há cinco dias, as redes sociais do
Ministério da Educação deram um "spoiler" do tema, anunciando uma parceria do ministério com a
Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) para que salas de cinema sejam adaptadas a pessoas com
deficiência.
Os estudantes tiveram acesso a textos de apoio para compor a argumentação, como:
- um trecho do artigo "O que é cinema", de Jean-Claude Bernardet;
- um trecho do texto "O filme e a representação do real", de C.F.Gutfreind;
- um infográfico do periódico "Meio e a Mensagem" sobre o percentual de brasileiros que frequentam
as salas de cinema;
- um trecho do texto "Cinema perto de você", da Ancine.
83
Ana Carolina Moreno. Elida Oliveira. Fabio Manzano. Tema da redação do Enem 2019 é 'Democratização do acesso ao cinema no Brasil'. G1 Educação.
https://g1.globo.com/educacao/enem/2019/noticia/2019/11/03/redacao-do-enem-2019-e-sobre-democratizacao-do-acesso-ao-cinema-no-brasil.ghtml. Acesso em 04
de novembro de 2019.
Ensino superior a distância ofertou mais vagas que o presencial em 2018, aponta Censo da
Educação Superior84
Dados foram divulgados nesta quarta (18/09); tendência já era apontada em edições anteriores.
Metade dos alunos não chega ao diploma; 'desperdício de recursos', diz ministro.
O número de vagas ofertadas pelo ensino superior à distância (EAD) superou em 2018, pela primeira
vez, o número de oportunidades em cursos presenciais. No ano passado, foram 7.170.567 vagas remotas
contra 6.358.534 vagas locais, respectivamente.
O dado é do Censo do Ensino Superior, divulgado nesta quarta-feira (19/09) pelo Ministério da
Educação e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
O resultado das vagas em EAD é reflexo direto do aumento dos cursos de graduação a distância,
constatado em edições anteriores. Em 2018, por exemplo, o Censo do Ensino Superior mostrou uma alta
de 17,6% no número de alunos nesta modalidade.
“É a primeira vez que você tem um maior ensino a distância do que presencial. Acho que é uma
tendência nacional e mundial, só tende a se consolidar e ampliar”, declarou o ministro da Educação,
Abraham Weintraub.
Alta desistência
Weintraub criticou, ao apresentar os dados, o elevado grau de desistência dos jovens que entram no
ensino superior. Dados dos últimos anos apontam que, em média, só um terço dos alunos termina o curso
“na época certa”, ou seja, no número de semestres previsto. Metade dos matriculados abandona a
faculdade sem concluir o curso.
84
Matheus Rodrigues. Ensino superior a distância ofertou mais vagas que o presencial em 2018, aponta Censo da Educação Superior. G1 Educação.
https://g1.globo.com/educacao/noticia/2019/09/19/ensino-superior-a-distancia-ofertou-mais-vagas-que-o-presencial-em-2018-aponta-censo-da-educacao-superior-
do-mec.ghtml. Acesso em 20 de setembro de 2019.
Sem crise
Na apresentação, Weintraub também voltou a criticar o que chamou de “terrorismo da imprensa” sobre
a crise financeira no ministério. Segundo ele, tanto a coleta de dados do Censo, quanto a realização das
provas sob tutela do Inep (incluindo Enem e Encceja) vêm sendo concluídos sem problemas.
“A primeira conclusão que eu gostaria de chamar atenção, mais importante de todas, é que a despeito
de ilações que saíram em alguns veículos sobre risco de paralisia do Inep, a gente não vê nenhum
problema na prática”, disse.
Doria manda recolher apostila de ciência que fala sobre diversidade sexual: 'Não aceitamos
apologia à ideologia de gênero'85
Governador fala em 'erro inaceitável' e 'apuração dos responsáveis'. Livro é destinado a alunos do 8º
ano do ensino fundamental das escolas estaduais de São Paulo.
O governador João Doria (PSDB) mandou recolher nesta terça-feira (03/09) o material escolar de
ciências para alunos do 8º ano do Ensino Fundamental da rede estadual de São Paulo. A apostila explica
os conceitos de sexo biológico, identidade de gênero e orientação sexual. Também traz orientações sobre
gravidez e doenças sexualmente transmissíveis.
Alunos do 8º ano têm, em regra, 13 e 14 anos. "Fomos alertados de um erro inaceitável no material
escolar dos alunos do 8º ano da rede estadual. Solicitei ao Secretário de Educação o imediato
recolhimento do material e apuração dos responsáveis. Não concordamos e nem aceitamos apologia à
ideologia de gênero", escreveu Doria pelo Twitter.
Em nota, a Secretaria da Educação de São Paulo afirma que o termo "identidade de gênero" estaria
em desacordo com a Base Nacional Comum Curricular do MEC e com o Novo Currículo Paulista aprovado
em agosto, e que a apostila é complementar ao estudo dos alunos.
Em 2017, o Ministério da Educação tirou o termo "orientação sexual" da terceira e última versão da
Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o ensino infantil e fundamental, que passou a valer em
2019.
De acordo com o documento, o Conselho Nacional de Educação (CNE) emitiria orientações
específicas sobre orientação sexual e identidade de gênero.
Para a professora FGV Cláudia Costin e diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas
Educacionais (CEIPE), “[A base] não só não menciona, mas ela não proib ́ e. Ao traduzir a base em
currículos estaduais, os currículos podem ou não introduzir uma questão sobre isso, o que não impede
que professores ou até escolas abordem o tema.”
“A base estabelece aprendizagens mínimas que todos os alunos brasileiros têm que ter na educação
básica", completa.
A BNCC é considerada fundamental para reduzir desigualdades na educação no Brasil e países
desenvolvidos já organizam o ensino por meio de bases nacionais. O documento define a linhas gerais
do que os alunos das 190 mil escolas do país devem aprender a cada ano.
85
G1 SP. Doria manda recolher apostila de ciência que fala sobre diversidade sexual: 'Não aceitamos apologia à ideologia de gênero'. G1 São Paulo.
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2019/09/03/doria-manda-recolher-livros-de-ciencia-que-fala-sobre-diversidade-sexual-nao-aceitamos-apologia-a-ideologia- de-
genero.ghtml. Acesso em 04 de setembro de 2019.
A Universidade de São Paulo (USP) agora está entre as 150 mais bem avaliadas - em 2018, aparecia
no bloco seguinte, de 151 a 200.
A Universidade de São Paulo (USP), primeira universidade brasileira a aparecer na lista de melhores
instituições do mundo no ranking de Xangai, subiu posições no quadro divulgado nesta quinta-feira
(15/08), em relação ao ano passado. A USP agora está entre as 150 mais bem avaliadas - em 2018,
aparecia no bloco seguinte, de 151 a 200.
O Ranking Mundial Acadêmico de Universidades (ARWU, na sigla em inglês), da consultoria chinesa
Shanghai Ranking Consulting, tem a particularidade de apresentar sequencialmente apenas as 100
primeiras colocadas. Depois, a partir de 101, a lista se divide em blocos de 50 ou 100, sem especificar o
lugar exato de cada uma.
Na sequência divulgada nesta quinta-feira, aparecem ainda outras cinco universidades brasileiras, que
não mudaram de colocação em relação ao ano passado. São elas: Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ), Universidade do Estado de São Paulo (Unesp) e Universidade de Campinas (Unicamp),
entre a 301ª e a 400ª posição, e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Federal
do Rio Grande do Sul (UFRGS), no bloco entre o 401° e o 500° lugar.
O ranking é um dos mais respeitados do mundo, ao analisar cerca de 1 mil instituições do planeta e
selecionar as 500 melhores. Na avaliação, seis critérios são considerados: o número de professores ou
diplomados que venceram prêmios Nobel ou medalhas Fields (o Nobel da matemática), o número de
pesquisadores mais citados nas suas áreas e as publicações nas revistas científicas Science e Nature. A
86
RFI. USP sobe no ranking de Xangai das melhores universidades do mundo. G1 Educação. https://g1.globo.com/educacao/noticia/2019/08/15/usp-sobe-no-
ranking-de-xangai-das-melhores-universidades-do-mundo.ghtml. Acesso em 15 de agosto de 2019.
MEC lança 'Future-se', programa para aumentar verba privada no orçamento das federais87
Antes da adesão das universidades, o MEC fará uma consulta pública sobre o Future-se nos próximos
30 dias, pela internet. A área jurídica do ministério ainda estuda quais pontos terão de ser aprovados pelo
Congresso Nacional para entrarem em vigor.
“Às vezes, a crise, ela incomoda. Às vezes não, sempre. Ela incomoda, ela faz com que a gente
repense as estruturas, a forma de trabalhar, agir, pensar. Mas se ela for bem conduzida, ela permite
oportunidades, crescimento, desenvolvimento, revoluções”, declarou Weintraub.
87
Mateus Ferreira. MEC lança 'Future-se', programa para aumentar verba privada no orçamento das federais. G1 Educação.
https://g1.globo.com/educacao/noticia/2019/07/17/mec-lanca-future-se-para-aumentar-verba-privada-no-orcamento-das-federais.ghtml. Acesso em 17 de julho de
2019.
‘Apex da educação’
“A gente quer se transformar na Apex da educação”, disse o secretário de Educação Superior do MEC,
Arnaldo Barbosa de Lima Júnior, referindo-se à Agência Brasileira de Promoção de Exportações e
Investimentos, que organiza feiras e eventos ao redor do mundo para promover a produção industrial e
agrícola brasileira.
“A gente está querendo exportar a indústria de conhecimento que a gente tem. A educação brasileira
pode ser um produto de exportação”, afirmou.
“Queremos sair das amarras da Lei 8.666”, disse Lima, em referência à Lei de Licitações, que define
as regras para uma contratação pública e, em geral, é vista como “trava” pelo gestor público.
Descontingenciamento
O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Iago Montalvão, interrompeu a cerimônia e,
sem microfone, fez reivindicações ao ministro.
“Precisamos debater como retomar os cortes que foram feitos, como devolver o dinheiro do
contingenciamento. Os estudantes estão dispostos a dialogar, mas queremos respostas para hoje (...) Os
estudantes estão nos procurando desesperados, porque não conseguem fazer suas pesquisas.
Precisamos de uma resposta imediata.”
“É importante que tenha parcerias, mas é importante sobretudo que tenha polit́ ica pública para a
universidade. Nós precisamos salvar a universidade”, afirmou.
Em resposta, o secretário Arnaldo Barbosa disse que a consulta pública está aberta “para ouvir opinião
de pessoas como você, que muitas vezes carecem de muita informação.”
35% dos brasileiros com mais de 14 anos não completaram o ensino fundamental, aponta IBGE88
Desemprego
A baixa escolaridade pode afetar as chances de emprego do brasileiro. Os dados do IBGE indicam
que 5,2 milhões de desempregados procuram trabalho há mais de 1 ano. O desemprego cresceu em 14
das 27 unidades da federação no 1º trimestre. As maiores taxas de desemprego foram observadas no
Amapá (20,2%), Bahia (18,3%) e Acre (18,0%), e a menores, em Santa Catarina (7,2%), Rio Grande do
Sul (8,0%) e Paraná e Rondônia (ambos com 8,9%). Em São Paulo e no Rio de Janeiro, as taxas ficaram
em 13,5% e 15,3%, respectivamente.
MEC anunciou contingenciamento total de R$ 1,7 bilhão. Escolas e instituições de ensino superior
fazem paralisação de um dia; os 26 estados e o DF tiveram protestos pacíficos.
Cidades brasileiras começaram, na manhã desta quarta-feira (15/05), a ter manifestações contra o
bloqueio de recursos para a educação anunciado pelo MEC. Os 26 estados e o Distrito Federal
registraram atos pacíficos. Universidades e escolas também tiveram paralisações.
Entidades ligadas a movimentos estudantis, sociais e a partidos políticos e sindicatos convocaram a
população para uma greve de um dia contra as medidas na educação anunciadas pelo governo do
presidente Jair Bolsonaro.
Em abril, o Ministério da Educação divulgou que todas as universidades e institutos federais teriam
bloqueio de recursos. Em maio, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(Capes) informou sobre a suspensão da concessão de bolsas de mestrado e doutorado.
De acordo com o Ministério da Educação, o bloqueio é de 24,84% das chamadas despesas
discricionárias — aquelas consideradas não obrigatórias, que incluem gastos como contas de água, luz,
compra de material básico, contratação de terceirizados e realização de pesquisas.
O valor total contingenciado, considerando todas as universidades, é de R$ 1,7 bilhão, ou 3,43% do
orçamento completo — incluindo despesas obrigatórias.
Em 2019, as verbas discricionárias representam 13,83% do orçamento total das universidades. Os
86,17% restantes são as chamadas verbas obrigatórias, que não serão afetadas. Elas correspondem, por
exemplo, aos pagamentos de salários de professores, funcionários e das aposentadorias e pensões.
Segundo o governo federal, a queda na arrecadação obrigou a contenção de recursos. O bloqueio
poderá ser reavaliado posteriormente caso a arrecadação volte a subir. O contingenciamento, apenas
com despesas não obrigatórias, é um mecanismo para retardar ou deixar de executar parte da peça
orçamentária devido à insuficiência de receitas e já ocorreu em outros governos.
89
G1. Cidades brasileiras têm atos contra bloqueios na educação. G1 Educação. https://g1.globo.com/educacao/noticia/2019/05/15/cidades-brasileiras-tem-atos-
contra-bloqueios-na-educacao.ghtml. Acesso em 15 de maio de 2019.
Constituição prevê que ensino básico é prioridade de estados e municípios; entenda os gastos
com educação90
Na média dos últimos 15 anos, universidades ficaram com R$ 0,18 de cada R$ 1 investido pela União,
estados e municípios. Governo Bolsonaro prevê destinar 'recursos futuros' federais do ensino superior
para a educação básica.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou na terça-feira (30/04) que os "recursos futuros"
da educação superior "vão ser direcionados para a pré-escola ou para a educação básica". Ele justificou
a mudança de foco afirmando que, durante a campanha eleitoral, essa foi a prioridade defendida por Jair
Bolsonaro (PSL).
A mudança de foco em relação às outras gestões é criticada por especialistas. Dados compilados
pelo G1 mostram que as universidades recebem a menor parcela da verba quando considerado o gasto
total dos municípios, dos estados e da União; veja a seguir os principais pontos e, mais abaixo, os gráficos:
O gasto por aluno no ensino superior é mais alto do que o do aluno do ensino básico no Brasil, mas isso
também se repete em outros países
A diferença do gasto por aluno do ensino superior x educação básica teve queda de um terço desde
2000: enquanto o valor por universitário se manteve estável, o da educação básica triplicou
Comparando com a média da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico), o Brasil investe menos por aluno em todas as etapas do ensino
A Constituição determina que os municípios cuidem prioritariamente do ensino infantil e fundamental e
os estados cuidem do fundamental e do médio. Cabe à União manter a rede federal (atualmente de ensino
técnico e superior) e repassar dinheiro para municípios e estados cuidarem da educação básica
Por causa do pacto previsto na Constituição, a rede federal tem apenas 0,84% das matrículas da
educação básica. A União também desenvolve programas de construção de creches e pré-escolas, livros
didáticos, transporte e alimentação nas escolas
Segundo especialistas consultados pelo G1, tanto a educação básica (que vai da creche ao 3º ano do
ensino médio) quanto o ensino superior precisam de mais dinheiro, principalmente quando o Brasil é
comparado a outros países: o nível de investimento por aluno brasileiro ainda está abaixo da média das
nações desenvolvidas.
Dados mantidos pelo próprio governo federal mostram, ainda, que o MEC gasta mais todos os anos
com as universidades do que com as creches e pré-escolas, um fato que, para os especialistas, está em
linha com a divisão das responsabilidades educacionais entre redes municipais, estaduais e federal
determinada na Constituição, e também é uma realidade mundial.
90
Ana Carolina Moreno. Constituição prevê que ensino básico é prioridade de estados e municípios; entenda os gastos com educação. G1 Educação. Acesso
em 06 de maio de 2019.
A pirâmide existe?
Levando-se em conta apenas os investimentos do governo federal, sim. Mas, considerando o total
gasto pelo Brasil em educação, que inclui estados e municípios, a afirmação não procede.
Os dados usados pela campanha eleitoral de Jair Bolsonaro foram retirados de uma página do
Orçamento Cidadão de 2018. O documento é uma versão simplificada do Projeto de Lei Orçamentária
Anual (Ploa). Ele não representa a realidade da lei orçamentária, porque sofre diversas alterações até
sua aprovação no Congresso.
Bolsonaro anuncia demissão de Vélez e diz que Abraham Weintraub será o novo ministro da
Educação91
Vélez enfrentava 'guerra' no MEC provocada por desentendimentos entre assessores. No período na
pasta, ele protagonizou uma série de polêmicas.
O presidente Jair Bolsonaro anunciou em uma rede social nesta segunda-feira (08/04) a demissão do
ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez. Bolsonaro informou também que o novo ministro será
Abraham Weintraub.
Bolsonaro e Vélez tiveram uma reunião no Palácio do Planalto nesta segunda, pouco antes do anúncio
da demissão do agora ex-ministro.
"Comunico a todos a indicação do Professor Abraham Weintraub ao cargo de Ministro da Educação.
Abraham é doutor, professor universitário e possui ampla experiência em gestão e o conhecimento
necessário para a pasta. Aproveito para agradecer ao prof. Velez pelos serviços prestados", afirmou o
presidente.
Colombiano naturalizado brasileiro, Vélez Rodríguez tomou posse no cargo em 1º de janeiro e
enfrentava uma "guerra interna" no MEC provocada por desentendimentos entre militares e seguidores
do escritor Olavo de Carvalho.
91
G1. Bolsonaro anuncia demissão de Vélez e diz que Abraham Weintraub será o novo ministro da Educação.
https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/04/08/planalto-anuncia-demissao-de-ricardo-velez-rodriguez-do-ministerio-da-educacao.ghtml. Acesso em 08 de abril de
2019.
Além disso, desde o início da sua gestão, em janeiro, houve pelo menos 14 trocas em cargos
importantes no Ministério da Educação.
A demissão de Vélez Rodríguez é a segunda baixa no ministério do governo Jair Bolsonaro.
Há cerca de um mês, o advogado Gustavo Bebianno deixou a Secretaria-Geral após se envolver em
uma crise com o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente Bolsonaro.
Novo ministro
Weintraub, o novo ministro, já trabalhava no governo Bolsonaro. Ele era secretário-executivo da Casa
Civil, segundo cargo mais importante dentro da pasta.
Weintraub atuou na equipe do governo de transição. Junto com o irmão, Arthur Weintraub, foi
responsável pela área de previdência no período. Os dois foram indicados a Bolsonaro pelo ministro da
Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
Em 7 de novembro, disse que havia sido indicado para o Ministério da Educação pelo escritor Olavo
de Carvalho.
"Aceitei a indicação movido unicamente por um motivo: tornar realidade, no terreno do MEC, a proposta
de governo externada pelo candidato Jair Bolsonaro, de 'Mais Brasil, menos Brasília'", publicou à época.
Ainda no blog, Vélez chegou a escrever um texto intitulado "Um roteiro para o MEC" em que afirmava
que o Ministério da Educação tem como "tarefa essencial" recolocar os ensinos básico e fundamental "a
serviço das pessoas".
Na época em que o presidente Jair Bolsonaro estava fazendo as indicações aos ministérios, chegaram
a circular os nomes de Guilherme Schelb (procurador da República) e de Mozart Ramos (diretor do
Instituto Ayrton Senna) para o Ministério da Educação.
Pesquisadores financiados pelo CNPq podem ficar sem bolsas a partir de outubro, diz
presidente92
Além do orçamento ter ficado menor neste ano, CNPq usou verba de 2019 para pagar as bolsas de
dezembro de 2018, afirmou o presidente do conselho em entrevista ao G1.
92
Carolina Moreno. Pesquisadores financiados pelo CNPq podem ficar sem bolsas a partir de outubro, diz presidente. G1 Educação.
https://g1.globo.com/educacao/noticia/2019/04/03/pesquisadores-financiados-pelo-cnpq-podem-ficar-sem-bolsas-a-partir-de-outubro-diz-presidente.ghtml. Acesso
em 03 de abril de 2019
Tenente-brigadeiro é o quarto nome anunciado em três meses. Antecessora, Lolene Lima foi
dispensada oficialmente na última quinta-feira (28/03).
Desocupado nos últimos dias, o cargo de secretário-executivo do Ministério da Educação (MEC) foi
preenchido por Ricardo Machado Vieira. A nomeação foi publicada na edição desta sexta-feira (29/03) do
Diário Oficial da União (DOU).
Ricardo era assessor especial da presidência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE) desde fevereiro de 2019. Ele é militar — segundo seu currículo, é tenente-brigadeiro e já ocupou
o posto de chefe do Estado-Maior da Aeronáutica (FAB).
Em três meses de gestão, é a quarta vez em que o governo anuncia um nome para o cargo de "número
dois" do MEC. Luiz Antônio Tozi permaneceu no posto até o dia 12 de março, quando foi demitido em um
ato de "reestruturação" promovido pelo ministro Vélez.
Com a saída dele, o nome de Rubens Barreto da Silva, que até então era secretário-executivo adjunto,
foi anunciado por rede social. A nomeação para o novo cargo, no entanto, não chegou a ser publicada no
Diário Oficial.
Em seguida, Lolene Lima foi colocada no posto, também sem publicação no DOU. Ela foi demitida oito
dias depois.
93
G1. Novo secretário-executivo do MEC é militar. G1 Educação. https://g1.globo.com/educacao/noticia/2019/03/29/novo-secretario-executivo-do-mec-e-
nomeado.ghtml. Acesso em 29 de março de 2019
Entenda o que é o método fônico, que o MEC privilegia em sua política de alfabetização94
Metodologia que ensina a associar letras a seus sons ainda é amplamente adotada no Brasil e em
outros países, mas críticos a consideram ultrapassada e defendem mistura de métodos
A Política Nacional de Alfabetização, um dos projetos que o governo Bolsonaro pretende em seus 100
primeiros dias, erradicar o analfabetismo no Brasil apostando no método fônico (ou fonético) de
alfabetização.
Nele, a alfabetização se dá através da associação entre um símbolo (a letra, ou grafema) e seu som
(o fonema). A criança aprende a reconhecer o som de cada letra para, a partir daí, ser capaz de combiná-
las de modo a formar sílabas e palavras.
O ensino se inicia pela forma e pelo som das vogais, seguidas pelas consoantes. Parte-se dos sons
mais simples para os mais complexos.
Há registros formais do uso do método fônico desde 1719, na França. No Brasil, ele passou a ser
amplamente usado em substituição ao método da soletração (ou alfabético), que vigorou até a década de
1980.
Hoje, a metodologia fônica rivaliza com as técnicas associadas ao construtivismo — em que se parte
de textos e experiências sobre as funções da linguagem rumo a palavras, letras e sons—, considerado
mais moderno.
Educadores são praticamente unânimes em afirmar que não se deve eleger um único método de
alfabetização e há divergências sobre o alcance da técnica fônica.
O principal defensor do método é Carlos Nadalim, secretário de Alfabetização do MEC. Mestre em
Educação e seguidor do escritor Olavo de Carvalho, ele já afirmou que o construtivismo foi um "erro" do
sistema educacional brasileiro.
A concepção fônica do ensino da leitura é uma recomendação de governo em Portugal, França, Chile,
Itália, Inglaterra e Estados Unidos. O método é adotado como padrão em países como Cuba, Israel,
Canadá, Bélgica e Alemanha.
Inep cria comissão para verificar se questões do Enem têm 'pertinência com a realidade social'95
Segundo a portaria, o grupo deverá fazer uma 'leitura transversal' das questões para emitir um parecer.
Resultado do trabalho não será divulgado. No ano passado, Bolsonaro criticou uma das questões do
exame e disse que tomaria conhecimento antes da prova.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) criou uma comissão
para fazer uma "leitura transversal" das questões que compõem o Banco Nacional de Itens do Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem). O objetivo, segundo o Inep, é "verificar a sua pertinência com a
realidade social". O resultado do trabalho não será divulgado.
No ano passado, Bolsonaro criticou uma das questões do exame e disse que tomaria conhecimento
antes da prova.
De acordo com o documento, "a leitura transversal é uma etapa técnica de revisão de itens".
Em nota, o Inep informou que nenhum item será descartado já que o processo de elaboração das
questões é "longo e oneroso". Ainda de acordo com o Inep, as questões consideradas "dissonantes"
serão "separadas para posterior adequação, testagem e utilização, se for o caso".
O G1 entrou em contato com o Inep para saber que tipo de pergunta ou conteúdo estaria sendo
buscado na leitura transversal e a que tipo de realidade social o Inep se refere quando fala em verificar
"pertinência com a realidade social". O instituto encaminhou um posicionamento e informou que não
poderia esclarecer nada além do que constava no documento. (Leia a íntegra aqui e ao fim da reportagem)
94
O Globo. Entenda o que é o método fônico, que o MEC privilegia em sua política de alfabetização. https://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/entenda-que-
o-metodo-fonico-que-mec-privilegia-em-sua-politica-de-alfabetizacao-23536565?utm_source=Twitter&utm_medium=Social&utm_campaign=O%20Globo. Acesso
em 22 de março de 2019
95
G1. Inep cria comissão para verificar se questões do Enem têm 'pertinência com a realidade social'. G1 Educação.
https://g1.globo.com/educacao/noticia/2019/03/20/inep-cria-comissao-para-fazer-leitura-transversal-das-questoes-do-enem.ghtml. Acesso em 20 de março de 2019.
Eles terão dez dias, a partir desta quarta, para concluir a avaliação e emitir uma recomendação sobre
o uso ou não dos itens na montagem do exame. Depois, o diretor da Avaliação Básica fará outro parecer
sobre as considerações da comissão. A decisão final ficará a cargo do presidente do Inep, Marcus Vinícius
Rodrigues.
Segundo a portaria, "todas as atividades serão realizadas em Ambiente Físico Integrado Seguro (AFIS)
do Inep", que fica em Brasília, dentro da sede do Inep. Eles assinarão um termo de confidencialidade e
sigilo.
Críticas ao Enem
Em 2018, Jair Bolsonaro criticou uma questão de linguagens do Enem que falava sobre o pajubá, um
conjunto de expressões associadas aos gays e travestis e disse que iria "tomar conhecimento da prova
antes".
Uma vez no BNI, a questão fica à disposição para ser usada em alguma edição do Enem. Na hora da
montagem da prova, a pequena equipe de servidores do Inep que faz o trabalho de seleção das questões
precisa escolher 45 itens de cada prova objetiva seguindo um equilíbrio entre a pedagogia – já que a
prova precisa avaliar uma grande quantidade de conhecimentos – e a estatística – na medida em que o
exame também precisa ter um número similar de questões fáceis, médias e difíceis para poder selecionar
adequadamente os candidatos.
Todos os anos, uma pequena equipe de servidores do Inep monta três versões das quatro provas
objetivas: duas delas são aplicadas todos os anos, na edição regular e no Enem PPL, para pessoas
privadas de liberdade. Uma terceira fica como “reserva”, para o caso de algum imprevisto ou emergência.
Posicionamento do Inep
O Inep encaminhou um link com um texto referente ao posicionamento do instituto sobre o tema. Leia
a íntegra abaixo ou no site do Inep:
INEP nomeia comissão para análise de itens da prova do Enem 2019
Portaria do Inep publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, 20 de março, define os
três nomes da comissão que vai realizar a leitura transversal dos itens do Banco Nacional de Itens (BNI)
para a montagem das provas do Enem neste ano. O objetivo é analisar as questões para verificar sua
pertinência com a realidade social, de modo a assegurar um perfil consensual do exame.
Primeiro, é preciso entender o que diz nossa Constituição sobre a educação pública e analisar o
contexto de crescente militarização das escolas no Brasil.
O cancelamento (e posterior revalidação) por parte da USP da matrícula de alguns alunos oriundos de
colégios militares levantou, na última semana, o debate sobre o caráter dessas escolas e se, no fim das
contas, elas poderiam ou não ser consideradas públicas. Isso porque esses alunos ingressaram na
universidade por meio da reserva de vagas para escolas públicas no Sisu, apesar de algumas dessas
escolas militares cobrarem mensalidade e taxa de matrícula. Então, como as escolas militares podem ser
consideradas públicas se os alunos pagam para estudar?
Para tentar entender melhor o caso, é preciso revisar o que diz a Constituição sobre a educação
pública. Não podemos ignorar também que isso acontece em um contexto de crescente militarização de
escolas públicas.
96
Taís Ilhéu. Afinal, escolas militares são públicas?. Guia do Estudante. https://guiadoestudante.abril.com.br/atualidades/afinal-escolas-militares-sao-publicas/.
Acesso em 06 de março de 2019.
Militares ou militarizadas?
Como se não bastasse a divergência de entendimentos sobre o caráter das escolas militares — e a
constitucionalidade ou não do pagamento — mais um complicador entra nessa história. Oficialmente,
consta no site do Exército que existem, no Brasil, 13 escolas sob sua responsabilidade. Não entram nessa
conta, por exemplo, as dezenas de escolas militares no estado de Goiás, estado pioneiro na militarização
escolar. Esse processo tira as instituições da gestão da administração civil da secretarias de Educação e
a gestão fica a cargo da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros ou outros órgãos oficiais de segurança. De
acordo com Virginia Maria, essas escolas recebem algumas melhorias na estrutura física e passam a
priorizar os valores e a disciplina militares.
Em Goiás, 30 escolas foram militarizadas do ano passado para cá, chegando a um total de 46. Em 14
estados do Brasil, o aumento foi de 212%, de acordo com a revista Época. A mesma reportagem mostra
que nas escolas goianas a cobrança de mensalidades é generalizada, inclusive em colégios de regiões
periféricas e com alunos carentes.
A diferença no perfil socioeconômico dos estudantes seria também, pelo menos nesse primeiro
momento, mais uma diferença entre os dois modelos. “Nas escolas que foram militarizadas, muitas vezes
a escolha para estar ali não foi do aluno ou de sua família, já que ele já estava matriculado nessa
instituição quando da transformação”, afirma a coordenadora do FEE.
Para além da discussão se seria ou não constitucional a cobrança em colégios militares, cabe apontar
aqui que essas novas escolas militarizadas sequer se enquadram na lei e na portaria que garantem a
cobrança ao Exército. Afinal, não são escolas do Exército, mas da PM, dos Bombeiros etc.
A Lei de Cotas
Desde 2012, a Lei de Cotas instituiu que as instituições federais de Ensino Superior deveriam reservar,
no mínimo, 50% das suas vagas para alunos oriundos de escolas públicas. O decreto que regulamentou
a lei instituiu ainda, a partir dessas vagas, uma reserva de acordo com a renda e também para estudantes
que se autodeclaram pretos, pardos ou indígenas.
A USP, embora seja estadual, foi uma das últimas instituições de ensino público no Brasil a aderir às
cotas — antes, havia apenas o sistema de bonificação para pessoas que se enquadravam nessas
categorias. A universidade só aceitou o sistema de cotas em 2016, quando passou a reservar um número
de vagas para ingresso pelo Sisu. Este ano, foram oferecidas 2.233 vagas.
01. (UFFS – Farmacêutico – FAFIPA) Os estudantes brasileiros de nível superior podem contar com
o financiamento das anuidades como forma de estimular a permanência e a conclusão de curso de
graduação em instituições não gratuitas. O programa do Ministério da Educação (MEC) destinado à
concessão deste financiamento chama-se:
(A) FIES
(B) FNDE
(C) ENADE
(D) PROUNI
(E) ENEM
02. (UFRR – Técnico em Contabilidade – UFRR – 2018) A “Escola sem Partido” tem provocado
exaltados debates desde o Congresso Nacional, passando pelas casas representativas nas esferas
estaduais e municipais até nas redes sociais. Nos últimos anos, diversos projetos de lei se espalharam
país afora, sob a alegação de restringir o "processo de doutrinação política" dentro da sala de aula. Na
Câmara dos Deputados, quem foi o autor do Projeto de Lei que inclui, entre as diretrizes e base da
educação nacional, o “Programa Escola sem Partido”?
(A) Senador Cristovam Buarque
(B) Deputado Jean Wyllys
(C) Deputado Marco Feliciano
(D) Senador Romero Jucá
(E) Deputado Izalci Lucas
03. (Prefeitura de Barretos/SP - Agente Administrativo - VUNESP - 2018) Após três anos de
discussões, mudanças e milhares de colaborações, o Ministério da Educação homologou nesta quarta-
feira (13 de dezembro) a chamada Base Nacional Comum Curricular.
(Folha de São Paulo, 20 dez. 18. Disponível em: <https://goo.gl/EBxwvA>. Adaptado)
04. (UFRR – Técnico em Assuntos Educacionais – UFRR – 2019) De acordo com o sítio oficial do
Ministério da Educação (MEC), sua tarefa é promover o ensino de qualidade para todo o país. Sua
abrangência vai da educação em creches até o ensino superior, profissional e de pós-graduação. Um dos
elementos do sistema que o ministério administra é o FUNDEB, que tem vigência até 2020 e tem por
objetivo:
(A) aumentar em dez vezes o volume de recursos federais para a educação básica.
(B) conceder financiamento a estudantes na educação superior não gratuita.
(C) sistematizar a oferta de vagas no ensino superior federal a participantes do Enem.
(D) coletar informações e fazer estatísticas da educação básica brasileira.
(E) expandir o ingresso de jovens e adultos de baixa renda à educação técnica.
Gabarito
01. Resposta: A
O FIES é um programa do Governo criado em 1999 para substituir o Programa de Crédito Educativo
– PCE/CREDUC. Destina-se a financiar a graduação no Ensino Superior de estudantes que não possuem
condições de arcar com os custos de sua formação97.
02. Resposta: E
O projeto foi apresentado na Câmara no ano de 2015 pelo deputado Izalci Lucas
(http://www.escolasempartido.org/o-papel-do-governo-categoria/539-dia-historico-projeto-de-lei-que-institui-o-programa-escola-sem-partido-e-
apresentado-na-camara-dos-deputados).
03. Resposta: C
“A Base Nacional Comum Curricular define os direitos de aprendizagens de todos os alunos do Brasil.
[...] A BNCC potencializa políticas e ações que, juntas, podem reduzir desigualdades educacionais. Para
as redes, ela é referência para a construção dos currículos. Para os professores, ela é um instrumento
fundamental para a prática em sala de aula. Para os pais, traz transparência ao que seus filhos devem
aprender.''98.
04. Resposta: A
Segundo o portal do MEC, o “É um importante compromisso da União com a educação básica, na
medida em que aumenta em dez vezes o volume anual dos recursos federais. Além disso, materializa a
visão sistêmica da educação, pois financia todas as etapas da educação básica e reserva recursos para
os programas direcionados a jovens e adultos”.
Saúde
Brasil confirma primeiro caso da doença99
Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso de coronavírus em São Paulo. O homem de 61 anos
deu entrada no Hospital Israelita Albert Einstein, com histórico de viagem para Itália
O Ministério da Saúde confirmou, nesta quarta-feira (26/2), o primeiro caso de novo coronavírus em
São Paulo. O homem de 61 anos deu entrada no Hospital Israelita Albert Einstein, nesta terça-feira (25/2),
com histórico de viagem para Itália, região da Lombardia. O Ministério da Saúde, em conjunto com as
secretarias estadual e municipal de São Paulo, investigava o caso desde então. A SES/SP e SMS/SP
estão realizando a identificação dos contatos no domicílio, hospital e voo, com apoio da Anvisa junto à
companhia aérea.
Ao confirmar o primeiro caso no país, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, reforçou que já
era esperada a circulação do vírus, mas que, diferente dos demais países com transmissão, o Brasil ainda
não está no inverno – perio ́ do em que há maior risco de contágio. “É mais um tipo de gripe que a
humanidade vai ter que atravessar. Das gripes históricas com letalidade maior, o coronavírus se comporta
à menor e tem transmissibilidade similar a determinada gripes que a humanidade já superou”, explicou.
“Nosso sistema já passou por epidemias respiratórias graves. Iremos atravessar mais esta, analisando
com os pesquisadores e epidemiologistas brasileiros, qual é o comportamento desse vírus em um país
tropical”, ressaltou.
O ministro garantiu, ainda, que “a população brasileira terá todas as informações necessárias para que
cada um tome suas precauções, que são cuidados com a higiene e etiqueta respiratória, como lavar as
mãos e o rosto com água e sabão. Este é um hábito importante e higiênico para evitar não só doenças
respiratórias como outras doenças de circuito oral”.
Para Mandetta, o Brasil está preparado para testar os casos e para garantir que casos confirmados
sejam monitorados e tratados. “Agora vamos acompanhar o comportamento do viŕ us no hemisfério sul,
qual o grau de transmissibilidade e letalidade. Gostaria de parabenizar o sistema de vigilância, os
laboratórios, o Instituto Adolfo Lutz, pela agilidade para realizar os exames e a contraprova. Vamos sair
mais forte do que entramos e com mais capacidade de reagir a essas situações”, garantiu.
De acordo com o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabardo dos Reis, a licitação para
aquisição de Equipamentos de Proteção Individual foi feita e a previsão é que as empresas comecem a
97
https://guiadoestudante.abril.com.br/fies-prouni/o-que-e-e-como-funciona-o-fies-financiamento-estudantil/
98
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/
99
Ministério da Saúde. Brasil confirma primeiro caso da doença. https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46435-brasil-confirma-primeiro-caso-de-novo-
coronavirus. Acesso em 27 de fevereiro de 2020.
Coronavírus na China: após casos triplicarem, o que se sabe sobre a misteriosa doença100
China confirma três mortes, 200 casos e transmissão entre humanos de vírus que causa pneumonia.
Um misterioso vírus que causa problemas respiratórios tem colocado a China e o mundo em estado
de alerta: o coronavírus já se espalhou de seu ponto inicial, a cidade de Wuhan (centro-leste chinês), para
outras grandes metrópoles como Pequim e teve mais de 200 casos oficialmente registrados, com três
mortes confirmadas.
Além disso, a China confirmou que o vírus — que causa um tipo de pneumonia — é transmitido de
pessoa para pessoa.
Uma grande preocupação é com o Ano-Novo Lunar chinês, cuja celebração começa nesta semana e
que leva centenas de milhões de chineses a viajarem pelo país para as festividades.
Há registros de casos do coronavírus no Japão, na Tailândia e na Coreia do Sul. E o fato de o vírus ter
se espalhado para além da China faz cientistas britânicos acreditarem que o número de infectados seja
maior do que o divulgado oficialmente e se aproxime de 1,7 mil casos.
No Brasil, o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde informa que não há nenhum caso suspeito,
mas a pasta diz que enviou comunicado às representações da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa)
em portos e aeroportos para que viajantes sejam orientados a tomar medidas de precauções em viagens
ao exterior e para a "revisão dos principais aeroportos de conexão provenientes da China para
identificação e mensuração dos riscos".
O que é o coronavírus?
Chamado de 2019-nCoV, o vírus causa febre, tosse, falta de ar e dificuldade em respirar.
Parece ser uma nova cepa de um coronavírus que não havia sido previamente identificado em
humanos — coronavírus são uma ampla família de vírus, mas poucos deles são capaz de infectar
pessoas.
Até agora, os cientistas acreditam que a fonte primária do vírus seja animal, provavelmente de um
mercado de alimentos em Wuhan, mas ainda não foi identificado o caminho inicial de transmissão.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ocorreram também "limitadas transmissões de
humano para humano". Isso também foi confirmado pela agência de notícias Xinhua, que citou dois casos.
100
BBC. Coronavírus na China: após casos triplicarem, o que se sabe sobre a misteriosa doença. G1 Ciência e Saúde. https://g1.globo.com/ciencia-e-
saude/noticia/2020/01/20/coronavirus-na-china-apos-casos-triplicarem-o-que-se-sabe-sobre-a-misteriosa-doenca.ghtml. Acesso em 21 de janeiro de 2020.
As infecções
Autoridades de Wuhan, cidade central chinesa com 11 milhões de habitantes — e que é o epicentro
da epidemia —, afirmaram na segunda-feira (20/01) que 136 novos casos de 2019-nCoV e uma terceira
vítima fatal foram confirmados no fim de semana. Até então, eram 62 casos oficiais.
Até a noite de domingo, 170 pessoas estavam internadas em hospitais de Wuhan, nove delas em
estado crítico.
Em Pequim, são ao menos cinco casos confirmados. Um paciente foi diagnosticado com a doença em
Xangai (uma mulher vinda de Wuhan).
No exterior, há quatro registros de casos: dois na Tailândia, um no Japão e um na Coreia do Sul. Todos
envolvem pessoas que são de Wuhan ou visitaram a cidade chinesa.
Nesta segunda-feira, o presidente chinês, Xi Jinping, fez seu primeiro pronunciamento público sobre o
surto, dizendo que o vírus deve ser "decididamente contido".
Nesta semana, a maioria dos chineses iniciará os festejos (de uma semana) pelo Ano-Novo Lunar,
quando viajarão pelo país para visitar familiares. Isso desperta o temor de mais contaminação e de que
as autoridades chinesas tenham dificuldade em monitorar o avanço da doença.
Em Wuhan, que é um hub de transportes do país, há quase uma semana as autoridades iniciaram o
uso de scanners de temperatura em aeroportos e estações de trem e ônibus. Pessoas com sinais de febre
têm sido registradas, recebido máscaras e encaminhadas a hospitais e clínicas.
'Inquietante'
Especialistas britânicos que estão monitorando a doença afirmam que há sinais para "inquietação",
embora a capacidade de resposta a epidemias do tipo tenha crescido.
"Até o momento, é difícil saber o quão preocupados devemos estar. Até termos a confirmação da fonte
(primária da doença), ficaremos com essa inquietação", disse à BBC Josie Golding, da fundação de
pesquisas médicas Wellcome Trust. Ela agrega, porém, que "estamos (comunidade médica) muito mais
preparados para lidar com esse tipo de doença" do que no início dos anos 2000, quando houve a epidemia
de Sars.
Jonathan Ball, epidemiologista da Universidade de Nottingham (Reino Unido), afirma que "devemos
nos preocupar com qualquer vírus que exploram os humanos pela primeira vez, porque (isso significa
que) eles superaram uma grande barreira inicial".
"Quando o vírus está dentro de uma célula (humana) se replicando, ele pode gerar mutações que
permitam que se espalhe de modo mais eficiente e se torne mais perigoso", afirmou Ball.
Comparação é com 2018. Considerando todas as doenças ligadas ao mosquito Aedes aegypti,
aumento é de 248%, segundo o Ministério da Saúde.
O Brasil registrou 1.544.987 casos de dengue em 2019, um aumento de 488% em relação a 2018,
segundo dados do Ministério da Saúde. Desse total, 782 pessoas morreram em todo o país.
No ano passado, o Brasil também registrou 10.708 casos de zika, com 3 mortes, e 132.205 ocorrências
de chikungunya, com 92 mortes, um aumento, respectivamente, de 52% e de 30% em relação aos casos
de 2018.
101
G1. Brasil teve aumento de 488% nos casos de dengue em 2019. G1 Ciência e Saúde. https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2020/01/13/brasil-teve-
aumento-de-488percent-nos-casos-de-dengue-em-2019.ghtml. Acesso em 14 de janeiro de 2020.
São Paulo
O estado de São Paulo foi responsável por mais de 33% dos casos de dengue seguidos de morte no
país, com 400.184 casos registrados, seguidos por 263 óbitos. Os dados são da Secretaria da Saúde
estadual.
Em nota, a Secretaria afirmou que o aumento dos casos pode ser explicado pela circulação no país de
um novo sorotipo de dengue, mais forte que o sorotipo em circulação até 2018. Veja a nota:
A dengue é uma doença sazonal, com oscilação de casos e aumento a cada três/quatro anos, em
média. Em 2015, por exemplo, houve um recorde de infecções. Desde 2019, devido a circulação do
sorotipo 2 de dengue, mesmo os pacientes que já tiveram dengue tipo 1, por exemplo, estão suscetíveis
a infecções, o que contribui para o aumento de casos e até mesmo para a ocorrência de quadros clínicos
mais graves.
O órgão também informou que cerca de 80% dos criadouros do mosquito Aedes aegypti estão em
residências e, por isso, "o enfrentamento ao Aedes é uma tarefa contínua e coletiva".
Ministério da Mulher, Famiĺ ia e Direitos Humanos sugere a ‘preservação’ como o único método ‘100%
eficaz’.
O governo do presidente Jair Bolsonaro incluiu uma nova frente nas políticas adotadas para prevenção
da gravidez precoce e sexo seguro entre adolescentes: a abstinência sexual. Os ministérios da Mulher,
Família e Direitos Humanos (MDH) e da Saúde elaboraram políticas para estimular jovens a deixarem de
fazer sexo, uma iniciativa considerada controversa e ineficaz por estudiosos do assunto.
O MDH, liderado pela ministra Damares Alves, passou a preparar eventos públicos para promover a
abstinência sexual, sob o pretexto de discutir iniciativas voltadas à prevenção da gravidez na
adolescência. Em um evento sobre gravidez precoce realizado em dezembro em um auditório da
Câmara dos Deputados, a pasta convidou apenas defensores da abstinência sexual. O público era
essencialmente religioso.
O ministério afirmou que usou como referência “estudos cientif́ icos e a normalização da espera como
alternativa para iniciação da vida sexual em idade apropriada, considerando as vantagens psicológicas,
emocionais, físicas, sociais e econômicas envolvidas, sem que isso implique em críticas aos demais
métodos de prevenção”.
Na entrada do auditório, dois cartazes criticavam o uso da camisinha como método de prevenção e
afirmavam — sem qualquer respaldo científico — que poros no preservativo permitem a passagem do
vírus HIV. Os responsáveis pelo evento negaram ter qualquer responsabilidade sobre os cartazes ou
endossar o conteúdo ali expresso. Um padre recolheu o material ao fim do evento.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil tem um índice de 56,4 nascimentos
a cada mil mulheres adolescentes na segunda metade da década — a taxa mundial é de 44 para cada
mil. Diante desse quadro, o MDH optou pelo que classifica de “preservação sexual”.
Em nota, a pasta nega a promoção da abstinência como política de governo: “A ideia é garantir o
empoderamento de meninas e meninos sobre o planejamento de vida e a consequência de suas
escolhas”, afirmou o ministério, em nota. “A ideia de promover a preservação sexual está sendo
considerada como estratégia para redução da gravidez na adolescência por ser o único método 100%
eficaz e em razão de sua abordagem não ter sido implementada pelos governos anteriores”.
O MDH acrescenta que “a prevenção do risco sexual já é polit́ ica em outros paiś es com resultados
exitosos em diversos indicadores sociais”. A pasta não menciona a que paiś es se refere e quais são esses
indicadores.
102
Vinicius Sassine. Governo defende abstinência sexual contra gravidez precoce. O Globo. https://oglobo.globo.com/sociedade/governo-defende-abstinencia-
sexual-contra-gravidez-precoce-1-24169206. Acesso em 06 de janeiro de 2020.
Reação de médicos
Em março, quando Bolsonaro manifestou-se contrário à caderneta, oito profissionais de saúde do
Departamento Científico de Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) assinaram uma nota
em defesa do material.
“Atender questões médicas e agravos de saúde de adolescentes é uma tarefa que impõe boa sintonia
com pessoas dessa faixa etária, desenvolver empatia de forma refinada, obter conhecimento técnico
sobre exame físico e as peculiaridades do desenvolvimento e do comportamento e se manter atualizado
com os avanços sociais”, assinalou a nota técnica. “Para o êxito de seu papel, pediatras e médicos da
família que atendem a população brasileira de adolescentes contam com a caderneta, considerada uma
ótima ferramenta”.
Para Mariana Franzoi, professora do Departamento de Enfermagem da Universidade de Brasília
(UnB), não se pode impor o modo como a sexualidade se manifesta:
— É preciso saber respeitar os adolescentes, que já têm autonomia. Trabalha-se com educação sexual
para que os adolescentes se cuidem e façam sexo seguro, quando eles quiserem — ressalta. — A postura
do governo é preocupante. Não se pode obrigar um adolescente a fazer sexo, nem a se preservar.
De acordo com a especialista, a caderneta era ilustrada com imagens equivalentes às presentes em
livros do ensino fundamental:
— Não tinha nada de pornográfico. Se for assim, será necessário recolher livros do ensino
fundamental. Adolescentes continuarão fazendo sexo, até pelas redes sociais. E essa exposição, por
exemplo, é que é preocupante.
Além disso, profissionais da saúde que atuam com o Programa Saúde na Escola, uma parceria entre
os ministérios da Saúde e da Educação, relatam um enfraquecimento do eixo do programa voltado a
infecções sexualmente transmissíveis e reprodução. As informações disponíveis on-line sobre o projeto
estão inacessíveis.
23% dos alimentos analisados pela Anvisa têm resíduos de agrotóxicos acima do limite
permitido ou proibidos para cultura103
Programa concluiu que 0,89% das amostras apresentaram potencial de risco à saúde para consumo
esporádico e nenhuma representou risco crônico.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) encontrou resíduos de agrotóxicos acima do limite
permitido ou proibidos para cultura em 23% dos alimentos avaliados entre 2017 e 2018.
Os resultados fazem parte do Programa de Avaliação de Resíduos de Agrotóxicos (Para) e foram
divulgados nesta terça-feira (10/12).
Em 77% das análises foi constatada ausência de resíduos de agrotóxicos ou a presença de
ingredientes ativos dentro do limite permitido pela agência, ou seja, seguras para consumo.
Das 23% onde foram vistas inconformidades, 17,3% das amostras tinham resíduos de ingredientes
ativos não permitidos para aquela cultura. As demais apresentaram ingrediente ativo acima do limite
permitido (2,3%), ingrediente ativo proibido no país (0,5%) ou amostras com mais de um tipo de
inconformidade (2,9%).
103
Rafaella Vianna. 23% dos alimentos analisados pela Anvisa têm resíduos de agrotóxicos acima do limite permitido ou proibidos para cultura. G1.
https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2019/12/10/23percent-dos-alimentos-analisados-pela-anvisa-tem-residuos-de-agrotoxicos-acima-do-limite-
permitido-ou-proibidos-para-cultura.ghtml. Acesso em 10 de dezembro de 2019.
Avaliação de risco
A Anvisa também verificou o risco à saúde de acordo com dois critérios: agudo (para consumo
esporádico) e crônico (consumo prolongado).
Entre as amostras, 0,89% apresentaram potencial de risco agudo, ou seja, podem causar, em um
período de 24 horas, reações como dor de cabeça e náusea após o consumo de uma grande porção de
um alimento com nível elevado de resíduo de agrotóxico.
Os maiores percentuais apareceram em amostras de laranja, goiaba e uva.
Neste caso, a Anvisa fez a comparação com a rodada anterior, informando que, em 2016, esse índice
era de 1,11%.
Nenhum agrotóxico apresentou potencial de risco crônico para o consumidor, relatou a Anvisa. Foi a
primeira vez que o Para considerou esse tipo de dano. Neste caso, foram considerados os dados de mais
de 15 mil amostras de 28 alimentos, coletadas no período de 2013 a 2018.
Cannabis medicinal no Brasil: veja o que muda com as novas regras da Anvisa104
A regulamentação de produtos à base de maconha no Brasil foi aprovada pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta terça-feira (03/12). Com a decisão, produtos feitos com cannabis para
uso medicinal podem ser vendidos em farmácias, mediante prescrição médica, e ficam sujeitos à
fiscalização da agência. O cultivo da planta em território brasileiro foi rejeitado.
Como era?
O paciente com indicação médica para o uso de produtos à base de maconha precisava de autorização
para importação. As farmácias não podiam vender os medicamentos, mesmo que produzidos pela
indústria internacional.
- O paciente precisava preencher um formulário no site da Anvisa;
- Apresentar um relatório médico e uma receita médica;
- Importar o produto;
Médicos ouvidos pelo G1 informam que o processo para o tratamento de epilepsia, por exemplo,
chegava a custar R$ 1 mil por mês.
Como ficou?
Pacientes com recomendação e receita médica para o uso de produtos com THC e/ou CBD,
substâncias presentes na planta, poderão comprar os medicamentos direto nas farmácias.
O regulamento exige que as empresas fabricantes tenham:
- Certificado de Boas Práticas de Fabricação (emitido pela Anvisa);
- Autorização especial para seu funcionamento;
- Conhecimento da concentração dos principais canabinoides presentes na fórmula do produto;
- Documentação técnica da qualidade dos produtos;
- Condições operacionais para realizar análises de controle de qualidade dos produtos em território
brasileiro.
104
G1. Cannabis medicinal no Brasil: veja o que muda com as novas regras da Anvisa. G1 Bem Estar.
https://g1.globo.com/bemestar/noticia/2019/12/03/regulamentacao-de-produtos-a-base-de-cannabis-no-brasil.ghtml. Acesso em 04 de dezembro de 2019.
Produto ou medicamento?
A resolução da Anvisa cria uma nova classe de produto sujeito à vigilância sanitária: "produto à base
de cannabis". Ou seja, durante os três anos de validade, os produtos ainda não serão classificados como
medicamentos.
A medida aprovada diz que os produtos à base de cannabis ainda precisam passar por testes técnicos-
científicos que assegurem sua eficácia, segurança e possíveis danos, antes de serem elevados ao
patamar de medicamentos.
A delimitação do intervalo de três anos para validar a norma foi sugerida pelo diretor Fernando Mendes,
sob a justificativa de que ainda não há comprovação da eficácia dos tratamentos à base dos produtos.
"Não há qualquer evidência de baixo risco no uso desses produtos", afirmou ele.
Expectativa de vida do brasileiro ao nascer foi de 76,3 anos em 2018, diz IBGE105
Dado foi divulgado nesta quinta-feira (28/11). É uma alta de mais de 3 meses em comparação com a
expectativa de vida observada em 2017, que era de 76 anos.
A expectativa de vida ao nascer dos brasileiros era de 76,3 em 2018, de acordo com dados publicados
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.
São 76 anos, 3 meses e 18 dias. É uma alta de 0,4% em relação ao dado do ano anterior, que se
referia a 2017.
Esse número vem crescendo desde 1940: naquele ano, a expectativa de vida ao nascer era de apenas
45,5 anos.
105
G1. Expectativa de vida do brasileiro ao nascer foi de 76,3 anos em 2018, diz IBGE. G1 Bem Estar.
https://g1.globo.com/bemestar/noticia/2019/11/28/expectativa-de-vida-do-brasileiro-ao-nascer-foi-de-763-anos-em-2018-diz-ibge.ghtml. Acesso em 28 de novembro
de 2019.
Casos de sarampo no Brasil chegam a 2.753 desde junho, com 4 mortes, diz Ministério da
Saúde107
O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (04/09) que os casos de sarampo no país totalizam
2.753 desde junho, quando um novo surto da doença teve início. Os estados de São Paulo e Pernambuco,
juntos, registraram 4 mortes.
Foram três mortes no estado de São Paulo, sendo duas crianças e um adulto, e uma criança no estado
de Pernambuco.
Além disso, 98,37% dos casos (2.708) ocorreram no estado de São Paulo.
As informações foram divulgadas pelo secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Wanderson Kleber
de Oliveira, em Brasília.
106
Fantástico. Conquista da ciência brasileira reverte quadro de paciente com câncer agressivo. https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2019/10/13/conquista-da-
ciencia-brasileira-reverte-quadro-de-paciente-com-cancer-agressivo.ghtml. Acesso em 14 de outubro de 2019.
107
Rafaella Vianna. Casos de sarampo no Brasil chegam a 2.753 desde junho, com 4 mortes, diz Ministério da Saúde. G1 Bem Estar.
https://g1.globo.com/bemestar/noticia/2019/09/04/casos-de-sarampo-no-brasil-chegam-a-2753-desde-junho-diz-ministerio-da-saude.ghtml. Acesso em 04 de
setembro de 2019.
Vacinas: o que são, como são feitas e por que há quem duvide delas108
A vacinação salva até 3 milhões de vidas por ano no mundo. Mas ainda é alvo de boatos que
prejudicam a imunização coletiva.
As vacinas salvaram dezenas de milhões de vidas no último século, mas mesmo assim especialistas
de saúde de diversos países têm identificado uma tendência de "hesitação em vacinar" - em outras
palavras, uma crescente recusa em aderir à imunização.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a questão tão preocupante que a listou como uma
das dez maiores ameaças à saúde global em 2019.
Abaixo, uma breve história da vacina, entre descobertas e desconfianças.
108
BBC. Vacinas: o que são, como são feitas e por que há quem duvide delas. G1 Ciência e Saúde. https://g1.globo.com/ciencia-e-
saude/noticia/2019/06/22/vacinas-o-que-sao-como-sao-feitas-e-por-que-ha-quem-duvide-delas.ghtml. Acesso em 24 de junho de 2019.
Texto determina que internação depende de aval de médico e terá prazo máximo de 90 dias. Lei
também fortalece comunidades terapêuticas, mas determina que internações nessas instituições devem
ser voluntárias.
O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei aprovada pelo Congresso que autoriza a internação
involuntária (sem consentimento) de dependentes químicos sem a necessidade de autorização judicial. A
medida ainda gera divergências entre profissionais responsáveis pelo tratamento. O texto foi publicado
nesta quinta-feira (05/06) no "Diário Oficial da União".
Além de endurecer a política nacional antidrogas, a lei fortalece as comunidades terapêuticas,
instituições normalmente ligadas a organizações religiosas.
A nova lei estabelece que:
Proposto pelo deputado Osmar Terra (MDB-RS), atual ministro da Cidadania, o projeto foi aprovado
pela Câmara em 2013 e encaminhado naquele ano ao Senado, onde só foi aprovado em 15 de maio.
Voluntária x involuntária
A Lei de Drogas em vigor não trata da internação involuntária de dependentes químicos. Com a nova
lei, que vale já a partir desta quinta-feira, passa a haver uma clara distinção da internação voluntária, com
consentimento do dependente, e da involuntária.
A lei sancionada por Bolsonaro também estabelece que a internação involuntária depende de avaliação
sobre o tipo de droga consumida pelo dependente e será indicada "na hipótese comprovada da
impossibilidade de utilização de outras alternativas terapêuticas previstas na rede de atenção à saúde".
Pelo texto, a família ou o representante legal do paciente poderão solicitar a interrupção do tratamento
"a qualquer tempo". Além disso, a lei determina que tanto a internação involuntária quanto a voluntária
devem ser indicadas somente quando "os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes".
Comunidades terapêuticas
A lei inclui as Comunidades Terapêuticas Acolhedoras no Sisnad. De acordo com o texto, a
permanência dos usuários de drogas nesses estabelecimentos de tratamento poderá ocorrer apenas de
forma voluntária. Para ingressar nessas casas, o paciente terá de formalizar por escrito seu desejo de se
internar.
O texto estabelece que esses locais devem servir de “etapa transitória para a reintegração social e
econômica do usuário de drogas”. Ainda que o paciente manifeste o desejo de aderir às comunidades,
será exigido uma avaliação médica prévia do dependente.
O acolhimento dos dependentes nessas comunidades deve ser dar em "ambiente residencial, propício
à formação de vínculos, com a convivência entre os pares, atividades práticas de valor educativo e a
promoção do desenvolvimento da pessoa". Fica vedado o isolamento físico do usuário nesses locais.
109
G1. Bolsonaro sanciona lei que permite internação involuntária de dependentes químicos. https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/06/06/bolsonaro-sanciona-
lei-que-permite-internacao-involuntaria-de-dependentes-quimicos.ghtml. Acesso em 06 de junho de 2019.
- pessoas que não são médicas avaliassem o risco de morte de um dependente, para que o
acolhimento pudesse ser feito de imediato nessas comunidades.
- fosse dada prioridade absoluta no SUS para as pessoas que passam por atendimento em
comunidades terapêuticas.
- a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) definisse as regras de funcionamento das
comunidades terapêuticas.
- as comunidades não fossem caracterizadas como equipamentos de saúde.
Beneficiários de planos de saúde coletivos empresariais também podem migrar para outros planos ou
operadoras sem cumprir novas carências.
A partir deste mês, beneficiários de planos de saúde coletivos empresariais já podem migrar para
outros planos ou operadoras, com a entrada em vigor das novas regras da Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS), anunciadas no final de 2018.
A portabilidade é o direito de trocar de plano de saúde por alguma insatisfação ou inadequação do
serviço, sem precisar cumprir carência (tempo mínimo) no plano novo.
110
G1. Novas regras de portabilidade para plano de saúde entram em vigor. https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/06/03/novas-regras-de-portabilidade-
para-plano-de-saude-entram-em-vigor.ghtml. Acesso em 03 de junho de 2019.
Demitidos e aposentados
A medida beneficia também os demitidos, que precisariam cumprir novos períodos de carência ao
mudar de plano de saúde.
Planos de pós-pagamento
Segundo a ANS, não será exigida compatibilidade de preço para os planos em pós-pagamento —
modalidade exclusiva dos planos coletivos onde a quitação dos custos é feita após a utilização do serviço
—, uma vez que o custo desse produto não é fixo.
Entenda abaixo o que muda com a nova resolução da ANS:
Planos coletivos
Como era: Pela norma em vigor até agora, apenas beneficiários de planos individuais ou familiares e
coletivos por adesão poderiam fazer a portabilidade.
Como fica: A norma amplia a portabilidade para beneficiários de planos coletivos empresariais.
Fim da 'janela'
Como era: O pedido de troca de plano devia obedecer uma carência de 120 dias (4 meses) contados
após o 1º dia do mês de aniversário do contrato.
Como fica: O beneficiário não precisa mais cumprir o tempo mínimo para mudar de plano, e poderá
fazer isso a qualquer momento.
Orientações da ANS
É possível consultar os planos compatíveis por meio do Guia ANS de Planos de Saúde, ferramenta
disponível na página da agência.
A ANS preparou também uma cartilha para orientar os consumidores sobre esclarecimentos de prazos
e critérios para realização da portabilidade.
Proibição de cigarro em locais públicos evitou a morte de 15 mil crianças no Brasil, diz estudo
do Inca111
Imperial College of London e Centro Médico Erasmus da Holanda também assinam artigo. Pesquisa é
a primeira a analisar impacto da medida na saúde infantil em um país em desenvolvimento.
As medidas restritivas ao cigarro no Brasil evitaram a morte de 15 mil crianças entre 2000 e 2016. Os
dados foram divulgados nesta sexta-feira (31/05), data escolhida pela Organização Mundial da Saúde
(OMS) como "Dia Mundial sem Tabaco".
Este é o primeiro estudo que analisou o impacto na medida na saúde infantil brasileira – e também em
um país em desenvolvimento. O artigo é assinado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), e por cientistas
do Imperial College of London e do Centro Médico Erasmus da Holanda.
Os autores reforçam a necessidade de a medida ser adotada por outros países – apenas 20% da
população mundial está protegida por medidas públicas de controle ao fumo. Ainda no útero, a exposição
do bebê às substâncias do cigarro podem causar problemas de desenvolvimento, um parto prematuro ou
um nascimento com peso abaixo da média.
111
G1. Proibição de cigarro em locais públicos evitou a morte de 15 mil crianças no Brasil, diz estudo do Inca. https://g1.globo.com/ciencia-e-
saude/noticia/2019/05/31/proibicao-de-cigarro-em-locais-publicos-evitou-a-morte-de-15-mil-criancas-no-brasil-diz-estudo-do-inca.ghtml. Acesso em 31 de maio de
2019
O que muda com a lei sobre drogas que o Senado correu para aprovar?112
Diferente do que afirmavam alguns defensores da lei, projeto não pode impedir julgamento do STF
sobre prisão de consumidores de drogas.
Um Projeto de Lei que faz mudanças na política nacional de drogas foi aprovado na quarta-feira,
(15/05), pelo Senado, após os parlamentares correrem para acelerar a votação.
O projeto endurece a política nacional antidrogas, facilita internações involuntárias e fortalece as
comunidades terapêuticas – instituições de tratamento normalmente ligadas a igrejas e que recentemente
estiveram sob holofotes após denúncias de abusos e violações de direitos.
As comunidades foram incluídas no Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad) e
agora podem receber dinheiro de isenção fiscal – pessoas e empresas podem destinar até 30% do
Imposto de Renda para as instituições.
112
BBC. O que muda com a lei sobre drogas que o Senado correu para aprovar?. G1 Ciência e Saúde. https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2019/05/16/o-
que-muda-com-a-lei-sobre-drogas-que-o-senado-correu-para-aprovar.ghtml. Acesso em 17 de maio de 2019
Comunidades terapêuticas
Uma das questões centrais da PLC 37 é o fortalecimento das comunidades terapêuticas. Embora
atendam a dependentes de drogas em recuperação, elas não são consideradas clínicas nem
estabelecimentos médicos, mas entidades filantrópicas.
No ano passado o Ministério Público Federal fez uma inspeção nacional em comunidades do Brasil
todo em parceria com o Conselho Federal de Psicologia e encontrou violações de direitos humanos em
todas as unidades visitadas.
Segundo o relatório da inspeção, foram encontrados até casos de trabalhos forçados – além de
instalações precárias, contenção de pessoas à força, falta de profissionais de saúde e agressões físicas.
O relatório apontou também violação da liberdade religiosa das pessoas tratadas, com pacientes que
se recusavam a participar da rotina de orações sendo punidos com trabalho forçado, chamado nas
comunidades de "laborterapia".
A nova legislação não apenas estabelece o atendimento do dependente químico nas comunidades,
mas prevê a possibilidade de as instituições receberem dinheiro público por meio de isenção fiscal.
Há mais de 1.800 comunidades do tipo no Brasil atualmente, segundo o Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea).
O PLC 37 transforma em lei uma política de dar prevalência às comunidades terapêuticas que já tinha
sido adotada pelo Executivo.
O ministro da Cidadania, Osmar Terra, anunciou em março o aumento de vagas nas comunidades
financiadas pelo governo federal – serão mais de R$ 153 milhões por ano repassados às instituições.
Terra é também o autor do PLC 37, elaborado por ele em 2010, quando ainda era deputado federal, e
encaminhado depois ao Senado. Ele diz que as comunidades "são decisivas para enfrentar a 'epidemia
das drogas'".
Para o ministro, o tratamento nas comunidades "é um dos mais eficazes" e a ideia é organizar esses
tratamentos. "Vamos ter um impacto grande e diminuir o número de pessoas em dependência", disse ele
nesta semana.
"Estamos vivendo uma nova etapa em que se consolidam programas, destinam-se recursos para as
comunidades terapêuticas e os pacientes passam a ficar em um regime de abstinência assistida e
voluntária. É um avanço importantíssimo."
Ao longo da tramitação do projeto do Senado, algumas mudanças haviam sido feitas, como o
acréscimo de que as comunidades terapêuticas respeitem a liberdade religiosa das pessoas internadas.
No entanto as mudanças foram retiradas do projeto que acabou aprovado.
O relator da matéria, Styvenson Valentim (Pode), disse que as mudanças foram descartadas para
evitar que o projeto precisasse passar novamente por aprovação da Câmara dos Deputados, onde já
havia sido aprovado com a redação anterior.
Alta segue tendência de dois anos e 170 países reportaram casos da doença nos primeiros meses do
ano.
Os casos de sarampo registrados no mundo tiveram alta de 300% em 2019, informou a Organização
Mundial de Saúde (OMS) nesta segunda-feira (15/04). Segundo dados dos três primeiros meses do ano,
já foram reportados 112.163 casos da doença em 170 países diferentes. Em 2018, foram 28.124 casos
no mesmo período em 163 países.
Segundo a OMS, a alta segue uma tendência dos últimos dois anos. Os surtos atuais acontecem na
República Democrática do Congo, Etiópia, Geórgia, Cazaquistão, Quirguistão, Madagascar, Mianmar,
Filipinas, Sudão, Tailândia e Ucrânia.
Nos últimos meses, altas nos números de casos também aconteceram em países com alta cobertura
de vacinação, como os Estados Unidos, Israel, Tailândia e Tunísia.
A OMS alerta que a taxa de cobertura vacinal global está abaixo da meta, em 85%, e que os números
de cobertura da segunda da dose da vacina são ainda menores: 67%.
113
G1. Casos de sarampo no mundo crescem 300% em 2019, diz OMS. https://g1.globo.com/bemestar/noticia/2019/04/15/casos-de-sarampo-no-mundo-
crescem-300percent-em-2019-diz-oms.ghtml. Acesso em 15 de abril de 2019.
Segundo o Ministério da Saúde, entre 10 e 18 de abril serão priorizadas as crianças e gestantes. Neste
ano, a campanha ampliou a faixa-etária do público infantil de até 5 anos para até menores de 6 anos.
A primeira fase da campanha de vacinação contra a gripe, voltada para crianças e gestantes, começa
nesta quarta-feira (10/04). O Ministério da Saúde informou que a meta é imunizar 58,6 milhões de pessoas
até o dia 31 de maio, quando encerra a campanha.
Este ano serão distribuídas 63,7 milhões de doses da vacina. Ao todo, 41,8 mil postos de vacinação
estarão funcionando no país, com o envolvimento de 196,5 mil profissionais e a utilização de 21,5 mil
veículos (terrestres, marítimos e fluviais).
As vacinas são disponibilizadas gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) dos municípios
para o público-alvo.
Neste ano, a ação ampliou a faixa-etária do público infantil de até 5 anos para até menores de 6 anos.
De acordo com o ministério, esta medida incluirá 2,8 milhões de crianças. Além disso, as gestantes e
crianças também poderão atualizar as demais vacinas previstas na Caderneta de Vacinação.
A partir do dia 22 de abril começa a segunda etapa da campanha, voltada para trabalhadores de saúde,
idosos, indígenas, professores e pessoas com doenças crônicas.
O 'Dia D', mutirão para todos os grupos de risco, será no dia 04 de maio.
Meta
No ano passado, o grupo prioritário não atingiu a meta de 90% de cobertura. Segundo o Ministério da
Saúde, a meta este ano permanece 90% de cada um dos grupos prioritários e a escolha dos grupos que
receberão a vacina segue recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Essa definição também é baseada em estudos epidemiológicos e no comportamento das infecções
respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe.
50 mortes em 2019
Até março deste ano já foram notificados 232 casos de influenza e a morte de 50 pessoas no país.
Alguns estados tiveram que antecipar o início da campanha por causa de surtos imprevistos de gripe. No
Amazonas, por exemplo, a vacinação começou em 20 de março.
A campanha se concentra neste período do ano porque a queda das temperaturas no outono e no
inverno tende a aumentar as aglomerações de pessoas em lugares fechados e sem ventilação. São
maiores também os riscos de se pegar a doença, pois a contaminação ocorre principalmente por meio do
contato com outras pessoas doentes.
A gripe diminui a imunidade da pessoa gripada e pode levar a infecções virais ou bacterianas. Em
casos extremos, pode levar à morte.
A vacina não causa a gripe. Ela permite que o paciente fique imune aos tipos de vírus mais comuns
em circulação sem ficar doente.
114
G1. Campanha de vacinação contra gripe tem meta de imunizar 58 milhões de pessoas. https://g1.globo.com/bemestar/noticia/2019/04/10/campanha-de-
vacinacao-contra-gripe-tem-meta-de-imunizar-58-milhoes-de-pessoas.ghtml. Acesso em 10 de abril de 2019.
Programa teve início em janeiro após saída de médicos cubanos. Municípios relatam que médicos
deixam programa para fazer residência ou porque não se adaptam.
O Ministério da Saúde confirmou nesta quinta-feira (04/04) que 1.052 profissionais desistiram do
programa Mais Médicos nos primeiros três meses do ano. O número representa 15% das vagas
preenchidas por médicos brasileiros após a saída de Cuba do programa em novembro de 2018.
Um edital foi aberto ainda em novembro para ocupar as 8.517 vagas deixadas pelos cubanos no
programa. No total, 7.120 vagas foram preenchidas por brasileiros formados no Brasil. As vagas
remanescentes foram, então, oferecidas a médicos formados no exterior, que deveriam ter se
apresentado aos seus postos de trabalho entre os dias 28 e 29 de março.
As 8.517 vagas foram distribuídas por 2.824 municípios e 34 distritos indígenas. O salário é de R$
11.800.
Segundo o Ministério da Saúde, ainda está sob análise a oferta destas vagas em um novo edital. Do
total de 1.052 desistências, 14 foram em distritos indígenas. São Paulo é o estado com o maior número
de vagas abertas (181), seguindo de Bahia (11) e Minas Gerais (104).
Faltam médicos
Diversos estados relataram a desistência de profissionais do Mais Médicos. Em Santa Catarina, oito
médicos que atuavam nas unidades básicas de saúde pediram demissão. Muitos deixam o programa para
fazer residência.
Em Uberaba, no Triângulo Mineiro, seis médicos pediram demissão pelo mesmo motivo e deixaram
de atender as Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Segundo o secretário municipal de Saúde, Iraci Neto,
o processo de contratação de novos médicos pode ser demorado.
"Esse processo demora um certo tempo, porque, primeiro, temos que esperar o programa 'Mais
Médicos' encaminhar mais profissionais; depois esses médicos têm que se apresentar com toda a
documentação e, num terceiro momento, lotarmos esses profissionais nas unidades", explicou.
Em Divinópolis, também em Minas, oito profissionais pediram para ser desligados do programa. A falta
de médicos prejudica o atendimento nos postos de saúde da região.
Em Alagoas, cerca de 20 médicos desistiram do programa. Segundo a coordenadora do Mais Médicos
no estado, Ivana Pitta, as saídas foram por diversos motivos: "Uns não se adaptam, outros o Exército
[Brasileiro] manda chamar ou [eles] passam em prova de residência".
Homem identificado apenas como 'paciente de Londres' foi submetido a um transplante de células
tronco em 2016, por causa de um câncer. Doador tinha mutação genética que confere resistência natural
ao HIV e transplante mudou o sistema imunológico do paciente. Único outro caso conhecido aconteceu
há quase 12 anos, também após transplante.
Pesquisadores dizem que um homem de Londres parece estar livre do vírus da Aids após um
transplante de células tronco. É o segundo caso de sucesso, depois que o "paciente de Berlin", Timothy
Ray Brown, foi curado há quase 12 anos.
Tais transplantes são perigosos e falharam em outros pacientes. As novas descobertas foram
publicadas online nesta segunda-feira (04/03) pela revista Nature. Os detalhes serão divulgados em uma
conferência sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas em Seattle.
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G1. Em três meses, mais de mil profissionais desistem do Mais Médicos. https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2019/04/04/em-tres-meses-mais-de-
mil-profissionais-desistem-do-mais-medicos.ghtml. Acesso em 04 de abril de 2019.
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G1. Cientistas relatam segundo caso de cura do HIV após transplante. G1 Ciência & Saúde. https://g1.globo.com/ciencia-e-
saude/noticia/2019/03/04/cientistas-relatam-segundo-caso-de-cura-do-hiv-apos-transplante.ghtml. Acesso em 12 de março de 2019.
Paciente de Berlim
O primeiro caso conhecido de cura foi o de Timothy Ray Brown, relatado em 2007. Inicialmente, ele
ficou conhecido apenas como o "paciente de Berlim". Brown, que hoje tem 52 anos e vive em Palm
Springs, na Califórnia, teve leucemia e foi submetido a quimioterapia.
Quando esse tratamento não funcionou, ele foi submetido a dois transplantes de medula óssea, e seu
doador também tinha uma mutação genética em uma proteína chamada CCR5, que repousa sobre a
superfície de certas células do sistema imunológico. O H.I.V. usa a proteína para entrar nessas células,
mas não consegue aderir à versão mutante.
Brown recebeu drogas imunossupressoras que não são mais usadas e teve sérias complicações após
a cirurgia. Ele quase morreu, mas depois de se recuperar totalmente os médicos constataram que ele
estava curado da infecção pelo HIV.
O paciente de Londres sofria de linfoma de Hodgkin e também recebeu um transplante de medula
óssea de um doador com mutação genética na CCR5, em maio de 2016.
Questões
Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial e considerando as múltiplas implicações do
tema por ele abordado, julgue o item a seguir.
(A) Certo
(B) Errado
De acordo com as informações contidas na íntegra da notícia, é sabido que a Anvisa autoriza o uso
terapêutico de canabidiol (CBD), um dos principais componentes da maconha, desde janeiro de:
(A) 1995
(B) 2000
(C) 2005
(D) 2015
Gabarito
Comentários
01. Resposta: A
O esgoto encanado é tão importante para melhorar o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), que
um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio é reduzir pela metade o número de pessoas sem rede
de esgoto. Isso porque a ausência de tratamento de esgoto traz doenças que afetam pessoas de todas
as idades, mas as crianças são as mais prejudicadas. Estas doenças são causadas principalmente por
microrganismos patogênicos de origem entérica, animal ou humana, presentes em água contaminada.
(https://www.teraambiental.com.br/blog-da-tera-ambiental/conheca-as-doencas-causadas-pelo-nao-tratamento-do-esgoto).
02. Resposta: D
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disponibiliza o serviço de autorização para
importação excepcional de produtos à base de Canabidiol, em associação com outros canabinóides, por
pessoa física, para uso próprio, mediante prescrição de profissional legalmente habilitado, para
tratamento de saúde. Os critérios estão na RDC 17/2015. A autorização da Anvisa é requisito obrigatório
para importar esse tipo de produto117.
03. Resposta: B
O Programa Mais Médicos tem por base três eixos: provimento emergencial; educação e;
infraestrutura118.
Ciência e Tecnologia
Brasil inaugura nova base científica na Antártica nesta terça-feira119
Projeto de sustentabilidade faz parte da construção, que ocupa uma área de aproximadamente 4,5 mil
m² na Ilha do Rei George. Estação Antártica Comandante Ferraz reabre para cientistas e pesquisadores,
em cerimônia oficial às 17h.
A nova estação brasileira na Antártica será inaugurada nesta terça-feira (14/01), em uma cerimônia
que tem início previsto para as 17h (horário de Brasília). O complexo de mais de 4,5 mil m² será entregue
quase oito anos após o incêndio que destruiu a base anterior. Pesquisadores brasileiros estão há mais
de três décadas no continente.
O vice-presidente Hamilton Mourão embarcou nesta segunda-feira (13/01) com destino à Antártica,
para participar da reinauguração como o principal representante do governo brasileiro. A base fica na Ilha
do Rei George.
Dividida em 3 módulos
O prédio principal da nova estação brasileira é dividido em três grandes blocos: o Leste, o Oeste e o
Técnico. Neles, se encontram a maior parte dos laboratórios, os dormitórios e os serviços básicos da
estação, divididos desta forma:
Bloco Leste: é o bloco das pesquisas, de convivência e serviços. É onde se concentram os
laboratórios. Dos 17 no total, 14 estão lá. Os outros 3 ficam em módulos separados. Além disso, é onde
ficam os refeitórios, a cozinha, a ala de saúde, a sala de secagem e as oficinas.
Bloco Oeste: é uma área privada da base, onde moram os pesquisadores, além de concentrar as
áreas de convívio. Há 32 quartos, uma biblioteca, uma academia e auditório. Nas partes mais baixas
deste bloco estão os depósitos de mantimento e reservatórios de água.
Bloco Técnico: é onde fica o controle da rede elétrica, sanitária e de automação da estação. Também
é onde está a garagem. Além disso, há uma estação de tratamento de água e esgoto, casa de máquinas,
geradores, e sistemas de aquecimento, bem como um incinerador de lixo.
Centro de pesquisas
Criado em 1982, o Proantar leva ao continente gelado pesquisadores que atuam nas áreas de
oceanografia, biologia, glaciologia, química e meteorologia. Os trabalhos são desenvolvidos em
acampamentos, navios e estações.
A nova estação ficará no mesmo local da estrutura antiga, instalada em 1984 na Península Keller,
dentro da Ilha Rei George. A primeira base abrigou pesquisadores até fevereiro 2012. Um incêndio onde
ficavam os geradores de energia do complexo destruiu quase toda a estrutura e provocou a morte de dois
militares.
Apesar do incêndio, as pesquisas brasileiras na Antártica não pararam. Na Ilha Rei George, os
trabalhos foram desenvolvidos em uma estação provisória, montada ao lado da base consumida pelo
Apostila gerada especialmente para: VOCÊ ALUNO UNOPAR
166
fogo. Os "módulos emergenciais" foram usados enquanto os pesquisadores aguardavam o final da
reconstrução.
"Essa nova base vai nos dar condições de trabalho e um salto qualitativo nas pesquisas científicas",
diz Paulo Câmara, pesquisador da Universidade de Brasília (UnB) que trabalha na estação.
Pesquisadores brasileiros estão há mais de três décadas desenvolvendo estudos no continente por
meio do Programa Antártico. Eles não ficam restritos à Ilha Rei George, onde foi instalada a estação. Há,
também, trabalhos sendo desenvolvidos no navio Almirante Maximiano e em acampamentos montados
em diferentes pontos da Antártica.
"São 14 milhões de km², uma das maiores reservas de gás e de água doce do mundo. 70% da água
doce do mundo está aqui", diz Câmara, que estuda a vegetação antártica.
Há, ainda, o módulo Criosfera 1, um contêiner que coleta dados e foi instalado a cerca de 2,5 mil km
de onde fica a estação.
As pesquisas realizadas em solo antártico são variadas e cobrem diferentes áreas do conhecimento.
De acordo com um dos editais mais recentes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq), de 2018, as propostas de projetos aprovados vão de geologia a medicina.
Veja abaixo as áreas de estudo:
- O papel da criosfera no sistema terrestre
- Dinâmica da alta atmosfera na Antártica
- Mudanças Climáticas e o Oceano Austral
- Biocomplexidade dos ecossistemas antárticos
- Geodinâmica e história geológica da Antártica
- Química dos oceanos, geoquímica marinha e poluição marinha
- Biologia Humana e Medicina Polar
- Inovação em novas tecnologias
É uma lei (número 12.965/14) que regulamenta a utilização da internet, estabelecendo princípios e
garantias que tornam a rede livre e democrática no Brasil. Em vigor desde 23 de junho de 2014, ela
assegura os direitos e os deveres dos usuários e das empresas provedoras de acesso e serviços online.
Antes de virar lei, a proposta foi lançada pela Secretaria de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça,
em outubro de 2009. Nessa fase, os temas abordados foram desenvolvidos com ajuda da população por
meio de audiências públicas em todo o Brasil. “Era possiv́ el opinar e comentar os artigos também pelo
blog Cultura Digital e pelos portais e-Democracia e e-Cidadania, da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal”, explica o advogado Bernardo Meyer.
Internet neutra
Lei proíbe manipulação de velocidade.
O Brasil foi um dos primeiros países a adotar o princípio da neutralidade, um dos temas mais polêmicos
do MCI. Ele garante a mesma qualidade de acesso à rede para todos, sem distinção, e proíbe provedores
de telecomunicações de restringirem conexão e velocidade, dependendo do conteúdo, origem, destino e
serviço acessado pelo internauta. Isso impede, entre outras coisas, que haja tarifas diferenciadas de
acordo com a qualidade do serviço prestado.
DIREITOS
- É obrigatória a retirada de conteúdos ofensivos de sites, blogs ou redes sociais. A determinação
acontece por ordem judicial e responde ao delito quem produziu ou divulgou o material.
- A privacidade e a proteção de dados do usuário na internet, incluindo e-mails e chats, só podem ser
violadas em investigações criminais.
- Sites só podem coletar dados com consentimento do usuário (que deve ser informado com clareza
sobre como eles serão utilizados). É proibido passar essas informações adiante.
- As mesmas normas de proteção e defesa do Código do Consumidor valem para compras e vendas
feitas na internet.
120
Super Interessante. O que é o Marco Civil da Internet? https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-e-o-marco-civil-da-internet/. Acesso em 23 de
dezembro de 2019.
Nova técnica de edição de DNA poderá curar até '89% das doenças genéticas' no futuro121
Nova tecnologia — chamada 'prime editing' — é descrita como 'editor de texto genético' capaz de
reescrever o DNA de forma precisa.
Uma nova forma de editar o código genético humano pode corrigir até 89% de erros no DNA que
causam doenças, dizem cientistas americanos.
A tecnologia, conhecida como "prime editing" ("edição de qualidade", em tradução livre), foi descrita
como uma espécie de "editor de texto genético" capaz de reescrever o DNA com precisão.
Em teste de laboratórios, a nova tecnologia foi usada para corrigir mutações que causam doenças.
Uma das mutações que a técnica conseguiu corrigir foi a da anemia falciforme.
O método foi desenvolvido pela equipe do "Instituto Broad", ligado à universidade de Harvard e ao MIT
("Massachusetts Institute of Technology") nos Estados Unidos. A equipe de cientistas afirma que a
tecnologia é "muito versátil e precisa", mas destaca que a pesquisa está apenas começando.
121
BBC. Nova técnica de edição de DNA poderá curar até '89% das doenças genéticas' no futuro. G1 Ciência e Saúde. https://g1.globo.com/ciencia-e-
saude/noticia/2019/10/22/nova-tecnica-de-edicao-de-dna-podera-curar-ate-89-das-doencas-geneticas-no-futuro.ghtml. Acesso em 22 de outubro de 2019.
Orçamento repassado ao Sirius impede concluir centro de pesquisa científica em 2020, diz
diretor122
Maior complexo científico do país recebeu, até setembro, repasse de R$ 75 milhões dos R$ 255,1
milhões previstos para 2019 — 29,4% do total. Previsão agora é que conclusão de complexo seja só em
2021.
O principal projeto do governo federal de pesquisa científica, o Sirius, em Campinas, interior de São
Paulo, não ficará completamente pronto até o fim de 2020, conforme previsto inicialmente.
Com a maior e mais complexa infraestrutura científica já construída no Brasil, o projeto recebeu até
setembro repasse de R$ 75 milhões dos R$ 255,1 milhões previstos para 2019 — 29,4% do total. Do
valor repassado, R$ 50 milhões foram gastos.
122
Fernando Evans. Orçamento repassado ao Sirius impede concluir centro de pesquisa científica em 2020, diz diretor. G1 Campinas e Região.
https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2019/09/12/orcamento-previsto-para-sirius-impede-conclusao-do-projeto-para-2020-diz-diretor.ghtml. Acesso em 12
de setembro de 2019.
Segundo cientistas, fóssil achado em caverna nos anos 70 tem 210 mil anos, época em que Europa
era ocupada por neandertais; descoberta seria evidência de migração do homem moderno da África
anterior à de nossos ancestrais.
Pesquisadores encontraram o mais antigo exemplo da nossa espécie (humanos modernos) fora da
África.
Acredita-se que um crânio escavado na Grécia seja de 210 mil anos atrás, uma época em que a Europa
era ocupada pelos neandertais.
Por isso, a descoberta representa uma evidência de que houve uma migração anterior de pessoas
partindo da África, que não teriam deixado vestígios no DNA de pessoas vivas hoje. Os resultados foram
publicados na revista "Nature".
Pesquisadores descobriram dois fósseis significativos na caverna de Apidima, na Grécia, na década
de 1970, e estavam guardados em um museu do país, até serem reexaminados, mais recentemente.
Um deles estava muito danificado e o outro, incompleto. Foram necessários tomografia
computadorizada e exames com urânio para desvendar as informações contidas ali.
123
BBC. Crânio encontrado na Grécia pode reescrever história do homem moderno. G1 Ciência e Saúde. https://g1.globo.com/ciencia-e-
saude/noticia/2019/07/11/cranio-encontrado-na-grecia-pode-reescrever-historia-do-homem-moderno.ghtml. Acesso em 11 de julho de 2019.
Com decisão, smartphones novos da Huawei não poderão acessar vários aplicativos populares.
Empresa chinesa está sob pressão de Washington devido a supostos laços com o governo da China.
A Google anunciou a retirada da licença da Huawei para usar o sistema operacional Android do gigante
de tecnologia americano para telefones móveis – a medida obedece a uma diretriz emitida pelo presidente
dos EUA, Donald Trump, e força a empresa chinesa de telecomunicações a depender de uma versão de
código aberto do software.
Com a suspensão dos negócios, os novos smartphones da Huawei não terão mais acesso a serviços
como Gmail, Google Maps e YouTube, além de atualizações de segurança. Usuários que já possuem
aparelhos da companhia chinesa poderão seguir com o uso e a atualização de aplicativos baixados.
"Estamos cumprindo a ordem [presidencial] e analisando as implicações", limitou-se um porta-voz do
Google.
Na semana passada, Trump assinou uma ordem executiva após declarar "emergência tecnológica". A
ordem visa impedir que empresas americanas usem equipamentos de telecomunicações feitos por
"adversários estrangeiros" considerados de risco à segurança nacional.
A ordem executiva não impôs automaticamente restrições à compra e venda de equipamentos de
telecomunicações, mas deu ao secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, cinco meses para
estabelecer quais empresas deveriam estar sujeitas às novas restrições.
124
DW. Google suspende parte de acesso da Huawei ao Android. DW. https://www.dw.com/pt-br/google-suspende-parte-de-acesso-da-huawei-ao-android/a-
48801026. Acesso em 20 de maio de 2019.
O H. luzonensis teria vivido na caverna de Callao, na ilha de Luzón, nas Filipinas, entre 67 mil e 50 mil
anos atrás. Estudo foi publicado na revista 'Nature' nesta quarta (10/04).
Um artigo científico publicado na revista "Nature" desta quarta-feira traz evidências do que pode ser
uma grande descoberta: uma nova espécie humana, provavelmente mais baixa e com uma mistura de
traços arcaicos e modernos, que os pesquisadores deram o nome de Homo luzonensis.
O H. luzonensis teria vivido na caverna de Callao, na ilha de Luzón, nas Filipinas, entre 67 mil e 50 mil
anos atrás. Foi lá que foram encontrados treze pequenos fósseis: dentes, falanges do pé e da mão, e
fragmentos de fêmur. Dois destes fragmentos de fóssil deram a pista sobre o período de vida da espécie
através da datação radiométrica.
A nova espécie apresenta ao mesmo tempo "elementos e características muito primitivas semelhantes
aos do Australopithecus e outras, modernas, próximas aos do Homo sapiens", ressalta Florent Detroit,
paleoantropólogo do Museu do Homem e principal autor do estudo.
Características
O Homo luzonensis "era provavelmente pequeno, se julgarmos pelo tamanho de seus dentes", mas
"não é um argumento suficiente" para afirmá-lo, indica o pesquisador.
125
France Presse. Pesquisa indica descoberta de nova espécie humana nas Filipinas. G1 Ciência e Saúde. https://g1.globo.com/ciencia-e-
saude/noticia/2019/04/10/pesquisa-indica-descoberta-de-nova-especie-humana-nas-filipinas.ghtml. Acesso em 11 de abril de 2019.
Debates à vista
Sua análise morfológica revelou muitas surpresas. A primeira diz respeito aos dentes: os pré-molares
do Homo luzonensis têm semelhanças com os dos Australopithecus (hominídeos africanos desaparecidos
há 2 milhões de anos) e de outras espécies antigas do gênero Homo, como Homo habilis e Homo erectus.
Entre outros aspectos, esses dentes têm duas ou três raízes, enquanto os do Homo sapiens costumam
ter uma, às vezes duas, apontam os pesquisadores.
Em contrapartida, os molares são muito pequenos e sua morfologia muito simples se assemelha à dos
homens modernos.
"Um indivíduo com essas características combinadas não pode ser classificado em nenhuma das
espécies conhecidas hoje", observa Florent Detroit.
Os ossos do pé também são muito surpreendentes: a falange proximal tem uma curvatura muito
pronunciada e inserções muito desenvolvidas para os músculos assegurando a flexão do pé. Não se
parece com uma falange do Homo sapiens, mas com a de um Australopithecus, um hominídeo
provavelmente bipedal e arbóreo.
"Não estamos afirmando que o Homo luzonensis vivia nas árvores, porque a evolução do gênero Homo
mostra que este gênero é caracterizado por um bipedismo severo desde 2 milhões de anos", ressalta
Florent Detroit.
O "reaparecimento" de características primitivas no Homo luzonensis pode ser explicado pelo
endemismo insular, segundo ele.
Durante o período do Quaternário, a ilha de Luzon nunca esteve acessível a pé. Se hominídeos
viveram lá, tiveram que encontrar um meio de atravessar o mar.
Aos olhos do pesquisador, os resultados do estudo "mostram muito claramente que a evolução da
espécie humana não é linear". "É mais complexa do que pensávamos até recentemente", explicou.
Esta é uma "descoberta notável" que "sem dúvida desencadeará muitos debates científicos", disse
Matthew Tocheri, da Universidade de Lakehead, no Canadá, em um comentário publicado na "Nature".
Florent Detroit espera que alguns colegas "questionem a legitimidade de descrever uma nova espécie
a partir de uma pequena amostra de fósseis".
Mas, aos seus olhos, "não é grave criar uma nova espécie". Isso ajuda a chamar a atenção para esses
fósseis que parecem "diferentes".
"Se no futuro, os colegas mostrarem que estávamos errados e que esses vestígios correspondem a
uma espécie que já conhecíamos, não tem problema, vamos esquecer isso".
Visitantes podem trocar computadores, celulares e outros equipamentos antigos por entrada no evento.
A edição de 2019 do maior evento de tecnologia da América Latina tem uma atração a mais para os
visitantes, em São Paulo. Uma atração que, de quebra, ainda ajuda o meio ambiente.
Ele já teve seus dias de glória, mas faz tempo. Quem diria que, de sonho de consumo de qualquer
nerd da década passada para cacareco, treco, troço que só ocupa espaço em casa. É assim com o
notebook velho, com a câmera da época de filme, com o monitor hoje amarelado e com o celular bisavô
desse que eu uso para escrever as reportagens hoje em dia. Tudo meio empoeiradão, fora de moda, peso
de papel.
“Coloca no cantinho, coloca no guarda-roupa, sempre é assim. E jogar fora eu não sei pelo menos qual
é o procedimento porque tem muito a questão de esses resíduos serem tóxicos, algumas coisas como
metais pesados, a gente não tem informação”, comenta o estudante Pedro Henrique Simão.
Dito isso, a informação mais recente que ele teve foi ótima. As ferramentas do nerd do passado estão
valendo entrada no maior evento de nerds do presente: a Campus Party.
“Nossa, deu para trocar por bastante ingresso, seis no total”, afirma o estudante de economia Vinícius
Gonzales Custódio.
Se fosse para pagar na hora, ia custar R$ 350 cada um. Ótimo negócio para quem visita, bom negócio
para quem organiza.
126
Jornal Nacional. Campus Party inova ao receber aparelhos usados como vale ingresso. G1 Jornal Nacional. https://g1.globo.com/jornal-
nacional/noticia/2019/02/14/campus-party-inova-ao-receber-aparelhos-usados-como-vale-ingresso.ghtml. Acesso em 15 de fevereiro de 2019.
No final do século 17 foi a máquina a vapor. Desta vez, serão os robôs integrados em sistemas
ciberfísicos os responsáveis por uma transformação radical. E os economistas têm um nome para isso: a
quarta revolução industrial, marcada pela convergência de tecnologias digitais, físicas e biológicas.
Eles antecipam que a revolução mudará o mundo como o conhecemos. Soa muito radical? É que, se
cumpridas as previsões, assim será. E já está acontecendo, dizem, em larga escala e a toda velocidade.
"Estamos a bordo de uma revolução tecnológica que transformará fundamentalmente a forma como
vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Em sua escala, alcance e complexidade, a transformação será
diferente de qualquer coisa que o ser humano tenha experimentado antes", diz Klaus Schwab, autor do
livro A Quarta Revolução Industrial, publicado este ano.
Os "novos poderes" da transformação virão da engenharia genética e das neurotecnologias, duas
áreas que parecem misteriosas e distantes para o cidadão comum.
No entanto, as repercussões impactarão em como somos e como nos relacionamos até nos lugares
mais distantes do planeta: a revolução afetará o mercado de trabalho, o futuro do trabalho e a
desigualdade de renda. Suas consequências impactarão a segurança geopolítica e o que é considerado
ético.
Então de que se trata essa mudança e por que há quem acredite que se trata de uma revolução?
O importante, destacam os teóricos da ideia, é que não se trata de um desdobramento, mas do
encontro desses desdobramentos. Nesse sentido, representa uma mudança de paradigma e não mais
uma etapa do desenvolvimento tecnológico.
"A quarta revolução industrial não é definida por um conjunto de tecnologias emergentes em si
mesmas, mas a transição em direção a novos sistemas que foram construídos sobre a infraestrutura da
revolução digital (anterior)", diz Schwab, diretor executivo do Fórum Econômico Mundial e um dos
principais entusiastas da "revolução".
"Há três razões pelas quais as transformações atuais não representam uma extensão da terceira
revolução industrial, mas a chegada de uma diferente: a velocidade, o alcance e o impacto nos sistemas.
A velocidade dos avanços atuais não tem precedentes na história e está interferindo quase todas as
indústrias de todos os países", diz o Fórum.
Também chamada de 4.0, a revolução acontece após três processos históricos transformadores. A
primeira marcou o ritmo da produção manual à mecanizada, entre 1760 e 1830. A segunda, por volta de
1850, trouxe a eletricidade e permitiu a manufatura em massa. E a terceira aconteceu em meados do
século 20, com a chegada da eletrônica, da tecnologia da informação e das telecomunicações.
127
Valeria Perasso. O que é a 4ª Revolução Industrial e como ela deve afetar as nossas vidas. https://www.bbc.com/portuguese/geral-37658309. Acesso em 13
de janeiro de 2019.
Os perigos do cibermodelo
Nem todos veem o futuro com otimismo: as pesquisas refletem as preocupações de empresários com
o "darwinismo tecnológico", onde aqueles que não se adaptam não conseguirão sobreviver.
E se isso acontece a toda velocidade, como dizem os entusiastas da quarta revolução, o efeito pode
ser mais devastador que aquele gerado pela terceira revolução.
"No jogo do desenvolvimento tecnológico, sempre há perdedores. E uma das formas de desigualdade
que mais me preocupa é a dos valores. Há um risco real de que a elite tecnocrática veja todos as
mudanças que vêm como uma justificativa de seus valores", disse à BBC Elizabeth Garbee, pesquisadora
da Escola para o Futuro da Inovação na Sociedade da Universidade Estatal do Arizona (ASU).
"Esse tipo de ideologia limita muito as perspectivas que são trazidas à mesa na hora de tomar decisões
(políticas), o que por sua vez aumenta a desigualdade que vemos no mundo hoje", diz.
"Considerando que manter o status quo não é uma opção, precisamos de um debate fundamental
sobre a forma e os objetivos desta nova economia", diz Ritter, que considera que deve haver um "debate
democrático" em relação às mudanças tecnológicas.
Por um lado, há quem desconfie de que se trata de uma quarta revolução: é certo que as mudanças
são muitas e profundas, mas o conceito foi usado pela primeira vez em 1940 em um documento de uma
revista de Harvard intitulado A Última Oportunidade dos Estados Unidos, que trazia um futuro sombrio
para avanço da tecnologia e seu uso representa uma "preguiça intelectual", diz Garbee.
01. (UFRR – Técnico de Tecnologia da Informação – UFRR – 2019) As criptomoedas são moedas
virtuais, utilizadas para a realização de pagamentos em transações comerciais. Além de serem
completamente virtuais, existem três características que as diferenciam das moedas regulares:
descentralização, anonimato e baixo custo de transação
(Fonte: Politize!).
Qual das moedas abaixo não é uma criptomoeda?
(A) peso
(B) petro
(C) bitcoin
(D) monero
(E) dogecoin
02. (Câmara de Piracicaba – Jornalista – VUNESP – 2019) Maior e mais complexa infraestrutura
científica já construída no Brasil, o Sirius, laboratório de luz síncrotron de 4ª geração, em Campinas (SP),
teve a primeira etapa inaugurada nesta quarta-feira (14.11.18), em cerimônia com a presença do
presidente da República, Michel Temer.
Orçado em R$ 1,8 bilhão, o laboratório que integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e
Materiais (CNPEM) está com as obras civis concluídas e, nesta quarta (14.11.18), passará pelo primeiro
teste: uma volta de elétrons em dois dos três aceleradores que compõem o equipamento.
(G1 – https://glo.bo/2TevHX3 – Acesso em 27.04.19. Adaptado)
03. (TRT - 7ª Região – CESPE) Um dos efeitos adversos da popularização da Internet e das redes
sociais virtuais é a superexposição da vida pessoal de usuários, a qual pode levar a situações de
constrangimento e de risco à segurança individual. Com isso, tem-se tornado cada dia mais premente
a necessidade de se criarem estratégias pessoais e ferramentas jurídicas que garantam o
(A) acesso irrestrito às ferramentas digitais.
(B) direito à intimidade e à vida privada.
(C) exercício pleno da liberdade de expressão.
(D) anonimato de todos os usuários.
04. (Câmara de Piracicaba – Jornalista – VUNESP – 2019) Meng Wanzhou, chefe de operações
financeiras da Huawei, gigante chinesa de telecomunicações, foi presa em Vancouver, no Canadá, e deve
ser extraditada para os Estados Unidos. Os detalhes da prisão, efetuada em 1° de dezembro de 2018,
não foram divulgados, mas a empresa chinesa virou alvo de desconfiança em vários países do mundo.
(BBC – https://bbc.in/2RF5KyG – Acesso em 29.04.19. Adaptado)
Comentários
01. Resposta: A
Peso é o nome da moeda de vários países, normalmente de colonização espanhola, como peso
mexicano, peso chileno ou peso argentino
02. Resposta: E
A base cientif́ ica servirá de estudo em várias frentes, como “Na área de saúde, uma delas é o estudo
do cérebro humano, o que permitirá desenvolver tratamentos e medicamentos para doenças como
Alzheimer, Parkinson e outras doenças degenerativas. Também poderá melhorar o diagnóstico por
imagens, a eficácia de medicamentos e decifrar estruturas virais para desenvolvimento de vacinas.”128.
03. Resposta: B
O exemplo para esse caso foi o vazamento das fotos da atriz Carolina Dieckman: o Projeto de Lei que
resultou na “Lei Carolina Dieckmann” foi proposto em referência e diante de situação especif́ ica
experimentada pela atriz, em maio de 2012, que supostamente teve copiadas de seu computador pessoal,
36 (trinta e seis) fotos em situação íntima e conversas, que acabaram divulgadas na Internet sem
autorização129.
A Lei Carolina Dieckmann foi como ficou conhecida a Lei Brasileira 12.737/2012, tipificando os
chamados delitos ou crimes informáticos.
Os delitos previstos na Lei Carolina Dieckmann são:
1) Art. 154-A - Invasão de dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores,
mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados
ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar vulnerabilidades
para obter vantagem ilícita. Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
2) Art. 266 - Interrupção ou perturbação de serviço telegráfico, telefônico, informático, telemático ou de
informação de utilidade pública - Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
3) Art. 298 - Falsificação de documento particular/cartão - Pena - reclusão, de um a cinco anos e multa.
128
https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2018/11/13/sirius-1a-etapa-da-maior-estrutura-cientifica-do-pais-sera-inaugurada-nesta-quarta-veja-
numeros.ghtml
129
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/disciplinas/historia-atualidades/atualidades-do-ano-de-2017
05. Resposta: A
Sirius é um acelerador de partículas do tipo síncrotron localizado no município de Campinas, no interior
de São Paulo, Brasil. O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), que já administra o primeiro
acelerador de partículas do Brasil, o UVX, coordena também o projeto do Sirius.
Segurança
Governo de Minas Gerais adota racionamento de água em presídios a partir deste domingo131
Segundo secretaria, detento gasta em média 88% mais água que cidadão em liberdade. Água nos
presídios poderá ser utilizada por seis horas diárias.
O racionamento de água em unidades prisionais do estado como uma medida para gerar economia
aos cofres públicos é adotada em Minas Gerais a partir deste domingo (01/12).
Atualmente, o estado tem 72 mil presos em 197 unidades.
A medida foi anunciada pelo governo do estado nesta sexta-feira (29).
De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), a água nos presídios
poderá ser utilizada por seis horas diárias. A medida foi definida, pois segundo a secretaria, dados do
Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento mostram que um detento gasta em média 88% a
mais de água do que um cidadão em liberdade.
“É uma medida de gestão que busca eficiência no setor público, sem desperdić io do dinheiro do
contribuinte e com a garantia da manutenção dos direitos dos presos e da pessoa humana”, afirmou o
governo.
A Secretaria de Justiça garante que “a restrição do uso da água não trará prejuiź os aos trabalhos de
humanização e ressocialização realizados dentro das unidades prisionais”.
Atualmente, o gasto médio mensal com água nas unidades prisionais de todo o estado é de R$ 7,5
milhões. O governo espera economizar 10% desde valor com o racionamento.
De acordo com a Sejusp, com outras ações implantadas já houve redução de R$ 500 mensais nos
gastos com água.
Em nota, a Defensoria Pública de Minas Gerais disse que discorda da medida e estuda ingressar com
ação extrajudicial ou judicial ainda no início da semana para evitar o racionamento.
Witzel cita 'genocídio' no RJ e diz que vai à ONU pedir punições a Paraguai, Bolívia e Colômbia132
Governador disse que fronteiras deveriam ser fechadas e que vai pedir sanções aos países vizinhos
por venderem armas ao Brasil. Ele criticou a atuação da PF e do MPF: "estão neste momento em débito
com a sociedade".
O governador do RJ, Wilson Witzel, disse neste domingo (29/09) que vai recorrer à ONU para combater
a violência no RJ, que chamou de "genocídio". Em fala a jornalistas durante o Rock in Rio, ele afirmou
que vai pedir sanções aos países vizinhos que vendem armas ao Brasil, como Paraguai,
Bolívia e Colômbia.
"Todas essas ações. Trabalhando para tirar as armas...trabalhando agora junto às Nações
Unidas...levar realmente a causa do genocídio do Rio de Janeiro, que não é o governador", disse Witzel.
Witzel defendeu o fechamento de fronteiras e que a ONU deveria impor sanções aos países por
venderem armas ao Brasil.
"O próprio Conselho de Segurança da ONU pode tomar essa decisão: retaliar Paraguai, Bolívia e a
Colômbia no que diz respeito às armas em si. Ou seja, países que vendem armas para esses países têm
130
https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2019/04/28/huawei-um-guia-simples-para-entender-por-que-a-gigante-chinesa-e-alvo-de-tanta-
polemica.ghtml
131
G1 Minas. Governo de Minas Gerais adota racionamento de água em presídios a partir deste domingo. G1 Minas Gerais. https://g1.globo.com/mg/minas-
gerais/noticia/2019/12/01/governo-de-minas-gerais-adota-racionamento-de-agua-em-presidios-a-partir-deste-domingo.ghtml. Acesso em 02 de dezembro de 2019.
132
G1 Rio. Witzel cita 'genocídio' no RJ e diz que vai à ONU pedir punições a Paraguai, Bolívia e Colômbia. https://g1.globo.com/pop-arte/musica/rock-in-
rio/2019/noticia/2019/09/29/witzel-diz-que-ha-genocidio-no-rj-e-que-vai-a-onu-pedir-punicoes-a-paises-vizinhos.ghtml. Acesso em 30 de setembro de 2019.
Caso Ágatha
Em seu discurso, Witzel repetiu que o Rio de Janeiro é a segunda capital mais segura do Brasil e
criticou a imprensa por só mostrar o lado negativo da cidade. Ele rechaçou críticas de que adote uma
política de confronto, que promova a violência.
"Eu não quero celebrar a morte de ninguém. Muito pelo contrário, nós queremos celebrar a vida e
exatamente para que a vida seja celebrada é que nós vamos ter que agir de forma muito rigorosa contra
o tráfico de armas e drogas no nosso estado no Brasil", disse.
Questionado sobre o protesto da cantora Lellê, que lembrou a morte da menina Ágatha e da vereadora
Marielle Franco no primeiro dia de Rock in Rio, Witzel afirmou que estão "fazendo palanque" com a morte
de uma criança e que "quem embarca na história está falando contra quem está fazendo um bom
trabalho".
"Querer fazer palanque de uma criança ou quem quer que seja um palco político, isso para a oposição
é uma indecência. E quem embarca nessa história...nós temos que respeitar a diversidade, mas quem
embarca nessa história está dando eco a uma política perversa contra algo que está sendo bem feito."
Presos de Altamira são mortos dentro de caminhão durante transferência para Belém; Segup e
MP apuram o caso133
Quatro participantes da briga entre facções foram encontrados mortos com sinais de sufocamento,
segundo a Susipe. Eles pertenciam à facção que começou a briga e atacou rivais em prisão.
Quatro envolvidos na briga entre facções que resultou no massacre do presídio de Altamira foram
mortos durante o transporte para Belém, segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup).
Com isso, o número de mortos no confronto chega a 62.
133
Thais Rezende. Gabriela Azevedo. Presos de Altamira são mortos dentro de caminhão durante transferência para Belém; Segup e MP apuram o caso. G1
Pará. https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2019/07/31/presos-de-altamira-sao-mortos-dentro-de-onibus-durante-transferencia-para-
belem.ghtml?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=g1. Acesso em 01 de agosto de 2019.
De acordo com a Segup, os mortos são da mesma facção (Comando Classe A) e ocupavam a mesma
cela no Centro de Recuperação Regional de Altamira. Foi essa facção que atacou integrantes do
Comando Vermelho, facção rival. Os outros 26 presos que estavam no veículo e que seriam levados para
a capital foram colocados em isolamento e serão ouvidos pela polícia.
O caminhão tem quatro celas e a capacidade para até 40 presos –no momento dos crimes, 30 eram
transportados. O Estado informou que não possui caminhão com celas individuais.
De acordo com a Segup, 21 presos já estão em Belém. Todos chegaram na terça-feira (30/07).
Dezesseis são líderes de facções e dez deles irão, posteriormente, para o regime federal, os demais
serão redistribuídos nas penitenciárias estaduais.
O governo do Estado confirmou a chegada de 40 agentes da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária
(FTIP) em Belém na tarde desta quarta, para atuarem em atividades de guarda, vigilância e custódia de
presos.
MP acompanha o caso
O Ministério Público do Pará (MPPA) divulgou uma nota informando que está acompanhando as
investigações sobre a rebelião e que instaurou um inquérito civil para apurar as mortes ocorridas no
presídio. A nota disse ainda que o MP passou a acompanhar as investigações sobre a morte dos quatro
detentos durante a transferência. "O MP reforça ainda que acompanha de perto todos os desdobramentos
e investigações necessários ao esclarecimento dos fatos e responsabilização criminal, cível e
administrativa conforme apurado", disse.
Massacre no presídio
Um confronto entre facções criminosas dentro do presídio de Altamira causou a morte de 58 detentos.
Na segunda-feira (29/07), líderes do Comando Classe A (CCA) incendiaram cela onde estavam internos
do Comando Vermelho (CV). De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará
(Susipe), 41 morreram asfixiados e 16 foram decapitados. Na terça, mais um corpo foi encontrado
carbonizado nos escombros do prédio.
Após as mortes, o governo do estado determinou a transferência imediata de dez presos para o regime
federal. Outros 36 seriam redistribuídos pelos presídios paraenses.
Um relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) considera o presídio de Altamira como
superlotado e em péssimas condições. No dia do massacre, havia 311 custodiados, mas a capacidade
máxima é de 200 internos. Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Pará, dos 311 presos,
145 ainda aguardavam julgamento.
Em cinco meses, Brasil registra 17,9 mil mortes violentas; queda é de 22% em relação ao ano
passado134
No mesmo período de 2018, houve 23.015 assassinatos. Índice nacional de homicídios criado pelo G1
acompanha os crimes violentos mês a mês. Queda nos assassinatos foi antecipada pelo Monitor da
Violência.
O Brasil registrou uma queda de 22% nas mortes violentas nos primeiros cinco meses deste ano em
comparação com o mesmo período de 2018. É o que mostra o índice nacional de homicídios criado pelo
G1, com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal.
134
G1. Em cinco meses, Brasil registra 17,9 mil mortes violentas; queda é de 22% em relação ao ano passado. G1 Monitor da Violência.
https://g1.globo.com/monitor-da-violencia/noticia/2019/07/13/em-cinco-meses-brasil-registra-179-mil-mortes-violentas-queda-e-de-22percent-em-relacao-ao-ano-
passado.ghtml?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=g1. Acesso em 15 de julho de 2019.
- Piauí: Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Piauí diz que o aumento no número de crimes
em maio de 2019 "foi considerado atípico" por conta de casos no interior do estado e que, no mesmo
período, houve queda nos números na capital.
- Tocantins: A Secretaria da Segurança Pública do Tocantins diz que em junho foi registrada uma
redução de 31,41% nos índices de CVLI, "o que representa uma estabilização nos índices destes tipos
criminais no primeiro semestre, sendo buscado por estratégias de integração entre as forças de
segurança locais, conforme preconizado no Plano Estadual de Segurança Pública e Defesa Social
(PESSE)". Segundo a pasta, trata-se de um enfrentamento sistemático e organizado da criminalidade
visando a sua efetiva redução. "A SSP-TO tem realizado estudos e mapeamento dos locais e causas
deste tipo de violência no estado, marcado, em especial, por ações típicas de execução de grupos
criminosos, instituindo uma Diretoria de Combate ao Crime Organizado (DRACCO) para o fortalecimento
das ações de prevenção e repressão, além da intensificação das operações integradas, tanto no âmbito
de investigações qualificadas como no aumento do policiamento ostensivo, nos casos em que isso se
releve a medida mais adequada."
- Roraima: A Secretaria de Segurança Pública de Roraima não informa o motivo para o aumento da
violência e diz ainda que o setor de estatística vai rever os dados de violência do estado.
Apostila gerada especialmente para: VOCÊ ALUNO UNOPAR
182
Tendência de queda
Para entender o que pode estar por trás da tendência de queda, o G1 foi a fundo nos cenários de
segurança pública de três estados que se destacaram por suas reduções desde 2018: Acre, Ceará e Rio
Grande do Norte.
Especialistas, integrantes e ex-integrantes dos governos e entidades foram consultados para levantar
as principais medidas tomadas nos estados que podem ter resultado na queda da violência. Saiba mais.
Entre as medidas adotadas estão:
- ações mais rígidas em prisões, como constantes operações de revistas e implantação do Regime
Disciplinar Diferenciado (RDD)
- isolamento ou transferência de chefes de grupos criminosos para presídios de segurança máxima
- criação de secretaria exclusiva para lidar com a administração penitenciária
- criação de delegacia voltada à investigação de casos de homicídios
- integração entre as forças de segurança e justiça
Apenas 27% dos entrevistados ouvidos pela pesquisa disseram já ter cogitado a compra de uma arma.
Aproximadamente três meses após a assinatura de decreto presidencial que flexibiliza a posse de
armas, levantamento do Instituto Datafolha concluiu que a maioria da população é contra a medida. Em
pesquisa divulgada, nesta quinta-feira (11/04), pelo jornal Folha de S. Paulo, 64% dos entrevistados
concordam com a afirmação que “a posse de armas deve ser proibida, pois representa ameaça à vida de
outras pessoas”. Já 34% concordam que “possuir uma arma legalizada deveria ser um direito do cidadão
para se defender”.
O Datafolha ouviu 2.806 entrevistados em 130 municípios do país, nos dias 2 e 3 de abril. A pesquisa
tem margem de erro máxima de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de
confiança de 95%.
135
Veja. Datafolha: 64% dos brasileiros são contra a posse de armas. https://veja.abril.com.br/brasil/datafolha-64-dos-brasileiros-sao-contra-a-posse-de-armas/.
Acesso em 11 de abril de 2019
Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, invadiram escola na
Grande São Paulo e mataram 8.
A polícia divulgou os nomes dos assassinos que mataram 8 pessoas, sendo 4 adolescentes, na Escola
Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Região Metropolitana de São Paulo.
São eles: Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos. Os dois
cometeram suicídio em seguida. Castro completaria 26 anos no próximo sábado.
O ataque ocorreu por volta das 9h30 desta quarta-feira (13/03). Quatro dos mortos no local são alunos
do ensino médio. Outros dois adolescentes foram socorridos, mas morreram no hospital. Duas das vítimas
são funcionárias da escola.
Resumo
Ataque
Os autores do crime chegaram à escola em um carro branco. Eles entraram pela porta da escola, que
estava aberta.
"Eles ingressaram na escola, atiraram na coordenadora pedagógica, atiraram numa outra funcionária.
Estava na hora do lanche, eles se dirigiram ao pátio, atiraram em mais quatro alunos do ensino médio.
Nesse horário, só havia alunos do ensino médio, e [os autores do ataque] dirigiram-se ao centro de
línguas. Os alunos do centro de línguas se fecharam na sala com a professora e eles [criminosos] se
suicidaram no corredor", disse o coronel Marcelo Salles, comandante-geral da PM.
O coronel Salles afirmou que, antes de entrar na escola, os criminosos balearam um homem em um
lava-rápido próximo à escola. Ele passa por cirurgia na Santa Casa de Suzano e está em estado
gravíssimo.
Arsenal
Dentro da escola, a polícia encontrou um revólver 38, quatro jet luders, que são plástico para
recarregamento de arma, uma besta (um tipo de arco e flecha que dispara na horizontal), um arco e flecha
tradicional e garrafas que aparentam ser coquetéis molotov. Guilherme, um dos autores do ataque, tinha
uma espécie de machado na cintura.
Há ainda uma mala com fios. O esquadrão antibombas foi chamado, mas a polícia ainda não informou
se havia material explosivo no local.
136
G1. Polícia divulga nomes dos assassinos de Suzano. G1 Mogi das Cruzes. https://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2019/03/13/policia-
divulga-nome-dos-atiradores-de-suzano.ghtml. Acesso em 13 de março de 2019.
Modelo de PPP será adotado em quatro novas penitenciárias que já estão em fase de obras.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta sexta-feira (18/01) que vai privatizar
os novos presídios construídos no estado com o modelo de parcerias público-privadas (PPPs).
De acordo com a gestão, a administração de quatro das 12 novas penitenciárias que já estão em fase
de obras será concedida à iniciativa privada em editais que devem ser lançados ainda neste ano. Outros
três complexos penitenciários que estão previstos também devem entrar no modelo. As unidades que
serão privatizadas não foram informadas.
Segundo Doria, o modelo PPP a ser adotado tem como referências o presídio da cidade de Ribeirão
das Neves, em Minas Gerais, e também o sistema norte-americano. Estão previstas viagens de
secretários tanto para Minas quanto para os EUA para reuniões de avaliações de formatos.
"Nós basearemos a gestão em critérios de qualidade, melhorando as condições do apenado,
oferecendo parque fabril interno capaz de ressocializar o apenado com trabalho", afirmou o secretário de
Administração Penitenciária, coronel Nivaldo Restivo.
A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) disse em nota que ainda é estudado "o modelo ou
modelos de PPP que serão adotados".
Informação corrigida
Durante o anúncio para a imprensa, Doria chegou a dizer que todos os 171 presídios do estado seriam
privatizados gradativamente ao longo da gestão, mas a informação foi corrigida posteriormente pelo vice-
governador e secretário de Governo, Rodrigo Garcia.
"Nós temos hoje 171 presídios em São Paulo funcionando com 230 mil presos. Esse sistema continua
assim. As melhorias nesse sistema serão de obras complementares. Ele é estatal”, disse Garcia.
“Temos hoje 12 presid ́ ios em obras, dos quais oito já têm funcionários públicos concursados
contratados. Não tem sentido racional desistimos disso. Os quatro que ainda não têm funcionários e
qualquer outra decisão de novo presídio é que serão via PPP", acrescentou o secretário.
Cartão de crédito
O governador também anunciou que, a partir de agora, todos os pagamentos de impostos do estado
poderão ser feitos por meio de cartão de crédito.
Questões
137
Marina Pinhoni. Doria anuncia que vai privatizar novos presídios do estado de SP. G1. https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2019/01/18/doria-anuncia-
que-vai-privatizar-novos-presidios-do-estado-de-sp.ghtml. Acesso em 21 de janeiro de 2019.
Gabarito
01.D / 02.C
Comentários
01. Resposta: D
No caso das armas para defesa pessoal liberadas pelas regras anteriores, o decreto nº 9.797/19
aumentou de 50 para 5.000 o limite de projéteis que podem ser adquiridos por ano.
Já no caso de armas de caçadores, atiradores e colecionadores, que têm um registro especial, o teto
cresceu de 500 para 1.000 balas por arma - dependendo do calibre, o limite também pode chegar a
5.000138.
02. Resposta: C
A percepção da sociedade da ausência do Estado em determinadas regiões já ultrapassa apenas as
grandes cidades. A percepção do fracasso das instituições oficiais só é aumentada pelas notícias
recorrentes a respeito dos problemas de segurança enfrentados no país, vide o exemplo:
< https://oglobo.globo.com/rio/crise-da-seguranca-no-estado-tambem-marcada-por-falhas-na-comunicacao-21849743>
Energia
Produção de petróleo do Brasil alcança 1 bilhão de barris pela 1ª vez na história em 2019139
No ano passado, produção de petróleo avançou 7,78% e chegou a 1,018 bilhão de barris.
A produção de petróleo do Brasil avançou 7,78% no ano passado e ultrapassou a marca de 1 bilhão
de barris pela primeira vez na história, acumulando 1,018 bilhão de barris no período, informou a Agência
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta quarta-feira (22/01).
Já a produção de gás natural do país cresceu 9,46% no ano passado, somando 44,724 bilhões de
metros cúbicos.
Segundo a agência reguladora, o pré-sal foi responsável pela produção de 633,98 milhões de barris
no consolidado de 2019, além de 25,906 bilhões de metros cúbicos de gás natural - altas de 21,56% e
23,27% na comparação anual, respectivamente.
Dezembro representou um novo recorde mensal para a produção de petróleo no país, com
bombeamento médio de 3,106 milhões de barris por dia, alta de 15,44% ante igual período de 2018 e
0,52% acima do recorde verificado exatamente no mês anterior.
Já a produção média de gás natural atingiu no mês passado o recorde de 137,8 milhões de metros
cúbicos/dia, avanço de 21,19% no ano a ano e crescimento de 0,87% em relação a novembro, disse a
ANP.
A produção no pré-sal correspondeu a 66,82% da produção nacional em dezembro, com 2,655 milhões
de barris de óleo equivalente por dia. O campo de Lula, na Bacia de Santos, foi o maior produtor no
período.
138
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-48391614
139
Reuters. Produção de petróleo do Brasil alcança 1 bilhão de barris pela 1ª vez na história em 2019. G1 Economia.
https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/01/22/producao-de-petroleo-do-brasil-alcanca-1-bilhao-de-barris-pela-1a-vez-na-historia-em-2019.ghtml. Acesso em 23
de janeiro de 2020.
Segundo a Aneel, das 166,5 mil unidades que compõem a Geração Distribuída, 117,5 mil estão nessas
regiões. Agência discute fim de incentivos para quem produz a própria energia.
As regiões Sudeste e Sul concentram 70% dos consumidores brasileiros que produzem a própria
energia, apontam dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Estão ligadas a esse sistema, chamado oficialmente de Geração Distribuída, 166.497 unidades em
todo o país. O número reúne casas, comércios, condomínios e fazendas (que normalmente produzem
energia para atender a grandes consumidores, como shoppings ou supermercados).
Desse total, 117,5 mil (70,6%) estão nos estados do Sudeste e do Sul país. As duas regiões abrigam
56,3% da população.
A região Centro-Oeste, que vem em terceiro lugar, abriga 23.105 unidades que produzem a própria
energia. No Nordeste e no Norte são 22.654 e 3.197 unidades, respectivamente.
Aneel vota nesta terça proposta que reduz incentivo para quem quer gerar a própria energia141
Mudanças devem entrar em vigor em 2020. Segundo relator, alterações poderão elevar de 4,5 para 7
anos o prazo para recuperação do investimento em painéis solares.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vota nesta terça-feira (15/10) proposta para alteração
das regras da chamada geração distribuída, sistema pelo qual consumidores podem produzir sua própria
energia, normalmente por meio do uso de painéis solares.
Como já era esperado, o texto vai prever medidas que acabam por reduzir incentivos para a adesão a
esse sistema. O tema vem sendo tratado na agência desde o início deste ano.
A Aneel vem defendendo a mudança sob o argumento de que os custos dos incentivos para quem
gera a própria energia acabam sendo pagos depois pelos demais consumidores.
140
Fábio Amato. Sul e Sudeste concentram 70% dos consumidores que geram a própria energia. G1 Economia.
https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/01/10/sul-e-sudeste-concentram-70percent-dos-consumidores-que-geram-a-propria-energia.ghtml. Acesso em 10 de
janeiro de 2020.
141
Fábio Amato. Aneel vota nesta terça proposta que reduz incentivo para quem quer gerar a própria energia. G1.
https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/10/15/aneel-vota-nesta-terca-proposta-que-reduz-incentivo-para-quem-quer-gerar-a-propria-energia.ghtml. Acesso em
15 de outubro de 2019.
Expectativa é que a medida gere redução nos preços da energia elétrica, mas especialistas apontam
que sucesso do projeto depende de fatores como melhorar da infraestrutura.
O governo está discutindo medidas para mudar o mercado de gás natural no Brasil, com o objetivo de
baratear os preços. Na prática, a ideia é acabar com o monopólio da Petrobras nessa área, permitindo
assim a concorrência entre diversas empresas.
A queda de custo deve atingir principalmente os principais consumidores do gás natural – a indústria
e o setor de energia termelétrica. Mas a expectativa do governo é que essa redução seja repassada ao
consumidor final.
Veja abaixo perguntas e respostas sobre o mercado de gás e as mudanças que estão sendo
analisadas:
Quem distribui?
Em geral, a distribuição de gás natural é feita separadamente por estado, na maioria por empresas
estatais. Apenas o estado de São Paulo é abastecido por mais de uma companhia. Além da Petrobras,
que atua no ES, existem outras 26 distribuidoras no país. São elas:
Sulgás (RS), SCGÁS (SC), Compagas (PR), MSGÁS (MS), Goiasgás (GO), Rongas (RO), CEBGAS
(DF), MTGás (MT), Cigás (AM), Gás do Pará (PA), Gasap (AP), Gasmar (MA), Gaspisa (PI), Cegás (CE),
Copergás (PE), Potigas (RN), PBGÁS (PB), Bahiagás (BA), ALGÁS (AL), Sergas (SE), Gasmig (MG),
Comgas (SP) e GasBrasiliano (SP), Ceg (RJ), Ceg Rio (RJ) e Gas Natural Fenosa (SP) – as três últimas
compõem a Naturgy.
A Petrobras, por meio da Gaspetro, tem participação em 19 dessas companhias. Roraima, Tocantins
e Acre não têm distribuição de gás natural.
Adiantamento no relógio foi instituído pela primeira vez pelo ex-presidente Getúlio Vargas. Segundo
Bolsonaro, fim do período vai aumentar produtividade do trabalhador.
O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta quinta-feira (25/02) o decreto que revoga o horário de verão.
A assinatura ocorreu durante cerimônia no Palácio do Planalto. Segundo o presidente, a medida segue
estudos que analisaram a economia de energia no período e como o relógio biológico da população é
afetado.
Bolsonaro já havia anunciado no início do mês, em uma rede social, a decisão de acabar com o horário
de verão neste ano. Neste período do ano, que costumava durar entre outubro e fevereiro, parte dos
estados brasileiros adiantava o relógio em uma hora.
Na cerimônia desta quarta-feira para anunciar o decreto, o presidente informou que a área técnica do
Ministério de Minas e Energia apresentou estudos sobre a economia de energia gerada pelo horário de
verão. Segundo Bolsonaro, “gente da área de saúde” também foi procurada para apontar como o horário
afeta o relógio biológico das pessoas.
“As conclusões foram coincidentes: questão de economia, o horário de pico era mais pra 15h, então
não tinha mais a razão de ser [da permanência do horário], não economizava mais energia; e na área de
saúde, mesmo sendo uma hora apenas, mexia com o relógio biológico das pessoas”, disse.
"Justo anseio da população brasileira [o fim do horário de verão]. Eu concordo que eu sempre reclamei
do horário de verão. E tive a oportunidade, agora, atendendo às pesquisas que fizemos, também, que
mais de 70% da população era favorável ao fim do horário de verão", afirmou Bolsonaro.
Para o presidente, se não se alterar o "relógio biológico, com toda certeza, a produtividade do
trabalhador aumentará".
No início do mês, o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, informou que o
Ministério de Minas e Energia fez uma pesquisa segundo a qual 53% dos entrevistados pediram o fim do
horário de verão.
De acordo com a pasta, por outro lado, o Brasil economizou pelo menos R$ 1,4 bilhão desde 2010 por
adotar o horário de verão.
Decreto
Bolsonaro falou, ainda, sobre o fato de a decisão ter sido tomada por meio de um decreto presidencial,
sem necessidade de aprovação do Parlamento.
Ele destacou a ”dificuldade de um parlamentar aprovar uma lei”, o que considera ser “muito difić il,
quase como ganhar na Mega Sena”.
"Muitas vezes, um decreto tem um poder enorme, como este assinado aqui, agora. A todos os
senhores [parlamentares], os demais que estão nos ouvindo, o governo está aberto. Quem tiver qualquer
contribuição para dar via decreto, via novo decreto ou via alteração de decreto, nós estamos à disposição
dos senhores”, completou.
Horário de verão
No Brasil, o horário de verão foi instituído pela primeira vez no verão de 1931/1932, pelo então
Presidente Getúlio Vargas. Sua versão de estreia durou quase seis meses, vigorando de 3 de outubro de
1931 a 31 de março de 1932.
No verão seguinte, a medida foi novamente adotada, mas, depois, começou a ser em períodos não
consecutivos. Primeiro, entre 1949 e 1953, depois, de 1963 a 1968, voltando em 1985 até agora.
O período de vigência do horário de verão é variável, mas, em média, dura 120 dias. Em 2008, o
horário de verão passou a ter caráter permanente.
No mundo, o horário diferenciado é adotado em 70 países - atingindo cerca de um quarto da população
mundial.
142
Laís Lis. Guilherme Mazui. Bolsonaro assina decreto que acaba com o horário de verão. G1. https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/04/25/bolsonaro-assina-
decreto-que-acaba-com-o-horario-de-verao.ghtml. Acesso em 25 de abril de 2019
O crescimento vertiginoso da energia eólica no Brasil foi responsável pela quebra de um recorde
importante no mês passado. A força do vento ultrapassou em capacidade instalada a hidrelétrica de Itaipu,
alcançando a vice-liderança no ranking da matriz elétrica do país, atrás apenas da hidroeletricidade. A
informação obtida em primeira mão pelo blog leva em conta os dados apurados pela Associação Brasileira
de Energia Eólica (ABBEólica) e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Em números, apesar da eólica ser uma fonte intermitente de energia (a geração oscila de acordo com
a dinâmica dos ventos) os mais de 7 mil aerogeradores espalhados pelo país em 601 parques eólicos
somaram em abril 15 GW de capacidade instalada, superando os 14 GW da Itaipu, a segunda maior
hidrelétrica do mundo, atrás apenas de Três Gargantas, na China (18 GW).
Para ilustrar a nova posição do vento na matriz elétrica do Brasil, a Associação Brasileira de Energia
Eólica produziu o gráfico abaixo onde se vê a contribuição de cada fonte de energia separada por fonte
primária, ou seja, de acordo com o recurso utilizado para a geração. Normalmente esse cálculo da matriz
elétrica reúne em um só grupo todas as diferentes fontes de combustível fóssil (petróleo, carvão mineral
e gás natural). Quando se dividem essas fontes, a energia eólica se destaca.
A hidroeletricidade lidera o ranking com 63,9% do total (104,5 GW), seguido do vento com 15,1 GW
(9,2%), biomassa com 14,8% (9 GW), gás natural com 13,4 GW (8,1%), petróleo com 9,9 GW (5,4%),
carvão mineral com 3,3 GW (2%), solar com 2,1 GW (1,3%) e nuclear com 2 GW (1,2%).
“Se considerarmos que a energia eólica tinha cerca de 1 GW instalado em 2011, é um feito realmente
impressionante chegarmos a ocupar este lugar de destaque na matriz elétrica”, disse Elbia Gannoum,
presidente executiva da ABEEólica.
Uma caprichosa combinação de ventos regulares com um modelo inovador de contratação de projetos
por leilão (quando o governo prioriza os preços mais baixos pela maior oferta de energia) explica o
sucesso da energia eólica no Brasil.
Além disso, a exuberância dos ventos na região Nordeste (que concentra 86% de toda a energia eólica
produzida no país) turbina os investimentos no setor. O blog já ouviu de diferentes investidores
estrangeiros a mesma explicação sobre o diferencial do litoral nordestino quando o assunto é energia
eólica: “É o melhor vento do mundo!”. A diferença está no chamado fator de capacidade, que é o
percentual médio de produção efetiva obtido pela conversão do vento em energia. Enquanto no mundo o
fato de capacidade está em 25%, no Brasil esse índice chegou no ano passado a 42%. No Nordeste, em
plena safra de vento que vai de junho a novembro, o fator de capacidade chega a ultrapassar os 80%.
Isso explica a predominância dos parques eólicos na região.
143
André Trigueiro. Vento alcança segundo lugar na matriz elétrica do Brasil. G1. https://g1.globo.com/natureza/blog/andre-trigueiro/noticia/2019/04/11/vento-
alcanca-segundo-lugar-na-matriz-eletrica-do-brasil.ghtml. Acesso em 11 de abril de 2019.
Para baixar custo de energia, Paulo Guedes quer mudança radical na exploração de gás144
A promessa do ministro da Economia, Paulo Guedes, de reduzir em até 50% o custo da energia para
promover a "reindustrialização" do país tem como pressuposto uma mudança radical no modelo de
exploração do gás natural.
144
João Borges. Lima, P. Bianca. Nathalia Toledo. Para baixar custo de energia, Paulo Guedes quer mudança radical na exploração de gás.
https://g1.globo.com/economia/blog/joao-borges/post/2019/03/15/para-baixar-custo-de-energia-paulo-guedes-quer-mudanca-radical-na-exploracao-de-gas.ghtml.
Acesso em 15 de março de 2019.
Questões
02. (CELESC – Assistente Administrativo – FEPESE) A maior parte da energia elétrica consumida
no Brasil é produzida em usinas:
(A) Eólicas
(B) Hidrelétricas
(C) Termonucleares
(D) Nucleares
(E) Solares
Gabarito
Comentários
01. Resposta: B
O presidente, alegou em seu anúncio motivos econômicos e de saúde para a medida. Sob sua
justificativa, a economia de energia durante o horário de verão era insignificante, considerando as 15h o
horário de pico de consumo, além do fato de que 1 hora de diferença desregulava o relógio biológico das
pessoas.
02. Resposta: B
O Brasil ainda conta como principal fonte de energia a energia hidráulica. Termoelétricas e nucleares
ocupam apenas 10% da produção nacional.
(http://ambientes.ambientebrasil.com.br/agua/recursos_hidricos/hidreletricas_no_brasil.html)
03. Resposta: B
O dois últimos anos foram especialmente positivos para a indústria da energia eólica no Brasil. Apenas
em 2017, a infraestrutura instalada gerou a quantidade recorde de 40,46 TWh de energia, o que significou
um crescimento de 26,2% em relação ao ano anterior e foi responsável pelo abastecimento de cerca de
22 milhões de residências, o equivalente a 67 milhões de pessoas. No cálculo que considera o período
de setembro de 2017 até agosto de 2018, foram gerados 47 TWh de energia eólica – e abasteceu 25
milhões de casas145.
Relações Internacionais
Suprema corte da Alemanha permite suicídio assistido146
Tribunal Constitucional Federal declara inconstitucional lei que penalizava assistência ao suicídio 'em
caráter comercial'. Médicos e pacientes terminais saúdam decisão. Igrejas criticam.
"Se eu não aguentar mais a dor, gostaria que me deixassem ir", pede Melanie S. ao médico Lukas
Radbruch, no Hospital Universitário Bonn-Venusberg, na Alemanha. A mulher de 63 anos sofre de câncer
de pulmão em estágio avançado. Para ela, o que é particularmente preocupante é, repentinamente, não
ser capaz mais de engolir e morrer sufocada.
Ela diz não querer vivenciar isso com plena consciência. Após o veredito do Tribunal Constitucional
Federal desta quarta-feira (26/02), Melanie ousou falar abertamente sobre a possibilidade de suicídio
acompanhado por um médico.
Essa assistência era, na prática, proibida pelo Parágrafo 217 do Código Penal Alemão. O Bundestag
criara a lei em dezembro de 2015 com a intenção de proibir associações ou indivíduos de "fazerem
negócios com a morte". Tais ofertas haviam vivenciado um verdadeiro boom nos anos anteriores, e os
legisladores quiseram dar uma resposta. A lei dizia: "Quem, tendo a intenção de promover o suicídio de
outrem, lhe garantir, obtiver ou intermediar essa oportunidade em caráter comercial, será punido com
pena de até três anos de prisão ou multa."
Desde então, os juristas discutiram acirradamente sobre o conceito de "caráter comercial". Afinal, o
"aconselhamento repetido" sobre a morte assistida já seria passível de punição. Mesmo uma referência
a um "jejum até a morte", por meio da abstenção de alimentos, já poderia ser punido. As consequências
dessa situação foram amplas.
145
https://bluevisionbraskem.com/inovacao/energia-eolica-sera-a-segunda-maior-fonte-energetica-do-brasil-em-2019/
146
Deutsche Welle. Suprema corte da Alemanha permite suicídio assistido. G1 Mundo. https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/02/26/suprema-corte-da-
alemanha-permite-suicidio-assistido.ghtml. Acesso em 27 de fevereiro de 2020.
Medicina paliativa
O advogado especializado em direito medicinal Wolfgang Putz foi um dos envolvidos no caso. Ele falou
sobre condições insustentáveis que precisam ser urgentemente repensadas: "A influência das duas
grandes igrejas na Alemanha sobre os tomadores de decisão ainda é muito grande na política, mesmo
que sejamos, em tese, um Estado secular."
A Igreja Evangélica e a Igreja Católica são contra qualquer forma de eutanásia ou suicídio assistido.
Representantes se declararam decepcionados com a decisão.
Putz disse considerar positivo que o Tribunal Constitucional Federal, como a mais alta autoridade legal
na Alemanha, venha novamente regular o direito à autodeterminação das pessoas, assegurada na
Constituição.
O médico Lukas Radbruch, que há muito tempo ouve as preocupações e angústias de Melanie S.,
disse que agora é importante muita sensibilidade por parte dos médicos. Ele também é presidente da
Sociedade Alemã de Medicina Paliativa, ou seja, a medicina para aliviar a dor quando a cura não é mais
possível.
Ele disse ter constatado que a questão do suicídio assistido é frequentemente um pedido de ajuda,
uma esperança "de uma saída de emergência". Radbruch aponta que quando pôde ofertar um sedativo
como alternativa, isso foi aceito de bom grado na maioria dos casos.
"Se a atual decisão do Tribunal Constitucional Federal for percebida como um novo estímulo aos
prestadores de serviço de suicídio assistido, isso significa um desenvolvimento perigoso para a nossa
sociedade", alerta.
Ele teme que muitas pessoas com doenças terminais reiterem ainda mais que não querem ser um
fardo para os outros. Para ele, não se deve criar de forma alguma uma situação de pressão para os
doentes. E as barreiras para alguém acabar com a própria vida não devem ser reduzidas sob nenhuma
circunstância.
O Tribunal Constitucional Federal reconheceu que os objetivos da lei de 2015 eram legítimos. O
argumento de então era: o Estado deve proteger a vida, e o suicídio assistido por meio de associações
não deve se tornar a regra na sociedade alemã. Além disso, ninguém deve se sentir pressionado a morrer
para não ser um peso para seus parentes. Mesmo que tudo isso seja legítimo, não se pode tornar retirar
de uma pessoa a decisão final sobre a própria vida, determinaram os juízes na decisão desta quarta-feira.
Referendo de 2016 aprovou a saída dos britânicos do bloco, mas ela só acontece 3 anos depois.
“Brexit” é a junção das palavras em inglês “British” e “exit” e significa “said
́ a britânica”. O termo é usado
para se referir à saída do Reino Unido da União Europeia (UE), que se concretiza nesta sexta-feira
(29/01).
O processo teve origem em grupos da direita da Inglaterra inicialmente minoritários e ganhou força ao
longo dos anos 2010. A discussão ganhou contornos mais sólidos em 2016, após a proposta ser aprovada
em referendo com 52% de votos favoráveis dos britânicos, contra 48% que rechaçaram a saída da UE.
No entanto, para quem era a favor da permanência dos britânicos no bloco, o Brexit vai:
- dificultar para cidadãos do Reino Unido viver em outros países da União Europeia;
- prejudicar negócios hoje favorecidos com regulamentação e burocracia comuns entre os países;
- reduzir lucros devido à cobrança de tarifas de exportação para os países europeus, destino de grande
parte dos produtos britânicos exportados;
- não ter qualquer garantia de que o dinheiro hoje repassado à UE será aplicado em demandas
internas, como serviços de saúde e segurança.
Acordo de 'divórcio'
Aprovado pela maioria dos eleitores britânicos em 2016, teve início o processo de fechar um acordo
com os termos do divórcio. Para isso, foi preciso que tanto parlamentares que representam o bloco
europeu quanto os legisladores do Reino Unido discutissem como ficam temas como:
- o valor a ser pago pelos britânico à UE por quebrar contrato de parceria;
- os britânicos residentes em outros países da UE e europeus que moram no Reino Unido;
- a situação da República Irlanda, país independente e membro da UE, mas situado na mesma ilha
que a Irlanda do Norte, parte integrante do Reino Unido. A polêmica gira em torno de como não criar uma
barreira física entre as duas Irlandas. Os dois países viveram anos de conflito, e um acordo de 1999 que
pôs fim à violência acabou com a “fronteira dura”, fiś ica, permitindo que cidadãos dos dois paiś es possam
circular livremente, sem passar por controle de migração.
Governo iraniano vê aumentar as tensões domésticas e internacionais após admitir ter abatido
acidentalmente Boeing ucraniano. Embaixador britânico detido temporariamente nega participação em
protesto antigovernamental.
Crescem as tensões domésticas e internacionais contra Teerã após o governo iraniano admitir ter
derrubado acidentalmente um avião ucraniano, matando todas as 176 pessoas a bordo. Neste domingo
(12/01), o embaixador do Reino Unido em Teerã, Robert Macaire, negou ter participado de um protesto
antigovernamental. O diplomata foi detido temporariamente no dia anterior, acusado de incitar
manifestações contra o governo.
"Posso confirmar que não participei de nenhuma manifestação. Fui a um evento anunciado como uma
vigília para as vítimas da tragédia do voo PS 752", disse Macaire em uma mensagem no Twitter, referindo-
se ao Boeing abatido por engano pelo Irã.
O diplomata ficou detido por mais de uma hora, informou o Ministério do Exterior britânico, que repudiou
o ocorrido. "A prisão do nosso embaixador em Teerã sem motivo nem explicações é uma flagrante
violação da legislação internacional", afirmou em nota o ministro britânico do Exterior, Dominic Raab.
O reconhecimento da derrubada da aeronave pela Guarda Revolucionária do Irã ocorreu dias após a
tragédia, levantando questões sobre o motivo pelo qual o governo rejeitara as acusações de que o avião
havia sido alvejado logo após a decolagem do Aeroporto Internacional Iman Khomenei, em Teerã.
148
Deutsche Welle. Teerã enfrenta protestos após reconhecer derrubada de avião. DW. https://www.dw.com/pt-br/teer%C3%A3-enfrenta-protestos-
ap%C3%B3s-reconhecer-derrubada-de-avi%C3%A3o/a-51973402. Acesso em 13 de janeiro de 2020.
Veja os 10 fatos que marcaram a tensão entre EUA e Irã no fim de semana149
Após ataque dos EUA matar 2º homem mais poderoso do Irã, Trump e iranianos trocaram ameaças,
funeral atraiu multidão, acordo nuclear foi rompido e outros líderes mundiais buscaram diálogo.
149
G1. Veja os 10 fatos que marcaram a tensão entre EUA e Irã no fim de semana. G1 Mundo. https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/01/06/veja-os-10-fatos-
que-marcaram-a-tensao-entre-eua-e-ira-no-fim-de-semana.ghtml. Acesso em 06 de janeiro de 2020.
4 - Petróleo sobe
O preço do petróleo atingiu na sexta o maior nível desde abril de 2019. O óleo do tipo Brent subiu
3,6%, para US$ 68,60 o barril. O Iraque, centro da tensão, é o segundo maior produtor da Organização
dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
6 - Foguetes no Iraque
No sábado, ataques com foguetes atingiram uma base militar que abriga americanos no Iraque e a
Zona Verde de Bagdá, onde ficam as embaixadas, perto da representação dos EUA. No domingo, mais
foguetes atingiram a Zona Verde. Ninguém morreu.
Estes ataques têm efeito simbólico, mas são menores do que a reação que analistas acreditam ser
possível após morte de um dos maiores líderes do Irã.
'Nem parece que estamos sofrendo impeachment', diz Trump sobre decisão da Câmara150
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, minimizou a aprovação do impeachment na Câmara
nesta quarta-feira (18/12). "O país está indo melhor do que nunca. Não fizemos nada de errado. Temos
um tremendo apoio no Partido Republicano como nunca tivemos antes", disse.
"Nem parece que estamos sofrendo impeachment", disse, em discurso de campanha no estado do
Michigan.
No discurso, segundo a Associated Press, Trump acusou os democratas — a quem chamou de
"esquerda radical no Congresso" — de "serem consumidos com inveja, ódio e fúria".
"Os democratas que não fazem nada declararam profundo ódio e desdém contra o povo americano.
Esse impeachment partidário e fora da lei é uma marcha do suicídio político do Partido Democrata", disse.
Trump ainda celebrou que todos os republicanos votaram contra o impeachment, sinalizando uma
união do partido.
"Cada republicano votou por nós. Nós não perdemos nenhum voto republicano", disse.
Nesta noite, a maioria dos deputados norte-americanos aprovou o impeachment — que leva o
processo ao Senado sem tirar o presidente do cargo. As duas acusações contra Trump são as seguintes:
- Abuso de poder ao pedir investigação contra a família de Joe Biden, o que os deputados
consideraram "interferência de um governo estrangeiro" em favor da reeleição de Trump em 2020;
- Obstrução ao Congresso por ignorar intimações e se recusar em entregar documentos aos
investigadores durante o inquérito.
Mais cedo, Trump disse que sequer assistiria à votação do impeachment na Câmara. Candidato à
reeleição nas eleições de 2020, Trump viajou a Battle Creek, no Michigan, para um comício com
apoiadores.
Relatório apontou que país tem 2ª maior concentração de renda do mundo, com 1/3 de todas as
riquezas nas mãos do 1% mais rico.
O Brasil ficou na 79ª posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) divulgado pelo
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) nesta segunda-feira (09/12).
150
G1. 'Nem parece que estamos sofrendo impeachment', diz Trump sobre decisão da Câmara. G1 Mundo. https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/12/18/nem-
parece-que-estamos-sofrendo-impeachment-diz-trump-apos-camara-aprovar-acusacoes.ghtml. Acesso em 19 de dezembro de 2019.
151
G1. Brasil perde uma posição em ranking do IDH. G1 Mundo. https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/12/09/brasil-perde-uma-posicao-em-ranking-do-
idh.ghtml. Acesso em 09 de dezembro de 2019.
Desigualdade
O Pnud também avaliou, em 150 paiś es, o IDH “ajustado às desigualdades”. Este iń dice mede a perda
do desenvolvimento humano devido à distribuição desigual dos ganhos do IDH.
Nesta avaliação, o Brasil ficou com o índice 0,574 e ocupou a 102ª posição. Na América do Sul, o país
foi o segundo que mais perdeu no IDH devido ao ajuste realizado pela desigualdade, ficando atrás apenas
do Paraguai (que foi da posição 98, com 0,724, para a posição 112, com 0,545).
No relatório, a ONU defendeu que a desigualdade de renda precisa ser combatida, mas disse também
que é preciso ter atenção à desigualdade de acesso à tecnologia e de formação, que pode ter efeito nas
próximas gerações.
O levantamento apresentou também indicadores para medir a distribuição de renda entre a população
de um país, são três: participação na renda dos 40% mais pobres, participação na renda dos 10% mais
ricos e participação na renda dos 1% mais ricos.
Com esse dado, o relatório apontou que quase um terço de todas as riquezas do Brasil estão
concentradas nas mãos dos 1% mais ricos. É a segunda maior concentração de renda do mundo, ficando
atrás apenas do Catar.
Gênero
Para avaliar as disparidades e desigualdades entre homem e mulher, o Pnud apresenta o Índice de
Desenvolvimento de Gênero, que traz os mesmos indicadores do IDH com separação por sexo em 166
países. O IDH para mulheres mostrou que as brasileiras estão em melhores condições de saúde e
educação que os homens, mas ficam abaixo quando o assunto é renda bruta.
Trump acusa Brasil e Argentina de desvalorizarem moedas e diz que vai restaurar tarifas sobre
aço e alumínio152
Sobretaxa sobre produtos foi adotada no ano passado em meio à guerra comercial com a China, mas
Brasil e Argentina tiveram 'alívio' da cobrança em agosto.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou nesta segunda-feira (02/12), em uma rede
social, Brasil e Argentina de desvalorizarem "maciçamente" suas moedas, e afirmou que vai reinstalar as
tarifas de importação sobre o aço e o alumínio dos dois países.
"Brasil e Argentina têm presidido uma desvalorização maciça de suas moedas. O que não é bom para
nossos agricultores", escreveu Trump em uma rede social. Portanto, com efeito imediato, restaurarei as
tarifas de todos os aços e alumínio enviados para os EUA a partir desses países".
"O Federal Reserve [banco central dos EUA] deveria agir da mesma forma, para que países, que são
muitos, não se aproveitem mais nosso dólar forte, desvalorizando ainda mais suas moedas. Isso torna
muito difícil para nossos fabricantes e agricultores exportarem seus produtos de maneira justa", disse ele.
Do início do ano até a última sexta-feira (29/11), o dólar já subiu 9,43% frente ao real, barateando as
exportações brasileiras e aumentando a competitividade dos produtos do país lá fora.
Em agosto de 2018, Trump anunciou um alívio nas cotas de importação de aço e alumínio que
excedam as cotas livres do pagamento das sobretaxas impostas pelo governo dos Estados Unidos em
março do mesmo ano. A decisão de flexibilizar a tarifa atingiu as cotas de aço da Coreia do Sul, Brasil e
Argentina e do alumínio da Argentina.
Desde então, as empresas americanas que comprarem aço do Brasil não precisavam pagar 25% a
mais sobre o preço original, caso comprovem falta de matéria-prima no mercado interno.
O dólar fechou a R$ 4,2397 na sexta-feira, em alta de 0,57%, acumulando valorização de 5,73% no
mês de novembro. No ano, tem alta de 9,43% frente ao real.
Histórico
A sobretaxa do aço foi um dos primeiros capítulos da guerra comercial de Trump. Visando a atingir
sobretudo a China, o governo americano impôs uma regra geral e, aos poucos, renegocia com cada país.
Em março do ano passado, o presidente americano impôs tarifa de 25% às importações de aço e de
10% às de alumínio alegando questões de segurança nacional. A decisão desencadeou uma série de
retaliações pelo mundo e adoção de salvaguardas por outros países e blocos.
Na ocasião, a indústria brasileira classificou a sobretaxa à importação de aço e alumínio, na ocasião,
como medida de 'injustificada e ilegal' e com potencial de provocar "dano significativo" para as
siderúrgicas instaladas no Brasil, uma vez que o Brasil é o segundo maior fornecedor de ferro e aço dos
Estados Unidos.
Quase 10 mil integrantes das Forças Armadas foram mobilizados para atuar contra os protestos.
A capital chilena viveu o terceiro dia de distúrbios no domingo (20/10) com confrontos violentos entre
manifestantes e forças de policiais. Os protestos pela suspensão do aumento nas passagens de metrô
seguiram mesmo após o presidente Sebastián Piñera anunciar no sábado (19/10) sua revogação.
Na noite de sábado (19/10), manifestantes atacaram vidraças de prédios, destruíram semáforos,
queimaram ônibus e invadiram e incendiaram um supermercado. O balanço oficial divulgado nesta
segunda-feira (21/10) aponta 11 mortes nos protestos.
Entenda em cinco pontos os distúrbios no Chile:
152
G1. Trump acusa Brasil e Argentina de desvalorizarem moedas e diz que vai restaurar tarifas sobre aço e alumínio.
https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/12/02/trump-acusa-brasil-e-argentina-de-desvalorizarem-moedas-e-diz-que-vai-devolver-tarifas-sobre-aco-e-
aluminio.ghtml. Acesso em 02 de dezembro de 2019.
153
G1. Entenda a onda de protestos no Chile. G1 Mundo. https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/10/20/entenda-a-onda-de-protestos-no-chile.ghtml. Acesso
em 21 de outubro de 2019.
Decisão de Donald Trump de retirar militares dos EUA se tornou um sinal verde para uma ofensiva da
Turquia contra militantes curdos no nordeste da Síria. Oposição alerta que a medida pode fortalecer o
Estado Islâmico.
A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar tropas norte-americanas do
nordeste da Síria abriu caminho para uma ofensiva da Turquia contra forças curdas na região. Poucas
horas depois do anúncio da medida, na segunda-feira (07/10), a televisão síria registrou imagens de
explosões atribuídas a militares turcos.
Após Trump anunciar a decisão, políticos dos Estados Unidos – inclusive aliados do presidente, como
o senador republicano Lindsey Graham – alertaram para as consequências da retirada dos militares norte-
americanos, como:
- Aumento da violência contra a população curda no norte da Síria;
- Sem apoio dos EUA, curdos poderiam buscar ajuda em rivais dos norte-americanos como o regime
de Bashar al-Assad, Rússia ou Irã;
- Possível retorno da ocupação territorial do Estado Islâmico.
"A consequência mais provável dessa decisão impulsiva é o domínio do Irã sobre a Síria", declarou
Graham no Twitter.
Todas essas consequências levantadas têm a ver com o papel da população curda no Oriente Médio.
Esse é um dos motivos pelos quais a Turquia pretende criar uma "zona livre" na fronteira com a Síria –
é lá onde se concentram as forças curdas. O governo de Recep Tayyip Erdogan alega que a milícia curda
YPG, que atua no nordeste sírio, atua de forma terrorista e está por trás de ataques em território turco
ligados ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
154
Lucas Vidigal. Entenda quem são os curdos e por que eles estão na mira de uma ofensiva turca na Síria. G1 Mundo.
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/10/08/entenda-quem-sao-os-curdos-e-por-que-eles-estao-na-mira-de-uma-ofensiva-turca-na-siria.ghtml. Acesso em 18 de
outubro de 2019.
Nessa segunda frente, o professor Baghdadi destaca que as forças curdas exerceram protagonismo
nas batalhas contra militantes extremistas do Estado Islâmico. Inclusive, tiveram papel central na
retomada de Raqqa, cidade síria libertada da facção terrorista em 2017.
"Se tem alguém que lutou 'olho no olho' contra o Estado Islâmico, esses foram os curdos", aponta.
Como o Estado Islâmico não teve nenhum governo no Oriente Médio dando respaldo oficial, os países
da região fizeram vista grossa para que os curdos combatessem os terroristas. Isso abriu caminho para
que os EUA financiassem os militantes do Curdistão sírio.
O afastamento entre Turquia e EUA se intensificou justamente com o apoio norte-americano aos
curdos, ainda que sob justificativa de combate ao Estado Islâmico. Isso ocorreu durante o governo de
Barack Obama, e, com a eleição de Trump, o novo presidente prometeu retirar o país de guerras "sem
sentido".
A Casa Branca considera que o Estado Islâmico foi completamente derrotado na Síria e perdeu
praticamente todo o poderio territorial que detinha em 2014 – uma das justificativas adotadas por Trump
para retirar os militares norte-americanos da região.
"Os curdos lutaram conosco, mas gastamos enorme quantia de dinheiro e equipamento para isso. Eles
lutam contra a Turquia há décadas. Eu segurei essa luta por quase três anos, mas é hora de deixar essas
guerras ridículas sem fim, muitas delas tribais, e trazer nossos soldados de volta para casa", escreveu
Trump.
Dessa forma, o presidente dos EUA pode reconquistar o apoio da Turquia em um momento em que
Erdogan se aproximou da Rússia – país que é justamente o principal rival militar da Otan na Europa.
Mesmo assim, Trump alertou que "destruirá a economia da Turquia" caso Erdogan "ultrapasse os
limites" nas ofensivas na Síria. Porém, o norte-americano não detalhou quais seriam esses limites.
Na terça-feira, 51 pessoas foram detidas e mais de 70 policiais ficaram feridos em várias cidades;
governo e a oposição da Espanha vão discutir medidas.
A Catalunha tem nesta quarta-feira (16/10) o terceiro dia de protestos contra sentença que condenou
de 9 a 13 anos de prisão os líderes do movimento fracassado de independência catalã de 2017. O governo
afirmou que 51 pessoas foram detidas nesta madrugada em várias cidades.
De acordo com o ministério do Interior, 29 pessoas foram detidas na província de Barcelona, 14 em
Tarragona e oito em Lleida.
Além disso, 54 policiais regionais e 18 policiais nacionais ficaram feridos. Alguns deles sofreram
fraturas, de acordo com o Ministério do Interior.
Na noite de terça-feira (16/10), um violento confronto entre manifestantes e policiais ocorrido no centro
de Barcelona. Cerca de 40 mil pessoas participaram de uma manifestação na cidade. À noite, policiais
tentaram dispersar a multidão e houve confronto.
Também foram registrados confrontos nas cidades de Tarragona, Lleida e Girona, onde foram
organizadas concentrações diante das respectivas sedes das delegações do governo espanhol. Nesta
manhã, grupos pró-independência caminhavam em uma estrada perto de Girona. Não havia registro de
confrontos violentos.
Na abertura do mercado, cotação do barril saltou quase 20% em Londres, a maior alta durante uma
sessão desde a guerra do Golfo em 1991.
O preço do petróleo disparou nesta segunda-feira (16/09) em Londres após os ataques do fim semana
contra instalações da petroleira Aramco, na Arábia Saudita, que cortaram pela metade a produção do
maior exportador mundial.
Às 9h30 GMT (6h30 de Brasília), o barril de Brent, referência na Europa, registrava alta de 9,52% na
comparação com sexta-feira, sendo negociado a US$ 65,97 no Intercontinental Exchange (ICE) de
Londres. Nos Estados Unidos, o barril WTI subia 8,71%, negociado a US$ 59,63.
155
G1. Catalunha tem 3º dia de protestos contra pena de prisão para independentistas. https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/10/16/catalunha-tem-3o-dia-de-
protestos-contra-pena-de-prisao-para-independentistas.ghtml. Acesso em 16 de outubro de 2019.
156
G1. Preços do petróleo disparam após ataques a instalações na Arábia Saudita. https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/09/16/precos-do-petroleo-
disparam-apos-ataques-a-instalacoes-na-arabia-saudita.ghtml. Acesso em 16 de setembro de 2019.
Grupo com 7 das principais economias do mundo se reúne neste fim de semana. Boris Johnson, do
Reino Unido, Emmanuel Macron, da França, e Justin Trudeau, do Canadá, também querem que cúpula
discuta queimadas.
Os incêndios na Amazônia são uma situação urgente que deve ser debatida no encontro de cúpula do
G7, afirmou nesta sexta-feira (23/08) um porta-voz da primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel.
A chanceler é a terceira líder do G7 que sinaliza que o grupo, que se reunirá neste fim de semana em
Biarritz, sudoeste francês, pretende discutir o fogo na floresta amazônica. Emmanuel Macron, da França,
e Justin Trudeau, do Canadá, já se pronunciaram na mesma linha de Merkel. Estados Unidos, Reino
Unido, Itália e Japão também compõem o grupo.
“A magnitude dos incêndios é preocupante e ameaça não só o Brasil e os outros paiś es afetados, mas
também o mundo inteiro”, disse Steffen Seibert, representante de Merkel.
As queimadas na Amazônia aumentaram 82% de janeiro a agosto, na comparação com o mesmo
período do ano passado, e se intensificaram nas últimas semanas. Na noite de quinta-feira (22/08), o
presidente Jair Bolsonaro fez reunião de emergência com ministros para discutir que medidas devem ser
tomadas.
Resposta de Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro respondeu ao francês Macron pelas redes sociais na quinta (22/08). Ele
disse lamentar que o presidente da França "busque instrumentalizar uma questão interna do Brasil" para
"ganhos políticos pessoais" e criticou o "tom sensacionalista" sobre a Amazônia.
Ele também disse que o francês se refere à Amazônia "apelando até para fotos falsas". A imagem que
Macron usou junto com seu texto na rede social é antiga. Ela foi feita pelo fotógrafo americano Loren
McIntyre, que morreu em 2003.
Representantes do bloco econômico formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai fazem reunião
de dois dias na cidade de Santa Fé, na Argentina.
158
G1. Brasil assume a presidência do Mercosul e quer dar continuidade à gestão argentina. G1 Mundo. https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/07/16/brasil-
assume-a-presidencia-do-mercosul-e-quer-dar-continuidade-a-gestao-argentina.ghtml. Acesso em 18 de julho de 2019.
Acordo entre Mercosul e UE prevê prazo de adaptação para indústria brasileira e pode gerar
mais de 778 mil empregos em 10 anos, diz CNI159
Para o presidente da CNI, Robson Braga, esse acordo pode representar o 'passaporte para o Brasil
entrar na liga das grandes economias do comércio internacional'.
O acordo para a área de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia terá dispositivos para a
indústria brasileira se "adaptar à competitividade da indústria europeia", informou nesta sexta-feira (28/06)
a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
"Para os países do Mercosul, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, o acordo prevê um período de
mais de uma década de redução de tarifas para produtos mais sensíveis à competitividade da indústria
europeia. No caso europeu, a maior parte do imposto de importação será zerada tão logo o tratado entre
em vigor. O acordo cobre 90% do comércio entre os blocos", informou.
Segundo a CNI, os dois blocos formarão uma área de livre comércio que soma US$ 19 trilhões em
Produto Interno Bruto (PIB) e um mercado de 750 milhões de pessoas.
"A depender do movimento europeu de abertura de seu mercado agrícola, o acordo pode agregar US$
9,9 bilhões às exportações do Brasil para a União Europeia. Um aumento de 23,6% em dez anos, com
potencial de gerar 778,4 mil empregos", informou a entidade.
159
Alexandro Martello. Acordo entre Mercosul e UE prevê prazo de adaptação para indústria brasileira e pode gerar mais de 778 mil empregos em 10 anos, diz
CNI. G1 Economia. https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/06/28/acordo-entre-mercosul-e-ue-preve-prazo-de-adaptacao-para-industria-brasileira-e-pode-gerar-
mais-de-778-mil-empregos-em-10-anos-diz-cni.ghtml. Acesso em 01 de julho de 2019.
Governo de Hong Kong suspende polêmico projeto de lei de extradição após protestos160
Proposta que permite extradição para a China inicialmente seria votada em 20 de junho, mas a líder
do governo anunciou a 'suspensão' do processo até novo aviso. Opositores da medida mantiveram a
manifestação convocada para este domingo (16/06).
A chefe do governo de Hong Kong, Carrie Lam, anunciou neste sábado (15/06) a "suspensão" de seu
polêmico projeto de lei que permite extradições para a China. A proposta gerou uma grande oposição nas
ruas durante a última semana e a rejeição geral da sociedade.
Lam esclareceu em entrevista coletiva que a segunda leitura do projeto, que poderia permitir que a
China tenha acesso a "fugitivos" em Hong Kong, está "suspensa" até novo aviso, mas não estabeleceu
nenhum prazo específico para retomar o projeto.
Entenda a polêmica:
Ao contrário de outras regiões da China, Hong Kong, que até 1997 estava cedida ao Reino Unido,
funciona sob o princípio de "um país, dois sistemas", com seu próprio sistema de leis e fronteiras e maior
liberdade de expressão;
Por isso, a região virou o destino de muitos migrantes e dissidentes que deixaram a China continental
para fugir da pobreza ou da perseguição política;
O projeto de lei apresentado em fevereiro, porém, abre brecha para que pessoas acusadas de crimes
em Hong Kong possam ser extraditadas para o continente, uma medida vista com preocupação por
diversos grupos, que veem nela uma potencial ameaça para as liberdades dos moradores da ilha.
'Aceitamos as críticas'
No anúncio da suspensão do projeto neste sábado, Lam disse que sua ideia original era cobrir um
vácuo legal para "impedir que Hong Kong se tornasse um paraíso para os criminosos", um objetivo que
"não mudou".
"Nós criamos um grande conflito e muitas pessoas estão decepcionadas e tristes, eu também estou
triste e sinto muito por desencadear este conflito. Nós aceitamos as críticas com sinceridade e humildade,
e vamos melhorar. O governo escutará abertamente as opiniões sobre o projeto legislativo. Vamos nos
comunicar com a sociedade, vamos explicar mais e vamos ouvir mais", afirmou ela.
A decisão foi anunciada depois que Carrie Lam se reuniu com membros de seu conselho, na véspera
de uma nova manifestação marcada para este domingo (16/06) e depois de aliados pedirem o adiamento
do projeto.
Mais de 30% dos refugiados no Brasil têm ensino superior, aponta pesquisa da ONU161
Levantamento socioeconômico entrevistou 487 pessoas do total de 10,5 mil imigrantes no país. Estudo
mostra ainda que 92% fala português.
Refugiados que vivem no Brasil têm escolaridade acima da média brasileira, mas são mais afetados
pelo desemprego e poucos conseguem revalidar o diploma no país, de acordo com um levantamento
inédito feito pela Agência da ONU para Refugiados (Acnur).
O relatório, divulgado nesta quinta-feira (30/05), entrevistou 487 imigrantes que foram forçados a deixar
seu país de origem e, agora, vivem em 14 cidades brasileiras. Juntos, esses municípios concentram 94%
dos refugiados sob proteção do governo federal. No Brasil, até o ano passado, o Ministério da Justiça
reconheceu 10,5 mil pessoas nessa condição.
Segundo o documento, 34% dos refugiados ouvidos na pesquisa concluíram o ensino superior, e 3%
já cursaram alguma pós-graduação – especialização, mestrado ou doutorado. Entre a população
brasileira acima de 25 anos, apenas 15% concluíram o mesmo nível de ensino.
"Os refugiados demonstram elevado capital linguístico e capital escolar acima da média brasileira, ou
muito acima se considerarmos apenas a população brasileira negra e parda", aponta o documento.
Apesar do número de diplomados vindos para o Brasil, os refugiados se deparam, contudo, com
dificuldades na revalidação dos diplomas. Entre os entrevistados – pessoas acima de 18 anos –, apenas
14 conseguiram aproveitamento dos anos de estudos, contra 133 que não conseguiram.
161
Marília Marques. Mais de 30% dos refugiados no Brasil têm ensino superior, aponta pesquisa da ONU. G1 Mundo.
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/05/30/mais-de-30percent-dos-refugiados-no-brasil-tem-ensino-superior-aponta-pesquisa-da-onu.ghtml. Acesso em 30 de
maio de 2019.
Mercado de trabalho
Os dados mostram ainda que mais da metade (57%) dos entrevistados estavam trabalhando entre
junho de 2018 e fevereiro de 2019. Neste grupo, 22% desempenham algum tipo de atividade empresarial,
o que revela que entre esse público, "o empreendedorismo não é apenas um sonho, mas uma realidade",
diz o documento.
Dentre 462 refugiados que responderam a respeito, 315 (68%) não atuavam em suas áreas de
formação. Para a ONU, o índice elevado pode ser resultado da "falta de informações ou pelo baixíssimo
número daqueles que conseguiram revalidar seus diplomas" – apenas 14 casos.
No outro extremo, 19%, ou 95 refugiados, estavam desempregados neste período. O índice é superior
à média nacional – de 12%, em março. Além disso, ficou constatado que 25% dos imigrantes forçados
recebidos pelo Brasil estão fora do mercado de trabalho, ou seja, desocupados e não procuraram
emprego.
Para a ONU, o número é "bastante preocupante" por se tratar de uma população vulnerável. "Trata-se
de população obrigada a deixar seu país de origem em condições de grande fragilidade e que não está
conseguindo gerar renda no país de destino", destaca o documento.
Por outro lado, 26 entrevistados (5%) declararam-se "ocupados com afazeres domésticos" e 3
refugiados (0,6%) são aposentados ou pensionistas. Por fim, 42 pessoas acima de 18 anos se
identificaram como estudantes e, por isso, não estavam trabalhando nem procurando emprego.
Renda média
Para medir a qualidade de vida dos entrevistados, a Acnur também analisou a renda domiciliar mensal
dos cerca de 500 refugiados que vivem em setes estados brasileiros e no Distrito Federal.
Sobre esse quesito, 79% dos imigrantes possuem renda inferior a R$ 3 mil, sendo que 30% deles
vivem com menos de R$ 1 mil por mês. Outros 20% recebem acima de R$ 3 mil.
Quem são?
A pesquisa entrevistou 497 refugiados que vivem no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa
Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Amazonas e no Distrito Federal.
Entre esses imigrantes, a origem configura em, majoritariamente, quatro países: Síria, República
Democrática do Congo, Angola e Colômbia. Em 83% dos casos, a autorização de refúgio foi concedida a
partir de 2010. Veja perfil:
Líder do Partido Conservador deixará governo em 7 de junho; escolha do novo líder deve ocorrer até
o fim de junho. May não resistiu ao fracasso na condução do processo do Brexit.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, anunciou nesta sexta-feira (24/05) que vai deixar o cargo
em 7 de junho. A renúncia foi anunciada após a líder do Partido Conservador fracassar na condução do
Brexit, processo de saída do Reino Unido da União Europeia.
May, que vinha sofrendo uma forte pressão para deixar o cargo — inclusive dentro do seu próprio
partido —, declarou ao discursar que fez o seu melhor ao tentar implementar o Brexit. Agora, os
conservadores iniciarão um processo para escolher o novo líder do governo.
"Eu fiz tudo o que eu podia para convencer os parlamentares a apoiarem esse acordo [do Brexit].
Infelizmente, eu não fui capaz de fazer isso. Eu tentei três vezes. Então, hoje eu anuncio que estou
deixando a liderança do Partido Conservador e o governo na sexta-feira, 7 de junho. Então, um sucessor
pode ser escolhido", disse May.
A primeira-ministra britânica, que tem 62 anos e está há quase três anos no poder, afirmou que decidiu
deixar o cargo após o terceiro fracasso em aprovar no Parlamento Britânico o acordo costurado por ela
com a União Europeia sobre o Brexit.
"Sempre será motivo de profundo pesar para mim que eu não tenha sido capaz de entregar o Brexit”,
afirmou a premiê, que ficou com a voz embargada e chegou a chorar no fim do seu pronunciamento.
"Eu, em breve, vou deixar a função que foi a honra da minha vida: a segunda primeira-ministra mulher,
mas certamente não a última. Eu fiz isso sem ser obrigada, mas com uma gratidão enorme e duradoura
em ter tido a oportunidade de servir o paiś que eu amo.”
Agora, o favorito para ocupar o cargo que será deixado por May é o ex-ministro de Relações Exteriores
e ex-prefeito de Londres, Boris Johnson, que liderou a campanha em defesa do Brexit. Johnson já admitiu
162
G1. Theresa May anuncia renúncia ao cargo de primeira-ministra do Reino Unido. G1 Mundo. https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/05/24/theresa-may-
anuncia-sua-renuncia-ao-cargo.ghtml. Acesso em 24 de maio de 2019
Do poder à renúncia
A líder conservadora assumiu o governo nas semanas posteriores ao referendo de 2016, que decidiu
pelo Brexit. O resultado tinha levado à renúncia do também conservador David Cameron, de quem May
foi ministra do Interior por seis anos.
Apesar de ser considerada cética sobre a União Europeia, ela havia defendido a permanência do Reino
Unido no bloco. No entanto, May teve pouco envolvimento na campanha do referendo e insistiu na
necessidade de limitar a imigração — pauta dos defensores do Brexit.
Um ano após assumir o gabinete de governo em Downing Street, a primeira-ministra convocou eleições
legislativas para fortalecer sua posição, mas acabou perdendo a maioria absoluta. Desde então,
aumentaram os ataques contra ela dos eurocéticos e pró-europeus de seu próprio partido.
Diversos ministros abandonaram May, descontentes com a ideia dela de negociar um relacionamento
próximo com a União Europeia. Um deles foi o próprio Boris Johnson, que deixou o comando da
diplomacia britânica em julho do ano passado. Desde então, o apoio à gestão May só diminuiu.
Eleições Europeias
O anúncio da renúncia de May ocorre um dia após o início das eleições europeias. O Reino Unido não
queria participar do pleito, em que surge como favorito o Partido do Brexit, de Nigel Farage.
Os resultados serão conhecidos somente no domingo (26/05), quando termina a votação em todos os
28 países do bloco.
O Reino Unido determinou sua saída da União Europeia para o dia 31 de outubro, após solicitar um
adiamento da data que inicialmente estava estabelecida para 29 de março deste ano.
Trump diz que não vai deixar China se tornar maior economia do mundo163
Em entrevista à rede televisiva Fox News neste domingo (19/05), ele defendeu guerra comercial contra
produtos chineses.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (19/05), em entrevista à rede
de TV Fox News, que a China pretende se tornar a maior economia do mundo, mas que isso não vai
acontecer enquanto ele estiver no poder.
Os EUA e a China estão em uma escalada de protecionismo econômico. Os americanos elevaram
tarifas de importação de 5.000 produtos chineses, e Pequim retaliou com uma taxa em cerca de 2.500
itens americanos.
Para Trump, essa é parte de uma estratégia da China para se tornar a maior economia do mundo.
"Acredito que essa seja a intenção deles. Eles são ótimas pessoas, têm uma cultura incrível. Eu gosto
muito do presidente Xi [Jinping], mas ele está do lado da China e eu estou do nosso lado", afirmou ao
apresentador Steve Hilton, na Fox News.
Trump acusou seus antecessores de serem fracos demais com a China. "Com eles, nunca tiramos 10
centavos da China. Não culpo os chineses, mas todos os nossos presidentes, e não só Obama. Eles
deixaram isso acontecer", disse o presidente norte-americano.
"Estou muito feliz, pois a China não está tão bem quanto nós [na economia]. Se Hillary Clinton tivesse
virado presidente, a China hoje seria uma economia maior do que a nossa." - Donald Trump
163
G1. Trump diz que não vai deixar China se tornar maior economia do mundo. G1 Mundo. https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/05/19/trump-diz-que-nao-
vai-deixar-china-se-tornar-maior-economia-do-mundo.ghtml. Acesso em 20 de maio de 2019
Anúncio foi feito pelo ministro da Defesa nesta quinta-feira (11/04). Kamal Abdel Maaruf afirmou que
haverá eleições após o período de transição previsto para durar dois anos.
O ministro da Defesa do Sudão anunciou nesta quinta-feira que o presidente Omar al-Bashir, que
ocupava o poder há 30 anos, foi deposto e detido "em um lugar seguro". Kamal Abdel Maaruf também
afirmou que um conselho militar administrará o Sudão por um período de transição de dois anos.
Em um comunicado transmitido pela TV estatal, o ministro afirmou que haverá eleições no final do
período de transição e que o espaço aéreo do país foi fechado por 24 horas. Ele também anunciou três
meses de estado de emergência, um cessar-fogo nacional e a suspensão da constituição.
Nesta quinta, milhares de pessoas anti-governo saíram às ruas para comemorar a queda de Omar al-
Bashir. Grande parte dos manifestantes, apesar de comemorar, pediram por um governo civil e disseram
que não querem uma administração liderada por militares.
As Forças Democráticas Sírias (FDS), que são apoiadas pelos Estados Unidos, disseram ter dado fim
ao "califado" criado pelo grupo extremista autoproclamado Estado Islâmico (EI).
"As Forças Democráticas Sírias declaram a total eliminação do chamado califado e a total derrota
territorial do EI", disse Mustafa Bali, porta-voz da FDS, pelo Twitter. "Neste dia único, celebramos os
milhares de mártires que tornaram essa vitória possível."
Em seu auge, o EI controlou uma área de 88 mil km² no norte da Síria e do Iraque, governou quase 8
milhões de pessoas, ganhou bilhões de dólares com a exploração de petróleo, extorsões, roubos e
sequestros, e usou seu território como base para ataques em outros países.
Mas o grupo ainda é considerado uma grande ameaça global por ainda deter uma presença
significativa na região e ter afiliados em diversos outros países, como Nigéria, Iêmen, Afeganistão e
Filipinas.
A aliança de forças representada pela FDS, lideradas pelos curdos, começou sua ofensiva final contra
o EI no início de março, contra militantes que estavam encurralados no vilarejo de Baghuz, no leste sírio.
164
G1. Presidente do Sudão é deposto e conselho militar vai assumir comando do país. https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/04/11/presidente-do-sudao-e-
deposto.ghtml. Acesso em 11 de abril de 2019.
165
BBC. Derrota do Estado Islâmico é anunciada na Síria. BBC. https://www.bbc.com/portuguese/internacional-47678823?ocid=socialflow_twitter. Acesso em 25
de março de 2019.
Questões
01. (UFRR – Técnico de Tecnologia da Informação – UFRR – 2019) A crise econômica e política
venezuelana criou uma nova liderança que se auto declarou o novo presidente do país, e que foi
reconhecido por mais de 30 países. Seu nome é?
02. (UFRR – Técnico de Tecnologia da Informação – UFRR – 2019) Leia a manchete a seguir,
atentando-se para as informações mais relevantes e responda a pergunta apresentada em seguida.
União Europeia concorda em adiar brexit, mas indefinição permanece Saída estava programada para
29 de março; May pediu prorrogação para 30 de junho; mas UE fixou 22 de maio como data- limite.
(Folha de S. Paulo - mundo - 21/03/2019)
O brexit, processo de saída do Reino Unido da União Europeia, é um processo político decidido pela
sociedade britânica por meio de:
(A) uma eleição
(B) um concurso
(C) uma alienação
(D) um debate
(E) um plebiscito
03. (Prefeitura de Salvador/BA – Analista – FGV – 2019) Nos últimos anos, acirrou-se a guerra
comercial entre EUA e China, com a imposição mútua de tarifas e restrições.
Com relação aos possíveis impactos dessa guerra comercial sobre a economia global, assinale V para
a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) O conflito tende a afetar a economia de outros países, pois as cadeias de produção e consumo
estão interligadas.
( ) A guerra pode aumentar os custos das exportações e gerar um ciclo de diminuição do comércio
internacional.
( ) A disputa afeta o mercado financeiro, porque grandes empresas mundiais têm bases produtivas na
China.
04. (PGE/PE – Analista Judiciário de Procuradoria – CESPE – 2019) A história do território brasileiro
é, a um só tempo, una e diversa, pois é também a soma e a síntese das histórias de suas regiões. De um
ponto de vista genético, as variáveis do espaço brasileiro são assincrônicas, mas em cada lugar elas
funcionam sincronicamente e tendem a ser assim também quanto ao todo. Daí as descontinuidades que
permitiram explicar as diversidades regionais.
Milton Santos e Maria Silveira. Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Record, 2005, p. 23 (com adaptações).
Tendo como referência o texto antecedente, julgue o item que segue, acerca dos fenômenos políticos,
econômicos e sociais atuais no Brasil.
A recente descentralização industrial brasileira é explicada e entendida por intermédio das relações
bilaterais e do fortalecimento do MERCOSUL.
(A) Certo
(B) Errado
05. (PGE/PE – Analista Judiciário de Procuradoria – CESPE – 2019) O Oriente Médio é a região de
confluência de três continentes (Europa, Ásia e África), berço das primeiras civilizações (egípcia, suméria
e babilônica) e das religiões monoteístas (cristianismo, judaísmo e islamismo). Além de rivalidades
interimperialistas no passado, com tentativas tardias de renascimento e modernização, a região foi alvo
de rivalidades também das megacorporações petrolíferas. Além disso, em pequenos Estados fracos —
de fácil controle —, essa região foi afetada pela fragmentação promovida pelos ingleses e, em menor
escala, pelos franceses. No século XXI, voltou a ser palco de disputas entre potências industrializadas do
Apostila gerada especialmente para: VOCÊ ALUNO UNOPAR
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Atlântico Norte e em acelerada industrialização da Ásia Oriental e Meridional. Esse conjunto de países
abrange o essencial do mundo árabe e muçulmano, interagindo em um único cenário histórico e
geopolítico.
Paulo Fagundes Visentini. O grande Oriente Médio. Campus, 2014, p. 4-5 (com adaptações).
Tendo como referência o assunto abordado no texto, julgue o item a seguir, dentro de um contexto
geopolítico contemporâneo.
A estabilidade da governabilidade venezuelana tem como resultado a legitimidade do poder social de
oposição.
(A) Certo
(B) Errado
06. (CRECI/5ª Região – Suporte Administrativo – QUADRIX – 2019) De acordo com a imprensa
britânica, o primeiro‐ministro britânico, Boris Johnson, pediu à rainha Elizabeth II a suspensão do
Parlamento até 14 de outubro. A medida reduziria o tempo disponível para que os parlamentares
bloqueassem a saída do Reino Unido da União Europeia, que está prevista para acontecer em 31 de
outubro.
Internet: <https://g1.globo.com> (com adaptações).
Comentários
01. Resposta: C
Seis meses após o opositor Juan Guaidó ter se autoproclamado "presidente em exercício" da
Venezuela, seu trajeto político acumulou mais sombras do que luz, tendo perdido popularidade e a
atenção do exterior.
Segundo o analista venezuelano Basem Tajeldine, Guaidó criou um "governo virtual, apoiado por
países aliados dos EUA e aplicou uma estratégia conhecida de longa data: derrotar o governo legítimo
da Venezuela custe o que custar, por meios ilegais”.
(https://br.sputniknews.com/opiniao/2019072514274090-seis-meses-apos-sua-autoproclamacao-fim-de-guaido-se-aproxima/)
02. Resposta: E
O plebiscito foi apenas o começo de um processo. Desde então, negociações foram feitas entre o
Reino Unido e os outros países da União Europeia. As discussões se centraram nos termos desse
"divórcio", que definiriam como seria essa saída do Reino Unido, não no que ocorreria após essa
separação". A proposta apresentada por May é conhecida como "acordo de retirada". A primeira-ministra
apresentou ao Parlamento britânico planos que definiriam as regras para a saída, mas eles foram
rejeitados três vezes.
(https://www.bbc.com/portuguese/internacional-46335938)
03. Resposta: E
A guerra comercial tem sido travada por China e Estados Unidos, mas os efeitos recaem sobre todos
os países, inclusive o Brasil. Afinal, quando se trata das duas maiores economias do mundo, cada subida
de tom, ameaça ou nova tarifa imposta a reverberação é sentida quase que imediatamente no mercado
de ações, no comércio, e na sequência da cadeia, no bolso dos consumidores do mundo todo.
(https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/05/23/guerra-comercial-eua-x-china-como-disputa-pode-atingir-em-cheio-o-brasil.ghtml)
04. Resposta: B
Descentralização industrial é o processo através do qual as industrias migram dos grandes polos
industriais para cidades menores com condições favoráveis para a produção.
(https://www.dicionarioinformal.com.br/diferenca-entre/descentraliza%C3%A7%C3%A3o%20industrial/polo%20industrial/)
05. Resposta: B
Apenas o termo “estabilidade” coloca a questão em xeque. O que ocorre na Venezuela é um processo
de instabilidade do governo.
06. Resposta: B
Boris Johnson ocupou o cargo de Primeiro Ministro após a posição ser deixada por May. O ex-ministro
das Relações Exteriores e ex-prefeito de Londres foi um dos líderes da campanha em defesa do Brexit,
posição de defende ainda.
07. Resposta: B
O Grupo dos Sete é o grupo dos países mais industrializados do mundo, composto por: Alemanha,
Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, embora a União Europeia também esteja
representada.
08. Resposta: D
Apesar do começo promissor, há ainda um longo caminho que Mercosul e UE vão ter de percorrer
para implementação total do tratado. Não há prazo definido para a total conclusão do acordo. Em média,
os europeus levaram de sete meses a três anos para assinar documentos do mesmo tipo.
O acordo entre os blocos representa 25% do PIB mundial e engloba 750 milhões de pessoas166.
166
https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/07/04/acordo-mercosul-e-uniao-europeia-quais-os-proximos-passos.ghtml