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Prof.

Ronaldo Lima

Acionamentos Elétricos - 81h

Montar e instalar chaves de


partidas magnéticas e sistemas
de acionamentos e proteção de
partida direta, reversora, estrela
triângulo e compensadora para
motores de indução, obedecendo
às normas técnicas vigentes e
padrões de qualidade e
segurança.
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Mas o que são


“Acionamentos Elétricos”?
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Acionamentos Elétricos ou Comandos


Elétricos são técnicas e métodos para
acionamentos e proteção de máquinas e
equipamentos.
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Acionamentos Elétricos

O comando elétrico é composto


de dois circuitos distintos:

(Força e Comando)
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Circuito de Força

O Circuito de Força ou
Potência é onde são
registrados e ligadas as
cargas.
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Circuito de Comando

É o circuito onde os
dispositivos de manobra,
controle e proteção são
comandados.
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Acionamentos Elétricos

Para projetar e executar um


comando ,em primeiro lugar , é
preciso dominar as informações
contidas nas especificações da
máquina que se deseja acionar...
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Acionamentos Elétricos
O segundo passo é fazer um
levantamento apurado sobre as
condições de operação da
máquina que se pretende instalar,
ou seja...
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Acionamentos Elétricos
Levantar o regime de
funcionamento , o nº de partidas,
condições ambientais, inércia da
carga, distancia do circuito de
força, tensão disponível na rede,
etc.
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Acionamentos Elétricos
Mas é importante lembrar que
uma coisa é montar um
comando para acionar uma
máquina de 1 CV. Outra coisa
bem diferente é acionar uma
máquina de 30 CV com 100%
carga e que esteja a dezenas
de metros de distância da força.
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Acionamentos Elétricos
Neste caso é necessário ter o
domínio sobre o
dimensionamento de condutores
e o sistema de proteção elétrica,
que é o assunto que será
tratado mais adiante.
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MOTORES ELÉTRICOS

Os motores elétricos estão tão


presentes em nossas vidas
que nem nos damos conta
disso.

Basta olharmos mais


atentamente para perceber o
quanto os motores são
importantes no nosso
cotidiano;
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Ventiladores,lavadoras,liquidificadores, aspiradores,
ar condicionado, etc.
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MOTORES ELÉTRICOS

Estima-se que exista no mundo mais de 300 milhões de


motores, que consomem aproximadamente 7.400TWh por
ano, equivalentes a 40% da produção mundial de
eletricidade.
Eletrólise
Eletrotermia
Iluminação
No Brasil esses motores são a Força Motriz

espinha dorsal da indústria e


são responsáveis por cerca de
70% de toda a energia elétrica
consumida dentro de seus
68%
processos.
Fonte:Eletrobrás/Procel. Ano base 2008
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Mas o que é
e como funciona
um Motor Elétrico ?
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MOTORES ELÉTRICOS

Motor elétrico é uma máquina


destinada a transformar
energia elétrica em mecânica
e trabalham pela interação
entre campos
eletromagnéticos ou forças
eletrostáticas.
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MOTORES ELÉTRICOS
O acionamento industrial de
máquinas elétricas é um
assunto tão importante que
movimenta cerca de 10
bilhões de dólares por ano
em todo o mundo e
mobiliza um verdadeiro
exército de profissionais do
setor elétrico.
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Os motores elétrico produzidos


no Brasil estão entre os melhores
do mundo
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MOTORES ELÉTRICOS
No inicio da década de 80 a indústria
brasileira de motores produzia em
torno de de 3 milhões de unidades
por ano. Hoje uma única empresa
,genuinamente brasileira, com sede
em Jaraguá do Sul-SC, detém 80%
do mercado nacional, e produz 55 mil
motores por dia em suas fábricas ,
espalhadas por mais de 20 países.
OS MOTORES ELÉTRICOS
Os motores elétricos de alto
rendimento (95,1%)
produzidos Pela multinacional
Brasileira são
comercializados em mais de
100 países, onde vêm
causando muita inveja em
muitos concorrentes
internacionais como a norte
americana GE (General
Electric), a alemã Siemens, a
japonesa Toshiba, a gigante
suíça ABB (Asea Brown
Boveri) e muitas outras.
Vídeo Institucional WEG
PLAY
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MOTORES ELÉTRICOS

A escolha, o dimensionamento e
a instalação de um motor para
uma determinada aplicação não é
uma tarefa fácil e exige o
conhecimento técnico de
inúmeros dados relativos à
operação que se tem em vista.
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MOTORES ELÉTRICOS
Assim, por exemplo, podemos
necessitar de uma operação
contínua com carga variável ou
operações descontínuas, com
variação e inversão de rotação.

É um problema que deve ser


estudado em detalhe pelo
instalador.
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Qual Motor utilizar?


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Conjugado de partida alto,


normal ou baixo?
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Qual bitola empregar para os


condutores?
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Qual contatora usar ?


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Qual faixa de sobrecarga


empregar nos circuitos
de proteção elétrica ?
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E finalmente qual
o tipo de acionamento é mais
adequado ?
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Motores Elétricos
Todo motor elétrico possui uma
placa identificadora, colocada
pelo fabricante.

Para instalar adequadamente um


motor, é imprescindível que o
instalador saiba interpretar os
dados de placa.
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Interpretando a
Placa de
Identificação
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IDENTIFICAÇÃO DOS MOTORES

A placa de identificação contém


as informações que
determinam as características
nominais e de desempenho
dos motores, conforme Norma
NBR 7094.
Rotação
Motor trifásico Conjugado

Corrente
de partida
Potência
Grau
Fator de proteção
de serviço

Regime
Corrente
nominal
Tensão
nominal
isolamento

fechamentos

Fator de
Rendimento
potencia
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Diagrama de Ligações

São as tensões de alimentação deste motor. Possui


6 cabos de saída e pode ser ligado em rede cuja
tensão seja 220V (triângulo ), 380V (estrela ) .
Diagrama de Ligações
Motor trifásico de 12 terminais

380V 760V

220V 440V
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Categoria

CAT. : Categoria do motor, ou


seja, características de
conjugado em relação a
velocidade . Existe três
categorias definidas em
norma (NBR 7094), que são :
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Categoria

CAT.N : Se destinam ao
acionamento de cargas s
como bombas, máquinas
operatrizes e ventiladores,
sendo a maioria dos motores
destinados a cargas normais
.
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Categoria

CAT. H : Usados para


cargas que exigem maior
torque na partida, como
peneiras britadores, etc.
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Categoria

CAT. D : Usado em
sistemas que necessitem
de conjugados de partida
muito alto e corrente de
partida limitada, como
prensas excêntricas,
elevadores, etc.
FATOR DE SERVIÇO
O fator de serviço refere-se a uma reserva de
potência que dá ao motor uma capacidade de
suportar melhor o funcionamento em condições
extremas.

Exemplo:

Quando o FS do motor for


1,15, significa que este
motor tem uma reserva de
15% em relação a sua
potencia nominal. Se for
1,25, significa 25% de
potencia extra.
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CLASSE DE ISOLAMENTO
A classe de isolamento, indicada
por uma letra normalizada,
identifica os tipos de materiais
isolantes empregados no
isolamento do motor. As classes de
isolamento são definidas pelo
respectivo limite de temperatura. De
acordo com a ABNT existem as
seguintes:
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CLASSE DE ISOLAMENTO

Em motores normais são utilizados as


classes B e F. Para motores especiais
utiliza-se classe H
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CLASSE DE ISOLAMENTO

As classes de isolamento também estão associadas


ao tempo em que o rotor pode permanecer
bloqueado, ou seja, o tempo máximo de partida de
um motor sob tensão reduzida, em função da sua
classe de isolamento. De acordo com a norma IEC a
classe B deve suportar até 185ºC nestas condições.
O tempo máximo de partida e dado pela equação a
seguir:
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Tempo de Rotor Bloqueado

Trb = 9 x (220 : 110)² = 36s


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GRAU DE PROTEÇÃO
O grau de proteção é um
código padronizado,
formado pelas letras IP
seguidas de um número
de dois algarismos, que
define o tipo de proteção
do motor contra a entrada
de água ou de objetos
estranhos. Vejamos:
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Rendimento

REND.% :Representado
também pela Letra η, indica o
valor de rendimento, que é a
relação em percentual entre a
potência elétrica fornecida pela
rede e a potência mecânica
fornecida no eixo. Em resumo
são as perdas provocadas por
aquecimento, atrito mecânico
das partes girantes e o fator de
potencia da máquina.
Rendimento
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Rendimento

O motor obtém o maior rendimento dentro da faixa de


operação que vai de 75% a 100% da carga nominal.

Desta forma deve-se evitar, sempre que possível,


deixar o motor funcionando sob carga muito inferior à
sua potência nominal, uma vez que isto acarreta um
baixo rendimento e um baixo fator de potência,
ambos indesejados, por produzir custos
desnecessários com energia elétrica.
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Calculando o Rendimento

(736 x 5 ) N= 87,5
N= x100
1,73 x 220 x 13 x 0,85
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A importância do rendimento

Basicamente existem dois motivos que justificam a


necessidade de motores de alta rendimento:

Primeiro, porque ,um rendimento alto significa perdas


baixas e portanto um menor aquecimento e maior vida útil
do motor;
Segundo, porque, quanto maior o rendimento, menor a
potência absorvida da rede e consequentemente menor
custo energético.
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Regime de Serviço

REG. S1 : se refere ao
regime de serviço a que
o motor será submetido.
Para este caso a carga
deverá ser constante e
o funcionamento
contínuo.
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Tensão Nominal

É a tensão de trabalho do motor


em condições normais, não
devendo ser excedida ou abaixada
sob risco de avariar o motor. Pela
norma brasileira todo o motor deve
ser capaz de funcionar
satisfatoriamente quando
alimentado tanto com tensão 10%
abaixo como 10% acima da tensão
nominal.
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Tensão Nominal

Apesar de operar com 10% acima


ou abaixo da sua tensão nominal,
um motor de indução trifásico não
deve trabalhar com tensões de
fases desequilibradas, sob pena
de ocasionar grandes prejuízos
financeiros. A tabela nos mostra
o aumento de temperatura de
uma máquina em função do fator
de desequilíbrio.
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Potência Nominal

É a potência mecânica
máxima que o motor pode
fornecer no seu eixo em
regime de trabalho normal, ou
seja, é a potência de saída do
motor que está especificada
na placa. Na prática utilizam-
se as unidades de CV, HP e
W e seus múltiplos.
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Potência Nominal

Sabe-se que um motor pode acionar cargas bem acima da


sua potencia nominal, porém este conceito esta muito
relacionado com a elevação da temperatura de seu
enrolamento, ou seja, se o aquecimento normal for
ultrapassado a vida útil do motor será diminuída, podendo
vir a queimar rapidamente.
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Potência Nominal

Podemos dizer que num motor de indução, temos três grandezas


elétricas de potência:

Potencia ativa em KW (Potencia de saída que gera trabalho útil);

Potencia reativa em KVAr (apenas cria campo eletromagnético);

Potencia aparente em KVA ( soma vetorial das potências ativa e


reativa, que é a potência total absorvida pelo motor).
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Exemplificando

Potencia Ativa = 3,7 KW

Potencia Aparente = 3,7: 0,85 = 4,352 KVA

Potencia Reativa = KVA - KW = 0.652 KVAr


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Fator de Potência

Indica a relação entre a


potência ativa (kW) e a
potência aparente (kVA). O
motor elétrico absorve
energia ativa (que produz
potência útil) e energia
reativa (necessária para a
magnetização do bobinado).

Fator de potencia
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Fator de Potência
Com um fator de potência de 0,8 a sua
máquina está aproveitando apenas 80% da
energia fornecida pela concessionária. Isto
quer dizer que apenas 80% da potencia total
que entra na máquina está produzindo
trabalho útil. Os outros 20% (reativos) não
produz trabalho , mas circula nos
condutores, ocupando um espaço que
deveria ser da potência ativa .
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Exemplificando:
Um motor de indução com potencia nominal
de 1.000 W (1,3cv) e FP de 0,8 entrega
1.000 W de potencia ativa em forma de
energia mecânica na ponta do eixo.

Da mesma forma, um motor de indução com


potencia nominal de 1.000 W (1,3cv) e FP de
0,6 também entrega 1.000 W de potencia
ativa em forma de energia mecânica na ponta
do eixo.

Não importa o quão o FP esteja baixo, a


potencia nominal nunca muda. Vejamos:
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Exemplificando:

Assim como num transformador, a potencia


de saída de um motor nunca será igual a
potencia de entrada, pois na prática , por mais
que a engenharia desenvolva máquinas de
alto rendimento, elas nunca serão ideais, ou
seja, com perdas eletromecânica = zero.
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Exemplificando:
Desta forma, sem considerar o rendimento,
para que o nossos motores cumpra a sua
missão de entregar seus 1.000 W de potencia
ativa na saída, consumirão pelo menos
1.250VA e 1666VA respectivamente de
potencia aparente na entrada. Isto porque:

W 1.000
VA = VA = VA = 1.250
Fp 0,8

W 1.000
VA = VA = VA = 1.666
Fp 0,6
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Como resolver ?
Assim como um baixo fator de potencia indica
baixa eficiência energética, ao contrário se
elevarmos o fator de potência para para 1
(100%) o próximo disso, aumentaremos a
eficiência da máquina com significativa
redução no seu custo energético: Se não
vejamos:
W 1.000
VA = VA = VA = 1.052
Fp 0,95
W 1.000
VA = VA = VA = 1.000
Fp 1,0
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Comparação

W 1.000
VA = VA = VA = 1.666 40% perda
Fp 0,6
W 1.000
VA = VA = VA = 1.250 20% perda
Fp 0,8

W 1.000
VA = VA = VA = 1.052 5% perda
Fp 0,95
W 1.000
VA = VA = VA = 1.000 0% perda
Fp 1,0
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Corrente Nominal

É a corrente que o motor


solicita da rede sob tensão,
frequência e potência
nominais com 100% de
carga no eixo. O valor da
corrente depende do
rendimento e do fator de
potência do motor.
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Calculando a Corrente Nominal

(736 x 5 )
In = In = 13,07
1,73 x 220 x 0,85 x 0,87
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Corrente de Partida (IP/IN)

É a corrente elétrica solicitada pelo motor no intervalo


de tempo que vai desde o instante inicial de partida
até o instante final de plena velocidade atingida pelo
rotor.
A corrente de partida normalmente é um surto de
valor elevado que varia de 7 a 10 vezes a corrente
nominal ( dependendo do conjugado de partida), mas cai
exponencialmente em alguns segundos ao valor da
corrente de regime. Se assim não for , algo está
errado.
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Exemplificando

Neste exemplo em que


IP/IN= 9,0 , trata-se da
relação entre a corrente
de partida (IP) e a corrente
nominal (IN), ou seja,
podemos dizer que a
corrente de partida
equivale a 9,0 vezes a
corrente nominal. Assim :
13 x 9,0 = 117A/220V ou
7,53 x 9,0 = 67,7A/380V
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Corrente de Partida (IP/IN)

Durante o período de partida, quando o motor


solicita uma corrente acima da nominal, ocorre um
aquecimento adicional, motivo pelo qual o tempo
para a partida não deve ultrapassar o limite
estabelecido pelo fabricante, que em geral não
passa dos 15 segundos para as partidas
eletromecânicas. Além disso, a corrente elevada
causa quedas de tensão na rede de alimentação e
dispositivos de manobra e proteção.
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Corrente de Partida (IP/IN)

Desta forma a corrente de partida pode se tornar um


problema tanto para o custo da instalação elétrica
quanto para a qualidade e da eficiência energética.

O emprego de técnicas que fazem uso de chaves de


partida eletromecânicas e ou das modernas chaves de
partida estáticas baseadas em eletrônica de potência
(soft-starters e inversores) modificam o
comportamento da corrente de partida reduzindo-a
consideravelmente.
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Tipos de Partidas
Existem diversas formas de partir um motor e cada uma possui
uma corrente de partida específica que pode ser atenuada
através do aumento da impedância equivalente, da diminuição
da tensão de alimentação ou do controle de frequência. Eis os
métodos mais utilizados:


Partida direta;


Partida Estrela / Triangulo;


Partida compensadora;


Inversores de frequência e Soft-Starts.
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Partida Direta

Indicada para máquinas de até 7,5


CV, é o método de acionamento no
qual o motor é conectado
diretamente a rede elétrica, sob
tensão nominal de trabalho, sem
nenhum outro dispostivo de suporte
que auxilie a suavizar ao picos de
corrente durante a partida.
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Partida Direta

Na partida direta, a corrente de pico )


pode variar de 5 a 8 vezes a corrente
nominal do motor (a depender das
suas caracteristicas construivas),
obrigando o projetista do sistema
elétrico a superdimensionar o circuito,
bem como condutores, disjuntores,
fusíveis, etc.
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Partida Estrela Triângulo

Neste método, o motor parte em


estrela ,o que proporciona uma maior
impedancia, e menor tensão nas
bobinas diminuindo assim a corrente
de partida .Assim que o motor atingir
pelo menos 90% da sua rotação de
trabalho, há uma comutação para o
fechamento triangulo.
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Partida Estrela Triângulo

Através desta manobra o motor


realizará uma partida mais suave,
reduzindo sua corrente de partida em
aproximadamente 1/3 da que seria se
acionado em partida direta. É
indicada para máquinas trifásicas,
cuja potencia seja superior a 7,5 cv
e média carga no eixo.
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Partida Estrela Triângulo

O uso de um tacômetro é essencial


na primeira vez que for testar o
sistema com carga, pois a mudança
do fechamento para triângulo sem
que o motor tenha atingido a rotação
edequada, provocaria pico de
corrente praticamente igual ao que
teria se usasse partida direta.
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Partida Estrela Triângulo

É indicada para máquinas


trifásicas,cuja potencia seja superior
a 7,5 cv e média carga no eixo, pois
se faz necessário que o motor
alcance pelo menos 90% da sua
rotação de trabalho antes da
comutação para o fechamento
triangulo...
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Partida Estrela Triângulo

Se o motor em questão não preenche


este quesito por conta da carga
instalada, é conveniente que seja
usado outro tipo de partida como:
Chave compensadora, Soft-start ou
até mesmo um Inversor de
frequência.
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Partida Compensadora

É utilizada para partidas de


motores sob cargas com alto índice
de atrito, onde a chave estrela-
triângulo é inadequada. A norma
prevê a utilização deste método para
motores, cuja potência seja maior ou
igual a 15 CV. Esta chave reduz a
corrente de arranque, evitando
sobrecarregar a linha de alimentação.
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Partida Compensadora

Neste sistema a tensão é reduzida


através de um autotransformador
trifásico que possui geralmente taps
de 50%, 65 % e 80% da tensão
nominal. Durante a partida alimenta-
se com a tensão nominal o primário
do autotransformador trifásico
conectado em estrela e do seu
secundário é retirada à alimentação
para o motor.
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Partida Compensadora

A passagem para o regime


permanente faz-se desligando o
autotransformador do circuito e
conectando diretamente a rede de
alimentação o motor trifásico.
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Partida Série-Paralelo

Método que consistem em partir o


motor na configuração série (440
volts por exemplo) até atingir sua
rotação nominal e, então, comuta
para ligação em paralelo (220
volts).
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Partida Série-Paralelo

Na partida série-paralelo é
necessário que o motor elétrico seja
ajustável para duas tensões, a
menor delas igual a da rede e a
outra duas vezes maior. Este tipo de
ligação exige nove terminais do
motor elétrico e que este seja
ajustável para quatro níveis de
tensão (220/380/440/760 volts, por
exemplo).
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Partida Série-Paralelo

Na partida série-paralelo o pico de


corrente elétrica é reduzido a 1/4
porém, o conjugado de partida do
motor também se reduz na mesma
proporção e, portanto, ele precisa
partir praticamente em vazio (sem
carga).
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Soft-Starter

Soft-Starter é um dispositivo
eletrônico de potência acionado por
uma placa eletrônica, a fim de
controlar a tensão de partida de
motores de indução trifásicos. Seu
uso é comum em máquinas de
elevada potência cuja aplicação
não exija a variação de velocidade.
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Soft-Starter

A soft-starter controla a tensão


sobre o motor através do circuito
de potência , constituído por seis
SCRs, variando o ângulo de
disparo dos mesmos e
consequentemente variando a
tensão eficaz aplicada ao motor.
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Soft-Starter

Assim, pode-se controlar a corrente


de partida do motor,
proporcionando uma "partida
suave" (soft start em inglês), de
forma a não provocar quedas de
tensão elétrica bruscas na rede de
alimentação, como ocorre em
partidas diretas.
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Soft-Starter

Costuma-se usar a tecnologia


chamada by-pass a qual, após o
motor partir e atingir sua rotação
nominal, liga-se um contator que
substitui os módulos de tiristores
pela rede, evitando
sobreaquecimento dos mesmos.
Com esta tecnologia também é
possível partir outros motores em
sequência.
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Inversores de Frequência

Os conversores estáticos, também


conhecidos como inversores de
frequência, são dispositivos
eletrônicos que convertem a tensão
da rede alternada senoidal, em
tensão contínua e finalmente
convertem esta última, em uma
tensão de amplitude e frequência
variáveis.
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Inversores de Frequência

O inversor, é um bloco composto


de transistores IGBT, que controla
a velocidade de motores de
indução trifásicos, proporcionando-
lhes partidas e desacelerações
suaves e são usados para
substituir os rústicos sistemas de
variação de velocidades
mecânicos, tais como polias e
variadores hidráulicos.
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Inversores de Frequência

Os conversores de frequência
costumam também atuar como
dispositivos de proteção para os
mais variados problemas de rede
elétrica que se pode ocorrer, como
desbalanceamento entre fases,
sobrecarga, queda de tensão etc.
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Inversores de Frequência

Normalmente, os conversores são


montados em painéis elétricos,
sendo um dispositivo utilizado em
larga escala na automação
industrial. Podem trabalhar em
interfaces com computadores,
centrais de comando, e conduzir,
simultaneamente, dezenas de
motores, dependendo do porte e
tecnologia do dispositivo.
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Inversores de Frequência

Os Inversores , por serem cargas


não lineares, geram harmônicas,
que são pertubações na frequancia
da rede. Como todos os
equipamentos elétricos são
projetados para 60 Hz, ao estarem
em paralelo com perturbações
harmônicas no sistema, podem
sofrer danos como mau
funcionamento, aquecimentos e
consumos extra de energia.
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Inversores de Frequência

Os fabricantes de conversores de
frequência disponibilizam filtros de
harmônicas, alguns já integrados
ao produto, outros opcionais.
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Inversores de Frequência

Este produto, por economizar até


40% de energia, é o melhor
sistema de acionamento de
maquinas existentes do mercado e
está disponível para potências que
variam de 1/2CV a 2.500CV.
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Vibração em Equipamentos
Rotativos

Todo equipamento rotativo (motor, bomba, compressor,


ventilador, etc.) apresenta um determinado nível de vibração
quando está em operação. Para se determinar se um
equipamento está vibrando muito ou não, deve-se medir sua
vibração e comparar o valor medido com o valor máximo
definido em norma. Caso o valor medido esteja acima do
valor máximo da norma, deve-se investigar a causa da alta
vibração e eliminá - la. Para efeito de aplicação da Norma ISO
10816 -1, editada em 1995 , segue a tabela a seguir.
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Vibração em Equipamentos
Rotativos
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Dimensionamentos
Antes de entrarmos no âmbito
do dimensionamento, faremos
um pouco de teoria sobre a
resistência elétrica dos
condutores.
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Dimensionamentos
Por princípio, todo metal tem
uma resistividade que é uma
característica do material usado
na composição do condutor de
resistirem a passagem da
corrente elétrica.
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Resistividade dos materiais

Constitui engano achar que o ouro é


o melhor condutor elétrico. O melhor
condutor elétrico ainda é a prata, que
tem condutividade elétrica de 108 %;
o cobre 100 %; o ouro 70 %; o
alumínio 60 % e o titânio apenas 1
%.
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Resistividade dos materiais

O ouro, em qualquer comparação,


sempre perde em condutividade
elétrica ou térmica para o cobre.
Entretanto, para conexões elétricas,
em que a corrente elétrica deve
passar de uma superfície para outra,
o ouro leva muita vantagem sobre os
demais materiais, pois sua oxidação
ao ar livre é extremamente baixa,
resultando numa elevada
durabilidade na manutenção do bom
contato elétrico.

Banhado a ouro 24 quilates


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Resistividade dos materiais

O melhor condutor elétrico


conhecido (a temperatura ambiente)
é a prata. Este metal, no entanto, é
excessivamente caro para o uso em
larga escala. O cobre vem em
segundo lugar na lista dos melhores
condutores, sendo amplamente
usado na confeção de fios e cabos
condutores.
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Resistividade dos materiais

O alumínio, depois do ouro, vem em


quarto lugar. Três vezes mais leve
que o cobre e, sendo mais barato é
uma característica vantajosa para a
instalação de cabos em linhas de
longa distância. Abaixo apresentam-
se alguns materiais e respectivas
resistividades em Ωm :
Prata 0,016 Ω/m
Cobre 0,017 Ω/m
Ouro 0,022 Ω/m
Alumínio 0,024 Ω/m
Tungstênio 0,055 Ω/m
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Para se convencionar a resistividade


do cobre, por exemplo, estudiosos
de eletricidade de uma determinada
época pegaram um pedaço de fio de
cobre de 1 metro de comprimento
por 1,0 mm² e , com um ohmímetro
de precisão, obtiveram uma leitura
de 0,017 Ω. Diz-se então que a
resistividade do cobre puro é de
0,017 Ω/m.
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Seguindo o mesmo raciocínio, temos


que a resistência equivalente de:

100 metros de um condutor de


cobre de 1,0 mm² 100 X (0,017)
0,17 Ω;
100 metros de um condutor de
cobre de 4,0 mm² 100 X (0,017/
4,0) 0,42 Ω;
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Note que a resistência elétrica de


um condutor é diretamente
proporcional ao seu comprimento e
inversamente proporcional à sua
área de secção transversal, ou
seja, quanto mais grosso for ,
menor é a sua resistência.
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Porém a resistividade de um
metal varia muito com a
temperatura, ou seja, quanto
mais quente, maior é a sua
resistividade.
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Nos condutores é totalmente


indesejável que haja o efeito joule,
que nada mais é que o
aquecimento produzido pela
passagem da corrente aumentando
a resistência e provocando a
diminuição da tensão disponível
para a carga, já que parte desta
tensão é dissipada em forma de
calor.
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Para reduzir ao máximo essas


perda de energia, a resistência
dos condutores deve ser a menor
possível o que significa que a área
de secção transversal (bitola) deve
ser a maior possível.
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Curiosidades:
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É possível se construir
supercondutores
(resistência zero) , mas
além de caro necessita de
temperatura muito baixa
menor que 150º
negativos .
A área de secção transversal (bitola) é
calculada em função de dois
parâmetros:

 Capacidade de corrente
 Queda de tensão admissível.
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O dimensionamento do condutor
deve em primeiro lugar levar em
consideração a corrente que deve
conduzir; em segundo lugar a queda
de tensão admissível no circuito.

Vejamos:
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DIMENSIONAMENTO
PELA QUEDA DE TENSÃO
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Pela queda de tensão pode-se


usar as fórmulas a seguir, que
fornecem a bitola em função da
corrente e da distância,
lembrando que a queda de
tensão máxima admissível para
cargas indutivas é de 4% a 5% da
tensão nominal:
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Para sistema trifásico

Onde:
S é a bitola em mm²
I = corrente em ampères
u=queda de tensão absoluta em volts
L= distância ao gerador em metros
58= Constante p/ resistividade do cobre
Para sistema monofásico

Onde:
S é a bitola do condutor em mm²
I = corrente do circuito em ampères
u=queda máx. tensão em volts desejada
L= distância da carga ao gerador em metros
58= Constante p/ resistividade do cobre
Para calcular a corrente nominal de um motor
trifásico a formula é a seguinte:

Onde:
cv é a quantidade de cavalos
I = corrente nominal em ampères
V= tensão nominal(fase e fase) em volts
η = rendimento do motor (0,XX)
cosϕϕ = fator de potência do motor (0,XX)
Formula p/ converter a área circular (mm²) da
Seção transversal do condutor em diâmetro (mm)

0,5
D=2x(A/π)

Onde:
D: Diametro em mm;
A: Área em mm²;
π: 3,14; 10mm² 3,5mm

0,5: expoente

exemplo

Um cabo cuja seção é de 10mm², possui um diâmetro interno de 3,5mm


Formula p/ converter diâmetro do condutor (mm)
em área circular (mm²)

A=πx(D/2)²

Onde:
A: Área em mm²;
π: 3,14;
3,5mm 10mm²
D: Diametro em mm;
² expoente
exemplo

Um cabo cuja seção é de 10mm², possui um diâmetro interno de 3,5mm


Situação problema nº 1:

Um motor trifásico de 6 terminais 220/380V de 5,0


cv é instalado a 120 metros de uma subestação de
força 220Vff. Considerando
η = 0,87 e cosϕ = 0,85 , calcule a corrente
nominal . Sabendo que a sua corrente de pico é
9,0, calcule a bitola do cabo p/ partida direta e
estrela-triângulo (ambas p/ uma queda de tensão
de 4%). Faça um relatório, comparando o melhor
custo beneficio entre os dois métodos.
Dicas:
 1º encontre In com base nas informações acima;
 2º p/ encontrar a seção do condutor, não esqueça que o sistema
estrela triângulo reduz o pico de corrente de partida em 1/3
Tensão nominal Vff :220 V
Potencia nominal: 5,0 cv / 3.680W
Rendimento η = 0,87
Fator de Potencia: cosϕ = 0,85
Queda de tensão : 4% de Vff = 8,8V
Comprimento do condutor: 120 m
IP/IN :corrente de pico = 9,0
IN:Corrente Nominal = ?
Bitola do cabo p/ partida direta ?
Bitola do cabo p/ estrela-triângulo ?

3680
In = ----------------------------------- In = 13,07A
(1,73 x 220 x 0,87 x 0,85)
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Tensão nominal Vff :220 V


Potencia nominal: 5,0 cv / 3.680W
Rendimento η = 0,87
Fator de Potencia: cosϕ = 0,85
Queda de tensão : 4% de Vff = 8,8V
Comprimento do condutor: 120 m
IP/IN :corrente de pico = 9,0
IN:Corrente Nominal = 13,07A
Bitola do cabo p/ partida direta = 50 mm ²
Bitola do cabo p/ estrela-triângulo ?

1,73 x (13,07 x 9) x 120


S= ----------------------------------- S = 47,84 mm ² 50,00 mm ²
(58 x 8,8) (58 x 8,8)
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Tensão nominal Vff :220 V


Potencia nominal: 5,0 cv / 3.680W
Rendimento η = 0,87
Fator de Potencia: cosϕϕ = 0,85
Queda de tensão : 4% de Vff = 8,8V
Comprimento do condutor: 120 m
IP/IN :corrente de pico = 9,0
IN:Corrente Nominal = 13,07A
Bitola do cabo p/ partida direta = 50 mm ²
Bitola do cabo p/ estrela-triângulo= 16 mm ²

1,73 x (117/3) x 120


S= ----------------------------------- S = 15,86 mm ² ~ 16,00 mm ²
(58 x 8,8) (58 x 8,8)
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Tensão nominal Vff :220 V


Potencia nominal: 5,0 cv / 3.680W
Rendimento η = 0,87
Fator de Potencia : cosϕ
ϕ = atual 0,85
Fator de Potencia: cosϕϕ = desejado 0,95
IP/IN :corrente de pico = 9,0
IN: Corrente Nominal = 13,07A

1,73 x (117/3) x 120


S= ----------------------------------- S = 15,86 mm ² ~ 16,00 mm ²
(58 x 8,8) (58 x 8,8)
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DISPOSITIVOS
DE PROTEÇÃO
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DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

São elementos intercalados no


circuito com o objetivo de
interromper a passagem de
corrente elétrica sob condições
anormais, como curto-circuitos ou
sobrecargas.
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FUSÍVEL
O princípio de funcionamento do fusível
baseia-se na fusão do filamento e
consequente abertura do filamento
quando por este passa uma corrente
elétrica superior ao valor de sua
especificação.
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FUSÍVEL

Os fusíveis geralmente são


dimensionados 20% acima da
corrente nominal do circuito. São
classificados em retardados e
rápidos.
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FUSÍVEL NH

Os fusíveis retardados tipo NH


são montados em corpo cerâmico
de alta qualidade, preenchimento
com areia de quartzo, elemento
fusível em cobre eletrolítico e
terminais/facas em latão
prateado. Esta construção
proporciona ótimo isolamento
elétrico, robustez mecânica e
capacidade de resistência contra
choques térmicos.
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FUSÍVEL NH

O fusível de ação retardada é


usado em circuitos nos quais a
corrente de partida é muitas vezes
superior à corrente nominal. É o
caso dos motores elétricos e
cargas capacitivas.
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FUSÍVEL NH

Os Fusíveis tipo NH ultrarrápidos


são montados em corpo cerâmico ,
preenchimento com areia de
quartzo , elemento fusível em prata
pura e terminais/facas em cobre
prateado. Esta construção
proporciona ótimo isolamento
elétrico, robustez mecânica e
capacidade de resistência contra
choques térmicos.
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FUSÍVEL NH

O fusível NH de ação rápida é


utilizado em cargas resistivas e na
proteção de partidas baseadas em
conversores estáticos de potência.
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FUSÍVEL DIAZED

Os fusíveis tipo “D” podem ser


de ação rápida ou retardada e
são montados em corpo
cerâmico de alta
qualidade,preenchimento com
areia de quartzo e dispõe de
acesso frontal que permitem
verificação de status dos fusíveis
através de uma ponta de prova
de tensão
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FUSÍVEL DIAZED

O fusível possui um indicador, visível através da tampa,


cuja corrente nominal é identificada por meio de cores e
que se desprende em caso de queima.
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FUSÍVEL DIAZED

Os fusíveis tipo “D” podem ser


de ação rápida ou retardada e
são montados em corpo
cerâmico de alta
qualidade,preenchimento com
areia de quartzo e dispõe de
acesso frontal que permitem
verificação de status dos fusíveis
através de uma ponta de prova
de tensão
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As principais características
dos fusíveis NH e DIAZED

- Corrente nominal;

- Corrente de curto-circuito;

- Capacidade de ruptura (kA);

- Tensão nominal;

- Resistência elétrica (ou resistência ôhmica);

- Curva de relação tempo de fusão x corrente.


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As principais características
dos fusíveis NH e DIAZED

- Corrente nominal: corrente máxima que o fusível suporta


continuamente sem interromper o funcionamento do circuito. Esse valor
é marcado no corpo de porcelana do fusível.

- Corrente de curto-circuito: corrente máxima que deve circular no


circuito e que deve ser interrompida instantaneamente.

- Capacidade de ruptura (kA): valor de corrente que o fusível é capaz


de interromper com segurança. Não depende da tensão nominal da
instalação.
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As principais características
dos fusíveis NH e DIAZED

- Tensão nominal: tensão para a qual o fusível foi construído. Os


fusíveis normais para baixa tensão são indicados para tensões de
serviço de até 500V em CA e 600V em CC.

- Resistência elétrica (ou resistência ôhmica): grandeza elétrica que


depende do material e da pressão exercida. A resistência de contato
entre a base e o fusível é a responsável por eventuais aquecimentos que
podem provocar a queima do fusível.

- Curva de relação tempo de fusão x corrente: curvas que indicam o


tempo que o fusível leva para desligar o circuito. Elas são variáveis de
acordo com o tempo, a corrente, o tipo de fusível e são fornecidas pelo
fabricante. Dentro dessas curvas, quanto maior for a corrente circulante,
menor será o tempo em que o fusível terá que desligar.
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Simbologia dos fusíveis

Proteção do comando

Proteção de força
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Disjuntor Termomagnético

O disjunto termomagnético possui


a função de proteção e,
eventualmente, de chave de
manobra. Interrompe a passagem
de corrente ao ocorrer uma
sobrecarga ou curto-circuito.
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Disjuntor Termomagnético

Define-se sobrecarga como uma


corrente superior a corrente nominal
que durante um período prolongado
pode danificar o cabo condutor e/ou
equipamento.
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Disjuntor Termomagnético

Esta proteção baseia-se no princípio


da dilatação de duas lâminas de
metais distintos, portanto, com
coeficientes de dilatação diferentes.
Uma pequena sobrecarga faz o
sistema de lâminas deformar-se
(efeito térmico) sob o calor
desligando o circuito.
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Curva de disparo de disjuntores

A indicação de corrente de um disjuntor é seguida de uma letra (B, C ou


D), que define a corrente instantânea de disparo: o valor mínimo que
provoca o acionamento imediato (em menos de 100 ms) do dj. Existem
três curvas mais comuns (e outras duas mais raras):

* B: corrente instantânea de disparo de 3 a 5 vezes o valor nominal

* C: corrente instantânea de disparo de 5 a 10 vezes o valor nominal

* D: corrente instantânea de disparo de 10 a 20 vezes o valor nominal

Em outras palavras, um disjuntor de 32 A / curva B pode suportar uma


corrente de até 150 A por um curto período. Sendo de curva C, suporta
até 320 A; e de curva D, até 640 A.
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Relé de sobrecarga

O relé térmico ou de sobrecarga é


um dispositivo de proteção elétrica
aplicado a motores elétricos. Este
dispositivo de proteção visa evitar o
sobreaquecimento dos enrolamentos
do motor quando ocorre uma
circulação de corrente acima da
nominal.
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Relé de sobrecarga

POSSÍVEIS CAUSAS DA SOBRECARGA:

- Sobrecarga mecânica na ponta do eixo;


- Tempo de partida muito alto;
- Rotor bloqueado;
- Partidas consecutivas;
- Reversões em plena carga;
- Falta de uma fase;
- Auterações de tensão da rede.
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Relé de sobrecarga

De maneira geral um relé térmico é insensível às


variações de temperatura ambiente entre –40oC e
+60oC.

• Classes de desligamento térmico:

- Classe de disparo 10: tempo de partida inferior a 10s.


- Classe de disparo 20: tempo de partida de até 20s.
- Classe de disparo 30: tempo de partida de até 30s.
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Relé de sobrecarga
IMPORTANTE:

1) O relé térmico não protege a linha em caso de curto-


circuito e deve ser associado a fusíveis.

2) Uma vez disparado, em alguns modelos, não volta a sua


posição de repouso automaticamente, devendo ser
rearmado manualmente.

3) Depende de uma contactora,


pois seus contatos de força não são
Seccionáveis e são ligados em
série com os cotados de força
da contactora.
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Relé de sobrecarga

Os relés de sobrecorrente possuem os seguintes elementos:

Botão de rearme

Contatos de força

Contatos auxiliares

Ajuste de corrente

Faixa de ajuste
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Simbologia rele de sobrecarga

Contatos
auxiliares

Contatos
de força
Simbologia rele de sobrecarga

Contatos auxiliares

Contatos de força
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Relé de sobrecarga

Além destes elementos é possível parametrizar a sua atuação de acordo com as


seguintes funções:

• A: somente rearme automático;


• AUTO: rearme automático, desligamento pelo botão e função teste;
• HAND: rearme manual, desligamento pelo botão e função teste;
• H: somente rearme manual
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Dimensionamento do Relé de
sobrecarga

Os relés de sobrecarga devem ser dimensionados da


seguinte forma:

• Para motores com fator de serviço (FS) >= 1,25:


Ajuste da corrente do relé = 1,25 x In do motor

• Para motores com fator de serviço (FS) < 1,15:


Ajuste da corrente do relé = 1,15 x In do motor

Obs. A corrente de partida do motor já esta prevista na classe de disparo do


dispositivo.
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Exemplificando

Para dimensionar o relé de sobrecarga para proteger um motor de 5cv,


220V/60Hz , In = 14A; FS = 1,15, supondo que o seu tempo de partida
seja de 5s (partida direta).

Como FS >=1,15: Ir = 1,25*In, logo: Ir = 1,25*14 = 17,5A, portanto a


faixa de ajuste de 15 a 23A.
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Relé de sobrecarga
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Disjuntor Motor
O Disjuntor Motor é um dispositivo termomagnético que atua em
acionamentos elétricos, assegurando o comando e a proteção
do motor e da partida em si contra:

- Queima causada por variação de tensão e corrente na rede;

- Elevação de temperatura do motor e condutores;

- Sobrecargas;

- Curto circuitos.
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Disjuntor Motor

Para fins de proteção o Disjuntor Motor deve exercer


4 funções básicas:

- Seccionamento;

- Proteção contra curto-circuitos;

- Proteção contra Sobrecargas;

- Comutação.
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Disjuntor Motor

- Seccionamento: Sua função é isolar da rede os


condutores ativos quando o motor está desligado
(manobra) e protege quando há queima de fases do
motor;

- Proteção contra curto-circuitos: Essa função


detém e interrompe o mais rápido possível correntes
elevadas de curto-circuitos para impedir a
deterioração da instalação;
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Disjuntor Motor

- Proteção contra Sobrecargas: tem como função


deter correntes de sobrecarga e interromper a partida,
antes que a temperatura do motor e dos condutores
fique muito elevada e deteriore os isolantes;

- Comutação: sua função é ligar e desligar o motor,


podendo ser manual, automático ou a distância.
do do disjuntor. Os disjuntores podem ser bloqueados
com cadeado ou similar na posição "desligado",
garantindo assim a segurança em manutenções.
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Vantagens do Disjuntor Motor sobre


outros métodos de proteção

A utilização do disjuntor motor em substituição a


tradicional associação : Seccionador + Fusível +
Contator + Rele Térmico traz uma serie de
vantagens.

Se não vejamos:
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Vantagens do Disjuntor Motor sobre


outros métodos de proteção
1º - O disjuntor motor funciona como chave geral (manobra);

2º - Desliga simultaneamente todas as fase evitando o funcionamento


bifásico;

3º - Casamento perfeito em curvas de proteção térmica e magnética


com possibilidade de regulagem;

4º - Oferece proteção para qualquer valor de corrente, principalmente


na faixa de pequenos motores;

5º - Em caso de curto circuito, basta rearmá-lo, não necessitando sua


substituição;

6º Podem funcionar sem o auxilio de uma contactora de força.


Prof. Ronaldo Lima

Vantagens do Disjuntor Motor sobre


outros métodos de proteção

Em resumo trata-se um aparelho simples e de dimensões


reduzidas que se traduz em redução de custos, pois
realiza com maior precisão as funções exigidas de
proteção.

Obs.: O disjuntor motor pode ou não ser associado ao contator e quando


está associado é possível realizar ligação a distância, quando do contrário
deve ser acionado local e manualmente, porém só em partidas diretas.
Prof. Ronaldo Lima

Disjuntor Motor

Esses dispositivos são as melhores soluções para


proteção elétrica de motores (normalmente, até 60cv). E
possuem alta capacidade de interrupção, permitindo sua
utilização mesmo em instalações com elevado nível de
corrente de curto-circuito. Também podem ser dotados de
mecanismos diferenciais com sensibilidade a falta de
fase) e magnético (calibrado para proteção contra curtos-
circuitos).
CURIOSIDADES

Você sabia?
Prof. Ronaldo Lima

A unidade do watt recebeu o


nome de James Watt pelas
suas contribuições para o
desenvolvimento do motor a
vapor, e foi adotada pelo
segundo congresso da
associação britânica para o
avanço da ciência em 1889.
Prof. Ronaldo Lima

O ampère (símbolo: A) é uma


unidade de medida do Sistema
Internacional de Unidades de
intensidade de corrente elétrica.
O nome é uma homenagem ao
físico francês André-Marie
Ampère (1775-1836).
Prof. Ronaldo Lima

Volt (símbolo: V) é a Unidade de


tensão elétrica , a qual denomina
o potencial de transmissão de
energia, entre dois pontos
distintos no espaço. Foi batizada
em honra ao físico italiano
Alessandro Volta (1745-1827).
Prof. Ronaldo Lima

O conceito de resistência elétrica ,


o que passou a ser chamada
Primeira Lei de Ohm, que indica
que a diferença de potencial (V)
entre dois pontos de um condutor
é proporcional à corrente elétrica
(I), assim designada em
homenagem ao seu formulador
Georg Simon Ohm (1787-1854) ,
Prof. Ronaldo Lima

Farad (símbolo F) é a unidade


de capacitância elétrica. Seu
nome foi dado em
homenagem ao cientista
britânico Michael Faraday
(1791 — 1867).
Prof. Ronaldo Lima

O Henry (símbolo H) é a unidade


do Sistema Internacional de
Unidades de indutância, nome
dado em homenagem ao
cientista norte-americano Joseph
Henry.

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