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Revolução Industrial
Revolução Industrial
Industrial
História - 8ºe 9º ano EJA
Para começar...
Com o desenvolvimento do capitalismo uma série de mudanças ocorreu na Inglaterra: houve
investimento para o crescimento das manufaturas e a lei dos cercamentos que fizeram os trabalhadores
rurais saírem do campo para as cidades em busca de emprego.
As descobertas tecnológicas levaram a um avanço e modernização dos transportes e das máquinas .
Essas mudanças foram fundamentais para que a burguesia (homens ricos) assumisse a liderança
econômica e política favorecendo o surgimento de fábricas e que resultou na Revolução Industrial.
A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra por volta de 1760, foi um conjunto de mudanças profundas
no modo de os seres humanos produzirem mercadorias, viverem e se relacionarem uns com os outros.
A Revolução Industrial: Do artesanato à maquinofatura
Na Europa, antes da Revolução Industrial, a forma de produção de materiais como calçados e roupas, por
exemplo, eram o artesanato e a manufatura.
https://blogdoenem.com.br/revolucao-industrial-historia-enem/
O pioneirismo inglês
Na Inglaterra que se desenvolveram as primeiras máquinas movidas a vapor e onde surgiram as primeiras
fábricas. Fatores que favoreceram o pioneirismo inglês na Revolução Industrial:
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Inventos aplicados à indústria
As máquinas aumentaram sua capacidade ao serem acopladas à máquina a vapor. O uso do vapor como
fonte de energia tornava possível substituir a energia muscular, a do vento e a da água
por uma energia mecânica. James Watt aperfeiçoou a máquina a vapor em 1765. Com essas invenções, o
transporte de pessoas e de mercadorias tornou-se mais rápido, mais barato e mais seguro, ampliando os
mercados e impulsionando a industrialização.
Spinning-jenny- Inventada pelo carpinteiro James Hargreaves. Era uma roda
de fiar que funcionava à mão, mas já produzia oito fios ao mesmo tempo e
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Water-frame- Sua invenção é atribuída a Richard Arkwright, era uma
máquina de fiar movida a água, mais rápida que a jenny e que
produzia fios grossos e resistentes, necessários à produção
de tecidos de algodão puro. Pelo fato de utilizar água como força
motriz, não podia ser instalada nas casas; necessitava de espaço,
como uma fábrica ou um moinho. Por isso, costuma-se dizer que
ela contribuiu para o surgimento do sistema fabril.
Indústria e mudanças socioeconômicas
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O trabalho nas fábricas
Durante a Revolução Industrial, as jornadas de trabalho podiam
chegar a 16 ou 18 horas. Além disso, as condições de trabalho eram
péssimas: Os ambientes das fábricas eram mal iluminados ou mal
ventilados. No final do século 18, com essa jornada exaustiva, eram
comuns mutilações e mortes de operários que desmaiavam ou
dormiam sobre as máquinas.
Mulheres e crianças exerciam a mesma jornada de trabalho de um
homem adulto e ganhavam apenas metade do salário.
As crianças não tinham horário para as refeições, eram castigadas se
cochilassem no trabalho, ficavam doentes devido ao trabalho pesado
e ao ambiente insalubre. Corriam diversos riscos: Mutilações em
acidentes de trabalho ou morte devido aos maus-tratos, doenças
e acidentes com as máquinas.
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/historia/revolucao-industrial-na-inglaterra
Impactos e mudanças provocados pela Revolução Industrial
Aumento da população mundial. Nos 100 primeiros anos da Revolução Industrial, a população mundial
subiu de 600 milhões para 1,2 bilhão de habitantes. A população da Grã-Bretanha (Inglaterra, País de Gales
e Escócia) aumentou mais de três vezes. Esse aumento deveu-se, sobretudo, às melhorias técnicas
ocorridas na agricultura e ao desenvolvimento da medicina.
Crescimento dos transportes terrestres. Em meados do século XIX, as ferrovias e o trem já tinham uma
importância enorme na Europa e nos Estados Unidos. Uniam campos a cidades, diminuíam o tempo das
viagens e agilizavam o transporte de alimentos, contribuindo para evitar as crises de fome que atingiam
os europeus com frequência. Crescia, assim, a passos largos, a circulação de pessoas e mercadorias.
Desenvolvimento do transporte por rios e mares. Diante do custo do transporte terrestre, os europeus
voltaram-se para o transporte por rios e mares. Os habitantes da Inglaterra e da França foram os primeiros
a construir canais unindo as cidades fabris; já a ligação entre esses dois países era marítima e se fazia
em navios a vapor. Em 1860, as grandes companhias londrinas de navegação a vapor transportavam
produtos, pessoas e notícias para diversas partes da Terra, do Ocidente ao Oriente.
Entre 1850 e 1880, cerca de 22 milhões de pessoas partiram da Europa em busca de
Revolução uma vida melhor em outros continentes. Parte delas veio para o Brasil. Os imigrantes
europeus trouxeram, em suas bagagens, costumes, alimentos, técnicas e linguagens
Industrial e que tornaram a nossa cultura mais rica e mais variada.
Migrações O crescimento da população, da produção e do consumo, o desenvolvimento
dos transportes e o aumento da circulação de pessoas, produtos e ideias, mudou o
modo de os seres humanos viverem e perceberem o tempo. As pessoas tornaram-se
mais apressadas. Era preciso negociar: vender e comprar com mais agilidade e em
maiores quantidades, o que levou ao grande desenvolvimento do comércio
internacional.
Exercitando o que você aprendeu
Atividades
1- O que foi a Revolução Industrial?
2- Diferencie o que é artesanato, manufatura e maquinofatura.
3- Quais os fatores que favoreceram o pioneirismo inglês na Revolução Industrial?
4- Aponte as mudanças socioeconômicas ocorridas na Inglaterra após a Revolução Industrial.
5- Observe a imagem.
a) Descreva o que você vê na imagem.
b) Onde essas crianças estão e o que estão fazendo?
c) Como era o ambiente das fábricas durante a Revolução
Industrial?
d) Qual era a jornada de trabalho diária nas fábricas?
e) Quais riscos as crianças corriam dentro das fábricas?
6- Leia o depoimento de John Birley.
“Nosso turno era das cinco da manhã até nove ou dez da noite; e, no sábado, até às onze e,
frequentemente, até às doze horas da noite. E ainda nos faziam vir no domingo para limpar a maquinaria.
Não havia tempo para café-da-manhã, não se podia sentar durante o jantar e não nos davam nenhum
tempo para tomar chá. Nós chegávamos à fábrica às cinco horas da manhã a trabalhávamos até
aproximadamente as oito ou nove horas, quando nos traziam o nosso café-da-manhã, que consistia em
mingau de aveia com bolo e cebolas para dar mais sabor a comida. O jantar consistia em bolo de aveia e
leite […] Nós bebíamos o leite e com o bolo em nossas mãos voltávamos a trabalhar, sem sentar.”
Depoimento de John Birley ao jornal The Ashton Chronicle, 19 de maio de 1849. Disponível em: https://mundodahistoriablog.wordpress.com/