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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

Fundação instituída nos termos da LEI nº 5.152 de 21/10/1966 – São Luís/MA


DIRETORIA DE AÇÕES ESPECIAIS – DAESP/PARFOR
PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSOR PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA – PARFOR
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

UTILIZAÇÃO DOS JOGOS POPULARES NAS SÉRIES INICIAIS


DA ESCOLA U. I. TEREZINHA M. SALES EM LAGO DA
PEDRA/MA

ENIVALDO ALVES BRITO

Lago da Pedra/MA
2023
ENIVALDO ALVES BRITO

UTILIZAÇÃO DOS JOGOS POPULARES NAS SÉRIES INICIAIS DA ESCOLA


U. I. TEREZINHA M. SALES EM LAGO DA PEDRA/MA

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de Licenciatura em
Educação Física (PARFOR) – Lago da
Pedra/MA da Universidade Federal do
Maranhão como requisito parcial para a
obtenção do grau de Licenciatura em
Educação Física.

Orientador: Antônio Higor Gusmão dos


Santos

LAGO DA PEDRA/MA
2023
ENIVALDO ALVES BRITO

UTILIZAÇÃO DOS JOGOS POPULARES NAS SÉRIES INICIAIS DA ESCOLA


U. I. TEREZINHA M. SALES EM LAGO DA PEDRA/MA

Aprovada em: ______/______/ 2023.

Banca Examinadora:

____________________________________________
Prof. Ms. Antonio Higor Gusmão dos Santos
(Orientador)

____________________________________________
1º Examinador

______________________________________________
2º Examinador
É no brincar e talvez apenas no brincar
que a criança ou o adulto fruem sua
liberdade de criação.
(D. W. Winnicott)
À minha mãe Rosilene, minha
esposa Valclene, minha filha Keila
Liz por ser a base de minha
instrução familiar.
AGRADECIMENTOS

O momento agora é de extrema gratidão. Primeiro agradecer a Deus por


ter me permitido realizar um sonho e ter me dado força para enfrentar todas as
dificuldades que passei nessa jornada. Toda honra e glória seja dada ao meu
Deus.
A minha querida mãe Rosilene, que sempre esteve ao meu lado me
apoiando ao longo de toda a minha trajetória.
À minha esposa Valclene pela compreensão e paciência demonstrada
durante o período do projeto.
A minha filha querida Keila Liz, suas palavras de incentivo, sempre me
botando para cima e persistir.
E todos meus colegas de turma, em especial minhas amigas de grupo de
trabalhos, Celmira, Marlucia e Reny Ane. Vocês foram fundamentais para minha
formação, por isso merecem o meu eterno agradecimento.
Obrigado, mestre, meu orientador Antônio Higor Gusmão dos Santos,
manifesto aqui minha gratidão eterna por compartilhar sua sabedoria, o seu
tempo e sua experiência.
RESUMO

A pesquisa aqui apresentada, cuja temática destaca a importância dos jogos


populares para os alunos das séries iniciais, da escola U. I. Terezinha M. Sales
em Lago da Pedra/MA”, pretende-se destacar e refletir o quanto o conteúdo dos
jogos e das brincadeiras populares tem a sua importância no processo de ensino
e aprendizagem e precisa ser ensinado e vivenciado pelos alunos, contribuindo
para a construção do movimento cultural e suas interações com o mundo. Como
ocorre o processo das práticas pedagógicas de jogos populares nas aulas de
Educação Física para os alunos de séries iniciais do ano a, da escola U. I.
TEREZINHA M. SALES EM LAGO DA PEDRA/MA? A partir desse problema o
presente objetivo será objetivo geral analisar de que maneira os jogos populares
contribuem para formação dos alunos, enquanto objetivos específicos: Identificar
as principais atividades incluídas nos jogos populares; descrever a importância
do resgate dessas brincadeiras como atividade escolar; evidenciar as
contribuições dos jogos e brincadeiras para a socialização da criança. Desse
modo entende-se que a proposta contribui para o desenvolvimento dos alunos,
além de associar as atividades físicas com a educação contemporânea, são
importantes para movimentar as crianças através das atividades aplicadas na
sociedade, sendo assim essa cultura continuará viva nas nossas memórias e
especificamente nas nossas manifestações populares. Os resultados alcançados
foram que os jogos e as brincadeiras ajudam as crianças a vivenciarem regras
preestabelecidas, e com isso, incentivam os avanços que é capaz de realizar.
Conclui-se que o professor precisa ampliar seu repertório educativo para que,
dessa forma, possa ser despertado o interesse pela cultura de nosso país com
mais frequência e valorização, para que esta vivência não se perca no passado,
ficando para sempre em nossa memória

Palavra-chave: Criança, Escola, Jogos populares, Brincadeiras


ABSTRACT

The research presented here, whose theme highlights the importance of popular
games for students in the initial series, at the school U. I. Terezinha M. Sales in
Lago da Pedra/MA”, intends to highlight and reflect how much the content of
games and activities popular has its importance in the teaching and learning
process and needs to be taught and experienced by students, contributing to the
construction of the cultural movement and its interactions with the world. How
does the process of pedagogical practices of popular games occur in Physical
Education classes for students in the first grades of year a, at the U. I.
TEREZINHA M. SALES school in LAGO DA PEDRA/MA? From this problem, the
present objective will be the general objective to analyze how popular games
contribute to the formation of students, while specific objectives: Identify the main
activities included in popular games; describe the importance of rescuing these
games as a school activity; to highlight the contributions of games and games to
the child's socialization. In this way, it is understood that the proposal contributes
to the development of students, in addition to associating physical activities with
contemporary education, they are important to move children through activities
applied in society, so that culture will remain alive in our memories and
specifically in our popular demonstrations. The results achieved were that games
and games help children to experience pre-established rules, and with that,
encourage the advances they are able to make. It is concluded that the teacher
needs to expand his educational repertoire so that, in this way, interest in the
culture of our country can be awakened more frequently and valued, so that this
experience is not lost in the past, remaining forever in our memory.

Keyword: Child, School, Rescue of popular games.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .............................................................................................8
2. REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................... 11

2.1 A educação física na escola................................................................. 11

2.2 Os objetivos dos jogos populares ....................................................... 16

3 BRINCADEIRAS E JOGOS QUE PODEM SER UTILIZADOS NAS AULAS


DE EDUCAÇÃO FÍSICA ............................................................................... 21

4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...................................................... 30

4.2 CARACTERÍSTICAS DO ESTUDO ........................................................ 30

4.3 SUJEITOS DO ESTUDO ........................................................................ 31

4.4 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS .......................................... 31

4.5 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS ....................................... 31

5. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .......................................... 33

6. CONCLUSÃO .............................................................................................. 43

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 45
8

1 INTRODUÇÃO

É preciso pontuar de início que a Educação Física orientada nas escolas


Brasileira, perpassou por extensas influências no decorrer da sua história e
transformações no que diz respeito ao seu propósito, identidade e também
conteúdo abordados. Mediante este contexto, salienta-se que devido a essas
mudanças, originaram novas maneiras de se adequar às possibilidades
pedagógicas nas aulas de Educação Física.
Essa pesquisa justifica-se pela compreensão de que os jogos e
brincadeiras podem ser usufruídos nas aulas de Educação Física tornando-se
ferramentas estimuladoras e enriquecedoras, pois contribui para o professor ter
mais possibilidades de trabalhar o desenvolvimento das crianças com recursos
adequados garantindo resultados favoráveis aos objetivos propostos, sendo
utilizando os jogos como fonte de interação do ensino-aprendizagem dos
educandos.
Porém, das razões destacadas para tamanho interesse consiste numa
maior compreensão que a brincadeira é constituída por incentivo ao
desenvolvimento de novas habilidades e também pela busca de novas
explicações, principalmente quando se trata de criança e situações que chamam
a atenção delas, como brincadeiras, crianças gostam de brincar, pois a mesma
proporciona a sensação de felicidade e prazer para elas. Neste sentido faz – se
a seguinte pergunta: Como ocorre o processo das práticas pedagógicas de jogos
populares nas aulas de Educação Física para os alunos de séries iniciais do ano
a, da escola U. I. Terezinha M. Sales em Lago da Pedra/MA?
Buscando conhecer a percepção que o conteúdo dos jogos e as
brincadeiras populares possuem uma fundamental importância no processo de
ensino e aprendizagem, este estudo tem como objetivo geral analisar de que
maneira os jogos populares contribuem para formação dos alunos, e enquanto
objetivos específicos: Identificar as principais atividades incluídas nos jogos
populares; descrever a importância do resgate dessas brincadeiras como
atividade escolar; evidenciar as contribuições dos jogos e brincadeiras para a
socialização da criança.
Focalizou-se reflexões acadêmicas buscando enaltecer que a proposta
contribui para o desenvolvimento dos alunos, além de associar as atividades
9

físicas com a educação contemporânea, reflexões são feitas com o objetivo de


se conhecer o problema, assim também a real importância de desenvolver os
jogos populares para um melhoramento da saúde física de todos envolvidos por
meio da pesquisa que será realizada na escola U. Terezinha M. Sales.
Para este presente estudo optou-se por uma pesquisa qualitativa, na
escola U. I Terezinha Meireles Sales, a escola é localizada na Rua Humberto de
Campos na cidade de Lago da Pedra. A pesquisa foi realizada com 10 alunos do
5º ano turma A, foi entregue um questionário com oito (08) questões,
relacionadas a conhecer a importância do resgate dos jogos populares nas
séries iniciais de acordo com a opinião deles.
Correia (2007, p. 1) afirma que os jogos cooperativos “são jogos que têm
como base proporcionar a diversão e evitar as violações físicas e psicológicas”.
Têm como escopo buscar a integração de todos, bem como a alegria e a
valorização do sujeito na construção do processo de participação, como salienta
Amaral (2007).
Para o autor, os jogos cooperativos buscam novas formas de jogar, com
o objetivo de diminuir as manifestações agressivas nos jogos, de maneira que
sejam promovidas atitudes de sensibilidade, cooperação, comunicação, alegria
e solidariedade. Reforçando essa ideia, Baliulevicius e Macário (2006)
reafirmaram a contribuição dos jogos para a construção de valores humanos
essenciais.
Desse modo entende-se que são importantes para movimentar as
crianças através das atividades aplicadas na sociedade, sendo assim essa
cultura continuará viva nas nossas memórias e especificamente nas nossas
manifestações populares.
Esse trabalho conta com a contribuição de alguns autores que serão
citados no decorrer da pesquisa, como Brasil (2017), Soares (2012), Brasil,
(2017), Oliveira (2016) Lovera, (2015), Neto, (2015), Franchi (2013), e outros
autores que norteiam os estudos sobre os jogos populares.
Com relação ao tema motivo de dedicar-me a essa pesquisa, foi que
devido perceber que se torna fundamental a criança ter sua identidade e ao jogar
e brincar ela passa a interagir com outras crianças e com o mundo em que vive.
Através disso, ela constrói sua identidade e autonomia, o que a ajuda na
potencialização de seu desenvolvimento. E espera-se com esta pesquisa
10

contribuir para o aprendizado dos alunos de forma divertida e servir como


colaboração a outros trabalhos de pesquisa.
Portanto, surgiu o interesse de aprofundar os meus conhecimentos sobre
a importância dos jogos e brincadeiras populares, pois os jogos proporcionam
que o aluno aprenda a obedecer às regras traçadas pelo grupo, como também
propor suas modificações e a aprender a ganhar e a perder, visto que a inserção
do brincar na sala de aula proporciona ao desenvolvimento integral da criança,
assim como uma aprendizagem construtiva, significativa e instigante.
Sobre o meu interesse em pesquisar esse tema, ele se intensifica após
um período de trabalho na escola campo, onde, durante o período de dois anos
de trabalho tive a oportunidade de fazer bons amigos. Através da atuação na
rede de ensino passei a ter curiosidade de compreender o papel dos Jogos e
brincadeiras dentro da escola e de que forma pode proporcionar aos alunos
vivências corporais, afetivas e sociais possibilitando a mim como pesquisador
um aprendizado para além do ambiente escolar, no qual, foi o fator primordial da
escolha do referido tema da pesquisa.
11

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Esta seção visa abordar que a Educação Física faz parte do


desenvolvimento global dos alunos, que integra todas as dimensões do ser
humano: intelectual, física, mental, social e cultural. Assim como também permite
inserir novos conceitos e concepções quanto às relações sociais na escola,
permitindo que se objetive alternativas de desenvolvimento da disciplina, que a
torne menos formal e mais prazerosa para os alunos.
Ressalta-se também que os jogos nas aulas de Educação podem
abranger outros conhecimentos para além do fazer, não se restringindo somente
às habilidades que envolvem a sua ação, contribuindo como um grande
instrumento para aprendizagem e desenvolvimento na vida das crianças, sendo
que estes promovem uma vivência motora saudável.

2.1 Educação Física na Escola.

A Educação Física tem um papel de grande relevância, à medida que ela


tem a função de estruturar o meio ambiente adequado para a criança. O trabalho
da Educação Física nas séries iniciais é relevante pois proporciona aos alunos
terem, desde cedo, a chance de desenvolver habilidades corporais e envolver-
se com atividades culturais, como jogos, esportes, lutas, ginásticas e danças,
com o objetivo de lazer, expressão de sentimentos, afetos e emoções
A história da Educação Física no Brasil se iguala ao seu descobrimento
em 1.500, onde houve certamente a primeira aula de ginástica e recreação,
sendo relatada pelo escrivão Pero Vaz de Caminha que em uma carta enviada
para a coroa portuguesa descreve que os indígenas ao som de uma gaita
dançavam, saltavam e giravam alegremente, enfim praticavam atividades físicas
de forma natural e ao mesmo tempo utilitária (SOARES, 2012).
A lei de Diretrizes e Bases nº 9.394/96 assegura a Educação Física como
componente curricular obrigatório determinado para Educação Básica, que deve
atender desde a Educação Infantil, o Ensino Fundamental, até o Ensino Médio.
Por meio das práticas corporais, ela propicia uma série de oportunidades para
enriquecer a vivência das crianças na Educação Básica, oportunizando o acesso
a um amplo universo cultural (BRASIL, 2017).
12

Zunino (2008) relata que a Educação Física é uma das formas mais
eficientes pela qual o indivíduo pode interagir e, também é uma ferramenta
relevante para a aquisição e aprimoramento de novas habilidades motoras e
psicomotoras, pois é uma prática pedagógica capaz não somente de promover
a habilidade física como a aquisição de consciência e compreensão da realidade
de forma democrática, humanizada e diversificada, pois nesta etapa educacional
a Educação Física deve ser vista como meio de informação e formação para as
gerações.
Fortalecendo este propósito, Finck (2011, p.26) evidencia a Educação
Física “oportunizando momentos pedagógicos de modo que possam interagir por
meio da vivência de diversas situações de ensino-aprendizagem”. Nesta visão
os conteúdos a serem desenvolvidos estabelecem o processo de compreensão
da cultura corporal dando significado ao aprendizado dos alunos.
A instituição de ensino é um dos locais que maior tem condições de
proporcionar o desenvolvimento infantil e cabe a essas instituições criar
situações de aprendizagem para a criança, pois são nos primeiros anos de vida
que a criança precisa de mais atenção para poder explorar o mundo a sua volta
e a instituição de ensino precisa estar sempre atenta para ajudar a criança nessa
fase da vida (SCOPEL; SOUZA; LEMOS, 2012).
O professor exerce um papel importante nesse processo de ensino
aprendizagem que através do jogo oferece todos esses elementos a serem
trabalhados com os alunos na busca de um avanço positivo na formação da
criança. Santos et.al (2016) afirmam que:
O processo de ensino e aprendizagem através de práticas
pedagógicas elaboradas pelo professor tem como objetivo
despertar o interesse e estimular a participação das crianças nas
atividades construtivistas e socializadoras, propiciando
experiências nas quais as crianças vão adquirir conhecimento
de forma significativa. Para que os alunos adquiram o
conhecimento nesse processo, o professor deve utilizar de
metodologias adequadas às necessidades de cada aluno,
considerando idade e condições cognitivas. (SANTOS et. al,
2016, p. 90).
.
Cogita-se ressaltar de início que a Educação Física Escolar apresenta
como objetivo favorecer benefícios à saúde e aprendizagem das crianças,
decerto que por meio da prática de esportes e atividades físicas orientadas pelo
professor da disciplina. A partir desse contexto, percebe-se que, a aprendizagem
13

não é apenas motora ou de gestos técnicos, é possível desenvolver também o


afeto, o intelecto e as funções orgânicas.
A educação física, através das atividades recreativas, historicamente tem
utilizado o jogo como um dos seus conteúdos programáticos, priorizando os
jogos motores tradicionais, os brinquedos cantados e as atividades rítmicas. Os
brinquedos cantados e as atividades rítmicas parecem não ser considerados
como jogos nos estudos de psicanalistas e psicólogos no decorrer deste século.
São os pedagogos e, especialmente, os professores de educação física
que os utilizam através da recreação e como atividades curriculares por
atribuírem a eles um grande valor pedagógico, porém, sem estudar e com
profundidade o componente simbólico que está inserido em toda atividade lúdica
da criança (NEGRINE, 2014, p. 19-20).
A Educação Física para Freire (2009) tem como objetivo a ser atingido à
educação corporal, também destaca a educação do movimento em termos de
habilidades motoras e movimentos bem coordenados; a educação pelo
movimento que podem servir de base para desenvolvimento de habilidades mais
elaboradas e a educação para o movimento como objetivo final as habilidades
motoras estreitando horizontes.
Nas premissas de González et al. (2013) vêm discutindo sobre a
predominância de uma prática pedagógica tradicional no cotidiano escolar
durante as aulas de Educação Física. Para os autores, essa manutenção na
forma de se pensar a didática do componente dentro do ambiente escolar pode
sinalizar o crescimento do abandono pedagógico, onde alguns professores/as já
não possuem intencionalidades pedagógicas em suas atuações.
Nesta perspectiva, Gallardo (2009) entende a Educação Física como
caráter de humanização, onde o conhecimento do aluno, quando chega à
escola, traz características educacionais relacionadas à aprendizagem
motora, aspectos sócio-político-cultural. De Certa forma, esta disciplina
possibilita o aprimoramento do movimento na aquisição de habilidades para
ações e compreensões da manifestação corporal.
Quando inserida no ambiente escolar, a Educação Física auxilia no
desenvolvimento integral do aluno. Ela pode ser importante no processo de
socialização, no entendimento das emoções, na criatividade, na autonomia
(OLIVEIRA et al., 2020; LOVERA, 2015; BRANDL; NETO, 2015). Ela melhora a
14

aptidão física, equilíbrio, aprimoramento de habilidades motoras, esquema


corporal, estrutura espacial e outros elementos ligados à saúde física
(ANDRADE et al., 2018; VENÂNCIO et al., 2015; ELIAS; FARIA; FARIAS, 2014;
SANTOS et al., 2017).
Compreender a criança como sujeito histórico e de direitos contribui muito
na atuação do professor de Educação Física Escolar, haja vista que esta criança
está imersa em uma cultura historicamente construída e que como tal ela é
diretamente atravessada por ela. Sendo assim, deve-se "superar as teses
biológicas e etiológicas da brincadeira que idealizam a criança e suas
possibilidades educacionais" (WAJSKOP, 2012, p. 31)
A Educação Física tem por finalidade promover o desenvolvimento
psicomotor das crianças, ajudando-as a adquirirem uma consciência que as
auxiliará em seu cotidiano e, sua prática deve essencialmente fazer parte no
âmbito escolar, uma vez que a escola é o meio educacional mais efetivo e
eficiente para a realização desta prática (SILVA, ET AL, 2011).
Mediante esta análise, o autor ZUNINO, (2008) corrobora citando que os
conteúdos desenvolvidos nesta área envolvem jogos, lutas, ginásticas, danças
e esportes, estabelecendo processo de ensino aprendizagem na compreensão
da cultura corporal assumindo significado no mundo da criança. Nesta análise,
se faz necessário observar as possibilidades que os jogos, sendo conteúdo da
Educação Física, propõem no desenvolvimento dos alunos.
Da Silva e Dounis (2014) ratificam que a educação física escolar tem um
papel bastante relevante na contribuição do desenvolvimento da criança e no
seu processo de maturação por meio do exercício físico. O legado da educação
física é o movimentar e em suas temáticas como brincadeiras, atividades
esportivas e exercícios. Que servirão de atalhos para um bom desenvolvimento
motor
Em concordância com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
Dumith e Silveira (2010) citam que a Educação Física escolar não pode pensar
somente em ensinar ou exercer práticas relacionadas a esportes como futsal,
handebol, basquetebol ou voleibol, pois, além de já serem muito conhecidos e
comuns nas escolas, o professor deve retirar essa limitação e diferenciar as
práticas a fim de não tornar as aulas repetitivas. Assim, sugere-se envolver uma
15

série de outros exercícios físicos existentes, para trabalhar as habilidades e


capacidades físicas dos escolares
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) ressalta a importância da
Educação Física, a qual oferece uma gama de possibilidades para enriquecer a
experiência das crianças e jovens na Educação Básica, dando acesso a um
vasto universo cultural, para que o aluno possa ter a oportunidade de
experimentar e analisar as diferentes formas de expressão. Que por
consequência, o aluno possa ir além da vivência, da experiência efetiva das
práticas corporais, e também oportunizar aos alunos participar, de forma
autônoma, em contextos de lazer e saúde (BRASIL, 2018).
Como descrito por Ribeiro, Dias, Carvalho (2014) a Educação Física
escolar deve utilizar seus conteúdos como um instrumento de intervenção na
aula. Sendo assim, pode colaborar para o pleno desenvolvimento das
capacidades motrizes e expressivas do aluno, além de representar um meio para
desenvolver contextualização entre os sujeitos.
Lara e Oliveira (2009) conceituam que a educação física contribui na
produção do conhecimento da Educação Física, destacam também que esta
possa possibilitar momentos de aprendizagem de valores, contribuindo para
melhor organização social. Os saberes transmitidos pela Educação Física
devem estar vinculados à realidade social do educando, sendo significativos e
desenvolvidos para produção da cultura do movimento e estar atrelados a
conteúdos relacionados à forma pedagógica do meio escolar que estiver
inserida.
Nodier de Lima et al., (2019) além dos benefícios relacionados à saúde e
qualidade de vida, alguns estudos recentes vêm mostrando uma boa associação
entre a prática de atividades físicas e o desempenho acadêmico (DA) em
crianças e adolescentes, ou seja, as atividades físicas bem executadas com esse
público têm mostrado resultados muito positivos em relação ao rendimento
dentro do âmbito escolar.
Além dos benefícios, Rasberry et al., (2011) citam que as atividades
físicas não proporcionam impactos negativos nos indivíduos que estão em meio
acadêmico, e sim o contrário, pois, essas atividades podem estar ligadas
diretamente com a melhoria dos resultados acadêmicos através da sua prática.
16

2.2 Os objetivos dos jogos populares.

Diversos conteúdos que são trabalhados pela Educação Física (EF)


escolar fazem parte, diretamente, das expressões culturais da humanidade,
aquelas historicamente criadas e socialmente transmitidas ao longo dos anos de
geração em geração e que sob a orientação pedagógica direcionada e bem
estruturada objetivam a formação humana em sua complexidade e em todas
suas dimensões.
Os conhecimentos passados de geração em geração apresentam
características culturais, históricas e sociais. Não é diferente nas brincadeiras,
que foram criadas e pensadas em tempos onde as construções dos brinquedos
eram realizadas pelos familiares, onde o lúdico era vivenciado pelas crianças e
seus familiares.
Os jogos tradicionais podem modificar nome, materiais e espaço em
relação às atividades por terem o mesmo objetivo. Zunino (2008, pg.21)
relaciona alguns jogos tradicionais “gato e rato, elefante colorido, cabra-cega,
coelhinho sai da toca, polícia e ladrão [...] pular sela, carrinho de mão, galinha e
gavião, alerta, cinco- marias, bola de gude”. Nesta relação cabra-cega também
é chamada de gata-cega, a bola de gude é conhecida como bolita, pinica,
birosca, a região influencia na maneira como é conhecido, relacionando com a
cultura e com as raízes históricas.
Por meio da interação dos jogos tradicionais os alunos compartilham
trocas afetivas, emocionais, culturais, que contribui para socialização e
desenvolvimento, Finck (2011, pg.26) relaciona “o desenvolvimento não só de
habilidades, mais de competências importantes para melhor convivência em
grupo, com a capacidade de compartilhar, trocar, ouvir e aprender uns com os
outros”.
Oliveira (2016) nos fala que é totalmente possível compreender que,
durante o ato de jogar, os jogadores são influenciados e moldados pela cultura,
quanto a isso o autor afirma também que por isso pode ocorrer situações de
gênero nos Jogos Populares, com os meninos sendo estimulados a praticar
jogos que exijam mais força e agilidade, e as meninas jogos que exigem mais
flexibilidade e delicadeza, reforçando estereótipos impostos pela sociedade.
17

Conforme Silva e Gonçalves (2010), o jogo apresenta os seguintes


aspectos: Exploração e cumprimento das regras; Maior envolvimento das
emoções; Limites de espaço e tempo; Desafios envolvidos (motores, cognitivos
e sociais) e Espontaneidade na sua participação. Existem diversas formas de
jogos e de se jogar, podendo eles conter objetos físicos ou imaginários, espaço
físico ou imaginário, com espaços limitados ou ilimitados, existem também jogos
que podem ser jogados parados apenas com os movimentos das mãos, as
formas dos jogos e de se jogar são diversas.
Devido a essas diferentes formas em que um jogo pode acontecer,
podendo conter múltiplas funções ou modos, existem algumas classificações
desses jogos, por exemplo jogos de cartas, jogos de dados, jogos de rua, jogos
educativos, jogos competitivos, jogos cooperativos, entre outros, essas
classificações surgem como uma forma de classificar, explicar e compreender
melhor o jogo (OLIVEIRA, 2016, p.329).
Os jogos tradicionais assumem características pela região onde é
vivenciado, segundo Marin et.al (2012, pg.75) “o jogo tradicional, com um
sistema de regras, é construído pelos grupos sociais que o praticam em
consonância com as regiões em que se desenvolvem, pois, a geografia e os
costumes influenciam na sua organização”.
Uma das principais características do Jogo Popular é bem observada por
Okamoto (2011), quando o autor fala do Jogo Popular como sendo uma das
manifestações situadas dentro do folclore, pois tem raiz folclórica, sendo
produtor e reprodutor de cultura, representando os valores e a cultura de um
povo, seja conservando suas características ou se transformando dependendo
do contexto onde se apresenta.
De acordo com Coimbra (2007) o jogo, quando compreendido enquanto
fenômeno possui algumas características muito significativas, a oralidade, como
já dito anteriormente, que é justamente essa transmissão pai/filhos, a constância
ao nível de regras. Segundo esse autor, a maneira que se organiza o jogar
permanece a mesma com o passar dos anos, muito sutis são as diferenças
causadas pelas relações de troca e influência cultural, a variabilidade já que os
jogos possuem gírias, esquemas de pontuação e até nomes diferentes
18

dependendo do local e da região em que se joga, isso se deve ao processo de


aculturação1
De acordo com Kishimoto (2010) o brincar é um excelente recurso para
observação dos interesses e ações da criança. Durante as brincadeiras o
professor consegue observar quais são os interesses das crianças e a partir
dessa observação propor atividades que estimule e desafie as crianças.
A atividade recreativa ou o ato de realizar brincadeiras tradicionais não se
caracteriza apenas por “brincar desordenadamente”, mas pelo contrário, ela
transforma a vida de quem pratica a brincadeira, fazendo com o que mesmo
obtenha um maior conhecimento corporal, uma vez que bem elaborada essa
brincadeira estimula outros campos do processo de desenvolvimento da criança,
como: melhora do desenvolvimento do ensino e aprendizado, sociabilidade,
comunicabilidade, companheirismo, cooperação e responsabilidade. Para tanto,
é de suma importância que os professores da educação infantil compreendam
que brincando as crianças também aprendem e se desenvolvem (ABRÃO, 2012)
Em face dessa contingência, Navarro (2012) especifica que o processo
de aprendizagem é contínuo, a criança evolui constantemente, e à medida que
se desenvolve se torna capaz de compreender questões mais complexas. Nesse
processo, a família, os professores e a escola têm um papel essencial e decisivo,
pois são os responsáveis por estimular as crianças a desenvolver habilidades e
valores que formarão os futuros cidadãos.
Obter conhecimentos sobre os jogos tradicionais é primordial para
abordar e manter inserido no contexto escolar, sua perpetuação histórica,
transmissão de costumes. Trazer de volta os jogos populares para a vida das
crianças não significa conceber as formas antigas de brincar como “boas” em
detrimento dos jogos modernos como “ruins” FADELLI et al., (2003) mas sim
compreender a importância histórica e cultural desses jogos, além de oferecer
uma “nova” alternativa para as crianças da sociedade contemporânea que estão
cada vez mais condicionadas aos brinquedos eletrônicos, computadores,
celulares, tablets, etc.

1
Aculturação é o processo no qual há a modificação cultural de um indivíduo ou de um
povo por meio de influências externas, ou seja, há a adaptação a uma outra cultura
(fusão de culturas) processo que se dá geralmente através da dominação militar, política
ou territorial.
19

Para Moreira (2012), as brincadeiras fazem parte dos jogos e podem ser
utilizadas de forma adequada como recurso pedagógico e poderão contribuir
para o processo de aprendizagem das crianças na escola, especialmente na
educação infantil, pois estes recursos neste contexto retém o interesse da
criança, possibilitando assim, o seu desenvolvimento global de habilidades
necessárias para processo educativo
Conforme Darido (2017), pontua que os professores de Educação Física
podem fazer o resgate cultural de brinquedos, jogos e brincadeiras e levar ao
conhecimento dos alunos durante as aulas, possibilitando assim, que eles
adquiram o conhecimento. O professor não somente deverá apresentar os
brinquedos, jogos e brincadeira, mas também trazer ao conhecimento do aluno
toda sua história
Sendo assim, para Santos e Lima (2017, p.3), as aulas de Educação
Física devem despertar a curiosidade dos alunos ao aprendizado e a todas as
manifestações culturais possíveis, a partir do oferecimento de inúmeras práticas
corporais, “e nada mais justo e simples que desenvolver os Jogos Tradicionais
no âmbito escolar”. Para as crianças, as aulas de Educação Física representam
lazer, e estes jogos podem ser uma ferramenta poderosa para o ensino.
As brincadeiras tradicionais quando ministradas de forma planejada ou
adequada no ambiente escolar podem se tornar um grande recurso aos
profissionais da educação, podendo estas contribuírem de maneira significativa
com melhor possibilidade de aumento no processo de ensino e aprendizagem
dos alunos, transcendendo os limites escolar e chegando ao meio social,
principalmente no que se refere a melhora na mudança de hábitos sociais
(ABRAÃO; FIGUEIREDO, 2013)
Observa-se, assim, que ao aderir os jogos no ensino, proporciona
mudanças na postura do professor face o ensino, do qual o papel desse sujeito
transcorre de transmissor (orador) de conhecimento para observador e mediador
e também de incentivador da aprendizagem. Logo então, admite-se que por meio
do brincar o educador tem a possibilidade de conhecer o nível de
desenvolvimento das suas crianças, fazendo com que ele possa preparar o
ambiente e aplicar o jogo com materiais que despertem a curiosidade e
proporcionem a autonomia e a criatividade.
20

No entanto, para que os jogos e as brincadeiras tradicionais sejam


considerados ferramentas capazes de contribuir para o ensino-aprendizagem, é
preciso que haja planejamento com metas e objetivos bem definidos, a fim de
que o jogo não passe a ser uma atividade perdida e sem fundamentos.
Trabalhar com os jogos populares, segundo Franchi (2013), não significa
entrar na sala de aula com uma aula já descrita com todos os conhecimentos
previamente determinados, mas sim despertar nos alunos o desejo de conhecer
e vivenciar os jogos que fizeram parte da vida de seus pais e avós. A intenção é
que a partir do resgate desses jogos, bem como o entendimento da sua
relevância histórica, cultural e social essas aulas possam ser construídas
juntamente com os alunos, fazendo essa experiência de troca e interação e por
assim tornando o processo ainda mais enriquecedor e seus ganhos mais
duradouros.
Em síntese, Schafranski e Lima (2012, pg.02) destacam que a pesquisa
sobre os jogos tradicionais no contexto escolar poderá “resgatar os valores
esquecidos dessas brincadeiras favorecendo uma aprendizagem significativa
para a educação dos alunos”. Assim também, estas autoras ainda ressaltam que
o ritmo acelerado da vida moderna tem influenciado no brincar das crianças.
Diversas brincadeiras que estiveram presentes na infância de muitas crianças
há muito tempos, como amarelinha, bolinha de gude, cinco-marias, esconde-
esconde, hoje foram substituídos pelos jogos eletrônicos, televisão, brinquedos
eletrônicos e o tempo livre das crianças fora o período escolar substituídos pelos
pais pelo excesso de aulas extras como ballet, língua estrangeira, treinamentos
desportivos, informática.
Darido (2017) corrobora que é importante conhecer a realidade de todos
aqueles que estão participando dos jogos e também em que parte de seu
desenvolvimento estão, facilita todo o trabalho e fazer docente do professor, ao
construir sua aula, pensando exatamente em tudo que for necessário para o
planejamento. Logo, a utilização de jogos na Educação Infantil, com finalidade
pedagógica, surge como um instrumento de ensino aprendizagem, nessa fase a
criança começa a adquirir um domínio de mundo, demonstra interesse para
atividades e objetos.
21

3 BRINCADEIRAS E JOGOS QUE PODEM SER UTILIZADOS NAS AULAS


DE EDUCAÇÃO FÍSICA.

Segundo a BNCC, os jogos e brincadeiras possibilitam ensinar para o


aluno formas de conviver em diferentes contextos, ambientes socioculturais e,
também, valores, são práticas de ensino fundamental para o aprendizado,
devido ser um campo que possibilita ensinar, através de uma brincadeira ou jogo,
diversos conhecimentos, pode ser facilmente utilizado como uma ferramenta
auxiliar para o ensino.
Segundo Santos e Pereira (2019), os jogos e brincadeiras podem ser
considerados um enfoque didático quando utilizado na sala de aula, pois causa
motivação e podem ser feitas adaptações e adequações para propriedade do
conhecimento.

3.1 Importância da Educação Física

A Educação Física, através das atividades cooperativas, promove a


integração, e a solidariedade entre os alunos, e cria espaços de reflexão e
inclusão para que estes se aproximem uns dos outros, tendo grande potencial
para eliminar qualquer forma de preconceito e bullying (MEHL, 2016). Fato que
concorda com a ideia de que a educação física no ambiente escolar tem a
capacidade de promover valores como a solidariedade e a cooperação
(CASTELLANI FILHO et al., 2009).
A BNCC (BRASIL, 2017) específica do Ensino Fundamental elenca como
conteúdos as modalidades de brincadeira e jogo, esporte, ginástica, dança, luta,
prática corporal de aventura e prática corporal no meio líquido. Logo pois sobre
essa análise, compreende-se que a utilização do brincar é reconhecido como
uma estratégia para a aprendizagem e trará benefícios para as crianças, e terão
mais condições facilitadoras para a aprendizagem.
Sobre esse assunto a BNCC/BRASIL, (2018, p. 214) evidencia que como
conteúdo de ensino, o jogo “explora aquelas atividades voluntárias exercidas
dentro de determinados limites de tempo e espaço, caracterizadas pela criação
e alteração de regras, pela obediência de cada participante ao que foi combinado
coletivamente, bem como pela apreciação do ato de brincar em si”.
22

De acordo com Batista e Moura (2019), as aulas de educação física


devem promover diferentes conexões entre os seres humanos, a sociedade e o
meio ambiente. Promover uma ação de contextualização tem como objetivo a
aproximação do conhecimento presente nos currículos com as relações sociais,
históricas, políticas e ambientais que se fazem presente diariamente no cotidiano
dos alunos. Por isso, é importante valorizar as diversas experiências, que podem
ser provenientes do ambiente escolar e/ou fora dele.
Assim então, ao refletir sobre a importância dos jogos e brincadeiras como
acessório de caráter educativo no espaço escolar, é primordial que o professor
venha praticar este trabalho de maneira que o lúdico contribua com o
ensino/aprendizado do aluno para que este que obtenha resultados satisfatórios.
Percebe a necessidade do professor de Educação Física de modo geral, também
buscar formas de como estimular maior agregação dos valores dos
conhecimentos.
Em conformidade com Daolio, (2013) acreditamos que a importância de
se trabalhar com os jogos e brincadeiras tradicionais nas aulas de Educação
Física escolar se dá porque os corpos dos alunos e suas possibilidades de
manifestação devem ser refletidos enquanto construção cultural, histórico e
social.
De acordo com Souza (2007), a recreação é utilizada como uma forma de
prevenir doenças tanto físicas como mentais, contribui para uma vida saudável,
promove a capacidade de se desenvolver no meio social, por meio da integração
com outras pessoas ou grupos distintos, em termos de afinidades e culturas. Ao
mesmo tempo, a Educação Física recreativa amplia nas crianças seu
desenvolvimento cognitivo, social e psicomotor.
Na atualidade é possível nos deparamos com os jogos em diferentes
espaços de convivência, e podem ser utilizados com diferentes objetivos, sobre
este contexto diversos autores defendem sua presença na escola como um
importante instrumento de ensino e aprendizagem.
Dessa forma, Segundo Almeida, Almeida e Martins (2017) a ludicidade
apresenta-se de forma essencial para o indivíduo, tendo em vista que a presença
da mesma através de brinquedos, brincadeiras e jogos perpetuam desde o
nascimento até o decorrer de toda a vida do ser humano. Conforme Martins,
Jung e Silva (2018) as brincadeiras e os jogos são atividades que estão em meio
23

a sociedade desde os tempos pré-históricos sendo elas de fundamental


importância para contribuição o processo formativo humano. Dessa forma, a
utilização da ludicidade é fortemente particular no período da infância, tendo em
vista que através delas as crianças podem socializar, interagir e se desenvolver
(BELO; NUNES, 2020).
Como descrito por Maluf, (2012, p. 21) quando brincamos exercitamos
nossas potencialidades, provocamos o funcionamento do pensamento,
adquirimos conhecimento sem estresse ou medo, desenvolvemos a
sociabilidade, cultivamos a sensibilidade, nos desenvolvemos intelectualmente,
socialmente e emocionalmente.

3.2 Brincadeiras e Jogos na Educação Física.

Por sua proporção de forma lúdica, o jogar e o brincar pode ser


reconhecido como uma das bases sobre a qual se desenvolve o espírito
construtivo, a imaginação, a capacidade de sistematizar e abstrair e a
capacidade de interagir socialmente.
Através das atividades e da ação de adotar o brincar, percebe-se que a
criança se, regula-se regula e passa a construir recentes normas para si e para
o outro. No entanto, ela cria e recria a cada nova brincadeira, no mundo que a
cerca. Esta forma de linguagem possibilita o entendimento e a interação social e
pessoal, ajuda a colocar-se no lugar do outro e disponibiliza a mudança dos
pontos de vista diferentes.
Nos relatos de Alves (2010) a Educação Física, especialmente, referindo-
se na atualidade, vem se tornando um meio de socialização nas escolas de
forma muito clara, avançando teoricamente e tecnologicamente para transferir
aos alunos melhores métodos e conceitos sobre a área.
Para Silva e Gonçalves (2010) o brincar e o jogar são momentos sagrados
na vida de qualquer indivíduo. É com a prática dos jogos e das brincadeiras que
as crianças ampliam seus conhecimentos sobre si, sobre os outros e sobre o
mundo que está ao seu redor, desenvolvem as múltiplas linguagens, exploram e
manipulam objetos, organizam seus pensamentos, descobrem e agem com as
regras, assumem papel de líderes e se socializam com outras crianças,
preparando-se para um mundo socializado.
24

De acordo com Cordazzo e Vieira (2007) a brincadeira caracteriza-se


como uma prática realizada de forma livre e espontânea, que deve gerar prazer
ao ser praticado, na qual não pode apresentar limites, e que se apresenta de
uma forma não estruturada, mostrando assim uma maior flexibilidade. Através
da brincadeira as crianças têm a oportunidade de se relacionar socialmente,
experimentar habilidades, como também conhecer e regular suas emoções, não
sendo utilizado apenas como forma de distração (BRITES, 2020).
É importante frisar que o brincar é fundamental para o desenvolvimento
das crianças, a partir disso quando brincam, desenvolvem e reproduzem as
diversas formas culturais nas quais estão inseridas, desenvolvendo-se
psicologicamente e socialmente. Em um ambiente escolar os jogos recreativos
favorecem a convivência social e de construção de conhecimento, propiciando
ao aluno uma maior interação com a sociedade.
Sem dúvida, os jogos estão presentes na educação desde os primórdios,
sendo um recurso didático importante e bastante utilizado nas diversas
disciplinas escolares, pois eles auxiliam diretamente no aprendizado dos
estudantes. Zunino e Ramos (2008) ressaltam que os jogos tradicionais
assumem um contexto cultural e possibilitam a criação e a conexão com o meio
no qual o indivíduo está inserido. Kishimoto (2006) relata que os jogos e as
brincadeiras tradicionais têm a função de perpetuar a cultura infantil, além de
desenvolver formas de convivência social e permitir o prazer de brincar.
Para Huizinga (2008, p. 10) “o jogo é uma atividade voluntária. Sujeito a
ordens, deixa de ser jogo, podendo no máximo ser uma imitação forçada”. Ou
seja, o jogador adere por livre espontânea vontade à sua prática, definindo a
liberdade de escolha, se é imposto deixa de ser jogo.
Na área de Educação Física Escolar há muitas discussões sobre os
conteúdos que devem ser trabalhados pelos professores, as abordagens e áreas
de conhecimentos que ela abrange, além disso, o movimento, com técnicas
sofisticadas buscando a perfeição e adotando os conteúdos das áreas mais
diversas como as médicas, as biológicas e humanas entre outras. Vale frisar que
a Educação Física escolar pode prescrever numerosas relações que envolvem
o tema atividade físicas e saúde, de certa forma integrando diversas áreas de
conhecimento.
25

A partir desse contexto conceitua -se a importância da utilização de jogos


recreativos tradicionais como alternativa metodológica instrumentalizada com
fins educacionais nas aulas de educação física, abrange uma infinidade de
significados trazendo vantagens para a criança, que além de aprenderem,
adquirem também experiência social para o desenvolvimento de sua
personalidade.
É importante salientar que a utilização de jogos populares tradicionais nas
aulas de educação física, abrange uma infinidade de significados trazendo
vantagens para a criança, que além de aprenderem, adquirem também
experiência social para o desenvolvimento de sua personalidade, quando são
praticados pelas crianças, elas passam a demonstrar ideias de regras e
liderança, seguidas de limites impostos.
Nessa linha de pensamento, estes limites impostos se fazem
imprescindíveis na educação, uma vez que esta tem função de desenvolver o
ser humano para o convívio em sociedade, sendo este controlador e
transformador do meio. Após a constatação da importância dos jogos e
brincadeiras elencamos a seguir alguns jogos que podem ser utilizados nas
aulas de educação física dentro do conteúdo de educação física.
Cita-se como exemplo o jogo de Passar o anel, que Segundo Kishimoto
(2009), para jogar esse jogo os alunos devem sentar numa roda e tirar a sorte
para ver quem vai passar o anel. Os participantes devem unir as mãos, e quem
está com o anel deve ir passando no meio da palma das mãos juntas até
completar todas as mãos da roda.
Ao final, pergunta a um dos participantes em qual mão está o anel? Quem
acertar será o próximo a passar o anel nas mãos dos participantes, mas se errar,
quem recebeu o anel é que será o responsável por passar o anel, reiniciando a
brincadeira. Ainda de acordo com Dalla Valle, (2010) essa atividade tem o
objetivo de proporcionar a convivência social pacífica entre os educandos, tendo
em vista que a brincadeira aborda os conceitos de honestidade, seriedade e
continuidade, conceitos que o indivíduo leva para a vida toda.
Elenca-se também o jogo de Amarelinha, nos conceitos de Silva e
Gonçalves (2010), a história do jogo da Amarelinha tem origem greco-romana,
tendo seu ápice no Império Romano, em que se usava a pedra como um recurso
natural, algo característico das províncias do Norte da Europa, onde os caminhos
26

eram pavimentados com pedras, oportunizando aos seus soldados espaços


adequados para o jogo.
Friedmann (2006) explica que, para jogá-lo, rabisca-se no chão um total
de dez casas, em que as crianças saem do “inferno” e tentam chegar ao “céu”.
Com o lançamento da pedrinha, elas vão ultrapassando cada quadrado ou casa,
com saltos, alternando o pé de impulsão. A criança deve jogar a pedrinha,
começando pelo número 1.
Ela irá pulando e não pode pôr o pé no quadrado onde tiver caído a pedra,
pulando-o e seguindo até chegar ao último. Na volta, deve pegar a pedra.
Errando o pulo, pisando na linha, ou se a pedra cair fora ou sobre a linha, a
criança perde a vez. A brincadeira de amarelinha exerce inúmeras atividades
ligadas à psicomotricidade, visto que esse jogo exerce a concentração para o
alcance de um alvo, bem como a concentração para execução de passos
corretos para percorrer determinado caminho, estimulando o desenvolvimento
físico e psicológico (DALLA VALLE, 2010).
A brincadeira de Cobra-cega, Kishimoto (2009) explica que essa
brincadeira começa quando todos formarem uma roda e estiverem com as mãos
dadas. Deve-se escolher uma pessoa para ser a cobra-cega, que ficará com os
olhos no meio da roda. Então, o participante no centro da roda terá que agarrar
alguém em movimento da seguinte maneira: quem estiver do lado para onde a
cobra estiver indo foge, quem está do outro lado avança, com isso, uma dica, a
cobra deve pegar quem está atrás dela. Se porventura a roda quebrar, o jogador
que estiver do lado esquerdo de quem soltou a mão fica sendo a cabra, e a
brincadeira recomeça novamente.
Esse jogo, bem como o passar anel, tem o objetivo de proporcionar a
convivência social pacífica entre os educandos, tendo em vista que a brincadeira
aborda os conceitos de honestidade, seriedade e continuidade, conceitos que o
indivíduo leva para a vida toda (DALLA VALLE, 2010). Pular corda: Silva e
Gonçalves (2010) afirmam que com uma corda pode-se inventar diversas
brincadeiras, como, por exemplo, o pular corda.
Ao brincar, uma criança de cada lado segura na ponta da corda, enquanto
quem está no meio fica pulando, sendo desafiada a realizar movimentos
corporais em diferentes planos (alto, médio e baixo) e em constante desequilíbrio
27

(pular num pé só, saltando e rolando e agachados), não podendo ser tocada pela
corda em qualquer situação, mesmo que a velocidade de rodar a corda aumente.
Como caracteriza Papalia, Olds e Feldman (2006) o desenvolvimento
cognitivo está associado ao conjunto de modificações relacionadas às
capacidades da mente, que está associado ao pensamento, memória,
linguagem, criatividade e princípios morais.
No dizer de Strieski (2018) dessa forma, através das brincadeiras e dos
jogos, principalmente aqueles realizados de forma coletiva, podem proporcionar
a estimulação da linguagem, através da aquisição de palavras novas, como
também propiciar o desenvolvimento da capacidade imitativa, atenção,
imaginação e memória.
Do ponto de vista de Dalla Valle, (2010) quando isso acontece, a criança
é eliminada. Essa atividade tem uma finalidade mais biológica no
desenvolvimento humano, uma vez que está relacionado ao desenvolvimento
motor, bem como trabalha-se o psicológico no desafio da concentração.
Cabo de guerra: De acordo com Kishimoto (2009), para realizar essa
brincadeira, os alunos que irão participar são divididos em dois grupos com
números iguais de ocupantes. Com isso, cada grupo se posiciona de um lado da
corda, marcando no meio da corda a sua metade, ficando todos com partes
iguais.
Com um apito, cada grupo começa a puxar a corda para seu lado. Passa
a ser o vencedor aquele grupo que durante o tempo estabelecido conseguir
puxar mais corda do adversário ou totalmente os adversários para seu lado.
Nesse jogo desenvolve-se o contexto de cooperativismo, visto que uma equipe
precisa estar trabalhando em conjunto para conseguir a vitória.
Essa atividade promove a interação e a troca de ideias e o
estabelecimento de novos critérios e estratégias (KISHIMOTO, 2009). Vôlei de
toalhas: Cavallari e Zacharias (1994) afirmam que esse jogo é semelhante a um
jogo de voleibol, com a diferença que os jogadores atuarão em duplas que
deverão estar com as mãos amarradas por uma toalha, e deverão usar somente
a toalha amarrada ao invés das mãos, além de usarem a toalha para receber e
passar a bola. No mais prosseguirá como voleibol propriamente dito.
O árbitro será o professor que está no comando da aula, que seguirá as
mesmas regras e punições de um jogo de vôlei. Esse jogo estimula o
28

crescimento e o desenvolvimento, a coordenação motora, intelectual e a


iniciativa individual, estimulando a observação e o conhecimento das pessoas e
das coisas do ambiente. Essa atividade, para alcançar seus objetivos, necessita
de total atenção do professor e orientação para com os alunos (SILVA, 2014).
Peteca: No jogo da peteca, amarra-se uma trouxinha de folhas ou penas
de animais em pequenos pedregulhos, com uma espiga de milho ao meio.
Depois de pronta, a criança deve bater no fundo da peteca, vendo-a subir até
cair ao chão (KISHIMOTO, 2009). Essa brincadeira exerce inúmeras atividades
ligadas à psicomotricidade, visto que esse jogo exerce a concentração para o
alcance de um alvo, bem como a concentração para a execução de passos
corretos para percorrer determinado caminho, estimulando o desenvolvimento
físico e psicológico.
Nó humano: Segundo Silva, Paiva e Barra (2010), esse tipo de jogo requer
técnicas de estratégias que serão postas em prática pelos próprios participantes.
Para iniciar, faz-se uma roda com todos que irão participar. Os integrantes
devem estar com os braços estendidos em frente ao corpo. Com o apito do
professor, a roda vai fechando, e cada aluno deverá segurar em duas mãos
escolhidas na hora, formando a configuração de um nó.
O objetivo dessa brincadeira é traçar maneiras de desatar o nó, sem soltar
as mãos. Esse jogo objetiva desenvolver no educando o contexto de atividades
sociais, bem como observação de seus limites e orientações cognitivas. Como
prática pedagógica, possibilita maior capacidade de aprendizagem do aluno,
cabendo acrescentar que ele desenvolve noção espaço temporal, ou seja, a
coordenação motora satisfatória, estimulando a psicomotricidade (SILVA, 2014).
Bolinha de gude: Nesse jogo, deve-se juntar dez bolinhas de gude para
cada participante, entre quatro ou mais pessoas, e desenha-se um triângulo no
chão, completando-o de bolinhas juntadas ao centro. Fica-se em uma distância
aproximada de um metro e meio, para jogar as bolinhas de gude até conseguir
fazer a retirada de mais bolinhas de dentro do triângulo (GASPAR, 2007). Essa
brincadeira exerce inúmeras atividades ligadas à psicomotricidade, uma vez que
esse jogo exerce a concentração para o alcance de um alvo, bem como a
concentração para o lançamento das bolinhas, para acertar o alvo (DALLA
VALLE, 2010).
29

Jogo do pião: Para iniciar essa atividade, é necessário ter o pião, com isso
é só enrolar um barbante da ponta ao corpo do pião, segurando uma ponta e,
em seguida, é só atirar o pião em direção ao chão, desenrolando o barbante com
um impulso só. Ele cai no chão rodopiando e assim permanece durante um bom
tempo. A criança pode ampará-lo com a mão, para que ele passe a girar sobre
sua palma ou sobre seu dedo.
Essa brincadeira depende de muito treino e habilidade, para que se possa
alcançar a eficiência necessária (KISHIMOTO, 2009). Essa atividade, assim
como pular corda, auxilia no desenvolvimento motor, bem como trabalha aspecto
psicológico no desafio da concentração, visto que é preciso equilíbrio e agilidade
no jogo (DALLA VALLE, 2010).
Brasil (2018) conceitua que ao adotar os jogos nas aulas de educação
física, a BNCC indica que as decisões pedagógicas devem estar orientadas para
o desenvolvimento de competências. Por meio da indicação clara do que os
alunos devem “saber” (considerando a constituição de conhecimentos,
habilidades, atitudes e valores), sobretudo do que devem “saber fazer”
(considerando a mobilização desses conhecimentos, habilidades, atitudes e
valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício
da cidadania e do mundo do trabalho), a explicitação das competências oferece
referências para o fortalecimento de ações que assegurem as aprendizagens
essenciais definidas na BNCC .
30

4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Este trabalho foi realizado na Escola Municipal U. I. TEREZINHA M.


SALES EM LAGO DA PEDRA/MA, com alunos do 5º ano A. Buscou-se uma
melhor compreensão sobre o que a pesquisa se propôs, que foi a observação
dos alunos através dos jogos populares. Conceitua-se que os jogos favorecem
a composição das habilidades ao conviver em equipe, assim também nas
atitudes de cooperação e satisfação vindo do coletivo.
Cogita-se relatar que o jogo tem como objetivo incentivar a criança tornar-
se líder de suas atitudes. No entanto, o brincar possibilita à criança reter uma
postura além do comportamento normal, além do seu comportamento diário, seja
no ato da brincadeira, o brinquedo, funciona como se a criança, ela própria,
passasse a ser maior do que ela dentro desta realidade imaginária e ao mesmo
tempo, concreta para a mesma.

4. 1 Cenário do estudo.

Foram selecionados para responderem o questionário todos os alunos da


turma, mas recebi apenas 10 questionários respondidos, dos 10 respondidos
foram 6 meninos e 4 meninas. A opção pelo 5º ano se deu pelo fato que o
pesquisador estava no período de estágio, visando promover formas de
convivência social, onde o aluno possa interagir com os colegas.

4.2 Características do Estudo.

Essa pesquisa tem uma abordagem qualitativa, ou seja, segundo Minayo


(2009, p.21) trabalha com o universo de significados, dos motivos, das
aspirações, das crenças, dos valores e das atitudes. Esse conjunto de
fenômenos humanos é compreendido aqui como parte da realidade social, no
entanto o ser humano se distingue não só por agir, mas por pensar sobre o que
faz e por interpretar suas ações dentro e a partir da realidade vivida e partilhada
com seus semelhantes.
O presente estudo pretende realizar uma investigação, que busque
compreender qual a importância dos jogos populares nas aulas de Educação
Física do 5º ano do Ensino Fundamental. Portanto, partindo da preocupação do
fato de como os jogos e brincadeiras tradicionais (populares) estão
31

desaparecendo do dia a dia das nossas crianças devido a fatores como a


violência, o trabalho, trânsito e a tecnologia, reconhecemos que o ensino desses
jogos dentro da escola seja uma forma de dar continuidade a valorização cultural
popular do nosso país.

4.3 Sujeitos do Estudo.

A turma do 5º ano A, contem 20 alunos regulamente matriculados, no


entanto para realização deste estudo contamos com a participação de todos os
alunos. Pois é importante especificarmos de que forma os alunos pesquisados
defendem a importância do jogo popular na escola.

4.4 Instrumentos de Coleta de Dados.

Como instrumento de coleta de dados foi utilizado um questionário


desenvolvido pelo próprio acadêmico/ pesquisador, ambos de perguntas abertas
e fechadas, onde dispôs de 8 questões no total, a escolha da pesquisa é de
natureza bibliográfica e pesquisa de campo mediante as observações, por se
tratar de uma ação planejada, dentro de circunstâncias investigadas. O método
empregado foi o descritivo, sendo este que visa descrever o objeto de estudo,
os jogos populares na Educação Física, considerando a subjetividade dos atores
sociais da pesquisa.

4.5 Procedimentos de Coleta de Dados.

Logo após a pesquisa bibliográfica que teve como descritores as palavras


chave: Criança, Escola, Jogos populares, Brincadeiras, foi imprescindível
estabelecer a pesquisa de campo para proporcionar o acesso a outros elementos
capazes de sustentar uma discussão sobre a temática de estudo de forma, ainda
mais, consistente, sendo esses elementos parte do diário de campo e discussão
dos referenciais teóricos aqui apresentados.
Inicialmente, em um primeiro momento da apresentação da proposta,
reuni os alunos para uma conversa sobre o trabalho que seria desenvolvido, esse
momento de conversa foi importante, pois destaquei para eles que os mesmos
iriam fazer parte de um estudo , levando em consideração essas dimensões, foi
32

utilizado um questionário desenvolvido pelo próprio acadêmico/ pesquisador,


ambos de perguntas abertas e fechadas, foi entregue aos alunos, constituído por
8 questões , na qual responderam livremente o questionário de acordo com os
seus conhecimentos.
Os participantes assinaram o Termo de Assentimento Livre Esclarecido
(TALE), totalizando 8 (oito) perguntas, autorizadas pelos responsáveis a
participar da pesquisa. Os pais também assinaram o termo de assentimento livre
autorizando os filhos a participarem da pesquisa
As ações e observações aconteceram duas vezes por semana nas aulas
de Educação Física, durante um bimestre totalizando 8 aulas nos meses de
março a abril de 2023. As aulas de Educação Física ocorreram todas as quintas-
feiras, no último horário de aula – 16:40 às 17: 30h. O mesmo foi realizado em
sala de aula em dias da prática de estágio na escola campo, pois tratando-se de
crianças o questionário precisa ser bem minuciosa para os deixarem à vontade.
Pois é de extrema importância o resgate dos jogos populares dentro da
escola e na aula de Educação Física, acredita-se que é papel do professor ter
um compromisso com a sociedade; buscar a humanização dos seus alunos; dar
subsídios para que os estudantes ampliem seus conhecimentos.
33

5. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

É fundamental que o professor desperte o aluno para a importância do


resgate de jogos e brincadeiras tradicionais nas aulas de Educação Física, pois
atualmente os e brincadeiras tradicionais, que participam do desenvolvimento de
gerações passadas, não são valorizadas nem praticadas por jovens e pelas
crianças da época atual. Nota-se que os motivos que ocasionam, podem
associar-se por diversos fatores do mundo globalizado, onde o avanço
tecnológico passa a oportunizar novos divertimentos aos jovens e crianças.
A utilização das brincadeiras tradicionais nas aulas de Educação Física
contribui para o favorecimento da continuidade da cultura popular. Tais
brincadeiras proporcionam, em nossas crianças, um desenvolvimento saudável
e interativo de modo que propiciam o desenvolvimento motor e a socialização da
criança, fazendo com que tal resgate seja de alguma forma estendido para além
da comunidade escolar.
De início, foi realizada a observação da sala com o intuito de buscar
conhecimento sobre como é reconhecida a importância dos jogos e brincadeiras
nas series do ensino fundamental menor e também o interesse dos alunos pelas
atividades mediadas. O questionário inicial é composto por oito (08) questões,
sendo todas questões abertas, o qual teve como objetivo investigar de que forma
os jogos e as brincadeiras propiciam à criança uma experiência rica de
aprendizado e desenvolvimento dos seus aspectos físicos, cognitivos e
afetuosos.
A primeira pergunta foi: Quais as principais brincadeiras de Educação
Física que são realizadas na sala de aula?
Aluno 1: o jogo “5 marias”
Aluno 2: - gato mia
Aluno 3: corre cutia
Aluno 4: gato mia
Aluno 5: gato mia
Aluno 6: pega bandeira
Aluno 7: queimado
Aluno 8: cola e pega
Aluno 9: corre cutia
34

Aluno 10: cola e pega

No caso do jogo das 5 Marias, estas regras variam de acordo com a


região do país. A ideia principal é jogar um saquinho para cima, pegar um dos
que estão no chão e pegar novamente o que está no ar, sem deixá-lo cair e sem
encostar nos outros saquinhos.
Gato-mia é uma brincadeira em que uma pessoa tenta procurar outras
em algum espaço aberto com vendas nos olhos, tentando adivinhar quem é a
criança ou adulto em que ele encostou, pelo "miado" que a outra pessoa deve
fazer ao ser descoberto.
Corre cutia: As crianças, sentadas, formam uma roda. Uma
delas corre do lado de fora, com um objeto na mão (lenço, bichinho de pelúcia
pequeno, bolinha, etc.), enquanto as outras cantam a música abaixo. Quando a
música acaba, a criança que estava do lado de fora deve colocar o objeto atrás
de uma das pessoas da roda.
Pega Bandeira: O objetivo do jogador é capturar a bandeira da outra
equipe sem ser agarrado pelo adversário. O jogador que for pego ao tentar
agarrar a bandeira deve permanecer imóvel até que algum jogador do grupo
consiga tocá-lo.
Jogo da Queimada: Os jogadores/as deverão, então, “queimar” seus
oponentes jogando a bola neles e nelas que, por sua vez, deverão desviar e
evitar serem queimados. Entretanto, a pessoa que iniciou no cemitério antes
mesmo de ser queimada não tem o poder de queimar ninguém, podendo apenas
recuperar a bola para seu time.
Cola e pega: O “pegador” fecha os olhos e conta até dez enquanto os
outros jogadores se dispersam. A brincadeira começa quando o “pegador” corre
atrás dos outros, que tentam evitar serem apanhados. O primeiro a ser tocado
torna-se o “pegador” e o jogo continua.
De acordo com Tavares e Junior (2010) a presença do professor é
importante, pois auxilia nos conteúdos intuitivos. Dessa forma a arte prazerosa
do brincar nas aulas de Educação Física, não se torna apenas um divertimento
ou distração para a criança e sim ganha um caráter pedagógico tornando o
brincar algo sério e importante para o desenvolvimento. Mediante este contexto,
percebe-se que no decorrer das aulas de educação física, o jogo precisa ser
35

visto como fator de desenvolvimento, pois o mesmo estimula a criança no


exercício do pensamento, auxiliando-as na imaginação, levando-as a situações
independentemente do que elas veem.
Atualmente, a partir do momento que melhoramos a qualidade de nossos
convívios interpessoais e sociais, nossas competências passam a ser
aperfeiçoadas e visa gerar soluções benéficas para problemas comuns e
aperfeiçoarmos a qualidade de vida na perspectiva de melhorá-las para todos.
Na segunda pergunta foi: Na hora da prática das aulas de educação física
você gosta de brincar com seus colegas?
Aluno 1:sim, porque gosto de fazer amizades
Aluno 2: sim, porque precisamos ser unidos
Aluno 3: sim, pois somos amigos de todos
Aluno 4: sim, porque é legal ter novos amigos
Aluno 5: sim, porque devemos ser amigos um do outro
Aluno 6:sim, gosto porque é bom ter amigos
Aluno 7: sim, porque aprendemos com os outros amigos
Aluno 8: gosto de brincar e presto atenção nas aulas
Aluno 9: sim, porque somos todos unidos
Aluno 10: sim, porque devemos saber brincar e levar as coisas a sério

Na análise das respostas ,2 alunos (alunos 3 e 5) consideram importante


brincar com os amigos pelo motivo de serem amigos, o aluno 4 e 6 relata que é
legal ter novos amigos,7 ressalta que aprende com outros amigos, os alunos 2
e 9 considera a importância de serem unidos para que as brincadeiras sejam
realizadas, apenas o aluno 1 especifica que gosta das brincadeiras para fazer
amizades, o aluno 8 conceitua a importância de brincar e ao mesmo tempo
presta atenção na aula. O aluno 10 especifica a importância de saber brincar e
levar as coisas a sério.
Por isso é importante explicitarmos que deve ser valorizado a importância
das crianças brincarem em grupo, trazendo a consciência do aluno, pois a união
em brincadeira é uma oportunidade de desenvolvimento para a criança. Através
do brincar em grupo ela aprende, experimenta o mundo, possibilidades, relações
sociais, elabora sua autonomia de ação, organiza emoções.
36

De acordo com Echevarria (2014), os jogos nunca permanecem da


mesma maneira na qual são criados, porém, como uma ideia de manifestação,
eles se mantêm na cultura infantil, mantendo as tradições locais ainda vivas.
Ainda, outros fatos sociais, além da educação física, influenciam e influenciaram
nessas manifestações do jogo, até mesmo, a contação de histórias e lendas
urbanas presentes em cada folclore, o que se faz necessário para a preservação
e situações de como o jogo é definido, moldado e estruturado.
Nas premissas de Menezes et al., (2014) a Educação Física como
participante deste processo de desenvolvimento, tem como objetivo durante a
aplicação dos jogos e brincadeiras, desenvolver e estimular o lado biológico do
indivíduo, suas habilidades corporais e sensoriais, concomitante com o lado
emocional, oferecendo-lhe estímulos ao desenvolvimento em seu campo de
ação.
No contexto de Brotto (2002), é preciso resgatar nosso potencial para
viver juntos e realizar objetivos comuns. Necessitamos aperfeiçoar nossas
habilidades de relacionamento e aprender a viver uns com os outros, ao invés
de uns contra os outros. Nosso principal desafio é colaborar para construir
pontes que encurtem as distâncias, diminuam as fronteiras e aproximem as
pessoas umas das outras.

A terceira pergunta me interessei em perguntar: Quando as atividades


são realizadas em grupo você gosta de ficar sempre com o mesmo grupo
ou prefere trocar?
Aluno 1: Trocar de grupo
Aluno 2: Ficar no mesmo grupo
Aluno 3: Ficar no mesmo grupo
Aluno 4: Trocar de grupo
Aluno 5: Ficar no mesmo grupo
Aluno 6: Gosto de ficar trocando para diferenciar
Aluno 7: gosto de ficar trocando
Aluno 8: gosto de ficar com meus amigos
Aluno 9: gosto de trocar
Aluno 10: ficar no mesmo grupo
37

Diante dos argumentos dos alunos, observa-se que dos 10


entrevistados,7 alunos relatam que gostam de ficar trocando ao serem
realizadas atividades em grupos, apenas 3 alunos dão preferencias de fazer
trocas. É importante criar condições para que os alunos realizem o trabalho,
definindo as atividades a ser realizada, dando instruções e sugestões de
encaminhamentos, explicar as regras de cooperação dentro do grupo, mantendo
assim o agrupamento de forma produtiva por parte de todos os integrantes.
Para tal, Souza (2017), diz que isso se dá, pelo fato de a Educação Física
poder trabalhar conteúdos emergentes como, saúde, economia, história, entre
muitos fatores que, ao serem inseridos no contexto do jogo, podem alertar sobre
a realidade fazendo o indivíduo conhecer aquilo que está a sua volta. Tal
vivência, acaba legitimando o que o jogo proporciona, percebendo o ambiente
ao qual se vive, fazendo uma leitura do mundo de maneira lúdica.
A questão da competição muitas vezes não é vista com bons olhos na
escola, mas pode ensinar valores importantes na vida dos alunos, como por
exemplo, entender que a derrota numa determinada partida pode ser encarada
como um processo natural e não como um fracasso, visando à melhora dos
jogadores a partir dos seus erros na busca por um resultado melhor na próxima
tentativa, mostrando que o importante é competir, acumulando experiências que
podem melhorar o relacionamento em grupo (SILVA, 2017, p.3).
Seguindo para a quarta pergunta: Quando acontecem atividades que
envolvem jogos, você prefere só ganhar ou prefere apenas se divertir?
Aluno 1:me divertir
Aluno 2: me divertir
Aluno 3: Sempre ganhar
Aluno 4: Sempre ganhar
Aluno 5: Prefiro me divertir
Aluno 6: Os dois, pois ganhando me divirto (kkkk)
Aluno 7: me divertir e aprender
Aluno 8: prefiro ganhar
Aluno 9: prefiro os dois
Aluno 10: prefiro me divertir
Mediante as respostas obtidas, observa-se que a maioria dos
entrevistados não dão importância apenas em ganhar os jogos, com isso torna-
38

se fundamental fazer com que a criança aprenda a reforçar a confiança em si


mesmo e nos outros, pois não podem apenas priorizar o seu lado, ganhar ou
perder não é o que mais importa, e sim o processo educativo em todas as fases
de um jogo se colocar no lugar do outro.
Corroborando com essa ideia Rodrigues; Abrão (2018) as brincadeiras
possuem um papel de fundamental importância para a transformação da vida da
criança, possibilitando-as vivenciarem situações por meio da brincadeira as
quais irão se deparar quando alcançarem a vida adulta. A escola possui um
ponto de destaque nessa caminhada, pois é por meio dela que muitas crianças
possuem seus primeiros contatos com as brincadeiras, levando em
consideração que atualmente a tecnologia se encontra presente na maioria dos
lares.
A afetividade, o companheirismo, a disciplina, a organização dos
brinquedos após o uso, podem ser adquiridas por meio das brincadeiras
conjuntas entre as crianças, pois como foi supramencionado é uma preparação
sadia para as diversas situações que a infância contemporânea irá encontrar na
vida adulta (ABRÃO, 2012).
Na quinta pergunta: Dos materiais que a professora utiliza nas
atividades, o que você gosta de usar para brincar ou jogar com seu amigo?
Aluno 1: gosto de usar bolas
Aluno 2: usar corda para as brincadeiras
Aluno 3: usar arco para as brincadeiras
Aluno 4: gosto de jogar Voleibol
Aluno 5: gosto de usar bolas
Aluno 6: gosto de brincar com bolas
Aluno 7: gosto quando a professora utiliza as cordas e bolas
Aluno 8: gosto de brincar de vôlei
Aluno 9: gosto de tacobol
Aluno 10: gosto de bolas e cordas
Constatou-se que os jogos preferidos são, sobretudo, os jogos que se
utilizam a bola, eles dão a preferência nesse jogo muito mais pelo divertimento
que podem proporcionar, ou seja, a bola em suas brincadeiras, ao pegar, chutar
e jogar a bola, por exemplo, são ações que desenvolvem a coordenação motora
39

de pés, pernas, mãos e braços, além disso, também é possível desenvolver as


noções de velocidade e de força com o uso da bola.
É bem notável que em Kishimoto (2014) encontra-se o esclarecimento de
que o brinquedo, como objeto, assume condição potencializadora nas crianças,
canal de fruição do imaginário. Trata-se inegavelmente de reconhecê-lo como
suporte daquele que brinca. Sob essa ótica, ganha particular relevância o fato
de que, se o brinquedo é o objeto, a brincadeira, por sua vez, torna-se a
atividade/ação lúdica relacionada a ele.
Para Moreira (2012), as brincadeiras fazem parte dos jogos e podem ser
utilizadas de forma adequada como recurso pedagógico e poderão contribuir
para o processo de aprendizagem das crianças na escola, especialmente na
educação infantil, pois estes recursos neste contexto retém o interesse da
criança, possibilitando assim, o seu desenvolvimento global de habilidades
necessárias para processo educativo.
Dessa maneira, Darido (2017) ressalta que atualmente as brincadeiras
tendem a ser monótonas com pouco ou quase nenhum gasto de energia, devido
ao advento das novas tecnologias da informação, comunicação e entretenimento
que estão ganhando espaço na vida das crianças. Os computadores, os
videogames, a televisão estão sendo grandes aliados dos pais e crianças
quando a questão é brincar, porém auxiliando no sedentarismo infantil.
Os estudos de Nista-Piccolo e Moreira (2018) evidenciaram que os jogos
populares são de extrema importância na vida das crianças, promovendo
uma vivência motora saudável. O desenvolvimento motor é uma contínua
alteração do comportamento ao longo do ciclo da vida, realizando-se pela
interação entre as necessidades da tarefa, as necessidades biológicas do
indivíduo e as condições do ambiente(GALLAHUE & OZMUN, 2001)
Na sexta pergunta: Você tem conhecimento sobre a proposta dos jogos
populares na Educação Física?
Aluno 1:sim, acho que os jogos nos desenvolvem
Aluno 2: sim, acho que ajuda a desenvolver
Aluno 3: não,
Aluno 4: não
Aluno 5: sim
Aluno 6:sim, acho que nos dá força
40

Aluno 7: sim, acho que nos dá energia


Aluno 8: sim, acho que nos faz ficar saudável
Aluno 9: sim, acho que nos faz desenvolver com saúde
Aluno 10: sim, acho que nos dá energia
Diante das falas dos alunos entrevistados, que sobre a proposta dos jogos
populares observa-se que os alunos (1 e 2 ) ressalta ter conhecimento que,
esses podem beneficiar o seu desenvolvimento, porém os alunos (7 e 10)
,consideram que conhecem os jogos é um componente que os ajudam a ter
mais energia , apenas o aluno (9) justifica em sua resposta que os jogos ajudam
a desenvolver-se com saúde, apenas dois alunos (3 e 4) não tem conhecimento
sobre a proposta dos jogos populares, o aluno (5) apenas citou conhecer a
proposta dos jogos mais não adentrou sobre a proposta.
É importante apresentar as brincadeiras tradicionais para as novas
gerações e a escola pode e deve propiciar um ambiente ideal para essa
interação, levando em consideração a configuração atual da sociedade em que
as brincadeiras tradicionais já estão deixando de ser consideradas como
populares, em razão do novo público infantil viverem com a presença constante
da tecnologia no seu cotidiano (ABRÃO E FIGUEIREDO, 2013).
Nos conceitos de Darido (2017), os professores de Educação Física
podem fazer o resgate cultural de brinquedos, jogos e brincadeiras e levar ao
conhecimento dos alunos durante as aulas, possibilitando assim, que eles
adquiram o conhecimento. O professor não somente deverá apresentar
os brinquedos, jogos e brincadeira, mas também trazer ao conhecimento do
aluno toda sua história.
Ressaltando que os Jogos e as brincadeiras não ficam apenas dentro do
âmbito escolar, mas também são considerados um exercício de convivência para
a vida, com diversos atributos que podem ser usados na sociedade de hoje, que
não podemos negar o fato de ser extremamente individualista, aplicar nas aulas
a cooperação não é uma tarefa fácil.
A sétima pergunta foi: Quais jogos ou brincadeira que você prefere
para se divertir?
Aluno 1: brincar de Elefante Colorido
Aluno 2: birita, bola, peteca, pião, cola e bandeira.
Aluno 3: esconde-esconde, bandeira, pega-pega
41

Aluno 4: bola de gude na nossa região conhecida de peteca


Aluno 5: ovos do tiririca, pipa, pião e peteca
Aluno 6: esconde-esconde
Aluno 7: peteca, porque jogo apostado
Aluno 8: pião e peteca
Aluno 9: brincar de elefante colorido
Aluno 10: pipa, pião e peteca
Um fato relevante observado nas respostas dos alunos sobre as
brincadeiras a qual eles dão preferência, os alunos mostram muito interesse nos
jogos de Peteca e Esconde-esconde. Diante do exposto, esses jogos são a forma
mais simples e natural para o desenvolvimento de um sentimento grupal, sendo
que na maioria das vezes, faz com que as crianças aprendam a refletir sobre a
importância do trabalho em equipe.
Segundo Brotto (2002), escolhendo participar do jogo e do esporte, com
uma postura de cooperação, podemos aprender a harmonizar conflitos,
desequilíbrios, crises e confrontos, através do aperfeiçoamento da nossa
habilidade de cooperar uns com os outros, gerando ordem na desordem,
solidariedade na adversidade, companheirismo no individualismo e cooperação
na competição.
No contexto de Dias (2012), ressalta-se que isso faz com que as escolas
tenham o desafio de desenvolver mecanismos para atrair na criança o interesse
pelas práticas corporais, como os jogos e as brincadeiras tradicionais para um
melhor processo educativo, já que estas dependem tantas horas em frente às
mídias televisivas em suas casas, tornando-se assim as escolas para muitos, um
dos poucos espaços disponíveis para brincar com segurança.
Tratando de brincadeiras tradicionais e os jogos, pode-se destacar as
atividades que foram criadas e desenvolvidas por gerações passadas chegando
às gerações atuais. Na finalização do questionário, para saber sobre a
percepção dos pais e responsáveis sobre o que os mesmos achavam sobre a
contribuição dos jogos e brincadeiras, solicitei que eles fizessem uma pergunta
aos pais: Pergunte para seus pais ou responsáveis quais brincadeiras eles
brincavam quando criança, descreva aqui.
Do aluno 01 R- roda-roda e brincar de goiabeira;
Do aluno 02 R- boneca, roda-roda, esconde e bola;
42

Do aluno 03 R- jogar bola, birita, bandeira e salva latinha;


Do aluno 04 R- bola de gude na nossa região conhecida de peteca;
Do aluno 05 R- casinha, baleado, bandeira, esconde-esconde, pega-
pega, xibiu e elástico;
Do aluno 06 R- (mãe) pular amarelinha, (pai) soltar pipa;
Do aluno 07 R- ovos do tiririca, boneca, pipa, pião e peteca;
Do aluno 08 R- pião, boneca, pipa e peteca;
Do aluno 09 R- tacobol, bandeira, amarelinha, baleada e peteca;
Do aluno 10 R- birita, bola, peteca, pião, cola e bandeira.
Observa-se que quando as crianças perguntam para seus familiares
quais brincadeiras eles brincavam quando criança, analisa-se que, ocorrem
trocas e aproximação entre as diferentes gerações por meio da valorização da
experiência do outro. Além disso, neste processo de investigação, isto é
perceptível observar que antigamente as crianças também brincavam de pega
pega, iô iô, amarelinha, passa anel, cobra cega, peteca entre outras. Usavam
tocos de madeira, pedrinhas, legumes e palitos para fazer animais, além das
brincadeiras como amarelinha, cinco Marias, bolinha de gude, cantigas de roda,
passa anel, roda pião, empinar pipa dentre várias outras e assim, se divertiram.
Salienta-se nas palavras de Kishimoto, (2014, p.8) a compreensão dos
jogos dos tempos passados exige, muitas vezes, o auxílio da visão
antropológica. Ela é imprescindível especialmente quando se deseja discriminar
o jogo em diferentes culturas. Comportamentos considerados como lúdicos
apresentam significados distintos em cada cultura. Se para uma criança europeia
a boneca significa um brinquedo, um objeto, suporte de brincadeira, para certas
populações indígenas têm um sentido de símbolo religioso.
A esse respeito, encontramos a seguinte colocação de Machado
(2007,p.10) que os brinquedos e jogos, animados, podem até atrair a
curiosidade da criança caso ela tenha sido estimulada pela família a utilizar
e se divertir com tais recursos em sua experiência anterior, mas invariavelmente
os jogos, cores, sons, recursos multimídia, o teclado, o mouse, a
possibilidade de apertar botões e acionar programas, abrir janelas e
variar as brincadeiras irão fazer com que o computador ganhe a disputa .
É evidente que os Jogos Populares encaminham e amplificam o
desenvolvimento de quem os pratica, fazendo com que o costume aumente ou
43

mantenha os níveis de habilidades motoras em geral, melhore a interação no


convívio social e comportamental (AVELAR; TEIXEIRA, 2010).
Além disso, ao conceituar jogos e brincadeiras, Kishimoto (2014) traz
especificidades importantes também no que diz respeito ao popular e ao
tradicional. Para ela, nem toda brincadeira tradicional é popular, pois a tradição
estaria mais ligada a consolidação daquela prática na contemporaneidade que
vivemos. “É a memória coletiva, anônima e contínua que preserva o popular e
garante sua sobrevivência” (KISHIMOTO, 2014, p.93).
Para Cavalleiro (2014) uma leitura diferente do mundo surge à medida
que a criança interage com outras de mesma faixa de idade e com outros
adultos, diferentes do ambiente familiar. No entanto, segundo ela, se não houver
uma preocupação com a convivência multiétnica, seja em qualquer ambiente, a
educação daquela criança tenderá ser preconceituosa, pois seriam influenciadas
pelo pensamento acrítico dos adultos ao redor.

6. CONCLUSÃO
Este trabalho mostrou que o uso de jogos e brincadeiras, que são
conteúdos previstos pela BNCC utilizados como estratégias de ensino e
aprendizagem nas aulas de educação física, pode ajudar o aluno a construir suas
novas descobertas, assim também desenvolve e enriquece sua personalidade e
simboliza um instrumento pedagógico, provocam no aluno um desafio fazendo
com que sintam mais interesse e prazer em participar das atividades propostas
Nessa perspectiva, este estudo também possibilita destacar que a
utilização de jogos e brincadeiras tradicionais como alternativa metodológica
utilizadas nas aulas de educação física, abrange uma infinidade de significados,
trazendo vantagens para a criança, que além de aprenderem, adquirem também
experiência social para o desenvolvimento de sua personalidade. Portanto, as
brincadeiras e jogos são elementos indispensáveis para a formação do indivíduo.
A Educação Física Escolar oferece práticas corporais de suma
importância promovendo o desenvolvimento humano, pois o jogar e o brincar
contribuem na criatividade, na imaginação, no equilíbrio, na coordenação, na
agilidade, na linguagem e na socialização das crianças.
Produzir a presente pesquisa foi de suma importância para ampliar os
conhecimentos sobre o tema, sendo que através de estudos pode-se conferir
44

que o uso de jogos e brincadeiras nas aulas de Educação Física é indispensável,


pois existe uma influência direta deles com as necessidades dos alunos, pois
quando eles se sentem emocionalmente envolvidos com as atividades
realizadas, torna-se mais fácil e dinâmico o processo de ensino e de
aprendizagem, havendo momentos de construção de conhecimentos. Portanto,
as brincadeiras e jogos são elementos indispensáveis para a formação do
indivíduo.
Conclui-se que, a partir dos conteúdos desenvolvidos neste trabalho que
se torna fundamental ao professor de educação física a importância de incluir os
brinquedos e as brincadeiras no planejamento anual de Educação Física, e não
apenas oferecer modalidades esportivas, muitas vezes são atividades novas
para os alunos. O professor precisa ampliar seu repertório educativo para que,
dessa forma, possa ser despertado o interesse pela cultura de nosso país com
mais frequência e valorização, para que esta vivência não se perca no passado,
ficando para sempre em nossa memória.
45

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responsáveis. EFD eportes: Buenos Aires, (16) 156, 2011. Disponível em <
http://www.efdeportes.com/efd156/a-educacao-fisica-escolar-do-ensino-
fundamental. htm> Acesso em 12 de junho 2023.

SOARES, Everton Rocha. Educação Física no Brasil: da origem até os dias


atuais. Disponível em: (17): 169, 2012. Acesso em 12 de março 2023.
49

SOUSA, Elaine Oliveira de. A importância das brincadeiras e dos jogos


com ludicidade nas aulas de Educação Física. 2007. 35 f. TCC (Curso de
Pós-graduação em Psicomotricidade) - Universidade Cândido Mendes, Rio de
Janeiro, 2007

STRIESKI, B. C. O desenvolvimento psicomotor das crianças e as


contribuições no processo de aprendizagem. 2018. 33f. Trabalho de
Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) –Universidade Federal de
Rondônia, Vilhena, 2018

WAJSKOP, Gisela. Brincar na educação infantil: uma história que se


repete. São Paulo: Cortez Editora, 2012.

ZUNINO, A.P. Educação Física: 1º ao 5º ano/ Ana Paula Zunino, Marcos


Rafael Tonietto; ilustrações Adilson Farias. Curitiba: Positivo, 2008.
ZUNINO, Ana Paula. Educação física: ensino fundamental, 6º - 9º. Curitiba:
Positivo, 2008.
50

APÊNDICES
51

APÊNDICE A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

PREZADOS PAIS E/OU RESPONSÁVEIS,

Seu (sua) filho (a) ou a criança da qual você é responsável está sendo
convidado (a), a participar da pesquisa: UTILIZAÇÃO DOS JOGOS
POPULARES NAS SERIES INICIAIS DA ESCOLA U. I. TEREZINHA M. SALES
EM LAGO DA PEDRA/MA. Onde foi aplicado um questionário composto por
perguntas abertas que tem como pesquisador responsável (a) aluno ENIVALDO
ALVES BRITO do curso de graduação do curso de Educação física da UFMA –
universidade Federal do Maranhão.
Não interferirá em suas atividades de vida diária e que a pesquisa será
realizada com base somente nas respostas do questionário sem nenhuma
intervenção que atrapalhe o desempenho da aula. A obtenção de dados será por
meio de observações participantes (visitas nas escolas), grupos focais (rodas de
conversa) e entrevistas gravadas, as quais podem optar por conceder ou recusar
a mesma.
A pesquisa apresenta menor risco, referindo-se apenas há algumas
respostas evidenciadas nos questionários sobre alguns acontecimentos das
aulas de Educação Física, que o participante pode sentir um
desconforto/constrangimento quanto às respostas.
O tempo estimado para responder o questionário é de aproximadamente
trinta minutos. Os benefícios da pesquisa proporcionam aos participantes
reconhecer a importância das brincadeiras e jogos populares para uma
educação mais democrática e de respeito às diversidades. Que posteriormente
podem auxiliar os professores na realização de uma educação democrática e
com respeito à diversidade, que reforça um dos objetivos da escola, que é torná-
la democrática a todos os alunos.
O nome do (a) seu (sua) filho (a) ou criança que você é responsável não
aparecerá em nenhum momento na pesquisa, pois será identificado por letras e
números. Sua autorização para que aconteça a pesquisa é voluntária e poderá
ser retirada a qualquer momento.
52

Consentimento Livre e Esclarecido

Eu,
________________________________________________portadora do RG
__________________, abaixo assinado, responsável legal pelo menor
____________________________________li e/ou ouvi, entendi e declaro, em
posse de todas as informações referentes à pesquisa, que compreendi seus
objetivos, sua realização, assim como seus riscos e benefícios e autorizo meu
(minha) filho (a) ou da criança que você é responsável participar voluntariamente
da pesquisa: UTILIZAÇÃO DOS JOGOS POPULARES NAS SERIES INICIAIS
DA ESCOLA U. I. TEREZINHA M. SALES EM LAGO DA PEDRA/MA.

São Luís, ______ de _________________2023

_______________________________________________
Representante Legal

_________________________________________

Pesquisador (a). Responsável


53

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO


CENTRO DE CIENCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

TERMO DE ASSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO


(Anuência do participante da pesquisa, criança, adolescente ou legalmente
incapaz).

Você está convidado (a) como voluntário (a) a participar da pesquisa de


um estudo monografico sob a responsabilidade do (a) pesquisador (a)
Enivaldo Alves Brito, a qual pretende estudar UTILIZAÇÃO DOS JOGOS
POPULARES NAS SERIES INICIAIS DA ESCOLA U. I. TEREZINHA M. SALES
EM LAGO DA PEDRA/MA.
Poderão participar da pesquisa meninas e meninos com idade entre 9 e
10 anos; matriculados (as) na escola avaliada; A sra (sr.) tem liberdade de se
recusar a participar e ainda se recusar a continuar participando em qualquer fase
da pesquisa, sem qualquer prejuízo para a sra (sr.) (...). Sempre que quiser
poderá pedir mais informações sobre a pesquisa através do telefone do (a)
pesquisador (a) do projeto e, se necessário através do telefone do Comitê de
Ética em Pesquisa.
Riscos e desconforto: a participação nesta pesquisa não traz
complicações legais. Os procedimentos adotados nesta pesquisa obedecem aos
Critérios da Ética em Pesquisa com Seres Humanos conforme Resolução no.
196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Nenhum dos procedimentos usados
oferece riscos à sua dignidade.
Os resultados da pesquisa serão analisados e publicados, mas seu nome
não aparecerá, sendo guardada em sigilo atendendo a legislação brasileira
(Resolução Nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde), utilizando as
informações somente para os fins acadêmicos e científicos.
Se depois de assentir sua participação na pesquisa você desistir, saiba
que tem o direito e a liberdade de retirar seu consentimento em qualquer fase da
pesquisa, seja antes ou depois da coleta dos dados, independente do motivo e
sem nenhum prejuízo a sua pessoa.
54

Este termo de assentimento encontra-se impresso em duas vias originais:


sendo que uma será arquivada pelo pesquisador responsável, e a outra será
fornecida a você.

ASSENTIMENTO PÓS-INFORMAÇÃO

Eu, __________________________________________________, portador (a) do documento


de Identidade ____________________ (se já tiver documento), fui informado (a) dos objetivos
da presente pesquisa, de maneira clara e detalhada e esclareci minhas dúvidas. Sei que a
qualquer momento poderei solicitar novas informações, e o(a) responsável por mim poderá
modificar a decisão de participar se assim o desejar. Tendo o consentimento do meu(minha)
responsável já assinado, declaro que concordo em participar dessa pesquisa. Recebi o termo
de assentimento e me foi dada a oportunidade de ler e esclarecer as minhas dúvidas.

São Luis, ____ de ______________ 20___

_____________________________________
Assinatura do(a) menor

_____________________________________
Assinatura do(a) Pesquisador(a)
55

Questionário aplicado aos alunos


1. Quais as principais brincadeiras de Educação Física que são realizadas
na sala de aula que vocês não tinham conhecimento?

2. Na hora da prática das aulas de educação física você gosta de brincar


com seus colegas?

3. Quando as atividades são realizadas em grupo você gosta de ficar sempre


com o mesmo grupo ou prefere trocar?

4. Quando acontecem atividades que envolvem jogos você prefere só


ganhar ou prefere apenas se divertir?

5. Dos materiais que a professora utiliza nas atividades, o que você gosta
de usar para brincar ou jogar com seu amigo?

6. Você tem conhecimento sobre a proposta dos jogos populares na


Educação Física?

7. Quais jogos ou brincadeira que você prefere para se divertir?

8. Pergunte para seus pais ou responsáveis quais brincadeiras eles


brincavam quando criança, descreva aqui.

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