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Revista do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal da Grande Dourados

ISSN Eletrônico: 2358-9205

OS TIPOS DE SOCIAÇÃO EM SIMMEL


[Caio dos Santos Tavares]1
[Larissa Gabriela Gouveia Dos Santosl]2
Else Freire de Castro Amorim3

RESUMO: O presente artigo busca analisar como Georg Simmel teorizou acerca da relação e
individuo, alicerçado nas contribuições do conceito sociação. Mais especificamente, busca-se
mostrar as nuances desse conceito que evidencia o caráter interativo e fluido da teoria
simmeriana. Assim, apresentaremos as semelhanças e diferenças entre três tipos de sociação
visando entender o que leva os indivíduos se relacionar com os outros em sociedade.
Palavras-chave: Sociação. Sociabilidade. Dominação. Conflito

THE TYPES OF MEMBERSHIP IN SIMMEL

ABSTRACT: This article seeks to analyze how Georg Simmel theorized about the relationship
and the individual, based on the contributions of the concept of sociation. More specifically,
we seek to show the nuances of this concept that show the interactive and fluid character of
the seething theory. Thus, we will present the similarities and differences between three types
of sociation in order to understand what leads individuals to relate to others in society.
Keywords: Association. Sociability. Domination. Conflict

LOS TIPOS DE MEMBRESÍA EN SIMMEL


RESUMEN: Este artículo busca analizar cómo Georg Simmel teorizó sobre la relación y el
individuo, a partir de los aportes del concepto de sociación. Más específicamente, buscamos
mostrar los matices de este concepto que muestran el carácter interactivo y fluido de la teoría
de la ebullición. Así, presentaremos las similitudes y diferencias entre tres tipos de
sociabilidad para comprender qué lleva a los individuos a relacionarse con los demás en
sociedad.
Palavras Clave: Asociación. Sociabilidad. Dominación. Conflicto
1 Introdução

1
Mestre em Sociologia (UFAL), Professor de Sociologia, Secretária de Educação do Ceará – SEDUC-CE,
Sobral, Ceará, Brasil, https://orcid.org/0000-0003-0074-7545,http://lattes.cnpq.br/5013409226410089e
Caiotavares_@hotmail.com.
2
Mestranda em Sociologia (UFAL),Universidade Federal de Alagoas, Maceió, Alagoas e Brasil,
http://orcid.org/0000-0002-2291-9793, http://lattes.cnpq.br/2459332084227018 e santoslarissag@gmail.com.
3 Mestranda em Sociologia (UFAL), Universidade Federal de Alagoas, Maceió, Alagoas e Brasil,
https://orcid.org/0000-0002-7807-0688, http://lattes.cnpq.br/3622591218066249 e elsefreirecastro@gmail.com.
3

1
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MovimentAção, Dourados, v. X, nº. X, p. xx-xx, 20XX
Disponível em: http://ojs.ufgd.edu.br/index.php/movimentacao
[TÍTULO DO ARTIGO. INSERIDO PELA EDIÇÃO DA REVISTA]

Simmel residiu em um contexto de grande efervescência e mudanças sociais que era a


cidade de Berlim na Prússia (FREITAG, 1995). Entre o final do século XVIII e início do XIX
ocorreu na sociedade prussiana grandes transformações em sua estrutura, sendo elas: O
aumento da população, crescimento da indústria e do comercio, linhas de metrô, bondes e
carros circulando a todo instante, pobreza e espaços luxuosos; museus, teatros e cinemas. As
tradições iam se diluindo em uma velocidade atroz e o autor estava vislumbrando a
modernidade ganhando forma diante dos seus olhos. Desse modo, procurou analisar os
fenômenos sociais desse novo tempo (TEDESCO,2013).
A Prússia vivida por Simmel era um lugar de muita criatividade cultural, que resultou
na criação das teorias fenomenológica, relatividade, positivismo lógico e psicanálise etc.
(FILHO,1983). Além disso, desde 1870 até a queda do Muro de Berlim, tínhamos uma
característica sociocultural com duas realidades distintas: “a polarização pode mudar de nome
(leste e oeste, pobres e ricos, empresários e trabalhadores, comunistas e capitalistas etc.) mas
resiste ao tempo e à história” (FREITAG, 1995,p.134).
A teoria desenvolvida pelo autor é produto de um ambiente marcado por uma
pluralidade de valores, heterogeneidade cultura e profundamente fragmentado
(ANTUNES,2014). Como isso, sua inquietação era estudar aspectos particulares da realidade
social, ou seja, se afastam de uma abordagem totalizante do social (COHN,1979). O contexto
de Berlim pode ser uma chave explicativa interessante para entendermos a causa desse
posicionamento.
A sociologia de Simmel (1983a) parte de uma episteme que valoriza o movimento, o
imprevisto, a capacidade inventiva do indivíduo, a diversidade e a concepção que o ser
humano está em construção. Desse modo, as organizações coletivas como estado, burocracia,
direito, partidos políticos etc., são feitas e refeitas pelos indivíduos em diversas formas
sociais.
Para Simmel (1983a) Sociologia deve estudar as formas sociais, que são a maneira que
os indivíduos se relacionam com os outros e o modo que esse indivíduo externaliza aquilo que
recebeu dos outros no decorrer da vida. Essa ciência deve investigar as diversas formas que os
indivíduos estão inseridos e como ocorrem esses contatos. O autor postula que termos como
sociedade europeia e sociedade industrial, são genéricos e vagos (FILHO,1983).
Para compreender a dinâmica social é necessário investigar as mais diversas formas de
sociação e o que mantem essas formas unidas. Nesse sentido, não considera a sociedade como
sendo algo estático e homogêneo, sua sociologia procura mostrar que a realidade social se

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[Nome do/a autor/a. Inserido pela edição da revista]

característica pelo constante processo de constituição e desconstituição das formas


(COHN,1979).
O presente artigo busca contribuir com a discursão teórica acerca de um autor que
possui menos prestígio na academia brasileira, em comparação com o núcleo sociológico
básico composto por Durkheim, Weber e Marx (COULSON, RIDDELL ,1979). Entretanto, as
contribuições de Georg Simmel tiveram importância, pois influenciaram a sociologia alemã
de Weber e a sociologia americana (COSTA,1999).
Em vista disso, faremos uma análise sobre a relação indivíduo e sociedade especificamente o
conceito sociação. Para atingir essa finalidade, dividimos o artigo em quatro seções, além da
presente introdução e das considerações finais. Na primeira, apresentamos a definição do
conceito sociação. Na segunda, buscamos mostrar o tipo de sociação lúdica nomeado como
sociabilidade. Na terceira, o intuito foi analisar o outro tipo que é o conflito. Na quarta parte
definimos a sociação como dominação.
2 A definição de Sociação
O conceito sociação é uma chave explicativa para entendermos a relação indivíduo e
sociedade em Simmel. A partir do instante que ocorre uma ligação entre os indivíduos, temos
uma influência recíproca no curso da ação (SIMMEL, 2006). Então, Simmel caracteriza a
sociação como sendo a realização da interação social (HANKE, 2002).
Em sociedade, estamos a todo o momento praticando sociação. O indivíduo que
transita pela vida cotidiana exerce diversas interações sociais que contribuem com a formação
de sua subjetividade (SANCHIS,2011). E quando entra em contato com outros, aprende a
lidar com as circunstâncias, construindo sua subjetividade à medida que interage nos variados
grupos sociais (SIMMEL, 2006).
A vida urbana que Simmel (1973) estava analisando vivia um profundo processo de
complexificação, temos o crescimento demográfico e a crescente divisão do trabalho. Na qual,
resultou em maior autonomia individual frente aos grupos sociais que são mais flexíveis. Esse
sujeito com mais liberdade propicia um aumento do individualismo. As cidades urbanas
disponibilizam a possibilidade de transitar em diversos grupos sociais, oferecendo uma
concepção de maior autonomia frente às determinações grupais. Já no ambiente rural, o
indivíduo fica preso aos vínculos de nascimento e territorial.
Simmel (1973) irá destacar que os indivíduos estão em contato com várias pessoas de
forma constante nas cidades urbanas gerando uma postura de reserva frente aos diversos
estímulos que recebe a todo momento ao estabelecer as relações sociais. Diferentemente do

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ambiente rural que resulta em uma ligação mais amigável, os laços possuem mais
proximidade gerando uma confiança maior nos outros. Já nas cidades, o comportamento se
modifica e a hostilidade predomina. Isso é resultado da falta de conhecimento sobre os outros
que estão ao seu redor. Simmel (1986) aponta que é o saber recíproco que alicerça a confiança
em estabelecer uma relação social. Só que na vida urbana, ocorre uma postura de
impessoalidade no trato e esse afastamento faz com que o sujeito não saiba com quem está
interagindo.
Para Simmel (1973) a consequência dessa situação é a reserva assumida pelo
indivíduo que é a repulsa e aversão aos outros, em que, prefere se manter afastado dos demais.
Em razão de desconfiar daqueles que estão a sua volta, tornando indispensável um
comportamento de reserva, ocasionando uma postura de desconfiança. Nas cidades urbanas, a
vida é marcada pelo perigo e a insegurança, fazendo com que seja imprescindível a cautela
quando se estabelece a interação social.
Seja na cidade ou campo os indivíduos vivendo em sociedade estão fadados a
praticarem a sociação, pois é intrínseca a sociedade. O que o autor diferencia é que a depender
da circunstância que o sujeito está inserido a maneira que se relaciona será diferente.
Temos duas noções que estão atreladas ao conceito sociação que vão nos ajudar a
compreender a relação entre indivíduo e sociedade, são elas: conteúdo e forma.
Simmel define conteúdo da seguinte maneira:
Tudo o que existe nos indivíduos e nos lugares concretos de toda realidade
histórica como impulso, interesse, finalidade, tendência, condicionamento psíquico e
movimento nos indivíduos — tudo o que está presente nele de modo a engendrar ou
mediatizar os efeitos sobre os outros, ou a receber esses efeitos dos outros
(SIMMEL, 2006,p.6).
Em Simmel (2006) é concebido que conteúdo está relacionado ao que os indivíduos
possuem dentro de si. Em outros termos, é aquilo que tem em sua psique. É apontado que a
partir das diversas interações sociais vai sendo formado o conteúdo interior do sujeito. Então,
esse indivíduo é produto das interações que são desenvolvidas na sua vivência em sociedade.
O conteúdo é esse aspecto que está na mente, mas não é somente psicológico, pois é
construído nas diversas interações que os sujeitos fazem em sociedade. Destarte, temos esse
caráter psicossocial quando é tratado dessa noção (SIMMEL, 2006).
Além disso, o conteúdo que é essa agregação de interesses individuais isolados, não
deve ser encarado como sendo sociação. A situação muda quando é transformado em maneira
de ser e se relacionar com outro. Para Simmel (2006), a sociedade é constituída por diversas
formas sociais que os indivíduos vivenciam ao longo de sua vida.
O autor define o conceito forma da seguinte maneira:
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São fatores da sociação apenas quando transformam a mera agregação


isolada dos indivíduos em determinadas formas de estar com o outro e de ser para o
outro que pertencem ao conceito geral de interação. A sociação é, portanto, a forma
(que se realiza de inúmeras maneiras distintas) na qual os indivíduos, em razão de
seus interesses - sensoriais, ideais, momentâneos, duradouros, conscientes,
inconscientes, movidos pela causalidade ou teleologicamente determinados, se
desenvolvem conjuntamente em direção a uma unidade no seio da qual esses
interesses se realizam (SIMMEL, 2006, p.6).

Quando o conteúdo individual sai de sua interioridade, passando a expressar aquilo


que está preso em si para o outro vira forma social (SIMMEL, 1965). Vivendo em sociedade,
os indivíduos estão situados em diversas formas sociais e em cada uma o sujeito molda o
comportamento para se adequar as circunstâncias estabelecidas formando uma unidade que
pode ser duradoura ou efêmera (SIMMEL, 2006).
Temos variados aspectos em muitos casos contraditórios que fazem com que o
indivíduo interaja com o outro. À vista disso, em uma determinada situação, os sujeitos são
repelidos e no mesmo instante atraídos (SIMMEL,1973). Essas tendências de comportamento
compõem a relação em si, ou seja, na mesma relação abarca sentimento por uma pessoa de
amizade e impulsos eróticos (SIMMEL,1983h). Desse modo, na sociação ocorre que a
personalidade total é composta por múltiplos sentimentos, impulsos e desejos que agem sobre
a personalidade total do outro que também possui esses inúmeros aspectos psicológicos
(OLIVEIRA, VIEIRA, 2015).
Os indivíduos estabelecem ligação com os outros não apenas por um elo. Em outros
termos, a sociação pode ocorrer a partir de um conflito, dominação e sociabilidade. Em
determinada situação impera um modo, ora outro. Essas relações estão em constante
movimento, existindo um caráter de heterogeneidade na interação estabelecida em sociedade
(SIMMEL, 1983a).
Como visto, Simmel propõem uma análise sobre a relação entre indivíduo e sociedade fluida e
interativa (COSTA,1999). Nesse sentido, os três tipos de sociação conflito, sociablidade e
dominação despertam o impulso de estar em relação com o outro. Em vista disso, não existe
uma indiferença frente aos estímulos da vida cotidiana. A seguir mostraremos de forma mais
detalhada como o autor analisou esses tipos de sociação.
3 A definição de sociabilidade
A sociabilidade é uma forma específica de sociação. Consiste em um modo lúdico de
realização da interação social. É toda sociação que apresenta um fim em si mesmo (HANKE,
2002). É definido como sociabilidade somente quando os indivíduos na vida cotidiana estão

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interagindo pela finalidade de vivenciar aquela sociação, se desvencilham da realidade da vida


evitando conflitos, com isso buscam vivenciar prazerosamente o momento (SIMMEL,1983h).
Quando a sociação se desenvolve de um modo que não desperte a satisfação mútua,
deixa de ser sociabilidade. Por esse motivo que esse conceito é uma forma autônoma da
realidade, pois os indivíduos estão vivenciando um momento que está à parte das angústias do
cotidiano (HANKE, 2002).
Simmel (2006) definiu a sociabilidade como uma forma autônoma de sociação no
sentido do ato de se liberar de determinados laços das realidades da vida. Em outros termos,
interage pelo simples interesse de se entreter com o outro evitando determinados atritos.
A sociabilidade requer que os envolvidos busquem satisfação mútua de estarem com o
outro. Os sujeitos não devem buscar nada além da satisfação daquele instante. Onde o que
interessa é apenas o sucesso do momento sociável (FANTINEL,2016). Neste tipo de sociação
é necessário que todos os envolvidos tenham satisfação nesta relação. Para ser caracterizada
sociabilidade, será excluída desse conceito toda forma de sociação que apenas um indivíduo
esteja se sentido satisfeito, excluindo com isso, interesses egoístas. Logo, ambos ao estarem
interagindo devem estar na mesma sintonia para ser uma sociabilidade (OLIVEIRA,
VIEIRA,2015).
A sociabilidade ocorre na interação estabelecida entre os indivíduos que necessitam
garantir ao outro aquele o máximo de valores (alegria, liberdade e vivacidade) (SIMMEL,
2006). Ou seja, é preciso que outro se sinta bem naquela interação. Do mesmo modo, precisa
receber de volta do outro indivíduo esses valores.
Porém, a vida cotidiana não se caracteriza apenas em momentos de prazer e entretenimento,
outras formas de sociação estão espraiadas pela sociedade. O autor tinha a consciência dessa
diversidade de formas dos indivíduos estabelecerem contato. Destarte, postulou outro tipo de
sociação que é a dominação.
4 Sociação como forma de dominação
Para Simmel (1983c), a dominação que é um tipo de sociação se caracteriza pela
reciprocidade entre aqueles que ordenam e os que se submetem as ordens. Em vista disso, a
atuação da autoridade requer correspondência entre os envolvidos. Com isso, a dominação é
praticada de forma relacional (CARVALHO,2007).
A dominação não ocorre de forma mecânica, aquele que se encontra em uma posição
de subordinado não é apenas um meio para o exercício do poder do subordinador (SIMMEL,
1983c). Nesta forma de sociação ocorre uma reciprocidade, ou seja, aquele que influencia é

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também influenciado. Mesmo que essa forma de sociação esteja sendo realizada de um modo
que as assimetrias são evidentes como em uma relação de escravos e servos, existe a
capacidade do oprimido persuadir a ação do opressor. (CARVALHO,2007)
Ambos estão vinculados de maneira diferente nesta relação. Ou seja, o indivíduo que
está sendo dominado reconhece a autoridade do dominador e aquele que está dominando se
fortalece com a aquele tipo de relação.
Além disso, Simmel (1983c) ao tratar de autoridade é relativizado seu caráter de mero
indutor coercitivo que faz com que os outros tenham que se submeter a ela. É tipificado duas
maneiras de autoridade em sociedade. A primeira se caracteriza como sendo a autoridade de
uma pessoa que goza de muita relevância em um determinado grupo social. Por isto, possui
uma respeitabilidade explícita fazendo com que se tenha respaldo para tomar determinadas
decisões de acordo com seus valores. Esse modo de exercer a autoridade está vinculado a
subjetividade que tem uma característica de ser relativa e variável. Já a segunda característica
é predominante na modernidade que é a autoridade exercida por uma instituição social. Dessa
forma, esse poder é supra-individual, ou seja, a sua autoridade está atrelada a instituição, não
dependendo com isso da sua própria individualidade, será exercido de modo impessoal e
objetivo.
Além disso, os próprios dominantes precisam seguir essas ordens que transcendem sua
alçada de dominação, pois esses também estão submetidos as regras legalmente referendadas.
Desse modo, com a modernidade, aqueles que são superiores e inferiores dentro de uma
hierarquia de relação são tratados como iguais no ponto de vista do exercício dessa forma de
dominação impessoal (CARVALHO,2007).
Essas instituições modernas fazem a mediação das relações sociais efetivadas pelos
membros que compõem essa unidade social (MEUCCI,2008). Ao invés de ser realizado a
dominação direta, com a criação desses órgãos temos instituições com cargos, leis,
procedimentos, representações que dão alicerce as interações. Por esse ângulo, a dominação
passa a ter um caráter de norteamentos abstratos, gerais e que estão além dos indivíduos
(SIMMEL,1983d).
Na modernidade os indivíduos, sejam eles dominados ou dominantes não estão
situados em uma lógica singularizada e personalista, mas são regulados em uma dinâmica
objetiva, racionalizada e impessoal (MEUCCI,2008). Os contratos são a materialização dessa
forma de relação social, pois o que prevalece são aspectos que contemplam a objetividade
econômica e jurídica, em detrimento de elementos pessoais (SIMMEL,1983d).

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Dessarte, existe uma delimitação ao realizar a dominação resultando com que o


exercício da dominação seja praticado em determinadas formas sociais, ou seja, o patriarca
“só pode dar ordens aos outros membros da família” (Simmel, 1983d p. 116). Por
consequência, seu poder é circunscrito aqueles que fazem parte dessa instituição social que
está acima dos indivíduos. Do mesmo modo acontece com o trabalhador na era moderna, que
diferentemente da idade média que era subordinado como pessoa, na modernidade é
submetido como profissional de acordo com um salário correspondente as horas de trabalho
(MEUCCI,2008). Assim, as ações realizadas fora do ambiente de trabalho não estão na alçada
do empregador e essa relação é mediada por regras jurídicas e econômicas que são
supraindividuais. Dessa forma, não ocorre meramente por uma vontade pessoal-subjetiva, mas
estão condicionadas a lei. Por isso, aquele que domina se subordina a uma lei, não sendo
possível nem mesmo ele deslegitimar esse proposito objetivo que sustenta a sua posição
(SIMMEL,1983d).
Para Simmel (1983d), as relações de trabalho na modernidade são em muitos casos
balizadas por uma dinâmica institucional que são independentes da vontade pessoal do
trabalhador e da empresa. Isso ocorre quando é feito acordo pelos sindicatos que possuem
validade superior aquilo que tinha sido acordado de forma individual pelo trabalhador e o
contratante.
Por fim, Simmel (1983d) salienta sobre a relação de dominação o duplo papel que o
indivíduo assume a depender da situação social. Desse modo, aquele que ocupa a posição de
direção em uma empresa pode assumir uma postura de superioridade diante daqueles que são
subordinados. Contudo, quando se relaciona com o público que consome seu produto adota
uma atitude de submissão. Além disso, esse duplo papel pode ser vislumbrado quando aqueles
que estão em posição de subalternidade em um determinado grupo social, mas a percepção
daqueles que estão de fora é diferente, pois consideram que esses "representam a mais
enérgica dignidade do círculo completo e de sua ideia"(Simmel,1983d ,p. 121).
Essa compreensão demonstra o caráter fluido que assume as relações sociais praticadas pelos
indivíduos. Essa mesma característica será vislumbrada no outro do tipo de sociação que é o
conflito.
5 Sociação como conflito
O conflito é uma forma de sociação, pois é vivenciado não somente por uma pessoa
(OLIVEIRA, 2009). Esse tipo de sociação tem entre suas causas a raiva, ânsia e a ambição. A
natureza do conflito são pontos de vistas diferentes. Além disso, pode ser caracterizado como

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sendo a vontade de ter, dominar ou exterminar o opositor. Desse modo, é visto como um meio
para alcançar um intuito elevado (SIMMEL,1983e).
O conflito gera nos indivíduos mudança em seu comportamento com o
outro(SANTOS, 2014). Em vista disso, podem enfraquecer e fortalecer esse indivíduo. Além
disso, quando está em conflito busca canalizar sua concentração para luta com o outro. Com a
finalidade de alcançar êxito aprimora sua performance que se volta a esse fim, deixando em
segundo plano qualquer atividade que possa distrair de seu propósito (OLIVEIRA,2009).
Simmel (1983f) destaca que quando está interagindo em sociedade buscando competir
a ação do indivíduo gera um efeito de criar um elo à medida que aquele que o indivíduo
procura vencer, precisa entender suas virtudes e defeitos e mediante a essa aproximação com
seu oponente, orienta a sua ação. Nessa forma específica de conflito que é o ato de competir
não deve ser considerado esse tipo quando uma determinada pessoa aniquila ou tem a
intensão de prejudicar seu adversário. O objetivo que os competidores visam alcançar está à
disposição de todos que queiram lutar. Dessa maneira, todos que se sujeitam a essa situação
podem concorrer.
Devemos considerar que Simmel (1983b) procura diferenciar as relações conflitosas
que são realizadas pelos indivíduos em grupos sociais menores e maiores. A quantidade de
membros envolvidos no grupo contribui para as relações sejam de maior ou menos
intimidade, e quanto mais próximo for maior será a dificuldade de suportar divergências
(SIMMEL ,1983b).
Nos grupos sociais menores devido ao seu elo de intimidade, tem menor capacidade de
suportar tendências contrárias internas (traição, violência etc.) sem ocorrer a separação. Já em
grupos maiores, suporta duas tendências contrarias e hostis que se toleram e não causando
prejuízo para existência da unidade (SIMMEL ,1983b). Para ilustrar a própria disputa no
interior do Estado moderno entre os partidos políticos oferece sustentação para o equilíbrio
dessa unidade (JÚNIOR,2005).
Ademais, para manter sua unidade os grupos grandes característicos da modernidade,
criam órgãos (leis, cargos, valores) que organizam as sociações. Essas formas abstratas de
coesão grupal exercem força sobre seus criadores que são os indivíduos. Apesar disso, essas
entidades se distanciam e ganham autonomia em relação aos sujeitos. Com isso, cria a
sensação de que existem sem a necessidade dos sujeitos (SIMMEL ,1983b).
Na modernidade, as interações passam a ser mediadas por órgãos impessoais que
ganham predominância ao invés do contato face a face. Para manter sua unidade é adequado o

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distanciamento entre a estrutura e o indivíduo, essa mentalidade se contrapõe aos grupos


pequenos que são mantidos por laços de afetividades que são o princípio vital de sua
existência (MEUCCI,2008).
Para Simmel (1983b) a diferenciação das disputas ocorridas nos grupos sociais não
ocorre simplesmente por sua quantidade de componentes, mas também pela moral e a norma
que baliza a organização do grupo social e a atitude dos sujeitos em seu interior.
A moralidade gera o comportamento individual em relação aos outros grupos ou
indivíduos. O desenvolvimento da moralidade ocorre no interior desse sujeito, no confronto
entre aquilo que ele é e o que deve fazer. Em outras palavras, essas formas normativas
advindas do exterior do indivíduo são recebidas por esse em seu interior e agrega conteúdos
particulares que irá direcionar suas ações com o seu grupo social. Além disso, a moralidade
assume a característica de formação da consciência do indivíduo, fazendo com que
autorregule seus comportamentos. A moralidade individual baseia a ação, fazendo com que
seja realizado de certa maneira automaticamente, sem pressões sociais externas
(SIMMEL ,1983b).
A sociedade deseja que o indivíduo tenha moralidade para agir de um modo eficiente.
Desse modo, aquele que exerce com primazia a moralidade faz com que a sociedade não
precise utilizar seus órgãos reguladores de condutas (SIMMEL ,1983b).
A coerção jurídica é exercida quando a moralidade pessoal falha. Dessarte, o direito é
fundamental para a vida em grupo maiores, mediante os órgãos que executam seus conteúdos
sobre os indivíduos. Dessa forma, o direito retira a liberdade conquistada e está acima das
vontades individuais possuindo autonomia frente aos interesses particulares
(SIMMEL ,1983b).
Os grupos grandes necessitam e permitem normas judiciais mais rigorosas que são
materializadas objetivamente em leis. Nesse sentido, ocorre uma inibição de comportamentos
indesejados socialmente. A norma em grupos maiores assume a função de proibição que
impede o desenvolvimento de determinadas condutas. Do mesmo modo, oferecem
possibilidades de liberdade e individualização de seus membros (SIMMEL ,1983b).
Já em organizações sociais mais primitivas, o costume ganha centralidade ao invés do
direito. A sua diferença é que possui uma característica mais flexível do que a norma. Apenas
em condições especificas em um grupo particular o costume se impõem. Não necessitando do
poder coercitivo da lei para guiar os comportamentos em grupo (SIMMEL ,1983b).

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Nesse sentido, é demonstrado que as sociedades modernas ou primitivas procuram


formas de evitar que as tensões sejam realizadas buscando controlar os impulsos destrutivos
visando a conservação da unidade (SIMMEL ,1983a). Contudo, quando o grupo entra em uma
situação de conflito, utiliza a estratégia de centralização do poder em poucas pessoas, com a
finalidade da tomada de decisão ser realizada de um modo mais rápido.
Na teoria de Simmel (1964) o conflito é a mudança que ocorre dentro de uma unidade,
tem a capacidade de transformar grupos sociais e organizações. A unidade não é vista por um
viés de um todo harmônico. Neste conceito abarcam-se os descordos e separações, assim
como, os acordos, uniões e alianças. Essa unidade é caracterizada por esse duplo sentido
sendo formada por indivíduos que estão a todo momento interagindo.
Já que o conflito é reproduzido nas interações sociais acontece na forma de lutas
duradouras ou fugaz. Nesse sentido, o conflito existente entre indivíduos particulares não
afeta necessariamente todo o grupo social. Essa luta é alicerçada por regras e limitações que
orientam as ações das duas partes (SIMMEL ,1983a).
O conflito não necessariamente desintegra o grupo, já que é suportado uma
determinada quantidade de divergência interna e convergência externa e a unidade se mantem.
Além disso, as lutas que ocorrem em seu interior preservam os limites, e em muitos casos são
instigadas para permanecer as suas condições de existência (SIMMEL ,1983a). Para garantir
uma determinada unidade é necessária uma parcela congruente de equilíbrio e desequilíbrio,
luta e acordo. Temos essas categorias de sociação contrastante em sociedade
(SIMMEL,1964).
Simmel (1983e) aponta que os elementos repulsivos dentro de um grupo social fazem
com que os indivíduos mesmo estando em posições de subalternidade se organizem para
lutarem com aquilo que incomoda. Desse modo, combater arbitrariedades cometidas por
aqueles que estão em posição acima oferece aos individuo uma satisfação, passatempo e
conforto. Portanto, o embate faz o indivíduo perceber que não é mero produto das
circunstâncias externas a si.
Os sujeitos ao se posicionarem de forma oposta, podem não conseguir objetivamente
êxito, contudo um certo equilíbrio interno pode ser atingido. Ou seja, mesmo que não ocorra
uma mudança no status quo, é possível exercer influência no curso da relação (JÚNIOR,
2005).
Em Simmel (1983g) quando se trata de conflito, ele salienta a possibilidade de este
ocorrer entre grupos que gera o efeito de maior proximidade entre os membros e a

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intensificação da unidade grupal. Com isso, forças que são dissonantes são reprimidas e as
inimizades internas são minimizadas com a finalidade de direcionar a ação grupal contra o
inimigo externo. Mas, quando não temos o acordo interno ocorre a cisão.
Se não ocorrer o confronto com forças externas é possível uma convivência interna
entre tendências contrastantes (SIMMEL,1983g). Entretanto, em momentos de conflito o
grupo se fecha para defender sua existência aproximando ou afastando de vez os antagônicos.
O conflito é visto por esse ângulo como um momento decisivo na organização grupal
(SIMMEL, 1964).
Em cada uma dessas formas possui elementos que o mantem unida. Além disso, temos
energias externas ou internas que instabiliza fazendo com que a unidade grupal seja
confrontada, do mesmo modo as forças conservadoras visam manter a unidade, para garantir a
coesão. Desse modo, caracterizando essa tensão de manter ou dissolver a unidade
(JÚNIOR,2005).
Simmel (1983g) aponta que dentro de um grupo, temos aqueles que são majoritários e
os periféricos e em uma condição de conflito exige uma maior definição da ação tomada pelo
grupo. As tendências de orientação vêm do grupo que possui maior número de pessoas, e
dessa forma, determinadas proposições de grupos menores não consigam atingir o núcleo. Já
em grupos menores, os periféricos estão mais próximos do centro, fazendo com que em cada
imprecisão de um componente gere instabilidade na coesão da totalidade.
Assim, o caráter de unidade que o conflito tem em muitos casos nos momentos que o
inimigo externo é derrotado, destarte não existindo adversários e perde a força que mantem a
unidade interna. A vitória de um grupo sobre o outro pode fazer com que velhas rivalidades
internas reapareçam. Desse modo, o conflito possui o caráter de unificar o grupo, as pessoas e
outras tendências dentro do grupo direcionem sua energia para derrotar o outro. Nesse
sentido, existe uma relação entre a situação de conflito e a unificação grupal
(SIMMEL ,1983g).
Além disso, em se tratando do conflito e sua capacidade unificadora, existe uma
nuance que é a diferenciação entre o grupo que está organizado para defender a sua existência
ou atacar o inimigo (JÚNIOR,2005).
Quando a intensão é defender tendo em vista grupos numerosos e diversos que
possuem poucos elementos objetivos, os indivíduos coincidem a energia que será meramente
para autopreservação e esse intuito pode ocorrer mesmo que um determinado grupo ou sujeito
esteja isolado, seu comportamento visará apenas a preservação de si (SIMMEL ,1983g).

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É diferenciado por Simmel (1983g) dois tipos específicos em que ocorre a unificação
visando uma finalidade específica. No primeiro tipo é quando ocorre uma coalização que
almeja uma prática pontual e cria uma unidade para enfrentar o oponente não possuindo
nenhuma divergência interna, mas após o término da empreitada com sucesso ou fracasso a
unidade voltar a manter sua característica estrutural anterior. Já no segundo, a unidade é
incompleta, mas é menos efêmera, pois a força que faz unir não é algo pontual, mas possui
uma certa fidelidade com o conteúdo.
Em uma condição de conflito o opositor comum pode fazer com que inimigos façam
aliança (FERNANDES,2016). Existe algumas razões para ocorrer determinadas alianças.
Segundo Simmel (1983g) em primeiro lugar, em situações de conflito, as uniões ocorrem com
um critério menor de exigência. Em segundo, o intuito da ação coordenada está distante das
hostilidades habituais que são cessadas podendo retornar após o fim do combate. Em terceiro,
toda luta tem seu risco, mas caso tenha êxito, os ganhos são intensos e imediatos. Em quarto,
em condição de conflito os aspectos estritamente pessoais são deixados de lado, buscando a
unificação de forças.
Em casos extremos, até mesmo as mais profundas inimizades podem fazer com que
ocorra uma união contra um adversário comum. A estratégia adotada é estabelecer um acordo
pontual para derrotar um inimigo que vem de fora das relações de conflito habitual
(FERNANDES,2016). Ou seja, o que faz com que gere essa união é o elemento que os une
contra o terceiro que é a mesma repugnância, o mesmo impulso objetivo contra o outro
(SIMMEL ,1983g).
Esse sentimento de repugnância contra o terceiro não leva inevitavelmente ao ataque.
Portanto, é diferenciado por Simmel (1983g) duas modalidades: A primeira está atrelada a um
determinado estado de espírito que gera uma cumplicidade abstrata contra um adversário
também abstrato. Esse sentimento é duradouro, mas está no plano das ideias não assumindo
um caráter prático. Já a segunda é quando o sentimento tem concretude, contudo é efêmero. O
indivíduo vivendo na cidade, possui valores em comum com pessoas que ele não conhece, tais
sentimentos são valorizados em detrimento a outros que podem ameaçar a unidade existente.
6 Considerações finais
A sociologia de Simmel foi escrita em um contexto de grandes transformações nas
estruturas das relações humanas. Diante desse cenário, sua postura epistemológica foi realizar
uma ciência que busque se afastar de concepções gerais e abstratas para analisar o que levam
os indivíduos a exercerem a sociação.

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Nesse sentido, o autor propõe analisar os fenômenos sociais de uma forma que consiga
vislumbrar os diversos laços que são construídos e desconstruídos nas experiências do
cotidiano.
Na teoria simmeriana quando se trata da relação indivíduo e sociedade, não refletida
de um modo estática e estaque. O autor busca mostrar que os indivíduos não possuem uma
coerência interna, a cada instante que transita em sociedade, vivencia uma multiplicidade de
estímulos e que muitas vezes são contraditórias.
Em Simmel, a ciência sociológica busca entender como se desenvolvem as relações
sociais, ou seja, o modo que os indivíduos se relacionam com os outros, já que possui
diferentes fins. Portanto, não é possível definir a sociedade em uma única forma.
Em sua investigação que o elo entre os indivíduos ocorre de diversas formas, sendo
que estão a todo o momento praticando sociação, mas o fundamento pode variar desde uma
forma mais lúdica, visando o entretenimento como a sociabilidade, até em formas que geram
maior tensão na unidade social como o conflito e a dominação.
Essa tipificação da sociação é um aspecto chave da teoria de Simmel, pois demonstra
que os sujeitos não estão a todo momento vivendo em sociedade buscando maximizar o seu
prazer, assim como, não estão disputando com os outros.
Justamente por vislumbrar a complexidade e as nuances das relações humanas,
revisitar a obra de Simmel pode contribuir com a sociologia para compreender os dilemas da
sociedade contemporânea nas quais as interações sofrem com repentinas transformações
(BAUMAN,2001).

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