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Album de Figurinhas Um Olhar Atento Sobre Santo Antonio Do Monte
Album de Figurinhas Um Olhar Atento Sobre Santo Antonio Do Monte
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Apresentação
Apresentamos o Álbum de Figurinhas “Um olhar atento sobre Santo Antô-
nio do Monte”, produzido para revelar aspectos culturais de nosso municí-
pio, ajudar a contar um pouco de nossa história, trazer lembranças e
despertar memórias.
Este Projeto, assim como vários outros desenvolvidos pela atual administração, traduzem o esforço da Prefeitura de Santo
Antônio do Monte em, através da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, contribuir para a valorização, proteção e
preservação de nosso Patrimônio Histórico e Cultural.
Dilma Moraes
Márcia Aparecida Bernardes
Secretária Municipal de Cultura
Responsável pelo Inventário Cultural
Leonardo Lacerda Camilo
Prefeito Municipal
Segundo Dilma Moraes, no ano de 1847 o povoado de Santo Antônio do Monte foi elevado a Distrito sob a influên-
cia do Tenente Coronel Joaquim Antônio da Silva. No ano de 1854, o Curato foi elevado à categoria de Paróquia
pela Lei Provincial de 693 de 24 de maio deste ano e teve como seu primeiro vigário o Padre Francisco Alexandri-
no dos Santos. Em 3 de junho de 1859, o distrito foi elevado a Vila pela lei 981, mas só foi efetivamente implanta-
da em 29 de julho de 1862, obtendo, então, a emancipação político-administrativa. Em 1865, devido a disputas
provinciais entre liberais, no poder, e conservadores, na oposição, a Assembléia Geral aprovou a supressão da
Vila de Santo Antônio do Monte, que foi posteriormente restaurada em 1871, graças aos esforços dos deputados
provinciais Revmo. Vigário Francisco Alexandrino da Silva e Dr. Antônio da Silva Canedo. Em 16 de novembro de
1875, após intensos esforços de toda a comunidade, a Vila de Santo Antônio do Monte foi elevada à categoria de
cidade por meio da lei 2.158.
Atualmente, Santo Antônio do Monte possui, aproximadamente, trinta mil habitantes e a principal atividade econô-
mica é a produção de fogos de artifício que garante emprego e renda para um expressivo contingente de trabalha-
dores. Paralelo a esta produção industrial há um importante setor agropecuário e de comércio que contribui de
forma eficaz para o desenvolvimento municipal.
Aspectos Naturais
Com área de 1136 km2, o município de Santo Antônio
do Monte tem como limites: ao norte Moema, Bom
Despacho, Araújos e Perdigão; ao sul Arcos, Formiga
e Pedra do Indaiá; a leste Divinópolis e São Sebastião
do Oeste; a oeste, Lagoa da Prata e Japaraíba. O
clima é tropical de altitude.
Em termos de vegetação, o município apresenta uma espécie de transição, mesclando espécies de cerrado e mata
atlântica, com a predominância do primeiro tipo. Em todo o município existem manchas de mata nativa que se alter-
nam com pastagens mais ou menos extensas destinadas à criação de gado de corte e de leite. Dentre as espécies
vegetais encontradas com mais frequência estão o cedro, ipê, quaresmeira, paineira e pequi. Merecem destaque
outras interferências humanas no meio natural como o plantio de espécies intrusas e culturas diversas. As espécies
intrusas são principalmente os eucaliptos para produção de carvão ou para simples marcação espacial (indicam
direções, cruzamentos estradas, entre outras) e frutíferas, sobretudo mangueiras, laranjeiras, plantadas nos arredo-
res das propriedades e povoados rurais.
A fauna é bastante variada. Apresenta várias espécies de aves — quero-quero, bem-te-vi, anu, gavião,canarinhos,
andorinhas, pássaros pretos, corujas, dentre outros; mamíferos de pequeno porte tais como quati, tatu, paca, capi-
vara, coelho, além de anfíbios, insetos e outros.
Aspectos da paisagem : árvores remanescentes do Cerrado, Relevo semi-montanhoso e, ao fundo, o Rio Lambari
pastagem, mata nativa e plantação de eucalipto.
Um olhar atento sobre Santo Antônio do Monte
As figurinhas das páginas iniciais retratam os bens tombados de nossa cidade. Um bem tombado, é um
bem protegido: ele não pode ser destruído nem descaracterizado. Ele pode ser vendido, alugado, em-
prestado. O que não pode é ser destruído, porque é importante para a memória de toda a comunidade.
Tombar significa pôr sob a guarda para conservar e proteger os bens (imóveis e móveis) de interesse
público; significa reconhecer o valor cultural do bem. (Cartilha do IEPHA-MG)
Estação Ferroviária
Entrou em funcionamento em 1915. Auxiliou na difusão do progresso no município facilitando o acesso
aos produtos industrializados, o escoamento da produção local e as viagens intermunicipais e interesta-
duais. Tombado em 29/04/1999.
Casarão Magalhães Pinto
Construção datada do início do século XX, que,além de abrigar a família do ex-governador mineiro, foi
também escola e sede de órgãos da administração municipal. Restaurado, tornou-se em 2007, a sede do
Centro de Memória Municipal. Foi tombado pelo Conselho Deliberativo Municipal de Cultura, Turismo e
Patrimônio Cultural em 14 de agosto de 2005.
Antiga Igreja Matriz em estilo barroco, demolida na década de 1960. Fotografia: Câncio de Oliveira.
Acervo da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo
Um dos primeiros marcos de afirmação da povoação, que já vinha se formando, ocorreu em 16 de maio de 1802
com a concessão de pia batismal para a capela de Santo Antônio do Monte. Referências ao povoado aparecem
posteriormente na década de 1830. Em 1834, o arraial possuía 92 casas. Nesta época, moravam no povoado e
comunidades rurais, 3146 pessoas, sendo que a maioria vivia em fazendas.
A cidade cresceu em torno do largo da Igreja Matriz (atualmente praça Getúlio Vargas) e do Largo do Rosário
(atualmente Praça Monsenhor Otaviano). Aos poucos surgiram casarões mais imponentes e sofisticados nestas
praças. Mas do antigo conjunto arquitetônico do centro restaram poucas construções. Parte considerável de casa-
rões foi destruída, pela ação do tempo e para construção de casas mais modernas. Daí a importância de proteger e
preservar os imóveis que restaram e ajudam a contar a nossa História.
“Art. 151 – Constituem Patrimônio Cultural do Município os bens de natureza material e imaterial, to-
mados individualmente ou em conjunto, que contenham referência à identidade, à ação e memória dos di-
ferentes grupos formadores da sociedade montense, nos quais se incluem:: as formas de expressão; os
modos de criar, fazer e viver; as criações cientificas, artísticas e tecnológicas;as obras, objetos, documen-
to, edificações e demais espaços destinados e manifestações artístico- culturais; os conjuntos urbanos e
sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, espeleológico, paleontológico, ecológico e ci-
entífico;”
Lei Orgânica Municipal
Avenida Coronel Amâncio Bernardes, uma das principais vias da cidade, na década de 1950 (Foto
de Câncio de Oliveira, acervo da SMCT) e em 2010. Duas permanências históricas: o Casarão Ma-
galhães Pinto e a residência vizinha.
Estação Ferroviária na década de 1960 (Fotografa do acervo de José Maria de Melo, disponível em
http://www.estacoesferroviarias.com.br/rmv_garcas/samonte.htm) e atualmente.
A Estação Ferroviária
A estação da estrada de ferro da cidade de Santo Antônio do Monte pode ser encarada como monumento histórico
relevante para a memória, não apenas da cidade, mas do Centro-Oeste mineiro. A chegada do transporte ferroviário
trouxe mudanças na localidade, como desapropriações, abertura de ruas e um grande número de operários. A
construção da futura estação significava mudança e novidade em termos de convivência. Representava modernida-
de, novos hábitos de consumo e o uso de novas tecnologias.
Em 20 de junho de 1915, a Estação foi entregue para funcionamento, com uma celebração ao som da Banda de
Música Baeta. Dentre as principais atividades desenvolvidas na Estação, destacavam-se a chegada de produtos
industrializados , além do envio de mercadorias para serem comercializados em outros locais tais como carnes ,
produtos agrícolas e até vinho, quando éramos pioneiros da produção em Minas Gerais . Também era grande o
movimento de passageiros.
Durante as décadas de 1950 – 1960, além do movimento cotidiano, a estação recebia, vez por outra, os trens de
romeiros. Durante estes embarques o local ficava tomado por uma multidão. De Santo Antônio do Monte as peregri-
nações partiam para a cidade de Aparecida do Norte, organizadas pelo pároco da cidade Pedro Paulo Michla.
A Praça da Estação ou Praça Benedito Valadares, especialmente até a década de 1970, era um ponto importante
de convivência social, tornando-se um palco para o surgimento de amizades, namoros, encontros e diversão. Da
década de 1980 em diante não foram utilizados mais os trens de passageiros, devido ao advento do automóvel e
das estradas de rodagem. Mas pela linha férrea ainda circulam trens de carga que atraem inúmeros curiosos, espe-
cialmente turistas e crianças. Atraem ainda aqueles que utilizaram este tipo de transporte e guardam na memória
boas recordações.
Centro de Memória Municipal
O Centro de Memória Municipal “José de Magalhães Pinto” concretizou um antigo desejo dos santantonienses: reu-
nir bens móveis, arquivos, fotografias, enfim objetos e documentos que representam, de alguma forma, a memória e
identidade do nosso povo. Foi inaugurado em 15 de novembro de 2007, durante a administração de Leonardo La-
cerda Camilo, tendo Dilma Moraes à frente da Secretaria Municipal de Cultura.
Para abrigar o CEMM, o Casarão Magalhães Pinto, imóvel tombado passou por projeto de recuperação e preser-
vação das características originais aliadas à funcionalidade e a beleza.O acervo é organizado nos seguintes espa-
ços: Acervo Dr. José de Magalhães Pinto, Sala Maria Angélica de Castro, Sala Teresa Adami, Retratando Épocas e
Acervo do Judiciário.
Acervo do Judiciário
É composto por mobiliário e equipamentos cedidos pela Comarca de Santo Antônio do Monte ao CEMM no ano de
2005, tais como as bancadas para os jurados, máquinas de escrever e também alguns documentos relevantes do
arquivo do judiciário da cidade que começou a ser formado na década de 1820. O acervo é constituído por, aproxi-
madamente, 4.052 inventários e arrolamentos e 6000 (seis mil) ações diversas, representando uma vasta fonte de
informação sobre a história social, política e econômica do município e da região.
Patrimônio Imaterial
Conjunto de expressões culturais que não podem ser tocadas, tais como as celebrações, as formas de expressão,
os saberes e maneiras de fazer as coisas, os casos, as histórias, os cantos....
Momentos diversos da Festa de Reinado: louvor a Nossa Senhora do Rosário no Salão e o Levantamento dos Mastros
Reinado
O Reinado é uma das heranças culturais do negro africano. A festa é marcada por uma grande quantidade de aconte-
cimentos em atitude de respeito, agradecimento e devoção à Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e Santa Efigênia. São
diversos rituais que acontecem nas ruas, praças, em frente às casas, nos altares, em torno da mesa de refeições e nas Igrejas.
Dentre eles, se destacam o Levantamento dos Mastros, a Missa Conga, a visita aos festeiros, a entrega das coroas, o desci-
mento das bandeiras e, sobretudo, a alegria e a beleza dos diversos cortes que percorrem, dançando sob o ritmo dos instru-
mentos de percussão e corda várias ruas da cidade.
A festa é a representação de uma nação e possui diversos participantes com papéis sociais bem definidos que com-
põem um “Estado”. São eles, o soldado de linha que bate pandeiro e caixa; o major que coordena a congada na rua e as visitas;
os capitães que ensaiam e entoam os cânticos; os comandantes, coronéis e generais responsáveis pela disciplina, organização
e movimentação dos cortes; os mordomos, responsáveis em guardar as estampas dos santos padroeiros; os reis festeiros que
proporcionam as refeições para os participantes; os reis perpétuos que representam a autoridade dos senhores brancos dentro
da nação e os reis congos que representam os reis negros.
Em Santo Antônio do Monte, a Irmandade dos Devotos de Nossa Senhora do Rosário é a responsável pela realização
da Festa de Reinado, bem como pela sua continuidade. No decorrer do tempo a festa tem conseguido mais adeptos e torna-se
cada vez mais heterogênea com a presença de crianças, jovens, adultos, idosos, homens, mulheres, negros, brancos, ricos e
pobres que mantêm viva essa prática cultural.
Folia Estrela Guia durante apresentação em Aparecida Norte—Janeiro de 2010
Folia de Reis
Festa popular em honra aos três reis magos que, segundo conta o Novo Testamento, renderam homenagem ao
menino Jesus. Envolve um grupo de foliões de, aproximadamente, quinze pessoas. Estes , durante uma semana,
após o Natal até o dia 06 de janeiro, visitam as casas de festeiros que oferecem café, almoço ou jantar. No último
dia participam de uma missa festiva. Em outros períodos visitam também casas na zona rural ou outras cidades, tais
como Aparecida do Norte.
Da Folia Estrela Guia fazem parte os seguintes personagens: O Mestre, o Contramestre, o Bandeireiro: O Palhaço
e os Foliões. Todos dão o exemplo grandioso através de sua cantoria de fé.
A paisagem natural (montanhas, rios, cachoeiras....) adquirem sentido cultural diferenciado para a comunidade, são
lugares nos quais as pessoas realizam atividades cotidianas e por isso tornam-se referência da memória e da his-
tória. As figurinhas a seguir representam alguns sítios naturais que têm valor simbólico para os santantonienses.
Rio Lambari
O Rio Lambari se destaca pela importância histórica, visto que o povoamento da cidade de Santo Antônio do Monte
começou nas terras por ele banhadas. Entre 1750 e 1755 chegaram diversas famílias à região entre os rios São
Francisco, Lambari e Diamante, procedendo principalmente de Pitangui. Os pioneiros tomavam posse da terra e lá
estabeleciam suas fazendas.
PREFEITO
Leonardo Lacerda Camilo
FOTOGRAFIAS
Márcia Aparecida Bernardes
Luciano Bernardino de Sena
Geraldo Aparecido da Silva
Acervo digital da
Secretaria Municipal de Cultura e Turismo
erudito
história
história identidade
tradição cultura
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humanidade
cultura
artes
memória
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história
memória natureza
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REALIZAÇÃO
Conselho Deliberativo de Cultura, Turismo e
Patrimônio Cultural
Secretaria Municipal de Cultura e Turismo
Prefeitura de Santo Antônio do Monte