Você está na página 1de 12

A Última Aldeia

Documentário etnográfico que investiga os saberes, os modos de fazer, as


formas de expressão, celebrações, lendas, músicas, costumes e outras
tradições das Aldeias do interior de Portugal. A estratégia de abordagem
aposta numa construção moderna do filme, realizado num ensaio pouco usual,
mas coberto de referencias compares, uma fusão entre dois pontos da nossa
história.

Convidamos o artista de Grafite do bairro do Grajau – Gelson Salvador, para


compor uma equipa que irá residir por um mês em uma região de Aldeias que
estão desaparecendo devido a migração de seus jovens. Aqui Gelson é
pesquisador e utiliza da sua bagagem cultural para as conclusões do filme e ao
término dessa experiência capturaremos Gelson exteriorizando sua observação
em cinco muros do bairro do Grajaú, São Paulo – Brasil.

Para nós, retratar o processo de patrimônio imaterial através do olhar de um


artista de zona periférica é inserir a opinião das comunidades na forma de
construção dos saberes

Desenvolvimento e Produção Executiva:


Francis dos Santos

Produção Executiva:
Bruno Oss-Emer
A Última Aldeia 1

O Olhar…

Gelson tem 26 anos, mora no Grajaú, periferia de São Paulo.


Nascido e criado no bairro, Gelson conviveu com pichações e
grafites desde quando pode se lembrar; e quando percebeu, tinha
se tornando um artista de rua com o grafite.

O que começou como passa tempo se tornou sua vocação e


ocupação. A arte e o interesse por ela, por novas descobertas, por
novas aventuras que contribuam para seu trabalho são suas
grandes motivações.

Esse será nosso personagem, o completo oposto, o choque de


realidades e culturas.

A arte “transgressora” encontra a arte do tempo, da história. O não


mensurável - o patrimônio imaterial - presente nas memórias,
artefatos, costumes e contos de uma época passada formando um
elo temporal.

A “arte marginal” de um jovem urbano, periférico, que nunca teria


oportunidade de presenciar esse patrimônio imaterial, a arte
rupestre arqueológica, a arte portuguesa e o povo de outro tempo.

O movimento migratório oposto para a imersão e observação, um


experimento antropológico e artístico. Acompanhar, documentar e
trazer para todos é a missão desta empreitada.

O que essa troca irá contribuir para cada lado?

1

A Última Aldeia 2

DESTINO PORTUGAL

Desde a independência, o Brasil foi um destino preferido da emigração


portuguesa, sendo que as remessas das comunidades para Portugal
foram uma contribuição fundamental para o equilíbrio das contas
externas do país. Até hoje, o Brasil e seu povo possuem grande
prestígio entre os portugueses.

O engraçado é perceber como não é algo recíproco. Por algum motivo,


perdemos os laços com os irmãos lusitanos.

Naturalmente, o património imaterial brasileiro somou valores de outra


origem, nativos, africanos, italianos, alemães, japoneses, mas o eixo da
roda, com expressão unificadora da língua, é o legado português, por
seu lado elemento fundamental da identidade, apoiada na história, com
que Portugal enfrenta, com a sua pequena dimensão de território,
gentes, e recursos, os desafios da integração europeia, e os riscos
desta ver enfraquecer o seu projeto.

A língua, os costumes e tradições, tudo está cada vez mais díspare


entre nações mãe e filha. É importante para o povo brasileiro fazer o
caminho oposto e redescobrir Portugal, mergulhar na sua cultura e seu
povo, fortalecer um elo perdido.

O brasileiro precisa reencontrar - ou em muitos casos ser apresentado -


a esse tesouro que é o patrimônio imaterial português.

2

A Última Aldeia 3

Proposta - Patrimônio Imaterial Cultural

Os bens culturais de natureza imaterial dizem respeito a práticas e


domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e
modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas,
musicais ou lúdicas; e nos lugares (como mercados, feiras e
santuários que abrigam práticas culturais coletivas). E a Constituição
Federal de 1988, ampliou a noção de patrimônio cultural ao
reconhecer a existência de bens culturais de natureza material e
imaterial.

Emergir nas Aldeias Portuguesas é extrair múltiplos pontos de


reflexão. Da analise de si ao estudar o outro, nosso projeto propõe
mostrar que todo meio cresce, todo meio morre, todo meio pode ser
desamparado. Na figura de Gelson acendemos o proposito óbvio na
Antropologia e em outras áreas do conhecimento.

Queremos diminuir as distâncias entre o Colonizador Europeu e o


povo que aqui vive, queremos mostrar a uma mente alienada que ao
falar de antropologia não falamos só de índios em sua leitura
estereotipada, falamos de nós mesmo e uma forma de nos mantermos
em harmonia. A obra tem uma única presunção em seus objetivos,
nos tornar menos cínicos.

“A pátria, Brasil, Portugal, qualquer, é só de alguns, nunca de todos, e


os povos servem os donos dela crendo que a servem a ela. No longo
e sempre acrescentando rol das alienações, esta é, provavelmente, a
maior.”- Cadernos de Lanzarote (1993) José Saramago.

3

A Última Aldeia 4

Nossos personagens

No interior de Portugal situam-se várias aldeias distintas, pequenos


povoados quase esquecidos, como vilas que datam de tempos de
outrora. Lugares como a Aldeia Zimbreira, que possui apenas 18
habitantes ou a Aldeia Rouqueira com 16.

Como não poderia deixar de ser, a grande maioria dos habitantes


dessas aldeias são anciões, pessoas de idade avançada que mantem
suas raízes, cultivando tradições dos lugares de onde nasceram.

O problema é: os jovens não partilham desse sentimento. O


movimento migratório dos netos e até mesmo dos filhos desses
habitantes tornou as aldeias inabitadas por outra faixas etárias que
não a mais velha. Claro, é algo notado por todo continente Europeu,
mas é peculiar observar a completa falta de jovens. Os anciões vivem
como que isolados por esta falta de contato com novas culturas.

E se justamente um jovem brasileiro, morador da periferia, grafiteiro -


algo ainda transgressor e marginalizado - visita-se essas aldeias? O
que aconteceria se esse jovem conhecesse pessoas como o Antônio,
a Maria, o João, a Josefina e tantos outros?

4

A Última Aldeia 5

Informações Adicionais: Região do Médio Tejo

O Médio Tejo é uma sub-região estatística portuguesa, NUT-III, parte


da Região Centro e do Distrito de Santarém. Limita a norte com o
Pinhal Interior Norte, a leste com o Pinhal Interior Sul e o Alto Alentejo,
a sul com a Lezíria do Tejo e a oeste pelo Pinhal Litoral. A capital da
comunidade intermunicipal correspondente é Tomar . Tem uma área
[1]

de 2 283 km² e uma população de 220 660 habitantes (censos de


2011). Compreende 13 concelhos:
• Abrantes
• Alcanena
• Constância
• Entroncamento
• Ferreira do Zêzere
• Mação
• Ourém
• Sardoal
• Tomar
• Torres Novas
• Vila Nova da Barquinha
• Sertã
• Vila de Rei

5

A Última Aldeia 6

Informações Adicionais: Patrimônio Arqueológico do Médio
Tejo

Proteger o patrimônio e as tradições que tornam cada país diferente e


único no mundo foi o principal objectivo que esteve na base da criação
da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura (UNESCO) da classificação de Património Imaterial da
Humanidade.

Rico em vestígios arqueológicos no seu território e em artefatos


antigos nas reservas de arqueologia da Região do Médio Tejo, permite
um olhar sobre 7.000 anos na gestão do território, desde o Neolítico
até à Idade Moderna.

Porque, quando falamos de Património Arqueológico, abrangemos a


História da Humanidade, algo que nos conta todas as vivencias das
populações.

6

A Última Aldeia 7

Porque convidamos Andrea Tonacci para Dirigir o filme?

Acreditamos que com os magníficos trabalhos apresentados em


Serras da Desordem e Benzedeiras de Minas, Andrea Tonacci é o
diretor ideal para capturar e acompanhar este peculiar encontro.
Existem elementos muito próximos nestes documentários; que
inclusive serve de inspiração e base para nossa estratégia de
abordagem.

É um choque de gerações, culturas e realidades. A dicotomia entre o


novo e o velho, o periférico – marginal – transgressor e o rural –
tradicional – conservador. A arte e sabedoria. Acompanhar a chegada
de um jovem a um lugar que ele nunca teria acesso, uma completa
mudança espacial e social; sua descoberta de uma nova cultura e
arte, histórias de outro país que não deixam de ser a nossas e os
idosos, desacostumados e abandonados pelas novas gerações.

Não só isso mas também o encontro com a antiguidade, com os


centro arqueólogos e artes perdidas de nossos antepassados.

Capturar e apresentar esse patrimônio imaterial imagético e de


conhecimentos que é a vivencia e os saberes de um povo é o objetivo
de A Última Aldeia.

7

A Última Aldeia 8

Porque convidamos Cristina Amaral para Montar o Filme?

E é claro, não poderíamos não chamar a parceira na composição


destas obras. Mas do que aproveitar a parceira, nosso intuito é mais
uma vez unir esses dois talentos.

Assim como em Serras e Benzedeiras, vemos no trabalho de Cristina,


a sobreposição e o abstrato como fundamentais para a montagem
deste documentário. Assim como nas arte de Gelson – o grafite – o
documentário precisa ser uma fusão orgânica das diversas ideias,
movimentos e pessoas que o compõem.

Assim como foram mesclados de forma perfeita o sincretismo em


Benzedeiras e a luta homem x natureza em Serras, A Última Aldeia
necessita de alguém que possa unir tão distintas pessoas e ideias.

8

A Última Aldeia 9

Nossos Apoiadores

Professor Doutor Luis Oosterbeek:

Professor Coordenador do Instituto Politécnico de Tomar (IPT). Pró-


Presidente do IPT, coordena cursos de Mestrado em Arqueologia (IPT)
e de Doutoramento em Quaternário (UTAD).

Membro do Conselho Internacional de Filosofia e Ciências Humanas


(UNESCO), Secretário-Geral da União Internacional das Ciências Pré-
Históricas e Proto-Históricas, Vice-Presidente de HERITY
International, integrou a área de Ciência e Sociedade do programa
CYTED.

Instituto Politécnico de Tomar – Instituto Terra e Memória

Para o ITM, o projeto A ÚLTIMA ALDEIA, inscreve-se numa trajetória


de mais de uma década de relações entre Portugal e o Brasil.

O projeto, se aprovado, terá ampla divulgação internacional,


assegurada pelo ITM e por sua parceria com o AIEG. Nesse sentido,
não apenas apoiamos o projeto como o recomendamos fortemente,
propondo que a apresentação do resultado seja apresentada no
quadro de Conferência Mundial das Humanidades, em 2017
(www.cipsh.net).

É neste quadro que declaramos o nosso apoio ao projeto documental


“A ÚLTIMA ALDEIA” da produtora Letra Cinética, sediada Beco da
Serração, 13 Código Postal 6120-777 Vila de Mação, Distrito de
Santarém, Portugal.

9

A Última Aldeia 10

Professor Doutor Davide Delfino

Natural de Génova (Itália) nasceu no 1976, é licenciado em


Conservazione dei Beni Culturali pela Faculdade de Letras e Filosofia
da Universidade de Génova, especializado em Arqueologia variante
Pré‐História e Proto‐História.

É investigador para a Câmara Municipal de Abrantes e professor


convidado pelo I.P.T./ U.T.A.D. É socio correspondente do Instituto
Terra e Memória e investigador elegível do Grupo ”Quaternário e Pré‐
História” do Centro de Geociências da U.C.; é socio da U.I.S.P.P.
(Union International de Sciences Prehistoriques et Protohistoriques)
onde faz parte da comissão sobre a Proto‐história e da A.P.R.A.B.
(Association Pour la Recherche sur l’ Age du Bronze).

Vasta experiência em publicações e trabalhos de campo na Itália,


Grécia e Portugal.; participou como comunicador em mais de uma
vintena de congressos científicos na Itália, Portugal, Espanha,
Bulgária, Romania, Malta, Brasil

Câmara Municipal de Abrantes

Como integrante e responsável pelo Museu e Castelo de Abrantes, o


Professor Doutor Davide Defilno também nos garante o apoio da
Câmara Municipal de Abrantes em nossas atividades.

10

A Última Aldeia 11

Contatos:

São Paulo - Brasil:

Bruno Oss-Emer
bruno@redeightfilms.com
(11) 99319 8981
Skype: bruno_r8f

Mação – Portugal:

Francis dos Santos


francis@bdt.com.br
+351 910 071 419
Skype: francis.trabalho

11

Você também pode gostar