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Acordao
Acordao
EMENTA
6. O Termo de Convênio entre a Vizivali e a Iesde Brasil S/A não atribui a esta
legitimidade passiva na medida em que tinha por finalidade o desenvolvimento de ações
conjuntas para a implantação e a oferta, pela instituição de ensino, do Programa de Capacitação
de Docentes, sendo, pois, daquela entidade, a legitimidade passiva por ter permitido a matrícula
de alunos que não se adequavam à autorização recebida pelo órgão estadual.
12. Com relação aos juros de mora, a condenação imposta à Vizivali também
observará os critérios previstos no Manual de Orientação de Procedimentos para os Cálculos na
Justiça Federal, os quais deverão ser computados a partir de sua citação tendo em vista a
natureza contratual do litígio, não se aplicando ao caso a Súmula 54 do STJ.
13. Distintamente se dá no que tange à origem dos danos morais causados pela
Fazenda Pública, pois não há relação contratual na espécie, atraindo, assim, o conteúdo da
Súmula 54 do STJ, a fim de que os juros moratórios sejam contabilizados a partir do evento
danoso, observando-se sua fixação em parâmetros idênticos aos juros aplicados à caderneta de
poupança dada sua constitucionalidade, permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no
artigo 1º-F da Lei 9.494/1997 com a redação dada pela Lei 11.960/2009.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, a Egrégia 3ª
Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região decidiu, por unanimidade, dar provimento
aos recursos de apelação do Estado do Paraná e da Faculdade Vizivali para o fim de declarar a
competência desta Justiça Federal para o julgamento desta ação; conhecer da remessa oficial
tida como interposta; e, na forma prevista pelo art. 1.013, §3º, do CPC, acolher em parte a
emenda à inicial apresentada; rejeitar a preliminares veiculadas pelas requeridas; declarar a
ilegitimidade passiva de Iesde Brasil S/A; julgar extinta em parte a ação por litispendência no
que tange aos pedidos condenatórios e por falta de interesse processual em relação aos pedidos
cominatórios; afastar a prejudicial de prescrição; e, no mérito, julgar improcedente o pedido de
indenização pelos danos materiais sofridos pelos aprovados no curso na condição de professor
com vínculo e procedente o pedido para condenar os réus ao pagamento de indenização pelos
danos extrapatrimoniais nos termos da tese fixada pelo STJ ao Tema 928, com ressalva do
entendimento da Desembargadora Federal MARGA INGE BARTH TESSLER, nos termos do
relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.