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Linhas de Investigação No MPCS - 2024-2025 - PORTAL
Linhas de Investigação No MPCS - 2024-2025 - PORTAL
SAÚDE (MPCS)
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
Divulgam-se, por este meio, as linhas de investigação e respetivos/as Orientadores/as para as Dissertações em
Psicologia Clínica e da Saúde disponíveis no MPCS no próximo ano letivo de 2024/2025. Separadamente, será
divulgado um calendário com as sessões de divulgação das linhas de investigação (caso o/a docente deseje
promovê-las). De forma a planificar adequadamente o próximo ano letivo, a coordenação do MPCS abordará
este processo na próxima aula do Módulo de Orientação em Psicologia Clínica e da Saúde II (MOPCS II),
agendada para dia 3.04.2024.
É importante relembrar que o processo de integração nas linhas irá realizar-se a partir da indicação das
Preferências de Orientadores/as, a realizar na área privada do portal de cada estudante (link denominado
“Definição de Preferências de Orientadores”), somente acessível para quem tiver a situação administrativa
regularizada no 1º ano do MPCS. Nesse formulário, os/as estudantes devem ordenar as linhas de investigação,
por ordem de preferência, e finalizar a sua escolha (i.e. submeter) impreterivelmente até ao dia 15 de Junho de
2024 (inclusive).
Posteriormente, a integração dos/as alunos/as nos grupos de investigação ficará finalizada depois de uma
reunião de docentes prevista para o mês de Junho ou Julho. Para mais informações, atender aos documentos
do MÓDULO DE ORIENTAÇÃO EM PCS 1 e 2, onde este processo foi descrito. Caso surja alguma dúvida, por
favor, contactem a coordenação do MPCS nas aulas do MOPCS 2.
A proposta de estudo com vista ao desenvolvimento da dissertação neste âmbito incidirá sobre uma
organização privada ou pública e terá um dos dois objetivos seguintes:
1 – Avaliar o impacto das variáveis intrínsecas (personalidade, motivação, outras,…) e extrínsecas (natureza da
função, Grupo de chefia, ritmo e carga de trabalho, outras,…) na saúde psicológica dos colaboradores;
Esta avaliação pode ser dirigida à organização na totalidade ou apenas a um ou mais grupos funcionais.
2 – Avaliar os riscos psicossociais inerentes a um determinado grupo de atividade empresarial (com recurso à
Escala COPSOQ) e propor um modelo com algumas medidas preventivas para a redução daqueles riscos, assim
como um plano formativo, eventualmente para diversos stakeholders.
MAIS INFORMAÇÕES:
DESCRIÇÃO DA LINHA:
TEMA 1: As relações estabelecidas entre pessoas e animais de companhia têm-se tornado, em algumas culturas,
progressivamente mais intimistas, baseadas na reciprocidade e na afetividade, indo muito para além do “ter
para usar”. O número crescente de estudos internacionais sobre a influência dos animais de estimação na
saúde física e psicológica têm revelado efeitos positivos, neutros, ou negativos. Os mecanismos por detrás de
qualquer destas influências não é claro, muito provavelmente devido a fraquezas conceptuais e metodológicas
que os estudos têm apresentado: ausência de controlo de diversas varáveis, o nível de apego ao animal, e o
suporte social existente. Muitos destes estudos têm, ainda, sido feitos com populações específicas, o que
dificulta a generalização dos resultados. Em Portugal poucos têm sido os estudos que relacionam a ligação a
animais de estimação com o bem-estar humano, saúde mental, suporte social, vinculação ou acontecimentos
de vida stressantes. Pretende-se abordar a ligação existente entre animais de estimação e a saúde metal dos
seres humanos, nas diversas etapas do seu desenvolvimento (infância, adolescência, adultez, 3ª idade)
traduzindo e adaptando instrumentos adequados a diferentes faixas etárias.
TEMA 2: Diversos estudos têm estabelecido ligação entre a violência doméstica e o abuso de animais de
companhia. Nas famílias em que existe violência doméstica e/ou abuso, e que tem animais de companhia, há
uma grande probabilidade de estes também se tornarem vítimas silenciosas, como parte de um continuum de
abuso familiar. O abuso de animais pode, por seu lado, ser um indicador de abuso infantil. Diversos estudos
referem, ainda, que os animais são, frequentemente, associados à “Roda do poder e do controlo” como forma
de intimidação da vítima. Como resultado das ameaças (implícitas/explícitas) que pairam, também, sobre os
seus animais, a fuga de uma situação violenta é, frequentemente, adiada, por não quererem sair deixando os
seus animais à mercê de agressões. Quando as vítimas são forçadas a fugir e abandonar um animal de
companhia, depois de sofrerem abuso familiar significativo, o sofrimento/trauma associado ao processo é
consideravelmente aumentado. Considera-se, então, pertinente investigar a realidade portuguesa
relativamente à frequência deste tipo de ameaças, à relutância das vítimas de violência doméstica em
procurarem ajuda, e perceber que parte desta relutância se deve a não quererem deixar para trás os seus
animais de companhia. Investigação conjunta com a prof. Doutora Sofia Neves.
TEMA 3: A saúde mental é uma preocupação crescente em muitas profissões da área de saúde, incluindo
medicina veterinária. A literatura sugere que os veterinários relatam níveis mais elevados de depressão,
esgotamento e ideação suicida do que outras ocupações de saúde e o público em geral. Diversos outros
estudos nos Estados Unidos, Chile, Canadá, Alemanha, Noruega e na Austrália relatam que médicos e
enfermeiros veterinários apresentam níveis mais altos de ansiedade, depressão, pensamentos suicidas,
esgotamento e níveis mais baixos de bem-estar do que a população em geral. Para além disso, os médicos
veterinários têm um risco de suicídio cerca de quatro vezes superior à população em geral e duas vezes superior
a outros profissionais da área da saúde. Apesar de todas estas evidências, há uma escassez de conhecimento
sobre saúde mental destes profissionais em Portugal (especificamente sobre depressão e ideação suicida) nesta
população. Investigação conjunta com a prof. Doutora Carla Cunha.
TEMA 4: The Council of the European Union considera que o envolvimento em projetos de voluntariado pode
criar oportunidades de aprendizagem de novas competências, que poderão ser úteis, quer a nível de
desenvolvimento pessoal, quer a nível profissional, aumentando as oportunidades a nível profissional. Por outro
lado, contribui para o desenvolvimento de um maior sentido de pertença à sociedade, promovendo a
cidadania ativa, a democracia e coesão, e a implementação de valores e princípios básicos europeus (como
a solidariedade, desenvolvimento sustentável, dignidade humana e igualdade). O voluntariado pode
acontecer em diversas áreas da vida em sociedade, ajudando a combater a pobreza, a exclusão social,
melhorando a situação de grupos vulneráveis, fortalecendo a integração social, desenvolvendo a
solidariedade intergerações e promovendo o crescimento económico. Neste sentido, pretende-se analisar a
motivação e disponibilidade para envolvimento em trabalho voluntário em diferentes grupos (universitários,
adultos profissionalmente ativos, idosos), como ponto de partida para o desenvolvimento projetos a nível local,
regional ou nacional.
TEMA 5 - Sendo a saúde mental influenciada pelos comportamentos dos indivíduos, enquanto alguns
comportamentos são protetores para a saúde, outros são considerados comportamentos de risco, podendo
aumentar a probabilidade de desenvolvimento de doenças ou de morte. Os/as estudantes universitários /as
(EU) apresentam um risco aumentado para desenvolver tais comportamentos, tendo em conta a “cultura
universitária” (com desafios muito específicos) e a fase transitória no seu ciclo vital, de crise, que os/as leva a
entender esta fase como uma oportunidade única para viver experiências que incluem, frequentemente,
comportamentos de risco para a saúde. Por se tratar de um problema atual de saúde pública, estudos sobre
saúde mental e comportamentos de saúde/de risco são fundamentais, permitindo a obtenção de
conhecimentos atuais que permitam a criação de medidas de prevenção, com impacto ao nível educacional,
económico, social e na qualidade de vida dos/das jovens. Este estudo surge no âmbito do projeto Maiêutica
HEALTHY CAMPUS, procurando identificar/caracterizar/relacionar os comportamentos de saúde/risco e a saúde
mental dos EU, tendo em conta diversas variáveis sociodemográficas. Investigação conjunta com a prof.
Doutora Joana Carreiro.
DESCRIÇÃO DA LINHA: Pretende-se estudar os impactos que os vários fenómenos sociais têm ao nível
intraindividual, interpessoal e social, considerando as dinâmicas dos fenómenos, os contextos de ocorrência,
fatores de risco, fatores protetores e obstáculos à intervenção. Pretende-se caracterizar as crenças e práticas
subjacentes a estes fenómenos, e consequentemente, analisar/desenvolver abordagens clínicas e da saúde
focadas na saúde mental.
Serão privilegiados estudos que se debrucem sobre os seguintes temas: violências de género, nomeadamente
femicídio, violência na intimidade adulta, violência no namoro, assédio sexual; crimes de ódio perpetrados em
função da orientação sexual (homofobia), identidade de género (transfobia) e/ou pertença étnico-cultural
(racismo, ciganofobia, xenofobia).
Serão privilegiadas metodologias qualitativas.
Serão privilegiados estudos focados nos seguintes sub-temas: Violência na intimidade adulta, violência no
namoro, femicídio e homicídio conjugal, violência contra crianças e jovens, violência sexual, assédio sexual e
moral, violência contra atletas, violência doméstica contra pessoas e animais de companhia, mutilação
genital feminina, tráfico de pessoas, crimes de ódio motivados pela discriminação étnico-racial, orientação
sexual, identidade/expressão de género e características sexuais à nascença, avaliação e gestão do risco,
práticas profissionais junto de vítimas e de pessoas ofensoras, crenças e atitudes de profissionais sobre a
violência e perceções de eficácia sobre o contexto clínico e de saúde e/ou outros relacionados.
DESCRIÇÃO DA LINHA:
TEMA 2: Perdão e resolução do dano emocional, bem como outros temas da área da Psicologia Clínica e da
Saúde: Esta linha reúne estudos focados no perdão, dano emocional (ex. situações inacabadas ou ofensas
interpessoais) em diferentes populações clínicas. Neste âmbito, também se têm desenvolvido estudos com
profissionais, centrados nas suas perspetivas acerca da mudança e do processo terapêutico. Metodologias:
Esta vertente contempla estudos maioritariamente qualitativos (e.g. centrados em entrevistas) ou
quantitativos (e.g. com recolha de dados via questionários ou validação de escalas específicas) em
DESCRIÇÃO DA LINHA: Os temas de investigação são desenvolvidos para estudar o comportamento humano e
os processos cognitivos sob uma abordagem da psicologia cognitiva, neuro-cognitiva, emocional e da
psicobiologia – indicadores neuropsicofisiológicos –.
Tema: Psicologia da Dor. Uma área emergente é a Psicologia da Dor. Dada as necessidades de investigar dentro
de esta área e de formar psicólogos/as, é uma área de grande interesse e diferenciadora para intervir
adequadamente para melhorar a qualidade de vida das pessoas com esta condição clínica.
Tema. Doenças Crónicas. Igualmente, o estudo das doenças crónicas perspetiva-se como uma área que
começa a ganhar destaque dentro da área da Psicologia Clínica e da Saúde pelo impacto que tem na vida
das pessoas.
Exemplos:
- Estudar a relação entre as emoções e os processos cognitivos em pessoas com Dor Crónica.
- Estudar a relação entre as emoções e os processos cognitivos em pessoas com Doenças Crónicas. Por
exemplo: Pressão Arterial Elevada.
- Desenvolver Programas de Prevenção e Promoção da Saúde.
- Estudar os Processos Cognitivos Básicos e sua relação com a ansiedade, stresse e desempenho
cognitivo.
DESCRIÇÃO DA LINHA:
TEMA 1: O papel mediador das estratégias de regulação emocional entre socialização parental de emoções
positivas/negativas e sintomas psicopatológicos na adolescência
Sabe-se que as práticas parentais, entre outras variáveis, moldam a forma como os/as jovens aprendem a
experienciar, reconhecer e a regular as suas emoções negativas e positivas. Nesta linha de investigação,
propõe-se clarificar a complexidade das relações entre as diversas práticas de socialização emocional parental
(e.g., reforço, punição, etc.) de emoções negativas (e.g., raiva, tristeza), as diferentes estratégias de regulação
emocional (cognitivas e comportamentais) e a psicopatologia no/a adolescente. O interesse está,
particularmente, no estudo destas relações no contexto do desenvolvimento de emoções positivas, como a
alegria e com instrumentos criados de raiz para avaliar a regulação de emoções positivas (e.g., amortecimento,
ruminação positiva…). Pretende-se investigar estes tópicos em amostras a recolher em 2024-2025, recorrendo a
métodos quantitativos (correlacionais, mediação, moderação, validação de instrumentos, etc.).
Tema 3: Emoções positivas e a sua regulação: Relações com a psicopatologia na infância e no adulto
Sabe-se que existe uma relação estreita entre psicopatologia e a regulação de emoções negativas (e.g., raiva,
tristeza…). No entanto, o estudo sobre as relações entre emoções positivas (e.g., felicidade) e psicopatologia
tem sido lacunar. Desde os anos 90, as emoções positivas têm sido abordadas primariamente como um fator
protetor para o desenvolvimento humano, relacionando-se com maior flexibilidade cognitiva, motivação,
proximidade com os outros, saúde, resiliência, etc.. No entanto, as emoções positivas quer por excesso, quer
por defeito também têm sido conceptualizadas como parte de modelos explicativos da depressão,
perturbação bipolar, entre outras. Acrescente-se, ainda, que pouco se sabe sobre o desenvolvimento da
regulação das emoções positivas. Nesta linha de investigação, pretende-se aumentar o conhecimento sobre
o desenvolvimento da regulação emocional de emoções positivas em crianças e adultos e das suas relações
com a psicopatologia, em amostras a recolher.
DESCRIÇÃO DA LINHA:
Esta linha procura investigar o fenómeno da violência, da desigualdade e da discriminação numa perspetiva
multidimensional e com diferentes indivíduos e/ou grupos vulneráveis (e.g., pessoas sem abrigo, imigrantes,
ofensoras, refugiadas, crianças e jovens em risco) com o objetivo de caracterizar comportamentos, práticas de
avaliação e modelos de intervenção psicológica. Pretende-se, ainda, compreender os impactos e as
repercussões da violência, da desigualdade ao nível da saúde, do bem-estar e da qualidade de vida e
perceber de que forma estas vivências e processos podem despoletar comportamentos desviantes e de risco.
DESCRIÇÃO DA LINHA:
A imersão (ponto de vista egocêntrico) e o distanciamento (ponto de vista de observador) são duas perspetivas
que o/a cliente pode adotar na reflexão da sua experiência problemática. A investigação tem mostrado um
padrão de evolução destas perspetivas ao longo da terapia associado à redução dos sintomas, a estados
emocionais mais positivos e à integração da experiência, salientando a importância da imersão e o do
distanciamento no processo de mudança psicoterapêutico, nomeadamente na depressão. Tendo por base
estes resultados e os poucos trabalhos realizados sobre a imersão e o distanciamento em psicoterapia,
pretendemos elaborar estudos que apoiem estes resultados em diferentes psicopatologias e abordagem
terapêuticas, e que permitam a criação de mediadas de autorrelato que facilitem o acesso a estes construtos
em contexto clínico. Além disso, é relevante do ponto de vista da investigação e prática clínica, estudos que
abordem o efeito do terapeuta na perspetiva do cliente. Neste sentido, esta linha de investigação pretende,
também, identificar as estratégias/competências/variáveis do/a terapeuta que melhor se adequam à
promoção de cada uma das perspetivas, tendo em conta o nível de mudança e fase do processo terapêutico
em que o/a cliente se encontra. Para tal, serão analisadas sessões de psicoterapia conduzidas por diferentes
terapeutas em diferentes modalidades de intervenção.
Nota: Serão usadas metodologias quantitativas ou qualitativas consoante o estudo a ser desenvolvido.
Tema 2: eMental Health: Relação terapêutica e resultados clínicos no tratamento psicológico online.
A área da eHeatlh no campo da Psicologia Clínica e da Saúde tem tido uma evolução exponencial nas últimas
décadas. Diversos estudos têm sido conduzidos para avaliar a eficácia e o custo-efetividade de intervenções
baseadas na internet. Os estudos apontam para resultados satisfatórios a este nível, colocando o tratamento
psicológico online como uma alternativa viável ao tratamento presencial em determinadas circunstâncias.
Aliás, tem sido um método muito usado e útil nos últimos tempos, principalmente durante a pandemia por
COVID-19. Contudo, pouco se sabe acerca dos níveis de satisfação e da perspetiva do/a terapeuta sobre a
utilização destas ferramentas, bem como acerca dos níveis de satisfação dos/as clientes e impacto na relação
terapêutica e nos resultados deste tipo de intervenção comparativamente com as sessões presenciais. Sendo
assim, esta linha de investigação pretende desenvolver estudos que avaliem o impacto, na relação terapêutica
e nos resultados clínicos, da mudança de consulta presencial para consulta online. Para este fim, serão usadas
medidas psicológicas aplicadas a casos clínicos acompanhados em centros de atendimento psicológico com
intervenção online, como por exemplo, o Centro de Apoio e Serviço Psicológico (CASP).
Tema 3: Rastreio, avaliação e intervenção na depressão e prevenção do risco de suicídio baseada nos modelos
de stepped care aplicados aos cuidados de saúde primários.
Tema 1: Esta linha de investigação pretende contribuir para o desenvolvimento de ferramentas computacionais
para a avaliação e diagnóstico das perturbações mentais. Estas ferramentas emergem da necessidade dos
clínicos utilizarem para a realização de diagnósticos precisos, sistemas de avaliação extensos e intrusivos.
Paralelamente, o desenvolvimento destas ferramentas afigura-se como um contributo essencial para o
aprofundamento do conhecimento sobre a etiopatogenia e do desenvolvimento da psicopatologia
Tema 2: As análises bibliométricas constituem uma metodologia promissora para uma compreensão mais clara
e detalhada sobre a evolução e as tendências de um campo de investigação. Neste sentido, as análises
bibliométricas afiguram-se como uma metodologia state of the art que permite informar sobre o conhecimento
estabelecido e as tendências de evolução de diversos quadros clínicos.
DOCENTE: ISABEL MARIA MORAIS BASTO [Coorientação com PATRÍCIA PINHEIRO] – E-mail:
ibasto@ismai.pt
DESCRIÇÃO DA LINHA:
TEMA 1: O Modelo de Assimilação das Experiências Problemáticas propõe uma explicação integrativa e
transteórica sobre como o cliente muda ao longo da terapia. Para este modelo, a mudança psicológica ocorre
através de um processo gradual de integração e assimilação de experiências problemáticas previamente
ignoradas ou evitadas. Estudos prévios parecem confirmar empiricamente a perspetiva de que a assimilação
de experiências problemáticas promove o sucesso terapêutico no final da intervenção. Percebendo que a
assimilação de experiências problemáticas tem um papel importante na promoção do sucesso terapêutico, o
passo seguinte parece ser refletir sobre como podemos melhorar a prática clínica. Nesse sentido, importa
perceber como este fenómeno ocorre em populações particularmente desafiantes em para a eficácia
terapêutica: Neste sentido, um segundo objetivo da presente linha de investigação será estudar o processo de
assimilação em casos diagnosticados com:
1) POC
2) Perturbações de Personalidade
Sendo o diagnóstico de doença oncológica uma experiência traumática para o doente e que poderá ter
interferência na sua qualidade de vida, um terceiro objetivo será verificar o impacto da assimilação de
experiências problemáticas em mulheres com diagnóstico de cancro da mama e qual o impacto na sua
qualidade de vida.
TEMA 2: A eficácia da psicoterapia, segundo a Presidential Task Force on Evidence-Based Practice da APA,
depende da existência de tratamentos empiricamente validados, como de terapeutas competentes na sua
implementação. Apesar da Terapia Cognitivo-Comportamental (CBT) ser um modelo de tratamento
empiricamente validado, pouco se sabe sobre como treinar terapeutas competentes nesta modalidade.
Noutras áreas, o treino com recurso à Prática Deliberada (PD) tem uma longa tradição e resultados
comprovados. A PD refere-se à prática/treino repetido de determinada competência/técnica por parte do
trainee, enquanto recebe feedback imediato do trainer. Apesar de nos últimos anos terem sido desenvolvidas
algumas guidelines e protocolos de PD para o treino de psicoterapeutas, a literatura sobre a sua eficácia é
escassa. Ainda assim, os resultados dos primeiros estudos sugerem que a PD poderá contribuir para melhorar a
competência dos psicoterapeutas. Assim sendo, no âmbito da presente linha de investigação serão
desenvolvidos estudos que terão como objetivo explorar o efeito da PD no treino de psicoterapeutas em CBT,
comparando-o com o treino usual.
TEMA 3: A psicoterapia, nomeadamente a terapia cognitivo-comportamental (CBT; Beck et al., 1997), tem
menos efeitos secundários e é tão ou mais eficaz do que os antidepressivos no tratamento e prevenção da
recaída da depressão. Contudo, é uma resposta praticamente inexistente em Portugal, principalmente devido
aos seus custos. Pretendemos facilitar o acesso a este tratamento, combinando uma versão mais curta de CBT
com um tratamento tão eficaz como a medicação, mas com menos efeitos secundários e custos – exercício
físico. Neste sentido, pretendemos analisar o efeito deste tratamento na população diagnosticada com
depressão. No âmbito desta linha serão desenvolvidos estudos que permitam analisar qual o impacto que a
combinação da CBT com o exercício físico terão no bem-estar dos clientes diagnosticados com depressão (a)
durante e (b) após o tratamento (prevenção de recaída). Também serão desenvolvidos estudos que terão
como objetivo analisar qual o efeito imediato do exercício físico na regulação do humor.
DOCENTE: JOANA FILIPA FONSECA CARREIRO – E-mail: jcarreiro@umaia.pt
DESCRIÇÃO DA LINHA:
1) Estudo das Variáveis Psicossociais Promotoras de Adaptação Psicológica à Doença Oncológica em Doentes
Oncológicos e Familiares; 2) Estudos de Validação de Instrumentos de Avaliação Psicológica para a População
Portuguesa, no domínio da Psicologia da Saúde e Psico-oncologia; 3) Estudos de Desenho, Implementação e
Avaliação da Eficácia de Intervenções Psicossociais com Doentes Oncológicos, seus Familiares e Profissionais
de Saúde.
DESCRIÇÃO DO TEMA: O interesse da comunidade científica no estudo da saúde e doença oncológica assenta
no facto do cancro constituir uma das principais causas de morte a nível mundial e, por isso, ameaçar a
integridade humana, levando a pessoa a questionar-se sobre o sentido da vida. O corpo de investigação
existente na área da Psico-Oncologia é recente e procura compreender os aspetos psicológicos relacionados
com o impacto da doença oncológica no bem-estar e na qualidade de vida dos doentes e seus familiares,
pondo em evidência a necessidade de intervenções psicossociais capazes de minimizar o impacto desta
patologia e potenciar a adaptação dos/as doentes e seus familiares ao cancro, bem como, o processo de
reabilitação oncológica, bem-estar e qualidade de vida.
Este tema pretende assim investigar o papel de variáveis psicossociais no processo de adaptação psicológica
ao cancro em doentes oncológicos portugueses, nas diferentes fases da trajetória da doença, procurando
avolumar conhecimentos empírico-conceptuais nesta área do saber, bem como realizar estudos de validação
e/ou desenvolvimento de instrumentos de avaliação psicológica adaptados à população oncológica
portuguesa, visando o desenvolvimento de programas psicoeducacionais e de intervenção psicológica
eficazes na promoção da adaptação psicológica à doença e na reabilitação psicossocial de doentes, com
familiares e profissionais de saúde, componente essencial na qualidade da prestação de cuidados nos
contextos de saúde.
DESCRIÇÃO DO TEMA: Estudos sobre Mindfulness e promoção da saúde psicológica e bem-estar terão como
intuito identificar os fatores psicossociais que promovem o bem-estar psicológico, a aceitação, o crescimento
pessoal, a auto-realização, a atenção plena, a (auto)compaixão e a consciência de si na população em geral
(em crianças, jovens e adultos), nos estudantes universitários, nos doentes crónicos e nos profissionais de saúde
e sociais, em face de experiências e/ou condições de vida geradoras de stress que possam diminuir o seu bem-
estar psicológico, com o objetivo de definir e promover estratégias e intervenções que visem mudanças
positivas no seu ajustamento psicológico, emocional e comportamental.
1) Estudos que permitam identificar, caracterizar e relacionar a saúde mental, social e os comportamentos de
saúde e de risco dos/as estudantes universitários/as, tendo em conta diversas variáveis sociodemográficas; 2)
Estudos de desenho, implementação e avaliação de eficácia de medidas de prevenção da doença e
promoção da saúde psicológica e bem-estar dos/das estudantes universitários.
DESCRIÇÃO DO TEMA: A literatura sugere que os/as estudantes universitários apresentam um risco aumentado
para o desenvolvimento de uma doença mental (OPP, 2020). Dada a elevada prevalência de perturbações
mentais nos/as estudantes do ensino superior torna-se essencial promover e garantir a sua qualidade de vida e,
ao mesmo tempo, desenvolver conhecimentos, atitudes e competências para escolhas comportamentais mais
assertivas. Por se tratar de um problema atual de saúde pública, estudos sobre saúde mental, social e
comportamentos de saúde e de risco mostram-se relevantes e pertinentes, permitindo a obtenção de
conhecimentos que permitam a criação e a implementação de medidas de prevenção da doença e
promoção da saúde psicológica, com impacto ao nível educacional, social e na qualidade de vida e bem-
estar dos/das estudantes universitários. Este estudo surge no âmbito do projeto Maiêutica HEALTHY CAMPUS,
procurando identificar, caracterizar e relacionar a saúde mental, social e os comportamentos de saúde e de
risco dos/as estudantes universitários/as, tendo em conta diversas variáveis sociodemográficas. Investigação
conjunta com a prof. Doutora Alice Pereira.
Nesta linha de investigação serão realizados estudos qualitativos, quantitativos ou mistos tendo como referência
teórico-conceptual o modelo biopsicossocial de saúde e doença.
DESCRIÇÃO DA LINHA:
Descrição do Tema: A saúde, ao ser considerada uma componente-chave para o desenvolvimento, torna
premente o conhecimento real das necessidades de grupos populacionais diversos por forma a conhecer as
especificidades que podem ser geradoras de diferentes formas de opressão. Os estudos sugerem que pessoas
diversas em termos culturais e sociais enfrentam múltiplos riscos sociais de desigualdade, deparam-se com
enormes desafios não só no que concerne à acessibilidade e utilização dos serviços de saúde, bem como à
qualidade dos cuidados de saúde que lhes são prestados, o que acarreta repercussões ao nível do seu estado
de saúde geral e ao nível da sua saúde psicológica. Ressalvam ainda uma necessidade de adaptação e
desenvolvimento de políticas e práticas consertadas por forma a poderem dar uma resposta efetiva às reais
necessidades destas pessoas. Os/as profissionais de saúde revelam simultaneamente desafios múltiplos ao lidar
com estas populações. Esta linha de investigação procura investigar dificuldades de acesso e utilização de
serviços de saúde por parte de grupos populacionais específicos com vista a caracterizar comportamentos,
crenças e atitudes, bem como os seus determinantes e estado de saúde psicológica. Contempla ainda
aprofundar estudos a nível do funcionamento institucional e dos/as seus/suas profissionais com vista a
caracterizar discursos, crenças e atitudes bem como as suas práticas profissionais (e.g., psicólogos/as,
clínicos/as) bem como o impacto das diferentes crises sociais na vida e na saúde de grupos populacionais
específicos.
1)Estudo sobre as interseções de múltiplas formas de opressão, bem-estar e saúde psicológica; 2) Determinantes
de saúde e estado de saúde de grupos populacionais específicos (e.g., migrantes, refugiados, pessoas em
situação de sem-abrigo, pessoas em situação de pobreza); 3) Impactos das situações de crise na saúde
psicológica; 4) Intervenção Psicológica com Pessoas Migrantes; 5) Discursos, Crenças e Atitudes de profissionais
sobre o atendimento a populações específicas (e.g., migrantes, refugiados, pessoas em situação de sem-
abrigo, pessoas em situação de pobreza).
DESCRIÇÃO DA LINHA:
Tema 1: Auto-regulação infantil, comportamento materno e qualidade da vinculação no 1º ano de vida
Interacções humanas são críticas na estimulação do cérebro e estão no centro da regulação das emoções,
atenção, afeto e processamento sensorial. Assim, a estimulação externa significativa (e.g., interacção com os
pais) pode contribuir para a auto-regulação infantil, estados autonómicos e vinculação. A auto-regulação
infantil e a parentalidade são especialmente salientes no primeiro ano de vida do bebé. Esta linha temática
pretende explorar como é que as variações na saúde, no género do bebé, no bem-estar materno e as
variações demográficas afectam os estilos de regulação emocional do bebé, o comportamento interactivo
materno e quais destes factores predizem os padrões de vinculação mãe-bebé identificados aos 12 meses.
Tema 4: Vinculação romântica no adulto e sua relação com: (a) resiliência, adaptação e estratégias de
enfrentamento face ao trauma; (b) processamento emocional (padrões e atenção e memória face a estímulos
emocionais); (c) rupturas e elaborações (e.g., efeitos da perda de um relacionamento amoroso, divórcio); (d)
vinculação parental na infância (intergeneracionalidade da vinculação?); (e) satisfação conjugal, qualidade
das relações de intimidade e bem-estar subjectivo
A evidência científica acumulada indica que a vinculação romântica no adulto tem impacto numa
multiplicidade de domínios do funcionamento, nomeadamente, na resiliência face a acontecimentos de vida
adversos. Uma das teorias, baseada nos Modelos de Processamento de informação, indica que o estilo de
vinculação no adulto confere uma lente de leitura do eu e do outro, bem como um padrão de atenção e de
capacidade de evocação de estímulos e memórias emocionais que é distinto de acordo com a classificação
desse mesmo padrão. A título de exemplo, adultos com um estilo de vinculação ambivalente-resistente
parecem ter um padrão de maior atenção e de maior capacidade de evocação relativamente a material de
conteúdo afectivo negativo, o que os poderá colocar numa posição de desvantagem quando confrontados
com acontecimentos de vida adversos comparativamente com os outros estilos. Por outro lado, muitos estudos
têm procurado analisar a ontogénese dos estilos de vinculação no adulto, nomeadamente, a hipótese da
intergeneracionalidade da vinculação. Ainda que existam estudos que mostram uma continuidade nos estilos
de vinculação entre pais e filhos, a evidência científica neste domínio é inconsistente, sendo por isso premente
a realização de mais estudos. Estudos neste domínio, que procurem igualmente identificar factores protetores
e de risco para a relação entre pais e filhos e mais tarde para a qualidade das relações íntimas no adulto,
fornecem pistas importantes para a intervenção clínica, nomeadamente, para o desenvolvimento de
programas de intervenção individual e conjugal bem como programas de intervenção focados na
parentalidade.
DESCRIÇÃO DA LINHA:
Tema 1. Modulação da mudança emocional: Estudos sobre as tarefas em Terapia Focada nas
Emoções
Os estudos contemporâneos sobre psicoterapia têm acentuado a necessidade de se obter uma melhor
compreensão sobre os processos de mudança emocional a partir de uma lógica modular, ou seja, numa lógica
de decomposição de diferentes módulos de intervenção que respondam a problemas específicos. Nesse
sentido, esta linha de investigação propõe-se estudar os efeitos específicos e os processos de mudança de
diferentes módulos de intervenção da Terapia Focada nas Emoções, nomeadamente: a tarefa de cadeira
vazia; a tarefa de duas cadeiras; a tarefa de focalização. Incluído nestes estudos encontra-se também a
possibilidade de realização de estudos com medidas implícitas, ou seja, com sensores que avaliam a resposta
psicofisiológica dos clientes.
TEMA 3: Estudos de caso em Terapia Focada nas Emoções da Depressão: Do processamento à produtividade
emocional
Usando uma metodologia de análise intensiva de caso e recorrendo a casos de psicoterapia previamente
seguidos com Terapia Focada nas Emoções, poderão ser desenvolvidos estudos de casos centrados em
diferentes problemas de estudo. Para tal, serão usadas medidas observacionais, tais como medidas de
processamento emocional (CAMS e/ou Experiencing Scale); ou a escala de produtividade das experiências
emocionais. Esta linha é particularmente indicada para estudantes interessados/as em aprofundar os seus
conhecimentos clínicos sobre os processos de mudança em psicoterapia, aliado ao domínio de ferramentas
qualitativas e quantitativas aplicadas a casos únicos.
DESCRIÇÃO DA LINHA:
TEMA 2. Estudos sobre experiências precoces adversas e psicopatologia nos adolescentes e jovens adultos.
Coorientação: Doutora Anita Santos
As crianças e os adolescentes que sofrem experiências adversas e/ou traumáticas revelam várias
dificuldades em vários domínios do seu desenvolvimento, que se evidenciam desde a infância até à idade
adulta, nomeadamente, sob a forma de perturbação psicopatológica. As necessidades de intervenção
psicológica, nomeadamente, com adolescentes e jovens adultos que vivenciaram experiência precoces
adversas são inúmeras e desafiantes, exigindo uma investigação mais aprofundada deste fenómeno com vista
informar os protocolos de intervenção psicológica, potenciando a sua eficácia. Por exemplo, está por
estabelecer a relação entre a vivência de experiências precoces adversas e os mecanismos (e.g., cognitivos e
comportamentais) que contribuem para a manutenção da disfunção psicopatológica (e.g., depressão,
ansiedade social, sintomas de PSPT) na adolescência e no início da idade adulta (e.g., jovens universitários).
Esta linha de investigação tem como objetivo contribuir para a investigação nesta área, recorrendo a métodos
qualitativos (ex: Revisão sistemática da literatura, estudados de caso), quantitativos (ex. validação de
instrumentos para a população portuguesa e estudos transversais) e mistos.
TEMA 3: O papel mediador das estratégias de regulação emocional entre socialização parental de emoções
positivas/negativas e sintomas psicopatológicos na adolescência
Sabe-se que as práticas parentais, entre outras variáveis, moldam a forma como os/as jovens aprendem
a experienciar, reconhecer e a regular as suas emoções negativas e positivas. Nesta linha de investigação,
propõe-se clarificar a complexidade das relações entre as diversas práticas de socialização emocional parental
(e.g., reforço, punição, etc.) de emoções negativas (e.g., raiva, tristeza), as diferentes estratégias de regulação
emocional (cognitivas e comportamentais) e a psicopatologia no/a adolescente. O interesse está,
particularmente, no estudo destas relações no contexto do desenvolvimento de emoções positivas, como a
alegria e com instrumentos criados de raiz para avaliar a regulação de emoções positivas (e.g., amortecimento,
ruminação positiva…). Pretende-se investigar estes tópicos em amostras a recolher em 2024-2025, recorrendo a
métodos quantitativos (correlacionais, mediação, moderação, validação de instrumentos, etc.).
DESCRIÇÃO DA LINHA:
Tema 1
No ano letivo 2024/2025, os/as alunos/as serão integrados/as no:
Projeto 1) A sexualidade no teatro da vida:
Estudo 1. Estudo retrospetivo sobre experiências sexuais na infância
Estudo 2. Vinculação, sexualidade e intimidade na vida adulta
Tema 2
Na linha de investigação Psicodrama e Trauma pretende-se a realização de estudos sobre a Intervenção
Psicodramática no Trauma, que compreendem a revisão sistemática da literatura, a aferição de instrumentos,
estudos de caso, avaliação da eficácia da intervenção psicodramática e perceção dos profissionais da
eficácia da intervenção.
DOCENTE: PATRÍCIA DE JESUS LOPES PINHEIRO [Coorientação com ISABEL MARIA MORAIS BASTO]
– E-mail: ppinheiro@umaia.pt
DESCRIÇÃO DA LINHA:
DESCRIÇÃO DA LINHA:
A linha de investigação está direcionada para desenvolver evidências que apoiem a aplicação de princípios
psicológicos para facilitar o desempenho desportivo, aumentar a participação na atividade física e promover
a performance humana.
Os tópicos de investigação podem versar nas interações entre a psicologia e a prática desportiva, incluindo os
fatores psicológicos associados ao desempenho desportivo, a saúde psicológica e o bem-estar de atletas,
treinadores, pais, árbitros, e organizações desportivas, e a relação entre o funcionamento físico e psicológico.
Ainda, poderão ser considerados trabalhos acerca da psicologia aplicada à performance humana, em
particular, aspetos psicológicos associados a profissões que exigem excelência no desempenho psicomotor
(e.g., músicos, artes cénicas, cirurgia, combate a incêndios, operações militares).
Desde o ponto de vista metodológico, os trabalhos podem variar entre desenhos experimentais, quase-
experimentais, correlacionais, ou estudos qualitativos, dependendo da questão de investigação. Dentro do que
tem acontecido no passado recente, os estudantes são desafiados a desenvolver trabalhos capazes de
receber mérito para publicação e apresentação em eventos científicos.
DESCRIÇÃO DA LINHA:
Esta linha reúne estudos que exploram os mecanismos de mudança em psicoterapia e seu impacto no resultado
terapêutico, nomeadamente análise das expectativas dos cliente e credibilidade de tratamento, bem como
análise das perspetivas dos clientes sobre o processo de terapia em diferentes contextos (prática de rotina,
terapia blended em Terapia Cognitivo Comportamental). Do ponto de vista metodológico privilegia-se estudos
com design mistos e qualitativos, em que se analisa as diferentes perspetivas dos clientes através da análise de
sessões ou através de recolha de medidas de autorrelato.
DOCENTE: TIAGO BENTO DA SILVA FERREIRA [Coorientação com FILIPA FERREIRA] – E-mail:
tbentoferreira@ismai.pt
TEMAS DE INVESTIGAÇÃO: Aplicação da ciência das redes complexas ao estudo da (1) psicometria e
desenvolvimento de ferramentas computacionais para diagnóstico de perturbações mentais; e (2) da
nosografia e etiopatogenia da perturbação depressiva major e da perturbação de jogos de internet.
DESCRIÇÃO DA LINHA:
DESCRIÇÃO DA LINHA:
Projetos 1 e 2
A capacidade de estabelecer relações emocionais próximas e profundas tem sido amplamente considerada
como preditora do desenvolvimento e equilíbrio socioemocional ao longo do ciclo vital. A construção de uma
relação segura é o maior desafio durante a infância; por consequência, esta conquista desenvolvimental terá
um impacto positivo na maturação cerebral e neuropsicológica, no estabelecimento de relações íntimas e nas
capacidades de adaptação e funcionamento na idade adulta.
Esta linha de investigação procura compreender a importância dos processos de vinculação e do
desenvolvimento emocional na maturação neuropsicológica (linguagem, função simbólica, funções
executivas, brincar) e relacional em crianças/adolescentes e em adultos com e sem alterações emocionais,
sociais e comportamentais significativas. Neste âmbito, serão também validados instrumentos de avaliação
psicológica.
TEMA 3
As experiências adversas de abuso sexual (AS) na infância alteram psicofisiologicamente as suas vítimas,
provocando disfunções físicas, cognitivas e socioemocionais. As terapias mente-corpo apresentam resultados
promissores na diminuição dos sintomas de perturbação do stress pós-traumático (PTSD) oriundos do AS,
explorando as interações entre os processos neurobiológicos, psicológicos e os tecidos periféricos, como os
sistemas cardiovascular e imunológico. Este projeto de investigação pretende avaliar a eficácia do modelo da
Somatic Experiencing (SE) na redução da sintomatologia clínica da PTSD em vítimas adultas de AS, avaliando
os constructos de regulação emocional, bem-estar psicológico e consciência corporal, e sua relação com as
respostas corporais e psicofisiológicas associadas ao trauma.
Estudos Projeto 3)
Estudo 5: Mapeamento do impacto da experiência traumática do AS em vítimas adultas no desenvolvimento
da sintomatologia clínica da PTSD e sua relação com as respostas corporais e psicofisiológicas associadas ao
trauma;
Estudo 6: Avaliar a eficácia da intervenção da SE em vítimas adultas de AS.
DESCRIÇÃO DA LINHA:
a. Avaliação:
b. Intervenção:
• Análise das variáveis que interferem no desempenho dos programas de intervenção neuropsicológicos.