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O último trimestre de 2022 começou e é tempo de começar a pensar no ano que

se avizinha. A pensar nisso, a Edições do Gosto apresenta as dez tendências que


se prevê que vão marcar o ano de 2023 no universo gastronómico e da
restauração.

«A actual conjuntura é bastante desafiante para o sector da restauração. Estamos


a atravessar mais uma fase de mudanças a nível económico, social e ambiental e
obviamente que estas têm impacto directo num dos sectores mais vivos e
mutáveis da indústria», diz, em comunicado, Paulo Amado, fundador da Edições
do Gosto.

Assim, estas são as trends que prometem marcar uma área do turismo “que se
adapta e antecipa, porque só assim sobrevive”:

1 – Cozinha Interventiva

A cozinha como ferramenta de intervenção social. Um restaurante que assume


convicções políticas e socioeconómicas através dos seus menus, contratação de
funcionários ou eventos temáticos. Chefs e marcas que se posicionam ao lado de
causas ambientais e de produção alimentar mais controlada e sustentável. É um
compromisso assumido, uma escolha de não-neutralidade e com a qual o
consumidor se identifica e apoia, dando um novo papel ao restaurante e aos seus
protagonistas.

2 – Mais mulheres no comando

O lugar da mulher… é onde ela quiser. E isso também se aplica à liderança de


restaurantes e conceitos gastronómicos por mulheres. O sistema de
reconhecimento da restauração nem sempre espelhou a restauração como um
sector de todos. No actual contexto, essa obrigação não pode ficar de novo para
trás.

3 – It’s Show Time

A restauração é o palco perfeito para a magia acontecer e cada vez vamos assistir
à proliferação de conceitos gastronómicos com música ao vivo, DJs, eventos
temáticos. Mais confortáveis, os novos restaurantes querem participar da
celebração da vida, o espírito informal e a festividade alastram e é preciso que o
cliente fique o maior tempo possível na instalação para aumentar o consumo.

4 – O rio à mesa

Com a escassez de pescado de mar e o preço de mercado de algumas espécies


que dele provêm, torna-se imperativo valorizar o pescado de rio. Com as suas
características, é muitas vezes símbolo da gastronomia de algumas regiões
ribeirinhas. Será cada vez mais notória a preocupação dos chefs de cozinha e
restauradores explorarem este tipo de pescado, apresentando receitas que os
valorizem e lhes garantam notoriedade.
5 – Gourmet Low-Cost 2.0

O gourmet low-cost foi uma das faces visíveis da resposta deste sector à crise de
2011, tendo-se valorizado o produto regional e de época. Fizeram-se no passado
menus com criatividade, a preços controlados e uma apresentação refinada. No
actual clima de inflação galopante, mantém-se a proximidade ao produto regional
e de época. Houve um aumento da oferta, em consequência do crescimento do
turismo e de alguma abertura social. Para comer à mão ou partilhar, saborosos e
com apresentação melhorada.

6 – Transparência é exigência

A origem dos produtos, a pegada ecológica, o modelo de produção do ponto de


vista agrícola ou industrial, os recursos usados e a participação humana, as
estações do ano, a logística e a distribuição, as embalagens, a validade, os
ingredientes, o comércio, as pessoas. Tudo em causa, tudo disponível para ser
partilhado. Origem e proximidade, saúde e sabor com um olhar solidário, eis as
palavras-chave para as escolhas alimentares do futuro.

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