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Creio, Confesso e Caminho - Batismo e Santa Ceia
Creio, Confesso e Caminho - Batismo e Santa Ceia
CONFESSO
E CAMINHO
Versículos-chave
Atos dos Apóstolos 2.38
1 Coríntios 11.23-26
Objetivo
Vamos aprender o significado do Batismo e da Santa Ceia, compreender os
privilégios incluídos nessas duas ordenanças e entender como participar
corretamente.
Por onde começamos?
Desde o princípio, o batismo e a ceia tem sido dois elementos muito importantes da fé
cristã. Hoje, a maioria das igrejas evangélicas, incluindo a Igreja do Nazareno, entende que os
ritos do batismo e da santa ceia, do jeito que as Escrituras apresentam, são dois sacramentos
que Jesus deixou para que a Sua igreja praticasse até o seu glorioso e tão esperado retorno.
Apesar da palavra sacramento não ser muito popular hoje em dia, e soar meio católica,
ela tem um significado muito interessante e que pode ajudar a clarear o nosso entendimento
sobre o que vamos estudar hoje.
Batismo
Em resumo, o batismo é um ritual de purificação que simboliza a remoção da impureza
e do pecado; representa o arrependimento e a decisão de buscar o perdão e a redenção em
Deus, através da fé em Jesus Cristo.
Na lei de Moisés, a água era usada para limpar indivíduos da contaminação cerimonial.
Os ritos de lavagem são muito destacadas no AT, não somente nos casos de impureza religiosa,
como quando o sumo sacerdote se aproximava de Deus, que é o caso de Arão e seus filhos em
Êxodo 40.12-15, mas também como símbolo da purificação moral, conforme Isaías 1.16 diz
sobre a imoralidade do povo judeu.
Prosélitos (quem?)
Mais adiante, os gentios que se convertiam de religiões pagãs para o judaísmo eram
aceitos na nova fé somente depois de cumprir certas obrigações, como o estudo da Torá, a
circuncisão e um banho ritual semelhante ao batismo para lavar a impureza de suas origens
gentias.
João pregava o batismo como sinal de arrependimento para o perdão dos pecados (Lc
3.3). Em partes a função do batismo de João era preparar o coração das pessoas para receber
o Messias, e aqueles que haviam recebido o batismo e se arrependido de seus pecados
estavam prontos para receber a mensagem de Jesus (Lc 7.29-30). O próprio Jesus foi batizado
por João no Jordão, mostrando que aprovava a prática do batismo. Nesse tempo, os novos
seguidores de Jesus já eram batizados, apesar dele mesmo não ter batizado ninguém, isso era
feito pelos Seus discípulos, como podemos ver em João 4.1-2.
Uma vez ressurreto, Jesus ordenou que seus discípulos batizassem os novos
convertidos (Mt 28.19). Cristo deu ordem para que eles fizessem novos discípulos de todas as
nações batizando os convertidos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A prática do
batismo pela igreja é então, em primeiro lugar, um ato de obediência ao mandamento do
próprio Senhor Jesus.
Pedro, seguindo o que Jesus havia ensinado e cheio do Espírito, após pregar um
belíssimo sermão em Atos 2.14-36, disse para multidão: “Arrependam-se, e cada um de vós
seja batizado em nome de Jesus Cristo”. Foi um sermão que provocou nos ouvintes a
convicção dos seus pecados e a necessidade de salvação. Naquela ocasião quase 3.000
pessoas se arrependeram e foram batizadas.
Outros exemplos no livro de Atos mostram como a prática do batismo era seguida
fielmente pelos discípulos de Jesus: Filipe batizou um etíope após ensinar as Escrituras pregar o
Evangelho para ele (At 8.35-38); Paulo, após se converter, foi batizado por um discípulo
chamado Ananias (At 9.17-19); Pedro pregou para toda a família do centurião Cornélio e os
batizou em seguida (At 10.47-48).
Os significados do batismo
O batismo significa uma experiência íntima do crente em relação a Jesus Cristo, o
Redentor e Salvador, realizada pelo Espírito Santo. Estão incluídos nessa experiência:
Purificação
Por este ato de fé, o crente é enxertado em Cristo. Em virtude desta união vital e
orgânica, a própria vida do filho de Deus entra no crente. Cristo é a videira verdadeira. Os
crentes são os ramos. A vida e a produção do ramo dependem de a vida desta videira passar
para os ramos (Jo 15.4-5). Separar o ramo da videira resulta em morte (Jo 15.6). A união com
Cristo é a vida eterna (Jo 17.3). O batismo torna-se para o crente um sinal de sua união vital
com Jesus Cristo.
Quando nos batizamos, também declaramos Cristo como Senhor sobre nossas vidas. A
grande comissão ordenada em Mateus 28.18-20 tem como pressuposto a submissão à
autoridade de Jesus sobre os céus e a terra.
Até sermos batizados, não fazemos parte do Corpo de Cristo de forma plena, apesar de
ser possível apresentar a fé verdadeira para a salvação antes do batismo, como um dos homens
que foi crucificado com Jesus. Mas essa fé deve ser consolidada e levada adiante, pois fazer
parte da Igreja de Jesus Cristo também inclui outros aspectos, além da salvação, que não
podem ser ignorados ou negligenciados, como a benção de receber o poder do Espírito Santo,
que nos capacita viver em santidade, testemunhar ao mundo a respeito do Jesus, e a trabalhar
na edificação do Corpo de Cristo. Algumas passagens evidenciam isso bem claramente, como
por exemplo At 2.38, At 19.1-6 e Mt 3.11
A Santa Ceia
Se o batismo é o sacramento que inicia uma pessoa na igreja e significa a identificação
com Cristo, a Ceia do Senhor é o sacramento que celebra a continuação deste relacionamento
do crente com Cristo e com a igreja, servindo também para consolidar esta aliança santa.
Em sua última Páscoa antes de morrer, Jesus transformou esta celebração de forma
definitiva, pois a partir dali o pão e o vinho, passaram a simbolizar Sua carne e sangue. Deste
dia em diante temos feito isso conforme a orientação do Mestre.
Para entendermos bem o que a Ceia do Senhor significa e todas as questões espirituais
envolvidas nesta celebração, vamos analisar o principal texto sobre o assunto.
1Co 11.17-34
A Ceia não é algo individual e nem é uma refeição para o corpo (17-22,33-34)
Paulo deixa claro que apesar da Ceia do Senhor envolver comida e bebida, a intenção
não é saciar o corpo. Também não faz sentido se participarmos dela de forma individualizada,
sem levar em consideração os outros irmãos.
“Quando vocês se reúnem como igreja” (v.18). Os crentes partilham do único pão da
vida e do único cálice da benção (1Co 10.16,17). Sentar-se à mesa do Senhor com um irmão
com quem se tem atrito é uma atitude de autocondenação. Paulo vê “o único pão”
representando o corpo de Cristo.
Memorial
“Fazei isto em memória de mim” (v.24). Vejam o paralelo com a Páscoa, que era um
meio de lembrar ao povo de Israel o evento central da sua história até ali. A cruz é o evento
central da nossa fé e nos lembramos disso cada vez que celebramos a ceia.
Proclamação
“Vocês anunciam a morte do Senhor” (v.26). Quando nos reunimos como igreja para
participar da Ceia do Senhor proclamamos a Sua morte uns aos outros e para o mundo.
Antecipação
“Até que Ele venha” (v.26). Quando o Senhor instituiu a ceia, Ele antes havia falado
sobre a Sua volta (Mt 24 e 25) e disse que voltaria a participar desta celebração no fim dos
tempos (Mt 26.29). A ceia olha para o futuro, para a volta de Cristo.
Autoexame
“Examine-se cada um a si mesmo, e então, coma do pão e beba do cálice” (v. 27-30).
Paulo não escreveu isto para desencorajar as pessoas a participarem da Santa Ceia, pelo
contrário. A intenção aqui é que este seja um momento de reflexão, arrependimento, confissão,
e restauração, para que haja a verdadeira comunhão do Corpo de Cristo.
Conclusão
O batismo e a ceia são selos da aliança de Deus com Seu povo, lembrando-nos que
somos seu povo, e que Deus tem reservado para nós toda sorte de bênçãos espirituais.