Optica Geometrica

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1.2.

Princípios Básicos de Óptica Geométrica

 Propagação rectilínea da luz, nos meios transparentes e homogéneos a luz se propaga


em linha recta.
 Independência de propagação dos raios de luz, se dois ou mais raios da luz
provenientes de fontes diferentes se cruzam, eles seguem suas trajectórias de forma
independente, como se os outros não existissem.
 Reversibilidade da luz, se um raio de luz se propaga em uma direcção e em sentido
contrários, outro poderá propagar-se na mesma direcção e em sentido oposto.

1.3. Direcção de Propagação de Ondas

Onda é a manifestação de um fenómeno físico no qual uma fonte perturbadora fornece energia a
um sistema e é essa energia que desloca-se através de pontos desse sistema, conforme a figura 2
ilustrativa abaixo, que representa o deslocamento de uma onda em uma corda.

Figura 2. Propagação da onda em uma corda esticada.

Importa ressaltar algo, aqui não é a onda que se movimenta, mas a energia fornecida pela mão
que desempenha o papel de fonte perturbadora. No entanto, existem três tipos de ondas quanto à
direcção de propagação a saber: Unidimensionais, Bidimensionais e Tridimensionais.
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Portanto, dependendo do meio sob o qual a energia propaga-se, temos uma velocidade de
propagação correspondente. As ondas harmónicas são uma espécie de ondas em que a fonte
perturbadora executa um movimento uniforme. O comprimento de onda é o período espacial
correspondente ao período temporal T.

Se a gente conhece a velocidade de propagação, então podemos caracterizar uma onda através da
frequência ou comprimento de onda (v=λ.f)

1.2. Natureza da Luz

A natureza de onda é explicada pelas teorias corpuscular e ondulatória.

 Na teoria ondulatória, a luz é tratada como sendo campos electromagnéticos oscilantes


que propagam no espaço. É por meio desta teoria onde os fenómenos como reflexão,
difracção, refracção e etc.. são esclarecidos.
 Graças a contribuição do Einstein, conseguimos tratar a luz como sendo pacotes de
energia de fotões, que se encaixam na teoria corpuscular, é graças a essa teoria que
explica os fenómenos como o efeito Compton e o desvio do raio luminoso quando passa
perto de corpos celestes.

A luz pode ser representada por ondas ou por raios de luz, conforme ilustrado na figura abaixo.

Fig.3- Representação da luz..

1.3. Fontes Ópticas


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Nos sistemas ópticos encontramos dois tipos de fontes ópticas que são utilizadas a saber: LED e
LASER, sendo que o laser a mais apropriada para o seu campo de actuação e utilização em
circuitos ópticos e em cirurgias médicas, por fornecer maior potência luminosa e uma menor
largura espectral e pela maior concentração do seu feixe luminoso permitindo também maior
eficiência de acoplamento e emitindo menor ruído em relação ao LED.

Porém, apresenta certas desvantagens tais como: maior sensibilidade à temperatura, maior custo,
vida útil bem menor e necessidade de circuitos mais complexos para manter uma boa
linearidade.

A palavra laser é formada pelas iniciais de Light Amplification by Stimulated Emission of


Radiation, que significa: amplificação da luz pela emissão estimulada de radiação, isto é, raios
laser são estreitos feixes de luz obtidos em condições tais que fazem transportar uma enorme
quantidade de energia.

O raio laser tem aplicação em todas as áreas da actividade humana como em:

 Medicina é usado em cirurgias , no tratamento de doenças e como recurso diagnóstico em


muitas especialidades.
 Furos e cortes extremamente precisos, em qualquer material, podem ser feitos com raio
laser, sem aquecimento apreciável das regiões vizinhas.
 Telemetria, é usado para a medida exacta de grandes distâncias. Por exemplo, a distância
entre a terra e a lua foi medida de maneira precisa através de um feixe de raio laser, que
emitido de nosso planeta, reflectiu-se num espelho, instalado na lua durante a emissão.
 Em comunicações, a transmissão de informações, percorrendo fibra ópticas.
 Os compact disc (CDs) são lidos por meio de um feixe de raios laser, assim como os
videodiscos.
 A holografia, fotografia em três dimensões, verdadeira escultura de luz, é obtida a partir
de feixes de raios laser.
 O laser é usado também em discotecas, em espectáculos musicais, etc.

Para a compreensão do funcionamento de um laser, vamos tomar um laser a gás como o de


(HeNe).
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Um átomo é composto de um núcleo e de electrões que permanecem girando em torno do mesmo


em orbitais bem definidas. Quanto mais afastado do núcleo gira o electrão, menor é a sua
energia, se o electrão ganhar energia ele muda de sua órbita para uma mais interna, sendo este
um estado não natural para o átomo mais forçado. Uma vez que esse estado não é natural, o
átomo por qualquer distúrbio tende a voltar ao seu estado natural ou original, libertando a energia
recebida em forma de ondas electromagnéticas de comprimento de onda definido em função das
órbitas do átomo.

Fig. 4. Laser.

Existem duas condições básicas para que um fenómeno laser aconteça, a saber:

 Inversão da população, é o estado em que uma grande quantidade de átomos fica com
electrões carregados de energia, girando em órbitas maiores internas. É como se o tal
átomo se encontrasse engatilhado para o disparo de ondas electromagnéticas, onde o
estado é conseguido por meio de altas tensões de polarização fornecidas ao laser, a tensão
varia de 200 a 300 V.
 Alta concentração da luz, consiste na perturbação necessária para que o átomo dispare,
isto é, volte a sua condição natural, libertando a energia armazenada em forma de ondas
electromagnéticas. Na existência de uma quantidade de átomos suficientemente
engatilhados com uma concentração de luz suficiente, haverá um efeito multiplicativo em
que um fotão gerado gerará outros fotões, obtendo-se desta forma o fenómeno laser.
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As Principais características de um laser são: Luz coerente, altas potências, monocromaticidade,


Diagrama de irradiação concentrada, altas tensões de polarização, fluxo de luz não proporcional
à corrente; vida útil baixa (10000 horas);

Sensível a variações de temperatura, alto custo, próprio para sinais digitais e altas velocidades,
isto é, grande banda de passagem.

1.4. Óptica Geométrica

É um ramo de física que estuda os fenómenos luminosos. As linhas orientadas (raios de luz)
representam graficamente, direcção e o sentido de propagação de onda electromagnética (luz)
que transporta energia sem matéria.

Entretanto, através de nossos cinco sentidos, conseguimos ter a percepção do mundo que nos
rodeia, daí que, uma porção considerável dessa percepção é proporcionada pela visão, a partir da
qual, graças à luz que recebemos dos objectos de nosso ambiente.

Portanto, o estudo de comportamento da luz propagando-se em diferentes meios é feito na óptica


geométrica, onde a luz em propagação é representada graficamente por linhas orientadas
denominadas raios de luz. Um conjunto de raios de luz (feixe de luz) pode ser convergente,
divergente ou paralelo, conforme ilustrado na figura abaixo:

Fig.5. Propagação da luz.

Quando uma fonte é pontual, isto é, puntiforme, as suas dimensões são desprezíveis em relação
às distâncias que a separam dos outros corpos, caso contrário ela é extensa.

Quando um determinado meio permite a propagação da luz por distâncias consideráveis segundo
trajectórias bem definidas, então ele é transparente. Neste caso, um objecto colocado nesse meio
ou atrás dele, pode ser percebido com detalhes. A água e o vidro, em pequenas espessuras, são
transparentes.
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Fig.6. Corpo transparente (a) corpo opaco (b).

Se um determinado meio não confere a propagação da luz, então o tal meio é opaco.

Para além desses dois meios anteriormente citados, existem os intermediários (translúcidos), cuja
a luz atravessa neles seguindo trajectórias irregulares e mal definidas, por isso não se percebe
detalhadamente um objecto colocado atrás de meios translúcidos, como exemplos, temos vidro
fosco e o papel vegetal.

Fig. 7. corpo translúcido.

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