Resumos de Biomedicina

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PARASITOLOGIA

E X P E R T 2.0
Produzido por Gabriel Oliveira
@BIOMEDGABRIEL
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO__________________________________________ 3
HELMITOS________________________________________ 6
Ancilostomídeos _____________________________________ 6
Ascaris lumbricoides________________________________ 11
Enterobius vermicularis______________________________ 16
Fasciola hepatica____________________________________ 20
Strongyloides stercoralis_______________________________ 24
Schistosoma mansoni_________________________________ 30
Taenia______________________________________________ 34
Trichuris trichiura____________________________________ 40
Wuchereria bancrofti________________________________ 44

PROTOZOARIOS_____________________________________ 48
Entamoeba histolytica________________________________ 48
Giardia lamblia_______________________________________ 51
Leishmania spp_______________________________________ 54
Plasmodium spp_______________________________________ 61
Trichomonas vaginalis___________________________________ 66
Toxoplasma gondii____________________________________ 69
Trypanosoma cruzi_____________________________________ 73

REFERÊNCIAS ______________________________________ 76

ATENÇÃO!!!
Este material é restrito para uso exclusivo da pessoa que o adquiriu. Portanto,
é expressamente proibido compartilhá-lo e/ou comercializá-lo, uma vez que
essa conduta configura um crime de acordo com o art.184 do Código Penal
Brasileiro. Tal infração pode acarretar em uma pena de reclusão de 3 meses a
4 anos, além da aplicação de multa.
INTRODUÇÃO

FORMAS DE INTERAÇÃO ENTRE OS SERES VIVOS

Comensalismo: é uma associação entre duas espécies, em que uma obtém


vantagem sem prejudicar a outra.

Desarmônicas ou negativas: ocorrem quando há prejuízo para algum dos


participantes.

Foresia: uma das espécies fornece à outra suporte, abrigo e transporte

Harmônicas ou positivas: ocorrem quando há benefício mútuo ou ausência


de prejuízo entre os participantes.

Intraespecíficas: referem-se a seres que pertencem à mesma espécie.

Interespecíficas: são aquelas que envolvem seres de espécies diferentes.

Mutualismo: Quando organismos de espécies distintas vivem em


associação íntima, ocorrendo benefício mútuo.

Parasitismo: é uma relação entre seres vivos em que há uma


unilateralidade de benefícios, ou seja, o parasita se beneficia às custas do
hospedeiro, promovendo danos a este último.

Simbiose: associação íntima estabelecida entre seres de espécies


diferentes.

3
AÇÕES DO PARASITO SOBRE O HOSPEDEIRO

Ação espoliativa: consiste em absorver nutrientes dos seus hospedeiros.

Ação enzimática: envolve a produção de enzimas que dissolvem partes do


corpo dos seus hospedeiros.

Ação irritativa: provoca irritação no local parasitado, sem produzir lesões


traumáticas

Ação mecânica: pode interferir no fluxo alimentar e na absorção dos


alimentos. podendo ser uma ação obstrutiva ou destrutiva durante sua
migração.

Ação tóxica: Os parasitos produzem substâncias que podem ser tóxicas


para o hospedeiro.

Ação traumática: causa lesões nos tecidos dos hospedeiros.

A CLASSIFICAÇÃO DOS HOSPEDEIROS

Hospedeiros definitivos: são aqueles que abrigam a forma adulta do


parasito.

Hospedeiros intermediários: são aqueles que abrigam a forma larval do


parasito.

4
ESPECIFICIDADE PARASITÁRIA

Parasitas estenoxenos são aqueles que possuem uma especificidade


parasitária limitada a uma única espécie de hospedeiro. Um exemplo é o
Ascaris lumbricoides.

Parasitas eurixenos: são aqueles que possuem uma especificidade


parasitária ampla e podem infectar hospedeiros de grupos zoológicos
distintos. Um exemplo é o Toxoplasma gondii.

CICLO BIOLÓGICO

Ciclo monoxênico/direto: é um tipo de ciclo de vida de parasitas em que


apenas uma espécie de hospedeiro é utilizada para completar o ciclo. O
parasita se desenvolve e se reproduz dentro desse hospedeiro, sem
necessidade de outros hospedeiros intermediários. Exemplos incluem o
Enterobius vermicularis (oxiúros) e o Ascaris lumbricoides (lombrigas).

Ciclo heteroxênico/indireto : é um tipo de ciclo de vida de parasitas que


requer dois ou mais hospedeiros para completar o ciclo. O parasita precisa
passar por diferentes estágios em hospedeiros diferentes antes de se
tornar adulto e reproduzir. Exemplos incluem o Plasmodium (causador da
malária) e o Taenia solium (solitária).

5
HELMINTOS

ANCILOSTOMÍDEOS ANCILOSTOMOSE

ANCILOSTOMOSE

A ancilostomose é uma doença parasitária causada pelos vermes Ancilostomídeos,


que são transmitidos principalmente através do contato com solos contaminados por
suas larvas. Aqui estão algumas informações importantes sobre a doença

TRANSMISSÃO E SINTOMAS

Infecções zoonóticas por ancilostomídeos podem causar a condição cutânea larva


migrans cutânea (CLM), que ocorre quando as larvas penetram na pele através do
contato com solo contaminado por fezes de cães ou gatos. A migração dessas larvas
na pele causa coceira intensa e linhas vermelhas elevadas, que desaparecem após a
morte da larva na pele. Coçar as linhas pode levar a infecções bacterianas. Em casos
raros, certos tipos de ancilostomídeos podem infectar o intestino e causar dor
abdominal, desconforto e diarreia. O tratamento médico pode ser necessário para
controlar os sintomas e prevenir infecções bacterianas.

IMAGEM: CDC - ZOONOTIC HOOKWORM - DISEASE

6
PREVENÇÃO

Medidas de prevenção para a infecção por ancilostomídeos zoonóticos incluem o uso


de sapatos e tapetes de proteção para evitar o contato da pele com areia ou solo.
Além disso, é recomendado cuidados veterinários regulares, desparasitação de cães
e gatos e descarte imediato das fezes dos animais para reduzir a contaminação
ambiental com ovos e larvas de ancilostomídeos zoonóticos.

DIAGNÓSTICO

A larva migrans cutânea (LMC) é diagnosticada clinicamente com base em sinais e


sintomas característicos e histórico de exposição a ancilostomídeos zoonóticos,
como faixas vermelhas e elevadas que causam coceira intensa. Não há exame de
sangue para diagnóstico. As pessoas que suspeitam de LMC devem procurar um
médico para obter um diagnóstico preciso.

TRATAMENTO

O tratamento pode incluir administração de albendazol ou ivermectina. Em casos


graves ou recidivantes, doses adicionais podem ser necessárias. As crianças com
menos de 2 anos de idade ou com menos de 15 kg de peso corporal podem ser
tratadas com preparações tópicas.

7
MORFOLOGIA

OVOS

Os ovos dessas espécies não podem ser diferenciados microscopicamente. Os ovos


possuem casca fina, incolores e medem aproximadamente 60-75 µm por 35-40 µm.

LARVAS

LARVAS RABDITÓIDES

essas larvas eclodem dos ovos têm aproximadamente 250-300 µm de comprimento


e aproximadamente 15-20 µm de largura. Possuem um canal bucal longo e um
primórdio genital imperceptível. Elas são geralmente encontradas nas fezes. Se as
larvas forem vistas nas fezes, elas devem ser diferenciadas das larvas L1 de
Strongyloides stercoralis.

8
LARVAS FILARIÓIDES

As larvas filarioides de terceiro estágio (L3) são infectantes, têm 500-700 µm de


comprimento. Eles possuem uma cauda pontiaguda e são embainhados, com uma
proporção de cerca de 1:2 no comprimento do esôfago ao intestino. Algumas
diferenças morfológicas sutis existem entre A. duodenale e N. americanus nesta fase.
Essas L3 são encontradas no meio ambiente e infectam o hospedeiro humano por
penetração na pele. Veremos como isso acontece no ciclo biólogico

ADULTO

ANCYLOSTOMA DUODENALE

Os machos de A. duodenale medem aproximadamente 8-12 mm de comprimento e as


fêmeas medem aproximadamente 10-15 mm de comprimento. São cilindriformes,
com a extremidade anterior curvada dorsalmente e possuem uma cápsula bucal
contendo dentes afiados

Verme adulto de Ancylostoma duodenale. A


extremidade anterior é representada mostrando
dentes cortantes.

9
NECATOR AMERICANUS

Os machos de N. americanus têm 5—9 mm de comprimento, as fêmeas 9—11 mm. Os


machos são bursados, com duas espículas que se fundem na extremidade distal.
Possuem uma cápsula bucal contendo placas cortantes

Verme adulto de Necator americanus. Extremidade


anterior mostrando peças bucais com placas de
corte.

10
Entra contato com o
hospedeiro humano,
geralmente com os pés
descalços, as larvas
penetram na pele

As larvas podem ficar paradas


Essas larvas rabditóides tornam-se no desenvolvimento e
larvas filarióides (terceiro estágio) adormecidas nos tecidos. larvas
que são infectante. Essas larvas
infectantes podem sobreviver de 3 a
reativadas podem entrar no
4 semanas em condições ambientais intestino delgado
favoráveis
As larvas são transportadas pelos
vasos sanguíneos até o coração e
CICLO BIOLÓGICO

depois para os pulmões


Adultos no intestino delgado

Sob condições favoráveis ​(umidade, calor,


sombra), as larvas eclodem em 1 a 2 dias e
tornam-se de vida livre em solo contaminado

Os ovos são
eliminados nas
fezes

11
ASCARIS LUMBRICOIDES

ASCARIDIASE

Conhecidos também como bicho ou lombriga, este helminto causa uma doença
denominada de ASCARADÍASE, a infecção é adquirida por meio de ingestão de
alimentos ou água contaminados com os ovos desse parasita

TRANSMISSÃO E SINTOMAS

infecção é adquirida por meio de ingestão de alimentos ou água contaminados com


os ovos desse parasita. As pessoas infectadas com Ascaris frequentemente são
assintomáticas, independentemente da espécie de verme. Se houver sintomas, eles
geralmente são leves e incluem desconforto abdominal. Infecções graves podem
causar obstrução intestinal e prejudicar o crescimento em crianças. Outros sintomas,
como tosse, podem ser causados pela migração dos vermes pelo corpo.

12
PREVENÇÃO

Para evitar a ascaridíase de humanos ou porcos, deve-se evitar a ingestão de solo


contaminado com fezes humanas ou de porco, lavar as mãos antes e após manusear
alimentos e porcos, ensinar as crianças a importância de lavar as mãos, supervisionar
as crianças próximas a porcos e lavar, descascar ou cozinhar vegetais e frutas antes
de comer, especialmente aqueles cultivados em solo fertilizado com esterco.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico padrão da ascaridíase é feito através da identificação de ovos do


Ascaris em uma amostra de fezes utilizando um microscópio.

TRATAMENTO

Os medicamentos anti-helmínticos, como o albendazol e o mebendazol, são a escolha


para tratar infecções por Ascaris, independentemente da espécie de verme. O
tratamento geralmente dura de 1 a 3 dias, e esses medicamentos são eficazes com
poucos efeitos colaterais relatados.

13
MORFOLOGIA

OVOS

Os ovos iniciam com a coloração branca, e ao longo do tempo adquirem a cor


castanha devido ao contato dos ovos com as fezes, são grandes, com tamanho
aproximado de 50µm de diâmetro. Possuem uma cápsula espessa, em razão da
membrana externa mamilonada, os ovos inférteis são mais alongados e apresenta
citoplasma granuloso e membrana mamilonada mais delgada

Ovo infértil Ovo fértil

ADULTO

Medem cerca de 30 a 40cm, e tem a extremidade posterior da fêmea é retilínea, ela


tem algumas semelhanças com o macho, como a cor, aparelho digestivo e boca, uma
fêmea pode produzir aproximadamente 200.000 ovos por dia, que são eliminados
com as fezes. O macho é menor que a fêmea, pois medem cerca de 20 a 30cm e a
extremidade posterior fortemente encurvada, diferente da fêmea que é retilínea

14
CICLO BIOLÓGICO

ingestão de penetram nas paredes alveolares, sobem pela


Ovos embrionados árvore brônquica até a garganta e são
deglutidas, Ao atingir o intestino delgado, eles
se desenvolvem em vermes adultos. Os vermes
adultos podem viver de 1 a 2 anos

Ovos embrionados
com larva

As larvas eclodem e
entram na circulação
e migram para os
vivem no lúmen do intestino delgado
pulmões

fezes

ovos férteis Ovos não fertilizados podem


ser ingeridos, mas não são
infecciosos

15
ENTEROBIUS VERMICULARIS

ENTEROBÍASE

O helminto conhecido popularmente como "oxiúros" é o causador da enterobíase, com


alta prevalência em crianças em idade escolar. Em muitos casos, a presença desse
parasita não é percebida pelo hospedeiro, exceto quando há prurido anal leve
(especialmente à noite) ou quando o verme é visto nas fezes. Esse helminto vivem na
região do ceco e do apêndice, já na região perianal são encontradas fêmeas com 5 a
16 mil ovos, em mulheres este parasita pode ser encontrado vagina, útero e bexiga.

TRANSMISSÃO E SINTOMAS

A coceira anal é a manifestação clínica mais comum de uma infecção por oxiúros. Em
casos intensos, pode ocorrer uma infecção bacteriana secundária devido à irritação e
coceira na região. O paciente também pode ter problemas para dormir, queixar-se de
dor abdominal ou de apendicite e até relatar infecções do trato genital feminino.

16
PREVENÇÃO

Lavar as mãos com água morna e sabão após usar o banheiro, trocar fraldas e antes
de manusear alimentos é a maneira mais eficaz de prevenir a infecção por oxiúros.
Para evitar a propagação e reinfecção, as pessoas infectadas devem tomar banho
todas as manhãs para remover os ovos da pele. É preferível tomar banho em vez de
banheira para evitar a contaminação da água com ovos de oxiúros. As pessoas
infectadas não devem compartilhar banheiros com outras pessoas durante o período
de infecção.

DIAGNÓSTICO

Existem três opções para diagnosticar a infecção por oxiúros: procurar pelos vermes
na região perianal, coletar possíveis ovos de oxiúros ao redor do ânus tocando a pele
perianal com fita transparente e analisar amostras sob as unhas. A coceira anal é um
sintoma comum da infecção e pode fornecer amostras para diagnóstico.

TRATAMENTO

Os medicamentos mebendazol, pamoato de pirantel e albendazol são usados para


tratar a infecção por oxiúros, com duas doses administradas com duas semanas de
intervalo para prevenir a reinfecção. É recomendado tratar simultaneamente todos
os membros da família em caso de infecções repetidas ou múltiplas. Pacientes com
menos de 2 anos devem ser avaliados quanto aos riscos e benefícios dos
medicamentos

17
MORFOLOGIA

OVOS

Apresenta cerca de 50µm de comprimento por 20µm de largura, possui forma de "D"
pois um dos seus lados é achatados e o outro com formato convexo. Possui
membrana dupla, transparente e lisa. No momento em que o ovo sai da fêmea, já
apresenta uma larva em seu interior

ADULTO

O macho é menor que a fêmea, apresentando e 5mm de comprimento, por 0,2mm de


diâmetro, enquanto a fêmea apresenta e 1 cm de comprimento, por 0,4mm de
diâmetro, a cauda do macho é fortemente recurvada comparada a fêmea

18
CICLO BIOLÓGICO

Ovos embrionados são


ingeridos pelo ser humano

os ovos eclodem no
intestino delgado

As fêmeas depositam
os ovos na área
perianal
As fêmeas grávidas migram a
noite para fora do ânus e
Os vermes adultos se estabelecem no ceco
depositam seus ovos
enquanto rastejam sobre a
pele da região perianal

19
FASCIOLA HEPATICA

FASCIOLOSE
A Fasciola é um parasita comum em ovinos e caprinos que geralmente fica nos canais
biliares. Em humanos, pode ser encontrado nas vias biliares, alvéolos pulmonares e
em outros locais. A infecção ocorre por ingestão de agrião contaminado, levando a
uma zoonose chamada de fasciolose.

TRANSMISSÃO E SINTOMAS

A fasciolíase humana é uma infecção que afeta principalmente os dutos biliares e o


fígado, mas pode ocorrer em outras partes do corpo. Na fase aguda, os sintomas
podem incluir problemas gastrointestinais, febre, erupção cutânea e dificuldade em
respirar devido à migração do parasita. Na fase crônica, os sintomas podem ser
semelhantes ou mais discretos, refletindo inflamação e obstrução intermitentes das
vias biliares, além de inflamação da vesícula biliar e do pâncreas.

20
PREVENÇÃO

Atualmente não há vacina disponível para prevenir a infecção por Fasciola. Indivíduos
podem se proteger evitando comer agrião cru e outras plantas aquáticas de áreas
endêmicas e seguindo medidas de higiene alimentar, como evitar alimentos e água
contaminados. Legumes cultivados em campos irrigados com água poluída devem
ser bem cozidos, assim como as vísceras de animais suscetíveis à infecção.

DIAGNÓSTICO

A maneira padrão de diagnosticar a Fasciola é através da visualização dos ovos do


parasita em amostras de fezes. No entanto, os ovos só são eliminados após vários
meses de infecção e podem ser difíceis de encontrar em infecções leves. Exames de
sangue de rotina e testes que detectam anticorpos também podem ser úteis para
diagnosticar a infecção.

TRATAMENTO

A droga de escolha é o triclabendazol. A droga é administrada por via oral, geralmente


em duas doses. A maioria das pessoas responde bem ao tratamento.

21
MORFOLOGIA

OVOS

medem 130–150 µm de comprimento por 60–90 µm de largura, tem formato de


elipsoides e operculados e são eliminados nas fezes sem embrião

operculados significa a presença de um


opérculo (tampa ou peça móvel)

ADULTO

Este parasita quando adulto tem aspecto foliáceo, ou seja no formato de folha, tem
cor pardo-acinzentado e mede cerca 20 a 30mm por 13mm

22
As cercárias são liberadas do
A infecção de humanos e outros
hospedeiro e passam para o
mamíferos ocorre pela ingestão
esporocistos rédias cercárias estágio metacercárias em
de vegetais contaminados por
vegetação aquática
metacercárias

Após a ingestão, as
metacercárias chegam no
duodeno, e penetram através
Desenvolvimento no caracol da parede intestinal na cavidade
peritoneal

Esses invadem seu hospedeiro


intermediário (lesma)

meses
CICLO BIOLÓGICO

ovos embrionados
liberam miracídios

vermes adultos geralmente leva cerca de 3 a 4


Em humanos, a maturação de metacercárias em
ovo embrionado na água
Os vermes imaturos então migram através do
ovo embrionado eliminado parênquima hepático para os ductos biliares,
onde tornam vermes adultos e produzem ovos
nas fezes

23
STRONGYLOIDES STERCORALIS
ESTRONGILOIDÍASE

O Strongyloides stercoralis causa a estrongiloidíase e as fêmeas partenogenéticas


geralmente se localizam na parede do intestino, principalmente nas glândulas de
Lieberküh e na porção superior do duodeno. Em infecções graves, podem ser
encontradas na porção pilórica do estômago até o intestino grosso. Vamos entender
melhor o ciclo biológico desse parasita.

TRANSMISSÃO E SINTOMAS

A transmissão de Strongyloides ocorre quando as pessoas entram em contato com


solo ou água contaminados com as larvas infectantes do parasita. A maioria das
pessoas infectadas com Strongyloides não apresenta sintomas, mas se eles se
sentirem doentes, podem apresentar os sintomas mais comuns da infecção incluem
dor de estômago, inchaço, azia, diarreia e constipação intermitentes, náuseas, perda
de apetite, tosse seca, irritação na garganta, erupção cutânea pruriginosa e vermelha
onde o verme entrou na pele, e erupção vermelha elevada recorrente ao longo das
coxas e nádegas.

24
PREVENÇÃO

Para prevenir a infecção por Strongyloides, recomenda-se usar sapatos ao caminhar


no solo e evitar o contato com matéria fecal ou esgoto. É importante também garantir
o descarte adequado de esgoto e o gerenciamento fecal para evitar a contaminação
ambiental

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da infecção por Strongyloides é mais eficaz através de um exame de


sangue. Embora a observação de larvas nas fezes ao microscópio possa confirmar o
diagnóstico, pode não ser eficaz em todas as pessoas infectadas, exigindo múltiplas
amostras de fezes para serem examinadas.

TRATAMENTO

É recomendado o tratamento para todas as pessoas infectadas com estrongiloidíase,


independentemente da presença de sintomas, devido ao risco de formas graves da
doença. Também é recomendado que pacientes sejam testados antes de iniciar
terapia imunossupressora, especialmente com corticosteroides.

25
MORFOLOGIA

OVOS
praticamente idênticos aos dos ancilostomídeos, tem formato elípticos com uma
parede fina e transparente, os ovos podem ser observados nas fezes de indivíduos
com diarreia grave ou após utilização de laxantes. os ovos tem tamanhos diferentes,
pois os ovos da fêmea de vida livre são maiores, medindo 0,07mm de comprimento
por 0,04mm de largu da e os da fêmea parasita medem 0,05mm de comprimento por
0,03mm de largura

LARVAS

LARVAS RABDITÓIDES

O primeiro estágio das larvas rabditóides têm 180-380 µm de comprimento


apresentando com um canal bucal curto, um esôfago rabditóide. Já no segundo
estágio as larvas rabditóides são mais longas e têm uma relação esôfago/intestino
menor.

PRIMEIRO ESTÁGIO SEGUNDO ESTÁGIO

canal bucal curto e o canal bucal curto e o primórdio genital (setas


primórdio genital vermelhas), mas o trato intestinal mais longo
do que o observado na imagem ao lado

26
LARVAS FILARIÓIDES

As Larvas filarióides é o terceiro estágio, essas larvas têm até 600 µm de


comprimento, A cauda é entalhada e a proporção esôfago/intestino é de 1:1, e elas
são encontradas no solo e invadem o hospedeiro humano por penetração direta na
pele

ADULTO

VIDA LIVRE

A fêmea possui aspecto fusiforme, com extremidade anterior arredondada e


posterior afilada. Mede de 0,8 a 1,2mm, ja o adulto possui a extremidade posterior
recurvada e é menor que a fêmea e medem 0,75 mm de comprimento

Macho Fêmea

27
PARASITA

Os machos parasitas não existem; as fêmeas parasitas são longas, delgadas e medem
de 2,0 a 3,0 mm de comprimento, Possui corpo cilíndrico com aspecto filiforme longo,
A fêmea, que coloca de 30 a 40 ovos por dia, é ovovivípara, pois elimina na mucosa
intestinal o ovo já larvado

As fêmeas partenogenéticas em infecções normais ficam localizadas na parede do


intestino, , principalmente nas glândulas de Lieberküh e na porção superior do
duodeno, ja em infecções mais graves, elas ficam localizadas na porção pilórica do
estômago até o intestino grosso.

28
As larvas migram para o intestino por vias alternativas (por exemplo,
As larvas filarióides penetram As larvas
através defilarióides
vísceras abdominais
penetram ou tecido conjuntivo),ou sobem pela
na pele do hospedeiro humano na pele
árvore do hospedeiro
brônquica até a garganta
humano e são deglutidas.

As larvas rabditóides
desenvolvem em larvas
filarióides (L3)

No intestino delgado se tornam


vermes fêmeas adultas

ou m
acho
As larvas rabditóides

se
eclodem dos ovos Algumas larvas rabditóides

fê m
podem virar larvas filarióides

ea
s
que podem penetrar na mucosa

ad
u
intestinal ou na pele da área

lt o
sd
CICLO BIOLÓGICO

e perianal, resultando em
vid
al autoinfecção
iv r
e

ovos produzidos por


vermes fêmeas Os ovos eclodem em larvas
fertilizados rabditóides e grande parte delas
são eliminadas nas fezes
Larvas rabditóides são
eliminadas nas fezes
se desenvolvem em larvas filarióides
infecciosas (desenvolvimento direto)

29
SCHISTOSOMA MANSONI

ESQUISTOSSOMOSE INTESTINAL

Principal agente da esquistossomose intestinal, ou moléstia de Pirajá da Silva,


ocorrendo na África, Antilhas e América do Sul. No Brasil, a doença é conhecida
popularmente como "xistose", "barriga-d'água" ou "mal-do-caramujo"

TRANSMISSÃO E SINTOMAS

A eliminação dos ovos do verme é feita pelo indivíduo infectado através das fezes.
Uma vez em contato com a água, os ovos eclodem e liberam larvas, conhecidas como
miracídios, que infectam os caramujos, hospedeiros intermediários que habitam as
águas doces. Após cerca de quatro semanas, as larvas deixam o caramujo na forma
de cercarias e ficam livres nas águas. A doença é adquirida quando seres humanos
entram em contato com essas águas. Embora a maioria dos portadores da
esquistossomose não apresente sintomas, durante a fase aguda da infecção, o
paciente pode experimentar uma variedade de sintomas, tais como febre, dor de
cabeça, calafrios, sudorese, fraqueza, falta de apetite, dor muscular, tosse e diarreia.

30
PREVENÇÃO

Para prevenir a esquistossomose, é importante evitar o contato com águas que


possam conter caramujos hospedeiros intermediários infectados

DIAGNÓSTICO

Para diagnosticar a esquistossomose, são realizados exames laboratoriais de fezes


para detectar os ovos do parasita causador da doença. Além disso, pode ser
solicitado um teste de anticorpos para verificar a presença de sinais de infecção.

TRATAMENTO

Para casos simples de esquistossomose, o tratamento consiste em uma dose única


do medicamento Praziquantel, prescrito pelo médico e distribuído gratuitamente pelo
Ministério da Saúde. Porém, os casos graves geralmente exigem internação
hospitalar e, em alguns casos, até mesmo tratamento cirúrgico, dependendo da
gravidade de cada situação.

31
MORFOLOGIA

OVOS

Os ovos de Schistosoma mansoni são grandes (114 a 180 µm de comprimento por 45-
70 µm de largura) não possuem opérculo e possui um episculo voltado para trás,
possuem formato bem característico, com a presença de espinho lateral
proeminente próximo à extremidade posterior. Já na extremidade anterior é
ligeiramente curvada . Quando os ovos são excretados nas fezes, eles contêm um
miracídio maduro.

ADULTO

Ao contrário dos vermes, os esquistossomos adultos têm os sexos separados, os


machos adultos são robustos, tuberculosos e medem de 6 a 12 mm de comprimento e
coloração esbranquiçada. As fêmeas são mais longas (7-17 mm de comprimento) e
delgadas, esta reside em um canal ginecófora dentro do macho

Adultos de S. mansoni. A fêmea


magra reside no canal
ginecóforo do macho mais
espesso.

32
Cercárias são liberadas do solo para
a água
Cercárias penetram na pele
Desenvolvimento em
esporocistos nos
caramujos e
posteriormente em Cercárias perdem suas caudas
cercárias bifurcadas, tornando-se
esquistossomo

circulação

Os miracídios penetram em hospedeiros


intermediários ( caramujos )
migram via circulação venosa para
os pulmões, depois para o coração,
CICLO BIOLÓGICO

e então se desenvolvem no fígado


Os ovos de Schistosoma
são eliminados com fezes

Os ovos eclodem e
liberam miracídios

Vermes adultos migram

Vênulas mesentéricas do intestino/reto


(depositando ovos que circulam até o fígado e
são eliminados nas fezes)

Plexos venosos da bexiga, ovos são eliminados

33
na urina.
TAENIA SOLIUM E T. SAGINATA

TENÍASE E CISTICERCOSE

Antes de mais nada vamos falar sobre as duas doenças que são causadas por esses
parasitas e através do ciclo biológico como é o processo de cada uma

TRANSMISSÃO E SINTOMAS

TENÍASE

A teníase é uma infecção intestinal causada pela presença do parasita no intestino


delgado, adquirida por meio da ingestão de carne bovina ou suína mal cozida e
contendo larvas. Essa infecção pode causar obstrução em órgãos como o apêndice, o
colédoco e o ducto pancreático. Embora a maioria dos portadores de teníase seja
assintomática, em alguns casos podem ocorrer sintomas como dores abdominais,
náuseas, fraqueza, perda de peso, flatulência, diarreia ou constipação.

CISTICERCOSE

A cisticercose é uma doença causada pela larva da Taenia solium nos tecidos, cujas
manifestações variam dependendo do local, quantidade de larvas, fase de
desenvolvimento dos cisticercos e resposta imunológica do hospedeiro. As formas
mais graves afetam o sistema nervoso central e podem levar a convulsões, distúrbios
de comportamento, hipertensão intra-craniana e sintomas oftalmológicos. A doença
é adquirida através da ingestão de ovos do parasita, que podem ser encontrados em
alimentos mal lavados ou água contaminada

34
PREVENÇÃO

evitar o consumo de carne crua ou mal cozida, bem como carne proveniente de
abatedouros clandestinos sem inspeção oficial. Além disso, é fundamental beber
apenas água tratada, fervida ou proveniente de fontes confiáveis e manter a higiene
pessoal em dia, lavando as mãos minuciosamente, especialmente após utilizar o
banheiro e antes das refeições. Por fim, certifique-se de que os alimentos, como
frutas, verduras e hortaliças, sejam lavados cuidadosamente com água limpa antes
do consumo.

DIAGNÓSTICO

TENÍASE

o diagnóstico da infecção por tênia pode ser feito por meio de exames laboratoriais
ou pela observação dos segmentos da tênia nas fezes do paciente.

CISTICERCOSE

Para diagnosticar a cisticercose, é possível utilizar exames de imagem, como raios X,


tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética, que permitem
identificar a presença de cisticercos em diferentes fases de desenvolvimento. Além
disso, exames sorológicos específicos, como fixação do complemento,
imunofluorescência e hemaglutinação, podem confirmar o diagnóstico da doença a
partir da análise do soro e do líquido cefalorraquidiano do paciente.

35
TRATAMENTO

Teníase: Mebendazol: 200mg, 2 vezes ao dia, por 3 dias, VO; Niclosamida ou


Clorossalicilamida: adulto e criança com 8 anos ou mais, 2g, e crianças de 2 a 8 anos,
1g, VO, dividida em 2 tomadas; Praziquantel, VO, dose única, 5 a 10mg/kg de peso
corporal; Albendazol, 400mg/dia, durante 3 dias.

Neurocisticercose: Praziquantel, na dose de 50mg/kg/dia, associado a


Dexametasona, para reduzir a resposta inflamatória, consequente a morte dos
cisticercos. Pode-se, também, usar Albendazol, 15mg/dia, associado a 100mg de
Metilprednisolona, no primeiro dia de tratamento, a partir do qual se mantém
20mg/dia, durante 30 dias.

MORFOLOGIA

OVOS

Os ovos são indistinguíveis, apresentam certa de 30mm de diâmetro, possuem uma


capa protetora denominado embrióforo, esta capa é formada por blocos piramidais
de quitina unidos entre si por uma substância

36
LARVA ( CISTICERCO )

Cysticercus cellulosae é a forma larval da t:solium, enquanto a forma larval da


t:saginata é chamada de Cysticercus bovis, ambas tem semelhanças. A larva
t:sollium possui um escólex com quatro ventosas, rostelo e colo, enquanto a larva
t:saginata não possuem rostelo. Estas larvas podem atingir até 12mm de
comprimento

VERME ADULTO

Ambos apresentam corpo achatado, dorsoventralmente em forma de fita, dividido em


escólex, colo e estróbilo , são de coloração branco leitosa

HABITAT

Na fase adulta ou reprodutiva, tanto a Taenia solium como a Taenia


saginata vivem no intestino delgado humano; já o cisticerco são
encontrados em locais diferentes, O cisticerco da Taenia saginata é
encontrado nos tecidos dos bovinos. já os cisticerco da Taenia solium é
encontrado no tecido subcutâneo, muscular, cardíaco, cerebral e no olho
de suínos e acidentalmente em humanos e cães.

37
CICLO BIOLÓGICO (TENÍASE)

As oncosferas desenvolvem em
desenvolvem em cisticerco
As oncosferas eclodem, Os serem humanos são infectados através da
penetram na parede ingestão de carne infectada ou crua ou mal cozida
intestinal e circulam para
musculatura
No intestino humano, o cisticerco se
desenvolve durante 2 meses em uma
tênia adulta, que pode sobreviver
por anos

Bovinos ( T. saginata ) e suínos ( T. solium) são


infectados após a ingestão de vegetação
contaminada com proglotes grávidas e ovos

O comprimento dos vermes adultos


é geralmente de 5 m ou menos para
T. saginata (mas pode atingir até 25
m) e 2 a 7 m para T. solium

As proglotes grávidas cheias de


ovos são eliminados para o exterior

38
CICLO BIOLÓGICO (CISTICERCOSE)

Amadurecem em cisticercos ao
longo de 60 a 70 dias, os cisticercos
Os humanos ingerem os
podem se desenvolver em qualquer
ovos ou proglotes gravidas órgão, sendo mais comum nos
tecidos subcutâneos, cérebro e
oncosferas invadem a parede olhos
intestinal, entram na
corrente sanguínea e migram
para vários tecidos e órgãos

oncosferas invadem a parede intestinal, entram na corrente


sanguínea e migram para vários tecidos e órgãos

As oncosferas desenvolvem
em desenvolvem em cisticerco

Os porcos são infectados após


ingerem esses ovos ou proglotes
gravidas Os serem humanos são
infectados através da ingestão
de carne infectada ou crua ou
mal cozida

As proglotes grávidas cheias de


ovos As
sãoproglotes grávidas
eliminados para o cheias de
exterior
ovos são eliminados para o exterior

39
TRICHURIS TRICHIURA

Causador da tricuríase, uma infecção parasitária e os sintomas podem incluir


dor abdominal, diarreia e, em infecções graves, anemia e desnutrição. O
diagnóstico é feito pela detecção de ovos nas fezes

TRANSMISSÃO E SINTOMAS

A tricuríase é transmitida pela ingestão de ovos do parasita Trichuris presentes no


solo contaminado com fezes humanas. Isso ocorre quando as mãos sujas ou
alimentos contaminados com o solo são levados à boca. Também pode ser
transmitido através de alimentos ou água contaminados com ovos do parasita. As
pessoas infectadas podem ter infecções leves ou graves. Infecções leves são
assintomáticas, enquanto infecções graves podem causar evacuações frequentes e
dolorosas, prolapso retal e anemia grave em crianças. Felizmente, o tratamento com
medicamentos prescritos é eficaz contra essa infecção.

40
PREVENÇÃO

Para prevenir infecções, é importante evitar tocar o solo contaminado com fezes
humanas e evar a boca, ou onde águas residuais são usadas para fertilizar plantações.
Lave as mãos com água morna e sabão antes de manusear alimentos e ensine às
crianças a importância da higiene pessoal. Lave, descasque ou cozinhe todos os
vegetais crus e frutas antes de comer, especialmente aqueles cultivados em solo
fertilizado com estrume.

DIAGNÓSTICO

A identificação microscópica de ovos de Trichuris nas fezes é evidência de infecção,


mas pode ser difícil encontrá-los em infecções leves. Por isso, é recomendado o uso
de um procedimento de concentração. A gravidade dos sintomas depende da carga
de vermes, então a quantificação com a técnica de Kato-Katz pode ser útil. O exame
da mucosa retal pode ocasionalmente demonstrar vermes adultos.

TRATAMENTO

O tricuríaseé tratado efetivamente com albendazol, mebendazol ou ivermectina, com


cada medicamento sendo tomado por 3 dias. As diretrizes de dosagem são as
mesmas para crianças e adultos. É recomendado tomar albendazol com alimentos,
enquanto ivermectina deve ser tomada com água com o estômago vazio. A segurança
da ivermectina para crianças com menos de 15 kg não foi estabelecida e nenhum
desses medicamentos é aprovado pela FDA para o tratamento do tricuríase.

41
MORFOLOGIA

OVOS

Os ovos de Trichuris trichiura têm 50-55 micrômetros por 20-25 micrômetros. Eles
são em forma de barril, de casca grossa e possuem um par de “plugues” polares em
cada extremidade. Os ovos não são embrionados quando eliminados nas fezes e
possuem uma coloração marrom.

ADULTO

Os machos adultos de Trichuris trichiura têm 30-45 milímetros de comprimento, com


uma extremidade posterior enrolada. As fêmeas adultas são 35-50 milímetros com
uma extremidade posterior reta. Ambos os sexos têm uma extremidade anterior
longa, semelhante a um chicote. Os adultos residem no intestino grosso, ceco e
apêndice do hospedeiro

42
CICLO BIOLÓGICO

Os ovos embrionados são ingeridos pelos humanos

3. Passam para o
estágio avançado de
clivagem , e então eles
embrionam

5. As larvas eclodem
no intestino delgado

No solo, os ovos se
desenvolvem em um
estágio de 2 células
Os ovos não embrionados são
eliminados através das fezes

6. Os vermes adultos (aproximadamente 4


cm de comprimento) vivem no ceco e
cólon ascendente

43
WUCHERERIA BANCROFTI

A filariose linfática humana é causada por helmintos Nematoda das espécies


Wuchereria bancrofti, Brugia ;nalayi e B. timori, sendo que 90% dos casos são
causados pela Wuchereria bancrofti

TRANSMISSÃO E SINTOMAS

A filariose linfática é causada pela infecção com larvas de parasitas transmitidos pela
picada do mosquito do gênero Culex sp. infectado. As larvas são liberadas na corrente
sanguínea da pessoa e se deslocam para os vasos linfáticos, causando uma resposta
inflamatória e os sintomas característicos da doença, como inchaço em pernas,
braços ou outras áreas do corpo onde o parasita está presente, febre e dor muscular.

44
PREVENÇÃO

Recomenda-se evitar a exposição prolongada aos mosquitos do gênero Culex,


especialmente Culex quinquefasciatus, em áreas onde a transmissão da doença
ainda é comum no Brasil.

DIAGNÓSTICO

Para diagnosticar a filariose linfática, é necessário realizar a pesquisa de microfilárias


no sangue periférico. É importante coletar o sangue durante a noite, já que é nesse
período que o parasita atinge sua maior concentração no sangue, permitindo um
diagnóstico mais preciso.

TRATAMENTO

O tratamento para W. bancrofti é feito de acordo com a orientação médica,


geralmente com o uso de Dietilcarbamazina por cerca de 12 dias. Este medicamento
é eficaz contra o verme adulto e as microfilárias. Em alguns casos, a Ivermectina
também pode ser prescrita, mas somente para tratar as microfilárias, não os vermes
adultos.

45
MORFOLOGIA
LARVAS

As larvas de primeiro estádio (L,) medem em torno de 300 µm de comprimento, são


encontradas no inseto vetor e é originária da transformação da microfilária, essas
larvas ao se diferenciarem em larvas de segundo estagio ficam de duas a três vezes
maior, essa posteriomente se transforma em larvas L3 infectantes que tem entre 1,5
e 2,O µm de comprimento

MICROFILÁRIAS

Conhecida como embrião, elas circulam no sangue, têm um corpo suavemente


curvado e uma cauda que é afilada em uma ponta. A coluna nuclear (as células que
constituem o corpo da microfilária) é frouxamente compactada. As microfilárias de
Wuchereria bancrofti são revestidas e medem 240-300 µm

Possuem uma membrana extremamente delicada e que funciona como uma 'bainha
flexível"

ADULTOS

Os adultos de Wuchereria bancrofti são longos e filiformes. Os machos medem até 40


mm de comprimento e as fêmeas medem de 80 a 100 mm de comprimento. Os
adultos são encontrados principalmente nos vasos linfáticos, menos comumente nos
vasos sanguíneos.

46
No momento em que vai se alimentar de sangue, um
mosquito infectado introduz larvas de terceiro estágio
na pele do hospedeiro humano, onde penetram na ferida
da picada

As larvas infectantes de terceiro estágio


migram através da hemocele até a prosbocis
do mosquito e podem infectar outro ser
humano

Larva L3
Eles se desenvolvem em adultos que normalmente
residem nos vasos linfáticos

Os adultos produzem microfilárias que são


CICLO BIOLÓGICO

Larva L1 embainhadas. As microfilárias migram para


os canais linfáticos e sanguíneos movendo-se
Um mosquito ingere as ativamente através da corrente sanguínea
microfilárias durante uma
refeição de sangue

Após a ingestão, as microfilárias perdem suas bainhas


e algumas delas atravessam a parede do proventrículo
e a porção cardíaca do intestino médio do mosquito e
chegam aos músculos torácicos

47
ENTAMOEBA HISTOLYTICA

AMEBÍASE
A amebíase é uma doença infecciosa causada pelo protozoário Entamoeba
histolytica.

TRANSMISSÃO E SINTOMAS
A amebíase é causada pelo parasita Entamoeba histolytica e é transmitida através da
ingestão de alimentos ou água contaminados com cistos infectantes do parasita.
Pode ser transmitida também por contato direto com fezes infectadas. Os sintomas
da amebíase variam desde infecções assintomáticas até casos graves com sintomas
como diarreia, cólicas abdominais, náuseas, vômitos, febre, perda de peso e sangue
nas fezes

PREVENÇÃO
Para prevenir a amebíase, é importante lavar as mãos com frequência, evitar a
ingestão de água ou alimentos contaminados e manter uma boa higiene pessoal e
sanitária

DIAGNÓSTICO
Utiliza-se o exame parasitológico de fezes (EPF) com a identificação de cistos e
trofozoítos do parasita.

TRATAMENTO
Nos casos graves de amebíase, é recomendado repouso e uma dieta rica em
proteínas, além da hidratação constante. O tratamento inclui o uso de metronidazol
por via oral, durante 10 dias. Se o parasita invadir os tecidos, todas as áreas afetadas
devem ser tratadas. Após o tratamento, é importante realizar um exame de fezes para
confirmar a eliminação do parasita.

48
MORFOLOGIA

TROFOZOÍTOS

Geralmente tem apenas um núcleo, que é pouco


nítido na forma viva, mas bem visível na forma
corada. Eles medem cerca de 20 a 60µm
A eritrofagocitose (ingestão de glóbulos vermelhos pelo parasita) é classicamente
associada a E. histolytica, mas pode ocorrer raramente com E. dispar, portanto, este
não é um critério confiável para distinguir essas espécies. Observe que a
eritrofagocitose raramente é observada em esfregaços corados

Trofozoíto de E. histolytica com eritrócitos ingeridos corados com


tricrômio. Os eritrócitos ingeridos aparecem como inclusões
escuras.

CISTOS

São esféricos ou ovais, medindo cerca de 8 a 20µm. Os núcleos


são pouco visíveis, mas quando corados pelo lugol ou pela
hematoxilina férrica, os núcleos tomam-se bem visíveis e variam
de um a dois ( cisto imaturo) e quatro ( cisto maduro), tomando a
cor castanho-escuro

49
CICLO BIOLOGICO

Cisto maduro
ingerido

Cistos e trofozoítos são


eliminados nas fezes

Trofozoitos

Multiplicação

excistação Trofozito Cistos

No intestino delgado e trofozoítos são liberados, que migram para o intestino grosso. Os
trofozoítos podem permanecer confinados ao lúmen intestinal, (A: infecção não invasiva)
com indivíduos continuando a eliminar cistos nas fezes (portadores assintomáticos). Os
trofozoítos podem invadir a mucosa intestinal (B: doença intestinal), ou vasos sanguíneos,
atingindo locais extraintestinais, como fígado, cérebro e pulmões (C: doença extraintestinal).
Os trofozoítos se multiplicam por fissão binária e produzem cistos

50
GIARDIA LAMBLIA

GIARDIASE

A giardíase é uma infecção intestinal comum causada por um parasita microscópico


chamado Giardia lamblia. Esse parasita é encontrado em alimentos, água
contaminada ou superfícies que foram contaminadas por fezes de humanos ou
animais infectados.

TRANSMISSÃO E SINTOMAS

Esta infecção pode ocorrer tanto em adultos quanto em crianças, podendo, na maior
parte das vezes, apresentar-se de forma assintomática. Quando apresenta sintomas,
estes geralmente são diarréia e dor na região abdominal. Quando a infecção por este
protozoário se torna crônica, ela geralmente apresenta sintomas como fezes
amolecidas e gordurosas, distenção abdominal, flatulência e anorexia.

PREVENÇÃO

Para prevenir a amebíase, é importante lavar as mãos com frequência, evitar a


ingestão de água ou alimentos contaminados e manter uma boa higiene pessoal e
sanitária

DIAGNÓSTICO

Para diagnosticar a giardíase, uma das maneiras mais simples é examinar as fezes em
busca de antígenos (proteínas) liberados pelo parasita Giardia lamblia ou seu DNA.
Além disso, é possível detectar o parasita através do exame das amostras fecais ao
microscópio.

51
TRATAMENTO

Indivíduos infectados que apresentam sintomas podem receber tratamento com


tinidazol, metronidazol ou nitazoxanida, administrados oralmente. Tinidazol, que é
administrado em dose única, apresenta menos efeitos colaterais do que o
metronidazol, que é administrado três vezes ao dia durante um período de cinco a
sete dias.

MORFOLOGIA

TROFOZOÍTOS

O trofozoíto mede 20µm de comprimento por 10µm de largura tem formato de pêra,
com simetria bilateral, possuem 8 flagelos que também podem ser vistos.

CISTO

Os cistos de Giardia duodenalis são ovais a elipsóides e medem 8-19 µm (média 10-14
µm). Núcleos e fibrilas são visíveis tanto em montagens úmidas coradas com iodo
quanto em esfregaços corados com tricrômio. Os cistos maduros têm 4 núcleos,
enquanto os cistos imaturos têm dois

52
CICLO BIOLÓGICO

A infecção ocorre pela ingestão de cistos


em água, alimentos contaminados ou pela
via fecal-oral (mãos ou fômites)

Tanto cistos quanto trofozoítos


podem ser encontrados nas fezes,
mas cistos são formas resistentes
e responsáveis ​pela transmissão
da giardíase.

No intestino delgado, a excistação Os trofozoítos se multiplicam por O encistamento ocorre à medida que
libera trofozoítos (cada cisto produz fissão binária longitudinal, os parasitas transitam em direção ao
dois trofozoítos permanecendo no lúmen do intestino cólon. O cisto é o estágio encontrado
delgado proximal onde podem estar mais comumente nas fezes não
livres ou aderidos à mucosa por um diarréicas
disco de sucção ventra

53
LEISHMANIA SPP

As espécies de Leishmania são as responsáveis pela leishmaniose

A leishmaniose é uma doença transmitida por vetores, transmitida por flebotomíneos


e causada por protozoários intracelulares obrigatórios do gênero Leishmania

As infecções podem resultar em duas formas principais de doença, leishmaniose


cutânea e leishmaniose visceral

LEISHMANIOSE CUTÂNEA:

As pessoas que têm leishmaniose cutânea apresentam uma ou mais feridas


na pele, ela é caracterizada por uma ou mais lesões cutâneas em áreas onde
os flebotomíneos se alimentaram. As feridas podem mudar de tamanho e
aparência ao longo do tempo. Eles muitas vezes acabam parecendo um pouco
com um vulcão, com uma borda elevada e uma cratera central. Uma crosta
cobre algumas feridas. As feridas podem ser indolores ou dolorosas. Algumas
pessoas têm glândulas inchadas perto das feridas (por exemplo, na axila, se
as feridas estiverem no braço ou na mão).

LEISHMANIOSE VISCERAL
Geralmente apresentam febre, perda de peso e aumento do baço e do fígado
(geralmente o baço é maior que o fígado). Alguns pacientes têm glândulas
inchadas

O diagnostico pode ser feito através de Análise de isoenzimas, diagnóstico


molecular, microscopia e sorologia

54
TRANSMISSÃO E SINTOMAS

Quando um mosquito-palha infectado pica uma pessoa ou animal, ele injeta o parasita
causador da leishmaniose na corrente sanguínea. A leishmaniose cutânea é a forma
mais comum da doença e causa feridas na pele. Elas se desenvolvem após a picada
do mosquito-palha e podem mudar de tamanho e aparência ao longo do tempo. Já a
leishmaniose visceral afeta órgãos internos e pode ser perigosa. Ela se desenvolve
meses ou anos após a picada do mosquito-palha e causa febre, perda de peso,
inchaço do baço e do fígado, além de baixas contagens sanguíneas. A leishmaniose
mucocutânea é uma forma menos comum e ocorre quando o parasita se espalha para
as membranas mucosas do nariz, boca ou garganta após a infecção inicial da pele.

PREVENÇÃO

Atualmente, não há vacinas nem medicamentos disponíveis para prevenir a infecção


por leishmaniose. A melhor forma de prevenção para os viajantes é evitar as picadas
dos mosquitos-palha. Para reduzir o risco de ser picado, siga estas medidas
preventivas: evite atividades ao ar livre, especialmente durante o período do
anoitecer ao amanhecer, quando os mosquitos-palha costumam ser mais ativos. Ao
estar ao ar livre ou em locais desprotegidos, minimize a exposição da pele, use roupas
de manga comprida, calças compridas e meias, e certifique-se de que a camisa esteja
por dentro da calça. Aplique repelente de insetos na pele exposta, seguindo as
instruções do produto. Os repelentes mais eficazes geralmente contêm o ingrediente
ativo DEET (N,N-diethylmetatoluamide).

55
DIAGNÓSTICO

o médico irá avaliar o paciente e os sinais e sintomas da doença, O diagnóstico da


leishmaniose pode ser realizado através da detecção de parasitas em amostras ou
culturas, e cada vez mais, por meio de testes baseados em PCR (reação em cadeia da
polimerase) em centros de referência. A sorologia pode ser útil no diagnóstico da
leishmaniose visceral, mas não é eficaz para a forma cutânea da doença

TRATAMENTO

O tratamento da leishmaniose varia conforme o tipo da doença. Na leishmaniose


tegumentar, muitas vezes não são observados sintomas significativos ou apenas um
pequeno caroço no local da picada do inseto. Nesses casos, não é necessário um
tratamento específico. No entanto, se o caroço aumentar de tamanho ou se
transformar em uma ferida, o médico pode recomendar o uso de anfotericina B para
acelerar a cicatrização.

Já na leishmaniose visceral, que é uma infecção mais grave com possíveis


complicações, o tratamento é sempre necessário. O médico pode prescrever a
administração de anfotericina B ou medicamentos antimoniais pentavalentes, que
são mais eficazes contra a infecção, mas também podem causar efeitos colaterais.

56
MORFOLOGIA

AMASTIGOTA

Amastigotas de Leishmania são esféricas a ovóides e medem 1-5 µm de


comprimento por 1-2 µm de largura. Possuem um núcleo grande, um cinetoplasto
proeminente e um axonema curto, o último raramente visível à microscopia de luz

PROMASTIGOTA

Formas promastigotas. São formas alongadas em cuja região anterior emerge


um flagelo livre.
Granulações azurófilas e pequenos vacúolos podem ser vistas no citoplasmas.
Possuem um grande núcleo central e um cinetoplasto localizado próximo à
extremidade anterior

57
CICLO BIOLOGICO

1. A leishmaniose é transmitida pela picada de flebotomíneos fêmeas infectados. Os


flebotomíneos injetam o estágio infeccioso (ou seja, promastigotas)
2. .As promastigotas são fagocitadas pelos macrófagos e as demais células
mononucleares fagocíticas
3. As promastigotas se transformam em amastigotas
4. amastigotas se multiplicam em vários tecidos e infectam outras células
5. Ingestão de macrófagos infectados com amastigotas pelas fêmeas flebotomíneos no
momento da sua alimentação com sangue
6. Ingestão de células parasitadas
7. amastigotas se transformam em promastigotas no intestino
8. no intestino ocorre a multiplicação e logo depois migram para o probóscide

58
A leishmaniose é transmitida pela picada de
flebotomíneos fêmeas infectados. Os
flebotomíneos injetam o estágio infeccioso (ou seja, As promastigotas são
no intestino ocorre a promastigotas) fagocitadas pelos
multiplicação e logo macrófagos e as
depois migram para o demais células
probóscide mononucleares
fagocíticas

As promastigotas se transformam
em amastigotas

amastigotas se transformam em
promastigotas no intestino
CICLO BIOLÓGICO

amastigotas se multiplicam em
vários tecidos e infectam outras
células

Ingestão de células parasitadas

Ingestão de macrófagos infectados com


amastigotas pelas fêmeas flebotomíneos no
momento da sua alimentação com sangue

59
PLASMODIUM SPP.

MALÁRIA

TRANSMISSÃO E SINTOMAS
A malária é uma doença transmitida por mosquitos ( mosquito Anopheles) e causada
por um parasita. As pessoas com malária frequentemente apresentam febre,
calafrios e sintomas semelhantes aos da gripe. Se não for tratada, podem
desenvolver complicações graves e chegar a óbito

PREVENÇÃO
A prevenção da malária é essencial para reduzir o risco de infecção. Medidas
importantes incluem o uso regular de repelentes de mosquitos na pele exposta,
especialmente durante as horas em que os mosquitos estão mais ativos. É
recomendado seguir as instruções do produto e utilizar repelentes eficazes contra
mosquitos. Além disso, usar roupas de proteção, como camisas de manga longa,
calças compridas e meias, ajuda a reduzir a exposição da pele aos mosquitos. Dormir
em locais protegidos por telas ou utilizar mosquiteiros também é eficaz para evitar
picadas durante o sono.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico laboratorial para malária é realizado através dos exames de gota


espessa (padrão ouro), esfregaço delgado e teste rápido

TRATAMENTO
A malária é tratada com medicamentos antimaláricos que são disponibilizados
gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo do tratamento é
prevenir o desenvolvimento do parasita e a dose dos medicamentos pode variar de
acordo com a gravidade da doença, espécie do parasita e características do paciente,
como idade e peso

60
PLASMODIUM SPP.

das mais de 150 espécies causadoras de malária em diferentes hospedeiros


vertebrados , apenas quatro espécies parasitam o homem: Plasmodium falciparum,
Plasmodium vivax,Plasmodium malariae e Plasmodium ovale. Os parasitos causadores
de malária pertencem ao filo Apicomplexa, família Plasmodiidae e ao gênero
Plasmodium

MORFOLOGIA

Vamos relembrar a morfologia de cada um dessas 4 espécies as características em


cada fase
Plasmodium falciparum

Formas encontradas no sangue periférico são os trofozoítos jovens e gametócitos,


uma característica da hemácia infectada são granulações de Maurer raras

Trofozoítos jovens

finos e delicados, medindo em média 1/5 do diâmetro do glóbulo vermelho, é


semelhante a um anel

Esquizontes

Raro no sangue periférico, Cromatina separada em grânulos grossos, tem formato


arredondado e citoplasma pouco deformado, Um esquizonte maduro geralmente
preenche cerca de 2/3 das hemácias infectadas e possuem de 8 a 24 merozoítos

Gametócitos
são alongados e possuem formato de foice ou lua crescente

61
Plasmodium malariae

Formas encontradas no sangue periférico são os trofozoítos jovens, maduros,


esquizontes e gametócitos., uma característica da hemácia infectada são
granulações de Ziemann raras

Trofozoítos jovens

Núcleo com cromatina única , interna e citoplasma espesso

Trofozoítos maduros

Cromatina pouco visível, citoplasma compacto e arredondado

Esquizontes

Raro no sangue periférico e possuem cromatina pouco segmentada

Gametócitos

Semelhante ao do P. vivax, diferindo apenas por seu tamanho menor

62
Plasmodium ovale

Formas encontradas no sangue periférico são os trofozoítos jovens, maduros,


esquizontes e gametócitos., uma característica da hemácia infectada são hemácias
aumentadas, ovais e com granulações Schuffner frequentes

Trofozoítos jovens

Núcleo com cromatina única , interna e citoplasma espesso

Trofozoítos maduros

Citoplasma irregular e com aspecto amebóide

Trofozoítos

Esquizontes

Citoplasma irregular vacuolizado e cromatina segmentada

Gametócitos

Semelhante ao do P. vivax, diferindo apenas por seu tamanho menor

63
Plasmodium vivax

Formas encontradas no sangue periférico são os trofozoítos jovens, maduros,


esquizontes e gametócitos., uma característica da hemácia infectada são hemácias
aumentadas e com granulações Schuffner frequentes

Trofozoítos jovens

Núcleo com cromatina única , intensa e citoplasma espesso. Poliparasitismo


raro

Trofozoítos maduros

Cromatina pouco visível, citoplasma compacto e arredondado

Trofozoítos

Esquizontes

Raro no sangue periférico e possuem cromatina pouco segmentada

Gametócitos

citoplasma cora-se fortemente de azul, núcleo grande, cromatina pouco densa e


ocupa quase todo volume da hemácias

64
Células hepáticas células hepáticas
são infectadas

Os oocistos por sua vez


invadem a parede do
intestino delgado do
Ao se alimentar de sangue, um
mosquito onde se
mosquito Anopheles fêmea infectada
desenvolvem em oocistos
com malária inocula esporozoítos no ciclo exoeritrocítico
hospedeiro humano
esquizontes rompem e
Os oocistos crescem, rompem e liberam
liberam merozoítos
esporozoítos, que chega às glândulas
salivares do mosquito. A inoculação dos
esporozoítos em um novo hospedeiro
amadurecem em
humano perpetua o ciclo de vida da malária. esquizontes

ciclo esporogônico
Trofozoito imaturo
( estagio em anel)

Os zigotos, por sua vez, tornam-se


móveis e alongados (oocistos)
Os gametócitos, masculinos
Os merozoítos infectam
(microgametócitos) e femininos
CICLO BIOLÓGICO

os eritrócitos.
(macrogametócitos), são ingeridos
por um mosquito Anopheles
macrogametas

ciclo eritrocítico
Trozoito maduro
os microgametas penetram nos
macrogametas gerando zigotos

Esquizontes se
rompem liberando
microgametas exfragelado merozoítos
esquizontes

Alguns parasitas se diferenciam em estágios


eritrocitários sexuais (gametócitos)

65
TRICHOMONAS VAGINALIS

Trichomonas vaginalis, um flagelado, é o protozoário patogênico mais comum em


humanos em países industrializados.

A tricomoníase é uma doença sexualmente transmissível (DST) comum e tratável. A


maioria das pessoas com tricomoníase não apresenta sintomas.

TRANSMISSÃO E SINTOMAS
A tricomoníase é uma infecção genital causada pelo protozoário Trichomonas sp.,
que pode ser transmitido de uma pessoa para outra através de relações sexuais
desprotegidas, sendo classificada como uma infecção sexualmente transmissível
(IST). A presença do Trichomonas sp. geralmente resulta em sintomas incômodos,
como corrimento vaginal amarelado ou esverdeado, dor e ardor ao urinar, e coceira na
região genita

PREVENÇÃO
A prevenção da tricomoníase é possível através da abstinência sexual. Para reduzir o
risco de infecção, é importante utilizar corretamente preservativos em todas as
relações sexuais.

66
DIAGNOSTICO

No caso das mulheres, o diagnóstico da tricomoníase pode ser realizado através do


exame microscópico das secreções vaginais, testes de tira reagente ou testes de
amplificação de ácidos nucleicos (NAATs). Para homens com sintomas, o diagnóstico
pode ser feito por cultura da urina, swab uretral ou possivelmente por meio de testes
de amplificação de ácidos nucleicos (NAATs).

TRATAMENTO

No caso das mulheres, o diagnóstico da tricomoníase pode ser realizado através do


exame microscópico das secreções vaginais, testes de tira reagente ou testes de
amplificação de ácidos nucleicos (NAATs). Para homens com sintomas, o diagnóstico
pode ser feito por cultura da urina, swab uretral ou possivelmente por meio de testes
de amplificação de ácidos nucleicos (NAATs).

MORFOLOGIA

TROFOZOÍTOS

Os organismos conhecidos como Trichomonas vaginalis possuem trofozoítos com


formato piriforme, medindo entre 7 e 30 µm de comprimento. Eles apresentam cinco
flagelos, sendo quatro direcionados para frente e um para trás, ao longo da
membrana ondulante externa. O núcleo grande geralmente fica localizado na
extremidade anterior mais larga e contém muitos grânulos de cromatina e um
cariossomo pequeno. O citoplasma possui vários grânulos, no entanto, esses
grânulos muitas vezes não são visíveis em espécimes corados com Giemsa.

67
CICLO BIOLÓGICO

1. Trichomonas vaginalis habita no trato genital inferior feminino e na uretra e próstata


masculinas
2. Replicação por fissão binária
3. O parasita não parece ter uma forma de cisto e não sobrevive bem no ambiente externo.
Trichomonas vaginalis é transmitido entre humanos, seu único hospedeiro conhecido,
principalmente por meio de relações sexuais

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TOXOPLASMA GONDII

Toxoplasma gondii é um protozoário parasita que infecta a maioria das espécies de


animais de sangue quente, incluindo humanos, e causa a doença toxoplasmose.a
gondii é o agente causador da toxoplasmose

TRANSMISSÃO E SINTOMAS

A toxoplasmose é geralmente transmitida através da ingestão de alimentos


contaminados com cistos do parasita Toxoplasma gondii, ou pelo contato com fezes
de gatos infectados. Quando pessoas saudáveis são infectadas, seus sistemas
imunológicos normalmente impedem o parasita de causar doença, resultando na
ausência de sintomas. No entanto, em casos em que ocorrem sintomas, estes são
geralmente leves e semelhantes aos da gripe, como dores musculares e linfonodos
sensíveis, com duração de semanas a meses antes de desaparecerem. Apesar de
assintomático, o parasita permanece inativo no corpo da pessoa, podendo ser
reativado se houver imunossupressão.

PREVENÇÃO
A prevenção da toxoplasmose envolve medidas de higiene, como lavar frutas,
legumes e verduras antes do consumo, evitar o consumo de carne crua ou mal cozida
e garantir a limpeza adequada das superfícies e utensílios de cozinha. É importante
lavar as mãos após o manuseio de alimentos crus e evitar o contato com fezes de
gatos, especialmente para mulheres grávidas e pessoas com sistema imunológico
comprometido. Realizar exames médicos regulares também é recomendado. Essas
medidas ajudam a reduzir o risco de contrair a toxoplasmose e preservar a saúd

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DIAGNÓSTICO

Normalmente, o diagnóstico da toxoplasmose é realizado através de exames


sorológicos, que detectam a presença de anticorpos contra o parasita. No entanto,
em casos específicos, como infecções congênitas, é possível realizar o diagnóstico
através da detecção do DNA do T. gondii no líquido amniótico, utilizando técnicas
moleculares como a PCR. Além disso, em amostras de biópsia coradas, é possível
observar a presença de cistos teciduais do parasita para auxiliar no diagnóstico da
doença. Esses métodos permitem identificar de forma precisa a presença do T.
gondii e confirmar a infecção por toxoplasmose.

TRATAMENTO

No tratamento da toxoplasmose, são utilizadas diversas drogas, tais como


sulfadiazina, sulfametoxazol, pirimetamina, espiramicina e clindamicina. Em
esquemas terapêuticos que incluem a pirimetamina, o ácido folínico é adicionado
devido ao risco de mielotoxicidade.

MORFOLOGIA

o parasito apresenta uma morfologia múltipla, dependendo do hábitat e do estado


evolutivo. As formas infectantes que o parasito apresenta durante o ciclo biológico
são: oocistos, taquizoítos e bradizoítos

TAQUIZOITO

É a forma encontrada durante a fase aguda da infecção, sendo também denominada


forma proliferativa, forma livre ou trofozoíto. Têm aproximadamente 4-8 µm de
comprimento por 2-3 µm de largura, com uma extremidade anterior afilada, uma
extremidade posterior romba e um núcleo grande, um formato semelhante a uma
meia-lua

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OOCISTO ESPORULADO

Oocistos de Toxoplasma gondii são eliminados apenas nas fezes de felídeos


domésticos e silvestres, os hospedeiros definitivos.. Oocistos maduros medem 10-12
µm de diâmetro e contêm dois esporocistos.

71
Os seres humanos podem ser
infectados por transfusão de
sangue

9.. transplacentária da mãe


para o feto.

Os seres humanos podem ser


infectados por qualquer uma
das várias vias: comer carne
mal cozida de animais com 3. Os oocistos se transformam em
cistos teciduais. taquizoítos logo após a ingestão.
Esses taquizoítos localizam-se no
tecido neural e muscular e se
desenvolvem em bradizoítos de cisto
tecidual.
Os seres humanos podem ser
infectados por consumir
alimentos ou água 4. Os gatos são infectados após
contaminados com fezes de consumirem hospedeiros
gato ou por amostras intermediários que abrigam cistos
ambientais contaminadas. teciduais.

2. Hospedeiros intermediários na
natureza (incluindo pássaros e
roedores) são infectados após a
ingestão de solo, água ou material
vegetal contaminado com oocistos.
CICLO BIOLÓGICO

1. Oocistos não esporulados são


Animais criados para consumo
eliminados nas fezes do gato , Os
humano e caça selvagem
também podem ser infectados
oocistos levam de 1 a 5 dias para
com cistos teciduais após a esporular no ambiente e se
ingestão de oocistos tornarem infectantes.
esporulados no ambiente.

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TRYPANOSOMA CRUZI

Trypanosoma cruzi, é um protozoário parasita que é o agente causador da doença de


Chagas, A doença de Chagas recebe o nome do médico brasileiro Carlos Chagas, que
a descobriu em 1909. É causada pelo parasita Trypanosoma cruzi, transmitido a
animais e pessoas por vetores de insetos e encontrado apenas nas Américas
(principalmente em áreas rurais da América Latina, onde a pobreza é generalizada). A
doença de Chagas (infecção por T. cruzi) também é conhecida como tripanossomíase
americana.

TRANSMISSÃO E SINTOMAS

A doença de Chagas é uma doença infecciosa causada pelo parasita Trypanosoma


cruzi. A transmissão ocorre através da picada do inseto conhecido como barbeiro,
que está infectado com o parasita. Uma vez no corpo, o parasita pode se disseminar e
afetar vários órgãos, causando diversos problemas de saúde. Os sintomas mais
comuns da doença de Chagas incluem inchaço das pálpebras (conhecido como Sinal
de Romaña), inchaço na região da picada (chamado de Chagoma), febre, mal-estar,
aumento dos gânglios linfáticos, dor de cabeça, náuseas, vômitos e diarreia. Esses
sintomas podem variar de leve a grave, e em alguns casos a doença pode se tornar
crônica e causar complicações graves, afetando principalmente o coração.

PREVENÇÃO
Uma medida preventiva importante contra a doença de Chagas é evitar a formação de
colônias do inseto "barbeiro" dentro das residências. Em áreas onde esses insetos
podem entrar voando pelas aberturas ou frestas, é recomendado o uso de
mosquiteiros ou telas metálicas para impedir sua entrada. Essas barreiras físicas
ajudam a reduzir o contato entre os insetos vetores e as pessoas, diminuindo o risco
de transmissão da doença. Além disso, é fundamental realizar a manutenção
adequada das habitações, como reparar rachaduras e fissuras nas paredes, para
evitar a entrada dos insetos.

73
DIAGNÓSTICO
A doença de Chagas é geralmente diagnosticada por meio de
exames de sangue, que podem identificar a presença do agente
causador e a resposta do sistema imunológico por meio da
detecção de anticorpos no soro. Existem diferentes métodos
laboratoriais que permitem a visualização direta ou indireta do
parasito para confirmar o diagnóstico. Esses exames são
importantes para identificar a infecção pelo Trypanosoma cruzi e
iniciar o tratamento adequado.

TRATAMENTO
O tratamento deve ser indicado por um médico, após a confirmação da doença. O
tratamento normalmente envolve o uso de medicamento benznidazol, que é eficaz na
fase aguda da doença, agindo diretamente sobre o T. cruzi

MORFOLOGIA

AMASTIGOTA

Tem cerca de 4µm e tem um formato esférico ou oval,


caracterizados por um único núcleo grande e cinetoplasto.
As amastigotas de T. cruzi são morfologicamente
indistinguíveis das de Leishmania spp

EPIMASTIGOTA

O estágio epimastigota não é visto em humanos, mas pode ser


encontrado no intestino médio de triatomíneos que ingeriram
tripomastigotas de um hospedeiro infectado.
TRIPOMASTIGOTA

Tripomastigotas são o único estágio encontrado no sangue de


uma pessoa infectada. Um tripomastigota típico tem um
cinetoplasto grande, subterminal ou terminal, um núcleo
localizado centralmente, uma membrana ondulante e um flagelo
que corre ao longo da membrana ondulante, deixando o corpo
na extremidade anterior. Os tripanossomas medem de 12 a 30
µm de comprimento

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CICLO BIOLÓGICO

1. inseto triatomíneo infectado (barbeiro) quando vai se alimentar de sangue, ele libera
tripomastigotas em suas fezes perto do local da picada. Tripomastigotas entram no
hospedeiro através da ferida da picada ou por membranas mucosas intactas, como a
conjuntiva.
2. Dentro do hospedeiro, os tripomastigotas invadem as células próximas ao local da
picada, onde se diferenciam em amastigotas intracelular
3. As amastigotas se multiplicam por fissão binária
4. Amastigotas se diferenciam em tripomastigotas liberadas na circulação como
tripomastigotas da corrente sanguínea
5. O inseto se infecta ao ingerir sangue de um hospedeiro contaminado
6. No intestino do inseto as tripomastigotas ingeridas do sangue do hospedeiro se tornam
epimastigotas
7. Multiplicam no intestino médio
8. tripomastigotas metacíclicos no intestino posterior
9. Eliminação através das fezes

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REFERÊNCIAS
LINKS
https://www.cdc.gov/dpdx/az.html#s

Esquistossomose | Secretaria da Saúde (saude.pr.gov.br)

MSD MANUAL. Giardíase - Infecções parasitárias, protozoários intestinais e


microsporídios. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-
br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-parasit%C3%A1rias-
protozo%C3%A1rios-intestinais-e-microspor%C3%ADdios/giard%C3%ADase. Acesso
em: 10 de maio de 2023.

TUASAÚDE. Wuchereria bancrofti: o que é, sintomas e como tratar. Disponível


em: https://www.tuasaude.com/wuchereria-bancrofti/. Acesso em: 02 mai.
2023.

https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/doen%C3%A7as-
sexualmente-transmiss%C3%ADveis-dsts/tricomon%C3%ADase

LIVROS
NEVES, David Pereira. Parasitologia Humana, 11ed, São Paulo:Atheneu, 2005

DE CARLI, Geraldo Attilio. Parasitologia clínica: seleção de métodos e técnicas


de laboratório para o diagnóstico das parasitoses humanas. 2ed. São Paulo:
Atheneu, 2007

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