TERRITORIALIDADE

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TERRITÓRIO E TERRITORIALIDADE

O TERRITÓRIO E SUAS EXPRESSÕES DE IDENTIDADE

Ao longo do tempo histórico, o conceito de território sofreu muitas


transformações e é concebido a partir de diferentes abordagens teóricas, mas
usualmente é definido como delimitação de uma propriedade ou uma determinada
área (Raffestin, 1993), no entanto tal definição não dá conta dos territórios
informais e das disputas sociais com seus aspectos biológicos, culturais,
econômicos, políticos, regionais e tantas outras. O território também pode ser
compreendido como uma relação de poder e apropriação desses espaços
geográficos.

Já o termo territorialidade traz em si, como significado social a “condição


que integra o território de uma nação”. Neste conceito básico, a palavra que se
refere à integração aparece no sentido de “estabelecer de formas comuns de vida,
de aprendizagem e de trabalho entre pessoas''(RATZEL,1897;apud Moraes 2000)
Partindo desta premissa, faz-se necessário considerar a compreensão de
territorialidade trazida no Documento Curricular Referencial da Bahia para a
Educação Infantil e Ensino Fundamental (2019), ao definir que:

Territorialidade: (...)Vai além do território nacional ou mero espaço


geográfico, estando de acordo com Milton Santos, cujo pensamento
apresenta a dimensão do território usado, que não se limita ao
conjunto dos sistemas naturais, incorporando o lugar à identidade,
ao sentimento de pertencer como sujeito histórico e político. (...) É
importante reconhecer a apreensão de “Território” como conceito
híbrido e multidimensional. Para definir os fenômenos de utilização
humana de espaços e lugares ou a dinâmica da interação social,
ambiental, política, econômica e cultural mediada pelo espaço,
deve-se ter claro que definir territórios a partir das identidades que
lhe são emergentes é uma opção política. (DCRB, 2019, p.21).
Alinhado a concepção presente no DCRB (2019), pode-se aqui considerar
Territorialidade como uma dimensão - espaço/tempo, o qual se constrói em relação
ao sujeito, podendo ser desde uma grande região a um simples objeto pertencente
a este; respeitando as particularidades e singularidades do que o torna seu, por
também pertencer àquele lugar/objeto, levando em consideração os aspectos
culturais, sociais econômicos, ambiental e político.

O território de São Sebastião do Passé

Sob os critérios de organização dos elementos identitários, a Bahia foi


organizada em 27 Territórios de Identidades. Dentre estes, São Sebastião do
Passé, localizada na Região Metropolitana de Salvador, com uma população
estimada em 44.554 habitantes (IBGE, 2021), numa área de 538,32 km² e uma
altitude de 37 metros e uma densidade demográfica de 82,3 habitantes por km²
no território do município. Em suas terras predominam os sedimentos arenosos e
de folhetos e sítios de diversas cores. Os arenitos são micáceos e argilosos nas
cores cinza e branco, quando frescos, e marrom claro, nas intempéries. Tem um
clima chuvoso, quente e úmido, compreendendo uma estação seca compensada
por período de elevada pluviosidade. A cidade faz parte da Bacia Hidrográfica do
Rio Joanes, que é englobada nas Bacias Hidrográficas do Recôncavo Norte.

Figura 1: Parte do mapa Geográfico do Estado da Bahia Fonte: Disponível em:<


http://www.google.com.br/imgres?>.04 de Nov. 2014.

Possui 4 distritos: Lamarão, Banco de Areia, Maracangalha e Jacuípe.São


Sebastião do Passé, apresenta aspectos em comum aos outros municípios que
compõe a unidade territorial, porém traz particularidades e singularidades para a
construção de políticas de currículo local, como:

● Formação integral numa visão de pluralidade cultural voltada aos grupos


étnicos que compõem o povo Sebastianense;

● Aspectos ambientais, sociais e culturais;

Como resultado de um processo formativo histórico, em que se interligam


variáveis geográficas, sociais, étnicas, que definem o tipo de lugar a se sobrepor ao
espaço, e da relação dos seres humanos com estes, a territorialidade emerge como
aspecto íntimo do seu povo, conforme evidencia Santos:

O território não é apenas o conjunto dos sistemas naturais e de


sistemas de coisas superpostas. O território tem que ser entendido
como território usado, não o território em si. O território usado é o
chão mais a identidade. A identidade é o sentimento de pertencer
aquilo que nos pertence. O território é o fundamento do trabalho, o
lugar da residência, das trocas materiais e espirituais e do exercício
da vida. (SANTOS, 2002, p. 08).

1 - Aspectos Históricos

Toda cidade tem uma história, que se inicia com a sua fundação e
evolui através do tempo. Há muitas formas de contá-la. Ela está
presente na cultura de seu povo, nos ciclos de seu
desenvolvimento econômico e social, nas obras deixadas por
cidadãos de seu tempo, e também nas edificações memória visível
da evolução urbana. (VALENTE, 2019, p.17)

Há dúvidas quanto à origem do nome da cidade, alguns estudiosos afirmam


que a expressão São Sebastião foi devido à exigência de uma capela, erguida por
uma família feita em homenagem ao Santo. A opinião mais aceita é que a palavra
Passé deriva da existência de indígenas remanescente da tribo (Aruaque dos
Passes), originários da região situada entre os rios amazonenses Negro e Icã,
espalhados por alguns pontos do Brasil.

A tradição oral refere-se a certo riacho “Passé”, sem registro, contudo, nas
fontes escritas de pesquisas. Sabe-se que a Igreja Católica teve uma participação
decisiva na formação das maiorias das cidades brasileiras. As primeiras notícias
oficiais de São Sebastião do Passé também derivam da fé cristã através de Alvará
Régio, de 11 de abril de 1718, e assim foi criado a freguesia de São Sebastião do
Passé. Nesta época registrava-se uma população de 2.600 habitantes, contando
ainda oito engenhos, quatro capelas (uma principal e três filiais).

Até 1926, São Sebastião do Passé era considerado distrito do município São
Francisco do Conde, a sua independência ocorreu decorrente da amizade que havia
entre o coronel Luís Ventura Esteves, um importante político local, e o governador
da época, Francisco Marques de Góis Calmon.

2. Aspectos Econômicos

O cultivo da cana de açúcar no Recôncavo Baiano foi primordial para


ocupação das terras e a instalação dos engenhos na região, mas após abolição da
escravatura em 1988 e com a “era ferroviária” foi de grande importância para o
desenvolvimento urbano da região e consequentemente para o crescimento de São
Sebastião do Passé. (VALENTE,2019)

Com a chegada da Petrobrás, há uma movimentação econômica e social no


município decorrente do “(...) diversificado e complexo conjunto de máquinas e
técnicas especializadas na prospecção, extração, transporte e industrialização do
produto, que provocaram grandes transformações em sua paisagem.” (VALENTE,
2019, p. 48).

Essa movimentação trouxe grandes impactos e evidenciaram aumento de um


desnível social entre uma camada da população que se abastecia da indústria
petrolífera e os bolsões de pobreza.

Atualmente, em São Sebastião do Passé é possível encontrar na produção


agrícola o destaque no cultivo da mandioca. Na pecuária, os rebanhos de bovinos,
eqüinos e muares enriquecem a cultura e fortalecem a economia sebastianense. O
município de São Sebastião do Passé fica a 58 quilômetros de Salvador e possui
um parque hoteleiro com registro de 30 leitos. Segundo dados da SEI /IBGE, o PIB
per capita do município para 2019 foi de R $15.605,20 mil. Em 2003, a estrutura
setorial foi distribuída da seguinte forma: 8,21% para agropecuária, 51,82% para a
indústria e 39,98% para serviços.
3- Aspectos Culturais

Fé e belezas naturais são alguns dos atrativos do Assentamento 3 de Abril, em


São Sebastião do Passé, no Recôncavo Baiano. Há 14 quilômetros do centro do
município, o assentamento também tem um potencial histórico desconhecido. No
local, vivem hoje 92 famílias, mas a região já tinha moradores desde o Século XIX.
Neto de escravos, o assentado Antônio Marcelino dos Santos, de 80 anos, conta
que seus antepassados sentiram na pele o sofrimento da escravidão. Eles
comemoraram bastante a abolição da escravatura e relataram que a vida na
senzala era difícil.

A parte histórica tem ainda maior destaque por causa das ruínas de uma igreja
construída há 200 anos. A trilha para chegar às ruínas, de aproximadamente 400
metros de distância, está praticamente fechada pelo mato. Em períodos de chuva
intensa, o local fica inacessível. A antiga igreja tem cerca de 800 metros quadrados.
É um local de grande valor histórico, enfatiza o presidente da Associação Rainha dos
Anjos (integrante do Assentamento 3 de Abril), Martinho dos Reis Santos.

A Gruta do Assentamento Nossa Senhora dos Anjos - é outro elemento


cultural de grande relevância para a cultura local. A padroeira do assentamento é
Nossa Senhora Rainha dos Anjos que, segundo conta a lenda, já teria sido vista na
gruta do 3 de abril. O lugar é visitado por cerca de mil fiéis por ano. Além disso, são
rezadas missas nas proximidades da gruta, principalmente no verão, quando o
acesso é mais fácil. Depoimentos da comunidade local reforçam a crença de que as
águas da gruta são milagrosas.

Outro simbolismo da cultura local é a igreja com a imagem de Nossa Senhora


Rainha dos Anjos, onde é rezada mensalmente uma missa que atrai moradores de
municípios próximos ao assentamento. Os visitantes também podem encontrar no
local uma área remanescente de Mata Atlântica com 492,5 hectares – o equivalente
a 21% da área total do 3 de abril.

O distrito de Maracangalha também tem um grande valor histórico - Famosa e


imortalizada pela canção de Dorival Caymmi (Eu vou para maracangalha.., Eu vou,
Eu vou com chapéu de palha eu vou…), quem apresentou esta pequena vila para o
mundo através de sua canção, recebe homenagem com uma Praça em seu nome,
Dorival Caymmi, em formato de violão. A vila também tem como patrimônio cultural
a Capela de Nossa Senhora da Guia, inaugurada em 1963, reúne devotos em torno
da imagem da protetora da vila e recebe no mês de janeiro os fiéis em festejos
para a santa com missa, procissão e lavagem das escadarias; e as ruínas da Usina
Cinco Rios, fundada em 1912, que tornou-se uma das mais tradicionais do
Recôncavo Baiano e já chegou a produzir 300 mil sacas de açúcar por ano e a
absorver mão-de- obra de mais de 1000 trabalhadores, sendo responsável por 75
anos de movimentação na vila, hoje encanta visitantes com seu passado.

Para acessar a Maracangalha é preciso seguir pelo cruzamento das rodovias


BR-324/BR-110 e entrar na altura do km 51. Seguindo 3 km no sentido de São
Sebastião do Passé/Candeias, onde 500 metros após a ponte sobre o Rio Joanes há
um desvio à direita com a sinalização “Maracangalha”. Segue-se por uma estrada de
asfalto com extensão de 3 km e chega-se à vila.

4 - Patrimônio Natural

Ao longo da história do território de São Sebastião do Passé, é possível


perceber que as suas paisagens naturais sofreram grandes impactos devido a uma
“intensa e desordenada ocupação” e a “exploração das riquezas do subsolo,” como
conta o autor, Alberto de Cerqueira Valente, que em seu livro publicado em 2019,
narra a respeito do “ Patrimônio Histórico e Cultural de São Sebastião do Passé-
Bahia”. Em sua narrativa, o autor relata a respeito do desaparecimento de muitas
espécies de animais e vegetais da Mata Atlântica durante o ciclo de ocupação,
entretanto, “os poucos remanescentes florestais que ainda subsistem no município,
surpreendentemente, abrigam uma parcela significativa da biodiversidade (...) da
Mata Atlântica”. (2019, p.266).

Ao abrigar espécies desconhecidas em outros biomas, e espécies raras em


todo o mundo, o município é conhecido como um campo de pesquisa e
conservação dessas espécies, em ações envolvendo a comunidade sebastianense.
Como desdobramento de tais ações é um marco para história do município, foi
aprovado para 3 RPPNs (Reserva Particular do Patrimônio Natural) que são
acrescidas a 1 já existente e juntas vão proteger mais de 200 hectares.

Outras espécies, também endêmicas e ameaçadas de extinção, colocam o


município como “Alta Prioridade de Conservação e de Alta Biodiversidade” conforme
o mapa de proteção publicado pelo Ministério do Meio Ambiente (2017).
Como patrimônio natural de grande importância para população sebastianense
temos os rios, fontes e riachos que trazem nas suas águas a história de crescimento
e desenvolvimento de um povo, assim como, a crença também em “águas curativas”
que fortalecia o turismo, sendo muito procurada por pessoas que vinham a cidade em
busca de cura.

Em São Sebastião do Passé também é possível encontrar reservas de água


subterrâneas de alta qualidade, conhecidas como o Aquífero de São Sebastião, com
um “(...) nível estático raso, com uma profundidade média de 2,00m que oscila em
decorrência das precipitações.”(VALENTE,2019,p.281).No entanto, segundo a
Associação Brasileiras de Águas Subterrâneas há “ porções do aquífero de São
Sebastião na bacia sedimentar do Recôncavo Baiano, que pode alcançar até 900
metros de espessura saturada de água doce”.(LEAL, s.d)

Com as grandes preocupações que giram em torno das mudanças climáticas


e que afetam diretamente o futuro da água e impactam na sociedade, o ABAS Bahia
Sergipe, destaca em seus eventos anuais (2017 -2018) a importância de “(...) reduzir
perdas, otimizar o uso e proteger os mananciais subterrâneos da contaminação”
como um desafio que só é possível a partir de um trabalho coletivo.

Caracterizados como “gigantes debaixo da terra", os aquíferos são formações


geológicas subterrâneas de rochas porosas e permeáveis capazes de reter água das
chuvas. Diante do risco de escassez de água potável no mundo, tem se intensificado
discussões como uma possível solução, pois em sua maioria essas águas são
potáveis, conforme apresenta reportagem do Portal G1(2019).

A partir dos pontos apresentados, é notória a importância de um Aquífero para


a humanidade e se caracteriza como uma riqueza para um território. Assim, o
respeito aos parâmetros de exploração e a sua proteção são de muita relevância no
exercício da territorialidade.

5- Territorialidade e a escola:
Os aspectos que englobam o entorno da escola como: as bacias
hidrográficas, as áreas naturais mais próximas, os aspectos da urbanização e das
ações as quais modificam a paisagem natural, os grupos culturais locais, as
associações, os pontos de encontro da comunidade, dentre outros, são elementos
da territorialidade que, contextualizados, tornam-se elementos para compreensão
das identidades territoriais, sendo que tais aspectos sejam inseridos nas práticas
formativas escolares, direcionando olhares, investigações, sem prejuízos do rigor
científico, como explicita o DCRB(2019), ao contrário, conduzindo o aprimoramento
da pesquisa científica a partir de elementos da territorialidade.

A escola é um amplo espaço, mas possui sua territorialidade, através das


relações de poder, sendo um local de múltiplas possibilidades, com desafios e
contradições. Concluiu-se que as relações de poder no espaço escolar devem ser
compreendidas entre os indivíduos que a compõem. Este espaço deve estar
preparado para a sua multiplicidade, acolhendo e respeitando ideias divergentes,
levando a discussões e tomadas de decisão coletivas.

A partir da comunidade que ela tem no entorno e dos aspectos identitários, é


importante que a escola favoreça e se demonstre tanto educativa, com ações
intencionalmente planejadas, voltadas para a formação integral e humanitária dos
sujeitos, quanto educadora, apropriando-se do seu tempo e fazendo escolhas
relevantes ao movimento de ensino e aprendizagem.

É essencial que toda comunidade educativa conheça o território em que as


escolas estão inseridas para desenvolver ações que dialoguem e façam sentido
com a realidade das crianças e dos estudantes. Sendo assim, para a escola poder
participar de seu próprio território educativo, ela tem que ser uma escola aberta não
só para a comunidade que a circunda, mas também com todos os equipamentos
de garantia de seus direitos em relação à cultura, saúde, esporte, lazer, educação,
saneamento básico, dentre outros, sendo estes contemplados em seu município,
no intuito de favorecer, valorizar e respeitar as localidades em que estão inseridas
as nossas crianças, jovens e adultos.

No contexto de ensino e aprendizagem, da Rede Municipal de Ensino de


São Sebastião do Passé, o desenvolvimento das competências gerais e
específicas para a Educação Básica encontra espaço intencional e de
aprofundamento de contextualização das especificidades, no qual é percebido
como produção do cotidiano, de identidades e de perspectivas emancipatórias,
entendendo-o como o lugar de realização das manifestações da existência da
humanidade entre outros seres.

O território de São Sebastião do Passé carrega, em sua essência, uma


abrangente riqueza por elementos marcantes, os quais apresentam grande
representatividade intermediada pelos potenciais artísticos. A grande
representação remete ao poder cultural exercido por movimentos como: capoeira,
danças, festejos juninos, folclore, entre outros, que, por sua vez, é colocada em
pauta, não só por sua expressão e força cultural, como também eleva o
empoderamento da mulher, em especial, a mulher negra do recôncavo baiano.

As diversidades que permeiam o município de São Sebastião do Passé -


Bahia, evidenciando a pluralidade de manifestações culturais e de suas
singularidades que compõem a Rede Municipal de Ensino Sebastianense, devem
estar presentes nas ações educativas das escolas promovendo uma educação que
reconheça, respeite valorize a cultura e história do território e dos sujeitos no
exercício da territorialidade, a partir da valorização da sua identidade e a noção de
pertencimento.

A escola, entre outros espaços sociais, é um território onde a diversidade


humana é temática entremeada por práticas sociais contraditórias e tensionadas,
assim, é necessário que a mesma esteja atenta e disponível ao exercício da
reflexão – ação - reflexão e possibilite mudanças necessárias a partir do seu
Projeto Político-Pedagógico identificando as demandas reais dos estudantes, para
desenvolver um currículo escolar inclusivo e significativo.

A territorialidade no espaço escolar é permeada pelas múltiplas


possibilidades, estabelecidas pelos elementos identitários de cada localidade que
devem ser acolhidas e respeitadas nos diálogos, discussões e tomadas de
decisões coletivas, ou seja, o espaço geográfico, à cultura, à identidade, as etnias,
as diversidades de saberes e à especificidade do lugar, neutralizando os
estereótipos, trata- se da construção de um novo olhar sobre os estudantes em
relação ao processo de ressignificação e reorganização socioespacial.

É necessário identificar importantes ações no sentido de valorizar o lugar de


vivência dos estudantes, elencar ações didáticas que reforcem a pluralidade
cultural existente na vida escolar, também, acolhendo suas vivências e
experiências de vida, respeitando os atores pertencentes, assegurando políticas
públicas que garantam a qualidade e equidade, sendo assim é importante ressaltar,
que a escola não deve perder de vista a potência do Território, situado no tempo-
espaço concreto, para construção de identidades, como elemento constitutivo das
práticas e da cultura humana.
A unidade de ensino precisa se constituir como espaço promotor de:
afetos, curiosidade, criatividade, sonhos, produção e fruição da arte, da cultura e da
ciência, inovação, solidariedade, saúde, autonomia, cidadania, acolhimento,
inclusão e felicidade, cumprindo assim o seu papel de formar cidadãos integrais e
integrados, livres, criativos, críticos, autônomos e responsáveis. Uma escola que
preocupa- se com ações e estratégias que envolvam e abordam questões como
identidade, diversidade e inclusão, contemplam estudantes com mais chances de
fortalecer a autoestima e, consequentemente, lapidar o seu próprio processo de
aprendizagem, mediante as vivências e experimentos que a construção e
reconstrução intrinsicamente provocam no indivíduo.
Referências

LEAL. Luiz Rogério Bastos. Despertar da ilusão da abundância da água. Abas Bahia
Sergipe. Disponível em: http://www.abasbahiasergipe.com.br/aguas-subterraneas
(acesso em 06/08/2022).

Gigantes debaixo da terra: a importância dos aquíferos para o futuro. Portal G1.Ano:
2019. Disponível em: https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/especial-
publicitario/aguas-guariroba/aguas-em-acao/noticia/2019/11/25/gigantes-debaixo- da-
terra-a-importancia-dos-aquiferos-para-o-futuro.ghtml( acesso em 07/08/2020)

RAFFESTIN, C. Por uma Geografia do Poder. São Paulo: Ática. 1993.

Comentários à Constituição do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. 2 vol. 3


ed. Rev. Atual. São Paulo:

Brasília, 20 de dezembro de 1996; 175º da Independência e 108º da República.


FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza Paíva, 200.

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