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Pulse Propagation in

Fibers
Ramsés César Santos de Almeida γ UFAL, MACEIÓ /AL

objetivo deste resumo, é chegar em um equação que explique a propagação de

O um pulso em uma fibra óptica mono modo. Chamamos de Mono modo fibras
ópticas com núcleos de « 9µm que, como consequência do seu pequeno raio do
núcleo, isso limita a propagação da onda a apenas um caminho.

1 Propagação de onda em fibras ópticas


Partindo do Eletromagnetismo, podemos utilizar as equações de Maxwell para a
matéria.


⃗ ˆ Ẽ “ ´ B B
∇ (1)
Bt


⃗ ˆ H̃ “ Jf ` B D
∇ (2)
Bt
⃗ ¨D
∇ ⃗ “ ρf (3)
⃗ ¨B
∇ ⃗ “0 (4)

A fibra será considerada um material isotrópico, ou seja, utilizaremos propriedades


que independem da direção e não haverá cargas livre, o que significa Jf “ 0 e ρf “ 0.
Sabemos que

⃗ “ Eϵ
D ⃗ 0


⃗ “ B
H
µ0
D está relacionado a polarização elétrica pl

1
D “ ϵ0 E ` pl (5)

Enquanto que E está relacionado a polarização magnética Pm

E “ µ 0 H ` Pm (6)

Porém, as fibras são um meio não-magnético, então Pm “ 0. Aplicando o rotacional


na equação 1 e, utilizando os campos D e H, chegamos a

B2E ⃗
1 B2E B2P
⃗ ⃗ ⃗
∇ ˆ p∇ ˆ Eq “ ´µ0 ϵ0 2 “ ´ 2 2 ´ µ0 2 (7)
Bt c Bt Bt
Para completar a descrição da onda, é necessário uma relação entre a polarização
induzida P e o campo elétrico E. A resposta de um dielétrico à luz torna-se não linear
para campos eletromagnéticos muito intensos, como nos casos das fibras. A origem da
resposta não linear está ligada ao movimentos anarmônico das conexões entre os elétrons
sobre a influência do campo aplicado. Disto, a relação da polarização não será mais linear
com o campo, e teremos uma relação da forma

P “ ϵ0 pχp1q ¨ E ` χp2q : EE ` χp3q EEE ` ...q (8)

Em que χpjq (j = 1, 2, ...) é a J-ésima ordem do tensor suscetibilidade. Essa


suscetibilidade representa a dominância da contribuição de P. Tensores χpjq de ordem mais
altas podem ter resultados interessantes, como a geração de segundo harmônico, terceiro
harmônico e a geração de soma de frequência, mas devido à natureza das fibras ópticas,
como o seu material de fabricação, a Silica, esses efeitos de alta ordem são desprezados.
Para o estudo de efeitos não lineares, consideramos fibras com um alcance de comprimento
de onda da ordem de « 0.5 ´ 2µm. Ao incluir os efeitos de terceira ordem, dados por χp3q ,
a polarização induzida dependerá de duas partes, uma linear e outra não linear.

P pr, tq “ PL pr, tq ` PN L pr, tq (9)

Em que PL é a parte linear e PN L a não linear. Seja o input do sistema E(r,t) e a


resposta linear P(r,t), geralmente, o valor de P(r,t) vai depender não apenas do campo
elétrico atual, mas também dos campos passados. Aproximadamente, a polarização é dada
pela soma dos antigos valores de E(r,t). Podemos interpretar esse fato pensando que a
polarização não consegue acompanhar a rápida variação do campo no tempo e espaço.
Relacionamos as respectivas polarizacões com o campo a partir de
ż8
PL pr, tq “ ϵ0 χp1q pt ´ t1 q ¨ Epr, t1 q dt1
´8

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8
¡
PN L pr, tq “ ϵ0 χp3q pt ´ t11 , t ´ t12 , t ´ t13 q ¨ Epr, t13 q dt13
´8

Em que t1 é o tempo "passado"da polarização, E é o campo aplicado e χ o tensor


susceptibilidade. Essas equações nos dão um formalismo para o estudo para efeitos de não
linearidade de terceira ordem em fibras ópticas. Algumas considerações serão feitos com
o intuito de simplificar o problema: trataremos a polarização não linear PN L como uma
pequena perturbação na polarização total P(r,t), o que justifica-se devido ao efeitos não
lineares serem muito fracos em fibras de Silica. Utilizando a transformada de Fourier

ż8
1
F ptq “ F pωqe´iωt dω (12)
2π ´8

e, utilizando a equação de onda

ω
∇ ˆ ∇ ˆ Epr, ωq ´ ϵpωq Epr, ωq “ 0 (13)
c2
Pode-se utilizar o campo elétrico em termos da frequência, ao invés do tempo.
ż8
Epr, ωq “ Epr, tqe´iωt dω (14)
´8

E é a transformada de Fourier de E, e a dependência da constante dielétrica com


a frequência pode ser expressa como

ϵpωq “ 1 ` χp1q pωq (15)

A susceptibilidade na equação passada é complexa, logo, ϵ também é.

A fibra óptica é composta por um núcleo e uma parte externa, ou núcleo maior,
quando a onda se propaga neste meio (guia onda) é importante ter noção do que ocorre
com os parâmetros já comentados em função do índice de refração. A partir do momento
em que eletromagnética interage com uma ligação de elétrons de um dielétrico, o meio,
responde, geralmente, com uma dependência da frequência ω. Chamamos isso de dispersão
cromática, que se manifesta através da dependência do índice de refração com a frequência
npωq. Relacionamos o ϵ com o índice de refração npωq e o coeficiente de absorção αpωq.

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iαc 2
ϵ “ pn ` q (16)

Figura 1: Variação do índice de refração n e do índice de refração ng com o comprimento de


onda através da Silica

Fonte: (AGRAWAL, 2000)

Em analogia com o índice de refração, o índice de grupo (ng ) de um material pode


ser definido como a razão entre a velocidade da luz no vácuo e a velocidade de grupo no
meio

c Bn
ng “ “ npωq ` ω (17)
vg Bω
Para calcular este índice, é preciso conhecer não apenas o índice, mas também sua
dependência com a frequência. O índice de grupo é usado para calcular atrasos no tempo
para pulsos ultracurtos que se propagam em um meio dispersivo. *

Para fibras ópticas, utilizamos o índice de refração efetivo, ao invés do índice de


refração comum para calcular a velocidade de grupo, uma vez que a dispersão cromática
do guida de ondas deve ser levada em consideração. O índice de refração efetivo para
ondas planas de luz em meios transparentes pode ser usado para nos mostrar o aumento
no número de onda (mudança de fase unidade de comprimento) causado pelo meio.

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* Tendo esses conceitos em mente, faremos mais duas simplificações. Primeira,
devido a baixa perda óptica em fibras na região de interesse, a parte imaginaria de ϵpωq é
muito pequena em comparação com a parte real. Portanto, podemos substituir ϵpωq por
n2 pωq, de acordo com a equação 16. Segundo, como npωq é independente de coordenadas
espaciais em ambos os núcleos podemos usar a relação

∇ ˆ ∇ ˆ E “ ´∇2 E

Logo, a equação de que descreve a propagação do pulso na fibra é dada por

ω2
∇2 E ` n2 pωq E“0 (18)
c2

Referências
AGRAWAL, Govind P. Nonlinear fiber optics. [S.l.]: Springer, 2000.

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