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Resenha Marc Bloch Por Beatriz Cerqueira
Resenha Marc Bloch Por Beatriz Cerqueira
Resenha Marc Bloch Por Beatriz Cerqueira
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
A presente resenha trata sobre uma das mais famosas obras de Marc Bloch,
considerado um dos maiores historiadores em decorrência de suas inovações técnicas e
metodológicas. Bloch estudou numa das mais tradicionais escolas de Paris, tendo sido
incentivado desde cedo a seguir o percurso acadêmico, seu pai era Gustave Bloch,
professor de História Antiga. Um grande marco da carreira de Bloch foi quando em
1929 junto com seu amigo Lucien Febvre fundou a escola dos Annales, que de certa
forma ia contra o positivismo histórico ao buscar o desenvolvimento de alguns de seus
pressupostos: novas abordagens, maior aprofundamento na pesquisa histórica, não
esquecer o homem comum e nem focar na história vista de cima, bem como ao
historicismo alemão que afirmava erroneamente termos que deixar as fontes falarem por
si.
Para dar início ao texto Bloch toma o questionamento de um filho: “para que
serve a história?”, o autor diz logo em seguida que o livro que se vai ler é a sua resposta.
Isso já na primeira página nos leva ao centro de uma de suas convicções: a obrigação de
o historiador difundir e explicar seus trabalhos, aqui entra a sua famosa frase “Saber
falar, no mesmo tom, aos doutos e aos estudantes.” (BLOCH, Marc. P. 41), é aqui
fundamental o debate tido em sala de aula sobre não deixar o conhecimento apenas
dentro dos muros da academia.
Nesse capítulo vale destacar ainda que “Uma ciência, entretanto, não se define
apenas por seu objeto. Seus limites podem ser fixados, também, pela natureza própria de
seus métodos.” (BLOCH, Marc. p. 63) frase que traz justamente essa inovação do olhar
da história por Bloch; e “a ignorância do passado não se limita a prejudicar a
compreensão do presente; compromete, no presente, a própria ação.” (BLOCH, Marc. p.
63) tal afirmativa me faz refletir bastante sobre a atual situação do Brasil, onde o
negacionismo exacerbado fez com que certos políticos fossem eleitos, e discursos
absurdos sobre a Ditadura Militar, por exemplo, se alastrem.