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Sérgio Ricardo da Mata, Helena Miranda Mollo & Flávia Florentino Varella (org.).

Caderno de resumos & Anais


do 2º. Seminário Nacional de História da Historiografia. A dinâmica do historicismo: tradições historiográficas
modernas. Ouro Preto: EdUFOP, 2008. (ISBN: 978-85-288-0057-9)

Marc Bloch, Lucien Febvre e a historiografia alemã do séc. XIX

Sabrina Magalhães Rocha


Mestranda em História / UFOP

A Escola dos Annales figura na história da historiografia como o movimento que


efetivamente rompeu com os modelos historiográficos do séc. XIX, instaurando uma
nova forma de se produzir conhecimento histórico. Apresentando-se como um novo
paradigma historiográfico, os Annales dirigem suas críticas a temas consolidados por
historiadores de uma escola dita “historicizante”, ou “metódica”. Em termos amplos,
nossa investigação pretende discutir as relações entre a primeira geração da Escola dos
Annales, na figura dos historiadores Marc Bloch (1886-1944) e Lucien Febvre (1878-
1956), e a historiografia alemã do séc. XIX. A partir dessa temática espera-se contribuir
para a compreensão de como essa nova concepção de história gestada em princípios do
séc. XX relacionou-se com a historiografia historicista desenvolvida no séc. XIX.
Certamente, estamos diante de uma problemática que pode ser apreendida por
diversos meios. Nossa investigação, em particular, será circunscrita especialmente à
reflexão teórica e metodológica desses autores sobre o conhecimento histórico através
das obras Apologie pour l’histoire ou metier d’historien e História e Historiadores de
Marc Bloch, e Combats pour l’histoire (1965) de Lucien Febvre. Sobretudo,
pretendemos analisar as correspondências trocadas por esses autores entre os anos de
1928 e 1943 e as resenhas publicadas por Bloch e Febvre na revista Annales (1929-
1946) e na Revue de Synthèse apresentam-se como fontes essenciais. Esse é um objeto
cuja investigação se encontra em fase inicial, momento, portanto, em que, dentre muitos
outros fatores, a delimitação de um campo teórico de análise se revela substancial.
Nesse sentido, a definição de referenciais, ou, em outros termos, a investigação de
possíveis ferramentas que auxiliem a iluminar esse objeto de pesquisa, e que permitam o
aprofundamento nas fontes será nossa preocupação central aqui.
Um primeiro referencial poderia ser definido em torno da noção de “regimes de
historicidade”, proposição elaborada pelo historiador francês François Hartog (2003).
Hartog define regime de historicidade como uma ordem do tempo dominante, que
congrega uma multiplicidade de temporalidades de forma hierarquizada. Trata-se da
presença dominante de uma determinada configuração temporal, ainda que essa conviva

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com falhas, com exceções. Nesse sentido, Hartog propõe uma categorização, desde a
antiguidade até os tempos contemporâneos, e aponta para a presença de um regime
moderno de historicidade entre os anos de 1789 e 1989. Apesar de utilizar uma
periodização diferente, esse autor apresenta o regime moderno a partir da definição de
Koselleck (2004). O regime de historicidade moderno é marcado pelo futurismo, ou, de
acordo com a terminologia koselleckiana, pelo progressivo afastamento entre o horizonte
de expectativas e o espaço de experiências. Trata-se de um regime em que estudar a
história, investigar o passado, é uma forma de realizar o futuro. A história não aparece na
modernidade como fonte de exemplos, não se busca ensinamentos, ela não é mestra da
vida. O estudo do passado relaciona-se ao sentimento de desenraizamento promovido
pela aceleração temporal moderna, e, sobretudo, pelo desejo de se conhecer o sentido da
história.
Analisando nosso objeto sob essa perspectiva, o que se observa é que estaríamos
diante de mais aproximações que distanciamentos entre a Escola dos Annales e a
historiografia alemã do séc. XIX. Ambas são elaboradas sob a mesma ordenação
temporal, estão em um mesmo regime de historicidade, o regime moderno. Ao que nos
parece, esse é um dos principais pontos iluminados por essa categoria. A compreensão
desses dois momentos sob a perspectiva de uma aproximação é um ponto vagamente
elaborado pelas interpretações que se dedicam a pensá-los. De maneira geral, as análises
intensificam os componentes da ruptura promovida pelos Annales, tendendo a mitigar as
aproximações, ou as continuidades. Não pretendemos colocar em dúvida essas rupturas;
nosso objetivo aqui é tentar matizar essas interpretações, é, sobretudo, ampliar o
horizonte de análises. Mas por que seria necessário matizá-las, ou, colocá-las sob novas
perspectivas?
As mais substantivas análises que se propuseram a refletir sobre a historiografia
dos Annales ao longo do séc. XX enfatizaram seu aspecto revolucionário e fundador de
uma nova historiografia, em oposição aos modelos historiográficos do séc. XIX.
Todavia, dessas interpretações parece derivar certa hipertrofia da consideração dos
Annales como uma “revolução historiográfica”, como uma historiografia radicalmente
nova. Essa hipertrofia, ou exacerbação, por sua vez, pode ser definida como um
elemento fundamental para a construção de uma espécie de “mitologização” em torno
da fundação da Escola dos Annales. Evidentemente, e especialmente para aqueles que
se dedicam a refletir sobre os deslocamentos do conhecimento histórico, as
configurações da disciplina, essa “mitologização” não presta grande auxílio. Portanto,

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na medida em que permite matizá-las, a categoria regimes de historicidade nos parece
ser de importância central para o tratamento de nosso objeto.
Vislumbramos ainda um segundo ponto que essa categoria ajuda a iluminar;
trata-se do relacionamento, em sentido estrito, de Marc Bloch e Lucien Febvre com a
historiografia alemã do séc. XIX, seu posicionamento ante essa. Como exposto, o que se
revela em um primeiro momento, e em importantes análises, como em Jacques Le Goff e
Peter Burke, é a perspectiva da recusa. Entretanto, partindo das aproximações que a
noção de regimes de historicidade permite visualizar, pode-se tentar apreender outras
perspectivas dessa relação. Não se trata, aqui, de uma tentativa radicalmente nova. Ela
pode ser percebida, por exemplo, na análise do historiador alemão Peter Schöttler
(1999), ainda que esse não a realize a partir da categoria definida por Hartog.
O contato de Bloch e Febvre com o universo alemão se dá desde sua formação
acadêmica. Esses autores teriam vivido um momento que Schöttler (1999) caracteriza
como “crise allemande de la pensée française”. Ambos fizeram parte de uma geração
curiosa das “coisas alemãs”, em que conhecer a realidade alemã fazia parte de uma
trajetória universitária séria. Bloch estudou na Alemanha entre 1908 e 1909, estando em
Leipzig e em Berlim, e lá teve contanto com um meio acadêmico diferente do francês.
Freqüentou os seminários, criação de Ranke, e ressaltou sua erudição e sua tolerância
intelectual. Já Febvre foi à Alemanha somente em 1918, mas seu contanto se deu
anteriormente, através da Alemanha que penetrara a cultura francesa, na Ècole
geografique, na Ècole durkheimienne, na Revue de Synthèse.
Peter Schöttler revela que Bloch e Febvre fizeram parte de uma geração curiosa
das coisas alemãs, mas recusaram-nas em seus discursos. Febvre, em 1939, afirmara,
“nous devons desapprendre de l’Allemagne”, reclamando um desligamento da
Alemanha. Schöttler parte dessa expressão para revelar-lhe uma questão encoberta,
afirma que o desejo de “desaprender” revela uma aprendizagem inicial. Nesse sentido,
por trás da necessidade de afastamento no plano discursivo, observa-se um fascínio
desses autores pela Alemanha, e pela historiografia ali desenvolvida. Para Schöttler,
Bloch e Febvre não teriam se desprendido das questões alemãs, especialmente não
teriam conseguido excluir, reprimir ou recalcar a influência da ciência histórica alemã.
Observa-se, portanto, que a partir da categoria “regimes de historicidade”,
podemos iluminar pontos importantes para nossa investigação. No entanto, e certamente
como qualquer outra categorização teórica, ela não recobre todo o objeto, não nos auxilia
a responder a todas as questões que temos nos colocado sobre a rubrica da recepção da

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historiografia alemã do séc. XIX na primeira geração dos Annales, ou da relação de
Marc Bloch e Lucien Febvre com essa historiografia. Trata-se de uma categoria que não
esgota nosso objeto especialmente pelo fato de sua abordagem se dar de forma um tanto
quanto distanciada. Nesse sentido, observa-se que em um mesmo ponto encontra-se a
riqueza e a deficiência desse referencial, qual seja, a perspectiva, a distância de
apreensão. E isso se dá pelo fato de que ao mesmo tempo em que o olhar distanciado,
que nos permite ver esses dois momentos da historiografia dentro de um mesmo quadro,
revela-se esclarecedor; é necessário que se conjugue um olhar mais particularizado, que
enfoque especificidades. Ao que nos parece, é, portanto, fundamental, construir, no
sentido forte do termo, um referencial teórico para esse objeto, na medida em que não há
algo pronto e acabado que se encaixe com perfeição. Assim, gostaríamos de analisar uma
segunda categorização que pode se definir como uma das peças dessa construção, trata-
se da noção de paradigmas.
Categoria teórica elaborada por Thomas Kuhn (2005) na década de 1960, a
concepção de paradigma aparece mais diretamente ligada à investigação das ciências
naturais que das ciências histórico-sociais, o que não nos parece inviabilizar sua
utilização como ferramenta de análise na história da historiografia. Essa é certamente
uma das categorias mais problematizadas no campo da epistemologia das ciências
humanas, revista e ressignificada por diferentes autores. Partindo dessa constatação da
existência de diversas definições em torno do termo, esperamos construir nossa
perspectiva a partir das confluências de três abordagens, ou das indicações de três
importantes teóricos. Pretendemos utilizar algumas definições do próprio Thomas
Kuhn, matizadas pelas incursões para o campo do conhecimento histórico feitas por
Rüsen e koselleck.
Partindo das elaborações de Kuhn, um paradigma é aquilo que os membros de
uma comunidade partilham e, inversamente, uma comunidade científica consiste em
homens que partilham um paradigma. Nesse sentido, entende-se que o paradigma
governa não um objeto de estudos, mas um grupo de praticantes da ciência. O termo
pode ser compreendido como uma “matriz disciplinar”, na medida em que se refere a
uma posse em comum de elementos ordenados, por parte dos praticantes de uma
disciplina particular. Segundo Kuhn, uma matriz disciplinar seria constituída por
diversos elementos. Para os efeitos de nossa investigação, interessa-nos destacar
particularmente dois deles: a crença em determinados modelos e o compartilhamento de
valores específicos.

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Rüsen (2001), por sua vez, parte da acepção kuhniana e afirma a utilização da
categoria nas ciências da cultura. Para esse autor, um paradigma representa a
consolidação de um determinado tipo de racionalidade, sua “encarnação” em contextos
concretos de comunicação. Assim, essa categoria descreve um modelo, uma escola,
uma direção, uma época; é um elemento argumentativo de racionalização, ordenador
dos procedimentos da práxis histórica. Trata-se de uma categoria que guarda a pretensão
de explicitar os múltiplos fatores regulativos do processo cognitivo ou da prática
interpretativa de uma cultura em um contexto sistemático que possa servir para
delimitar um tipo de conhecimento e de interpretação. Logo, ela permite visualizar a
constituição, o desenvolvimento, a substituição e a sucessão de modelos, de escolas,
analisando tanto suas motivações derivadas de um corpus teórico-conceitual quanto suas
motivações encerradas na práxis, abrangendo as dimensões política, cognitiva e estética.
Para Rüsen, a elaboração e a utlilização dessa categoria no campo do
conhecimento histórico tem a função primordial de viabilizar a auto-afirmação reflexiva
do pensamento histórico. Os paradigmas servem, assim, para esclarecer e tornar
acessível a complexidade das estratégias determinantes da constituição de sentido. Essa
nos parece ser também a função que Koselleck (2001) define para essa ferramenta
teórica. Em sua obra Los estatos del tiempo, o autor analisa as relações entre
experiências e métodos, as formas como esses se justificam reciprocamente
configurando as mudanças de paradigmas historiográficos. A tese sustentada por
koselleck é de que por trás das mudanças de experiências e métodos há uma
continuidade mínima, uma comunidade antropológica que permite o diálogo entre as
diferentes concepções; logo haveria uma unidade na história.
Diante dessas três explanações, ou três ângulos a partir dos quais se pode
apreender a categoria paradigma, podemos introduzí-la em nossa investigação. Em um
primeiro momento, ela nos auxilia a compreender que estamos diante de dois quadros,
de um lado um paradigma que se pode definir como historicista, com a historiografia
alemã do séc. XIX. De outro, um paradigma que pode ser definido por oposição, como
anti-historicista, fundado na primeira geração da Escola dos Annales. Entendendo ainda
que partilhar um paradigma, ser parte de uma determinada comunidade científica é
partilhar teorias, métodos, valores compreendemos que estamos diante de duas escolas,
de dois tipos de racionalidade que se consolidaram de maneiras distintas. Por fim,
podemos iluminar um ponto que parece perpassar essas três perspectivas, ainda que de
formas diversas, e que se mostra muito caro a nosso objeto de pesquisa. Trata-se do fato

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de o campo cognitivo, ou científico, não se constituir apenas de métodos e teorias, mas a
partir de uma íntima relação com as demais dimensões da práxis; tais como experiências
e os valores de um grupo, de uma sociedade, de uma época, e questões político-
institucionais.
Compreendendo a primeira geração da Escola dos Annales como fundadora e
construtora de uma nova proposta, como um grupo que tomou para si a tarefa de
produzir mudanças no campo historiográfico, fica evidente a necessidade de tratá-la
nessa íntima relação entre práxis, teoria e método que a categoria paradigma nos sugere.
Nesse sentido, não nos parece suficiente tratar esses dois momentos da história da
historiografia simplesmente a partir da contraposição de seus pressupostos teórico-
metodológicos. Diversos autores, sobretudo a partir da década de 1980, vêm
trabalhando nessa perspectiva de analisar um delineamento de fatores que extrapolam a
compreensão da primeira geração dos Annales a partir de suas propostas
historiográficas em sentido estrito. O historiador francês François Dosse (2003), por
exemplo, questiona em que medida se pode falar em uma revolução historiográfica com
os Annales, tendo em vista que muitos de seus princípios já haviam sido desenvolvidos
por outros autores. Seu entendimento é de que os Annales são mais originais pelas
formas de afirmação de seu programa que propriamente pelo conteúdo desse. Trata-se
de uma concepção também próxima à elaborada e desenvolvida por André Burguière.
Burguière (1999) ressalta a importância de se observar o movimento dos Annales em
uma perspectiva política, como uma luta pelo lugar da nova história.
Esse autor ressalta que as orientações dos Annales, especialmente em seus
primeiros anos, se faziam mais por exclusão que por proposição. Em outros termos, seus
autores deixavam claras as posições que recusavam, mas não explicitavam efetivamente
suas propostas. Essa relação pode ser visualizada na própria formatação da revista. Uma
parte significativa de sua estrutura era composta por resenhas críticas de tom polêmico,
e através dessas se definia a orientação da revista. Em certo sentido, a “doutrina” dos
Annales era definida a partir de seu posicionamento frente a textos de outros autores.
Burguière atenta para o ponto de que todo projeto científico é inseparável de um projeto
de poder. Nesse sentido, faz-se necessário compreender o projeto dos Annales também
como uma luta pelo lugar da nova história que afirmavam vincular. Os historiadores do
grupo possuíam interesse de inserção e legitimação em sua época, não se pode negar a
existência de vontade de convencimento e de poder em sua trajetória. Entendendo-o
como um movimento historiográfico que tem em seu nascimento o ideário de

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transfiguração dos modelos vigentes, pode-se dizer que os Annales mobilizam várias
“peças”, várias “estratégias” para sua consolidação. Tratar-se- ia do tom polêmico de
seus textos, do cultivo da marginalidade, do antidogmatismo e de uma necessidade de
recusas enfáticas. (Burguière, 1999)
A análise dos fatores político-institucionais que estão no entorno do conteúdo
programático da Escola dos Annales contribui para seu tratamento enquanto um
movimento, logo cercado de necessidades e interesses que extrapolam a definição
teórico-metodológico de propostas. Essa abordagem permite-nos apreender que a
relação de Marc Bloch e Lucien Febvre com a historiografia alemã do séc. XIX, ou com
o historicismo, não é determinada apenas pelo enfrentamento de posições teóricas, de
tradições teóricas distintas. Trata-se de um relacionamento também marcado pelas
experiências dos indivíduos que os representam, mediado, dentre outros fatores, pela
necessidade de negação dos cânones historiográficos para seu estabelecimento enquanto
novo modelo, pela complexa relação entre a França e a Alemanha, e por sua inserção
em um contexto de construção de referências culturais alemãs na França. Pode-se
observar, assim, que se trata de uma relação marcada por aproximações e
distanciamentos, mas cuja verbalização é dominada pela ênfase nas distâncias e nas
diferenças.
Nesse sentido, podemos encaminhar nossa conclusão observando primeiramente
como duas categorias de análises distintas podem ser importantes ferramentas teóricas.
Sua relevância parece-nos estar especialmente em seu potencial de revelar aspectos tão
diversos de um mesmo objeto. O que ensaiamos aqui, portanto, é a possibilidade de
trabalhar com essas duas categorias conjuntamente, na medida em que os aspectos que
cada uma aponta individualmente não podem ser relevados no conjunto da análise; de tal
maneira, que não nos parece ser possível escolher um elemento em detrimento de outro.
Por fim, em nossa investigação, por mais distantes teoricamente que sejam, essas duas
perspectivas parecem convergir em algum momento. Para ficar em um exemplo,
podemos vislumbrar a continuidade mínima que koselleck aponta como existente em
toda mudança de paradigma com essa categoria mais ampla proposta por Hartog e que
deriva do próprio Koselleck, os regimes de historicidade. Pode-se, portanto, entender
que trabalhamos com dois paradigmas distintos, mas que convivem em um mesmo
regime de historicidade, logo guardam semelhanças e continuidades. Essa convergência
pode, por fim, ser especialmente visualizada na capacidade de ambas as ferramentas

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viabilizarem elaborações para além das canônicas em torno da historiografia dos Annales
e da historiografia alemã do séc. XIX.

Referências Bibliográficas

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