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MANOEL, JEOVÁ, BRUNO

DOENÇAS
NEGLIGENCIADAS
Dengue, tracoma, cegueira dos rios, raiva, ulcera
de buruli.
ÍNDICE

1 - INTRODUÇÃO
2 - DICAS DE TRATAMENTOS
3 - RAIVA
4 - TRATAMENTOS E SINTOMAS
5 - TRACOMA
6 - TRATAMENTOS E PREVENÇÕES
7 - DENGUE
8 - COMO COMBATER A DENGUE
9 - CEGUEIRA DOS RIOS
10 - TRATAMENTOS...
11 - ULCERA DE BURULI
12- COMBATE A DOENÇA
13 - PREVENÇÕES E TRATAMENTOS
01 INTRODUÇÃO

As doenças negligenciadas, embora


afetem milhões de pessoas,
especialmente em regiões menos
desenvolvidas do globo, permanecem
fora do foco das políticas de saúde
pública mais abrangentes. Essas doenças,
como a doença de Chagas, a
leishmaniose e a esquistossomose, não só
perpetuam a pobreza, mas também
intensificam o ciclo de desigualdade
social, uma vez que impactam as
populações mais vulneráveis e com
menos acesso a recursos. Assim, torna-se
essencial estabelecer estratégias
multidimensionais para combatê-las,
abordando tanto a prevenção quanto o
tratamento de forma integrada e
sustentável.

Inicialmente, é fundamental ampliar o


acesso ao diagnóstico e tratamento.
Muitas doenças negligenciadas podem
ser tratadas eficazmente se
diagnosticadas precocemente. Contudo,
a falta de infraestrutura médica e a
escassez de profissionais de saúde nas
regiões mais afetadas limitam
severamente o acesso aos cuidados
necessários. Portanto, investir em
infraestrutura de saúde, formar
profissionais médicos nas áreas
endêmicas e facilitar o acesso a
medicamentos são passos cruciais.
Organizações internacionais e governos
locais devem colaborar para financiar e
implementar tais iniciativas.
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O QUE DEVEMOS FAZER PARA
EVITAR ESSAS DOENÇAS?

A melhoria das condições de saneamento básico e de


acesso à água potável é indispensável. Muitas doenças
negligenciadas são transmitidas através de águas
contaminadas ou por falta de saneamento adequado.
Projetos que focam na construção de infraestruturas
sanitárias e no fornecimento de água limpa não só
contribuem para a prevenção dessas doenças, mas
também promovem melhorias gerais na saúde e no
bem-estar das populações.

Por fim, a colaboração internacional para o


financiamento e pesquisa é vital. Investir em pesquisa e
desenvolvimento de novos tratamentos, vacinas e
métodos de diagnóstico pode transformar radicalmente
a luta contra essas doenças. Isso inclui não apenas a
criação de novos medicamentos, mas também a
adaptação das terapias existentes às realidades locais,
tornando-as mais acessíveis e aplicáveis.

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RAIVA
A raiva é a única Doença Tropical Negligenciada (DTN)
100% evitável por vacina. Mata mais de 59.000 pessoas
em todo o mundo a cada ano e está presente em todos
os continentes afetando cerca de 150 países.

A raiva é uma doença negligenciada, altamente letal e


causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, que afeta
mamíferos, incluindo humanos. A transmissão ocorre
principalmente através da mordida de animais
infectados, sendo que cães são os mais comuns
transmissores em regiões endêmicas, especialmente em
países de baixa e média renda. No entanto, morcegos,
raposas e outros animais selvagens também podem ser
reservatórios e transmissores do vírus. Uma vez que os
sintomas se manifestam, a raiva é praticamente sempre
fatal.

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A infecção por raiva começa com
a penetração do vírus através da
pele, geralmente via mordida ou
arranhão de um animal
infectado. O vírus migra pelo
sistema nervoso periférico até
alcançar o sistema nervoso
central, onde provoca encefalite
aguda, o que leva a sintomas
neurológicos graves. Esses
sintomas incluem febre, dor de
cabeça, excesso de salivação,
espasmos musculares, confusão
mental e hidrofobia (medo de
água). Sem tratamento
adequado, a doença pode evoluir
para paralisia, coma e,
eventualmente, morte.

O diagnóstico de raiva é complexo e


geralmente envolve vários testes
laboratoriais, como a detecção de
antígenos virais ou ácidos nucleicos
em amostras de tecido, o que é feito
post-mortem. Em vida, o diagnóstico é
mais desafiador e pode necessitar de
uma combinação de métodos,
incluindo exames clínicos e histórico
de exposição.

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PRVENÇÃO E
TRATAMENTOS

A prevenção é a chave no
controle da raiva. A vacinação de
animais domésticos,
especialmente cães, é a medida
mais eficaz para prevenir a
transmissão do vírus para
humanos. Campanhas de
vacinação em massa em áreas
endêmicas têm demonstrado ser
eficientes na redução do número
de casos. Além disso, a educação
da população sobre como evitar
o contato com animais selvagens
e a importância de buscar
tratamento imediato após uma
possível exposição são cruciais.

O tratamento para a raiva, uma


vez que os sintomas se
manifestam, é limitado e quase
sempre ineficaz. No entanto,
após uma exposição potencial ao
vírus, a profilaxia pós-exposição
(PEP) é altamente eficaz. O PEP
inclui a limpeza imediata e
cuidadosa da ferida, a
administração de uma série de
vacinas contra a raiva e, em
alguns casos, a administração de
imunoglobulina antirrábica.

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TRACOMA
A tracoma é a Infecção bacteriana que afeta os olhos, e
a principal causa evitável de cegueira no mundo todo. É
muito contagioso.

O tracoma é uma das doenças negligenciadas que afeta


principalmente comunidades pobres e rurais de países
em desenvolvimento, sendo considerada a principal
causa infecciosa de cegueira no mundo. Esta doença é
causada pela bactéria Chlamydia trachomatis e se
manifesta inicialmente como uma infecção ocular que
pode evoluir para complicações graves e perda de visão
se não tratada adequadamente.

O ciclo do tracoma inicia-se frequentemente na


infância, com infecções recorrentes que não são
tratadas de forma adequada, levando à cicatrização da
conjuntiva. Essa cicatrização provoca o encurvamento
das pálpebras, fazendo com que os cílios rocem o globo
ocular (entropio e triquíase), o que resulta em dor
intensa e, finalmente, em danos irreversíveis à córnea,
podendo levar à cegueira. Os sintomas iniciais incluem
irritação nos olhos, secreção e sensibilidade à luz.

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TRATAMENTO EM GERAL

O tratamento do tracoma é essencial para prevenir a


progressão da doença e evitar complicações graves,
como a cegueira. A abordagem adotada para tratar o
tracoma é baseada na estratégia SAFE, recomendada
pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que engloba
quatro componentes principais: Cirurgia, Antibióticos,
Higiene Facial e Melhorias Ambientais.

ara casos avançados de tracoma, onde ocorreu a


cicatrização das pálpebras, levando ao encurvamento
das mesmas e ao contato dos cílios com o globo ocular
(entropio e triquíase), é necessária uma intervenção
cirúrgica. A cirurgia tem como objetivo corrigir as
deformidades palpebrais para prevenir danos maiores à
córnea e aliviar a dor causada pelo atrito dos cílios.

O tratamento com antibióticos é crucial para eliminar a


infecção bacteriana causada pela Chlamydia
trachomatis. A azitromicina é o antibiótico de escolha
devido à sua eficácia e ao regime de dose única, que
facilita a adesão ao tratamento. Em comunidades onde
o tracoma é endêmico, campanhas de administração
em massa de azitromicina são realizadas para tratar
toda a população, interrompendo assim a cadeia de
transmissão da infecção.

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DENGUE

É uma doença infecciosa febril aguda, que pode se


apresentar de forma benigna ou grave.

A dengue é uma doença infecciosa febril aguda,


causada por um vírus da família Flaviviridae e
transmitida, principalmente, pelos mosquitos Aedes
aegypti, o mesmo vetor da febre chikungunya, do vírus
Zika e da febre amarela. A dengue é um exemplo
destacado de uma doença negligenciada, apesar de sua
vasta prevalência em muitas partes do mundo tropical e
subtropical, afetando principalmente as populações em
áreas urbanas e semiurbanas.

Estima-se que cerca de 390 milhões de infecções por


dengue ocorram anualmente em todo o mundo, com
aproximadamente 96 milhões manifestando sintomas.
Embora a maioria dos casos seja leve, a doença pode
evoluir para formas mais graves como a dengue
hemorrágica e a síndrome do choque da dengue, que
podem ser fatais.

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SINTOMAS E TRATAMENTOS

Devido à inexistência de um tratamento específico e à


limitação das opções de vacinação, a prevenção surge como
a principal estratégia de combate a esta doença. As
medidas de prevenção são essencialmente centradas no
controle do mosquito vetor, Aedes aegypti, e na proteção
individual contra picadas de mosquito.

Para controlar a proliferação do Aedes aegypti, é crucial


eliminar os criadouros potenciais. Isso inclui a remoção de
água acumulada em pneus, vasos de plantas, garrafas e
qualquer recipiente que possa coletar água da chuva. Além
disso, a aplicação de larvicidas em locais de difícil
drenagem contribui para reduzir a população de mosquitos
em estágio larval. As campanhas de fumigação também são
implementadas para erradicar mosquitos adultos,
especialmente durante surtos da doença.

Em relação ao tratamento da dengue, este é


principalmente de suporte. Os pacientes são aconselhados
a manter hidratação adequada e a usar medicamentos
antipiréticos para controlar a febre. Importante ressaltar
que medicamentos à base de ácido acetilsalicílico devem
ser evitados, pois aumentam o risco de sangramento. Em
casos de dengue severa, o tratamento envolve manejo
hospitalar intensivo para monitorar e tratar os sinais de
choque e hemorragia.

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CEGUEIRA DOS RIOS

Doença parasitária crônica também chamada de


"cegueira dos rios" ou "mal do garimpeiro", decorrente
da infecção produzida pelo nematódeo Onchocerca
volvulus, que se instala no tecido subcutâneo das
pessoas atingidas.

A "cegueira dos rios", também conhecida como oncocercose, é


uma doença infecciosa causada pelo parasita nematoide
Onchocerca volvulus. É transmitida aos humanos através da
picada de moscas negras infectadas do gênero Simulium, que
geralmente se reproduzem em corpos de água que fluem
rapidamente, daí o nome "cegueira dos rios". Essa doença é
predominante em regiões rurais da África Subsaariana, além de
alguns focos localizados na América Latina e no Iêmen.

ciclo de vida do Onchocerca volvulus começa quando as larvas do


parasita, conhecidas como microfilárias, são transmitidas aos
humanos pela picada de uma mosca negra infectada. Uma vez
dentro do corpo humano, as microfilárias amadurecem em vermes
adultos, que se agrupam em nódulos fibrosos sob a pele. Esses
vermes podem viver por até 15 anos, durante os quais as fêmeas
produzem milhões de novas microfilárias. Essas microfilárias
migram pelo corpo e, quando alcançam os olhos, podem causar
inflamação severa e, eventualmente, perda de visão.

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SINTOMAS E TRATAMENTOS

Os sintomas da cegueira dos rios incluem coceira severa e


persistente, lesões na pele, nódulos subcutâneos, e
alterações na pigmentação da pele, que podem se tornar
grossa e escamosa. O sintoma mais devastador, a perda de
visão, ocorre quando as microfilárias migram para os olhos,
causando inflamação e danos aos tecidos oculares, que se
não tratados, levam à cegueira.

O tratamento para a cegueira dos rios foca principalmente


na redução da carga parasitária e na prevenção de novas
infecções. A ivermectina é o medicamento de escolha,
sendo distribuída gratuitamente em campanhas de
tratamento em massa em áreas endêmicas. Este
medicamento é eficaz em matar as microfilárias, reduzindo
significativamente os sintomas cutâneos e, mais
crucialmente, prevenindo a progressão para cegueira. No
entanto, a ivermectina não elimina os vermes adultos, que
podem continuar a produzir microfilárias, necessitando de
administrações repetidas do medicamento ao longo de
vários anos.

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ULCERA DE BURULI

A úlcera de Buruli (UB), uma doença infecciosa causada


pela Mycobacterium ulcerans1 (M. ulcerans), é uma das
principais doenças tropicais negligenciadas. É a terceira
micobacteriose em prevalência, após a hanseníase e a
tuberculose.

A úlcera de Buruli é uma doença infecciosa causada


pela bactéria Mycobacterium ulcerans. É uma das
doenças tropicais negligenciadas e é notável por causar
danos teciduais extensos e debilitantes, principalmente
na pele e às vezes no osso. A doença foi nomeada após a
região de Buruli no Uganda, onde foi descrita pela
primeira vez nos anos 1960, mas casos têm sido
relatados em mais de 30 países, com a maioria
ocorrendo na África Ocidental, além de áreas isoladas na
Ásia, nas Américas e no Pacífico Ocidental.

A via exata de transmissão da úlcera de Buruli ainda não


é completamente compreendida. No entanto, acredita-
se que a infecção possa ocorrer através do contato de
feridas abertas ou de áreas da pele não intactas com
água ou objetos contaminados pelo Mycobacterium
ulcerans. As regiões aquáticas, como pântanos ou áreas
de vegetação densa perto de corpos de água, são
consideradas zonas de alto risco.
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TRATAMENTOS E SINTOMAS

Os primeiros sinais da úlcera de Buruli geralmente


começam com um nódulo indolor ou uma área de
inchaço endurecido na pele, que pode parecer uma
picada de inseto. Com o tempo, este nódulo pode se
transformar em uma úlcera aberta com uma base
necrótica e bordas claramente definidas. A progressão
da doença é frequentemente indolor, o que pode atrasar
o diagnóstico e o tratamento. Se não for tratada, a úlcera
pode aumentar consideravelmente de tamanho,
causando deformidades extensas e limitação funcional
dos membros afetados.

O tratamento da úlcera de Buruli tem evoluído


significativamente ao longo dos anos. Atualmente, as
diretrizes recomendam uma combinação de
antibióticos para combater a infecção bacteriana. Os
medicamentos mais comumente utilizados são a
rifampicina e a claritromicina, administrados durante
um período de oito semanas. Essa abordagem
terapêutica tem demonstrado uma alta taxa de sucesso,
reduzindo a necessidade de intervenções cirúrgicas
extensas, que anteriormente eram a principal forma de
tratamento.

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