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DESAFIOS NO CONTROLE DA LEISHMANIOSE

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RESUMO

A leishmaniose é uma doença parasitária transmitida por mosquito que


apresenta diversas formas clínicas, desde lesões cutâneas até formas viscerais
graves. O controle da doença é complexo, envolvendo medidas de prevenção,
tratamento, diagnóstico e controle do vetor, que têm sido desafiadoras devido à
ampla distribuição geográfica do mosquito e à falta de adesão ao tratamento. A
falta de vacina disponível e as condições socioeconômicas precárias também
dificultam o controle da doença. É importante adotar uma abordagem
multidisciplinar para enfrentar esses desafios, incluindo ações de prevenção,
pesquisa e desenvolvimento de novas ferramentas diagnósticas e terapêuticas.

Palavras-Chave: Leishmaniose. Doença. Diagnostico. Desafios.

ABSTRACT

Leishmaniasis is a mosquito-borne parasitic disease that presents


several clinical forms, from cutaneous lesions to severe visceral forms. The
control of the disease is complex, involving measures of prevention, treatment,
diagnosis, and vector control, which have been challenging due to the wide
geographic distribution of the mosquito and lack of adherence to treatment. The
lack of available vaccine and poor socioeconomic conditions also make it
difficult to control the disease. It is important to adopt a multidisciplinary
approach to address these challenges, including prevention actions, research,
and development of new diagnostic and therapeutic tools.

Key words: Leishmaniasis. Disease. Diagnosis. Challenges.


1. INTRODUÇÃO

A leishmaniose é uma doença causada por protozoários do gênero


Leishmania, que são transmitidos por picadas de insetos, como os
flebotomíneos, também conhecidos como mosquito-palha. Existem três formas
principais de leishmaniose: visceral, cutânea e mucocutânea (NEVES, 2016).
A leishmaniose visceral, também conhecida como calazar, é a forma
mais grave e pode ser fatal se não for tratada. Ela afeta principalmente os
órgãos internos, como fígado, baço e medula óssea, causando febre
prolongada, perda de peso, anemia e comprometimento do sistema
imunológico (PASTORINO, 2002).
A leishmaniose cutânea é a forma mais comum e geralmente causa
lesões na pele que podem ser únicas ou múltiplas, além de coceira e dor. Essa
forma da doença não é fatal, mas pode causar cicatrizes e deformidades
(PEDROSA, 2004).
A leishmaniose mucocutânea é menos comum e afeta principalmente as
membranas mucosas do nariz, boca e garganta. Ela pode causar ulcerações,
deformidades e dificuldade para respirar e falar (NEVES, 2016).

O tratamento para leishmaniose inclui medicamentos antiparasitários e


cuidados com as lesões na pele ou mucosas. A prevenção envolve medidas
para evitar a picada do mosquito-palha, como o uso de repelentes e roupas
que cubram o corpo, principalmente em áreas endêmicas da doença (GOTIJO,
2004).

A leishmaniose é uma doença negligenciada que afeta principalmente


populações de baixa renda em países tropicais e subtropicais. Ela causa uma
carga significativa de morbidade e mortalidade, especialmente em áreas
endêmicas onde o acesso aos cuidados de saúde é limitado. Além disso, a
doença pode ter um impacto negativo na economia local, uma vez que afeta a
capacidade de trabalho das pessoas afetadas. A pesquisa e o desenvolvimento
de novas terapias e vacinas contra a leishmaniose são, portanto, de grande
importância para prevenir e controlar a doença, reduzir o sofrimento humano e
melhorar a saúde pública (GOTIJO, 2004).
2. REFERÊNCIAL TEÓRICO

A leishmaniose é uma doença parasitária que afeta seres humanos e


animais em diversas partes do mundo, especialmente em regiões tropicais e
subtropicais. Ela é causada por protozoários do gênero Leishmania, que são
transmitidos pela picada de insetos conhecidos como flebotomíneos, também
chamados de "mosquito palha" ou "birigui" (PEDROSA, 2004).

Existem vários tipos de leishmaniose, que variam de acordo com a


espécie de Leishmania envolvida e com a região do mundo em que ocorrem. A
forma mais comum é a leishmaniose cutânea, que afeta a pele e as mucosas e
pode causar feridas, úlceras e cicatrizes. Essa forma da doença é mais
frequente em áreas rurais e pode ser transmitida por várias espécies de
flebotomíneos.

Outra forma da leishmaniose é a leishmaniose visceral, que afeta os


órgãos internos do corpo, como o fígado, o baço e a medula óssea. Essa forma
da doença é mais grave e pode ser fatal se não for tratada adequadamente.
Ela é mais comum em áreas urbanas e periurbanas e é transmitida
principalmente pela espécie Lutzomyia longipalpis, que é mais adaptada ao
ambiente urbano (NEVES, 2016).

O diagnóstico da leishmaniose é feito por meio de exames clínicos,


laboratoriais e sorológicos. O tratamento envolve o uso de medicamentos
específicos para combater o parasita e aliviar os sintomas. Em casos graves de
leishmaniose visceral, pode ser necessário internar o paciente para receber
cuidados intensivos (GOTIJO, 2004).

A prevenção da leishmaniose inclui medidas como o uso de repelentes,


a utilização de telas em janelas e portas, a limpeza regular de terrenos e a
utilização de inseticidas. Também é importante evitar o contato com animais
infectados, como cães e gatos, que podem ser hospedeiros do parasita. A
vacinação ainda está em fase de pesquisa e desenvolvimento (GOTIJO, 2004).

Em resumo, a leishmaniose é uma doença infecciosa grave que pode


afetar várias partes do corpo e que é transmitida pela picada de insetos
infectados. A prevenção e o tratamento adequados são essenciais para evitar
complicações e garantir a recuperação do paciente (NEVES, 2016).

2.1. DIAGNÓSTICO DA LEISHMANIOSE

O diagnóstico da leishmaniose pode ser feito por meio de diversos


métodos, que incluem exames clínicos, laboratoriais e sorológicos. Os
principais métodos utilizados são:
Exame clínico: o médico avalia os sintomas apresentados pelo paciente
e realiza um exame físico para identificar lesões cutâneas, aumento do baço ou
fígado e outros sinais de comprometimento dos órgãos internos (OLIVEIRA,
2014).
Biópsia: é a retirada de uma amostra de tecido da lesão para ser
examinada em laboratório. A análise histopatológica pode mostrar a presença
de amastigotas, que são as formas do parasita presentes no tecido humano
(CAVALCANTI, 2014).
Cultura: é o crescimento do parasita em meios de cultura específicos. A
cultura pode levar semanas para ser concluída e requer infraestrutura
laboratorial adequada (NEVES, 2016).
Testes sorológicos: são exames que detectam a presença de anticorpos
produzidos pelo organismo contra o parasita. Esses testes são úteis tanto para
o diagnóstico quanto para monitorar a resposta ao tratamento (OLIVEIRA,
2014).
Testes moleculares: são exames que detectam o DNA ou RNA do
parasita em amostras biológicas, como sangue, urina, saliva ou fluido das
lesões. Esses testes são bastante sensíveis e específicos, mas requerem
infraestrutura laboratorial e equipamentos especializados (GOTIJO, 2004).
Em geral, o diagnóstico da leishmaniose deve ser feito por um
profissional de saúde com experiência em doenças infecciosas e parasitárias.
O tratamento adequado depende do tipo de leishmaniose e da gravidade do
quadro clínico, e deve ser orientado por um médico especialista
(CAVALCANTI, 2014).
2.2. DESAFIOS NO CONTROLE DA DOENÇA
O controle da leishmaniose é um desafio complexo e multifacetado que
envolve diversos fatores biológicos, ambientais e socioeconômicos. Alguns dos
principais desafios no controle da leishmaniose são:
 Falta de vacina: atualmente, não há vacina disponível para
prevenir a leishmaniose em humanos. Embora existam algumas
vacinas em fase de pesquisa e desenvolvimento, ainda não há
uma vacina amplamente disponível.
 Resistência ao tratamento: alguns casos de leishmaniose têm
apresentado resistência aos medicamentos utilizados no
tratamento, o que torna mais difícil a cura da doença.
 Controle do vetor: o controle do vetor (flebotomíneos) é difícil
devido ao seu hábito noturno, sua ampla distribuição geográfica e
suas preferências por diferentes ambientes. Além disso, a
urbanização e o desmatamento podem aumentar a presença de
flebotomíneos em áreas urbanas e periurbanas.
 Dificuldades no diagnóstico: a leishmaniose pode apresentar
sintomas semelhantes a outras doenças, o que pode dificultar o
diagnóstico precoce e o início do tratamento. Além disso, muitas
vezes o diagnóstico depende de exames laboratoriais específicos,
que nem sempre estão disponíveis em áreas remotas.
 Condições socioeconômicas: a leishmaniose é mais comum em
áreas de baixa renda, onde há falta de saneamento básico,
moradias precárias e falta de acesso a serviços de saúde. Essas
condições socioeconômicas podem dificultar a prevenção e o
controle da doença (OLIVEIRA, 2014).
Para enfrentar esses desafios, é importante adotar uma abordagem
multidisciplinar que envolva diversas áreas do conhecimento, como a medicina,
a biologia, a ecologia, a epidemiologia e a saúde pública. Isso inclui ações de
prevenção, como a utilização de repelentes, o controle do vetor, o saneamento
básico e a educação em saúde, bem como a pesquisa e o desenvolvimento de
novas ferramentas diagnósticas e terapêuticas.
A leishmaniose é uma doença parasitária que afeta principalmente os
países tropicais e subtropicais. A doença é causada pelo protozoário do gênero
Leishmania, transmitido ao ser humano através da picada de um mosquito
flebotomíneo. A leishmaniose apresenta diversas formas clínicas, que podem
variar desde lesões cutâneas até formas viscerais graves, que podem levar à
morte se não tratadas adequadamente (PEDROSA, 2004).

O controle da leishmaniose é um desafio complexo, que envolve


diversas estratégias de prevenção e tratamento. Uma das principais medidas
de prevenção é o controle do vetor, que inclui a utilização de inseticidas e
medidas de controle ambiental, como a eliminação de criadouros dos
mosquitos. No entanto, o controle do vetor tem sido difícil, devido à sua ampla
distribuição geográfica e preferências por diferentes ambientes (MARZOCHI,
2009).

O diagnóstico da leishmaniose também é um desafio, pois os sintomas


podem ser semelhantes a outras doenças, como a malária e a dengue. Além
disso, muitas vezes o diagnóstico depende de exames laboratoriais
específicos, que nem sempre estão disponíveis em áreas remotas. No entanto,
a detecção precoce da doença é essencial para o início do tratamento
adequado e a redução dos riscos de complicações(OLIVEIRA, 2014).

O tratamento da leishmaniose é realizado com medicamentos


específicos, que devem ser administrados por um período prolongado de
tempo. No entanto, alguns casos têm apresentado resistência aos
medicamentos, o que torna mais difícil a cura da doença. Além disso, a falta de
adesão ao tratamento e a baixa qualidade dos serviços de saúde em algumas
regiões também são fatores que dificultam o controle da doença (BRASIL,
2016).

Outro desafio importante no controle da leishmaniose é a falta de vacina


disponível para prevenção da doença em humanos. Embora existam algumas
vacinas em fase de pesquisa e desenvolvimento, ainda não há uma vacina
amplamente disponível. A disponibilidade de uma vacina eficaz poderia ser
uma ferramenta valiosa no controle da doença (NEVES, 2016).
As condições socioeconômicas também têm um papel importante na
disseminação da leishmaniose. A doença é mais comum em áreas de baixa
renda, onde há falta de saneamento básico, moradias precárias e falta de
acesso a serviços de saúde. Essas condições socioeconômicas podem
dificultar a prevenção e o controle da doença (BRASIL, 2016).

Para enfrentar esses desafios, é importante adotar uma abordagem


multidisciplinar que envolva diversas áreas do conhecimento, como a medicina,
a biologia, a ecologia, a epidemiologia e a saúde pública. Isso inclui ações de
prevenção, como a utilização de repelentes, o controle do vetor, o saneamento
básico e a educação em saúde, bem como a pesquisa e o desenvolvimento de
novas ferramentas diagnósticas e terapêuticas (BRASIL, 2016).
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A leishmaniose é uma doença negligenciada que afeta principalmente


comunidades vulneráveis em áreas tropicais e subtropicais, apresentando um
grande desafio para a saúde pública. Embora existam esforços para o seu
controle, é necessário continuar investindo em pesquisas e desenvolvimento de
novas ferramentas diagnósticas e terapêuticas para melhorar o manejo da
doença.

Além disso, a conscientização e educação da população sobre medidas


preventivas e o tratamento adequado são fundamentais para reduzir a sua
incidência e impacto. É preciso uma ação integrada e colaborativa entre
governos, organizações internacionais, profissionais de saúde e comunidades
afetadas para combater efetivamente a leishmaniose e garantir um futuro mais
saudável para todos.

Em conclusão, a leishmaniose é uma doença complexa que apresenta


diversos desafios no seu controle, incluindo o diagnóstico preciso, o tratamento
efetivo e o controle do vetor. A falta de uma vacina eficaz e as condições
socioeconômicas precárias também contribuem para a disseminação da
doença.

É necessário um esforço conjunto das autoridades de saúde,


pesquisadores e comunidades locais para enfrentar esses desafios e
implementar medidas eficazes de prevenção, tratamento e controle do vetor. A
conscientização pública, o financiamento adequado e a colaboração
internacional são essenciais para o sucesso dessas ações.
REFERÊNCIAS

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