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ÍNDICE

AGRADECIMENTO I

RESUMO II

1. INTRODUÇÃO 3

1.1 OBJECTIVOS 4

1.1.1 OBJECTIVO GERAL 4

1.1.2 OBJECTIVO ESPECÍFICO 4

1.2 JUSTIFICATIVA5

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 6-7

2.1 Sinais e sintomas da tripanossomíase 7-8

2.2 Diagnóstico da tripanossomíase 8-9

2.3 Tratamento da tripanossomíase 9-11

2.4 Prevenção da tripanossomíase 12

3. CONCLUSÃO 13

4. ANEXO 14

5. REFERÊNCIA BIBILIOGRÁFICA 15
AGRADECIMENTO

Agradecemos primeiramente a Deus pela Vida, e pela oportunidade de nos fazermos


presente para apresentarmos o nosso trabalho, agradeço aos nossos pais, pelo apoio
moral e financeiros que muito contribuem para nossa formação académica, a nossa
professor pelo ensinamentos dados que muito contribui para o nosso desenvolvimento
intelectual e a nosso Colégio, por nos proporcionar um ensino de qualidade e
eficiência.

I
RESUMO
Doença infecciosa grave, causada por protozoários do gênero Trypanosoma. Duas
formas principais: Africana (transmitida por moscas tsé-tsé): Doença do Sono
(Trypanosoma brucei gambiense) - progride em duas fases, podendo levar a coma.
Doença do Sono Cardiogênica (T. b. rhodesiense) - progride rápido, fatal em semanas
ou meses. Americana (transmitida por barbeiros): Doença de Chagas (T. cruzi) -
sintomas iniciais leves, tardios graves como insuficiência cardíaca.

Impacto significativo: Negligenciada, afecta pessoas de áreas rurais e pobres. Causa


de morbidade e mortalidade, especialmente na África subsaariana. Económico: perda
de produtividade, afastamento do trabalho, aumento de custos de saúde. Social:
inequidade de acesso a cuidados de saúde.

Desafios: Vetores difíceis de controlar. Falta de saneamento básico. Tratamento caro e


difícil de acessar. Necessidade de novos tratamentos e vacinas. Acções necessárias:
Investir em pesquisas e programas de controle. Aumentar a conscientização. Apoiar o
desenvolvimento de tratamentos e vacinas acessíveis. Garantir acesso a cuidados de
saúde de qualidade. Objectivo final: Reduzir o impacto da tripanossomíase na saúde
pública e melhorar a vida das pessoas afectadas.

Palavras-chave: tripanossomíase, doença do sono, doença de Chagas, saúde pública,


África subsaariana, pobreza, negligenciada.

II
1. INTRODUÇÃO

A tripanossomíase é uma infecção parasitária causada por protozoários do género


Trypanosoma. A tripanossomíase humana africana é uma infecção causada por
protozoários do gênero Trypanosoma brucei, transmitida pela picada da mosca tsé-tsé.
Sintomas incluem lesões de pele características, febre intermitente, cefaleia, calafrios,
edema transitório, linfadenopatia generalizada e meningoencefalite frequentemente
fatal. O diagnóstico é feito pela identificação do microrganismo no sangue, em aspirado
de linfonodo, ou no líquido cefalorraquidiano ou, algumas vezes, em testes sorológicos.
O tratamento é feito com fexinidazol, suramina, pentamidina, melarsoprol ou eflornitina,
dependendo da subespécie infectante, da fase clínica e da disponibilidade do fármaco.

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1.1 OBJECTIVOS

1.1.1 OBJECTIVO GERAL

Reduzir o impacto da doença na saúde pública isso pode ser alcançado por meio de
uma combinação de medidas.

1.1.2 OBJECTIVO ESPECÍFICO

 Investir em pesquisas para o desenvolvimento de novos tratamentos e vacinas;


 Promover a conscientização sobre a tripanossomíase;
 Implementar medidas de controle de vetores;

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1.2 JUSTIFICATIVA
A tripanossomíase é uma doença negligenciada que afeta principalmente pessoas que
vivem em áreas rurais e pobres. A doença é transmitida por vetores que são difíceis de
controlar. A falta de saneamento básico também contribui para a transmissão da
doença. A doença é uma importante causa de morbidade e mortalidade, especialmente
na África subsaariana. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que existam
cerca de 70 milhões de pessoas infectadas com tripanossomíase africana e 6 milhões
de pessoas infectadas com doença de Chagas.

A tripanossomíase é uma doença tratável, mas o tratamento pode ser caro e difícil de
acessar. Nos casos de tripanossomíase africana, o tratamento precoce é essencial
para aumentar as chances de cura.

Existem esforços para desenvolver novos tratamentos e vacinas para a


tripanossomíase. No entanto, esses esforços são lentos e caros. É importante
aumentar a conscientização sobre a tripanossomíase e apoiar os esforços para
desenvolver novos tratamentos e vacinas.

Impacto na saúde pública: A tripanossomíase é uma doença grave que pode causar
morte. Ela é uma importante causa de morbidade e mortalidade, especialmente na
África subsaariana. Efeito econômico: A tripanossomíase tem um impacto significativo
na economia. Ela pode levar à perda de produtividade, ao afastamento do trabalho e ao
aumento dos custos de saúde.

Justiça social: A tripanossomíase é uma doença que afeta principalmente pessoas que
vivem em áreas rurais e pobres. É importante investir em pesquisas e programas de
controle da doença para garantir que todos tenham acesso a cuidados de saúde de
qualidade. Ao trabalhar juntos, podemos reduzir o impacto da tripanossomíase na
saúde pública e melhorar a vida das pessoas que vivem com a doença.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Tripanossomíase é uma doença infecciosa causada por protozoários do gênero


Trypanosoma. Existem duas formas principais de tripanossomíase: a tripanossomíase
africana e a tripanossomíase americana.

A tripanossomíase africana é uma doença grave que pode ser fatal se não tratada. É
transmitida por moscas tsé-tsé, que são insetos hematófagos que se alimentam do
sangue de mamíferos. Os dois tipos de tripanossomíase africana são:

Doença do sono (Trypanosoma brucei gambiense): é a forma mais comum da


tripanossomíase africana. A doença progride em duas fases: uma fase aguda, que dura
de alguns meses a um ano, e uma fase crónica, que pode durar anos. Os sintomas da
fase aguda incluem febre, dores de cabeça, dores musculares, fadiga e inchaço dos
gânglios linfáticos. Os sintomas da fase crônica incluem sonolência, confusão mental,
perda de memória, paralisia e coma.

Doença do sono cardiogênica (Trypanosoma brucei rhodesiense): é uma forma mais


rara da tripanossomíase africana. A doença progride mais rapidamente do que a
doença do sono gambiense e pode levar à morte em semanas ou meses. Os sintomas
são semelhantes aos da doença do sono gambiense, mas são mais graves.

A tripanossomíase é uma doença complexa que envolve uma interação entre o


protozoário, o hospedeiro e o meio ambiente. Os protozoários da tripanossomíase são
organismos unicelulares que vivem no sangue do hospedeiro. Eles se multiplicam no
sangue e podem causar danos aos tecidos e órgãos.

O hospedeiro humano desempenha um papel importante na transmissão da


tripanossomíase. Os protozoários são transmitidos para outros hospedeiros quando as
moscas tsé-tsé ou os barbeiros se alimentam do sangue de um hospedeiro infectado.

O meio ambiente também desempenha um papel na transmissão da tripanossomíase.


As moscas tsé-tsé e os barbeiros vivem em áreas rurais e florestais. A transmissão da
doença é mais comum em áreas onde a população vive em condições precárias e onde
há falta de saneamento básico.

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2.1 Sinais e sintomas da tripanossomíase

A tripanossomíase africana tem 3 estágios:

 Cutânea
 Hemolinfática
 Sistema nervoso central

 Cutânea
Uma pápula pode se desenvolver no local da picada da mosca tsé-tsé em alguns dias
a 2 semanas. Transforma-se em um nódulo indurado, doloroso e vermelho que pode
ulcerar (cancro tripanossômico).

 Hemolinfática

Febre intermitente, dores de cabeça, dor nas articulações e nervos e edemas faciais
transitórios ocorrem durante vários meses na infecção por T. b. gambiense, mas em
um período de semanas na infecção por T. b. rhodesiense. Um exantema
eritematoso, circinado e evanescente pode se desenvolver. É mais facilmente visível
em pacientes de pele clara. Linfadenopatia generalizada ocorre com frequência.
O sinal de Winterbottom (linfonodos aumentados no triângulo cervical posterior) é
característico da doença do sono por T. b. gambiense.

 Doença do sistema nervoso central

Na forma gambiense, o envolvimento do sistema nervoso central ocorre meses a


vários anos após o início da doença aguda. Na forma rodesiana, a doença é mais
fulminante e a invasão do sistema nervoso central muitas vezes ocorre dentro de
algumas semanas a vários meses.

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O envolvimento do SNC pode resultar em cefaleia persistente, incapacidade de se
concentrar, alteração de personalidade (p. ex., cansaço progressivo e indiferença),
sonolência diurna, tremores, ataxia e coma terminal.

Sem tratamento, a morte ocorre após meses do início de doença no caso do T. b.


rhodesiense e durante o 2º ou o 3º ano da doença, no caso do T. b. gambiense.
Pacientes sem tratamento morrem em coma por desnutrição ou infecções
secundárias.

2.2 Diagnóstico da tripanossomíase

Microscopia óptica de amostras de sangue (esfregaços finos ou grossos) ou de outras


secreções. Realiza-se o diagnóstico da tripanossomíase africana pela identificação de
tripanossomas no líquido de um tumor, aspirado de linfonodo, sangue, aspirado da
medula óssea ou, durante o estágio tardio da infecção, no líquido cefalorraquidiano. As
fontes preferidas para T. b. rhodesiense são os esfregaços de sangue e aspirado de
linfonodo aumentado para T. b. gambiense. As diluições devem ser analisadas para
tripanossomos móveis e as manchas devem ser fixadas, coradas com coloração de
Giemsa (ou de Field) e analisadas. A concentração de tripanossomas no sangue
geralmente é baixa, e as técnicas de concentração (p. ex., centrifugação, centrifugação
em miniatura com troca de ânions, técnica quantitativa do creme leucocitário)
melhoram a sensibilidade.

As amostras de detecção de anticorpos não têm utilidade clínica porque a


seroconversão ocorre após o início dos sintomas. Contudo, um teste de cartão de
aglutinação para T. b. gambiense é útil em programas de triagem para identificar
candidatos à análise microscópica.

Deve-se fazer a punção lombar em todos os pacientes com tripanossomíase africana.


Quando há contaminação liquórica, a pressão de abertura pode aumentar, os níveis de
líquido cefalorraquidiano estão elevados nos linfócitos (≥ 6 células/mcL), proteína total
e IgM inespecífica. Além de tripanossomos, células de Mott características (plasmócitos

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com vacúolos citoplasmáticos que contêm imunoglobina [corpos de Russell) podem
estar presentes.

Outros resultados não específicos de laboratório incluem anemia, monocitose e,


notadamente, níveis elevados de IgM policlonal no soro.

2.3 Tratamento da tripanossomíase

O tratamento da tripanossomíase é feito com medicamentos antiprotozoários. O


tratamento da doença de Chagas também é feito com medicamentos antiprotozoários,
mas o tratamento é mais complexo e pode durar vários meses ou anos.

O tratamento da tripanossomíase africana é orientado de acordo com a espécie e


estágio da doença.

 Sem envolvimento do SNC, fexinidazol ou, alternativamente, pentamidina


contra T. b. gambiense; suramina contra T. b. rhodesiense
 Com envolvimento do SNC, fexinidazol para T. b. gambiense não grave;
eflornitina (se disponível) isoladamente ou em combinação com nifurtimox ou
melarsoprol (se eflornitina não estiver disponível), para T. b. gambiense grave;
melarsoprol para T. b. rhodesiense
O fexinidazol é o tratamento de primeira escolha contra o T. b. gambiense não grave,
com ou sem envolvimento do SNC. (See the World Health Organization.) Administra-
se fexinidazol por via oral uma vez ao dia durante 10 dias nas doses a seguir:
 Para pacientes ≥ 35 kg: 1.800 mg/dia na fase de ataque (4 dias), seguido por
1.200 mg/dia na fase de manutenção (6 dias)
 Para pacientes com 20 a 34 kg: 1.200 mg/dia na fase de ataque (4 dias),
seguido de 600 mg/dia na fase de manutenção (6 dias)

Os critérios para tratamento ambulatorial com fexinidazol são adesão confiável à


dosagem, ausência de transtornos psiquiátricos e peso corporal ≥ 35 kg.

Os critérios para o tratamento em regime de internação são qualquer uma das


seguintes características:

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 Peso corporal < 35 kg
 Em risco de má adesão
 História de transtornos psiquiátricos (monitorar se há reações
neuropsiquiátricas)

Deve-se avaliar os pacientes com sinais e sintomas de doença grave com punção
lombar e exame do líquido cefalorraquidiano (LCR). Pacientes com doença grave
(contagem de leucócitos ≥ 100 células/microL no LCR), em que a punção lombar não
é viável ou que não podem ser tratados com fexinidazol, devem ser tratados como
descrito abaixo.

Sem envolvimento do sistema nervoso central (SNC)


O fexinidazol é o tratamento de primeira escolha para o T. T. b. gambiense não grave
sem envolvimento do SNC.

Pentamidine e Suramina são eficazes contra as fases de circulação sanguínea de T.


brucei spp., mas não cruzam a barreira hematencefálica e não são úteis para infecção
do sistema nervoso central. Utiliza-se pentamidina para o T. b. gambiense em
pacientes não tratados com fexinidazol.

Suramina é o único fármaco eficaz para o estágio hemolinfático de T. b.


rhodesiense. Suramina não é utilizada para tratar T. b. gambiense porque, embora
potencialmente eficaz, foi associada a efeitos adversos incluindo náuseas, vômito,
fotofobia, hiperestesia, neuropatia periférica, nefrotoxicidade, urticária e prurido.

Além disso, graves reações de hipersensibilidade podem ocorrer em pacientes co-


infectados por Onchocerca volvulus, que é endêmico em muitas áreas da África
Ocidental onde o T. b. gambiense ocorre. A dosagem de isetionato de pentamidina é
de 4 mg/kg, por via intramuscular (IM) ou por via intravenosa (IV), uma vez ao dia,
durante 7 a 10 dias.
Uma dose inicial de teste da suramina (disponível no Centers for Disease Control and
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Prevention [CDC]) 100 mg, IV (para excluir hipersensibilidade), é seguida de 20
mg/kg (até 1 g), IV nos dias 1, 3, 7, 14 e 21.
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2.4 Prevenção da tripanossomíase

A prevenção da tripanossomíase é feita por meio de medidas de controle de vetores,


como o uso de mosquiteiros e a aplicação de inseticidas. A prevenção da doença de
Chagas é feita por meio de medidas de higiene pessoal, como lavar as mãos com água
e sabão após usar o banheiro ou manipular alimentos.

A prevenção da tripanossomíase é evitar áreas endêmicas e proteger-se contra


moscas tsé-tsé. Pessoas que visitam reservas de vida selvagem devem usar roupas de
manga longa e calças que também cubram os punhos e calcanhares (moscas tsé-tsé
picam através de roupas finas) com cores neutras que se misturam com o fundo e
devem aplicar repelentes de insecto, embora a eficácia desses repelentes possa ser
limitada.

A pentamidina confere alguma protecção contra o T. b. gambiense, mas pode danificar


as células beta das ilhotas pancreáticas, resultando em liberação de insulina e
hipoglicemia, evoluindo para o diabetes; portanto, não mais é utilizada para profilaxia.

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3. CONCLUSÃO

Podemos conclui que a tripanossomíase é uma doença grave que pode ser fatal. No
entanto, existem tratamentos disponíveis que podem curar a doença se forem iniciados
precocemente. A doença é transmitida por vetores que são difíceis de controlar. A falta
de saneamento básico também contribui para a transmissão da doença. Existem
esforços para desenvolver novos tratamentos e vacinas para a tripanossomíase. No
entanto, esses esforços são lentos e caros. É importante aumentar a conscientização
sobre a tripanossomíase e apoiar os esforços para desenvolver novos tratamentos e
vacinas.

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4. ANEXO

14
5. REFERÊNCIA BIBILIOGRÁFICA
Maya JD, Cassels BK, Iturriaga-Vásquez P; et al. (2007). «Mode of action of natural and
synthetic drugs against Trypanosoma cruzi and their interaction with the mammalian
host». Comp. Biochem. Physiol., Part a Mol. Integr. Physiol. 146 (4): 601–
20. PMID 16626984. doi:10.1016/j.cbpa.2006.03.004

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