Você está na página 1de 13

AULA 2 E 3

DISCIPLINA DE SAUDE DA COMUNIDADE-SACO


1. Principais Problemas de Saúde em Moçambique
2. PRINCIPAIS PROGRAMAS DO SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE
Intervenções dos Principais Programas do Sistema Nacional de Saúde (SNS)

OBJECTIVOS
Listar as doenças mais comuns/importantes em Moçambique e para
cada uma:
a. Identificar populações de maior risco;
b. Meios de transmissão;
c. Distribuição geográfica;
d. Razão para sua importância;
e. Medidas de prevenção ao nível comunitário e ao nível individual
1
PRINCIPAIS DOENÇAS EM MOÇAMBIQUE
Em Moçambique, as doenças infecciosas continuam sendo a maior causa de
morbilidade e mortalidade. Dentre elas, a malária, a SIDA, a tuberculose, doenças
respiratórias agudas e diarreias são as mais frequentes e que causam maior número
de mortes
Definições
Doenças transmissíveis (ou infecciosas)
São aquelas causadas pela transmissão de um agente infeccioso específico
(bactérias, vírus, fungos, parasitas) para um hospedeiro susceptível (o ser humano).
São exemplos: a malária, a SIDA, a tuberculose, o sarampo, a poliomielite, entre
outras
Doenças não transmissíveis
São aquelas que não apresentam um agente infeccioso (doença não infecciosa) e é,
geralmente, caracterizado pelo seu longo curso clínico. São também chamadas de
doenças crónicas não transmissíveis. Exemplo: hipertensão arterial, asma, diabete
mellitus.

Principais Doenças em Moçambique


Em Moçambique há um predomínio de doenças infecciosas em relação as doenças
não infecciosas, apesar de nos próximos anos poder-se assistir a uma transição
epidemiológica.
A tabela abaixo apresenta a lista de doenças infecciosas e não infecciosas mais
importantes em Moçambique
DOENÇAS INFECCIOSAS (TRANSMISSÍVEIS) E NÃO INFECCIOSAS
Tipo de Doenças Doenças
1. Malária
2. Diarreias (parasitoses, cólera, disenteria)
3. Infecções Respiratórias Aguas (Pneumonias, Broncopneumonias)
4. Tuberculose
5. Infecções de Transmissão Sexual (HIV/SIDA, Sífilis, Gonorreia, entre outras)
6. Meninigite Meningocóccica
7. Sarampo
Doenças Infecciosas (Transmissíveis)
8. Poliomielite
9. Hepatite infecciosa
10. Tétano
11. Raiva
12. Lepra
13. Filaríase linfática (elefantíase)
14. Schistossomíase (bilharziose)
1. Hipertensão Arterial
2. Acidente Vascular Cerebral
Doenças Não Infecciosas (não 3. Diabetes Mellitus
Transmissíveis) 4. Asma
5. Desnutrição
6. Doenças tumorais (carcinoma do colo do útero, carcinoma da mama, entre outros)
ESTUDO DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NAS SEGUINTES VERTENTES:
 populações de maior risco,
 meios de transmissão,
 distribuição geográfica,
 razão para sua importância e medidas de prevenção

Malária
é uma doença causada por um parasita chamado plasmódio que causa febre e
outras alterações no ser humano.

Populações de maior risco


Qualquer pessoa está em risco de contrair malária, sendo que as populações de
maior risco são as mulheres grávidas, crianças (principalmente com idade inferior a
cinco anos) e pessoas infectados pelo vírus do HIV
Meios de transmissão
Picada de mosquito fêmeas do género anófeles. Durante essa picada o parasita
entra no corpo do ser humano e causa doença. O Plasmodium falciparum é o
parasita mais frequente, sendo responsável por mais de 90% de todas infecções.
Outros espécies de plasmódio envolvidas na transmissão da malária são:
Plasmodium malariae, Plasmodium ovale e Plasmodium vivax
Distribuição geográfica
A malária é endémica em todo o país, variando de zonas hiper-endémicas (zonas
em que há muitos casos de malária e que ocorrem frequentemente novas
infecções) ao longo do litoral, zonas mesoendémicas (zonas onde os casos novos
não são altos nem baixos, mas intermédios) nas terras planas do interior e de
algumas zonas hipo-endémicas (zonas em que há poucos casos novos) nas terras
altas do interior.
Razão para sua importância: com base nos dados dos últimos cinco anos do sistema de vigilância
epidemiológica (Boletim Epidemiológico Semanal, BES), a malária conta com uma média de 5,8
milhões de casos diagnosticados clinicamente por ano, sendo a principal razão de consulta externa
(44%) e de internamento no serviço de pediatria (57%) e com alta taxa de letalidade (variação de
1.8% a 9.9%, dependendo do nível da unidade sanitária). Constitui um peso socioeconómico
enorme nas comunidades e no país em geral, particularmente para a população mais pobre e
vulnerável

Medidas de prevenção ao nível comunitário e ao nível individual


 Educação sanitária: saneamento do meio, eliminando os potenciais habitats (criadouros de
mosquito) – eliminação de charcos, água estagnada, entre outras
 Uso de repelentes
 Controlo vectorial:
 Uso de redes mosquiteiras impregnadas com insecticida de longa duração (REMILD ou
REMITIL)
 Pulverizações intra-domiciliárias
 Tratamento preventivo intermitente (TIP) na mulher grávida – uso de medicamento para
prevenir a malária e seus efeitos na mulher grávida.
 Diagnóstico precoce e tratamento efectivo de casos de malária tanto no serviço nacional de
saúde quanto na comunidade
TRABALHOS EM GRUPO
DOENÇAS INFECCIOSAS (TRANSMISSÍVEIS)

SIDA (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida) e Tuberculose GRUPO 1 DOENÇAS NÃO INFECCIOSAS (NÃO TRANSMISSÍVEIS)
 Definição Asma GRUPO 4
 Populações de maior risco
 Meios de transmissão  Definição
 Distribuição geográfica  Populações de maior risco
 Razão para sua importância  Factor de risco
 Medidas de prevenção ao nível comunitário e ao nível individual  Distribuição geográfica
Cólera e disenteria GRUPO 2  Razão para sua importância
 Medidas de prevenção ao nível comunitário e ao nível
 Definição
 Populações de maior risco individual
 Meios de transmissão HTA (Hipertensão Arterial – Tensão Alta) e Diabetes 5
 Distribuição geográfica
 Razão para sua importância  Definição
 Medidas de prevenção ao nível comunitário e ao nível individual  Populações de maior risco
 Factor de risco
Infecções Respiratórias Agudas (IRA) e Meningite meningocócica GRUPO 3
 Distribuição geográfica
 Definição  Razão para sua importância
 Populações de maior risco

 Medidas de prevenção ao nível comunitário e ao nível
Meios de transmissão
 Distribuição geográfica individual
 Razão para sua importância
 Medidas de prevenção ao nível comunitário e ao nível individual
PRINCIPAIS PROGRAMAS DO SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE

Intervenções dos Principais Programas do Sistema Nacional de Saúde (SNS)

Saúde mental
Malária
HIV/SIDA
Tuberculose
Saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes e jovens (SSRAJ)
Saúde Escolar e Cuidados de Saúde do Jovem e Adolescente
Plano Estratégico de Saúde Neonatal e Infantil (PESNI)
Estratégia compreensiva do programa alargado de vacinação
Lepra
Nutrição
PRINCIPAIS PROGRAMAS DO SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE

 O objectivo do programa de cuidados de saúde mental é desenvolver e


intensificar as actividades de Saúde Mental e de assistência psiquiátrica no
SNS
 O objectivo do programa de malária é reduzir a morbi e mortalidade devido a
malária na população em geral através da coordenação e apoio a intervenções
de prevenção e controlo da malária.
 O programa de controlo de HIV/SIDA e ITS envolve a redução da transmissão
sexual, redução da transmissão vertical, evitar a transmissão nas unidades
sanitárias, reduzir o impacto do HIV/SIDA sobre os trabalhadores de saúde,
aumentar a sobrevivência e qualidade de vida das pessoas HIV+.
 O programa de controlo da tuberculose visa reduzir a mortalidade, morbilidade e
transmissão da tuberculose em coordenação com o programa de HIV.
PRINCIPAIS PROGRAMAS DO SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE

O objectivo do programa de saúde sexual e reprodutiva é criar a capacidade


nacional para a abordagem multissectorial e descentralizada da saúde integral do
adolescente e jovem com ênfase na saúde reprodutiva, de modo a prestarem-se
cuidados de saúde de boa qualidade acessíveis e adequados às necessidades dos
adolescentes e jovens
 Um dos objectivos do PAV é de proteger todas as mães e suas crianças menores
de 5 anos de doenças preveníveis por vacinas e através deste feito contribuir
para a redução da morbilidade, incapacidade e mortalidade
PRINCIPAIS PROGRAMAS DO SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE

O objectivo do programa de luta contra a lepra é reduzir a ocorrência da Lepra,


para níveis que não constituam um problema de Saúde Pública, e alcançar e
manter o estado de pós-eliminação (< 1 caso em cada 10.000 habitantes) da Lepra
ao nível nacional, provincial e distrital.

Grande parte das estratégias para melhorar o estado de nutrição encontra-se


inserida nos programas de saúde materna e infantil e incluem a promoção do
aleitamento materno exclusivo até aos 6 meses, vacinação, desparasitação e
suplementação com vitaminas e minerais.
OBRIGADO

Você também pode gostar