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Seu prontuário deve conter espaço para Informações Relevantes levantadas pela
entrevista inicial. (Recomendamos a leitura do livro “Métodos de Avaliação Clínica e
Funcional”, de Silvia Maria Amado João).
A primeira parte da entrevista (anamnese) consiste em fazer perguntas ao cliente sobre
alguns aspectos de sua vida diária como:
1. Qualidade do sono;
2. Alimentação (tipo, quantidade);
3. Habitação (local, tipo);
4. Parâmetros da Atividade Física (“sedentarismo”, atleta, frequência, intensidade);
5. Informação sobre o perfil emocional (estressado, calmo, ansioso)
6. Vícios (álcool, fumo, drogas ilícitas);
7. Condições culturais e escolaridade.
A segunda parte da entrevista (anamnese) é direcionada para a situação clínica do cliente,
com perguntas direcionadas à especialidade fisioterapêutica:
1. Queixa Principal (QP);
2. HPMA (História Pregressa da Moléstia Atual);
3. HPP (História Patológica Pregressa);
4. HFP (História Fisiológica Pregressa);
5. História Familiar relacionada ao problema;
6. Medicamentos (prescrição) e Dosagem atual e pregressa (prescrito por qual
profissional e desde quando);
7. Diagnósticos e Exames complementares (identificando seus emitentes e datas);
8. Movimentos prejudicados para realizar atividades de lazer/trabalho;
9. Características da dor:
a. Início: súbito ou insidioso;
b. Local principal: Região anatômica;
c. Tipo: queimante, agulhada, latejante, cansada, irradiada;
d. Intensidade Geral da dor pela Escala Visual Analógica (EVA);
10. Sintomas associados à dor ou à disfunções sensoriais:
a. Sente calor, hiperemia, formigamento, edema, peso, cansaço, tontura, dor
de cabeça, enjoo, outros;
b. Caráter: migratório, permanente, progressivo, cíclico;
c. Período: manhã, tarde, noite, indiferente;
d. Fatores agravantes: Frio, calor, atividade física intensa, imobilização,
mobilização, outros.
e. Fatores de Alívio: Repouso, mobilização, frio, calor, gelo, bolsa quente,
banho, outros.
11. Realizou tratamento fisioterapêutico?
a. Onde e com quem?
b. Frequência?
c. Em que período?
d. Tipo de tratamento?
e. Resultado?
4º PASSO - EXAME SUBJETIVO
Seu prontuário deve utilizar um espaço separado para Exame Físico-funcional, realizado
após a entrevista (anamnese).
Inicie analisando e mensurando sinais vitais e oximetria (se for relevante):
1. Adapte o monitor de frequência cardíaca (relógio com ou sem cinta), e
eventualmente o oxímetro e verifique os valores em repouso deitado, sentado e
de pé;
2. Mensure a frequência respiratória (inspiração e expiração) em cada posição,
juntamente à análise da frequência cardíaca;
3. Mensure a PA (Pressão Arterial) também em cada posição da frequência cardíaca;
4. Mensure a TCC (Temperatura Corporal Central) e a TCP (Temperatura Corporal
Periférica).
Devem ser registrados/mensurados dados antropométricos:
1. Massa Corporal Total;
2. Estatura;
3. Envergadura;
4. Perímetro da Cervical;
5. Menor Perímetro Toracoabdominal;
6. Perímetro Abdominal;
7. Perímetro de Quadril/Glúteo;
Determine o DP (Duplo Produto).
Se houver relevância determine o percentual de gordura, utilizando protocolo ou
equipamento adequado e verifique o tipo físico.
Deve ser analisada a função Mobilidade Articular Ativa dos complexos articulares
envolvidos, quantificando, qualificando e codificando a incapacidade físico-funcional
presente, de acordo com Resolução COFFITO 370/2009, que se refere a CIF – Classificação
Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. Você deve solicitar ao cliente que
permaneça alguns segundos na amplitude máxima alcançada e pergunte qual o grau de
dor que o mesmo sente nesta posição, de acordo com a EVA. Se o grau de dor for
determinante de grau superior à incapacidade de a mobilidade articular ativa, este grau
será o determinante da incapacidade do movimento analisado.
Caso seja relevante a análise da mobilidade articular do sistema respiratório
(ventilatório), deve identificar o padrão respiratório predominante (costal ou
diafragmático), registrando a presença de postura patológica característica e registrar o
padrão auscultatório.
Deve identificar fotograficamente os padrões de movimento que apresentem
incapacidades com percentuais moderados e graves pela CIF, inserindo em espaços
específicos na folha de Exame Físico-funcional.
Caso seja relevante proceda a análise da função Mobilidade Articular Passiva dos
complexos articulares envolvidos.
Caso seja relevante proceda a análise da função dos Reflexos Motores dos segmentos
corporais comprometidos.
Caso o quadro álgico (dor) não se caracterizar como fator comprometedor ao movimento,
você deve analisar a função Força Muscular dos grupamentos musculares dos complexos
articulares envolvidos.
Caso a função respiratória/ventilatória esteja comprometida, e haja relevância, deve
mensurar a Força Muscular Inspiratória e Expiratória (Manovacuometria), mensurar
volumes e capacidades (espirometria) e PFE (Pico de Fluxo Expiratório).
Independentemente do método utilizado para aferição dos parâmetros físico-funcionais,
estes devem ser quantificados, qualificados e codificados por equiparação à CIF. Desta
forma é fundamental o conhecimento dos padrões de normalidade referenciados à
função analisada.
CONSIDERAÇÕES