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TUTORIA 4- CLIMATÉRIO Pós-menopausa = anos que se seguem a esse ponto

FMP = último período menstrual; média de idade das


Saúde da mulher mulheres é 51,5 anos; No Brasil a média é 46,5
Insuficiência ovariana prematura = cessação da
OBJETIVOS menstruação antes de 40 anos, associada a níveis
1-Compreender o funcionamento do eixo elevados do FSH
neuroendócrino durante o climatério
Perimenopausa ou Climatério = termos antigos que se
referem ao período de tempo relativo ao final do
2-Compreender os sinais e sintomas do climatério
período reprodutivo, final dos 40 e inicio dos 60 anos.
3-Entender quais são as ações de promoção à saúde na Esse período se inicia com irregularidade no ciclo
menstrual e se estende até um ano após a cessação
mulher no climatério permanente da menstruação
A terminologia mais correta para esse período é
REFERÊNCIAS TRANSIÇÃO MENOPÁUSICA
FEBRASGO. Coleção Febrasgo - Climatério e Essa transição ocorre ao longo de um período que varia
entre 4 e 7 anos, com média da idade para o início do
Menopausa. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2019.
processo de 47 anos
9788595154810. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/97885 Stages of Reproductive Aging Workshop (STRAW)-
95154810/. Acesso em: 12 fev. 2022. 2001
Primeiras diretrizes para classificação padronizada
SILVA, Carlos Henrique M.; VALADARES, Ana do envelhecimento reprodutivo feminino
Lúcia R.; RODRIGUES, Márcio Alexandre H. Manual Definiu os estágios e a nomenclatura do
SOGIMIG – Climatério. Rio de Janeiro: MedBook envelhecimento reprodutivo normal da mulher
Editora, 2018. 9786557830109. Disponível em: Não é necessário que todos os estágios ocorram, é
possível que não respeitem a sequência exata descrita
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/97865
Concluiu que como termos perimenopausa e
57830109/. Acesso em: 12 fev. 2022. climatério não são usados de forma consistente, sua
aplicação deve se restringir à comunicação com
Hoffman, BL et al. Ginecologia de Williams. 2 ed.
pacientes e imprensa leiga, transição menopáusica é o
Artmed. 2014. termo preferido para trabalhos científicos
Freitas, F, Menke, CH, Rivoire, WA, Passos, EP. Fundamento do sistema de estágios é o período
Rotinas em Ginecologia. 6 ed. Artmed. 2011 menstrual final (FMP)  Marco 0
 Variações na faixa etária e tempo de duração de
Eixo neuroendócrino no climatério cada estágio
A transição menopáusica é uma progressão  Cinco estágios precedem (-5,-4,-3,-2,-1) e dois
estágios são posteriores (+1,+2) ao FMP
endocrinológico gradual

Mulheres em idade reprodutiva de menstruações


regulares, cíclicas e previsíveis (ciclos ovulatórios) 
Fim dos períodos menstruais associado à senescência
ovariana

Grande parte das mulheres pode esperar viver pelo


menos um terço da vida após a menopausa
 Aumento da expectativa média de vida
 No Brasil, de acordo com os últimos dados WILLIAMS,PG573
publicados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), em 2015, a ESTÁGIO -5  início do período reprodutivo
expectativa de vida ao nascer para as ESTÁGIO -4  pico reprodutivo
mulheres é de 79,1 anos, determinando ESTÁGIO -3  final do período reprodutivo
aproximadamente metade da vida no período ESTÁGIO -2  Início da transição menopáusica
peri e pós-menopáusico, além do aumento ESTÁGIO -1  final da transição
exponencial do número absoluto de mulheres ESTÁGIO +1a  primeiro ano após FMP
nessa fase ESTÁGIO +1b  segundo ao quinto ano após a
Menopausa = ponto no tempo um ano após a cessação menopausa
da menstruação ESTÁGIO +2  anos pós-menopáusicos posteriores
Início da transição menopáusica (estágio -2)
Ciclos menstruais permanecem regulares, mas o
intervalo entre ciclos pode ser alterado em 7 dias ou
mais
Em geral os ciclos se tornam mais curtos
Níveis de FSH elevados
Níveis de estrogênio sérico podem aumentar no início
da fase folicular
Ciclos ovulatórios normais podem ser intercalados com
ciclos anovulatórios

Final da transição menopáusica (estágio -1)


Caracterizado por duas ou mais falhas na menstruação e
pelo menos um intervalo intermenstrual de 60 dias
ou mais em razão de períodos cada vez mais longos de
anovulação

STRAW +10
Proposto em 2001 e revisado e validade em 2011

ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS
Alterações no eixo HHO

Início da transição
Níveis de FSH se elevam discretamente e levam a
aumento da resposta folicular ovariana
Aumento da resposta produz elevação global dos níveis
de estrogênio

Elevação níveis FSH  Aumento resposta folicular


ovariana  Elevação global níveis de estrogênio
FONTE: ROTINAS EM GINECOLOGIA
O aumento de FSH é atribuído à redução da secreção
Fatores influenciadores ovariana de inibina, e não à redução na produção de
Influências ambientais, genéticas e cirúrgicas podem estradiol
acelerar o envelhecimento ovariano
TABAGISMO: antecipa a idade da menopausa em Redução secreção ovariana inibina  Aumento FSH
aproximadamente 2 anos  Aumento resposta folicular ovariana  Aumento
Quimioterapia, radioterapia pélvica, cirurgias ovarianas global níveis de estrogênio
e histerectomia  podem resultar em antecipação da INIBINA: peptídeo hormonal; produzida nas células da
menopausa granulosa, exerce importante influência no feedback
negativo sobre a secreção de FSH pela adeno-hipófise
Durante a TRANSIÇÃO MENOPÁUSICA oscilações  Redução na sua concentração leva a aumento
mais irregulares nos hormônios reprodutivos femininos do FSH
podem levar a um conjunto de sintomas físicos e
fisiológicos. ESTRADIOL: nas mulheres perimenopáusicas,
produção de estradiol oscila com flutuações no nível de
FSH e pode alcançar concentrações maiores do que em
mulheres com menos de 35 anos
Níveis de estradiol se reduzem significativamente na
fase tardia da transição menopáusica
PROGESTERONA: mais baixos do que nas mulheres mantém até o momento em que o ovário menopáusico é
na meia idade reprodutiva praticamente destituído de folículos
Ovário menopáusico tem volume menor e mostra
TESTOSTERONA: níveis não variam abundância de folículos atrésicos e de corpos albinas
significativamente durante transição persistentes.

Final da transição menopáusica (estágio -1)


Mulher apresenta redução da foliculogênese e maior
incidência de ciclos anovulatórios, comparando com
mulheres no meio da idade reprodutiva
Folículos ovariano sofrem uma taxa acelerada de
perda até que ocorre exaustão no suprimento de
folículos
Alterações + aumento FSH  refletem redução na
qualidade e capacidade de secreção de inibina por
folículos em fase de envelhecimento

HORMÔNIO ANTIMULLERIANO (AMH): é uma ALTERAÇÕES NOS ESTERÓIDES


glicoproteína decretada pelas células da granulosa dos
folículos secundários e pré-antrais SUPRARRENAIS
Concentração circulante do hormônio se mantem
estável ao longo do ciclo menstrual em idade Hormônios suprarrenais são reduzidos com o
reprodutiva e correlaciona-se com número de envelhecimento
folículos antrais precoces marcador no número de  Ovários contribuem para produção dos
folículos ovarianos em crescimento hormônios durante os anos reprodutivos,
 Pode ser usado como marcador de reserva porém, após menopausa somente suprarrenal
ovariana mantém síntese hormonal.
 Níveis caem acentuada e progressivamente ao O sulfato de desidroepiandrosterona (SDHEA) é
longo da transição menopáusica. produzido quase exclusivamente pela suprarrenal.
 Níveis indetectáveis pós-menopausa  Com avanço da idade observa declínio da
produção suprarrenal de SDHEA
Insuficiência ovariana na menopausa (estágio +1b)  Ponto máximo de 20 a 30 anos , seguido por
A liberação de hormônio esteroide ovariano cessa, queda constante
abrindo alça de feedback negativo  Envelhecimento, independente do estado
GnRH é liberado com frequência e amplitude menopáusico, foi fator determinante para queda
máximas do SDHEA
Níveis circulantes de FSH e LH aumentam e se ANDROSTENEDIONA : Ponto máximo entre 20 e 30
tornam 4x maiores que na fase reprodutiva anos
 Na pós-menopausa em razão desse aumento PREGNENOLONA: diminui em 45% entre vida
acentuado no FSH essa gonadotrofina se torna reprodutiva e menopausa
um marcador sérico mais confiável
ALTERAÇÕES NO NÍVEL DE GLOBULINA
ALTERAÇÕES OVARIANAS
DE LIGAÇÃO AO HORMÔNIO SEXUAL
A senescência ovariana é um processo que se inicia
efetivamente na vida intrauterina, no interior do ovário Esteroides sexuais, estradiol e testosterona circulam no
embrionário, em razão da atresia de oócitos sangue ligados a um transportador de glicoproteína
programada. produzido no fígado, conhecido como globulina de
 Processo de atresia da coorte de folículos não ligação ao hormônio sexual  SHBG
dominantes é o principal evento que leva a Produção de SHBG declina após menopausa
perda da atividade ovariana e à menopausa  Declínio pode aumentar os níveis de estrogênio
Após o nascimento ocorre a ativação folicular, de e progesterona livres (ou não ligados)
forma contínua com padrão constante, independente de
estimulação hipofisária ALTERAÇÕES ENDOMETRIAIS
 Ativação de folículos primordiais
 Evidências de que ativação regular é acelerada Alterações microscópicas no endométrio refletem nível
na fase tardia da vida reprodutiva. sistêmico de estrogênio e progesterona
Uma depleção mais rápida dos folículos se inicia no
final da quarta e início da quinta década de vida e se
FASE INICIAL DE TRANSIÇÃO MENOPÁUSICA  anormalidades cromossomiais, cesariana, diabetes
Endométrio reflete ciclos ovulatórios que prevalecem gestacional, hipertensão arterial induzida por
nesse período gravidez e natimortalidade
Estágio final da transição  Anovulação é comum,
endométrio reflete efeito do estrogênio atuando sem ALTERAÇÕES NA TERMORREGULAÇÃO
oposição à progesterona CENTRAL
 Alterações proliferativas ou proliferativas
desordenadas INCIDÊNCIA
 O endométrio proliferativo, as glândulas são
redondas, compactadas e com epitélio colunar Dentre diversos sintomas da menopausa capazes de
alto com mitose afetar qualidade de vida, os mais comuns são os
Menopausa  Endométrio se torna atrófico em razão relacionados com a termorregulação  SINTOMAS
da ausência de estimulação estrogênica. VASOMOTORES
 Ondas de calor, fogachos e suores noturnos
 Episódios de fogacho iniciam cerca de 2 anos
antes do FMP e 85% das mulheres dura +1 ano

SINTOMAS VASOMOTORES

Alterações termorreguladoras e cardiovasculares


acompanham o fogacho
Episódio de fogacho dura entre 1 e 5 minutos, e a
temperatura da pele aumenta em razão de
vasodilatação periférica. Essa alteração é
particularmente acentuada nos
dedos das mãos e dos pés, onde a temperatura da pele
aumenta
entre 10 e 15oC. A maior parte das mulheres sente uma
onda de calor repentina que se estende por todo o
corpo, em particular na parte superior e na face. A
sudorese inicia-se principalmente na parte superior do
corpo e corresponde ao período de aumento na
condutância da pele.
DISTÚRBIOS MENSTRUAIS Fogachos se caracterizam por aumento na pressão
O sangramento uterino anormal é comum durante a arterial sistólica tanto na vígilia quanto durante sono.
fase de transição menopáusica Além disso, a frequência cardíaca aumenta entre 7 e
 Anovulação é causa mais comum de 17 batimentos por minuto, aproximadamente no mesmo
sangramentos erráticos durante transição período em que ocorrem vasodilatação periférica e
Níveis altos e cíclicos de estrogênio e produção sudorese.
relativamente baixa de progesterona aumenta risco de A frequência cardíaca e o fluxo sanguíneo cutâneo
desenvolvimento de hiperplasia ou carcinoma atingem o ponto máximo nos três minutos que se
Endometrial, que também causa SUA seguem ao início do fogacho. Simultaneamente à
sudorese e à vasodilatação periférica, a taxa
POTENCIAL DE FERTILIDADE metabólica também aumenta significativamente.
Contracepção Cinco a 9 minutos após o início de um episódio de
Ocasionalmente, mulheres na transição menopáusica fogacho a temperatura interna reduz-se entre 0,1 e
podem ter ciclos ovulatórios 0,9oC, em razão da perda de calor com a transpiração
Contracepção pode ser suspensa em todas as mulheres e com a vasodilatação periférica.
acima de 55  Se a perda de calor e a sudorese forem
 Não há relatos de gravidez espontânea nessa significativas, a mulher pode ter calafrios.
idade  A temperatura da pele retorna gradativamente
 Oócito provavelmente de baixa qualidade e ao nível normal no prazo de 30 minutos ou
inviável mais.

Infertilidade
Tecnologia de reprodução assistida
A gravidez com idade avançada está associada a
maiores riscos. Entre outros, abortamento espontâneo,
ao estrogênio e, em seguida, tenham o tratamento
suspenso.

NEUROTRASMISSORES

A alteração nas concentrações


de neurotransmissores pode criar uma zona
termorreguladora estreita e reduzir o limiar para
desencadeamento de sudorese.
Portanto, alterações, ainda que sutis, na temperatura
interna do corpo podem disparar mecanismos de
perda de calor
NOREPINEFRINA acredita-se que seja o principal
NT responsável por baixar o ponto de ajuste do centro
termorregulador e pelo acionamento dos mecanismos
de perda de calor associados aos fogachos
SEROTONINA Oscilações no nível de estrogênio
aumentam sensibilidade do receptor de serotonina no
hipotálamo.

A norepinefrina e a serotonina diminuem o ponto de


ajuste do núcleo termorregulador e permitem o
disparo dos mecanismos de perda de calor por
alterações sutis na temperatura interna do corpo.

DISTÚRBIOS DO SONO E FADIGA

Interrupção do sono é queixa comum de mulheres com


fogachos  acordam varias vezes a noite ensopadas de
suor
A fadiga pode estar relacionada aos suores noturnos e à
dificuldade de iniciar o sono.

FATORES DE RISCO VASOMOTORES

Associados ao aumento da probabilidade de fogachos


 Menopausa cirúrgica
 Raça e etnia
 IMC
FISIOPATOLOGIA DOS SINTOMAS  Tabagismo
VASOMOTORES  Menopausa precoce
 Sedentarismo
Apesar da prevalência e do impacto dos fogachos a
fisiopatologia não esta totalmente esclarecida
METABOLISMO ÓSSEO E ALTERAÇÕES
Causa provável é a ocorrência de alguma disfunção nos
ESTRUTURAIS
centros termorreguladores centrais do hipotálamo
Remodelamento ósseo/renovação óssea: reconstrução
que permite que haja adaptação às alterações mecânicas
ESTROGÊNIOS para exercícios com carga e outras ativ físicas

Desempenham papel vital na produção de fogachos FISIOLOGIA DO REMODELAMENTO ÓSSEO


Suspeita-se de que a abstinência do estrogênio ou as
rápidas oscilações em seus níveis sejam responsáveis
Esqueleto é formado por osso cortical (esq.periférico) e
pelos fogachos (não suas baixas concentrações)
osso trabecular (esq.axial)
Hipótese é corroborada pelo fato de mulheres com
disgenesia gonadal (síndrome de Turner) que não têm
Remodelamento = reabsorção + formação
níveis estrogênicos normais não apresentam
 Reabsorção óssea constante executado por
fogachos, a menos que sejam primeiramente expostas
osteoclastos
 Formação óssea concomitante realizada por  Apresenta duração variável mas em geral
osteoblasto (fibroblastos especializados) ocorre entre 40 a 65 anos.
O aumento da atividade osteoclástica na osteoporose
pós-menopáusica é mediada pela via do ligante
ativador do receptor de fator nuclear kappa-B (RANK,
de receptor activator of nuclear factor kappa-B). Os 3
principais componentes desta via são RANK, ligante de
RANK (RANKL) e osteoprotegerina (OPG)

FEBRASGO- CLIMATÉRIO E
MENOPAUSA-2019
FEBRASGO. Coleção Febrasgo - Climatério e Menopausa. Rio de
Janeiro: Grupo GEN, 2019. 9788595154810. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154810/.
Acesso em: 12 fev. 2022.

1-PANORAMA SOBRE O CLIMATÉRIO E A


MENOPAUSA
Climatério e menopausa representam marcos
importantes na vida da mulher atual e têm relevância
cada vez maior, principalmente quando o enfoque é
qualidade de vida

Expectativa de vida no Brasil e no mundo cresce


exponencialmente a cada ano
 Dados de 2015 revelam que o país com maior
esperança de vida ao nascer é o Japão  83,7
anos
CONCEITOS DIFERENTES DO WILLIAMS  Brasil, segundo dados de 2016 publicados pelo
IBGE, expectativa de vida 75,8 anos para
Climatério é definido pela OMS como o período de população geral e 79,4 anos para mulheres
vida da mulher compreendido entre o final do período Com mudanças etárias a menopausa deixa de ser um
reprodutivo até a senilidade, considerado o período evento pertencente ao final da vida feminina e passa a
não reprodutivo. representar quase 1/3 da vida das mulheres
A média de idade de ocorrência da menopausa foi 46,5 -Pode ocorrer naturalmente ou de forma artificial, após
± 5,8 anos tratamento clínico (quimioterapia) ou cirúrgico
(ovarioectomia) que leve à parada de produção
Com aumento da longevidade, o desafio atual está em
hormonal ovariana, instalando-se um QUADRO DE
viver com qualidade de vida, no período em que
HIPOESTROGENISMO.
TRANSFORMAÇÕES IMPACTANTES são causadas pela
menopausa:
-Menopausa natural é um evento ovariano,
Receptores estrogênicos existem em diferentes
concentrações em vários locais do organismo – como relacionado com a rEDUÇÃO DOS FOLÍCULOS
pele, ossos, vasos, coração, diversas regiões do cérebro, PRIMORDIAIS , independentemente da influência do
mama, útero, vagina, uretra e bexiga – e a redução nos eixo HHO
níveis de estrogênio circulante, devido à perda da
função ovariana, gera efeitos diferentes para cada
mulher.
QUADRO CLÍNICO inclui: fogachos e suores CLASSIFICAÇÃO: Sociedade Americana de
noturnos; alterações de sono, humor e cognição; Medicina Reprodutiva, baseada no estudo
alterações metabólicas e modificações atróficas na STRAW+10, propõe a divisão do climatério em duas
região urogenital. fases: transição menopáusica e pós-menopausa.
Algumas patologias, como a osteoporose e as doenças
cardiovasculares, também estão relacionadas e são TRANSIÇÃO MENOPÁUSICA
MAIS PREVALENTES NESSA FASE DA VIDA.
Além disso o processo de envelhecimento fisiológico  Inicia no final do período reprodutivo,
também gera consequências. quando a mulher começa a ter
Apesar de serem manifestações individuais, muitas
disfunção menstrual (encurtamento ou
vezes resulta no:
 impacto negativo na qualidade de vida e na alongamento do ciclo em mais de 7 dias),
forma do comprometimento da função sexual; estendendo-se até o período do último
 diminuição da produtividade; fluxo menstrual (menopausa)
 depressão e ansiedade em seus diferentes graus;  Precoce variação de +7dias no intervalo
 dificuldades de concentração; entre os ciclos
 alterações na qualidade do sono.  Tardia  ciclos são mais longos, falha de +2
Mais de 75% das mulheres vão apresentar esses ciclos ou 60 dias
sintomas de forma moderada a grave
O CLASSIFICAÇÃO BASEADA NO
FLUXO MENSTRUAL
2-ENDOCRINOLOGIA DO CLIMATÉRIO
Climatério corresponde ao período de vida em que a PÓS-M ENOPAUSA
mulher sofre grandes modificações psíquicas e físicas,
incluindo a falha e a falta de ovulação decorrentes da  Inicia um ano após menopausa
redução do número de folículos ovarianos.  Precoce  pode ser subdividida em 3 partes,
sendo as duas primeiras com um ano cada e
- Como resultado, há déficit na síntese de hormônios a terceira 3-6 anos de duração
esteroídicos, caracterizado primeiramente pela o Fase pode durar de 5-8 anos da
redução da progesterona (insuficiência lútea e última menstruação
anovulação) e, em seguida, pelo hipoestrogenismo.
 Tardia  após fase precoce até senectude
- Esse período representa a transição do período
Perimenopausa  inclui a fase de transição
reprodutivo (menacme) ao não reprodutivo
menopáusica e o primeiro ano após a menopausa
(senectude).
OMS fixou 65 anos como idade limite entre pós-
- Em geral varia entre 40-65 anos segundo a OMS
menopausa e senectude.
A menopausa é a data da última menstruação, constitui
apenas um marco dentro do climatério.

- Incide com frequência aos 50 anos


CLASSIFICAÇÃO DE PENN-5
-Prematura = antes dos 40 anos

-Tardia= após 55 anos


Estabelecida pelo Grupo de estudo sobre o
Envelhecimento Ovariano da Pensilvânia

Foram estabelecidas novas categorias: pré-menopausa


(ciclos menstruais regulares), pré-menopausa tardia
(alteração na duração de pelo menos um ciclo de mais
de sete dias), transição menopáusica precoce (alteração
de pelo menos dois ciclos com mais de sete dias) e
transição menopausal tardia (três meses ou mais de
ausência de fluxo).

Deve-se salientar que essa classificação inclui uma


nova categoria que é a pré-menopausa tardia, que
corresponderia à transição menopáusica precoce da
definição da Sociedade Americana de Medicina
Reprodutiva

FISIOLOGIA DO CLIMATÉRIO

Do ponto de vista endócrino, ovário é composto por 3


compartimentos: teca-folicular, luteal e estromal
(células intersticiais)

-Em cada compartimento a esteroidogênese é diferente

- Nos compartimentos teca-folicular e luteal, prevalece


a síntese estrogênica e estroprogesterônica

-No estromal, a de androgênios

-Progressivo consumo de folículos resulta na transição


menopáusica em menos de 10 000 folículos  o que
determina menos produção hormonal e alteração na
dinâmica folicular

Assim ciclos tornam-se irregulares

CONTAGEM DE FOLÍCULOS ANTRAIS


OVARIANOS

Estimativa da reserva de folículos ovarianos pode ser


um parâmetro do funcionamento ovariano e sua
diminuição estaria relacionada com a redução da
fertilidade e o declínio hormonal.

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