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O Grito

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O Grito (em norueguês: Skrik) é uma série de quatro pinturas


do norueguês Edvard Munch, 1893. A obra representa uma O Grito
figura andrógina num momento de profunda angústia e "Skrik"'
desespero. O plano de fundo é a doca do fiorde de Oslo (em
Oslo) ao pôr do sol. O Grito é considerado uma das obras
mais importantes do movimento expressionista e adquiriu um
estatuto de ícone cultural, a par da Mona Lisa de Leonardo da
Vinci.

A série tem quatro pinturas conhecidas: dois dos quadros da


série, "A Ansiedade" (em norueguês: Angst) e "O Desespero"
(em norueguês: Fortvielse) encontram-se na posse do Museu
Munch, em Oslo, outra na Galeria Nacional de Oslo e outra
em coleção particular.[1] Em 2012, esta última tornou-se a
pintura mais cara da história a ser arrematada, num leilão, por
119,9 milhões de dólares.[2]

Fontes de inspiração

Segundo o próprio pintor Autor Edvard Munch

Em seu diário, em uma entrada intitulada "Nice, 22 de janeiro Data 1893


de 1892", Munch escreveu: Técnica Óleo sobre tela, Têmpera
e Pastel sobre cartão
"Uma noite, eu estava caminhando por um trajeto,
a cidade estava de um lado e o fiorde abaixo. Eu Dimensões 91 centímetro x 73,5
me sentia cansado e doente. Parei e olhei para o centímetro
fiorde - o sol estava se pondo e as nuvens ficando Localização Galeria Nacional
vermelhas como o sangue. Senti um grito
passando pela natureza; pareceu-me ter ouvido o [edite no Wikidata]
grito. Eu pintei este quadro, pintei as nuvens
como sangue real. A cor gritou. Isso se tornou O Grito."[3]

Um tempo depois, ele descreveu a sua inspiração para a imagem:

"Eu estava caminhando pela estrada com dois amigos – o sol estava se pondo – de
repente, o céu ficou vermelho-sangue – fiz uma pausa, me sentindo exausto, e me apoiei
na cerca – havia sangue e línguas de fogo acima do fiorde azul-escuro e da cidade –
meus amigos caminharam, e eu fiquei ali tremendo de ansiedade – e senti um grito infinito
passando pela natureza.[3][4]
Munch imortalizou o mesmo tipo de impressão e cenário também nos
quadros O Desespero e A Ansiedade, pinturas que fazem parte da mesma
série de quadros que O Grito, sendo que o primeiro representa um homem
de cartola e quase de costas, inclinado sobre uma vedação num cenário em
tudo semelhante à da sua experiência pessoal. Não contente com o
resultado, Munch tentou uma nova composição, desta vez com uma figura
mais andrógina, de frente para o observador e numa atitude menos
contemplativa e mais desesperada. Tal como o seu precursor, esta primeira
versão d’O Grito recebeu o nome de O Desespero

Especulações

A erupção do vulcão Krakatoa em 1883, que tingiu profundamente os céus Edvard Munch em 1921.
do pôr do sol de vermelho em várias partes do hemisfério ocidental durante
1883 e 1884, cerca de uma década antes de Munch pintar O Grito,
explicam, para alguns, o efeito do céu avermelhado na pintura como fruto da memória do artista.[5] Alguns
acreditam que os céus vermelho-sangue da obra são as cores causadas pelo vulcão na atmosfera; O
Desespero e A Ansiedade também possuem os mesmos tons no ambiente. Esta explicação, contudo, foi
contestada por estudiosos, que observam que Munch era um pintor expressionista e não estava exatamente
interessado em representações literais do que via, ao contrário, por exemplo, de um Gustave Courbet,
grande defensor do realismo. Outra explicação para os céus vermelhos é que eles se deveriam ao
aparecimento de nuvens estratosféricas polares, que ocorrem na latitude da Noruega e que, às vezes, se
parecem notavelmente com o céu pintado em O Grito.[6][7]

O local da cena foi identificada como sendo a vista de uma estrada para Oslo, através do Fiorde de Oslo e
Hovedøya, da colina de Ekeberg.[8] Também se sugere que o local da pintura seja próximo de um
matadouro e de um asilo para lunáticos, que podem ter ambos oferecido alguma inspiração.[9] Na época em
que pintou a obra, a irmã de Munch, Laura Catherina, era paciente "maníaco-depressiva" de um hospício
aos pés de Ekeberg. De fato, a imagética de O Grito tem sido comparada com quem sofre de experiências
de transtorno de despersonalização, uma sensação de distorção do ambiente ao redor e de si mesmo.[10]

Em 1978, um estudioso de Munch, Robert Rosenblum, sugeriu que a


famosa e estranha criatura assexuada no primeiro plano da pintura tenha
sido inspirado por uma múmia peruana, que Munch poderia ter visto
durante a Exposição Universal de 1889 em Paris. Essa múmia, que foi
enterrada em posição fetal com as mãos ao lado do rosto, também teria
impressionado a imaginação do amigo de Munch, o renomado pintor Paul
Gauguin: teria servido de modelo para figuras em mais de vinte pinturas
suas, entre as quais a figura central de A Miséria Humana (Colheita da Uva
em Arles) e para a velha à esquerda em seu famoso quadro De Onde
Viemos? O Que Somos? Para Onde Vamos? (1897).[11] Em 2004, um
antropólogo italiano especulou que Munch pode ter visto uma múmia no
Museu de História Natural de Florença (imagem ao lado), que possui ainda
mais semelhança com a pintura.[12] Porém, estudos posteriores contestaram
a hipótese italiana, já que, ao que tudo indica, Munch apenas visitou
Uma múmia peruana em La
Florença depois de pintar a obra.[13]
Specola, Florença.

Estilo
Usando das cores para traduzir a intensidade dos sentimentos e desprezando a exigência de verossimilhança
da pintura naturalista, Edvard Munch dá uma interpretação pessoal do real que abre caminho ao
Expressionismo.[14]

O pintor baseou seu estilo fortemente expressivo em Toulouse-Lautrec, Van Gogh e Gauguin. O Grito foi
pintado em Berlim, onde Munch se estabeleceu depois de a controvérsia provocada por seus quadros ter
levado à Secessão de Berlim, mas ainda se percebe a influência dos três pintores. O quadro é uma imagem
do medo irracional que sentimos durante um pesadelo. Munch visualiza essa experiência sem o auxílio de
aparições assustadoras, e é por essa razão que sua obra é mais convincente. O ritmo das linhas longas e
sinuosas parece fazer com que o eco provocado pelo grito reverbere por todos os cantos do quadro,
transformando o céu e a terra em uma grande e sonora cena de horror.[15]

Assim como a maioria das pinturas expressionistas, O Grito também coloca na tela os dramas mais
obscuros da sociedade e do pintor. Munch subverte a atmosfera e a figura protagonista da obra com
ondulações de tons vivos e sombrios, até reproduzir o reflexo de um espelho deformante.[14] Sempre
exteriorizando algo negativo, usando das deformações e das cores para causar esta angústia.

Quatro versões
Munch acabou por pintar quatro versões de O Grito, para substituir as cópias que ia vendendo. O original
de 1893 (91x73.5 cm), numa técnica de óleo e pastel sobre cartão, encontra-se exposto na Galeria Nacional
de Oslo. A segunda (83,5x66 cm), em têmpera sobre cartão, foi exibida no Museu Munch de Oslo até ao
seu roubo em 2004. A terceira pertence ao mesmo museu e a quarta era propriedade de um particular, até ser
arrematada em um leilão da Sotheby's, em maio de 2012. Para responder ao interesse do público, Munch
realizou também uma litografia (1900), que permitiu a impressão do quadro em revistas e jornais.

Inscrição a lápis
A versão do Museu Nacional da Noruega tem uma inscrição a lápis, em letras pequenas, no canto superior
esquerdo, dizendo "Kan kun være malet af en gal Mand!" ("só poderia ter sido pintado por um louco"). Só
pode ser visto com um exame mais atento da pintura. Presumiu-se que era um comentário de um crítico ou
visitante de uma exposição. Foi notado pela primeira vez quando a pintura foi exibida em Copenhague em
1904, onze anos depois de esta versão ter sido pintada. Após a fotografia infravermelha, o estudo da
caligrafia agora mostra que o comentário foi adicionado por Munch. Foi apresentada a teoria de que Munch
adicionou a inscrição após os comentários críticos feitos quando a pintura foi exibida pela primeira vez na
Noruega, em outubro de 1895. Há boas evidências de que Munch ficou profundamente magoado com essa
crítica, sendo sensível à doença mental prevalente em sua família.[16]

Exibição e recepção
O quadro foi exposto pela primeira vez em 1903, como parte de um conjunto de seis peças, intitulado
Amor. A ideia de Munch era representar as várias fases de um caso amoroso, desde o encantamento inicial a
uma rotura traumática. O Grito representava a última etapa, envolta em sensações de angústia.
A recepção crítica foi duvidosa e o conjunto Amor foi classificado como arte demente (mais tarde, o regime
nazi classificou Munch como artista degenerado e retirou toda a sua obra em exposição na Alemanha). Um
crítico considerou o conjunto, e em particular O Grito, tão perturbador, que aconselhou mulheres grávidas a
evitar a exposição. A reação do público, no entanto, foi a oposta e o quadro tornou-se em motivo de
sensação. O nome O Grito surge pela primeira vez nas críticas e reportagens da época.

Roubos
Em 12 de fevereiro de 1994, O Grito da Galeria Nacional de
Oslo foi roubado em pleno dia, por um conjunto de ladrões
que se deu ao trabalho de deixar uma mensagem que dizia:
Obrigado pela falta de segurança. Nesse dia, as atenções do
país estavam todas na pequena cidade de Lillehammer, devido
à cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno. Três
meses depois, os assaltantes enviaram um pedido de resgate ao
governo norueguês, exigindo um resgate no valor de um
milhão de dólares americanos. As entidades norueguesas
recusaram a exigência e pouco depois, a 7 de maio, o quadro
foi recuperado numa ação conjunta da polícia local com a O Grito sob elevada segurança em foto de
Scotland Yard. 2006, após roubos anteriores

Em 22 de agosto de 2004, a versão exposta no Munch


Museum foi roubada num assalto à mão armada, que levou também a Madonna do mesmo autor. O Museu
ficou à espera de um pedido de resgate, que nunca chegou. Em abril de 2005, foi preso um homem em
ligação a este crime e surgiram rumores que os assaltantes tivessem queimado o quadro como forma de
eliminar provas. A polícia norueguesa anunciou ter reencontrado os quadros a 31 de agosto de 2006.

Em dezembro de 2006, os danos causados ao quadro, pelos ladrões, foram qualificados como "irreparáveis"
por especialistas em pinturas do Museu Munch[carece de fontes?]. As pequenas manchas produzidas pela
humidade são vistas pelos peritos como um problema sem solução alguma, enquanto uma série de fendas e
buracos causados por queimaduras de cigarros exige trabalhos de restauro extremamente complicados e
difíceis[carece de fontes?]. No entanto, os danos não terão repercussões para os visitantes do Museu Munch.

Leilão
Munch pintou ao longo de décadas quatro versões de O Grito. Três delas estão em museus na Noruega,
enquanto a quarta estava nas mãos de Petter Olsen, um empresário norueguês cujo pai foi amigo e patrono
de Munch, tendo adquirido inúmeros quadros ao artista.

Nesta versão, de 1895, as cores são mais fortes do que nas outras três versões e é a única em que a moldura
foi pintada pelo artista com o poema que descreve uma caminhada ao pôr do sol que inspirou a pintura.
Outra particularidade única desta versão é que uma das figuras que está em segundo plano olha para baixo,
para a cidade.
Em 2 de maio de 2012, foi vendido através da Sotheby's, pelo preço recorde de 119,9 milhões de dólares
(cerca de 91 milhões de euros), tornando-se a obra mais cara de sempre em leilão, superando o quadro até
então recordista, de Pablo Picasso, Nu, Folhas e Busto, que em maio de 2010 foi leiloado por 106,5
milhões de dólares (81 milhões de euros).[17] O Grito foi adquirido no leilão, por telefone, pelo americano
Leon Black.[18]

O Grito na cultura popular


A carreira desta obra enquanto ícone cultural começou no período pós-Segunda Grande Guerra. Com a
popularização da obra, O Grito tornou-se um dos quadros mais reproduzidos de sempre, não só em pôsteres
como também em canecas, canetas e porta-chaves. Outras referências incluem:

Em 1961, a revista Time colocou O Grito em destaque, como capa da sua edição dedicada
aos complexos de culpa e ansiedade.
Nos anos 80, Andy Warhol realizou uma série de trabalhos dedicados à obra de Munch, que
incluiu uma reinterpretação de O Grito.
Ghostface, o assassino psicopata da série de filmes Scream (Pânico, em português),
esconde a sua identidade sob uma máscara inspirada n’O Grito. A mesma máscara aparece
no filme Scary Movie, sátira de Scream.
No filme Looney Tunes de Volta a Ação, Pernalonga e Patolino entram no quadro e
esbarram no homem, que começa a gritar. Em seguida Pernalonga pisa no pé de Hortelino,
que grita fazendo uma expressão igual à do quadro.
O quadro apareceu duas vezes na série Os Simpsons. A primeira aparição foi na abertura
do episódio Treehouse of Horror IV (Casa da árvore dos horrores, parte IV, em português),
exibido nos Estados Unidos em 1993. A segunda vez ocorreu no episódio See Homer Run,
de 2005, na qual o roubo das duas versões da pintura foi satirizado.
O quadro também pode ser visto na série Os Feiticeiros de Waverly Place, do Disney
Channel, quando a personagem Alex Russo (Selena Gomez) transforma todos os quadros
do museu em personagens reais, para ajudá-la á responder as questões de um teste.
Também podem ser vistos outros quadros famosos no episódio como Monalisa, de Da Vinci.
Na capa do mangá Fragmentos do Horror (Ma no Kakera), escrito e ilustrado por Junji Ito, o
personagem Tomio é a representação do homem gritando no quadro original. A história
onde o mesmo grita aparece no capítulo 03.
No capítulo 714 do anime e no episódio 644 do mangá One Piece, o personagem Brook é
transformado em uma caricatura do quadro.

Ver também
Lista de pinturas de Edvard Munch

Referências
1. Diário de Notícias. « 'O Grito' de Munch bate recorde mundial em leilão» (http://www.dn.pt/ini
cio/artes/interior.aspx?content_id=2454566&seccao=Artes%20Pl%E1sticas). Consultado
em 4 de maio de 2012[ligação inativa]
2. «Com US$ 120 milhões, quadro 'O Grito' quebra recorde em leilão» (http://g1.globo.com/pop
-arte/noticia/2012/05/com-us-120-milhoes-quadro-o-grito-quebra-recorde-em-leilao.html).
G1. 2 de maio de 2012. Consultado em 3 de maio de 2012
3. Stanska, Zuzanna, "The Mysterious Road From Edvard Munch's The Scream (https://www.d
ailyartmagazine.com/the-mysterious-road-of-the-scream-by-edvard-munch/)" (12 de
dezembro de 2016). Daily Art Magazine. Acessado em 14/02/2021.
4. Peter Aspden, "So, what does 'The Scream' mean? (https://www.ft.com/intl/cms/s/2/4241479
2-8968-11e1-85af-00144feab49a.html?ftcamp=published_links/rss/life-arts/feed//product#ax
zz1sjsVkL2H)" (21 de abril de 2012). Financial Times. Acessado em 14/02/2021.
5. Olson, Donald W.; Russell L. Doescher; Marilynn S. Olson. "The Blood-Red Sky of the
Scream (http://www.aps.org/publications/apsnews/200405/backpage.cfm)". APS News, maio
de 2005. American Physical Society. 13 (5). Acessado em 14 de fevereiro de 2021.
6. Svein Fikke, "Screaming Clouds (https://rmets.onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1002/wea.2
786)", 2017. Weather. 72 (5), págs. 115–121.
7. "The Sky in Edvard Munch's The Scream (https://journals.ametsoc.org/doi/full/10.1175/BAM
S-D-17-0144.1)
8. Egan, Bob. « "The Scream" (various media 1893–1910) – Edvard Munch – Painting
Location: Oslo, Norway» (http://www.popspotsnyc.com/The_Scream/). PopSpots. Cópia
arquivada em 11 de agosto de 2014 (https://web.archive.org/web/20140811004640/http://ww
w.popspotsnyc.com/The_Scream/)
9. "Existential Superstar: Another look at Edvard Munch's The Scream (http://www.slate.com/id/
2130897/)", Slate.com, Slate, 22 de novembro de 2005. Acessado em 14/02/2021.
10. Simeon, Daphne; Abugel, Jeffrey. Feeling Unreal: Depersonalization Disorder and the Loss
of the Self. Nova Iorque: Oxford University Press, 2006, p. 127. ISBN 0-19-517022-9.
11. "La momia de un sarcófago de la cultura Chachapoyas en la obra de Paul Gauguin (https://w
ww.researchgate.net/publication/279530616)". ResearchGate. Acessado em 15/01/2021.
12. "[Italian Mummy Source of 'Scream'?]". Discovery Channel, 7 de setembro de 2004.
Arquivado do original em 11 de outubro de 2004. Acessado em 15/02/2021.
13. "Edvard Munch y la Momia de un sarcófago de la Cultura Chachapoyas (https://www.researc
hgate.net/publication/288824776)". ResearchGate. Acessado em 15/02/2021.
14. FERRARI, Silvia (1999). Guia de História da Arte Contemporânea: Pintura, Escultura,
Arquitectura, Os Grandes Movimentos. Lisboa, Portugal: Editorial Presença. p. 22
15. JANSON, H. W.; A. F. (2009). Iniciação à história da arte. São Paulo: Martins Fontes.
pp. 351–352
16. «Could only have been painted by a madman» (https://www.nasjonalmuseet.no/en/stories/ex
plore-the-collection/munch-malet-av-gal-mann-engelsk/). National Museum of Norway.
Consultado em 22 de fevereiro de 2021
17. «Quadro "O Grito" vendido por preço recorde de 91 milhões de euros» (https://web.archive.o
rg/web/20120505211845/http://www.publico.pt/Cultura/o-grito-vendido-por-preco-recorde-de-
quase-120-milhoes-de-dolares--1544451). Arquivado do original (http://www.publico.pt/Cultu
ra/o-grito-vendido-por-preco-recorde-de-quase-120-milhoes-de-dolares--1544451) em 5 de
maio de 2012
18. Kelly Crow (11 de julho de 2012). «Munch's "The Scream" Sold to Financier Leon Black» (ht
tps://www.wsj.com/articles/SB10001424052702304373804577521240470769420?KEYWO
RDS=the+scream). The Wall Street Journal (em inglês). Consultado em 30 de setembro de
2018

Ligações externas
Fotografia de "O Grito" (http://www.ibiblio.org/wm/paint/auth/munch/munch.scream.jpg)

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