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Relatório Escrito ACS
Relatório Escrito ACS
Docente:
Professora Cristina Camilo
Professora Marta Matos
Discentes:
Inês Hilário Lopes, nº 120816
João Raposo, nº 121475
Maria Teresa Saldanha, nº 92992
Mariana Filipa Bessa Nunes, nº 120307
18.12.2023
Índice
problema de saúde: 6
Anexos 22
1
Resumo (PT):
Dessa forma, o principal objetivo deste trabalho seria adotar um plano de ação nas
parte dos seus filhos. Para que isso fosse possível, adotar-se-ia um método de mudança
2
Definição do problema de saúde e população alvo:
O problema de saúde que se pretendeu explorar ao longo deste trabalho tem como
causar problemas a nível da saúde física, como, por exemplo, danos oculares graves, mas
dificuldades na aprendizagem.
Foi considerado que este tema merece rigorosa atenção, uma vez que tem sido
constatado que o uso excessivo destes dispositivos por parte das crianças, conduz a
Entre os inúmeros riscos que as luzes falsas podem trazer às crianças, quando existe
uma elevada exposição, frequência e proximidade aos ecrãs, existe uma maior probabilidade
das crianças virem a desenvolver problemas físicos, essencialmente a nível ocular, tais como:
fototoxicidade (inflamação ocular), síndrome do olho seco (SOS), que se caracteriza por uma
olhos secos, irritação, diplopia (visão dupla) e visão “desfocada”, devido às acomodação
Além disso, é também sabido que as crianças que desde pequenas criam o hábito de
passar muitas horas em frente a um ecrã, para além de poderem desenvolver problemas
atenção, podem estar relacionados com este mesmo comportamento. Também é possível que
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crianças que não socializem tanto até uma certa idade, por passarem muito tempo expostas a
luzes falsas, tenham mais dificuldades a nível de socialização e de gestão de emoções (Spina
et al., 2021)
fácil, e a sua presença cada vez mais constante. Todos os aparelhos eletrónicos, sem exceção,
emitem luz violeta artificial de elevada potência luminosa, para a qual, o ser humano não tem
qualquer proteção natural pelo que, a exposição à mesma tem efeitos nocivos (Vandewalle,
2009).
frequência com que o comportamento acontece, deve-se averiguar a intensidade com que esse
comportamento ocorre, isto é, se a tecnologia foi usada por longos períodos de tempo, o risco
é maior. Mas esta ameaça não se considera em contextos escolares ou ambientes formais de
nomeadamente em contextos familiares em que a tecnologia, seja em que plataforma for, está
presente e promove a maior parte do tempo de entretenimento das crianças (Shields &
Behrman, 2000).
Tem vindo a ser cada vez mais comum o aparecimento de sintomas e diagnósticos de
problemas oculares tais como a miopia, a sensação de corpo estranho, os olhos lacrimejantes
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principalmente no caso de crianças e jovens a quem, não seria previsto diagnosticar este tipo
de incapacidades oculares em tão tenra idade (Mohan A, et al., 2021; Kim J, et al., 2016).
Será ainda relevante mencionar que, além dos problemas oculares, a utilização
recorrente de dispositivos eletrónicos acarreta uma panóplia de implicações para a vida do ser
por crianças que têm acesso diário a dispositivos eletrónicos. Poderá ainda existir uma maior
Além disso, sabe-se que a iluminação natural ajuda a manter o ciclo circadiano, que é
o mecanismo responsável por adaptar o organismo humano para o dia e a noite. Ou seja, este
relógio biológico permite que as pessoas consigam acordar, comer, manter-se ativos durante o
dia e sentir-se cansadas para dormir à noite. A par disso, o ciclo circadiano ajuda a manter a
eletrónicos, traduz reações diferentes e a sua exposição prolongada faz com que as
consequências sejam nocivas para a saúde ocular, trazendo lesões, patologias oculares e
consequências abruptas para quem pratica este comportamento por um alargado período de
seja a escola ou o meio doméstico também permitem que esta molde a sua personalidade e o
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seu intelecto, daí ser crucial a integridade da percepção sobre o que a rodeia. (Canheto et al.,
2018).
apontar que o aumento da prevalência destes sintomas resulta num grande impacto
(Ramamurthy D., et al,. 2015). Posto isto, torna-se urgente identificar os fatores de risco que
podem ser alterados para mudar este padrão e por isso, deve-se promover estratégias e
políticas públicas que visam diminuir estes sintomas (Kim J., et al., 2016).
problema de saúde:
facto das crianças serem colocadas em frente a um ecrã de forma a evitar outros
determinante cognitivo seria apenas o facto dos pais não estarem conscientes dos riscos e
consequências que isto pode trazer para a saúde física e emocional das crianças
uma problemática da saúde que, sendo ainda relativamente recente, tem vindo a ser alvo de
vários estudos. Isto deve-se aos avanços tecnológicos, que dia após dia vêm trazendo mais
ecrãs ao quotidiano.
levou a uma quantidade de exposição diária a ecrãs muitíssimo superior ao que seria
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desejável, como foi observável no estudo de Trott et al. (2022). Mesmo com o final da
tempos livres em casa a jogar videojogos ou a ver vídeos e desenhos animados nos seus
dispositivos eletrónicos, acabaram por continuar estes comportamentos, que já acabam por
A exposição das crianças aos ecrãs tem também para os pais um fator particularmente
aliciante uma vez que, com a revolução tecnológica e o surgimento de diversas plataformas de
streaming para crianças como o Youtube Kids ou o Disney+ entreter as crianças que, como é
natural da idade, têm muita energia e necessitam de atenção constante, se tornou mais fácil e
imediato. Com apenas uns toques no ecrã é possível pôr filmes, séries ou até mesmo jogos
Numa sociedade em que, regra geral, ambos os pais estão empregados, chegar a casa
ao final de um dia de trabalho por si só já é cansativo, e ainda ser necessário tratar de todas as
tarefas domésticas e necessidades da criança num espaço muito reduzido de horas torna-se
um desafio. Na verdade, foi encontrada uma relação direta entre o tempo despendido por dia
em frente a dispositivos eletrónicos e a situação de emprego dos pais sendo que, no estudo de
Birken, et al. (2011) foi confirmado que em famílias em que ambos os pais estão empregados,
o tempo de exposição diário das crianças a ecrãs é superior ao tempo de ecrã de crianças em
brincar ou fazer algum tipo de atividade lúdica com os filhos, facilmente nos apercebemos do
difícil que tudo se torna e do porquê dos pais verem os ecrãs como uma ferramenta tão
aliciante.
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Esta rotina de chegar do emprego, ter de tratar das tarefas da casa e ter de brincar com
dispendido nas tarefas domésticas e em cuidados básicos como ajudar a fazer os trabalhos de
casa ou dar banho, torna impossível dar a atenção há criança que esta requer, o que abre
portas para a exposição aos dispositivos eletrónicos: seja a ver televisão na sala, ou a jogar
maneira tão simples, e que permite que a criança fique em segurança e contente sem grande
supervisão que a utilização de ecrãs por parte de menores em espaços públicos se tornou tão
banalizada. Com cada vez mais frequência se vê pais em espaços públicos com os seus filhos,
como por exemplo em restaurantes e supermercados, em que as crianças estão com um tablet
Dar acesso a ecrãs é visto quase como uma espécie de babysitting não remunerado
uma vez que é uma forma dos adultos irem jantar fora com amigos, fazerem chamadas
importantes ou até mesmo ir às compras podendo levar os filhos, mas sem precisar de lhes dar
dos pais que querem continuar a ter tempo para si mesmos e para a sua vida social sem terem
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correlacionado com a falta de conhecimentos dos pais acerca dos riscos que uma quantidade
excessiva de exposição a ecrãs pode trazer para a vida dos seus filhos.
eletrónicos desde a primeira infância tem uma relação direta e significativa com dificuldades
Esta desinformação generalizada por parte dos pais, acaba também por ser por si só
um fator de risco para a saúde física e mental das crianças, uma vez que é esta falta de
conhecimento que torna possível que as crianças pequenas tenham acesso recorrente, e muitas
De forma a colmatar esta falha de informação para com os pais acerca dos possíveis
perigos para a saúde dos filhos que a exposição a dispositivos eletrônicos trazem, propomos
tecnologias em crianças aumentou, uma vez que, uma das medidas para reduzir o contágio foi
fechar escolas e promover o isolamento social (Gomes et al., 2020). De forma a dar
utilização de aparelhos eletrónicos, através dos quais eram dadas as aulas. Além do uso de
utilizar o seu tempo de lazer, que outrora fora ao ar livre, em casa, substituindo as
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brincadeiras com os seus pares pela tecnologia, onde podia jogar sozinho, ou com outros
relativos ao tempo de exposição a ecrãs das crianças em Portugal. Apurou-se que 54,3% das
crianças entre os 11 meses e os 6 anos e meio mantinham um “tempo de ecrã”, isto é, tempo
de contacto direto com um ecrã, superior a duas horas diárias (Póvoas M., et al., 2013). Já em
relação a crianças até aos 10 anos de idade, os resultados apontam para uma exposição a
equipamentos eletrónicos de aproximadamente duas a cinco horas por dia e por fim,
De forma geral, as crianças são introduzidas à tecnologia por influência dos seus pais,
sendo o primeiro contacto cada vez mais cedo e normalmente em idades bastante precoces
(Zimmerman, Christakis, & Meltzoff, 2007). A teoria da aprendizagem social proposta por
Bandura em 1977 vem confirmar este facto, alegando que as crianças demonstram bastante
atenção às atividades e comportamentos dos seus progenitores e acabam por modelá-los para
aprendizagem com base na observação dos pais que atua como estímulo para um
Posto isto, as crianças mais novas são estimuladas pelos seus pais e acabam por desenvolver
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serem estratégias eficazes para controlar a utilização segura e equilibrada dos equipamentos
Em suma, por haver a indicação em vários estudos que existe uma relação entre o uso
destes recursos por parte das crianças deve ser controlada pelos pais (Alcaraz, C., et al.,
2020), daí o contributo deste trabalho ser fornecer técnicas de mudança comportamental
a utilização do Modelo HAPA (Health Action Process Approach) (Schwarzer, 2016). Este
modelo é um modelo que se divide em duas fases distintas: a fase de motivação e a fase
volitiva.
que contribuem para a criação da intenção, ou seja, estes três parâmetros serão o levará a que
comportamento por forma a melhorar a sua saúde ou, neste caso em particular, a saúde dos
que a pessoa confia em si mesma e acredita que é, ou não, capaz de parar determinado
comportamento. Neste caso seria até que ponto é que os pais acreditariam que conseguiriam,
a longo prazo, deixar de dar aos filhos dispositivos eletrónicos de maneira excessiva, quando
estão cansados ou estão a ter uma refeição num restaurante, por exemplo (Schwarzer, 2016).
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De seguida, os resultados esperados, que se podem caracterizar como resultados
necessidade dos pais terem de dar mais atenção à criança no dia a dia, estando dispostos a
apresenta-se a percepção de risco. Esta diz respeito ao estado de saúde da pessoa, neste caso
da criança, e deverá ser sempre de forma negativa, ou seja, até que nível é que os cuidadores
educandos tenham acesso fácil a aparelhos eletrónicos e ecrãs diariamente e por tempo
probabilidade dos seus filhos contraírem doenças oculares é real e elevada, a probabilidade de
perceção de risco pode finalmente ser gerada uma intenção, que no âmbito deste trabalho
seria, idealmente, a intenção de deixar que as crianças sejam expostas diariamente e por
Com a intenção já construída progride-se então para a fase volitiva onde, tendo como
de coping. O plano de ação deverá ser um plano que tenha em si quando, como e onde é que
se vai começar a implementar de forma ativa a um plano que vise concretizar o objetivo já
estabelecido. No caso que se apresenta, um bom exemplo de plano de ação completo seria,
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primeiramente perceber em que ocasiões é que os pais se costumam sentir mais compelidos a
dar dispositivos eletrónicos aos seus filhos, que poderia ser, imagine-se, depois de jantar,
enquanto os pais costumam de ver o noticiário; depois, já com a consciência de que costuma
ser neste registo que os pais dão um tablet ou telemóvel às crianças para que estas brinquem
sem os importunar, definir uma estratégia clara que poderia ser depois do jantar, a família
reunir-se na sala de estar para jogar jogos tradicionais como cartas, ou jogos de tabuleiro, por
Apesar de, idealmente, já se ter um plano de ação traçado, e mesmo tendo a maior das
neste caso em específico, de nalgum dia a família não cumprir a sua rotina habitual de jantar
em casa, é enorme, aliás, é quase garantido que surgirão imprevistos algures no tempo, e é
Este plano será posto em prática quando, por alguma razão, não se reunirem as
condições necessárias para que o plano de ação habitual seja implementado. Um bom
exemplo de um plano de coping seria, voltando a pegar no exemplo da família que se tem
vindo a utilizar, quando forem jantar fora, depois das crianças jantarem, em vez de receberem
um dispositivo eletrónico para brincarem, os pais poderiam levar lápis de cor e papel, e os
quantidade de autoconfiança que o indivíduo tem, não só tem confiança em que é capaz de
parar o comportamento negativo para a saúde, mas é capaz de não voltar a este
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existir tanta motivação como no início, como por exemplo quando ao chegarem ao final do
dia, estiverem mais cansados e querer dar um dispositivo eletrónico aos filhos em vez de
Por último, apresenta-se uma pequena caixa de informação que é composta por três
fases que ocorrem de forma cíclica. A primeira fase é a Iniciativa, que é a intenção que
idealmente quase todos os dias; a terceira fase é a fase de Recuperação que diz respeito aos
dias em que, por alguma razão a rotina familiar não é a habitual e então é posto em marcha o
implementar no caso proposto, uma vez que além de ser um modelo específico de saúde,
como é o caso da problemática apresentada, é também um modelo que vai para além da
em que no seu agregado familiar mais se dão os comportamentos nocivos para a saúde, e a
De forma a dar a entender aos Encarregados de Educação destas crianças quais são os
alterar, seria então importante sensibilizar esta população para esta mudança de rotinas. Para
além disso, seria ainda importante dar conhecimento aos pais de que estas crianças podem
alternativas possíveis para os compensar. Seria ainda vantajoso mostrar evidências e casos
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onde isso tenha realmente resultado, apresentando também as consequências oculares e
workshop proposto, poderia-se aconselhar aos pais que perguntem à criança o que ela gostaria
de fazer para além de estar no tablet, ou quando vão ao supermercado perguntar se gostaria
de comprar algum dos brinquedos expostos, de forma a evitar que a sua única fonte de
esse comportamento.
considerou-se que a que mais se adequa para ser implantada neste problema de saúde, seria o
método (4) moldar o conhecimento. Esse método foca-se essencialmente em demonstrar aos
alternativas de comportamentos mais saudáveis. Existem assim alguns temas que devem ser
abordados para uma melhor compreensão não só do problema, mas também das suas
soluções:
como forma de identificar e testar hipóteses sobre esse comportamento, as suas causas e as
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suas consequências, sobretudo recolhendo e interpretando os dados. Seria importante então,
aos danos oculares cada vez mais presentes mas também noutras áreas da vida da criança
os motivos pelos quais as crianças passam tanto tempo em frente a um ecrã (p.e., quando o
seu filho faz uma birra, tem tendência a metê-lo em frente ao tablet para ele sossegar? talvez
Para além disso, seria ainda vantajoso utilizar a estratégia (7) Associações de Michie
(2013). Neste sentido, (7.4.) Remover o acesso à recompensa seria importante, uma vez que
esta estratégia se foca em aconselhar ou providenciar situações para que a criança seja
possa ser recompensado, a fim de reduzir o comportamento (inclui o “tempo esgotado” - por
ecrã familiar e desta forma facilitar também a gestão do tempo de qualidade familiar,
Assim, seria de todo pertinente a implementação de acções diversas juntos dos pais,
Neste sentido, uma das estratégia tendo em linha de vista o público alvo definido (os
cuidadores das crianças), seria um grupo responsável pela iniciativa deslocar-se aos
agrupamentos escolares, onde com o apoio das comissões de pais e professores e/ou diretores
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de turma, seriam convocadas reuniões com os encarregados de educação destas faixas etárias,
o qual se realizaria nas escolas que os educandos frequentariam. Esta iniciativa seria efetuada
num dia não-útil (de preferência sábado), de forma a não prejudicar o normal funcionamento
familiar e potenciar que alguns funcionários da escola ficassem responsáveis pela guarda das
realizarem nestes locais potenciaria desde logo a coesão e homogeneidade dos grupos, uma
vez que muitos dos participantes desta formação seriam vizinhos ou conhecidos de reuniões e
interações anteriores, o que também potenciaria pequenos ajustes face aos grupos com os
estruturado e organizado. O Workshop teria como denominação “Vi(ver) atrás das lentes”
Posto isto, como foi já anteriormente descrito, o Workshop teria início pelas 09h00,
onde seria realizada uma pequena sessão de abertura por parte dos organizadores do projecto
concretização de três mesas de oradores distintas. A primeira mesa seria composta por um
médico pediatra, por um médico oftalmologista e por fim um médico neurologista, todos com
de saúde mais próximo, para assim ajustar o discurso à população local. De realçar, este
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Seguidamente, e após um pequeno “coffee break”, seria composta uma nova mesa de
trabalho, composta por um Psicólogo Clínico, com formação na área das crianças com idades
escolar onde se está a realizar a formação, um pedopsiquiatra e por fim um professor. Nesta
mesa pretenderia-se que cada profissional, dentro da sua área de intervenção, exponha os
malefícios observados. Seria também importante, nesta fase preparar já para o uso de
segurança dos educandos, como também diversas estratégias para diminuir a quantidade de
horas de exposição a ecrãs e para melhorar as rotinas sociais e até a higiene do sono.
Pretenderia-se que os oradores finalizassem a atividade perto das 12h30, sendo essa a hora
Já pelas 14h30, dar-se-ia novamente início aos trabalhos e aqui compunha-se uma
última mesa composta por apenas dois oradores: um técnico de informática e um técnico de
cibersegurança, que dentro das suas áreas de atuação deveriam demonstrar aos presentes os
Esta aplicação permite aos encarregados de educação saber onde os seus educandos se
encontram, bem como o controlo de uso de certos aparelhos (já que a aplicação tem
funcionalidades que restringem o uso de certas aplicações), bem como o tempo de uso das
mesmas ou ainda o desligar dos aparelhos a horas que permitam às crianças o descanso e as
18
Ainda com auxílio dos técnicos presentes, seria interessante criar pequenos grupos,
aplicação e alguma tutoria por parte dos técnicos para a sua instalação e utilização.
Por fim, tendo como objectivo que o programa fosse divulgado numa perspetiva de
utilização dos Órgãos de Comunicação Social, seriam convidados para moderadores dos
vários painéis (p.e., televisão, rádio, jornais), alguns jornalistas com os quais o público se
identificasse, sendo que a sua presença deveria, ainda assim, possibilitar que toda a formação
fosse dinâmica e teria intenção também de troca de ideias com a plateia, para com isto
envolver no projeto a população fora dos agrupamentos e dinamizar a ideia que pretendemos
propagar.
19
Referências
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Beyens, I., & Eggermont, S. (2014). Putting Young Children in Front of the
Birken, C. S., Maguire, J. L., Mekky, M., Manlhiot, C., Beck, C. E., Jacobson, S.,
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138(5)
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20
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Gomes, A. et al., (2020). Miopia causada pelo uso de telas de aparelhos eletrônicos:
Kim J., et al. (2016). Association between Exposure to Smartphones and Ocular
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https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.28779
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Eccles, A., Cane, J., & Wood, C. (2013). The Behaviour Change Technique Taxonomy (v1)
DOI: 10.1007/s12160-013-9486-6
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among children using online e-learning during the COVID-19 pandemic: Digital eye strain
among kids (DESK study-1). Indian journal of ophthalmology. 69(1): 140- 144
Ponte, C., Batista, S. (2019). EU Kids Online Portugal. Usos, Competências, Riscos e
Mediações da Internet reportados por crianças e jovens (9‑17 anos). Lisboa: Universidade
Nova.
21
Póvoas M., et al. (2013). O brincar da criança em idade pré‑escolar. Port J Pediatr. ,
44, 108‑12
Ramamurthy D., et al., (2015). A review of environmental risk factors for myopia
during early life, childhood and adolescence. Clinical & experimental optometry. 98(6):
497-506.
https://doi.org/10.25248/reas.e8864.2021
Analysis and Recommendations. Children and Computer Technology, Vol 10, nº 2, pp. 4-24.
https://doi.org/10.3390/ijerph18063048
Van den Bulck J., &, Van den Bergh, B. (2000). The influence of perceived parental
guidance patterns on children’s media use: gender differences and media displacement.
22
Trott, M., Driscoll, R., Enrico Irlado, & Shahina Pardhan. (2022). Changes and
correlates of screen time in adults and children during the COVID-19 pandemic: A
Zimmerman, F.J., Christakis, D.A., & Meltzoff, A.N. (2007). Television and
DVD/video viewing in children younger than 2 years. Archives of Pediatrics and Adolescent
23
Anexos
Ficha técnica 1
saudável com perguntas e respostas existir uma persuasão para alterar um comportamento),
numa matriz, num método de probabilidade de elaboração (ou seja, qual é a probabilidade de
conseguir de facto colocar determinado método em prática e fazer com que seja aplicável e
população-alvo (neste caso, os cuidadores das crianças dos 5 aos 8 anos). Este método
a sensibilizar a população do que pode fazer (ou não) de melhor forma para contribuir
2. Objetivos do método
tomada de decisão mais consciente e com uma base de conhecimento maior. Pretende-se
então:
24
1. Conhecimento das causas do comportamento/problema
4. Aceitação da mensagem
práticos (p.e., pessoas que já o tiverem feito e tenham tido resultados de sucesso)
Revisões da literatura concluíram que os indivíduos que utilizam esta estratégia têm
tido resultados muito positivos e relevantes, existindo uma maior probabilidade que mudem o
seu comportamento devido a uma decisão mais consciente e com mais informação.
aprender, mas tendo como base a busca por mais informação e participação por parte de
quem está a aprender. Surge como abordagem centrada no aluno e não no professor. Camargo
organizadas com a presença de uma intencionalidade educativa, em que quem está a aprender
4. Parâmetros de aplicação
seria a aprendizagem), a informação (p.e., a informação seria nova ou repetida para o nível de
formação da população que iria assistir) e as skills (p.e., a pessoa que está a ensinar é formada
para isso)
25
5. Formas de aplicação
necessário que a população-alvo que iria aprender estivesse interessada e pronta a participar
Seria vantajoso que existisse algum tempo para ser possível uma discussão saudável de
Abertura por parte dos participantes para aprenderem estratégias e instrumentos para
mudarem ou adaptarem algum tipo de comportamento que seria prejudicial para a saúde
6. Exemplos de aplicação
a. Um professor consegue que os alunos façam perguntas sobre como prevenir SIDA e a
b. Um professor consegue explicar aos pais que os seus métodos parentais podem não
ser os mais corretos para a saúde dos seus filhos, e consegue que eles vão a um
workshop para aprender mais sobre isso, onde lhes é dada uma oportunidade de expor
7. Outros recursos
compreensão por parte dos participantes. Neste caso, pode-se apresentar o exemplo do
telemóvel, que para além de ser um instrumento acessível e próximo, apresenta também uma
26
grande facilidade de utilização, bem como de pesquisa para ativamente procurar mais sobre o
assunto.
Ficha técnica 2
comportamentais
Para isto, é necessário que se identifiquem as hipóteses sobre o comportamento, bem como as
causas e as consequências do mesmo. É essencial que seja feita uma recolha e interpretação
de dados, para que as hipóteses e estratégias tenham como base dados fidedignos.
Para que os participantes sintam que estão a aprender algo que tem por base algo real
e científico, é essencial que sejam apresentadas referências das quais se tirou determinada
Definição: “Advice on how to identify ant test hypotheses about the behavior, its causes and
2. Objetivos do método
Os principais objetivos desta estratégia têm por base fornecer informação suficiente
para que os participantes vejam motivos válidos para mudarem o seu comportamento. Desta
forma, é essencial:
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3. Dados recolhidos de uma população semelhante para comprovar os resultados
Revisões da literatura concluíram que os indivíduos que utilizam esta estratégia têm
tido resultados muito positivos e relevantes, existindo uma maior probabilidade que mudem o
seu comportamento devido a uma decisão mais consciente e com mais informação.
problemas psicológicos. Desta forma, estas técnicas têm como objetivo alinhar e educar
alguns comportamentos dos participantes para que com isso seja possível ter hábitos mais
saudáveis e adaptativos.
4. Parâmetros de aplicação
5. Formas de aplicação
é essencial que a população alvo que participaria na abordagem estivesse pronta a mudar de
intervenção adaptada em populações semelhantes. Seria vantajoso que existisse tempo para
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uma discussão saudável de ideias, contrapondo e justificando argumentos, tentando chegar a
6. Exemplos de aplicação
aborrecidos
comportamento
7. Outros recursos
Ficha técnica 3
Recompensa
comportamentais por parte do participante. Assim, estas associações tendem a observar que
muitas vezes fundamentados pelo seu valor real e científico, bem como levar em conta o
29
conhecimento adquirido por experiências ou conhecimento anterior, para que isto leve à
alteração de comportamento.
comportamento indesejado deverá ser alterado, para assim existe recompensa efetiva.
Definição: “Advise or arrange for the person to be separated from situations in which
unwanted behavior can be rewarded in order to reduce the behavior (includes ‘Time out’)”
(Michie, 2013)
2. Objetivos do método
fornecer aos participantes informação relevante para que estes observem que as suas
científica.
As associações derivam das Teorias da Aprendizagem, uma vez que têm origem no
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facilitem alterações de comportamento. e com isto neste caso específico o reforço de um
4. Parâmetros de aplicação
5. Formas de aplicação
é essencial que a população alvo que reconhece-se os benefícios das alterações dos seus
comportamentos, desta forma para seria pertinente uma exposição clara dos malefícios, bem
como uma explicação também ela clara e adaptativa dos benefícios e perceber até pontos os
crianças.
6. Exemplos de aplicação
comportamento
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c. Solicitar aos técnicos de ciber segurança que no Workshop, mostrem quais os perigos
aprendizagem, bem como das interações sociais, bem como os malefícios dos
7. Outros recursos
b. Rede WiFi desbloqueada e que permita aos participantes nos Workshops a exploração
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