Impacto Do Bloco K No Inventário

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PROLOG HUMAN LTDA - prologconteudo@gmail.com - CNPJ: 18.012.

362/0001-68
Impacto do Bloco K no inventário.
Para dar início a este conteúdo, é necessário entender
que o FISCO, a autoridade fazendária que controla os
pagamentos de impostos em todas as esferas
tributárias no país, começou a evoluir os seus
processos e seu controle de fiscalização.

O FISCO, que antes atuava na área de faturamentos e


recebimentos, agora abrange todos os processos de
uma empresa. Dito isso, vamos entender o porquê do
Bloco K.

E para dar início, vamos entender porque o Bloco K.


Mas para entender melhor o que significa esse termo,
devemos primeiramente compreender de onde surgiu
tudo isso.

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Convênio ICMS S/N° de 15 de Dezembro de 1970:
registro fiscal de compras das empresas Comumente
chamado de Registro de Entrada (modelo 1). Este
convênio, ele trouxe todas as escriturações que eram
obrigatórias para uma empresa.

Registro de compras: anualmente as empresas


deveriam pegar o livro de registro fiscal de compras,
levar na secretaria da fazenda e homologá-lo para que
ela tivesse ciência da movimentação financeira dessas
empresas.

Registro de saídas (modelo 2) é a mesma coisa.


Todas as notas fiscais de vendas, de saída ou
transferências, a empresa deveria escrever neste livro.

Registro de Apuração de ICMS (modelo 9) igualmente


semelhante. A apuração de ICMS que era feita todo
final de mês, pegando todo valor de ICMS da nota de
vendas e somando e diminuindo todo o somatório da
nota de compra, também era escrito no livro fiscal.

Registro de Apuração de IPI (modelo 8) da mesma


maneira: somando os valores de IPI com os valores das
entradas e saídas e escrevendo no livro fiscal.

Registro de Inventário (modelo 7) semelhantemente:


somando o inventário anualmente e registrando no livro
fiscal.

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Registro de controle da produção e do estoque
(modelo 3): desde 1970 as empresas já deveriam
declarar algum tipo de documento que representasse
toda a entrada e saída das empresas.

Isso não é uma novidade para o mundo fiscal, desde


1970 as empresas já precisam prestar informações para
o governo - de modo obrigatório. Porém, o Registro de
controle da produção e do estoque não eram
obrigatórios serem feitos por iniciativa própria. Esse
registro se fazia por meio de uma intimação
governamental.

E com a digitalização vinda do avanço tecnológico por


meio da computação e da internet, os livros começaram
a se tornar obsoletos, e todo o processo passou a ser
digitalizado pelas empresas.

Entretanto, em 2007, o governo, acompanhando toda a


evolução tecnológica e a interação com o sistema fiscal,
criou o Sistema público de escrituração digital (SPED).

E com o nascimento da SPED, muitas outras siglas


foram nascendo embaixo desse grande guarda-chuva.

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Para manter um controle maior sobre as empresas, o
projeto SPED foi desenvolvido. Esse sistema traz uma
centralização de todas as demandas fiscais que as
empresas devem realizar.

Dessa maneira, a receita possui toda a operação da


empresa na palma da mão. Do lado do comprador, do
vendedor e cruza essas informações. Dessa maneira a
receita vem fortemente buscando combater a
sonegação de impostos e obrigações.

Para esse fim a receita brasileira tem um


Supercomputador que se chama T-Rex que foi
fabricado pela IBM em conjunto com um Software
chamado Harpia - que é um sistema que cruza todas as
informações.

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O grande objetivo desse supercomputador é investigar,
baseado nas compras e vendas, se as empresas estão
cumprindo com suas obrigações fiscais.

Em 2009 nasceu o SPED fiscal, que nada mais é que a


centralização de todos aqueles livros fiscais que
existem desde 1970.

O SPED fiscal é um aglomerado de blocos que


centraliza todas as informações separadamente em
categorias, desde o cadastro de produtos até cadastros
de clientes e fornecedores.

Após alguns anos, o governo, em busca de otimização,


lançou uma nova versão do SPED fiscal em 2016.

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O Bloco K representa duas grandes áreas da empresa.

1) O chão de fábrica da empresa, o local onde


armazenamos os nossos itens.
2) E o estoque.

São essas duas informações que vão alimentar o Bloco


K. Todas as informações geradas nesses dois itens

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serão entregues em formato de relatório para o SPED
fiscal.

Tendo em vista isso, quais as empresas que são


obrigadas a declarar o Bloco K?

Empresas industriais e equiparadas:

● Transformação
● Beneficiamento
● Montagem
● Acondicionamento ou reacondicionamento
● Renovação ou recondicionamento
● Importadores para revenda ou industrialização
● Atacadistas

Para que seja de entendimento geral, o saldo de


estoque, que é um dos registros do Bloco K, já está
vigente e obrigatório desde 2019.

E quais são as penalidades para empresas que não


entregarem o Bloco K?

Para as empresas que prestarem informações


incorretas, omitir informações ou prestar informações
incompletas, serão taxadas em 3% do valor das
transações ou das operações financeiras.

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Quais as informações que a receita terá em mãos a
partir de 2022 dessas empresas?

● Ficha técnica
● Estoque
● Desmontagem
● Outras movimentações
● Produção interna
● Produtos em terceiros
● Reprocesso e reparo
● Correções e apontamentos
● Correções de estoque
● Produção conjunta interna
● Produção conjunta em terceiros

Logo, empresas que faturam acima de R$78 milhões,


devem declarar todos esses processos para a receita
federal.

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O mundo da logística está muito relacionado a produtos,
mercadorias e sua gestão dos estoques. Então um
ponto a ser levado em destaque é a Codificação e
descrição dos produtos.

Por isso, é muito importante sempre usar o código


próprio contribuinte: a própria legislação fala que o
contribuinte precisa ter sua regra de codificação;

Também, qualquer documento fiscal ou obrigação


acessória usar a mesma codificação: não adianta eu
fazer uma nota de transferência, uma nota de retorno,
uma nota com código 123 e indicar no SPED fiscal que
o produto possui código ABC;

Outro ponto importante são: as descrições dos itens


devem indicar precisamente, logo, não se pode colocar
descrições genéricas, como, por exemplo, “diversas
entradas” ou “diversas saídas”.

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Outro ponto importante é a classificação dos
produtos.

Dentro do SPED fiscal, os produtos são classificados


por categorias. O próprio governo determina quais os
tipos de mercadorias que as empresas podem usar. As
categorias são:

● Mercadoria para revenda


● Matéria prima
● Embalagem
● Produto em processo
● Produto acabado
● Subproduto
● Produto intermediário
● Material de uso e consumo
● Ativo imobilizado
● Serviços
● Outros insumos
● Outras

Tipos de estoque

● Estoque próprio em meu poder: O que significa que


a mercadoria está em minha empresa.
● Estoque próprio em poder de terceiros: A
mercadoria me pertence, porém enviei para
terceiros, para alguma outra empresa.

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● Estoque de terceiros em seu poder: a mercadoria
não é minha, mas neste momento está em meu
poder.

O FISCO tem uma regra bem básica e muito clara:


estoque final = estoque inicial + entradas + produção -
saídas, essa é uma regra que a própria receita fiscal
aplica no SPED fiscal.

Estoque (BLOCO K) x Inventário (BLOCO H)

Bloco K e bloco H andam juntos, apesar da receita


considerá-los diferentes.

→ Estoque (K200):
● Origem nos apontamentos de entrada, produção,
consumo e saída.
● Periodicidade mensal.

→ Inventário (H010):

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● Levantamento físico, mercadorias, insumos e
produtos.
● Balanço patrimonial.

E quais os Desafios do dia a dia?

● Inventário preferencialmente mensal.


● Manter registros dos acertos de inventário.

→ Estoque menor: Nota fiscal - CFOP 5.927


(lançamento efetuado a título de baixa de estoque
decorrente de perda, roubo ou deterioração)
→ Operação tributada de ICMS

→ Estoque maior: Nota fiscal - CFOP 1.949 (Outras


entradas de mercadorias ou prestação de serviço
não especificada)
→ Operação não geradora de crédito ICMS

Para encerrar, algumas dicas para lidar melhor com a


situação do BLOCO K.

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